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Resumo
Os mercados financeiros atendem a uma série de propósitos úteis. Dentre estes incluem:
o contacto entre tomadores e provedores de recursos, a distribuição do risco entre os
investidores, a separação entre propriedade e administração; a melhoria no equilíbrio
eficaz dos activos; e, ajuda ao processo de avaliação de desempenho da gestão de
informações ou dados enviados pela cotação de bolsa de valores.
1 Introdução

Os Mercados e as taxas de juros constituem uma das variáveis macroeconómicas


fundamentais para o bom funcionamento da economia. Contudo, estimá-las bem é tarefa
de primordial importância, pois os mercados e juros têm um papel fundamental na
determinação do nível da actividade, do emprego, da taxa de câmbio e de várias outras
variáveis económicas, daí que sejam uma das variáveis mais controladas em diversas
economias do mundo. As suas variações são registadas e divulgadas quase todos os dias,
pois afectam directamente as decisões de todos os agentes económicos desde as
famílias, empresas até ao governo. Mas, é quase impossível obter um consenso sobre o
nível real das taxas de juro e de como os mercados se comportam, pois, por exemplo,
quando uma economia se abre financeiramente ao exterior, ela perde um grau de
liberdade para fixar sua taxa de juro e a sua preponderância e permanência no mercado.
Isto ocorre devido aos fluxos de capitais. Sob um regime de câmbios fixo (ou
controlado), nível baixo da taxa de juro ocasionaria uma fuga de capitais que levaria a
uma contracção monetária com a consequente elevação de juros. Já sob câmbio flexível,
as taxas de juro muito baixa levaria a uma incipiente fuga de capitais porque a taxa
doméstica é baixa, o que significa que o retorno dos investimentos no exterior será
maior que a nível interno, incentivando aos nossos agentes económicos a investirem no
resto do mundo, com isso, faria com que o câmbio se depreciasse em relação a moeda
externa, pois esta terá uma demanda excessiva e com uma tendência de aumento do seu
preço. Entretanto, entre esses dois regimes polares, gravita uma série de possibilidades
intermediárias, as quais envolvem alguma forma de controle sobre os fluxos de capitais.
Em Moçambique, o Banco Central iniciou um processo de reforma das taxas de juro
com vista a garantir melhor adequação entre os recursos de captação e os de aplicação
de reservas, e reduzir as pressões a procura de crédito e sobre o défice da balança de
capitais em diversos níveis de mercado.
O presente trabalho gravita em torno da importância dos mercados e das taxas de juro e
tem como base analisar as diferentes vertentes de uma determinada economia tomando
em consideração os factores que influenciam na baixa credibilidade das diferentes
moedas e as razões da queda no mercado financeiro e o seu impacto no
desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas.
1.1 Delimitação do tema

A economia moçambicana está neste momento a conhecer a emergência da primeira e


segunda geração de empresários. Paralelamente a este fenómeno, cada dia que passa o
mundo esta cada vez mais dinâmico, exigindo assim novas posturas no mercado,
havendo igualmente mudanças que por sua vez dificultam o desenvolvimento dos
mercados em diferentes sectores do país.
As taxas de juro são muito importantes na concessão de crédito para as Pequenas e
Médias Empresas, bem como para os demais consumidores em Moçambique. O
mercado actual e as grandes empresas dependem do desenvolvimento das pequenas e
médias empresas devido a importância que o crédito tem para financiar e ajudar no que
diz respeito ao alcance dos objectivos das instituições financeiras.
Os Mercado referem-se as áreas onde são realizados transacções económicas, isto é,
uma troca de bens e serviços entre particulares, empresas ou outro tipo de organização.
A existência dos mercados resulta no desenvolvimento da economia, da sociedade e das
instituições, além de ser a principal actividade económica do homem. As transacções
que dizem respeito ao crédito são muito importantes visto que nelas incidem as taxas de
juros.
Os mercados em Moçambique, actualmente devem capazes de responder rapidamente
as variações que ocorrem nas taxas de juro, custos dos recursos e mudanças na política
de delimitação das taxas de juro e na concessão de crédito as pequenas e médias
empresas.
1.2 Problema de Pesquisa

