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BÁSICA
1º Semestre
ÍNDICE
1. A CONTABILIDADE ....................................................................................... 4
1.1 OBJECTO DA CONTABILIDADE ............................................................................ 4
_____________________________________________________________________________ 2
6.5 PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO COMPLETA ......................................................... 35
7.5.1 CAIXA.................................................................................................................................................. 39
7.5.2 BANCOS ............................................................................................................................................. 42
7.5.3 CLIENTES .......................................................................................................................................... 46
7.5.4 DEVEDOR – ESTADO ..................................................................................................................... 47
7.5.5 TITULOS NEGOCIÁVEIS ................................................................................................................ 47
7.5.6 OUTROS DEVEDORES .................................................................................................................. 48
7.5.7 ACRÉSCIMO DE PROVEITOS E CUSTOS DIFERIDOS .......................................................... 49
7.5.8 EXISTÊNCIAS ................................................................................................................................... 49
7.5.9 MEIOS IMOBILIZADOS ................................................................................................................... 60
7.5.10 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS ............................................................................................................. 65
7.5.11 FORNECEDORES ............................................................................................................................ 66
7.5.12 FORNECEDORES CONTA CORRENTE...................................................................................... 67
7.5.13 CREDOR – ESTADO........................................................................................................................ 67
7.5.14 ACRÉSCIMO DE CUSTOS E PROVEITOS DIFERIDOS .......................................................... 67
7.5.15 CAPITAL E FUNDOS PRÓPRIOS ................................................................................................. 68
7.5.16 CAPITAL ............................................................................................................................................. 68
7.5.17 RESERVAS ........................................................................................................................................ 70
7.5.18 CONTA DE CUSTOS ....................................................................................................................... 70
7.5.19 CONTA DE PROVEITOS ................................................................................................................. 71
7.5.20 BALANÇO ANUAL E DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS .................................................... 72
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1. A CONTABILIDADE
As unidades económicas, qualquer que seja a sua natureza – empresas, associações –
necessitam de ter informação sobre o seu património, os seus rendimentos e custos. O
fornecimento desta informação que normalmente se apresenta na forma quantitativa é
desempenhada pela Contabilidade, sendo a sua natureza predominantemente financeira, isto
é expressa em unidades monetárias, normalmente, do país em que a unidade económica
actua, e tem como objectivo principal poder ser utilizada na tomada de decisões sobre a
entidade a que se refere.
Informação sobre os bens propriedade de uma empresa, as suas dívidas, suas vendas, os
seus custos e outras de idêntica natureza, necessárias para a gestão desempenhar a sua
função são exemplos do papel que a contabilidade, nas suas diversas vertentes, desempenha.
O objectivo deste nosso curso consistirá numa introdução básica aos conhecimentos
contabilísticos e suas técnicas a nível teórico e prático. Neste capítulo iremos delimitar o seu
âmbito traçando as suas principais características.
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contabilístico – que se traduzem num sistema de informação concebido para recolher e
avaliar os aspectos económicos que afectam uma entidade e relatar os seus efeitos para
os tomadores de decisão.
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Contabilidade transcende em muito o mero registo rotineiro e burocrático das
transacções e factos patrimoniais. O trabalho do contabilista embora se tenha de basear
em registos contabilísticos, mantidos no âmbito de uma escrituração comercial adequada
é também trabalho de interpretação e tratamento desses registos de modo a servirem os
objectivos dos seus utilizadores.
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2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras, Balanço, Demonstração de resultados, Origens e aplicações
de fundos ou outras preparadas de acordo com as necessidades dos utilizadores, são na
generalidade das situações o produto final do processo contabilístico. Apesar disso
poderemos considerá-las como um bom meio para iniciar o nosso estudo da contabilidade.
EXEMPLO 3.1 – A
INVENTÁRIO DE BENS PERTENCENTES A MANUEL NO DIA 31 DE MARÇO DE 2004
Casa 1.200.000.000,00MT
Mobília 50.000.000,00MT
Dinheiro 1.200.000,00MT
Tanto os bens Activos como os bens Passivos possuem um valor: o valor do Activo e o
valor do Passivo. A riqueza do titular deste património, ou seja, o valor do património é
igual à diferença entre o valor do Activo e o valor do Passivo. No exemplo 3.1 – A o
valor do Activo é de 1.252.200.000 e o do Passivo 95.000.000 pelo que a diferença entre
estes dois valores, no montante de 1.257.200.000 constitui o Património Líquido ou valor
do Património.
Nem sempre sucede assim, por exemplo numa fábrica produtora de sapatos, numa
mercearia, ou numa loja de roupa, podem existir centenas, milhares ou mesmo dezenas
de milhar de bens e direitos o que tornará impossível a sua descrição num inventário
detalhado.
Clientes: Agrupa as dívidas que terceiros têm para com uma empresa proveniente de
vendas a crédito.
Imobilizações Financeiras
Imobilizações Corpóreas
Imobilizações Incorpóreas
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EXEMPLO 3.1 – C
INVENTÁRIO CLASSIFICADO DA SOCIEDADE COMERCIAL, LTDª EM 31/12 DE 2003
ACTIVO
Imobilizado
Incorpóreo 50.000.000,00
Corpóreo
Equipamento de transporte 100.000.000,00
Equipamento administrativo 16.000.000,00 116.000.000,00
Circulante
Existências
Mercadorias 350.000.000,00
Dívidas de terceiros
Clientes, c/c 80.000.000,00
Clientes-letras a receber 80.000.000,00 160.000.000,00
Disponibilidades
Depósitos a ordem 34.000.000,00
Caixa 30.000.000,00 64.000.000,00
PASSIVO
Médio prazo
Sócios 100.000.000,00
Empréstimos bancários 200.000.000,00 300.000.000,00
Curto prazo
Fornecedores 40.000.000,00
Outros Credores 60.000.000,00
Adiantamento de clientes 20.000.000,00
Fornecedores de imobilizado 60.000.000,00
Estados e outros entes públicos 15.000.000,00
Remuneração a pagar 5.000.000,00 200.000.000,00
TOTAL DO PASSIVO 500.000.000,00
perante uma peça contabilística chamada BALANÇO, que tem como principal finalidade
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EXEMPLO 3.2 – B – BALANÇO TIPO VERTICAL
BALANÇO DA SOCIEDADE COMERCIAL, LTDª EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003
ACTIVO
IMOBILIZADO
Imobilizações Incorpóreas
Despesas de Instalação 4
Imobilizações Corpóreas
Equipamento Básico 202
Equipamento de Transporte 1.757
Equipamento administrativo 521
2.484
CIRCULANTE
Existências
Mercadorias 138.399
Dividas de Terceiros Curto Prazo
Clientes 53.299
Estado e outros entes púb. 15.260
Outros devedores 11.779
80.338
Deposito bancário e caixa
Depósitos bancários 1.642
Caixa 584
2.226
TOTAL DO ACTIVO 223.447
PASSIVO
Dividas a Terceiros Curto Prazo
Fornecedores 163.704
Estado e outros entes púb. 959
Outros credores 2.502
167.165
Acréscimos e diferimentos
Acréscimo de custos 1.483
TOTAL DO PASSIVO 168.648
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 54.057
Resultados líquidos do exercício 742
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 54.799
TOTAL DO PASSIVO E C. PROP 223.447
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Outra distinção que por vezes se faz entre diversos tipos de balanço é entre Balanços
Sintéticos e Balanços Analíticos sendo estes últimos mais detalhados no que se refere
ao grau de agregação dos diferentes bens patrimoniais. O extremo de um Balanço
Sintético é aquele em que apenas se mencionam os totais do Activo, do Passivo e da
Situação Líquida/Fundos Próprios.
