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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTEIRO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO UÍGE
COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO E POLITÉCNICO DIATEZA
CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE E GESTÃO
PROJETO TECNOLÓGICO

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA


COMO FERRAMENTA DE CONTROLO DA
POSIÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA

Por:

OSVALDO FRANCISCO SALGADO MANUEL


Oswaldo.maganda@gmail.com

UÍGE, 2022/2023
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTEIRO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO UÍGE
COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO E POLITÉCNICO DIATEZA
CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE E GESTÃO
PROJETO TECNOLÓGICO

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA


COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DA
POSIÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA

Por:

OSVALDO FRANCISCO SALGADO MANUEL


Oswaldo.maganda@gmail.com

NOME: Osvaldo Francisco Salgado Manuel


Nº: 6070
TURMA: ÚNICA
TURNO: TARDE
Prova de Aptidão Profissional – PAP,
apresentado no Instituto Médio de Administração
e Gestão do Uíge Em colaboração com a escola
do 2º Cíclo “Complexo Escolar Privado E
Politécnico Diateza” para a obtenção do grau de
Técnico Médio de Contabilidade e Gestão.
ORIENTADOR: JOÃO TOMÁS SEBASTIÃO

UÍGE, 2022/2023
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho especialmente ao meu pai Francisco Adão Manuel, por me ter
instruído e ensinado a conquistar os meus sonhos através do conhecimento. O saber não ocupa
lugar dizia ele!
AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus por ter-me dado está dádiva de vida, a minha
família, em especial a minha irmã Isabel João Manuel pelos anos dentro de sua casa e
recebendo todo o seu apoio no meu percurso académico, ao meu sobrinho Emanuel Manuel
cutaba, minha mãe Eva agostinho Manuel por todo apoio até aqui. Quero agradecer
também aos meus professores, por terem partilhado comigo todos os seus conhecimentos
académicos que me permitiram chegar até aqui hoje. A meus
colegas e amigos que na qual partilhamos a mesma sala de aula e momentos de alegria.
Aos meus amigos e companheiros do dia-a-dia, José de almeida, Adilson Muenho,
Pedro Hilario cordeiro Félix, Horácio kiala Pedro, Eusébio Simão Luwawa, Délcio Sobrinho,
por todas conversas que eu tive com vocês desejo-vos tudo de bom em suas vidas. Obrigado
por contribuírem com o trabalho e torna-lo o melhor possível.
A minha namorada Cristina Garcias, pelo apoio emocional que me tem dado. Ao meu
orientador pela paciência em revisar o trabalho e dedicar parte do seu tempo a orienta-lo.
EPIGRAFE

Demonstrações de fluxo de caixa, números que contam historias!

( Robert Kiyosaki)
ÍNDICE GERAL
Dedicatória i
Agradecimentos ii
Epigrafe iii
Índice geral……………………………………………………………………………...iv
Índice de tabelas vii
Índice de figuras e gráficos viii
Lista de siglas ix
INTRODUÇÃO 10
0.1.Problemática 11
0.2.Hipóteses do projeto 11
0.3.Objetivos do trabalho 11
0.3.1.Objetivos geral 11
0.3.2. Objetivos especifico 12
0.4.Métodologia 12
0.4.1.Métodos 12
0.4.2.Técnicas 12
0.5. Justificativa do tema 13
0.6.Delimitação do tema do projeto 13
0.7.Estrutura do projeto 13

CAPITULO I-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


1.1. Conceito de empresa 14
1.1.1. Definição 14
1.1.2. Objetivos da empresa 15
1.1.2.1. Objetivos económicos e socias 15
1.1.2.2. Objetivos no contexto de administração financeira 16
1.1.3. Classificação da empresa 17
1.1.3.1. Aspecto económico 17
1.1.3.2. Aspecto social18
1.1.3.3. Aspecto jurídico 18
1.1.3.4. A empresa e o ambiente económico 19
1.2. Estrutura organizacional 20
1.2.1. Componentes da estrutura organizacional 21
1.3. Controle empresaria 21
1.3.1. Controlo financeiro 22
1.4. Contabilidade como ferramenta de informação 24
1.5. Sistema de normalização de contabilidade 24
1.6. Entidades 26
1.6.1. Entidades do setor não lucrativo 26
1.6.2. Micro entidades 27
1.6.3. Pequenas entidades 27

CAPITULO II- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


2.1. Utentes e as necessidades de informações 28
2.2. Objetivos das demonstrações financeiras 29
2.2.1. Posição financeira 30
2.2.2. Desempenho 30
2.2.3. Alteração na posição financeira 30
2.3. Responsabilidade pela preparação das demonstrações financeiras 31
2.3.1. Componentes das demonstrações financeiras 31
2.4. Balanço 32
2.5. Demonstração de resultados 32
2.6. Interligação entre as demonstrações financeiras 33
2.7. Aspetos gerais dos fluxos de caixa 34
2.7.1. Fluxos de caixa conceito e objetivos 34
2.7.1.1. Atividades operacionais 35
2.7.1.2. Atividades de investimentos 35
2.7.1.3. Atividades de financiamento 36
2.7.2. Conceito de caixa e equivalentes de caixa 37
2.8. Demostrações de fluxo de caixa 38
2.8.1. Importância das demonstrações dos fluxos de caixa39
2.8.2. Importância das demonstrações dos fluxos de caixa para gestão através
da análise 40
2.8.3. Análise estática e análise dinâmica 41
2.8.4. Métodos de divulgação 42
2.8.4.1. Método direto 42
2.8.4.2. Método indireto 43
2.8.4.3. Vantagens e desvantagens dos métodos de divulgação 43
2.8.4.4. Fontes de informação e fase de elaboração 44
2.8.5. Estrutura da demonstração de fluxo de caixa 45
2.8.5.1. Estrutura DFC- método direto 45
2.8.5.2. Estrutura DFC- método indireto 47
CAPITULO III- DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
COMO FERRAMENTA DE CONTROLO DA POSIÇÃO
FINANCEIRA DO BANCO ANGOLANO DE INVESTIMENTO
( BAI) 2018 À 2021
3.1. Apresentação da entidade BAI 50
3.1.2. Historial 50
3.1.3. Missão 50
3.1.4. Visão 50
3.1.5. Valores 51
3.1.6. Estratégias 51
3.2. Quanto a coleta de dados 52
3.2.1. Análise de dados 53
3.3. Apresentação e análise de dados 53
3.3.1. Coleta de dados 53
3.3.2. Análise de resultados 53

Considerações finais 55
Recomendações 56
Dificuldades na execução do trabalho 56
Referências bibliográficas 57
Anexos 58
ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1- OS UTENTES E AS NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO 28


TABELA 2- OS UTENTES E AS NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO NÍVEL
29 INTERNO
TABELA 3- ESTRUTURA DE COMO A POSIÇÃO FINANCEIRA É AFETADA
30
TABELA 4- ESTRUTURA DOS COMPONENTES DAS DEMONSTRAÇÕES 31
FINANCEIRAS
TABELA 5- REPRESENTAÇÃO DE EXTRAÇÃO DE INFORMAÇÃO 32
TABELA 6- VANTAGES E DESVANTAGENS DAS FORMAS DE 44
APRESENTAÇÃO DA DFC
TABELA 7- ESTRUTURA DFC- MÉTODO DIRETO 45
TABELA 8- ESTRUTURA DFC- MÉTODO INDIRETO 47
ÍNDICE DE FIGURAS E GRAFICOS

FIGURA Nº 01-INTERLIGAÇÃO ENTRE AS DEMONSTRAÇÕES


FINANCEIRAS 33

FIGURA Nº 02- ORGANIGRAMA DO BAI (TOPO DA ESTRUTURA) 52

GRAFICO 1- ESTE GRÁFICO BUSCA APRESENTAR A EVOLUÇÃO DAS


ATIVIDADE DA EMPRESA BAI DURANTE O PERÍODO DE 2018 À 2021 54
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

DFC- Demonstração de fluxo de caixa


DRE- Demonstração de resultados
DOAF- Demonstração de origem e aplicação de fundos
AC- Ativo corrente
PC- Passivo corrente
FASB- Financial acounting standard boards
NIC- Norma internacional de contabilidade
PGC- Plano geral de contas
IFAC- Internacional federation of acounting
AAS- American acounting association
PL- Patrimonio liquido
INTRODUÇÃO

No cenário atual uma das maiores preocupações das organizações é a busca de


instrumentos que auxiliem no planeamento financeiro de forma eficaz, uma vez que o
desenvolvimento de uma entidade passa pela capacidade de gerar fluxo de caixa e obter
recursos financeiros, e quanto mais sustentável a gestão do mesmo, maior é o sucesso,
crescimento e a sobrevivência da mesma. Verifica-se assim, que as empresas tem uma grande
necessidade de instrumentos que auxiliem principalmente, o planeamento e o controlo dos
seus recursos de forma que estes sejam utilizados da melhor maneira possível.

Durante anos, a contabilidade era vista como uma simples ferramenta que
fornece informações meramente tributária, mas atualmente esta é vista como um instrumento
de gestão que fornece informações através da análise de demonstrações aos administradores,
investidores e os restantes stakholders

As demonstrações financeiras são o resumo de todas as transações da empresa.


Sendo as mais comum o balanço, que da informações sobre os recursos disponíveis e as suas
exigibilidade, e as demonstração de resultados que apresentam as informações de como foi
gerado os rendimentos e os gastos que reduzem o seu lucro.

A demonstração de fluxo de caixa enquadra-se também no conjunto das


demonstrações financeiras, e tem como objetivo fornecer informações de recebimentos e
pagamento de uma entidade em um determinado período. Sendo que, as tomadas de decisões
das empresas é feita partir das informações contidas nas demonstrações financeiras,
considera-se que, informação retirada da demonstração de fluxo de caixa ajuda na formação
de uma estratégia mais forte e sustentada, pois permite avaliar a sobrevivência da empresa a
longo prazo, a rentabilidade adequada e o crescimento sustentado da empresa.

10
0.1. PROBLEMÁTICA

Para Marconi e Lakatos, um problema é uma dificuldade teórica ou prática no


conhecimento de alguma coisa de real importância, para qual se deve encontrar uma solução.
(Marconi e Lakatos, 2010, p.143).

Ao levar-se em conta a afirmação acima, levantou-se a seguinte questão: Qual é o


impacto da demonstração do fluxo de caixa no controlo da posição financeira das empresas?

0.2. HIPÓTESE

Existem significativas abordagens no que concerne a hipótese, sendo assim


considerada como respostas plausíveis e provisórias para o problema de pesquisa; São
provisorias porque poderá ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa.

Considerando assim a afirmação acima a hipótese levantada sobre este problema é a


seguinte:

 Sendo que exista um conjunto de critérios de decisão e procedimentos escolhidos pela


sua administração para orientar aforma determinante e durável das suas atividades, e
esta é feita através das informações colhidas das demostrações financeiras, Considera-
se que a demonstração de fluxo de caixa (DFC) é uma ótima ferramenta para
concepção do controlo da posição financeira da empresa uma vez que as informações
retiradas da DFC ajudam a construir uma estratégias mais forte e sustentadas pós
permite prever a sobrevivência a longo prazo, a rentabilidade adequada e o
crescimento consistente da empresa.

0.3. OBEJECTIVOS

0.3.1. Geral

O problema também pode ser apresentado em forma de objetivos que representa um


passo importante para operacionalização da pesquisa e para esclarecer resultados esperados
(Gil, 2010, p.13).

Diante do problema exposto acima, este trabalho se dedica a evidenciar a


demonstração do fluxo de caixa como ferramenta importante para o controlo e gestão
financeira da empresa de forma a controlara sua posição financeira, apresentar brevemente os

11
objetivos desta demonstração e a sua forma de elaboração e métodos para maior compreensão
dos usuários.

0.3.2. Específicos

a) Definir demonstração de fluxo de caixa;


b) Apresentar modelo de estruturação das DFC;
c) Demonstrar a utilidade das informações retiradas das DFC;
d) Destacar a importância da sua elaboração;
e) Apresentar como elaborar.