No contexto do Programa de Reajustamento Estrutural do mercado Moçambicano,


começou um longo período de ajustamentos sucessivo das taxas de juro; caracterizado
por alterações na estrutura e nos níveis das taxas de juros, situação que contribuiu para
que Moçambique come casse a mover-se do sistema de repressão financeira
(caracterizado por baixos níveis de taxas de juros estabelecidas administrativamente,
programa de crédito direccionado, elevado nível de divida publica no sector bancário),
para um sector financeiro liberalizado, em que as taxas de juro são determinadas
consoante as condições de mercado, e os empréstimos bancários são concedidos livres
de regulamentos não prudenciais.
Em qualquer economia na qual o mercado desempenha um papel significativo, as taxas
de juros exercem urna influência generalizada sobre as decisões e o desempenho
económicos. De um lado, elas influenciam a disposição de poupar; de outro,
influenciam a procura e a alocação dos recursos provenientes de empréstimos.
Finalmente - aliadas às taxas de juros externas.
As taxas de juro e os mercados são considerados uma das principais estratégias para o
desenvolvimento sustentável e monetário de um determinado país. A importância do
crédito como instrumento crucial para as instituições financeiras é de facto um ponto a
ser visto por demais determinantes que se encontram por detrás da fraca produtividade
da moeda nos mercados monetários. As taxas de juro continuam com a tendência de
manter se a nível altos para os consumidores e empreendedores. Na actualidade a
maioria das organizações optam por dois tipos de financiamento, o autofinanciamento e
o financiamento alheio deste modo poderão ter mais capital próprio para sua
organização e esta é uma das formas de reduzir o risco que o negócio traz para a
empresa. As empresas, os cidadãos e os departamentos governamentais muitas vezes
necessitam de levantar capitais ou, inversamente, aplicar capitais. Dentre varia
concepções sobre o estudo dos mercados e das taxas de juro surge a seguinte questão:

Quando é que as estratégias das taxas de juro e mercados assumem um papel de relevo
no desempenho das instituições de crédito num mercado competitivo para as empresas?
1.3 Justificativa

É importante ter conhecimento das taxa de juro e de mercados porque permitem


conhecer a situação financeira e monetária de um determinado país. Contudo, estimá-las
bem é tarefa de primordial importância, pois os mercados e juros têm um papel
fundamental na determinação do nível da actividade, do emprego, da taxa de câmbio e
de várias outras variáveis económicas, daí que sejam uma das variáveis mais
controladas em diversas economias do mundo.
Segundo CARVALHO et all (2000), A taxa de juros é um índice utilizado em economia
e finanças para registar a rentabilidade de uma poupança ou o custo de um crédito.
Chama-se taxa de juros aos diferentes tipos de índice que se empregam na medida de
rentabilidade das poupanças ou que se incorporam ao valor de um crédito.
Segundo Mayer et al (1993: 102) citado por Carvalho et all (2000), em qualquer
momento específico, existem centenas de diferentes taxas de juro na economia, que
reflectem a combinação impar dos atributos de cada título. Entre esses atributos estão o
prazo do vencimento, a moeda de denominação, o local de pagamento e a sensibilidade
ao próprio crédito.
Segundo Oliveira (1982), Mercado é um mecanismo por meio do qual compradores e
vendedores interagem para fixar preços e, ao mesmo tempo trocam bens e serviços.
Mercado é toda instituição social na qual os bens e os serviços, assim como os factores
produtivos, são objecto de troca. O mercado é definido pela existência de forças
aparentemente contrárias: as da demanda e as da oferta. Quando ambas ocorrem
simultaneamente, um mercado é definido. Quando recursos humanos são ofertados e
demandados, pode-se dizer que há um mercado de trabalho.
Pois actualmente, os estudos sobre o funcionamento dos mercados continuam vigentes,
embora a economia seja uma ciência inexacta, existem sempre diversas leituras
possíveis.
1.4 Objectivos

1.4.1 Objectivo Geral

 Compreender o contributo das taxas de juro e dos mercados na concessão de crédito


para o desenvolvimento das Pequenas e médias empresas em Moçambique, e
analisar a situação de como se comportam os mercados em Moçambique.