Primeira: O Activo é maior que o Passivo pelo que a equação do Balanço será:
A = P + FP
Caso em que se diz que temos uma Situação Líquida Activa/Fundos Próprios Activos, ou
positivos o que equivale a existência de Capitais Próprios.
A=P
Esta situação embora rara não é impossível. Não existe Situação Líquida/ Fundos
Próprios sendo os valores dos bens exactamente iguais ao valor das dívidas.
Terceira: O Passivo é superior ao Activo. Neste caso diz-se que estamos perante
uma Situação Líquida/Fundos Próprios com sinal negativo e que se designa Situação
Líquida Passiva/Fundos Próprios Passivos, a equação do Balanço passa a ser:
A = P – FP
E diz-se que estamos perante uma situação de Passivo Descoberto ou Défice. Trata-se
de uma situação de falência em que os valores dos bens possuídos são inferiores ao
valor das dívidas assumidas.
Para isso resolveu destacar 50.000 Mt das suas economias para utilizar na actividade.
De acordo com o princípio da entidade separada cada negócio ou empresa, é tratado
contabilisticamente como entidade separada e perfeitamente autónoma dos seus
proprietários. Assim, cada unidade é visualizada como possuindo todos os recursos que
lhe estão atribuídos e sendo responsável pelas suas dívidas e obrigações.
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Assim o dinheiro investido por António S. vai ser considerado como o capital próprio
(Situação Líquida) inicial, constituindo o dinheiro investido no negócio, o único bem
Activo. Não existindo qualquer bem Passivo a equação do Balanço de António S. Será a
seguinte:
1 50.000 50.000
2 -500 -500
49.500 49.500
3 -20.000 20.000
4 -5.000 5.000
5 12.000 12.000
Como se verifica após cada uma das transacções a composição do Património alterou-
se, no entanto a equação do Balanço mantém-se permanentemente válida. Assim após a
última operação temos:
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Das transacções anteriores, apenas a primeira afectou o valor do património reduzindo-
o. Trata-se de uma despesa ou custo que foi necessário suportar para poder exercer a
actividade.
Note-se igualmente que cada transacção afecta sempre dois elementos, ou contas como
veremos num dos próximos capítulos, mas que a equação do Balanço permanece
sempre válida. É esta permanência que constitui a base de todos os movimentos da
técnica contabilística e que se chama o princípio das partidas dobradas. Isto é, cada
movimento afecta sempre pelo menos dois itens (contas) e o valor dos movimentos num
sentido são sempre iguais aos movimentos no outro sentido.
Com a consideração destas duas novas transacções a equação do Balanço passa a ser:
5 12.000 12.000
6 1.500 1.500
7 -600 -600
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A situação do negócio do contabilista no final do mês de Janeiro pode representar-se no
seguinte balanço:
ACTIVO PASSIVO
Caixa 25.400 Fornecedores 12.000
Viatura 20.000 Total do Passivo 12.000
Eq. Informático 5.000 SIT. LÍQUIDA/F.PRÓPRIOS
Mobiliário 12.000 Capital 50.000
Resultado 400
Total Sit. Líquida 50.400
Total Activo 62.400 Total Passivo + Sit. Líquida 62.400
O resultado obtido no mês de Janeiro no valor de 400 pode ser analisado através de um
documento que resume os movimentos que alteram positivamente o património, a que
chamamos proveitos ou lucros, e os que alteram negativamente, a que chamamos
custos ou prejuízos.
518.336 518.336
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ser considerado lucro no momento da sua venda e portanto atribuído ao período em que
essa venda se concretiza.
Exemplo 4.2
CAIXA
DÉBITO CRÉDITO
Entrada de capital 50.000 Pagamento de Renda 500
Serviços prestados 1.500 Compra de Viatura 20.000
Compra de Computador 5.000
Pagamento de Salários 600
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Numa conta existem dois elementos fundamentais. O título que define o âmbito
dos elementos englobados na conta, no nosso exemplo – Caixa – e a sua
extensão que varia continuamente de acordo com as transacções efectuadas.
CONTAS DO ACTIVO
Caixa: Inclui as notas de banco, moedas e outros meios monetários equivalentes.
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Equipamentos: Integra os instrumentos e máquinas utilizadas na produção.
CONTAS DO PASSIVO
Fornecedores: Engloba as dívidas a pagar às entidades a quem se adquirem
produtos ou serviços.
CONTAS DE CUSTOS
Custos de Vendas: Regista os custos das vendas de mercadorias.
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CONTAS DE PROVEITOS
Vendas: Engloba o valor resultante da venda de mercadorias e produtos.
Outros Proveitos: Regista os proveitos que não sejam próprios dos objectivos
principais da empresa.
Para isto é necessário que os movimentos a débito sejam iguais aos movimentos a
crédito.
Vejamos agora como as mesmas transacções podem ser registadas utilizando as contas
respectivas.
D Caixa C D Capital C
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Activo = Passivo + Fundos Próprios
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conta e com evidenciação do respectivo saldo. O balancete do Gabinete de
Contabilidade de António S. era no final de Fevereiro, o seguinte:
Uma das funções mais importantes dos balancetes é garantir que não existiram erros ou
omissões na execução dos registos contabilísticos. De facto, o total dos movimentos a
débito tem que ser igual ao total dos movimentos a crédito. Igualmente as somas dos
saldos devedores têm que ser igual à soma dos saldos credores. Quando tal não se
verifica é sinal de que se verificou qualquer erro na execução dos registos.
Este formato dependerá das necessidades e natureza das contas, mas em especial,
quando se trata de contas do Razão Geral apresenta o seguinte aspecto:
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FÓLIO 1
DÉBITO CAIXA CRÉDITO
2004 Outros
2 a Capital 5.000 Janeiro 3 de 50
Janeiro custos
FÓLIO 2
DÉBITO CAPITAL CRÉDITO
2004
2 de Caixa 5.000
Janeiro
FÓLIO 3
DÉBITO OUTROS CUSTOS CRÉDITO
Data Descrição Valor Data Descrição Valor
2004
3 a Caixa 50
Janeiro
Quase todas as contas do Razão Geral têm necessidade de serem subdivididas. Nestes
casos o aspecto gráfico e traçado das contas utilizadas, pode ser muito variável,
dependendo da natureza dos movimentos a registar.