0.4. METODOLOGIA

A metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em estudar,


compreender e avaliar os métodos desenvolvidos na pesquisa. A metodologia examina
descreve e avalia os métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam coleta e o processamento
das informações levantadas, e que visa a resolução de problemas ou questões de investigação
(Freitas; Prodanov, 2013)

0.4.1. Métodos

Em concordância com silva (2010), através do sistema adotado na pesquisa, leva-se


em consideração o ambiente de pesquisa, a abordagem teórica, técnica e análise de dados,
podendo definir os metodos adotados. Quanto ao método utilizado nesta pesquisa é a
metodologia descritiva bibliográfica e documental, pois suas matérias de estúdios foram
limitados as demonstrações de fluxo de caixa da empresa BAI. A pesquisa bibliográfica
explica e discute temas ou problemas já referenciados, através de publicações em livros,
revista periódicos, artigos científicos etc.

0.4.2. Técnicas

A técnica de coleta de dados desta pesquisa classificam-se como indireta, por se tratar
de pesquisa bibliográfica e documental, pois segundo Heerdt e Leonel (2007), é a
compreensão da realidade feita através de um conhecimento já produzido por outro.

12
0.5. JUSTIFICATIVA DE TEMA

As motivações da escolha do tema deve-se ao fato da pouca ou nenhuma atenção aas


demonstrações de fluxo de caixa, e pela iniciativa de entender melhor o funcionamento da
ferramenta e sua relevância em diferentes níveis de decisões.

0.6. DELIMITAÇÃO DO TEMA

O presente trabalho delimita-se analisar a demonstração de fluxo de caixa da empresa


BAI (banco angolano de investimento) no período de 2018 à 2021.

0.7. ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho este estruturado em três (3) capítulos:- capitulo I-


fundamentação teórica (onde abordaremos sobre o conceito da empresa, sua finalidade,
objectivos, classificações, processo de tomadas de decisões).-capitulo II- demonstrações
financeiras (onde abordaremos quais são os objectivos das demonstrações financeiras, a sua
interligação, método de extração de informação das mesma, utilidade de informação, e por
fim abordaremos sobre os fluxos de caixa, objectivos e importância).-capitulo III-
apresentação da empresa banco de investimentos angolano (objectivos, historial, visão,
missão, estratégias, valores e apresentação dos dados coletados e analise das demostração dos
fluxos de caixa da empresa).

13
CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. CONCEITO DA EMPRESA

A empresa é um vocabulário de origem latina, de «imprehensa», que significa


empreendida. Neste caso a empresa pode significar algo que se começou com ousadia, como
seja um empreendimento.
A empresa tem sido conceptualmente definida por, juristas, sociólogos e gestores. De uma
forma geral todos reconhecem a sua realidade e a sua importância no quadro económico,
social e legal no mundo moderno. Assim o conceito de empresa pode ser vista através de
vários prismas:
 A empresa identificada com o próprio empresário;
 A empresa é um bem dedicado há um fim;
 A empresa como um corpo social, tendo o principio de conciliação de interesses
 A empresa é fundamentalmente uma atividade;
 A empresa com realidade jurídica, com personalidade jurídica.
 A empresa como cidadã com direito a participar no governo (município)

1.1.1 Definição

Em uma conceção económica a empresa pode ser definida como uma unidade de
produção, composta por fatores de produção (capital, pessoas e técnicas), organizado de
forma a gerar valor acrescentado, sob forma de produtos e serviços, com objetivos final de
lucros.
Em uma vertente jurídica, a empresa é definida como algo mais do que um conjunto
organizado dos meios de produção, ou seja surge como um ente jurídico novo, dotado de vida
própria. No entanto, para outos autores a empresa é considerada como um produto de
atividades jurídica do empresário, nomeadamente, da sua atividade contratual (vieira e bustos,
1990, 23).
Ainda de acordo com o vieira e bustos (1990) o conceito de empresa é utilizado,
doutrinariamente com diferentes sentidos:
 Como uma realidade identificada com a pessoa do empresário (visão subjetiva).
 Como algo equiparado com o estabelecimento comercial ou industrial, o espaço
físico onde se desenvolve o negócio (visão objetiva)

14
 Como a própria atividade económica do empresário (empresa vista como uma
atividade dinâmica).

No artigo 230º da legislação comercial, podemos encontra um conceito de empresa como


uma realidade autónoma, regulada pelo direito comercial, permitindo um alargamento de
âmbito ato de comércio, por inclusão das atividade indústrias, transportadoras e de alguns
serviços, com expressa exclusão da atividade agrícola e artesanal.

Em uma vertente sociológica a empresa pode ser definida como um corpo social
identificada como uma corporação, tendo subjacente o princípio de conciliação de interesses.
A empresa assume a forma de um organismo que se insere dentro do contexto social
interagindo com o ambiente envolvente.

Nesta vertente a empresa é responsável com o seu papel social em, fornecer emprego,
proporcionar carreiras profissionais quanto enquadrada na comunidade local.

1.1.2.Objetivos da empresa

Analisando o ambiente empresarial, é notório que objetivo principal de uma


organização é a maximização das riquezas de seus proprietários (ou de seu valor de mercado),
mas para conseguir esse objetivo principal existem outros objetivos secundários que serão
discutidos nos próximos tópicos.

1.1.2.1. Objetivos económicos e socias.

Os objetivos económicos de uma organização seriam os que estão voltados para a


realização do lucro por meio da venda de bens e serviços. A principal característica que
diferencia empresas do mesmo segmento é a forma como as decisões económicas são tomadas
para minimizar seus custos, o nível programado de produção e receitas que maximizem seus
resultados. Outo especto diferenciação entre as organizações seria a escolha das alternativas
de investimento mais rentáveis e adequadas ao custo do financiamento selecionado, dentre
outras questões económicas. Assaf neto (2012) afirma que a meta final de toda empresa,
dentro de qualquer sistema económico é a produção de bens e serviços os quais promovem as
necessidades da sociedade podem ser divididas em dois grandes grupos:

 Necessidades básicas: são as necessárias para a subsistência das pessoas, sendo os


produtos para alimentação, vestuário, assistência medica e moradia.
15
 Necessidades de consumo: começam a surgir com a elevação do poder aquisitivo das
pessoas, como produtos diferentes que se diferem do básico, busca de tendências e
compras momentâneas, etc.

Os objetivos socias da empresa são a satisfação tanto das necessidades básicas como de
consumo das pessoas. E alcançando esses objetivos económicos e socias a organização vai
automaticamente cumprindo outros objetivos como criação de riquezas, a geração de
impostos, abertura de novos postos de trabalho, etc.

1.1.2.2. Objetivos próprios

Dentro da própria atividade operacional da empresa e de como ela se desenvolve, são


elaborados objetivos específicos a serem perseguidos ao longo do tempo. Exemplos desses
objetivos próprios são:

 Crescimento: qual é a própria capacidade e interesse de sobrevivência da empresa e o


que ela fara para alcançar esse propósito.
 Maximização dos lucros: como a empresa incrementara seu resultado, como criara a
mais valor ao seu empreendimento?
 Independência: grandes grupos empresárias, tende a pressionar ou até mesmo absorver
grandes grupos, como manter a sobrevivência e manutenção dessa empresa?
 Competitividade e internacionalização: com a globalização as empresas concorrem
com organizações do mundo todo. É importante manter-se eficiente para poderem
concorrer num mercado mais exigente e disputado.

1.1.2.3. Objetivos no contexto de administração financeira.

Na década de 20 principal preocupação do administrador financeiro era captar recursos


de terceiro para investir no negócio. Com a vinda da crise de 1929, o enfoque mudou com as
teorias de Taylor, fayol e Ford, concentrado o objetivo da administração financeira em
organizar a empresa internamente para gerar resultado.

A partir da década de 40 o investimento e seu respetivo retorno tornaram parâmetros


de decisão. A maximização de riquezas tornou-se a justificativa para a existência empresarial.
Quando a empresa tem um retorno menor que o esperado pelos seus acionistas, acontece uma
perda do seu valor de mercado, destruindo parte da riqueza de seus proprietários.

16
O objetivo da maximização do lucro é uma visão de curto prazo, sendo superado em
importância pelo objetivo de maximização da riqueza dos acionistas. Lucro contábil não
significa necessariamente valor. Uma empresa pode apurar um lucro líquido no exercício e
este resultado ser insuficiente para remunerar o risco do investimento. A empresa, nesta
situação, mesmo apurando lucro destrói valor.

É importante salientar que o objetivo da empresa é obter o maior retorno possível,


considerando o menor risco. Com isso mostra-se capaz de promover a maximização da
riqueza de seus acionistas. A análise das demonstrações financeiras deve dar enfase a esse
objetivo, avaliando a relação, lucro, retorno e risco.

Portanto, a análise contábil é um papel fundamental do usuário, onde ela poderá


observar os dados passados e entender a empresa como um todo ou como sua atividade estará
se desenvolvendo. (assaf neto 2012).

1.1.3. Classificação das empresas

De acordo com Assaf neto (2012) as empresas podem ser classificadas considerando três
aspetos:

 Especto administrativo
 Aspeto económico
 Aspeto jurídico.

1.1.3.1. Aspeto económico

No que se diz respeito ao especto económico a classificação é feita em três grandes setores
de atividades:

 Setor primário: são empresas que as atividades se identificam diretamente com o


cultivo e a exploração do solo, com a finalidade de obter alimento, matérias-primas e
combustível.
 Setor secundário: são as empresas indústrias. São responsáveis pela utilização de
fatores de produção para transformar as matérias-primas em produtos diferente do
original para posterior comercialização.
 Setor terciário: são as empresas que se relacionam com as atividades de comércio e
prestação de serviços. A empresa comercial é um intermediário entre a indústria e o
consumidor.

17
1.1.3.2. Aspeto administrativo

Quanto ao aspeto administrativo uma empresa pode se classificar em estatal, mista ou


privada.

 Estatal: uma empresa estatal é aquela que é controlada totalmente pelo poder público.
Seria uma empresa pública criada através de uma lei específica e dotada de
personalidade jurídica de direito privado.
 Mista: uma empresa mista é uma sociedade anonima, criada mediante autorização
legal para explorar determinada atividade económica e prestação de serviço. Nesse
segmento o governo se associa ao privado para a consecução de grandes
empreendimentos julgados relevantes a economia. O capital social da empresa mista é
dividido entre o poder público, que detém o controlo do capital votante, e investidores
particulares.
 Privada: uma empresa privada é aquela cujo capital é administração são de total
responsabilidade da iniciativa particular. Seus objetivos e política de funcionamento
são de total responsabilidade da iniciativa particular.

1.1.3.3. Aspeto jurídico

Em relação ao aspeto jurídico a empresa comercias podem se dividir em dois grandes


grupos: empresa individual e societária.

A empresa individual é aquela que o capital pertence apenas a uma pessoa. Esse único
dono será responsável por todos os resultados da empresa. Nesse grupo se enquadram
principalmente as pequenas empresas que são em números a grande maioria.

As empresas societárias são definidas como toda sociedade de pessoas que tem por
objetivo a produção ou circulação de bens e serviços com finalidade de lucro. Os dois
principais tipos de empresas societárias são:

 Sociedade por cota de participação limitada;


 Sociedade anonima.

A sociedade por cota de participação de responsabilidade limitada, as LTDA ‘a, formam


institucionalizadas em angola no ano de 20… nessas sociedades limitadas, o capital é
18
apresentado por cotas e distribuído aos sócios de acordo com o aporte financeiro de cada um.
A responsabilidade limitada de cada socio vai até ao valor da sua respetiva participação em
cotas na sociedade.

De acordo com assaf neto (2012) a sociedade anonima é o tipo de empresa que mais
cresce ou tem-se desenvolvido nos últimos tempos. Seu capital é dividido em parcelas, as
quais são representadas por valores mobiliários denominados ações.

