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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

CADERNO DE EXERCICIOS RESOLVIDOS


VOL. 2
POR: ADILSON ADRIANO BULA DUNGULA
CONTABILIDADE FINANCEIRA

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Breve apresentação:
Meu nome é Adilson Adriano Bula Dungula, sou estudante da Faculdade de
Economia da Universidade Mandume Ya Ndemufaio, natural da Hulia - Lubango.
Durante o ensino médio não tive Contabilidade Financeira como disciplina e
foi um desafio de gigantes quando me deparei com esta cadeira no 1º ano da
Universidade. A batalha foi difícil e acebei perdendo. Reprovei neste mesmo ano
pelas dificuldades que não consegui superar nesta cadeira.
Ao repetir o ano decidi me levantar e dedicar-me o suficiente e romper a
barreira que me impedia de passar para o lado de lá. Após muito estudo e
dedicação consegui eliminar esta cadeira e com destaque na turma.
Vi que no que me tornei e decidi ajudar pessoas que se calhar devem estar
a passar por situações parecidas à minha, pois somos humanos e qualquer um
está inerente batidas na pedra. Foi daí que decidi elaborar este caderno de
exercícios resolvidos. Para que todo e qualquer estudante em território nacional
consiga se auto orientar nos estudos.
São mais de 50 aplicações resolvidas, mais de 100 demonstrações
financeiras apresentadas, passos explicados e cálculos auxiliares para que seja
simples, fácil e rápido o aprendizado desta tão bela ciência.
Espero que o caro leitor se torne num excelente estudante e mais do que
isso, num excelente Contabilista. Então, até lá, é nosso dever partilhar aquilo que
já se sabe e nunca desistir da busca implacável pelo conhecimento, pois isto é o
que nos torna vivo.

Lubango aos 11 de Outubro de 2022

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Índice
CAPÍTULO I – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E INTRODUÇÃO À TÉCNICA
CONTABILÍSTICA............................................................................................................................... 8
1.1 Património: Noção e Seus Elementos Constitutivos ........................................ 8
1.1.1 Aplicações ................................................................................................................ 9
1.2 Inventário: Noção e Classificação ........................................................................ 13
1.2.1 Noção ..................................................................................................................... 13
1.2.2 Classificação ...................................................................................................... 13
1.2.3 Aplicações .......................................................................................................... 14
Aplicação 1: Inventário Geral classificado ............................................................ 14
Aplicação 2: Inventário Classificado ....................................................................... 16
Aplicação Proposta ...................................................................................................... 18
1.3 Balanço: Noção e Aplicações ................................................................................ 19
1.3.1 Noção de Balanço ............................................................................................. 19
1.3.2 Aplicações Sobre Balanço ............................................................................. 21
Aplicação 1: Balanço Classificado........................................................................... 21
Aplicação 2: Balanço Sintético ................................................................................. 23
Aplicação 3: Balanço Sintético ................................................................................. 25
Aplicação 4: Balanço Classificado........................................................................... 27
Aplicação: Balanço Sintético..................................................................................... 30
Aplicação Proposta: ......................................................................................................... 32
1.4 Dinâmica Patrimonial ............................................................................................... 33
1.4.1 Factos Patrimoniais ......................................................................................... 33
1.4.1.1 Classificação dos Factos Patrimoniais ............................................... 33
1.4.2 Mapa de Fluxo (Mutações) ............................................................................. 35
Aplicação1: Mapa de fluxos ....................................................................................... 35
Aplicação 2: Mapa de fluxos ...................................................................................... 36
Aplicação Proposta: Mapa de Fluxos ...................................................................... 37
1.4.3 Demonstração De Resultados ....................................................................... 38
Aplicação 1: Demonstração de Resultados........................................................... 40
Aplicação 2: Demonstração de Resultados........................................................... 41
Aplicação Proposta: Demonstração de resultados ............................................. 44
1.5 A Conta: Noção e Classificação ........................................................................... 45
1.5.1 Noção ................................................................................................................... 45
1.5.2 Representação Gráfica das Contas: Conceitos de débito e crédito ... 45
1.5.3 Terminologia ...................................................................................................... 45
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1.6 Regras de Movimentação das Contas................................................................. 47