Artigo: ABC
Unidade: Kg
Localização: A12
Entrada Saída Existências
Data Movimento
Quant Preço Valor Quant Preço Valor Quant Preço Valor
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Por exemplo, para a conta de clientes é igualmente necessário manter razões auxiliares
onde se controlam individualmente as contas de cada cliente, como se pode ver no
exemplo 3.4, em que utilizam meios informáticos para a sua execução.
EXEMPLO 3.4
Vejamos como funciona a execução dos lançamentos no Razão Geral. Para isso
continuamos a utilizar o exemplo do gabinete de Contabilidade de António S. Assim o
primeiro lançamento do início da actividade de realização do Capital seria:
Diário Geral
Localidade, 31 de Janeiro de
Descrição ou Histórico
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RAZÃO GERAL
2004
2004 Outros
2 a Capital 1 5.000 Janeiro 3 de 50
Janeiro custos
Lançamento no Diário
DÉBITO CAPITAL CRÉDITO
2004
2 de Caixa 1 5.000
Janeiro
Lançamento no Diário
Data
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Lançamentos correntes: Os que respeitam ao registo normal (corrente) das transacções.
O trabalho de escrituração comercial está sujeito a erros, pelo que quando qualquer erro é
encontrado este deve ser corrigido de imediato. Contudo a sua correcção não deve ser
efectuada através da rasura ou apagamento do registo, pois isso poderá indicar o desejo
de esconder ilicitamente qualquer facto. É por vezes a própria legislação que impõe regras
neste sentido impondo a utilização neste, do lançamento de estorno para corrigir erros.
Esses lançamentos de estorno podem ser da mais variada natureza, no entanto, a maneira
mais simples de realizar um estorno é anular o lançamento contrário através da realização
de um lançamento inverso e repetir o lançamento correctamente. No entanto, algumas
vezes, este procedimento não é possível devendo cada caso ser analisado
cuidadosamente, adoptando-se, o procedimento adequado mas tendo em vista que deve
ser deixada evidência clara do erro que se está a corrigir, não efectuando rasuras.
4. INSTRUMENTOS DE ESCRITURAÇÃO
Um sistema de contas é um conjunto organizado de contas de modo a que estas mantenham
um sistema coerente tendo atenção a situação da entidade a que se irão aplicar e os
respectivos objectivos.
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4.1 SISTEMA CLÁSSICO DE ESCRITURAÇÃO
Este sistema, largamente utilizado na altura em que os registos eram elaborados
manualmente, pode ser representado pelo diagrama seguinte:
TRANSACÇÕES
RAZÕES BALANCETES
AUXILIARES AUXILIARES
PRESTAÇÃO DE
CONTAS
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Finalmente preparam-se os documentos finais de prestação de contas que na sua forma
mais simples são constituídas por:
Relatório de Gestão
Balanço
Demonstração de resultados
Notas anexas
CONFERÊNCIAS
RAZÕES AUXILIARES
PRESTAÇÃO DE CONTAS
EXEMPLO 4.2
Diário – Razão de António S.
Caixa Capital Outros Custos Viaturas
DIÁRIO
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
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exageradamente as contas, o que torna extremamente difícil o controlo e execução da
contabilidade.
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DOCUMENTOS DIÁRIOS
CAIXA
DIÁRIO RAZÃO
CENTRALIZAÇÃO GERAL
BALANCETE
COMPRA
PRESTAÇÃO
DE CONTAS
VENDAS CONFERÊNCIAS
RAZÕES
AUXILIARES BALANCETES
OPERAÇÕES
DIVERSAS
A escrituração destes livros tem que ser efectuada com algumas regras, nomeadamente
não são admitidas rasuras e espaços em branco não devendo ter um atraso superior a 90
dias.
Contudo, apesar das diferenças evidentes nos meios utilizados, e que se caracterizam
essencialmente por uma menor visibilidade dos registos, apesar da organização desses
mesmos registos depender dos programas informáticos utilizados, por vezes altamente
integrados e complexos especialmente quando se utilizam bases de dados, o esquema
formal do processamento contabilístico é na sua essência o mesmo tal como descrito até
aqui.
6. PRINCIPIOS CONTABILISTICOS
A função principal da Contabilidade é recolher, tratar e interpretar tudo o que afecta a riqueza
ou o património de uma unidade económica. Este tratamento da informação resultante das
transacções tem utilizadores internos e externos à própria entidade ultrapassando muitas
vezes o âmbito dos seus produtores originários. Sendo assim é extraordinariamente
importante que as informações contabilísticas sejam apresentadas e obtidas de acordo com
procedimentos padronizados que sejam perfeitamente claros para todos. Isto é, que os seus
utilizadores as possam utilizar sem interpretações incorrectas.
Este objectivo consegue-se pela definição adequada dos princípios contabilísticos a serem
utilizados e do âmbito e nomenclatura das contas. Vamos neste capítulo estudar os princípios
contabilísticos deixando para os seguintes uma análise mais detalhada dos planos de contas.
Os princípios contabilísticos são regras que, tendo por objectivo responder às questões
anteriores, guiam a execução dos movimentos da contabilidade e a preparação das contas, de
modo a que estas dêem uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e dos
resultados da entidade, que seja ao mesmo tempo compreensível e útil para os seus
utilizadores.
Os princípios não são leis no sentido científico do termo mas apenas regras construídas pelo
homem para incrementar a utilidade da informação contabilística e que tem evoluído de
acordo com as necessidades da sua utilização.
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Estes princípios contabilísticos baseiam-se na consideração de alguns aspectos gerais do
meio envolvente em que a contabilidade é elaborada e que afectam directamente os seus
objectivos os quais poderemos designar por fundamentos ou conceitos básicos.
CONTINUIDADE: Considera-se que as contas das entidades devem ser preparadas, a menos
que haja evidência do contrário, pressupondo a vida indefinida da unidade ou empresa, isto é,
que não se espera que venha ser liquidada no futuro próximo.
Este conceito permite fundamentar as bases de preparação das contas nomeadamente dos
Balanços. Por exemplo é este conceito que justifica o processo de contabilização dos bens do
activo Imobilizado, tais como máquinas, edifícios ou viaturas e a sua apresentação nos
balanços pelo seu valor de custo deduzido das amortizações acumuladas, isto é, noutros
termos, pela parcela do seu custo imputável a exercícios futuros.
É também justificação para incluir no activo pelo seu custo, as existências de impressos,
cartas etc., que tenham impresso o nome da sociedade que no caso de cessação da
actividade terão o seu valor diminuído para o equivalente do seu peso de papel-velho. Nestes
casos a intenção da posse destes bens não é a venda, daí a justificação, baseada neste
conceito, para a sua valorização e inclusão nos bens activos.
No entanto, quando se tem conhecimento que determinada entidade vai ser dissolvida este
conceito não se aplica, devendo aplicar-se outros princípios que levem em conta a situação
particular em causa.
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Sobretudo em países com elevadas taxas de inflação, têm-se tentado desenvolver técnicas
para incorporar nas contas apresentadas pelas entidades, (Balanços, Conta de resultados) os
efeitos da modificação do valor da unidade monetária. Contudo, apesar da justificação teórica
dos critérios utilizados para esse efeito, estes continuam a ser baseados no subjectivismo,
pelo que a sua utilização não se tem generalizado.