A sociedade anonima é uma empresa de responsabilidade limitada e não existe a


preocupação de se identificar o acionista. Uma sociedade anonima tem seu capital expresso
em ações, de mesmo valor nominal, as quais podem ser livremente negociados no mercado.
Nesta sociedade o capital não é alocado a um socio específico e aquele que possuir mais ações
tem o controlo da empresa.

1.1.3.4. A empresa e o ambiente económico

Os temas económicos surgiram desde o início da humanidade. Mesmas as tribos mais


primitivas já se deparavam com problemas relativos a falta de alimentação, abrigo, etc. essa
escassez de recursos faz o embasamento de toda ciência económica que surgiu paralelamente
a origem do próprio homem. A palavra economia origina-se do grego oikos que significa
casa, e nomos que significa norma, lei. Assim o significado da palavra economia ficaria
norma da casa que em um dizer em um dizer melhor poderia ser administração do lar. A
economia estuda basicamente como os agentes económicos utilizam seus recursos escassos,
entendendo que tudo que é comercializado tem fim, ou seja, são escassos e é de extrema
importância utilizar esses recursos da melhor maneira forma possível. Os agentes económicos
são os grupos que participam do ambiente económico separado em três grandes grupos: as
famílias (que são as pessoas físicas do ambiente), as empresas (pessoas jurídicas) e o governo.

Da mesma forma com os indivíduos, as empresas e o governo administram seus


recursos, as sociedades devem administra-los. Podemos dizer então que a economia tem por
finalidade estudar de que maneira os agentes económicos decidem utilizar seus recursos
produtivos escassos na produção de bem e serviços, de forma a distribuir esses recursos entre
os vário indivíduos e grupos para satisfazer as necessidades humanas.

Assaf neto, afirma que ao seu proceder a uma analise mais profunda das atuais
tendências do mundo económico, é destacada a predominância de economias mais voltada ao
mercado, conduzidas essencialmente pelas decisões de seus consumidores. A abertura de

19
mercados e o crescimento da competitividade entre as unidades produtivas foram marcas
impostas pela globalização da economia, exigindo maior nível de qualidade e eficiência de
seus agentes. A globalização pressupõem um livre comércio entre as noções nesse contexto a
contabilidade assume um papel muito importante nesse processo porque apura e divulga os
resultados das empresas em diferentes contextos económicos sujeitos a normas específicas, e
também dos agregados de mercado.

Dessa forma uma empresa não pode mais ser vista em um sistema fechado em seu
ambiente interno, mas sim como um sistema aberto com o principal objetivo de obter
resultados.

1.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de organização e recursos,


visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos (oliveira, 2002, p.84). Organização
é o processo de definir o trabalho a ser realizado e as organizações é o processo de definir o
trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização; é também o processo de
distribuir os recursos disponíveis segundo critério (Maximiano, 2000, p.27 organizar é dispor
os recursos matérias, humanos e tecnológicos de maneira harmónica, de forma que o conjunto
formado seja capaz de resultar em eficiência e eficácia, apresentado produtividade e qualidade
a baixos custos, mínimo de riscos e esforços humano.

A estrutura organizacional não é estática, ela esta sujeita a interferências externas,


como o ambiente em que esta inseridas, e internas, como a estratégia adotada, a tecnologia
disponível e o potencial humano. Segundo Burns e stalker (1960), que concluíram que as
organizações classificam-se em mecânicas e orgânicas.

 Mecânicas- nessas organizações as atividades são divididas em tarefas separadas


por especialidades. A centralização é bastante evidente, útil como forma de
assegurar a hierarquia de autoridades. A organização possui muitas regras,
regulamentos e controles. A variabilidade humana e sua personalidade são
traduzidas como fonte de ineficiência e inconsistências. Organização do tipo
conservadora.
 Orgânicas- o trabalho é desenvolvido em grupos ou equipes que recebem menos
ordens, com a comunicação ocorrendo em todos os níveis da organização. A
variabilidade humana é utilizada para estimular a tomada de decisões. A

20
supervisão direta é menor e a quantidade de regras formais também. Como o
trabalho em equipa privilegia a troca, o aprendizado é contínuo. Organização do
tipo flexível. As organizações mecânicas melhor se adaptam ao ambiente estável, e
as orgânicas melhor se enquadram em ambientes turbulentos. E para ambientes em
transformação é recomendável em um misto de ambas as organizações (Burns e
Stalker, 1960).

Utilizaremos também ainda as diferenças entre estruturas mecanicistas e orgânicos


evidenciados por silva (2005, p.374).

Características e condições mecanicistas- cargos estreitos em conteúdo; muitas


regras e objetivos de seleção, informal e impessoal. Tarefas e metas conhecidas; tarefas
divisórias; desempenho por medidas objetivas; empregados responsivos e recompensas
monetárias e autoridade aceita como legitima.

Características e condições orgânicas- cargos amplamente definidos; poucas regras e


procedimentos; responsabilidades ambíguas; sistemas subjetivos de recompensas; sistemas
subjetivos de seleção, informal e pessoal. Tarefas e metas vagas; tarefas divisíveis;
desempenho por medidas subjetivas; empregados motivados por necessidades complexas
desafiada

1.2.1. Estrutura organizacional e os seus componentes

Estrutura organizacional: forma pela qual as atividades de uma organização são


divididas, organizadas e coordenadas. (Stone, 1992, p.230) estrutura organizacional é o
conjunto ordenado de responsabilidade, autoridades, comunicações e decisões das unidades
organizacionais de uma empresa. Segue os componentes da estrutura organizacional com um
resumo de sua funcionalidade:

 Sistema de responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer


alguma coisa para outrem.
 Sistema de autoridade: consiste na amplitude administrativa ou de controlo. Nos
níveis hierárquicos; na delegação de autoridade; e na centralização ou
descentralização. A autoridade é o direito para fazer alguma coisa (tomar decisões,
dar ordens e requerer obediência). Pode ser formal e informal.
 Sistema de comunicações: resultado da interação das unidades organizacionais- o
que deve ser comunicado; como deve ser comunicado; quando deve ser

21
comunicado, para quem deve ir o comunicado, por que deve ser comunicado; e
quanto deve ser comunicado

1.3. CONTROLE EMPRESARIAL

Controle é um ativo que manter o planeamento dentro do deu curso inicial. É o


processo através do qual os administradores sabem que as atividades efetivas sistémico de
estabelecer padrões de desempenho, com objetivos de planeamento, proteger sistemas de
feedback de informações, comparar desempenho efetivo com estes padrões pré-determinados,
determinar se os recursos estejam sendo usados de maneira eficaz e eficiente possível, para
que se alcance os objetivos da empresa. Diante disso, pode-se dizer que ter controlo da
qualidade é um fator importante administração de recursos humanos. Há sempre a
necessidade de chegar a qualidade é um fator importante no processo de produção, da mesma
forma que o controle de qualidade é importante para administração de recursos humanos. Há
sempre a necessidade de checa a qualidade dos empregados selecionado e admitidos. Ter o
controlo de qualidade no processo produtivo determina se o individuo esta mantendo o padrão
estabelecido e quanto de desvio esta ocorrendo e as causas desses desvios no seu posto de
trabalho. Esse controle pode ser organizacional e operacional. Os métodos de controlo
organizacional avaliam o desempenho geral da organização, padrões de medida como
lucratividade, crescimento, retorno sobre os investimentos, formas de corrigir falhas para
atingir o padrão desejado.

Organizar- o primeiro passo para o controle empresarial

Os controlos operacionais envolvem desempenhos diários e podem ser corrigidos


imediatamente para atingir os padrões desejados. O momento de controlar é a melhor época
para aplicação do controle em um fator significativo no seu sistema, devem identificar os
problemas antes de eles ocorrerem, desta forma deve-se classificar como: pré-controlo
preventivo: técnica que possibilite identificar o problema antes que ele ocorra; controle
contínuo: mede desvios a medida que eles ocorram apesar de não ser tão ideal como pré-
controlo, e o controle histórico: a grande maioria dos valores avalia os resultados a ocorrência
novamente.

1.3.1. O controlo financeiro

Deve ser executado o controlo orçamentário e não orçamentário. O orçamento


financeiro é o planeamento do uso dos recursos financeiros, deve ser verificado

22
constantemente para sentir a posição atual da empresa. O controlo não orçamentário
corresponde a análise de balanço da empresa e a interpretação dos índices que esse balanço
proporciona.

Uma boa gestão financeira garante a suade de sua empresa e, porque não dizer
também, a sua tranquilidade. Mantendo a liquidez, os compromissos assumidos com terceiros
são honrados em dia, além de ampliar seus lucros sobre investimentos.

Empresa sã, proprietário são. A manutenção de uma liquidez confortável e seus


resultados satisfatório são frutos de uma serie de decisões e atitudes tomadas diariamente. A
saúde vai bem graças as várias operações na empresa.

Algumas decisões e atitudes podem afetar, de maneira positiva ou negativa, a liquidez e


os resultados operacionais da empresa:

 Manutenção da liquidez: significa que os recursos que entram no caixa da empresa


serão suficientes para pagar seus compromissos:

Decisões:

 Reduções de estoques de matérias ou de mercadorias (estoques excedentes).


 Reduções dos prazos de recebimentos de vendas, mediante: aumento das vendas à
vista; ações efetivas de cobrança e melhoria no crediário para reduzir os valores em
atrasos com as vendas a prazo.
 Aumento de prazos para pagamentos aos fornecedores.
 Entrada de novos recursos no caixa, mediante: interligação de capital dos sócios;
vendas à vista de equipamentos ociosos.
 Aumento dos lucros.
 Aumento de estoques, devido a compras excessivas ou queda nas vendas.
 Aumento dos prazos de vendas, com financiamento da própria empresa.
 Aumento da inadiplência (clientes em atraso).
 Aumento das compras a vista.
 Aumento do tempo de fabricação.
 Retiradas de recursos para aplicações em outras atividades.
 Excesso de retiradas pelos sócios.
 Redução dos lucros mensais.

23
Analisando os tópicos citados, verificamos que, para cuidar da gestão financeira, o
empresário precisa lidar com números e informações o tempo todo. Se a empresa tem
números confiáveis, ele consegue informações para tomar decisões. As informações
financeiras que o empresário preciso para tomar decisões são obtidas por meio dos controles
financeiros. Então, podemos dizer que a finalidade dos controles financeiros é gerar
informações uteis e confiáveis para o empresário tomar decisões. Para obter informações uteis
a gestão financeira, o primeiro estágio será organizar os controlos internos para que lhes
forneçam as informações necessárias a tomada de decisões. O segundo estágio consiste na
preparação dos dados e das informações necessárias para gestão do capital de giro. Nesse
estágio, serão apresentados o conceito de capital de giro, as operações que precisam de
recursos e a metodologia para planejar e calcular a necessidade de capital de giro necessário
as operações da empresa. O terceiro e último estágio apresenta os instrumentos e as ações
para a gestão, para a qual o fluxo de caixa é o instrumento básico.

1.4. CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE INFORMAÇÃO

A administração das empresas e especialmente a gestão de seus recursos financeiros


tem-se constituído em constantes desafios nas economias em desenvolvimento considerando
ainda os ajustes de procedimentos e normatizações que a legislação societária requer e dos
padrões de evidenciação utilizados pela contabilidade desta forma a contabilidade pode ser
definida como um sistema de informação que objetiva controlar, apurar o lucro e avaliar o
património da instituição em determinado momento, gerando informações uteis que auxiliem
o processo de tomada de decisão (silva e nascimentos, 2005, p.76). As informações apuradas
pela contabilidade devem ser dotadas das características qualitativas mencionadas na lei que
altera os códigos do imposto industrial, a citar: compreensibilidade, relevância, confiabilidade
e compatibilidade e comparabilidade, para que seus usuários as compreendam, as utilizem, as
aceitem como verdadeira e possam compara-las com períodos anteriores. A principal forma
de divulgação de informações adotada pela contabilidade é por meio dos demonstrativos
contábeis, que consoante borsta, pimenta e lemes (2009, p.165) são um conjunto de dados que
devem ser divulgados, consistindo em uma prestação de contas aos sócios e a sociedade.