1.6.1 Regras de Movimentação das Contas do Balanço .................................. 47
1.6.2 Regras de Movimentação das contas de Gestão:.................................... 48
1.6.3 Aplicações: Razão Esquemático .................................................................. 53
Aplicação 1: Compra de mercadorias ..................................................................... 53
Aplicação 2: Venda de Mercadorias ........................................................................ 56
Aplicação 3: Razão Esquemático e Fecho de Contas ........................................ 57
Aplicação 4: Operações de Compra e Venda ........................................................ 59
Aplicação 5 – Razonete ............................................................................................... 61
Aplicação 6: Balanço, abertura, fecho de contas e demonstração de
resultados ....................................................................................................................... 62
1.7 Caracterização das Contas .................................................................................... 66
1.7.1 Noção ................................................................................................................... 66
1.7.1.1 Contas Sintéticas (Colectivas, Gerais)................................................ 66
1.7.1.2 Subcontas (Divisionárias) ...................................................................... 66
1.7.1.3 Contas Analíticas (singulares) .............................................................. 67
1.7.1.4 Classificação Segundo a Finalidade e Estrutura das Contas ....... 67
Contas Básicas.......................................................................................................... 67
Contas de Regularização ........................................................................................ 67
Contas Operacionais ............................................................................................... 68
Diferença entre contas divisionárias e subsidiárias ....................................... 68
1.7.1.5 Correspondência das Contas ................................................................ 68
1.8 Lançamentos e suas Espécies .............................................................................. 70
1.8.1 Noção ................................................................................................................... 70
1.8.2 Classificação dos Lançamentos ................................................................... 70
1.8.3 Elementos Básicos ........................................................................................... 71
1.8.3.1 Documentos Comerciais......................................................................... 71
1.8.3.2 Tipos de documentos: ............................................................................. 71
1.8.3.3 Livros ........................................................................................................... 72
1.8.3.3.1 Diário: Lançamentos ............................................................................ 73
1.8.4 Aplicações: Diário (Modelo Clássico e o Simplificado) .......................... 78
Aplicação: Abertura de escrita no Diário ............................................................... 78
Aplicação Proposta: Abertura de escrita no Diário ............................................. 80
2 Contabilidade Financeira II............................................................................................. 81
2.1 Meios Fixos e Investimentos ................................................................................. 81
2.1.1 Imobilizações Corpóreas ................................................................................ 81

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2.1.2 Imobilizações Incorpóreas ............................................................................. 82


2.1.3 Amortizações e Reintegrações ..................................................................... 82
2.1.3.1 Vida útil ou económica ............................................................................ 82
2.1.4 Noção e Cálculo da Quota de Amortização ............................................... 83
2.1.4.1 A quota de amortização será, no período t, dada pela fórmula: ... 84
2.1.4.2 Movimento Contabilístico da Retirada do Imobilizado Corpóreo e
Incorpóreo ...................................................................................................................... 84
2.1.4.2.1 Retirada do imobilizado pela Alienação .......................................... 85
2.1.4.2.2 Reitiradas de imobilizado por sinistro ............................................. 86
2.1.4.2.3 Retiradas de imobilizado por abate .................................................. 87
2.1.5 Exercícios: Amortizações ............................................................................... 88
Cálculo da Amortização e retirada por alienação. ............................................... 88
Cálculo de Amortização e Reitirada por Sinistro ................................................. 90
Cálculo de Amortizações e Reitirada por Abate................................................... 92
2.1.6 Investimentos financeiros .............................................................................. 94
2.2 Existências ................................................................................................................. 95
2.2.1 Introdução ........................................................................................................... 95
2.2.2 Movimentação das Existências..................................................................... 95
2.2.2.1 Sistema de Inventário permanente ...................................................... 95
2.2.2.2 Sistema de Inventário Intermitente ou periódico ............................. 98
2.2.3 Critérios de Valorimetria das Existências (FIFO, LIFO, CMP) ............. 100
2.2.4 FICHA DE ARMAZÉM: Método FIFO, LIFO E CMP ................................. 101
Aplicação 1: Ficha de Armazém (FIFO, LIFO E CMP) ........................................... 102
Aplicação 2: Ficha de Armazém (FIFO) .................................................................... 107
Aplicação 3: Ficha de Armazém (CMP) .................................................................... 109
Aplicação Proposta: FIFO, LIFO, CMP .................................................................. 111
2.2.5 Descontos e Abatimentos ............................................................................ 112
2.2.5.1 Aplicação: Desconto Comercial e Financeiro ................................. 113
2.2.6 Adiantamentos................................................................................................. 116
2.2.7 Ofertas de Existências................................................................................... 118
2.3 IVA – Imposto Sobre o Valor Acrescentado .................................................... 119
2.3.1 Aplicação 1: Compra e venda com IVA..................................................... 119
2.4 Processamento de salários.................................................................................. 125
2.4.1 Aplicação: Processamento de Remunerações com faltas e horas
extras 128
2.4.2 Aplicação: processamento e Pagamento de Salário com faltas ........ 131