Tomando como base estes conceitos fundamentais foram-se desenvolvendo ao longo dos
tempos um conjunto de princípios contabilísticos, comummente aceites, quer pelas
legislações quer pelos técnicos e teóricos da contabilidade. Estes princípios contabilísticos são
guias genéricos que completam os fundamentos anteriores, tendo como principal finalidade
garantir que a contabilidade cumpre o seu objectivo fundamental de fornecer informação
relevante aos interessados. Os principais princípios são:
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6.2 PRINCÍPIO DA CORRESPONDÊNCIA CUSTOS – PROVEITOS
Este princípio estabelece que o maior objectivo da contabilidade é a determinação do
resultado líquido do período (ano normalmente) fazendo correspondência dos custos
incorridos com os correspondentes proveitos obtidos. O princípio reconhece que o fluxo
de rendimentos entra continuamente no negócio (empresa) e que isto exige que exista
uma perfeita separação (corte) do fluxo no final do período, que os fluxos entrados no
período sejam medidos e que os custos suportados para obter os rendimentos sejam
apurados e que, por diferença, se determine o resultado líquido do período.
Segundo a base de caixa, que deve ser utilizado quando existem sérias dúvidas do
recebimento da contrapartida em dinheiro, o proveito deve ser registado como tal apenas
no momento do seu recebimento.
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6.3 PRINCÍPIO DA OBJECTIVIDADE
Segundo este princípio a contabilidade e as correspondentes demonstrações financeiras
devem na máxima extensão possível, ser elaborados com base em dados
objectivamente determinados e verificáveis. Transacções com entidades externas
livremente negociadas e suportadas em documentos originados fora da unidade
económica são as melhores evidências que se pode ter da adequação das mesmas.
Isto não significa que a informação a publicitar deva ser excessivamente pormenorizada,
deve no entanto ser completa, no sentido de que toda a informação apresentada deve
ser suficiente para uma visão apropriada da situação da entidade de modo que um
investidor prudente não seja induzido em erro.
_____________________________________________________________________________ 35
Os princípios contabilísticos são pragmáticos e necessitam de ser aplicados às mais
diversas situações e circunstâncias. Com base nestas considerações podem portanto,
aparecer excepções na sua aplicação. Entre estes casos podem ter-se os seguintes
princípios modificativos ou de excepção.
Materialidade, (ou significância) que permite que uma transacção se contabilize de uma
maneira menos correcta, em casos em que, por se fazer o registo, digamos, errado isto
não afecta a avaliação dos interessados. Por vezes bens de pequeno valor, que de um
ponto de vista do seu período de vida útil deviam ser considerados no imobilizado e
levados a custos durante esse período pela via das amortizações, são considerados
como custo no ano de aquisição, para evitar o trabalho administrativo do seu controlo.
Conservativismo (ou prudência) que considera que quando existam várias alternativas
aceitáveis para se contabilizar determinada operação, deve escolher-se aquela que
influencia menos favoravelmente a sua situação líquida.
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Estes últimos, que normalmente abrangem elevado número de empresas, por vezes
espalhadas pelos mais diversos países, por necessidade de uniformidade no tratamento
contabilístico, alargam mesmo o conceito de plano de contas elaborando verdadeiros
manuais de contabilidade que descrevem os princípios contabilísticos adoptados,
as políticas contabilísticas, lista das contas, âmbito das mesmas, e regras de
movimentação das transacções menos vulgares.
Um plano de contas, para poder ser considerado como tal, e poder desempenhar as
suas funções deve abranger: Princípios contabilísticos adoptados, políticas
contabilísticas, lista das contas, âmbito das contas e regras específicas de
movimentação. Os modelos dos documentos e demonstrações financeiras são
igualmente peças importantes para que o plano de contas desempenhe a sua função.
Moçambique seguiu esta última tendência tendo em 1984, pela Resolução nº 13/84 de
14 de Dezembro aprovado o primeiro Plano Geral de Contabilidade “aplicável a todas
as unidades económicas com excepção das que exerçam actividades nos ramos
bancários ou seguros” (artigo 2º da resolução), passando a ser obrigatória a sua
aplicação a partir do exercício contabilístico de 1986.
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destas e de terceiros e assegurar a comparabilidade da informação financeira entre
empresas do mesmo sector.
Possuir uma maior abrangência, dentro de cada classe, das contas a movimentar;
A conta Caixa é portanto, uma conta do activo, pelo que se debita pelos
aumentos ou seja, os recebimentos, e se credita pelas diminuições, ou seja,
pagamentos. Embora não directamente prevista no Plano Geral de Contabilidade
pode esta conta subdividir-se em subcontas destinadas a controlar mais
eficazmente os meios monetários existentes. Por exemplo quando existem
diversas localizações da empresa, com necessidades de controlar o dinheiro
nelas existentes. Por exemplo:
1.1 Caixa
1.1.1 Caixa – Sede
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1.1.2 Caixa – Armazém
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Como se vê pelo exemplo apresentado, a disposição bilateral tem como principal
inconveniente, não mostrar após cada movimento realizado, o saldo de conta, ou
seja, o dinheiro existente no cofre.
CAIXA
CAIXA
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As folhas de controlo de caixa servem igualmente, muitas vezes, como controlo
inicial dos documentos a serem lançados no Diário. Nesses casos as folhas de
caixa utilizadas são completadas com uma coluna adicional, onde se inscreve a
contrapartida de caixa, e que será tomada como origem dos lançamentos a
efectuar, servindo como diário originário, em especial no chamado sistema
centralizador.
7.5.2 BANCOS
A conta 1.2- Bancos, abrange o registo dos meios monetários que a empresa
dispõe, à guarda das entidades bancárias (depositados) e que a empresa pode
dispor através da movimentação das respectivas contas. De acordo com a maior
ou menor liberdade de movimentação, os depósitos bancários são classificados
nas seguintes subcontas.
DEPÓSITOS Á ORDEM
Esta conta regista os meios monetários que a entidade mantém nas instituições
bancárias e que pode movimentar sem qualquer restrição. São portanto valores
equivalentes a dinheiro e que podem ser utilizados para os mesmos fins.
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Dada a importância extraordinária do cheque, na vida comercial moderna, a sua
utilização encontra-se regulamentada mediante uma convenção internacional,
denominada Lei Uniforme Relativa ao cheque, assinada em Genebra em 19 de
Março de 1931.
A transportar
A cada conta bancária aberta pela empresa, corresponde no banco uma conta de
sinal contrário. Periodicamente, normalmente todos os meses, o banco remete ao
respectivo titular o extracto bancário, que deverá ser conferido, comparando os
seus movimentos e saldo respectivo com os registos internos. Em virtude do
desfasamento entre os movimentos, o saldo apresentado pelo banco e o
existente na empresa normalmente não coincidem. Neste caso a diferença deve
ser justificada, enumerando exaustivamente os movimentos que se encontram na
_____________________________________________________________________________ 43
escrita da empresa e não se encontram na escrita do banco e vice-versa. Esta
enumeração deverá ser efectuada num documento adequado chamado
Conciliação Bancária. Ver exemplo de controle de uma conta a ordem.