Essas demonstrações são regulamentadas pela lei nº 26/20, sendo que uma destas
mudanças é obrigatoriedade de publicação da DFC junto com as outras demonstrações
financeira.

1.5. SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

24
A internacionalização e globalização das economias que tem contribuído para uma
maior complexidade de transações comercias e pela crescente interdependência dos agentes
económicos de todo o mundo, levanta a necessidade de desenvolvimento do processo de
harmonização contabilística é um processo que visa a aproximação dos sistema e praticas
contabilísticas utilizadas pelos diversos países, de maneira aumentar a comparabilidade e a
credibilidade da informação financeira. Os mesmos autores referem que a normalização
contabilística é um processo que visa a uniformidade das práticas contabilísticas, estando
associado a imposição de normas rígidas e restritas.

De acordo com o decreto nº 82/2001 de 16 de novembro, que diz que face a crescente
globalização da economia mundial e a necessidade de harmonizar as praticas locais com as
internacionais, assume-se com especial relevância a aprovação do plano geral de
contabilidade em anexo ao presente diploma.

Com o renascer do desenvolvimento económico do pais e com a crescente


internacionalização dos mercados de bens e serviços, o país não pode deixar de acompanhar a
evolução contabilística registada a nível internacional sob pena de perda de oportunidade e
competitividade. Neste caso, a normalização contabilística assume um papel primordial a luz
da crescente globalização da economia ao preocupar-se com:

 A melhoria da informação contabilística produzida.


 O conhecimento da contabilidade e respetivo controlo.
 A comparação das informações contabilísticas no tempo e no espaço.
 A elaboração de estatísticas.

A normalização engloba, portanto, duas vertentes fundamentais:

 Criação das normas


 Aplicação das normas com a vista à harmonização da informação

A internacional federationn of accountants (IFAC), que tem como objetivo primordial a


harmonização contabilística a nível mundial, tem vindo desenvolver esforço para a
consecução do objetivo, através do international accounting standards committee (IASC),
órgão dependente do IFAC, mediante a emissão de normas de contabilidade internacionais
(PGC, p.8).

Com cerca de 12 anos, o atual plano de contas empresarial encontra-se desajustado face a
informação que deveria ser produzida com base nas normas internacionais.
25
Embora as normas internacionais assumam caracter de prática geralmente aceite,
resultante de uma escolha coletiva com vista a solucionar problemas de caracter repetitivo, em
angola, as normas contabilísticas tem até agora assumido um caracter legal que, nesta fase,
face as inúmeras alterações a introduzir se optou por manter.

A medida que a implementação destas alterações se torne efetiva e com vista a flexibilizar
a sua atualização em função das alterações que vierem a ser introduzidas nas normas
internacionais, haverá, então, conveniência em substituir o caracter legal atual por práticas
geralmente aceites, o que se prevê venha a acontecer de forma progressiva.

Entretanto, enquanto tal não acontecer, o plano geral de contabilidade agora aprovado
estabelece os critérios para preparação e apresentação das demonstrações financeiras para
utentes externos, tendo como propósitos fundamentais:

 Ajudar os preparadores das demonstrações financeiras na aplicação de normas


idênticas as internacionais.
 Ajudar os utentes das demonstrações financeiras na interpretação da informação
contida nas demonstrações financeiras.
 Ajudar os auditores na formação de opinião quando as demonstrações financeiras se
encontram ou não conformidade com os princípios de contabilidade geralmente
aceites. Ajudar a identificar assuntos que devam constituir alvo de interpretação
detalhada e aprofundamento em fase seguintes, para melhor se conformarem com as
necessidades do país sem ferirem os princípios internacionais.

1.6. ENTIDADE

Entidade é uma pessoa jurídica pública ou privada, dotada de personalidade jurídica


própria. Quando se trata de uma entidade pública, esta é formada pela administração indireta.
Quando se quer referir a um grupo de empresas (publico ou privadas), geralmente, utiliza-se o
termo entidade por ser o termo mais genérico.

A entidade diferencia-se de um órgão, tendo em vista que um órgão não existe


sozinho, pois não tem personalidade jurídica autónoma. Os órgãos fazem parte das entidades
da administração direta.

Pode-se definir vários tipos de entidades:

1.6.1. Entidades do setor não lucrativo

26
São entidades que prossigam a título principal uma atividade sem fins lucrativos e que
não possam distribuir aos seus membros ou contribuintes qualquer ganho económico ou
financeiro direto, designadamente associações fundações e pessoas coletivas publicas de tipo
associativo.

1.6.2. Micro entidades

São aquelas que, de entre as referidas no artigo 3º do DL 98/2015, de 2 junho, a data do


balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:

a) Total do balanço: € 350.000;


b) Volume de negócios líquidos: € 700.000;
c) Número de empregados durante o período: 10

1.6.3. Pequenas entidades

São aquelas que, de entre as referidas no artigo 3º do DL 98/2015, de 2 junho, não sendo
micro entidades, a data do balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:

a) Total do balanço: € 4.000.000;


b) Volume de negócio liquido: € 8.000.000;
c) Numero medio de empregados: 50.

Medias entidades/ empresas para efeitos contabilístico

São aquelas que, de entre as referidas no artigo 3º do DL 98/2015, de 2 junho, não sendo
micro entidades ou pequenas entidades, a data do balanço, não ultrapassem dois dos três
limites seguintes:

a) Total do balanço: € 20.000.000;


b) Volume de negócios líquido: € 40.000.000;
c) Numero medio de empregados durante o período: 250.

27
CAPITULO II - DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1. UTENTES E AS NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO

Com o passar do tempo e com as mudanças que foram surgindo as empresas e


instituições tiveram de se adaptar a novas realidades, e assim sendo os gestores também,
tendo de consolidar conhecimentos na área. A contabilidade surge para dar informações
financeiras acerca das instituições, possui um papel importante pois fornece informações
sobre a realidade económica não só presente mas também passada e futura (Sousa, 2016). A
contabilidade, segundo a American Accounting Association (1966, p.1) citado por sousa,
2016, é o processo de identificação, medição e comunicação de informação económica para
permitir avaliações e decisões informadas pelos usuários da informação. Estes usuários da
informação são os chamados utentes ou utilizador, é cada um daqueles que usam ou desfrutam
de alguma coisa coletiva, ligada a um serviço público ou particular.

Diversas empresas ou produtos possuem o chamado guia do utente, que pode ser tanto
para o usuário de um serviço de uma determinada empresa, ou o guia de como utilizar um
produto específico.

Quanto ao nível, os utentes estão divididos em dois níveis que são:

 Nível interno;
 Nível externo;

Tabela Nº 01- os utentes e as necessidades de informação


NIVEL EXTERNO

UTENTE UTILIDADE DE INFORMAÇÃO

Avaliar o retorno do investimento.


Investidores Auxiliar na tomada de decisão (comprar, deter ou vender)
Determinar a capacidade da empresa de pagar dividendos
Avaliar a capacidade da entidade de proporcionar emprego, remuneração e
Empregados
benefícios de reforma.

28
Determinar a capacidade da entidade em solver, dentro do prazo, os compromissos
Financiadores
com eles assumidos; empréstimo e juros.

Fornecedores e outros Determinar se as quantias que lhes são devidas serão pagas dentro do prazo. Avaliar
credores a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso estejam dependentes
da entidade.

Clientes Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso hajam


assumido compromisso de longo prazo com a entidade ou dela estejam dependentes.

Avaliar a capacidade de alocação de recursos.


Governo e seus
Regulamentar a atividade das entidades.
departamentos
Estabelecer políticas de tributação.
Servir de base ao apuramento do rendimento nacional e de estatísticas semelhantes.
Ajudar a avaliar a utilidade da entidade em diversos níveis, como por exemplo a
Público capacidade de emprego e de desenvolvimento

Fonte: Plano geral de contas

Tabela 2- os utentes e as necessidades de informação nível interno


NIVEL INTERNO
Utente Utilidade da informação
Auxiliar o cumprimento das suas responsabilidades de
Gestão
planeamento, tomada de decisões e controlo
Fonte: Plano geral de contas

Tal como representado nas tabelas acima, existem informações sobre as entidades que
são uteis para determinados utentes por permitirem avaliações e tomada de decisões
importantes, dais quais pode se observar nas figuras acima.

2.2. OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras são uma representação financeira esquematizada da


posição financeira e das transações de uma entidade. São, por essa razão, uteis, como forma
de proporcionar informação acerca da posição financeira, desempenho e alterações na posição
financeira de uma entidade a um vasto leque de utentes na tomada de decisões económicas.

As demonstrações preparadas com este propósito vão de encontro as necessidades comuns


da maioria dos utentes mas, não proporcionam toda informação de que estes possam
necessitar para tomarem as suas decisões uma vez que:

 Retratam efeitos financeiros de acontecimento passados;


 Não proporcionam necessariamente informação não financeira;

29
2.2.1. Posição financeira

A posição financeira de uma entidade é afetada pelos seguintes elementos:

Tabela 3- estrutura de como a posição financeira é afetada


UTILIDADE

Recursos económicos Predição da capacidade da entidade em gerar caixa e


controlados e equivalentes de caixa no futuro.
capacidade de modificar
estes recursos

Predição de futuras necessidades de empréstimos.


Predição de como os lucros futuros e fluxo de
caixa serão distribuídos entre os que tem interesses
Estrutura financeira
na entidade.
Predizer o sucesso que a entidade terá como a
obtenção de fundos adicionais
Liquidez e solvência Predizer a capacidade da entidade de satisfazer os
seus compromissos financeiros a medida que se
vencem.
Fonte: plano geral de contas

2.2.2. Desempenho

O desempenho e a variabilidade do desempenho é útil para predizer;

A capacidade da entidade em gerar fluxos de caixa a partir dos recursos básicos


existentes. As alterações potencias nos recursos económicos que seja provável que ela
controle no futuro.

2.2.3. Alterações na posição financeira

As alterações na posição financeira de uma entidade são uteis para:

30
Avaliar as suas capacidades de investimento, financiamento e operacionais durante um
período determinar a capacidade de uma entidade de gerar dinheiro e equivalentes e as
necessidades de utilização desses fluxos no futuro.

2.3. RESPONSABILIDADE PELA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES


FINANCEIRAS

A gerência e/ou outro órgão de gestão da entidade é responsável pela preparação e


apresentação das demonstrações financeiras.

Embora as demonstrações financeiras deem informação sobre a forma de condução


dos negócios pela gerência e sobre a forma como essa geriu os recursos que lhe foram
confiados, esta poderá necessitar de preparara informações adicionais que vão de encontro as
suas próprias necessidades.

A informação financeira deve permitir a tomada de decisões económicas de diferentes


naturezas por isso, esta deve possibilitar a elaboração de comparações das demonstrações. A
informação fornecida aos utentes deve ceder a comparação das demonstrações de uma
entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências na posição financeira e no
desempenho.

2.3.1. Componentes das demonstrações financeiras

Segundo o plano geral de contabilidade ( p.18) entende-se assim, por demonstrações


financeiras o conjunto de componentes capazes de dar resposta as necessidades de informação
para efeitos externos, referidos anteriormente:

Tabela 4- estrutura dos componentes das demonstrações financeiras


INFORMAÇÃO BASES ESSÊNCIAS DA PRESTAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Posição financeira Balanço

Demonstração de resultados de resultados do exercício


Desempenho Alterações nos capitais próprios ou alterações nos capitais próprios que
não tenham como origem transações de capital ou distribuição de
resultados a acionistas.
Alteração na posição financeira Demonstração de fluxo de caixa

Fonte: plano geral de contabilidade

31
A figura a seguir mostra de forma detalhada a forma de como é extraída a informação
de dentro das demonstrações financeiras.