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3 CAPÍTULO III. OPERAÇÕES DE FIM DE EXERCÍCIO ................................................................ 133


3.1 Introdução................................................................................................................. 133
3.2 Regularização das Contas e balancete Rectificado ...................................... 133
3.3 Lançamentos de Apuramento de Resultados ................................................. 134
3.4 Balancete Final ou de Encerramento ................................................................ 137
4 Aplicações Diversas ...................................................................................................... 137
4.1 Balanço inicial, Razão, Balancete de verificação, Apuramento, Balancete
Final e Balanço final ........................................................................................................... 137
4.2 Abertura de contas, registo no razão, Apuramento de Resultados e
Balanço Final ....................................................................................................................... 144
4.3 Aplicação: Amortização: Método de desgaste funcional............................. 148
4.4 Aplicação: Diário, Razão e Fecho de Contas (Com IVA) .............................. 150
4.5 Abertura no razão, Registo, Balancete de verificação, Apuramento de
resultados, Balancete Final, Balanço Final. ................................................................ 152
4.6 Aplicação: Abertura das contas até o Balanço Final No SIP ...................... 156
4.7 INENTÁRIO, BALANÇO, RAZÃO, APURAMENTO DO IVA E DE RESULTADOS E BALANÇO
FINAL. 160
4.8 Balanço inicial, Abertura de contas, registo no razão, Apuramento de
Resultados e Balanço Final ............................................................................................. 170
5 Bibliografia ........................................................................................................................... 177

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CAPÍTULO I – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E


INTRODUÇÃO À TÉCNICA CONTABILÍSTICA
1.1 Património: Noção e Seus Elementos Constitutivos
Pode-se, de uma forma simples, definir o património como o conjunto de
bens pertecentes a uma pessoa ou entidade. Quando nos referimos ao
património, de uma forma geral, estamos a referir-nos à riqueza de uma pessoa
ou entidade.
O património é um conjunto de bens, direitos e obrigações sujeito a uma
gestão e afeto a um determinado fim. Desta definição posemos retirar os
seguintes conceitos:
 Bens - são um conjuntos de elementos patrmonias (edifícios,
dinheiro, mobiliario, etc.) detidos por uma entidade económica.
 Direitos- são as dívidas a receber que representam valores
pertencentes a empresa.
 Obrigações- Dívidas a pagar ou valores pertencentes a terceiros.
Cada elemento de um dado património denomina-se
elemento patrimonial.
Como o património é um conjunto de elementos heterogéneos, existe a
necessidade de transformar ou expressar esses elementos numa mesma
unidade, é assim que eles vêm geralmente expressos em valor (Kwanzas).

No património pode-se distinguir duas classes de elementos


patrimoniais:

1. Activo - Os que representam aquilo que se possui (bens) ou se


tem a receber (direitos).
2. Passivo - Os que representam aquilo que se tem a pagar
(obrigações).

Valor do património – quantia que seria preciso dar para o obter, isto é
para receber em troca todo o activo, ficando ao mesmo tempo com o encargo
de pagar todo o passivo.

Sendo o activo um conjunto de valores positivos e o passivo, o conjunto


de valores negativos o valor do património corresponde à soma algébrica das
duas classes de elementos. Isto significa que:

Valor do Património = Activo (bens e direitos) – Passivo (obrigações).

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Valor do Património = Bens + Direito – Obrigações


Ou ainda, Valor do Património = Activo (Bens e Direitos) – Passivo
(Obrigações).
Dependendo da posição em que certa entidade se encontra, a natureza da
Situação Liquida da empresa (Valor do patrimónnio) pode ser:
 Activa – quando o valor dos elementos patrimoniais do activo são
maiores que o do passivo.
 Passiva - quando o valor dos elementos patrimoniais do activo é
inferior ao do passivo.
 Nula - quando o valor dos elementos patrimoniais do activo é
igual ao do passivo.

Vamos analisar com mais precisão através das aplicações que se


seguem.