DATA DESCRIÇÃO
Todos os movimentos que não apareçam devido a erro ou omissão, deverão ser
corrigidos de imediato, só devendo ficar em aberto aqueles cuja natureza o
justifique, e que geralmente se reduzem a cheques emitidos e que ainda não
foram apresentados no banco.
_____________________________________________________________________________ 44
DEPÓSITOS COM PRÉ – AVISO
Estes depósitos têm como característica, o facto de para serem levantados,
necessitarem de uma comunicação prévia ao banco, com uma antecedência
acordada no momento da sua efectivação. Por exemplo 5 dias, 15 dias, 1 mês,
são pré-avisos possíveis.
DEPÓSITOS A PRAZO
Estes depósitos são registados na conta 1.2.3- Depósitos a prazo, e tem como
característica fundamental, o facto de só poderem ser movimentados, isto é,
levantados, após o decurso do prazo para que foram constituídos, como por
exemplo, 15 dias, 1 mês, 30 dias, 6 meses, um ano etc.
Embora a regra seja não ser possível o levantamento antes de decorrido o prazo,
a generalidade dos bancos permite o seu levantamento antecipado, mas com
penalizações acentuadas da taxa de juro inicialmente acordada, chegando
mesmo em casos extremos, à perda total dos juros entretanto corridos.
_____________________________________________________________________________ 45
7.5.3 CLIENTES
A conta 4.1 – Clientes é utilizada para registar os movimentos relacionados com
a venda de produtos ou serviços, que não seja efectuada a pronto pagamento.
Debita-se, pelas:
Facturas emitidas
Credita-se, pelos:
Devolução de vendas
Exemplo
A sociedade Mercantil, Ldª efectuou durante o mês de Janeiro, entre outras, as seguintes operações:
(1) Venda a crédito à Sociedade do Norte, Ldª mercadorias no valor de 5.000.
(2) Venda a crédito à Sociedade Marítima, Ldª mercadorias no valor de 3.000.
Esquematicamente os lançamentos a efectuar seriam:
Razão Auxiliar
(2) 3.000
Não deverão ser englobados nesta conta os valores que resultem de factos ou
transacções em que as entidades públicas actuem como qualquer entidade como
sucede, por exemplo, quando se adquirem bens ou serviços ao Estado que
resultem de actividade produtiva.
_____________________________________________________________________________ 47
da conta 1.2.1 Depósitos à Ordem ou 1.1 – Caixa consoante a forma do
recebimento.
_____________________________________________________________________________ 48
7.5.7 ACRÉSCIMO E DIFERIMENTOS
Integram-se na conta 4.9. Acréscimo de Proveitos e Custos Diferidos, as
despesas contabilizadas e pagas no exercício e que dizem respeito ao exercício
ou exercícios futuros e as receitas do exercício a serem colectadas no exercício
ou exercícios seguintes. Trata-se portanto, de uma conta destinada ao registo
dos custos quando haja desfasamentos temporais, entre o seu pagamento e o
período em que devem ser considerados como custos.
7.5.8 EXISTÊNCIAS
Vamos englobar neste capítulo as contas que o Plano Geral de Contabilidade
integra na classe de contas de Meios Circulantes Materiais que são objecto da
actividade da empresa.
Materiais: Bens que concorrem, pelo seu consumo, de forma indirecta para o
processo produtivo.
_____________________________________________________________________________ 49
Em muitas empresas as existências representam uma parte substancial do total
dos bens Activos, representando uma parte significativa da aplicação de capitais,
pelo que a manutenção de elevados stocks em armazém poderá originar
vultuosos encargos financeiros. Inversamente reduzidas existências poderão
conduzir a faltas de bens, o que poderá conduzir a roturas nos fornecimentos aos
clientes ou no processo produtivo. A adequada gestão de stocks é um ponto
importante na vida de qualquer empresa, o que implica necessariamente a
utilização de adequados procedimentos de controlo contabilístico das mesmas.
INVENTÁRIO PERMANENTE
O sistema de Inventário Permanente exige a criação de um conjunto adequado
de subcontas para proceder aos registos, que se podem padronizar em tipos
diferentes, consoante as contas utilizadas:
Tipo A
Mercadorias
Resultados de vendas
Tipo B
Mercadorias
Vendas
Tipo C
Mercadorias
Vendas
Custo Mercadorias Vendidas
Tipo D
Compras
Mercadorias
Variação de Existências
Vendas
Tipo E
Compras
Mercadorias
Custo Mercadorias Vendidas
Vendas
Para que o sistema de inventário permanente funcione e cumpra as suas
funções, quaisquer que sejam as contas utilizadas, torna-se necessário registar
numa das contas as entradas e saídas de Mercadorias ao seu custo, apurando-
se o respectivo resultado numa conta apropriada.
_____________________________________________________________________________ 50
Exemplo A
Abatimento 32.000
Compra
Mercadorias
a Fornecedores
Aquisição de 4.000 kg de produto A (4000x125) 500.000
Mercadorias
a Bancos
Pagamento de despesas de transporte 12.000
Fornecedores
a Mercadorias
Desconto obtido 32.000
D MERCADORIAS C
_____________________________________________________________________________ 51
Valor da venda (3500x160) 560.000
desconto 35.000 525.000
Custo das mercadorias vendidas (3500x120) 420.000
105.000
Clientes
a Diversos
Pela venda de 3500 kg de produto A
a Mercadorias 420.000
a Resultado de vendas 105.000 525.000
D MERCADORIAS C
CONTA MOVIMENTO
Mercadorias Débito: (200x120) 24.000
Clientes Clientes: (200x150) 30.000
Resultados de Vendas Débito: (100x30) 6.000
_____________________________________________________________________________ 52
e o lançamento no diário seria:
Diversos
a Clientes
Devolução de 200 kg do produto A
Mercadorias 24.000
Resultado de vendas 6.000 30.000
_____________________________________________________________________________ 53
Exemplo B - Ficha de Existências
Entrada Saída Existências
Data Movimento
Quant Preço Valor Quant Preço Valor Quant Preço Valor
Verifica-se por este pequeno exemplo, que a valorização das existências é da mais alta
importância, dela dependendo, quer as importâncias a inscrever nos resultados, quer as
que se inscrevem na respectiva rubrica de balanço.
No que diz respeito às saídas, e aos stocks detidos, embora se mantenha sempre o
princípio de custo histórico poderão utilizar-se diferentes critérios que, satisfazendo o
referido princípio do custo histórico conduzem a valores diferentes.
CUSTO ESPECÍFICO
Cada bem é avaliado individualmente e independente dos outros da mesma
categoria, pelo seu custo total isto é, pelos encargos totais que lhe sejam
directamente imputáveis. É de aplicação difícil, sendo utilizado apenas por alguns
ramos de actividade, nomeadamente, ourivesarias, comércio de automóveis,
barcos, isto é, quando se está perante artigos de elevado valor unitário.