Tabela 5- representação de extração de informação


INFORMAÇÃO AFETAÇÃO UTILIDADE DE INFORMAÇÃO

Recursos económicos que a Avalia a capacidade futura da empresa em


entidade controla gera caixa e equivalentes de caixa

Determina a necessidade Reflete a


de empréstimo e como os capacidade da
Posição financeira lucros serão distribuídos entidade em
para aqueles que tem satisfazer os seus
Através do balanço interesses na entidade compromissos
Estrutura financeira
financeiros que se
vencerem, no
curto e nos
médios e longos
prazos

Desempenho Avaliar a eficácia na utilização de recursos


Variabilidade
económicos adicionais
Proporciona através da
demonstração de Capaz de gerar rendimento a partir de recursos
Lucratividade
resultados económicos controláveis

Alterações na posição Avaliar a capacidade em gerar e utilizar


financeira recursos, caixa e equivalentes nas suas
atividades de investimentos, financiamento e
Proporcionada pela as suas atividades operacionais durante o
demonstração de fluxo período
de caixa

Fonte: Andreia Sofia Ferreira, demonstração dos luxos de caixa (p.g 15)

2.4. BALANÇO

Conforme Fernandes, Peguinho, Vieira, e Neiva (2013:38) o balanço é um documento


contabilístico que expressa a situação financeira de uma entidade num determinado momento,
tendo por isso um caracter estático. Segundo nabais, o balanço financeiro deve ser alterado
para o um balanço funcional, de modo a que seja dada enfase aos ciclos financeiros. A
estrutura do balanço permite mostrar os possíveis desequilíbrios fundamentais entre o

32
financiamento e as aplicações e determinar o fundo de maneio, as necessidades cíclicas de
fundo de maneio e a tesouraria liquida.

2.5. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS

Segundo Fernandes, Peguinho, Vieira, e Neiva (2013:44), a demonstração de


resultados evidencia a formação dos resultados (lucro ou prejuízo) num determinado período.
A formação dos resultados é conseguida pela diferença entre os rendimentos e ganhos dos
gastos e perdas da organização. Avalia-se através desta demonstração financeira a
rendibilidade operacional e liquida do volume de negocio e, ao interliga-la com o balanço é
também possível avaliar a rendibilidade dos capitais investidos e a rendibilidade dos capitais
próprios.

2.6. INTERLIGAÇÃO ENTRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A próxima figura apresentada mostra a interligação existente entre a DFC, o balanço e


a demonstração de resultados. Ao analisar a figura pode-se constar que os resultados líquidos
apurados na demonstração de resultados integram-se no capital próprio da empresa. Isto
significa que as empresas que obtenham lucro podem reforçar os seus capitais próprios e a sua
solvabilidade, ao invés, empresas que obtenham prejuízos enfraquecem o seu capital. Outra
interligação que se pode constatar é o facto dos fluxos líquidos de caixa apurados na DFC
integram-se em caixa e depósitos no balanço. Fluxos de caixa positivos conduzem ao reforço
da liquidez e capacidade de solvência da empresa, ao invés, fluxos de caixas negativos
danificam os níveis de liquidez de uma empresa e diminuem a sua capacidade de cumprir as
obrigações financeiras. Outra interligação menos explícita na figura, mas também de caracter
importante, é o fato dos proveitos se transformarem, aquando o seu vencimento, em
recebimentos e os gastos em despesas na DFC.

Figura Nº 1- interligação das demonstrações financeiras

Capital próprio

+ Recebimentos Resultado líquido do + Proveitos


- Pagamentos exercício - Custos
Operacionais
Ativo não corrente

Financeiros

33
Operacionais Não correntes
Investimentos Ativo corrente
Passivo não
Financiamento
corrente

Caixas e depósitos = Resultado liquido


bancários
Passivo corrente
= Fluxo de caixa
liquido

Fontes: Andreia Sofia Ferreira

Braga e marquês (janeiro/abril 2001), afirmam que um dos factos que torna a DFC
importante para a análise financeira deve-se ao facto da vantagem que tem perante a
demonstração de resultados, de eliminar alguns aspetos meramente contabilísticos tais como
amortizações, as provisões, as imparidades e a valorização das saídas de existências.

2.7. ASPETOS GERAIS DOS FLUXOS DE CAIXA

2.7.1. Fluxo de caixa- conceito e objetivo

Traz a definição de fluxo de caixa como todas as entradas e saídas de caixa, bem como
todos os equivalentes de caixa, ou seja, representa toda movimentação de dinheiro da
entidade. Define-se ainda caixa, como sendo todo numerário em espécie e depósitos
disponíveis e equivalentes de caixa como aplicações financeiras de curto prazo e prontamente
conversíveis em caixa. O fluxo de caixa é um relatório que sempre trabalha com informações
atuais. Desta forma pode-se dizer que é um relatório dinâmico que evidencia de maneira
transparente e verdadeira a situação financeira da entidade (silva; Neiva 2010). O objetivo
primário da demonstração dos fluxos de caixa é de prover informações relevantes sobre a
movimentação de disponibilidades de uma entidade em um determinado período, que auxilia
os usuários das demonstrações contábeis na análise da capacidade da entidade de gerar caixa e
equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de utilização desses fluxos de caixa
(Martins etal, 2013).

O fluxo de caixa pode ser considerado como um retrato fiel da situação financeira da
entidade, podendo atualiza-lo diariamente, e proporcionar ao gestor uma transparência
permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da entidade, pois o fluxo de caixa
apresenta tanto o passado como o futuro, permitindo a melhor projeção e evolução de suas

34
disponibilidades (silva; Neiva, 2010). Enfoca-se ainda que o fluxo de caixa reflete e prevê o
que ocorrerá com as finanças da empresa em um determinado período, sendo que estas
informações auxiliarão o gestor do planeamento e controle das finanças da empresa (oliveira;
perea jr; silva, 2015). A demonstração dos fluxos de caixa deve ser apresentar os fluxos de
caixa do período, classificados por atividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

Braga e almeida (2008) explicam que os fluxos de caixa oriundos das atividades
operacionais, de investimentos e de financiamento devem ser apresentados de forma separada.

2.7.1.1. Atividades operacionais

Os fluxos de caixa das atividades operacionais são as principais atividades geradoras de


receitas da entidade e inclui-se também, outras atividades diferentes dos investimentos e
financiamento (oliveira; Peres jr; silva, 2015). Os fluxos operacionais são considerados como
indicadores, uma chave da extensão pela qual, as operações da entidade tem gerado fluxo de
caixa suficiente para amortizar empréstimos, pagar dividendos e juros sobre capital próprio e
fazer novos empréstimos sem recorrer das fontes externas de financiamento e ainda manter a
capacidade operacional da entidade. Na lição de Martins et al (2013), normalmente os fluxos
de caixa de atividades operacionais estão relacionados com as transações que constam na
demonstração de resultado (DRE). São considerados os seguintes exemplos de fluxo de caixa
que decorrem das atividades operacionais:

a) Entrada de caixa pela venda de mercadoria ou prestação de serviços;


b) Entrada de caixa decorrente de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
c) Saída de caixa destinado a pagamento de fornecedores de serviço;
d) Saída de caixa destinado a pagamento de empregados ou por conta de empregados;
e) Entrada ou saída de caixa por seguradora de premis e sinistros, anuidade e outros
benefícios da apólice;
f) Entradas ou saídas referentes a pagamento ou restituição de imposto sobre renda,
exceto quando identificado com as atividades de financiamento ou de investimento;
g) Entrada ou saída de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou
destinadas a venda futura. Os fluxos de caixa derivados das atividades operacionais

35
devem ser apresentados usando o método direto que divulga os pagamentos e
recebimentos operacionais de acordo com a sua natureza, ou o método indireto com
base n lucro ou prejuízo do período ajustados pelos itens económicos e através das
variações nas contas patrimoniais operacionais.

2.7.1.2. Atividades de investimento

Atividades de investimentos são aquelas referentes à aquisição e a venda de ativos em


longo prazo e outros investimentos, desde que não incluídos nos equivalentes de caixa
(oliveira; Peres jr; silva, 2015). O fluxo de caixa da atividade de investimento está relacionado
com o aumento e diminuição dos ativos em longo prazo (não circulantes), que a empresa
utiliza para produzir bens ou serviços (Martins et al, 2013). Oliveira, Peres jr e silva (2015)
expõem que a divulgação de forma separada dos fluxos de caixa das atividades de
investimento é importante, pois tais fluxos de caixa representam extensões em que os
dispêndios de recursos sejam feitos pela entidade, objetivando assim, gerar resultado e fluxos
de caixa futuros em decorrência do plano de expansão. Desta feitas temos como exemplos de
fluxos de caixa advindos dos investimentos:

a) Saídas de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos em


longo prazo;
b) Entradas de caixa referentes a venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros
ativos em longo prazo;
c) Entrada ou saídas de caixa destinada a aquisição de instrumentos patrimoniais ou
instrumentos de divida e outras entidades e participações societária (exceto
referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa, ou mantidos para
negociação imediata ou futura);
d) Adiantamento ou empréstimo em caixa feito a terceiros (exceto aqueles feitos por
instituição financeira);
e) Entrada de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos
concedidos a terceiros (exceto de instituição financeira);
f) Entradas ou saídas de caixa referentes ao pagamento de contratos futuros, a termo,
de opção, exceto quando mantidos por negociação imediata ou venda futura, ou
quando classificados como atividades de financiamento.

As atividades de investimento relacionam-se com o aumento ou redução do ativo de


longo prazo que a empresa utiliza para produção de bens e serviços, e é de ressaltar a

36
importância dessa atividade, pois apresenta os gastos da entidade com finalidade de gerar
resultados futuros.

2.7.1.3. Atividades de financiamento

Atividades de financiamentos são aquelas mudanças no capital próprio, sejam no


tamanho ou em sua composição, e no endividamento da entidade, não classificados como
atividades operacionais (oliveira; Peres jr; silva, 20215). A divulgação separada dos fluxos de
caixa oriundos das atividades de financiamento é importante por ser útil em prever as
exigências dos fluxos de caixas pelos fornecedores de capital a entidade (Marion, 2015). Os
fluxos de caixa das atividades de financiamento estão relacionados com empréstimo de
credores e investidores da entidade (Martins et al, 2013). Para esta feita é apresentada os
seguintes exemplos de fluxos de caixa oriundos das atividades de financiamento:

a) Entrada de caixa pela comissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;


b) Saída de caixa referente aos pagamentos de investidores para adquirir ou resgatar
ações da entidade;
c) Entrada de caixa recebido pela emissão de empréstimos, notas promissórias, outros
títulos da divida, hipoteca e outros empréstimo em curto prazo;
d) Amortização de empréstimos e financiamentos;
e) Saída de caixa referente aos pagamentos pelo arrendatário para redução do passivo
relativo a arrendamento mercantil financeiro.

A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa de forma mais apropriada ao seu
negócio. A classificação por atividade possibilita que seus usuários avaliem o impacto de tais
atividades sobre a posição financeira da entidade e a relação entre elas. Baseado na concepção
de silva e Neiva (2010), o fluxo de caixa é considerado como um relatório gerência, que tem
como intuito proporcionar informações de toda movimentação de dinheiro da entidade, a
origem de todas entradas no caixa e todo dinheiro que saiu em um determinado período, sua
elaboração auxilia seus gestores nas tomadas de decisões empresarias e financeiras criando
uma estratégia financeira do seu caixa.

2.7.2. Conceito de caixa e equivalentes de caixa

De acordo com o plano geral de contas, caixa compreende numerário em espécie e


depósitos bancários, ou seja, são os disponíveis. Para fins da demonstração dos fluxos de
caixa, o conceito caixa é ampliado a fim de contemplar investimentos caracterizado como

37
equivalentes de caixa. Isso ocorre através da gestão básica de qualquer entidade na aplicação
tempestiva de suas sobras de caixa em investimentos de curto prazo. Ressalta ribeiro (2010),
que o conceito de caixa engloba todas as contas existentes nas contas: caixa (dinheiro
disponível em poder da própria empresa); bancos, conta, movimento (dinheiro da empresa em
poder de estabelecimento bancário, que estejam depositados em conta corrente); e aplicações
financeiras de liquidez imediata (dinheiro da empresa em investimento de altíssima liquidez).
Estas três contas compõem as disponibilidades do ativo circulante, que são apresentados no
balanço patrimonial. O PGC, traz como definição de equivalentes de caixa como sendo
aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez e que podem ser prontamente
convertidas em um montante conhecido como caixa e que podem sofrer um insignificante
risco de mudança de valor.