1.1.1 Aplicações
Aplicação 1 – Classificação dos elementos Patrimoniais
A empresa Angola Avante, Lda. Dedica-se à comercialização de artigos e
informática. Apresentava em 02 de Novembro de 2016 os seguintes elementos
patrimoniais (valores expressos em kwanza):
1- Mobiliário de escritório…………………………………………200.000,00
2- 10 Computadores à KZ 750 000,00
3- Empréstimo Bancário (MLP)……………………………..........300.000,00
4- Valores em bancos……………………………………………...100.000,00
5- Dívida do cliente J………………………………………………...50.000,00
6 - Dívida aos fornecedores…………………………………..........70.000, 00
Pretende-se:
a) Classificação dos elementos patrimoniais
b) Calcule o valor do Activo, Passivo e Valor do Património.
c) Qual é a Situação liquida da empresa!?
Resolução:
a) R: 1- Bens (B), Activo (A), Ativo não corrente (Anc), Imobilizações
Corpóreas
2 - Bens (B), Activo (A), Ativo Corrente (Ac), Existências
3- Obrigações, Passivo (P), Passivo não corrente (Pnc), Empréstimos
4- Bens (B), Activo (A), Ativo Corrente (Ac), Disponibilidades
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5 - Direitos (D), Activo (A), Ativo Corrente (Ac), Contas a receber


6 - Obrigações (O), Passivo (P), Passivo corrente (Pc), Contas a pagar.

b) R: Activo = 200.000 + 750 000 + 100.000 + 50.000 = 1 100 000,00


Passivo = 300.000 + 70.000 = 370.000
Valor do Património = Activo - Passivo
= 1 100 000 - 370.000 = 730 000
c) R: A situação liquida da empresa é activa porque o Activo é superior ao
Passivo.
Aplicação 2: Classificação dos elementos patrimoniais
A Empresa Jamba, Lda. Apresentava em 03 de Janeiro os seguintes
elementos patrimoniais:
1 - Crédito do fornecedor KZ 100.000
2 - 100 notas de KZ 2.000,00 (100 × 2.000 = 200.000)
3 - Dívida ao Estado KZ 50.000,00
4 - Depósito a ordem KZ 200.000,00
5 - Dívida Salarial KZ 150.000
Pretende-se:
a) Classificação dos elementos patrimoniais
b) Calcular o Valor do Ativo, Passivo e Valor do Património

Resolução:
a) R: 1 - O, P, Pc, Contas a pagar, Fornecedores;
2 - B, A, Ac, Disponibilidades, Caixa;
3 - O, P, Pc, Contas a pagar, Estado;
4 - B, A, Ac, Disponibilidades, Depósitos à ordem;
5 - O, P, Pc, Contas a pagar, Pessoal;
b) R: Activo = 200.000 + 200.000 = 400.000, 00
Passivo = 100.000 + 50.000 + 150.000 = 300.000, 00
VP = A - P = 400.000 - 300.000 = 100.000, 00

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Aplicações Propostas
1a. Aplicação
Considera os seguintes elementos patrimoniais
1 - Edifícios 2 000 000, 00
2 - Computador Administrativo 100 000, 00
3 - 50 sacos de açúcar a total de 1 000 000 ,00
4 - Mobiliário de escritório 200 000, 00
5 - 70 Latas de leite a total de 490 000, 00
6 - 1 Balcão 1 000 000, 00
7 - Dívida a fornecedores 200 000, 00
8 - Dívida ao estado 50 000, 00
9 - Empréstimos 500 000, 00
10 – Dívida salarial 100 000, 00
Pretende - se:
a) A classificação dos elementos patrimoniais.
b) Calculo do Activo, Passivo e Valor do Património.
c) Qual é a situação liquida da empresa?
2a. Aplicação:
Considera os seguintes elementos Patrimoniais
1 – Edifícios 1 000 000, 00
2 – Mercadorias 100 000, 00
3 – Fornecedores 500 000, 00
a) Qual é a Situação Líquida da Empresa?
3a. Aplicação:
Considera os seguintes elementos Patrimoniais
1 – Empréstimos 1 000 000, 00
2 – Clientes 100 000, 00
3 – Depósitos à ordem 500 000, 00
a) Qual é a Situação Líquida da Empresa?

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4a. Aplicação:
Considera os seguintes elementos Patrimoniais
1 – Empréstimos 1 000 000, 00
2 – Cofre 400 000, 00
3 – Depósitos à ordem 600 000, 00
Qual é a Situação Líquida da Empresa?