1.4.2. Objectivos Específicos

 Debruçar se sobre a importância e consequências que os mercados e as taxas de


juros podem trazer num determinado pais durante um certo período de tempo e a sua
relevância para com a sociedade;
 Explicar de forma empírica e racional a contribuição das taxas de juro sobre crédito
e depósitos a economia e os mercados na taxa de câmbio em Moçambique;
 Avaliar o comportamento das taxas de juro, seu impacto no desenvolvimento da
Pequenas e Médias Empresa.

1.5. Hipóteses
15.1. Hipótese básica

 O comportamento das taxas de juro e dos mercados é devido a natureza das próprias
instituições financeiras que querem manter ou aumentar os seus retornos, com vista
a sentirem-se incentivados na captação e efectivação de recursos com vista a atrair
investimentos.

15.2. Hipótese secundária

 A tendência altista das taxas de juro é devida ao próprio mercado financeiro que é
reduzido ao sistema de mercado monetário, o qual ainda é incipiente que não
permite uma competitividade forte que é, de certa maneira, agravado com a
inexistência da actividade seguradora que também não abrange o crédito e
incentiva as Pequenas e Médias Empresas.
2. Revisão da Literatura

Se em muitas discussões entre economistas tem havido discordâncias sobre um


determinado assunto, diferentes autores e em particular os economistas, estão de acordo
que as taxas de juro estão entre as variáveis que são acompanhadas mais perto numa
economia. As suas mudanças são registadas quase diariamente porque afectam
diariamente as vidas dos agentes económicos no dia-a-dia e tem consequências
importantes para a saúde da economia. Não obstante cada um defina a taxa de juro de
maneira diferente aos outros, todos eles são unânimes em concluir que a taxas de juro é
o preço do dinheiro emprestado outros conceitos a considerar directamente à taxas de
juro são de destacar: capital, juro, tempo, vencimento, capitalização, risco, para além de
outros que podem ser examinados na bibliografia ora usada para a elaboração deste
trabalho. CARVALHO et all (2000)
Antigamente, mercado referia-se a um lugar determinado onde os agentes económicos
realizavam suas operações de troca. Conforme Rossetti (2006, p. 395), alguns livros de
história económica revelam como os senhores feudais da alta Idade Média organizavam
mercados em seus territórios, concedendo o privilégio de sua exploração como forma de
atender às necessidades de suprimentos em seus domínios e de facilitar, pela
centralização das operações, a cobrança de tributos.
Contudo, o conceito de mercado, em seu significado económico mais amplo, está bem
distante dessa tradição. O mercado é definido pela existência de forças aparentemente
contrárias: as da demanda e as da oferta. Quando ambas ocorrem simultaneamente, um
mercado é definido.
Quando recursos humanos são ofertados e demandados, pode-se dizer que há um
mercado de trabalho. Quando recursos financeiros são ofertados e procurados, pode-se
dizer que há um mercado financeiro. Todos são abstracções, que dizem respeito à oferta
e à demanda de recursos correspondentes.
A Pequenas e Médias Empresas dependem muito do crédito com vista ao seu
financiamento, mas as taxas de juros podem ajudam o desenvolvimento económico de
um país quando elas são aplicadas de forma reduzida, por podem atrair mais
investimentos com vista a satisfação das necessidades colectivas.
2.1. Conceito de Mercado

Segundo Oliveira (1982), Mercado é um mecanismo por meio do qual compradores e


vendedores interagem para fixar preços e, ao mesmo tempo trocam bens e serviços.
Mercado é toda instituição social na qual os bens e os serviços, assim como os factores
produtivos, são objecto de troca. O mercado é definido pela existência de forças
aparentemente contrárias: as da demanda e as da oferta. Quando ambas ocorrem
simultaneamente, um mercado é definido. Quando recursos humanos são ofertados e
demandados, pode-se dizer que há um mercado de trabalho.
Quando recursos financeiros são ofertados e procurados, pode-se dizer que há um
mercado financeiro. Todos são abstracções, que dizem respeito à oferta e à demanda de
recursos correspondentes.
Segundo Cordeiro, Edson), (2009), Mercado refere-se a área onde são realizados
transacções económicas, isto é, uma troca de bens e serviços entre particulares,
empresas ou outro tipo de organização. A existência dos mercados resulta no
desenvolvimento da economia, da sociedade e das instituições, além de ser a principal
actividade económica do homem.
De um modo geral, mercado é o lugar onde são realizados diversas transacções
económicas, operacionais, de investimento e de financiamento com vista ao alcance de
um benefício maior, que é o lucro.