Desse modo, equivalentes de caixa abrangem todos os investimentos efetuados pela


empresa, que são possíveis de serem resgatados em ate três meses, que sejam de altíssima
liquidez. Podem ser classificados como sobras de caixa que são aplicados no mercado
financeiro, cujas operações sejam de finalidades não especulativas, e com a possibilidade de
serem resgatadas imediatamente, no momento em que a empresa desejar.

2.8. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

A lei nº 11.638/07 contempla a demonstração dos fluxos de caixa (DFC) em


substituição à demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR), embora
considerada pelos especialistas como demonstrações rica em termos de informações, porem
os conceitos nelas contidas, não são facilmente compreendidos pelos usuários das
demonstrações financeiras. A DFC por utilizar conceitos mais simples possui uma melhor
compreensão dos leitores das demonstrações financeiras (braga; almeida, 2008).

Conforme apreciação de Azevedo (2008), alguns profissionais questionavam sobre a


DOAR, pois apresentava estrutura e conceitos complexos, e dificultava o entendimento de
não contabilistas, a DFC adota uma linguagem e conceito mais simples e possui uma melhor
compreensão com a maioria dos usuários das demonstrações contábeis.

A demonstração dos fluxos de caixa passou a ser obrigatória em angola através da lei
26/20 de 20 de junho a que alterar o código do imposto industrial no artigo 51º:

38
Os contribuintes do regime geral de impostos submetem, eletronicamente os termos
regulamentares, ou apresentam anualmente, até ao último dia útil do mês de maio, na
repartição fiscal competente uma declaração modelo 1 em duplicado.

A declaração modelo do imposto industrial deve ser entregue, obrigatoriamente, sobe pena
da sua não receção pela repartição fiscal, acompanhada com as demostrações de resultados
por natureza, demonstração de fluxo de caixa, balanço, balancete da razão e balancete geral
analítico, antes e depois dos lançamentos de retificação ou regularização e de apuramento
dos resultados do exercício, e respetivos anexos, devidamente assinados pelo contabilista
responsável pela sua elaboração.

O principal objetivo da demonstração dos fluxos de caixa é de propiciar informações


relevantes sobre os recebimentos e pagamentos de uma entidade durante um determinado
período, relatando aos seus usuários informações sobre a origem do caixa gerado e forma em
que ele foi consumido (silva; Neiva, 2010). O fluxo de caixa de uma empresa quando
analisado é preciso que se saiba distinguir uma simples gestão de uma boa gestão de caixa.
Em ambas deve ocorrer o equilíbrio entre entradas e saídas de caixa, porem há inúmeros
caminho para conseguir o equilíbrio, cada um com uma causa e consequência. Mesmo
administradores experientes tem dificuldades ao analisarem e avaliarem o fluxo de caixa e
contem erros frequentes, e comprometem a saúde da empresa (Matarazzo).

2.8.1. Importância da demonstração dos fluxos de caixa

Os fluxos de caixa são uteis para proporcionarem aos usuários das demonstrações
contábeis uma forma de avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa, equivalente de caixa, e
de averiguar a suas necessidades de utilização desses fluxos de caixa. Para as decisões
económicas tomadas pelos seus usuários, é necessária avaliação da capacidade que a entidade
possui para gerar caixa e equivalentes de caixa e o grau de certeza de sua geração. A DFC
indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período, e também
demonstra o resultado do seu fluxo financeiro permitindo ao administrador, a melhoria do
planeamento financeiro da empresa, pois assim poderá evitar faltas ou excessos de caixa,
facilitando a melhor visualização das necessidades de caixa (Azevedo, 2008). As informações
geradas pelos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas como indicador do montante, que
avalia a época de ocorrência e o grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. São uteis
também, para analisar a exatidão das estimativas passadas dos fluxos de caixa futuros, e
examinar a relação entre lucratividade, fluxo de caixa líquido e o impacto das mudanças de

39
preço. Azevedo (2008) explica que a DFC contém necessidade de capital de giro, pois trata de
uma ferramenta importante para analisar se a empresa possui condições de saldar suas
dívidas, receber investimentos, e avaliar sua situação futura de caixa, tudo para que ela não se
aproxime da insolvência. No momento recente, com Martins et al (2013), esclarecem que as
informações demonstradas na DFC, quando analisada em conjuntos com as demais
demonstrações financeiras da entidade, permitem que investidores, credores e demais usuários
avaliem:

a) A capacidade que a empresa possui para gerar futuros fluxos líquidos;


b) A capacidade que possui para honrar com seus compromissos, pagar dividendos e
retornar empréstimos obtidos;
c) A liquidez, e a flexibilidade financeira da empresa;
d) A taxa de conversão do lucro em caixa;
e) O desempenho operacional de diferentes empresas, por excluir os efeitos de
distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos;
f) O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos de caixa futuros;
g) Os efeitos, sobre a situação financeira da empresa, referentes as transações de
investimentos e financiamento, etc. em conformidade com oliveira (2015), é
relevante planejar corretamente os fluxos de caixa da empresa, pois os
administradores precisam saber se terá dinheiro disponível e seus recursos serão
suficientes para cumprir com suas obrigações, e avaliar se a combinação de
entradas e saídas de dinheiro resultara em saldo positivo ou negativo. Caso a
empresa não saiba planejar adequadamente seus fluxos de caixa, o gestor poderá
ser surpreendido por imprevisto e colocar a empresa em grandes dificuldades,
podendo levar ate mesmo a falência. Infere matarazzo (2010), que a DFC é
considerada o melhor instrumento de análise financeira. Analisar a gestão de fluxo
de caixa significa analisar os fatores que influenciam a movimentação de caixa em
curto e longo prazo. Sendo assim, o instrumento mais adequado para análise da
gestão de caixa é a DFC. Para alcançar seus objetivos, qualquer empresa precisar
controlar e planejar sua gestão financeira, sendo considerada uma tarefa de grande
importância do gestor. É por meio do planeamento que se realiza uma gestão
eficaz. Por isso, a DFC é considerada como um importante instrumento de controlo
gerências

2.8.2. Importância da DFC para a gestão através da análise financeira da mesma

40
Conforme Nebais, a função financeira da preparação, na tomada, na execução, na
avaliação e no controlo das decisões financeiras da empresa, repartindo as suas tarefas pela
análise económica financeira e a gestão financeira. A análise económico-financeira é um
conjunto de técnicas que visam o estudo da situação económica e financeira da empresa
através da análise de balanço, demonstração de resultados e demonstração de fluxo de caixa
(nabais, 2004).

A análise financeira de uma empresa consiste na emissão de uma opinião sobre a


rendibilidade e a evolução da situação financeira de uma organização, partindo do exame dos
documentos contabilísticos. A rendabilidade, segundo neves (2012), exprime a capacidade de
uma empresa para gerar lucros, ou numa ótica exclusivamente financeira a aptidão para gera
uma serie de fluxos de caixa com saldos positivos. Segundo neves, é habitual distinguir os
fluxos financeiros integrantes do ciclo financeiro da empresa em três ciclos principais: o ciclo
de investimento, o ciclo de exploração e o ciclo das operações financeiras. Conforme nabais,
o ciclo de investimento engloba o conjunto de atividades e decisões respeitantes a analise e
seleção de investimentos ou desinvestimentos em ativo fixo, assegurando desta forma a
renovação e o crescimento da empresa.

Os mesmos autores referem o ciclo de exploração como conjunto de atividades e


decisões relacionadas com o aprovisionamento, a produção e a comercialização e, o ciclo de
financiamento como o conjunto de atividades de obtenção de fundos adequados aos
investimentos e as necessidades de financiamento do ciclo de exploração. Assim, a interação
entre os estes três ciclos representam a trajetória percorrida pelos fluxos de caixa, sendo
possível identificar o seu saldo a saída de cada ciclo.

Neves (2012) refere que: a análise de fluxos de caixa permite destrinçar quais os
fluxos resultantes das decisões e permite dar uma visão dos sucessivos saldos de caixa ao
longo dos diversos ciclos financeiros, contribuído para uma informação mais adequada a
gestão e o seu controlo.

Para analisar o ciclo de caixa é necessária a DFC visto que é ela que expressa como
são gerados os recebimentos e pagamento respeitantes as atividades operacionais, de
investimento e de financiamento. Em conformidade com nabais, o lucro não é muito relevante
para análise económica e financeira e para a gestão financeira, visto que esta preocupa-se
sobretudo com a formação e montante dos fluxos monetários. Com isto, tanto braga e
marques, como nabais, defendem a importância de comparar os resultados operacionais com

41
os fluxos de caixa operacionais, já que a capacidade de gerar resultados operacionais com os
fluxos operacionais, já que a capacidade de gerar resultados positivos não reflete a capacidade
de gerar fluxos monetários.

2.8.3. Análise estática e análise dinâmica

A análise financeira de uma empresa divide-se em dois tipos de análise: a estática e


adinâmica. A análise estática de uma empresa corresponde a análise do desempenho
financeiro a partir do balanço. Segundo Fernandes, peguinho, vieira e Neiva (2013), esta
análise advém das próprias características do balanço pois esta demonstração revela a posição
financeira da empresa num determinado momento. A análise estática de uma empresa pode
não ser a mais clara possível, pois permite ao analista mascararas contas num determinado
momento, sendo a análise estática solucionadora deste inconveniente. A análise dinâmica, por
sua vez, recai no estudo de fluxos financeiros tendo a demonstração de resultados e a DFC
como documentos para analisar. Fernandes, argumentam que a demonstração de resultados
apesar de ser uma demonstração de fluxos económicos não considera o impacto financeiro das
operações que relata, isto é, ela não revela a correspondência entre gastos e pagamento ou
rendimento e recebimento. Perante esta situação, a empresa pode ter resultados económicos
positivos e fluxos de caixa negativos, sujeitando assim sua capacidade financeira. Deste modo
a análise dinâmica e os estudos dos fluxos de caixa permitem relacionar a informação
resultante da demonstração de resultados (capacidade da empresa gerar meios próprios) com a
informação derivada da DFC (forma como os meios financeiros são gerados e aplicados num
determinado período.

2.8.4. Métodos de divulgação

Na estruturação da DFC, ela devera ser dividida em três fluxos que são: atividades
operacionais, atividades de investimento e atividade de financiamento ( marion, 2015). A
entidade devera apresentar os fluxos de caixa oriundos das atividades operacionais, usando
alternativamente o método direto ou indireto. Ferrari (2014), esclarece que o que irá fazer a
diferença entre os métodos é a forma de evidenciação dos fluxos das atividades operacionais,
pois a forma da apresentação das atividades e financiamento é exatamente a mesma.

2.8.4.1. Método direto

O método direto explica as entradas e saídas brutas de dinheiro das atividades


operacionais, como recebimentos pela venda de produtos e serviços, e pagamentos a
42
fornecedores e empregados. Os saldos finais das operações expressa o volume liquido gerado
ou consumido pelas operações do período. Oliveira, Peres jr, e silva (2015) mencionam que
embora o método direto seja mais trabalhoso devido a quantidade de informações, é mais
simples e educativo que o indireto. Marion (2015) aponta que a demonstração dos fluxos de
caixa pelo método direto e considerada como fluxo de caixa no sentido restrito, por seguinte,
muitos se referem a ela como o verdadeiro fluxo de caixa, pois ao contrário do método
indireto nele se evidenciam os pagamentos e recebimentos que efetivamente influenciaram
para a variação das disponibilidades do período. No método direto são demonstrados os
recebimentos e pagamentos derivados das atividades da empresa, os fluxos de caixa gerado ou
consumido das operações, demonstram diariamente as mudanças ocorridas no caixa
(Azevedo, 2008). O método direto exige maior esforço na sua elaboração, pois devera ser
feito todo um trabalho de segregação das movimentações financeiras, tendo que dispor de um
maior controle para este fim. Verifica-se assim que o modelo de elaboração do fluxo de caixa
pelo método direto é de maior poder informativo, pedagógico, bastante elevado em relação ao
método indireto, o que facilita a compreensão dos usuários a nível externo e ao nível interno,
como também o planeamento financeiro da entidade.