_____________________________________________________________________________ 54
As saídas são dadas ao preço dos lotes mais antigos até os mesmos se
esgotarem pelo que as existências aparecem no Balanço, valorizadas ao preço
das entradas mais recentes.
As saídas são dadas ao preço dos lotes mais modernos pelo que as existências
aparecem no Balanço valorizadas ao preço dos custos das entradas mais
antigas.
CUSTO MÉDIO
O preço unitário das existências é determinado pela média ponderada do preço
de compra e do preço dos stocks existentes em armazém, no momento de cada
entrada. Rigorosamente o custo médio deve ser recalculado após cada entrada.
De notar que as saídas não alteram o custo médio, permanecendo o mesmo
constante entre duas entradas sucessivas.
Compras
Destinada a apurar para cada compra o respectivo custo. Debita-se pelas
compras e despesas de compras imputáveis às mesmas e creditam-se pelas
devoluções e abatimentos e pelas entradas em armazém, isto é, pelas
transferências para a conta de Mercadorias. Esta conta deve estar
permanentemente saldada após a conclusão de cada operação.
Mercadorias
Debitada pelas entradas em armazém, transferências de compras e
devolução de clientes e creditada pelas saídas de armazém resultante de
vendas ou abates. Todos os movimentos são realizados ao custo, utilizando
_____________________________________________________________________________ 55
um dos critérios de valorização definidos atrás. O seu saldo representa o valor
das existências em armazém.
Vendas
_____________________________________________________________________________ 56
Exemplo C:
Contabilização das operações do exemplo A utilizando o critério de valorização
do custo médio e o sistema de Inventário Permanente com as contas Compras,
Mercadorias, Custo de Mercadorias Vendidas e Vendas.
1 Compras
a Fornecedores
Aquisição de 4000 kg de produto A (4000x125) 500.000
2 Compras
a Bancos
Pagamento de despesas de transporte 12.000
3 Fornecedores
a Compras
Desconto obtido na compra de A 32.000
4 Mercadorias
a Compras
Transferência de 4000kg de A a 120 480.000
5 Clientes
a Vendas
Venda de 3500 kg de A a 150 525.000
6 Custo de mercadorias vendidas
a Mercadorias
Custo de Venda de 3500 kg de A a 150 420.000
7 Vendas
a Clientes
Devolução de 200 kg de A a 150 30.000
8 Mercadorias
a Custo de mercadorias vendidas
Devolução de 200 kg de A a 120 24.000
9 Compras
a Fornecedores
Aquisição de 5000 kg de produto A (4000x131,4) 657.000
10 Mercadorias
a Compras
Transferência de 5000kg de A a 131,4 657.000
11 Clientes
a Vendas
Venda de 200 kg de A a 155 310.00
12 Custo das mercadorias vendidas
a Mercadorias
Custo de Venda de 2000 kg de A a 130 260.000
13 Clientes
a Vendas
Pela Venda de 1000 kg de A a 156 156.000
14 Custo das mercadorias vendidas
a Mercadorias
Venda de 1000 kg de A a 130 130.000
_____________________________________________________________________________ 57
No Razão Geral teríamos (apenas as contas pertinentes):
_____________________________________________________________________________ 58
INVENTÁRIO INTERMITENTE
Estudamos, nos parágrafos anteriores, o funcionamento do registo de existências
pelo sistema de inventário permanente, em que se controlam detalhadamente
todos os movimentos relativos às existências sendo possível a qualquer momento
determinar o valor das vendas, o seu custo, as existências em armazém e o
respectivo resultado bruto.
_____________________________________________________________________________ 59
Os principais critérios de valorização de stocks são os mesmos que já
estudamos, na movimentação das existências em sistemas de inventário
permanente ou seja: custo específico, FIFO, LIFO, e custo médio.
(3)
Imobilizações técnicas; e
Imobilizações de rendimento.
IMOBILIZAÇÕES TÉCNICAS
Compreendem os bens utilizados directamente no desenvolvimento da actividade
da empresa, representando o conjunto dos fundos investidos com características
de permanência. Podem ser de natureza corpórea, temos então o imobilizado
corpóreo como, terrenos, edifícios e equipamentos, ou natureza incorpórea,
_____________________________________________________________________________ 60
serão o imobilizado incorpóreo como por exemplo, gastos de instalação,
alvarás, patentes e marcas ou despesas de investigação e desenvolvimento.
Estes casos levam a que dependendo do maior ou menor peso dado a cada uma
dessas causas, existam diversos critérios para fazer o registo da perda de valor
dos bens imobilizados e da correspondente imputação aos custos do exercício ou
período contabilístico.
Quotas Constantes
Com este critério o custo anual é igual ao custo do bem deduzido de qualquer
eventual valor residual dividido pelo número de anos previstos de vida útil. A
grande vantagem deste método é a sua grande simplicidade sendo aconselhável
para os bens industriais com tecnologia estável, para o mobiliário, edifícios e
outros de natureza semelhante.
_____________________________________________________________________________ 61
manutenção e conservação serem crescentes com a idade do equipamento. No
entanto, apesar destas reticências, é o critério mais utilizado.
Outro método que tem sido utilizado para atingir o objectivo das quotas
decrescentes é o chamado método dos dígitos. De acordo com este método os
números de anos de vida útil são adicionados para construir o denominador de
uma série de fracções usadas para imputar as amortizações anuais durante o
respectivo período de vida útil.
_____________________________________________________________________________ 62
Vimos até aqui os diversos critérios para se efectuar o cálculo das quotas de
amortizações. Após este cálculo há que proceder ao seu registo contabilístico
que habitualmente se realiza no momento de encerramento das contas, mensal,
semestral, ou anual. Este lançamento pode efectuar-se utilizando dois métodos.
Exemplo – Amortizações
A sociedade Mercantil Ldª adquiriu um automóvel cuja vida útil está estimada em
5 anos, utilizando-se para registo das amortizações o método das quotas
constantes.
Equipamentos de transporte
a Fornecedores
Aquisição de uma viatura 2.000.000
_____________________________________________________________________________ 63
A apresentação no Balanço viria assim:
ACTIVO
MEIOS IMOBILIZADOS
Equipamento de Transporte 2.000.000
Amortização acumulada 400.000
1.600.000
Amortizações do exercício
a Equipamento de transporte
Amortização anual 400.000
ACTIVO
MEIOS IMOBILIZADOS
Equipamento de Transporte 1.600.000
Consideramos bens imobilizados incorpóreos ou, como por vezes se diz, bens
imobilizados intangíveis, aqueles que não possuindo existência física, são úteis
para a entidade económica em virtude dos direitos específicos que a sua
propriedade confere.
A aquisição destes bens deve ser contabilizada ao custo. Tal como no caso dos
bens do imobilizado corpóreo, os respectivos custos devem ser cuidadosamente
registados nas contas respectivas para permitir o seu controlo e a contabilização
subsequente.
_____________________________________________________________________________ 64
Tal como nos bens corpóreos, o custo dos bens do imobilizado incorpóreo devem
ser amortizados sistematicamente , de modo a imputar a totalidade do seu custo,
a resultados, durante o período de vida útil estimada.