2.1.1. Tipos de Mercados

1. Mercado financeiro

Segundo, ASSAF NETO (2009), O mercado financeiro representa o ambiente no qual


ocorrem as intermediações de recursos entre agentes económicos superavitários e
agentes económicos deficitários, ou seja, os recursos fluem de um grupo para o outro
através do mercado financeiro.
É um conjunto de instituições e operações voltadas para o fluxo de recursos monetários
entre os diversos agentes económicos, ou seja é o mercado em que acontecem as
negociações de intermediação bancária.
O mercado financeiro é constituído de emprestadores e tomadores de empréstimos; o
valor da remuneração dessas operações e conhecida como taxa de juros, a qual
estabelece, em dado período, a remuneração relativa que os emprestados acalçarão e o
custo relativo que os tomadores de empréstimo terão de pagar.
O objectivo do mercado financeiro é intermediar as operações entre emprestadores e
tomadores dos recursos monetários realizadas por instituições; os bancos e outras
instituições financeiras, além de receberem e concederem crédito, realizam também
outras actividades, tais como: prestação de serviços de cobrança de títulos, recebimentos
de contas, pagamentos de salários de funcionários, seguros, cartões de crédito e outros.
. Em finanças, os mercados financeiros permitem:
 A angariação de capital (no mercado de capitais)
 A transferência de risco (no mercado de derivados)
 O comércio internacional (no mercado de divisas)
 E são usados para corresponder os que querem capital com o que o têm.
Segmentação do Mercado Financeiro
O mercado financeiro se divide em quatro grandes mercados, a saber:
a) Mercado monetário
O mercado monetário inclui todas as operações de curto e curtíssimo prazo,
proporcionando um controle ágil e rápido da liquidez de economia e das taxas de juros
básicas impostas pela política económica das autoridades monetárias. O mercado de
crédito engloba as operações de financiamento de curto e médio prazo, direccionadas as
operações de activos permanentes de capital das empresas. este é mercado inclui:
b) Mercado de crédito
O mercado de crédito inclui as operações de financiamento de curto e médio prazo,
direccionadas aos empréstimos e financiamentos às empresas, assim como concessão de
crédito às pessoas físicas. Esse mercado é constituído basicamente por bancos
comerciais, bancos múltiplos e sociedades financeiras. Muitas vezes são incluídas no
âmbito do mercado de crédito as operações de financiamento de bens de consumo
duráveis praticadas pelas sociedades financeiras. As instituições realizam diversas
modalidades de crédito no mercado.
c) Mercado de capitais
Segundo Carvalho et all (2000), O mercado de capitais assume uma função fundamental
no processo de desenvolvimento económico do país, atua como propulsor de capitais
para os investimentos de organizações e estimula a formação de poupança privada. Ele
inclui um conjunto de operações para transferências de recursos financeiros entre
agentes poupadores e investidores, com prazo médio, longo ou indefinido. É uma
relação financeira constituída por instituições e contratos que permite que poupadores e
organizações demandantes de capital de longo prazo realizem suas transacções.

d) Mercado de câmbio.
O mercado de câmbio é aquele que envolve a negociação de moedas estrangeiras e
pessoas interessadas em movimentar essas moedas. Esse mercado reúne os agentes
económicos que tenham necessidade ou interesse em realizar operações com o exterior.
É um mercado bastante utilizado por investidores internacionais, exportadores,
importadores, empresas multinacionais e devedores que tenham compromissos a pagar
no exterior.