2.8.4.2. Método indireto

O método indireto também conhecido como método de conciliação, é o responsável


pelo qual os recursos das atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro liquido
ajustados elas contas de resultado que não afetam o caixa da entidade, responsável assim, por
demonstrar indiretamente o fluxo financeiro, através da comparação das contas dos ativos,
passivos e resultados, sendo esse método semelhante a DOAR, exigindo de seus usuários um
maior entendimento na área da contabilidade (silva; Neiva, 2010). O fluxo de caixa pelo
método indireto pode ser denominado no sentido mais amplo. Por este método indireto pode
ser denominado método da reconciliação, os recursos derivados das atividades operacionais
são apresentados a partir do lucro liquido do exercício, que são ajudados pelas adições das
despesas e exclusões das receitas consideradas na apuração do resultado e que não afetam o
caixa, ou seja, que não representem saídas ou entradas de caixa da empresa. O método
indireto é considerado como uma sequência utilizada na DOAR, para se obter o capital
circulante gerado pelas operações. Por isso, que a grande maioria dos países com a
obrigatoriedade da divulgação da DFC prefere utilizar o método indireto, em razão do
costume adquirido ao elabora a DOAR, alem de ser considerado um método mais fácil,
simples e informatizado.

43
Pelo método indireto, os recursos derivados das operações são apresentados a partir do
lucro líquido do exercício ajustado, já pelo método direto os recursos são derivados das
operações que são apresentados a partir dos recebimentos e pagamentos decorrentes de
operações normais, daquele período.

2.8.4.3 Vantagens e desvantagens dos métodos de divulgação

Nos apontamentos de silva e Neiva (2010), a escolha dos métodos de divulgação da


demonstração dos fluxos de caixa, apresentam algumas vantagem e desvantagens, conforme
descritos no quadro abaixo:

Tabela 6- vantagens e desvantagens das formas de apresentação da DFC


MÉTODOS VANTAGENS DESVANTAGENS

A vantagem do método direto é a facilidade Como desvantagem do método direto,


para os usuários avaliar a solvência da podemos citar: o custo adicional para a
entidade, pois evidencia todas as origens de classificação dos recebimentos e pagamentos,
recursos e suas aplicações financeiras e de e a falta de conhecimento dos profissionais
criar condições favoráveis para classificação das áreas contábeis e financeiras para
Direto de recebimentos e pagamentos, caso esteja de classificar os recebimentos e pagamentos
acordo com critérios técnicos e não fiscais.

As vantagens apresentadas pelo método Na utilização do método indireto, nota-se


indireto é o de apresentar o baixo custo, ao como desvantagem o tempo necessário para
utilizar dois balanços, ou seja o inicial e o inal gerar informações pelo regime de
do período, a demonstração de resultados e competências para depois converte-la em
Indireto executar a conciliação do lucro contábil com regime de caixa e quando feita uma vez por
o fluxo de caixa operacional mostrando ano, poderá o gestor encontra surpresas
como se compõe a diferença desagradáveis

Fonte: nascimento

2.8.4.4. Fontes de informação e fases de elaboração

De acordo com caiado e Gil (2014), as informações necessárias para preparar a DFC
advém de três principais fontes: dos balanços comparativos, da demonstração de resultados e
de outros dados complementares. Conforme os mesmos autores, os balanços comparativos
contem informações que indicam o montante das variações nas rubricas do ativo, do passivo e

44
do capital próprio do início para o final do período do início para o final do período. As
informações da demonstração de resultados ajudam a determinar o montante de caixa
originado ou a ser utilizado pelas operações durante o período. Os outros dados
complementares são obtidos através das contas da razão e fornecem informações adicionais
detalhadas que são necessárias para determinar como o caixa e equivalentes foi provisionado
ou utilizado durante o período. Após caracterizar as três principais fontes de informação e
importante definir as principais para elaboração da DFC. Segundo silva e Martins, a primeira
fase de elaboração da DFC consiste na determinação da variação de caixa e seus equivalentes.
Através da diferença entre o caixa dos balanços inicial e final. A segunda fase consiste na
determinação dos fluxos de caixa por atividades. Esta fase envolve a análise da demonstração
dos resultados do período, dos balanços comparativos e ainda, de algumas dadas operações. A
terceira, e última fase, consiste na realização da demonstração de fluxo de caixa das
atividades de investimento e de financiamento. E importante que todas as outras variações das
contas do balanço sejam analisadas para determinar o correspondente efeito em caixa.

2.8.5. Estrutura da demonstração dos fluxos de caixa

Na elaboração dos fluxos de caixa das atividades operacionais, pode ser usado o método
direto ou indireto. Para elaboração da DFC, seja pelo método direto ou pelo indireto, os dados
deverão ser coletados dos balanços do exercício atual anterior e da DRE do exercício atual
além de consultas em fichas razão d algumas contas la contidas. Ressalta Martins (2013), que
o modelo de DFC adotado deverá conter os seguintes requisitos:

a) Evidenciar as transações de caixa segregadas por atividades operacionais, atividades


de investimento e atividade de financiamento, nessa ordem;
b) Evidenciar separadamente, em notas explicativas, as transações de investimento e
financiamento que afetaram a posição patrimonial da empresa, mas não impactou de
forma direta os fluxos de caixa do período;
c) Conciliar o resultado líquido do período com o caixa líquido gerado ou consumido nas
atividades operacionais. Braga e almeida (2008) discorrem que sobre a divulgação da
DFC: é necessário divulgar transações relevante de atividades de investimento e de
financiamento, que não afetaram o fluxo de caixa do período. E reconciliar lucro
líquido e fluxo de caixa liquido das atividades operacionais.

2.8.5.1. Estrutura DFC- método direto

45
Para elaboração devera ser evidenciado os três fluxos existentes, que são operacionais, de
investimento e de financiamento. Na evidenciação dos referidos fluxos, o que ira fazer
diferença entre o método direto e o indireto é a forma de apresentar os fluxos oriundos das
atividades operacionais na exposição direta das entradas e saídas de caixa. O seguinte
exemplo da estrutura da DFC, pelo método direto:

Tabela 7- estrutura da DFC método direto


Designação

Fluxos de caixa das atividades operacionais:

Recebimentos (de caixa) de clientes

Pagamentos (de caixa) a fornecedores e empregados

Caixa gerada pelas operações:

Juros pagos:

Impostos s/os lucros pagos

Fluxo de caixa antes da rubrica extraordinária

Caixa líquida provenientes das atividades operacionais

Fluxos de caixa das atividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas

Imobilizações incorpóreas

Investimentos financeiros

Juros e proveitos similares

Dividendos ou lucros recebidos

Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas

Imobilizações incorpóreas

Investimentos financeiros

Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária

Caixa liquida usada nas atividades de investimentos

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos:

Recebimentos provenientes de:

Aumento de capital, prestações suplementares e vendas de ações ou quota próprias

Cobertura de prejuízos

Empréstimos obtidos

46
Subsídios a exploração e doações

Pagamentos respeitantes a:

Redução de capital a presta. Suplementares

Compras de ações ou quota próprias

Dividendos ou lucros pagos

Empréstimos obtidos

Amortização de contratos de locação financeira

Juros e custos similares pagos

Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária

Caixa liquida usada nas atividades de financiamento

Aumento líquido de caixa e seus equivalentes

Caixa e seus equivalentes no início de período

Caixa e os seus equivalentes no fim do período

Fonte: plano geral de contas

2.8.5.2 Estrutura DFC- método indireto

A evidenciação dos fluxos das atividades operacionais pelo método indireto inicia-se a partir
do resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo do período). A elaboração dos fluxos de
caixa das atividades operacionais pelo método indireto consiste basicamente em converter o
lucro ou prejuízo apurado na demonstração de resultado (DRE), o qual apurado pelo regime
da competência naquele que seria se apurado pelo regime de caixa.

Modelo de estruturação da DFC pelo método indireto:

Tabela 8-estrutura da DFC pelo método indireto


Designação

Fluxo de caixa das atividades operacionais:

Resultado liquido antes do imposto e das rubricas extraordinaria

Ajustamentos:

Depreciações

Amortizações

Ganhos na alienação de imobilizações

Perdas na alienação de imobilizações

Resultados financeiros

47
Resultado extraordinarios

Resultado operacionais antes das alterações do capital corrente:

Aumento das existência

Diminuição das existência

Aumento das dividas de terceiros operacionais

Diminuição das dividas de terceiro operacionais

Aumento de outros ativos operacionais

Diminuição de outros ativos operacionais

Aumento das dividas a terceiros operacionais

Diminuição das dividas a terceiros operacionais

Aumento de outros passivos operacionais

Diminuição de outros passivos operacionais

Caixa gerada provenientes das operações

Juros pagos

Imposto s/os lucros pagos

Fluxo de caixa antes de resultado extraordinarios

Caixa liquida provenientes das atividades operacionais

Fluxo de caixa das atividades de investimentos:

Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas

Imobilizações incorporeas

Investimentos financeiros

Subsídios financeiros

Juros e proveitos similares

Dividendos ou lucros recebidos

Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas

Imobilizações incorporeas

Investimentos financeiros

Fluxo de caixa antes da rubricas extraordinária

Caixa liquida usada nas atividades de investimentos

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

Recebimentos provenientes de:

48
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão

Vendas de ações ou quotas próprias

Cobertura de prejuízos

Empréstimos obtidos

Subsídios a exploração e doações

Pagamentos respeitante a:

Reduções de capital e prestação suplementares

Compras de ações ou quotas próprias

Dividendos ou lucros pagos

Empréstimos obtidos

Amortização de contratos de locação financeira

Juros e custos similares pagos

Fluxo de caixa antes da rubrica extraordinária:

Caixa liquida usada nas atividades de financiamentos

Aumento liquido de caixa e seus equivalentes

Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo

Caixa e seus equivalentes no fim do periodo

Fonte: plano geral de contas

49
CAPITULO III - DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA COMO
FERRAMENTA DE CONTROLO DA POSIÇÃO FINANCEIRA DO
BANCO ANGOLANO DE INVESTIMENTOS 2018 À 2021

3.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

Neste capítulo é apresentada a entidade BAI (Banco Angolano de investimentos S.A.),


o seu objetivos, estrutura, missão, os valores, a estratégia das mesmas e as principais
atividades desta.

3.1.2. Historial

Criado a 14 de novembro de 1996, o BAI é hoje um banco dinâmico que trabalha com
as mais modernas tecnologias.

Prestam particular atenção a eficiência e personalização na abordagem ao mercado, e


trabalham para se tornarem parceiros indispensáveis dos negócios de seus utilizadores.

Empenham-se nos serviço atento as necessidades do segmento de particulares, oferecemos


soluções inovadoras destinadas a apoiar as PME (Pequenas e Médias Empresas) e tornaram-se
uma referência incontornável entre os maiores grupos empresárias do país.

50
Desta forma o BAI tem uma presença nacional e internacional. Contam com 171
pontos de atendimento, sendo 132 agências, 10 centros de atendimento as empresas, 12
postos, 2 centros de serviços premium, 15 ATM centres e 1 canal não presencial, o BAI
DIRECTO.

Internacionalmente, o banco marca presença em Portugal, BAI Europa, em Cabo Verde, e


com parcerias que asseguram o negócio BAI em S. Tomé e Príncipe.