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1.2 Inventário: Noção e Classificação


1.2.1 Noção
A relação de todos os elementos patrimoniais corresponde ao inventario de
uma entidade. Tal operação permite-nos conhecer os elementos que compõem
um dado património e o seu valor, numa determinada data.
A tarefa principal da inventariação é revelar os fenómenos,
factos e operações económicas que não se reflectem na
documentação.
O inventário consiste numa relação (rol, lista) dos elementos patrimoniais
com a indicação do seu valor.
Proceder a inventariação consiste em analisar os elementos de um dado
património, descrevê-los e atribuir-lhes um valor.
O Decreto nº 196/79, do Ministério das finanças, define o inventário como
sendo o arrolamento dos valores activos e passivos que constituem um
património.
O objectivo principal da inventariação é a comparação entre
os dados da contabilidade e a existência real, para a determinação dos saldos,
dos excessos ou faltas. Ou seja determinação de
diferenças.
No inventário pode-se distinguir três fases:
a) Identificação, em que se verifica quais os elementos
patrimoniais existentes.
b) Descrição e classificação, em que os elementos serão apresentados
e repartidos pelas classes a que dizem respeito.
c) Valorização, em que se atribui um valor a cada elemento patrimonial.
1.2.2 Classificação
Os inventários podem se classificar quando ao seu âmbito, ordenação e
apresentação:

Âmbito Ordenação Aprsentação

Gerais Parciais Simples Classificado Vertical Horizontal


os elementos
os elementos aparecem
aparecem aparecem os elementos os elementos
patrimoniais ordenados
todos os alguns aparecem aprecem
aparecem sem segundo a sua
elementos elementos dispostos na dispostos na
qualquer natureza,
patrimoniais patrimoniais vertical horizontal
ordem caracteristica ou
função

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1.2.3 Aplicações
Aplicação 1: Inventário Geral classificado
A empresa Maleve, LDA., que se dedica a comercialização de diversos
produtos alimentares apresentava em 01 de janeiro de 2020 os seguintes
elementos patrimoniais (valores expressos em kwanza):
1. Edifício 1 000 000,00
2. 20 caixas de frango 200 000,00
3. Divida de clientes 300 000,00
4. 100 notas de KZ 1 000,00
5. Debito aos fornecedores 400 000,00
6. Impostos a pagar 75 000,00
7. Empréstimo no BFA em 3 meses 1 000 000,00
8. Equipamento administrativo 300 000,00

Pretende-se:
a) A elaboração do Inventario Geral Classificado em 01-01-2020
Resolução
Uma vez que se trata de inventário, é crucial que se faça a classificação
dos elementos de forma acertada para que não haja erros na sua estruturação.
Sendo assim, primeiramente devemos fazer a sua classificação:
1. A; AÑC; Classe 1; 11 – I. Corpóreas; 11.2 – Edifícios
2. A; AC; Classe 2; 26. Mercadorias
3. A; AC; Classe 3; 31. Clientes; 31.1 – Clientes correntes
4. A; AC; Classe 4; 45 – Caixa; 45.1 – Fundo fixo
5. P; PC; Classe 3; 32. Fornecedores; 32.1 – Fornecedores correntes
6. P; PC; Classe 3; 34 – Estado
7. P; PC; Classe 3; 33 – Empréstimos
8. A; AÑC; Classe 1; 11 – I. Corpóreas; 11.5 – E. Administrativos
Onde:
A – Activo; AÑC – Activo não corrente; AC – Activo corrente.
P – Passivo; PÑC – Passivo não corrente; PC – Passivo Corrente.
A partir das classes onde cada elemento patrimonial se localiza,
poderemos então saber aonde cada elemento patrimonial deve aparecer.
Conforme já se viu no ponto anterior, no inventario classificado, os
elementos patrimoniais aparecem ordenados segundo sua natureza,
característica ou função e vamos constatar isso através do exemplo acima
referenciado.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Empresa: Maleve, LDA:


Inventario Classificado em 01 de Janeiro de 2020 Valores expressos em kwanza
Unidade Quantid
Cod. Descrição Preço Unitário Valor
Monetári ade
Activo
Activo não corrente
1 Meios Fixos e Investimentos
11 Imobilizações Corpóreas
11.2 Edificios e outras construções 1 000 000
11.5 Equpamento Admnistrativo 300 000
Total do Activo não corrente 1 300 000
Activo corrente:
2 Existências
26 Mercadorias
26.1 Frango Caixas 20 10 000 200 000
Subtotal 200 000
3 Contas a Receber
31 Clientes
31.1 Clientes - correntes 300 000
Subtotal 300 000
4 Disponibilidades
45 Caixa
45.1 Fundo fixo
45.1.1 Caixa
45.1.1.1 Notas de 1 000 KZ 100 1 000 100 000
Subtotal 100 000
Total do Activo corrente 600 000
Total do Activo 1 900 000