2. Mercado de Renda Fixa


O mercado de renda fixa tem como característica a negociação de títulos de dívida, que
permitem aos investidores receber a quantia emprestada (principal) mais juros
previamente determinados.

3. Mercado de renda variável – acções

Acções são a menor parcela do capital de uma empresa. As acções são títulos que não
garantem remuneração predeterminada aos investidores. Como parte do capital de uma
empresa, têm sua remuneração determinada pela capacidade da empresa em gerar lucro.
4. Mercado de fundos de investimento
Segundo CARVALHO et all (2000); Os fundos de investimento são condomínios
abertos ou fechados, que possibilitam a seus quotistas a oportunidade de, em conjunto,
investir no mercado de capitais - de renda fixa e/ou variável - e mercados estruturados
aos quais, individualmente, teriam pouco ou nenhum acesso.
2.2. Funcionamento do Mercado
Palavras utilizadas com grande frequência, oferta e demanda são as duas forças que
fazem as economias de mercado, ou capitalistas, funcionar. Interagindo nos mercados,
oferta e a demanda determinam a quantidade ser produzida de cada bem e seu preço de
venda.
Tal como assinalamos no capítulo anterior, existência do dinheiro, a troca é indirecta:
troca-se um bem por dinheiro, e este, posteriormente, por outro bem.
No mercado existe uma delimitação de:
 Preço de mercado
 Estado, preços e mercados

2.3. O mecanismo de mercado

O mecanismo de mercado capítulo, Como veremos ao longo do próximo mecanismo de


mercado, isto é, o conjunto de mercados que integram uma economia de mercado, é o
que permite o funcionamento coerente de uma economia, tal como a concebemos hoje.
Se pararmos um instante para pensar na complexidade do sistema económico que
diariamente nos abastece de todos os bens e serviços de que necessitamos, parecerá um
milagre que tudo ocorra sem que ninguém dirija as coisas de maneira centralizada.
O mecanismo de mercado é um instrumento de comunicação para inter-relacionar o
conhecimento e as acções de milhões de indivíduos. Sem que ninguém se encarregue de
projectá-lo, o mecanismo de mercado permite resolver, da melhor forma possível, os
problemas de consumo, produção e distribuição. Nesse mecanismo, os preços
desempenham um papel-chave.

2.4. Taxas de Juro

CARVALHO et all (2000), definiram a taxas de juro como um pagamento efectuado


pelos tomadores de empréstimos que compensa estes últimos por se desfazerem de seus
recursos por um período de tempo a um determinado grau de risco.
A taxa de juros é uma relação entre dinheiro e o tempo dado que podem beneficiar a um
poupador que decide investir seu dinheiro em um fundo bancário, ou seja, que se soma
ao custo final de uma pessoa ou entidade que decide obter um empréstimo ou crédito.

Taxa de juro é um índice utilizado em economia e finanças para registar a rentabilidade


de uma poupança ou custo de um investimento. Ou seja é uma relação entre o dinheiro e
o tempo que podem beneficiar a um poupador que decide investir o seu dinheiro em
fundo bancário.
Pois a taxa de juro é calculada em percentagem e aplica-se em todos tipos de operações
financeiras e é um dos valores mas considerados na hora de realizar transacções
económicas a curto médio e longo prazo.

2.4.2. Tipos de taxa de juro

Taxa de Juro Nominal (TJN)


Segundo Howells e Bain (2001:33) citado por Carvalho et all (2000) as taxas de juro
nominais são taxas de juro efectivamente pagas sob a forma de dinheiro. São elas, as
taxas de juro que usamos na discussão quotidiana e que vemos citadas em anúncios na
imprensa em declarações oficiais. As taxas de juro nominais constituem em quatro
elementos, a destacar:
 Taxa de juro real do curto prazo;
 Prémio da taxa de inflação;
 Prémio de liquidez;
 Prémio de risco;
 Taxa de juro nominal;
A taxa nominal é fixada pelo período de um ano, e não sofre variações. Esta taxa deve
ser mencionada em todos contratos de créditos e aplicações bancarias. A taxa nominal
não é a taxa que reajusta os financiamentos, pois esta não foi ainda capitalizada. Ela
representa apenas a base do contrato, portanto é aplicada quando a capitalização
acontece pelo regime de juros simples.