IMOBILIZAÇÕES DE RENDIMENTO
Esta categoria, também denominada de imobilizações financeiras, abrange as
aplicações efectuadas em bens que visam a obtenção de um rendimento ou
controlo de outras empresas.
IMOBILIZADO FINANCEIRO
São englobados nestas contas as aplicações financeiras de carácter permanente,
em especial as participações em partes de capital. Quando estas participações
são para serem detidas apenas temporariamente estas devem ser contabilizadas
na conta de títulos negociáveis englobada na classe das disponibilidades.
Empréstimos de funcionamento
Os que tem como finalidade suprir insuficiências de tesouraria resultantes da
actividade corrente.
São normalmente obtidos a curto prazo, isto é, por períodos inferiores a um ano.
Empréstimos de financiamento
Os que têm como finalidade financiar projectos de investimento da empresa,
nomeadamente a aquisição de novos equipamentos. Dada a sua finalidade são
obtidos a médio e longo prazo, isto é, com vencimentos superiores a um ano.
Normalmente, sobretudo nos empréstimos com prazos de reembolso mais longos
os bancos credores exigem garantias reais ou pessoais que podem revestir a
_____________________________________________________________________________ 65
forma de hipotecas, penhores ou fianças. Temos então empréstimos com
garantia ou caucionados em contraposição a empréstimos sem garantia.
Exemplo
Em 1 de Outubro de 2003, a Sociedade Mercantil, Ldª negociou com o Banco
Nacional a contratação de um empréstimo no valor de 100.000.000 pelo período
de 5 anos para ampliação de seu armazém, com juros pagos semestralmente no
final de cada semestre à taxa de 20%. A primeira prestação de amortização de
capital realizar-se-á ao fim de 18 meses.
Os lançamentos serão:
Bancos
a Empréstimos bancários para investimento
Obtenção de um empréstimo no Banco Nacional 100.000.000
Diversos
a Bancos
Pagamento de juros
Acréscimo de Custos e Proveitos Diferidos 5.000.000
Custos e Perdas financeiras 5.000.000
De notar, que metade dos juros tinham sido considerados como custo de 2003,
pelo lançamento anterior, realizado em 31 de Dezembro.
7.5.11 FORNECEDORES
A conta 4.3 – Fornecedores, destina-se a registar todos os movimentos com
terceiros que se situam perante a empresa na posição de fornecedores de bens
ou serviços. Consideram-se nesta categoria todas as entidades, a quem a
empresa tenha adquirido mercadorias, bens ou serviços, sem que tivesse
efectuado de imediato o seu pagamento.
_____________________________________________________________________________ 66
Trata-se de uma conta do passivo pelo que o seu saldo será credor e
representará o montante das dívidas da empresa a estas entidades. Na sua
movimentação deverá, portanto, ser creditada pelos aumentos de extensão, isto
é, quando se contraem as dívidas no momento de aquisição dos bens ou serviços
e debitadas pelas diminuições isto é, quando se procede aos pagamentos
respectivos. Em resumo:
Credita-se por:
Saldos iniciais
Facturas de Fornecedores
Debita-se por:
Pagamentos
Devoluções de compras.
_____________________________________________________________________________ 67
7.5.15 CAPITAL E FUNDOS PRÓPRIOS
De acordo com o Plano Geral de Contabilidade estão incluídos nesta classe as
contas representativas dos capitais próprios da empresa ou entidade, também
por vezes denominada de Situação Líquida. Diz o referido plano o seguinte:
7.5.16 CAPITAL
A conta 5.1 – Capital, abrange nas sociedades o valor nominal das acções ou
partes sociais sendo o capital um valor fixo.
Tem especial interesse para este nosso curso a consideração das sociedades
devido à sua importância como forma de organização da actividade comercial e
industrial.
O contrato de sociedade deve ser celebrado por escritura pública e dele devem
constar os nomes dos sócios fundadores, o capital social, o tipo de sociedade, a
firma da sociedade, a sede, bem como outros aspectos que os sócios pretendam
acordar relativamente ao modo de organização da sociedade, desde que não
contrariem as disposições legais.
_____________________________________________________________________________ 68
Exemplo: António Silva e José Costa decidiram constituir uma sociedade por
quotas para explorar uma carpintaria tendo decidido adoptar a firma de
Carpintaria Moderna Ldª.
Subscrição de Capital
Subscritores de Capital
a Capital
Pela subscrição de capital
António Silva 2.500
José Costa 2.500 5.000
Caixa
a Subscritores de Capital
Pelas entregas relativas a realização do capital
António Silva 1.250
José Costa 1.250 2.500
_____________________________________________________________________________ 69
7.5.17 RESERVAS
As contas de Reservas são contas de Situação Líquida ou fundos próprios, e
destinam-se, no geral a registar, os lucros não distribuídos aos sócios. A
constituição de Reservas pode ser imposta por lei, temos então Reservas Legais,
pelos Estatutos, Reservas Estatutárias ou livremente constituídas, as chamadas
Reservas Livres.
_____________________________________________________________________________ 70
exercício, como por exemplo, a água, a energia, os combustíveis, etc. que pela sua
natureza ou decisão de gestão, não sejam mantidos em armazém, caso em que
serão controlados através das contas de existências e respectivas contas de
consumos. Igualmente, regista um conjunto bastante diversificado de operações
relativas à aquisição de serviços perante terceiros, como por exemplo, despesas
de representação, comunicação, seguros, transportes, etc.
IMPOSTOS E TAXAS
São registadas na conta 6.4 – Impostos e taxas, todos os impostos e taxas, que
são encargos de empresa. Nestas circunstâncias exceptuam-se os impostos que
incidem sobre os lucros como o IRPC. Também não devem incluir nesta conta
quaisquer impostos pagos pela empresa, mas que sejam devidos por terceiros
nomeadamente a trabalhadores.
AMORTIZAÇÕES DO EXERCICIO
São registadas na conta 6.5 – Amortizações do exercício, as depreciações das
imobilizações corpóreas e incorpóreas atribuídas ao exercício, de acordo com a
política contabilística definida pela empresa.
As quotas de amortização são calculadas com base anual ou base mensal por
um dos métodos estudados no capítulo dos meios imobilizados.
_____________________________________________________________________________ 71
VENDA DE SERVIÇOS
Registam-se na conta 7.2 – Vendas de serviços, os trabalhos e serviços
prestados pela empresa que sejam próprios do seu objecto social. Poderá
eventualmente integrar materiais aplicados no caso de estes não serem
facturados separadamente. Por exemplo nas empresas de construção civil e em
reparações de máquinas ou viaturas, muitas vezes, os serviços incluem para
além do serviço em si, valores importantes de materiais incorporados.
Estes meios próprios estão registados como custos nas respectivas contas de
custos por natureza. O valor dos trabalhos realizados deve ser controlado
mediante ficha de obra. Após a conclusão da obra, o seu valor deverá ser
debitado na respectiva conta de imobilizado, creditando-se a conta 7.3 –
Investimentos realizados pela própria empresa.
Já vimos durante este nosso curso que os documentos mais importantes, que
são apresentados, no decurso da preparação das contas são o Balanço e a
Demonstração de Resultados.