Passivo
Passivo Corrente:
3 Contas a Pagar
32 Fornecedores
32.1 Fornecedore - correntes 400 000
34 Estado 75 000
Subtotal 475 000
Empréstimos de curto prazo
33 Empréstimos
33.1 Empréstimos bancarios 1 000 000
Subtotal 1 000 000
Total do Passivo corrente 1 475 000
Total do Passivo 1 475 000

Assim está elaborado o Inventário. O inventário é também muito importante


porque através da informação por ele fornecida podemos conhecer a natureza da
Situação Líquida da empresa. No nosso exemplo, se quiséssemos saber a
situação liquida bastava fazer o seguinte:

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

SL = Activo – Passivo
SL = 1 900 000 – 1 475 000
SL = 425 000
Neste caso a situação liquida da empresa é Activa, uma vez que o valor do
Activo é superior ao do Passivo.
Aplicação 2: Inventário Classificado
A empresa Calopa, LDA., que se dedica a comercialização de diversos
artigos de informática apresentava em 01 de janeiro de 2021 os seguintes
elementos patrimoniais (valores expressos em kwanza):
1. Débito de clientes 100 000,00
2. 100 acções na empresa JJ,Lda (MLP) 1 200 000
3. Trespasse 300 000,00
4. Divida pelo fornecimento de uma viatura 700 000
5. Computador Administrativo 120 000,00
6. IVA a pagar 50 000,00
7. Empréstimo no BFA em 2 anos 1 000 000,00
8. Uma viatura Mazda 3 000 000,00
9. 20 Impressoras HP ao custo unitário de KZ 25 000,00
10. 25 Computadores 2 500 000,00
11. Depósitos à ordem no Banco Atlântico 1 500 000,00

Pretende-se:
a) A elaboração do Inventario Geral Classificado em 01-01-2020
Resolução
Primeiramente a devida classificação dos elementos patrimoniais:
1. A; AC; Classe 3; 31 – Clientes; 31.1 – Clientes-correntes
2. A; AÑC; Classe 1; 13 – I. Financeiros; 13.3 – Outras empresas
3. A; AÑC; Classe 1: 12 – I. Incorpóreas; 12.1 – Trespasses
4. P; PC; Classe 3; 37 – O. V. R. Pagar; 37.1 – Compras de Imobilizado
5. A; AÑC; Classe 1: 11. I. Corpóreas; 11.5 – Equipamento Administrativo
6. P; PC; Classe 3; 34. Estado; 34.5- IVA
7. P; PÑC; Classe 3; 33 – Empréstimos
8. A; AÑC; Classe 1: 11. I. Corpóreas; 11.4 – Equip. Carga e transporte
9. A; AC; Classe 2; 26 – Mercadorias
10. A; AC; Classe 2; 26 – Mercadorias
11. A; AC; Classe 4; 43 – Depósitos à ordem
A partir das classes onde cada elemento patrimonial se localiza,
poderemos então saber aonde cada elemento patrimonial deve aparecer.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Empresa: Calopa, Lda.


Inventario Classificado em 01 de Janeiro de 2021 Valores expressos em kwanza
Unidade Quantid
Cod. Descrição Preço Unitário Valor
Monetári ade
Activo
Activo não corrente
11 Imobilizações Corpóreas
11.4 Equipamento de carga e transporte 3 000 000
11.5 Equpamento Admnistrativo 120 000
Subtotal 3 120 000
12 Imobilizações Incorpóreas
12.1 Trespasses 300 000
Subtotal 300 000
13 Investimentos Financeiros
13.3 Outras empresas Acções 100 12 000 1 200 000
Subtotal 1 200 000
Total do Activo não corrente 4 620 000
Activo corrente:
2 Existências
26 Mercadorias
26.1 Impressoras HP 20 25 000 500 000
26.2 Computadores 25 100 000 2 500 000
Subtotal 3 000 000
3 Contas a Receber
31 Clientes
31.1 Clientes - correntes 100 000
Subtotal 100 000
4 Disponibilidades
43 Depósitos à ordem
43.1 Moeda Nacional
43.1.1 Banco Atlântico 1 500 000
Subtotal 1 500 000
Total do Activo corrente 4 600 000
Total do Activo 9 220 000