Taxa de Juro Efectiva (TJE)


A taxa efectiva é aplicada quando existe capitalização, e se torna necessário converter a
taxa nominal em taxa efectiva. Assim sendo, sempre que se faz uma aplicação, em que
os juros serão incorporados no capital inicial (de forma trimestral ou semestral), o valor
a receber será maior do que o indicado pela taxa nominal, É a taxa que representa o
custo ou remuneração efectiva da operação financeira, tomando-se como de cálculo o
valor do capital que realmente foi recebido ou desembolsado na data da contratação.

Taxas Correntes (TC)/Taxas Reais (TR)


A taxa real é uma taxa alcançada por intermédio do desconto dos efeitos da inflação
sobre a taxa efectiva.
Ou seja é uma taxa que não depende do tempo e nem de preferência considerando um
mundo perfeito e que não haja inflação e que os demandantes ofertantes sejam
indiferentes ao prazo do empréstimo ou do investimento-custo de dinheiro e igual em
todos momentos.

2.4.3. Importância das taxas de juro

As alterações na taxa de juro exercem um impacto importante na economia. Por


exemplo, as instituições de poupança foram devastadas quando as taxas de juro subiram
inesperadamente na década de 70 e no da década 80.
Neste período surge uma crise da agricultura na década de 80 nos Estados Unidos da
América cuja uma das mais importantes causas, foi que muitos agricultores tinham
levantado dinheiro emprestado demais, na crença de que a taxa de juro real continuaria
baixa. Segundo Mayer et al (1993:312) citado por Carvalho et all (2000), de modo mais
geral, a taxa de juro é importante por duas razões:
 A taxa de juro é o preço de obter bens ou recursos, agora e não no futuro. Em outras
palavras, a taxa de juro mede o preço de bens e recursos futuros em termos de bens
recursos correntes. Mesmo que haja inflação, um metical no ao que vem vale
menos, para um indivíduo, do que um metical neste ano.
 Quanto mais variável um preço, maior é o impacto que ele tem sobre a economia.
Como dito anteriormente, as taxas de juro são altamente variáveis. A nossa língua
esconde a magnitude das alterações das taxas de juro, só porque as taxas de juro são
citadas em termos percentuais.
2.5. A teoria do mercado da determinação da taxa de juro
a) Teoria de Fundos e Emprestáveis
Sucintamente, a teoria dos fundos emprestáveis explica o nível as taxas de juro com um
resultado das decisões de poupar. As decisões de investir seriam consequência de um
desejo de desfrutar do produto futuro advindo dos activos de capital, enquanto as
decisões de poupar seriam consequência de uma vontade de acumular riqueza para o
futuro através da taxa de juro oferecidos pelos investidores.
b) Teoria da Preferência de Liquidez
E uma das maneiras alternativas de ver as taxas de juro e a mais interessante, do ponto
de vista dos economistas, pelo facto de relacionar directamente a taxas de juro com o
mercado monetário. Ela considera que existem basicamente dois activos que constituem
a riqueza das pessoas, moeda e títulos.

2.5.2. Determinantes das taxas de juro

a) A oferta de fundos para empréstimos.


b) As entradas de capital.
c) A demanda de fundos para empréstimos
d) Um aumento real da poupança.
e) Governo com défice. Por comprar mais bens e serviços, os vendedores desses bens e
serviços têm, nesse caso, a preferência pela liquidez a diminuir e a taxa de juro sobe.
Se as pessoas queiram manter nos bolsos mais moeda real, preferência pela liquidez
baixa.
f) Um aumento da renda real é mais complexo.
g) O aumento do meio circulante.