_____________________________________________________________________________ 72
O primeiro mostra-nos uma visão estática do património da entidade no momento
da sua preparação, enquanto a segunda mostra-nos para o período de
preparação das contas, uma análise comparativa dos custos e proveitos, isto é, o
incremento ou decréscimo do património líquido durante esse período.
Exemplo
Sociedade Comercial do Norte, Ldª
Balancete do Razão Geral em 31 de Dezembro de 2003
MOVIMENTOS ACUMULADOS SALDOS
CONTAS
Débito Crédito Devedor Credor
11 CAIXA 10.000 9.920 80
12 BANCO 230.000 229.400 6000
41 CLIENTES 120.000 90.800 29.200
21 COMPRAS 195.000 195.000
22 MERCADORIAS 2.300 2.300
32 ACTIVOS TANGÍVEIS 2.400 2.400
33 ACTIVOS INTANGÍVEIS 600 600
38 AMORTIZAÇÕES 400 400
42 FORNECEDORES 140.000 160.000 20.000
51 CAPITAL 5.000 5.000
62 GASTOS C/ PESSOAL 12.800 12.800
63 FOR. E SERV. TERC. 1.200 1.200
68 OUT. GASTOS PER. 600 600
69 Ganhos e Perdas Financ. 1.700 1.700
71 VENDAS 220.000 220.000
79 PROV. GANHOS EXT. 1.080 1.080
TOTAL 716.600 716.600 246.480 246.480
Estas operações têm como ponto de partida o balancete mensal do Razão Geral
e abrangem os seguintes conjuntos de procedimentos:
_____________________________________________________________________________ 74
seguinte. Temos como exemplo prémios de seguro pagos no exercício, e
que parcialmente correspondem ao exercício seguinte, recebimento, por
exemplo de uma renda em Dezembro, respeitante ao mês seguinte,
recebimento adiantado, por conta de serviços a prestar no exercício
seguinte, etc. Estamos perante o conceito de custos diferidos e proveitos
diferidos, igualmente abordados nas respectivas contas.
Fechar as contas de custos e proveitos pois ficarão com saldo nulo após a
referida transferência. De acordo com o Plano Geral de Contabilidade
essa transferência deve realizar-se de acordo com a natureza das
actividades:
_____________________________________________________________________________ 75
Em esquema o sistema de apuramento de resultados previsto no Plano Geral de
Contabilidade é:
_____________________________________________________________________________ 76
Processo de Encerramento das Contas Segundo o PGC
X X
X X
D 81. Result. Operacionais C
X X
X X
X X
X
83. Result. Correntes
X X
X X
LEGENDA
5.9 Resultados Acumulados
_____________________________________________________________________________ 77
6.1 Custo com Meios Circulantes Materiais Vendidos ou Consumidos
6.2 Custos com o Pessoal
6.3 Fornecimentos e Serviços de Terceiros
6.4 Impostos e Taxas
6.5 Amortizações do Exercício
6.6 Provisões do Exercício
6.7 Outros Custos e Perdas Operacionais
6.8 Custos e Perdas Financeiras
6.9 Custos e Perdas Extraordinárias
7.1 Vendas de Meios Circulantes Materiais
7.2 Venda de serviços
7.3 Investimentos Realizados pela Própria Empresa
7.4 Subsídios a Exploração
7.5 Proveitos Suplementares
7.6 Outros Proveitos e Ganhos Operacionais
7.8 Proveitos e Ganhos Financeiros
7.9 Proveitos e Ganhos Extraordinários
8.1 Resultados Operacionais
8.2 Resultados Financeiros
8.3 Resultados Correntes
8.4 Resultados Extraordinários
8.7 Imposto sobre o Rendimento
8.8 Resultado Liquido do Exercício
8.9 Dividendos Antecipados
A conta 8.3 – Resultados correntes recolhe os saldos das contas 8.1 e 8.2.
_____________________________________________________________________________ 78
Balancete de Encerramento. Este balancete tem como características
fundamentais:
_____________________________________________________________________________ 79
a 22. Mercadorias
Transferência do saldo Inicial 2.300
61. Custo de mercadorias vendidas
a 21. Compras
Transferência das Compras do Ano 195.000
22. Mercadorias
a 21. Custo de mercadorias vendidas 3.000
Transferência das Existência Final
VALOR DAS
VALOR DOS MEIOS
MEIOS IMOBILIZADOS TAXAS AMORTIZAÇÕES
IMOBILIZADOS
ANUAIS
Equipamento de Transporte 20% 2.400 480
Outras Imobilizações Corporesas 10% 600 60
TOTAL 3.000 540
12 meses ---------------24
9 meses -----------------x
x =(9x24)/12=18
_____________________________________________________________________________ 80
Com a consideração dos lançamentos anteriores o balancete rectificado será:
MOVIMENTO
MOVIMENTO MENSAL SALDO
ACUMULADO
CONTAS
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
_____________________________________________________________________________ 81
81. Resultados Operacionais
a Diversos
Transferência da Conta de Custos
a 61. Custo das Mercadorias Vendidas 194.300
a 62. Custos com o Pessoal 12.800
a 63. Fornecimentos e Serviços de Terceiros 1.200
a 65. Amortizações do Exercício 540
a 67. Outros Custos e Perdas Operacionais 1.582 210.422
71. Vendas
a 81. Resultados Operacionais
Transferência da conta proveitos 220.000
_____________________________________________________________________________ 82
Com a consideração dos lançamentos anteriores o balancete final será:
MOVIMENTO
MOVIMENTO MENSAL SALDO
ACUMULADO
CONTAS
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
3. Meios Imobilizados
32. Equipamentos 2.400
32. Outras Imobil. Corporeas 600
38. Amortizações -940 2.060
_____________________________________________________________________________ 84
Diversos
a Diversos
Pelo encerramento de contas a 31.12.2003
38. Amortizações 940
41. Fornecedores 20.000
51. Capital 5.000
18. Provisões para créditos de cobrança duvidosa 1.000
59. Resultados acumulados 8.958
35.898
a 11. Caixa 80
a 12. Bancos 600
a 13. Clientes 29.200
a 19. Acresc. Proveitos e Custos Diferidos 18
a 22. Mercadorias 3.000
a 32. Equipamentos 2.400
a 32. Outras Imobil. Corporeas 600 35.898
Movimentos
Acumulados
9.920
Movimentos 2003
31 Acumulados
10.000 31
2003 Dezembro
Dezembro de diversos 80
10.000 10.000
_____________________________________________________________________________ 85
No início de cada ano, tem lugar a reabertura da escrita. O lançamento a efectuar
é precisamente o inverso do lançamento de encerramento, debitando-se com
saldo devedor e creditando-se as contas com saldo credor.
Diversos
a Diversos
11. Caixa 80
12. Bancos 600
13. Clientes 29.200
19. Acresc. Proveitos e Custos Diferidos 18
22. Mercadorias 3.000
32. Equipamentos 2.400
32. Outras Imobil. Corpóreas 600
35.898
2004
2 a Diversos 80
Janeiro
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