3.1.3. Missão

Ser o banco angolano de referência, comprometido em satisfazer as necessidades


financeiras dos seus parceiros de negócio, capaz de atrair, reter e desenvolver as melhores
competências profissionais e gerar um retorno atrativo aos acionistas, atuando com ética e
responsabilidade social.

3.1.4. Visão

Oferecer a melhor experiencia bancaria em angola.

3.1.5. Valores

Os negócios no BAI são feitos com base nos seus valores comuns. O seu sucesso
consubstancia-se nos valores estes, determinam as suas relações com os clientes e com os
distintos parceiros de negócios.

Estes são:

 Respeito;
 Integridade;
 Inovação;
 Conduta ética;
 Orientação para o cliente;

3.1.6. Estratégias

A informação a seguir disponibilizada assume a descrição sintetizada da estratégia do


grupo e do contributo de cada sociedade para os objetivos globais, designadamente para a
formação de proveitos e resultados.

51
BAI- Banco Angolano de Investimentos, S.A. o BAI, no seu programa estratégico
denominado ‘geração bai’ com um horizonte temporal de 5 anos (quinquénio 2016-2020),
teve como visão a de oferecer a melhor experiencia bancaria nos mercados em que atua tendo
estabelecido como base a programação de planos específicos (estratégicos) a que
convencionou chama-los de iniciativas estratégicas assentes em 3 pilares de objetivos
estratégicos, como sendo:

 A defesa dos segmentos core, oferecendo um serviço de excelência para suportar um


crescimento seletivo e rentável aos segmentos de large corporate (banca comercial);
 O desenvolvimento de segmentos de elevado potencial e exploração de novas
fronteiras de negocio, desenvolvendo e otimizando a abordagem aos segmentos PME,
Affluent e Mass market;~
 A transformação das plataformas críticas de suporte ao negócio, de forma a adequar as
mesmas á visão de negócios, otimizar os processos como condição chave para níveis
de serviço de excelência.

No ano de 2020, o programa estratégico teve o seu desenvolvimento respeitado, não


obstante ter sido critico impacto causado pelo contexto socioeconómico gerado com o
surgimento do covid-19. Apesar do abrandamento da sua execução, continuaram a registar-se
marcos relevantes nas iniciativas de desenvolvimento do negócio e de suporte ao negócio
continuando o seu produto agregado a constituir a base de todo o processo de transformação
do grupo para a construção da oferta da melhor experiencia bancaria. Ao nível do seu
desenvolvimento a luz da programação assumida pelo programa estratégico.

Figura Nº 2-Organigrama do BAI (topo da estrutura)

52
Assembleia
geral

Conselho Comissão de
fiscal remuneração
dos membros
dos órgãos
Conselho de
Auditor socias Comissão do
administração
externo governo da
sociedade

Secretário da Comissão de gestão


Comissão
sociedade de recursos humanos
executiva

Comissão de
controlo interno

Fonte: relatório financeiro condesado do bai

O conselho de administração reconhece a necessidade e implementou um modelo de


governação corporativa em linha com os ditames legais, regulamentos, estatuários e, sempre que
adequado, conforme estabelecido nas denominadas boas praticas internacionalmente aceites, visando,
desta forma, assegurar o apropriado equilíbrio de interesses de todos os parceiros na prossecução do
objeto social do banco. Este modelo permite garantir a fiscalização e supervisão independentes
cumprindo, desta forma, com o que estabelece a legislação que regula a nossa atividade.

3.2. QUANTO A COLETA DE DADOS

Como inferem sampieri, colado e lucio (2013), a pesquisa pode ser classificada como
quantitativa, qualitativa ou mista (combinação entre quantitativo e qualitativo). Quanto a coleta de
dados, classifica-se como quantitativo. De acordo com sampieri, a pesquisa quantitativa utiliza a coleta
de dados para testas hipóteses, baseando-se na medição numérica e através da análise estatística para
estabelecer padrões e comprovar teorias. O método quantitativo é utilizado quando o pesquisador
deseja melhor compreensão e entendimento do comportamento de diversos fatores e elementos que
influenciam sobre determinado fenómeno (Richardson, 2007).

3.2.1. Análise de dados

Os dados levantados foram classificados e organizados em planilhas do Excel para


apresentação de forma detalhada dos resultados através de gráficos. Os resultados obtidos
apresentaram as variações do fluxo de caixa e quais as atividades mais contribuiu na formação do
caixa líquido da empresa BAI tal que esta altera a posição da empresa.

53
3.3. Apresentação e análise dos resultados

Este parágrafo aborda a forma de coleta de dados das demonstrações dos fluxos de caixa bem
como onde foram publicadas. Em seguida, é realizada a análise da formação do fluxo de caixa líquido
da empresa, ou seja, como cada atividade: operacional, de investimentos e financiamentos impactou na
variação final de caixa. Por fim, ocorre a análise da evolução dessas atividades no período
compreendido de 2018 à 2021.

3.3.1.Coleta de dados

Inicialmente foi realizada uma pesquisa na página eletrónica do BAI e do IGAPE (Instituto de
Gestão Ativos e Participações do Estado) que visa a publicações dos relatórios das empresas com sede
em Angola, cujo estatuto orgânico foi aprovado pelo decreto presidencial nº 141/18, publicavam as
demonstrações dos fluxos de caixa no período compreendido entre 2018 e 2021, na qual foram
apurados e apresentados. (ver em anexos).

3.3.2. Analise dos resultados

Este tópico é constituído pela análise das demonstrações dos fluxos de caixa do BAI da
amostra final, no período compreendido de 2018 à 2021. Apos o levamentos dos dados, será possível
verificar qual foi a contribuição de cada atividade na formação do caixa liquido ao final do período.
Como visto anteriormente, o somatório de cada atividade formara a variação dos equivalentes de caixa
evidenciando assim se a empresa teve um aumento no caixa ou não. Um valor negativo das variações
dos equivalentes de caixa pode significar a incapacidade da empresa gerar caixa ou equivalentes de
caixa prejudicando a continuidade de exerção das suas atividades em seu mercado, respondendo assim
a problemática deste trabalho.

Grafico 1-
Este 800000000 gráfico
700000000
busca
apresentar a
600000000 evolução das
atividade da
VALORES EM MILHRES

500000000
empresa
BAI 400000000 durante o
período de
2018 300000000 à 2021.
200000000

100000000 54
0
2018 2019 2020 2021
-100000000
Fonte: elaboração propria

Observando o gráfico é possível identificar que a empresa BAI apresenta números de caixa
líquidos positivos alternadamente, sendo que iniciou e encerrou o período dessa amostra com valores
positivos. Demonstrando ser capaz de gerar caixa e seus equivalentes, sendo que a empresa apenas
conseguiu gerar caixa positivo através da atividade de investimentos no período de 2019, deixando
claro que a empresa teve um consumo maior do que sua geração de recursos através dessa atividade.
Quanto as atividades de financiamento a empresa apresentar valores negativos em todos os períodos
da amostra demostrando maior consumo do que geração de recursos através desta atividade. (isto pode
ser o facto interessante para investidores, porque demostra que empresa tem gasto parte do seu
dinheiro gerado através das contas de financiamento distribuindo lucros e pagando dividendos).
Quanto a atividade operacional empresa conseguiu ter valores positivos em quase todos os períodos
sendo que teve um valor negativo no ano de 2020, interessante é que mesmo contendo valores
negativos em quase todas atividades no ano de 2020 a empresa ainda conseguiu ter um caixa liquido
positivo, isso deve-se a quantidade de dinheiro em caixa gerada no ano anterior e a variação cambial,
forma fatores importantes que fez com que a empresa terminasse o período com o caixa liquido
positivo. (2020, foi um período em que as empresas tiveram que enfrentar bastantes desafios a
empresa BAI tendo feito regularmente a analise de suas demonstrações de caixa e analisados
regularmente, sobe elaborar estratégia de forma a conseguir ultrapassar esse massacre do ponto de
vista económico).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As constantes mudanças que estamos a atravessar quer a um nível económico quer financeiro,
tornam necessário o desenvolvimento de uma gestão de recursos cada vez mais rigorosa e inflexível
no que toca aos métodos e as técnicas em utilização, com o fim de obter a informação mais fiável
possível para uma tomada de decisão. A DFC ao estar inserida nas principais demonstrações
financeiras, proporciona e influencia informação útil aos seus utentes na tomada de decisões e
políticas económicas, demonstrando-se assim uma ótima ferramenta estratégica para gestão. A
informação obtida por esta demonstração tem com base as alterações na posição financeira de uma
empresa, avaliando essencialmente, a capacidade da empresa em gerar e utilizar recursos nas suas

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atividades operacionais, de investimentos e de financiamento durante o período que relata e a sua
sobrevivência.

A presente pesquisa apresentou a importância que a demonstração dos fluxos de caixa possui
quando o assunto se refere ao gerenciamento e controle do caixa das empresas. A evidenciação da
DFC permite que as empresas tenham ciência da saúde financeira e, principalmente em um mundo
corporativo competitivo, auxilia na tomada de decisões.

Relativamente a análise financeira de uma entidade, podemos concluir que analise a DFC
enquadra-se na análise dinâmica da empresa tendo como principal objetivo relacionar a informação
resultante da demonstração de resultados com a informação derivada da DFC. Desta maneira, permite
a avaliação da forma como meios financeiros são gerados e aplicados num determinado período.
Conclui-se ainda que a análise dos fluxos de caixa passados ou futuros (em função da previsibilidade
de aplicação de capitais) é necessária a vários níveis de decisão, nomeadamente na avaliação de
desempenho, nos processos de financiamentos e nas políticas de investimento.

Este trabalho teve como objetivo geral o evidenciam-no da demonstração do fluxo de caixa
como ferramenta importante para o controlo e gestão financeira da empresa de forma a controlar a sua
posição financeira, sendo assim, o objetivo geral e específicos da pesquisa foram atendidos, visto que
foram apresentados os conceitos e estruturas da demonstração dos fluxos de caixa, seguida do
problema de pesquisa que apresentou qual é o impacto da demonstração do fluxo de caixa no controlo
da posição financeira das empresas? Tendo como estudo de caso a empresa BAI
Conclui-se assim, que a gestão financeira está completamente aliada aos fluxos de caixa, na
medida em que são estes que moldam todo o processo de tomada de decisões na busca de alcançar as
metas delineadas.

RECOMENDAÇÕES

Recomenda-se a todas as empresas de todos os setores, que passem a se beneficiar das


informações retiradas das demonstrações do fluxo de caixa para melhor planeamento e melhor gestão.

DIFICULDADES DURANTE A PESQUISA

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Encontrou-se bastante dificuldade para nós encontrar empresas localizadas no Uíge, no
município sede que elabora-se DFC que nos fornece-se as demonstrações por intermedio disso foi feita
uma pesquisa externa.

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REERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

amoriz, n. (2015). analise dos relatorios contabeis . rio de janeiro: sese.

ferreira, a. s. (2014). demonstração de fluxo de caixa como ferramenta de gestão. coimbra .

lakatos, E. M., & MARCONI, M. (s.d.). Fundamentos de Metodologia Científica. 5. Ed. São.

MARIANE LON, M. L. (2010). DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: UMA ANÁLISE DA CAPTAÇÃO
DE RECURSOS DAS EMPRESAS LISTADAS NA BOLSA . SÃO PAULO.

MATARAZZO. (2010). Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São. SAO PAULO:
ATLAS .

nascimento, d. f. (2017). demonstrações de fluxos de caixa das empresas listadas na bolsa. rio verde .

OLIVEIRA, L., PEREZ JUNIOR, J., & SILVA, C. (2015). Controladoria estratégica: TEXTOS E CASOS
PRATICOS COM SOLUÇÃO. SÃO PAULO: ATLAS .

pereira, a. g. (2018). analise das demostrações contabeis . rio verde .

SILVA, D., & NEIVA, R. (2010). O Fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira e estrategias
na empresa .

https://igape.minfin.gov.ao/PortalIGAPE/#!/ portal igape =

https://www.bancobai.ao/pt/particulares

Obras Citadas
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