Passivo
Passivo não corrente
Emprestimos de Médio e longo prazo
33 Empréstimos
33.1 Empréstimos bancários 1 000 000
Total do Passivo náo corrente 1 000 000
Passivo Corrente:
3 Contas a Pagar
34 Estado
34.5 IVA 50 000
37 Outros valores a pagar
37.1 Compras de imobilizado 700 000
Subtotal 750 000
Total do Passivo corrente 750 000
Total do Passivo 1 750 000

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

No nosso exemplo, se quiséssemos saber a situação liquida basta fazer o


seguinte:
SL = Activo – Passivo
SL =9 220 000 – 1 750 000
SL = 7 470 000
Neste caso a situação liquida da empresa é Activa, uma vez que o valor do
Activo é superior ao do Passivo.
Aplicação Proposta
Considera os seguintes elementos patrimoniais da empresa Tchakamba,
Lda., que se dedica a comercialização de produtos alimentares diversos:
1 - Edifícios 2 000 000, 00
2 - Computador Administrativo 100 000, 00
3 - 50 sacos de açúcar a total de 1 000 000 ,00
4 - Mobiliário de escritório 200 000, 00
5 - 70 Latas de leite a total de 490 000, 00
6 - 1 Balcão 1 000 000, 00
7 - Dívida a fornecedores 200 000, 00
8 - Dívida ao estado 50 000, 00
9 – Empréstimos (curto prazo) 500 000, 00
10 - Pessoal 100 000, 00

Pretende - se:
a) A elaboração do Inventario Classificado.
b) Qual é a natureza da Situação liquida da empresa?

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.3 Balanço: Noção e Aplicações


1.3.1 Noção de Balanço
Após elaboração do inventário geral torna-se necessário comparar o Activo
com o Passivo para conhecer a situação líquida. Esta comparação constitui o
Balanço
O Balanço é uma das demonstrações financeiras obrigatórias. É um mapa
que nos dá a posição financeira da empresa, ou seja, permite-nos identificar os
elementos do activo, passivo e do capital próprio, agrupados em rubricas
predefinidas.

Em contabilidade o balanço não pode deixar de traduzir a expressão do


equilíbrio entre o Activo e o Passivo:

A = CP + P

As Rubricas aparecem com uma certa ordem:

Activo Activo Não Corrente (se Exemplos:


espera ficar mais de um ano na - 11. I. Corpóreas
empresa). - 12. I. Incorpóreas
- 13. I. Financeiros
Compõe a Classe 1: Meios
fixos e investimentos.
Activo Corrente (que se espera Exemplos:
ficar menos de 1 ano na -26. Mercadorias;
empresa). - 31. Clientes;
- 43 - Depósitos à ordem;
Compõe a Classe: 2 -
- 45 – Caixa
Existências; Classe 3: Terceiros;
Classe 4: Meios Monetários.
Passivo Passivo Não Corrente ( que se Empréstimos a longo
(compõe espera pagar num período Prazo
apenas a superior a 1 ano).
classe 3)
Passivo Corrente (que se Exemplos:
espera pagar em menos de 1 - Contas a pagar
ano) - Empréstimos a curto
prazo
Outros passivos
correntes
Capital CP = A - P Capital social
Próprio Resultados não
distribuídos
Reservas
Resultados do exercício

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Estrutura do Balanço
Empresa: ____________________________________
Balanço em _____/_____/______ Valores expressos em______________
Designação Notas Exercício
n n-1
Activo
Activo não corrente
Classe 1: Meios fixos e investimentos
Total do Activo não corrente
Activo Corrente
Classe 2: Existências
Classe 3: Contas a Receber
Classe 4: Disponibilidades
Total do Activo corrente
Total do Activo
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital Próprio
Total do Capital Próprio.
Passivo
Passivo não corrente:
Empréstimos de médio e longo prazo
Total do Passivo não corrente
Passivo corrente:
Classe 3: Contas a pagar
Empréstimos de curto prazo
Total do Passivo Corrente
Total do Passivo
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.3.2 Aplicações Sobre Balanço