2.6. Taxas de juro e mercados em Moçambique

Segundo MASCA et all (2012); A série temporal das taxas de juro das operações
passivas e activas começa em 1980 e as taxas do mercado monetário desde 1998. As
taxas de juro dos bilhetes de tesouro de todos os prazos são ponderadas pelo volume de
transacções realizadas. Não existem outras fontes que permitam cruzar os dados para
garantir a sua consistência.
A formação da taxa de juro no país é determinada directamente pela oferta e procura da
moeda (Metical). Constantemente o Banco Central interfere na oferta e/ou procura em
função de factores como: conjuntura socioeconómica interna e externa, política
monetária e nível de reservas cambiais. Segundo MASCA et all (2012); As taxas de juro
praticadas pelos bancos aos seus clientes foram liberalizadas em Junho de 1994, o que
significa que cada banco fixa as suas taxas de acordo com as suas pretensões
empresariais e comportamento do mercado. O Banco de Moçambique (BM) compila
mensalmente as taxas de juro de depósito e crédito desagregadas em moeda nacional e
estrangeira e por maturidade.
A taxa directora do Mercado Monetário Interbancário (MMI) é a Maputo Interbank
Offered Rate (MAIBOR). Todas as taxas são publicadas diariamente no jornal de maior
circulação no país (jornal Notícias) e no Site do Banco (www.bancomoc.mz).
Começou-se, no ano 2002, a compilar as taxas do mercado secundário de títulos do
governo, mas ainda não se publica. MASCA et all (2012)
O Banco de Moçambique tem como principais funções actuar como: (i) Banqueiro do
Estado; (ii) Conselheiro do Governo no domínio financeiro; (iii) Banco Emissor; (iv)
Gestor das disponibilidades externas do País; (v) Intermediário nas relações monetárias
internacionais; (vi) Orientador e controlador das políticas monetárias, financeira e
cambial e (vii) Supervisor e regulador das instituições financeiras.

2.7. Contributo das taxas de juro e Mercados no desenvolvimento empresarial em


Moçambique
As taxas de juros contribuem para restaurar e manter o equilíbrio entre a oferta e a
procura nos mercados financeiros e de capital, contanto que o ambiente institucional
permita essas alterações. Mas, mesmo nas economias planejadas, ou países onde os
mercados financeiros são menos desenvolvidos, as autoridades, para alocar com
eficiência os recursos escassos, devem ainda levar em conta as taxas de retorno sobre
diferentes investimentos e o custo social dos fundos utilizados para financia- los.
Contributo nos Investimentos
Um dos principais motivos para a contenção das taxas de juros nos países em
desenvolvimento é o estímulo aos investimentos. As taxas de juro tem impacto nos
investimento através de:
a) Volume; e
b) A produtividade dos investimentos
A discussão do primeiro ponto focaliza o investimento em fábricas e equipamentos, e
não em estoques. E verdade que, em certas situações, a capacidade da economia de
operar à plena capacidade pode ser limitada por uma escassez de capital de giro para
financiar estoques mínimos. Tal situação, porém, dificilmente prevalece após um
período prolongado de taxas de juros reais negativas, porquanto estas já terão provocado
altos níveis de estoques. Além disso, o crescimento a longo prazo depende crucialmente
da quantidade e da produtividade dos investimentos fixos.
Influência sobre a poupança
Qualquer estratégia de desenvolvimento apoiada na poupança financeira corno fonte
principal de financiamento de investimentos requer incentivos na área de preços e em
outras áreas a fim de estimular essa poupança. Há, porém, muita controvérsia quanto à
influência das taxas de juros sobre o volume da poupança.
Esta influência pode ser amortecida por factores institucionais, tais cornos o substancial
volume de poupança contratual em certos países em desenvolvimento de renda média e
o fato de que, em muitos países em desenvolvimento, grandes segmentos da população
têm pouco ou nenhum acesso a instituições financeiras.

Administração da procura
Através do efeito directo que exercem sobre a poupança, o investimento e a procura de
dinheiro, as taxas de juros-como os salários e as taxas de câmbio - exercem também
substancial influência sobre a procura, a produção e o emprego. Os níveis das taxas de
juros afectam a capacidade dos bancos centrais de manter controle sobre a taxa de
expansão do crédito interno, influenciam a receita e os gastos do sector público, e têm
significativo impacto sobre o balanço de pagamentos. Assim, a política de taxas de juros
escolhida pelas autoridades é factor importante na determinação do tom adequado de
outras medidas de administração da procura.

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