Aplicação 1: Balanço Classificado
A empresa Hiavo, Lda., que se dedica a comercialização de materiais de
construção civil apresentava os seguintes elementos patrimoniais (valores
expressos em kwanza)
1 – Edifício não afeto à actividade comercial……………….…2 000 000, 00
2 - Computador Administrativo…………………………..............100 000, 00
3 - 50 sacos de cimento ao custo unitário de KZ 3 500,00.
4 - Mobiliário de escritório………………………………..........….200 000, 00
5 – 70 caixas com 5 azulejo cada a KZ 1 500,00 o azulejo.
6 – Despesas de constituição………………………………….…100 000, 00
7 - Dívida a fornecedores…………………………………………200 000, 00
8 - Dívida ao estado…………………………………………………50 000, 00
9 - Empréstimos de CP…………………………………………… 500 000, 00
10 – Dívida salarial…………………………………………………100 000, 00
11 – Saque do Fornecedor JJ, Lda.………………………………80 000,00
12 – Divida de clientes…………………………………………….150 000,00
13 – Valores em bancos……………………………………… 1 000 000,00
Pretende-se:
a) A elaboração do Balanço em 01 de dezembro de 2021
Resolução
Partindo para a resolução, primeiramente deve-se classificar de forma
acertada os elementos patrimoniais para que a margem de erro seja diminuta.
Assim sendo:
1) A; Añc; Classe 1; 13.4. Investimento em Imóveis
2) A; Añc; Classe 1; 11.5. Equipamento administrativo
3) A; Ac; Classe 2; 26. Mercadorias (50 x 3 500 = 175 000)
4) A; Añc; Classe 1; 11.5. Equipamento administrativo
5) A; Ac; Classe 2; 26. Mercadorias (70 x 5 x 1 500 = 525 000)
6) A; Añc; Classe 1; 12.4. Despesas de constituição
7) P; Pc; Classe 3; 32.1. Fornecedores-correntes
8) P; Pc; Classe 3; 34. Estado
9) P; Pc; Classe 3; 33.1. Empréstimos bancários
10) P; Pc; Classe 3; 36.1. Pessoal-remunerações
11) P; Pc; Classe 3; 32.2. Fornecedores-títulos a pagar
12) A; Ac; Classe 3; 31.1. Clientes-correntes
13) A; Ac; Classe 4; 43. Depósitos à ordem

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

É importante salientar que os elementos dos passivos estão localizados


apenas na classe 3, sendo que esta classe compõe tanto elemento do activo
como do passivo (classe mista).
Desta feita podemos passar à elaboração do balanço:
Empresa: Hiavo, Lda.
Balanço em 01/12/2021 Valores expressos em Kwanza
Exercícios
Cod. Descrição
2021 2020
Activo
Activo não corrente
11 Imobilizações corpóreas
11.5 Equipamento Administrativo
11.5.1 Computador admnistrativo 100 000
11.5.2 Mobiliario de escritório 200 000
Subtotal 300 000
12 Imobilizações incorpóreas
12.4 Despesas de constituição 100 000
Subtotal 100 000
13 Investimentos financeiros
13.4 Investimentos em imoveis 2 000 000
Subtotal 2 000 000
Total do Activo não corrente 2 400 000
Activo Corrente:
2 Existências
26 Mercadorias
26.1 Cimento 175 000
26.2 Azulejo 525 000
Subtotal 700 000
3 Contas a receber
31 Clientes
31.1 Clientes-correntes 150 000
Subtotal 150 000
4 Disponibilidades
43 Depósitos à ordem 1 000 000
Subtotal 1 000 000
Total do Activo Corrente 1 850 000
Total do Activo 4 250 000

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Capital Próprio e Passivo


Capital Próprio
51 Capital social 3 320 000
Total do Capital Próprio 3 320 000
Passivo Corrente
3 Contas a pagar
32 Fornecedores
32.1 Fornecedores-correntes 200 000
31.2 Fornecedores-titulos a pagar 80 000
34 Estado 50 000
36 Pessoal
36.1 Pessoal-remunerações 100 000
Subtotal 430 000
Empréstimos de Curto prazo
33 Empréstimos
33.1 Empréstimos bancarios 500 000
Subtotal 500 000
Total do Passivo correnre 930 000
Total do Passivo 930 000
Total do Capital Próprio e Passivo 4 250 000

Cálculos auxiliares:
Activo = 4 250 000
Passivo = 930 000
Capital próprio = Activo – Passivo
Capital próprio = 4 250 000 – 930 000
Capital próprio = 3 320 000
Assim esta elaborado o Balanço, através dele podemos conhecer a
situação financeira e económica da empresa.

Aplicação 2: Balanço Sintético


A empresa Dungula, Lda., que se dedica a comercialização de diversos produtos,
apresentava os seguintes elementos patrimoniais:
1. Edifício afeto a actividade……………. 3 000 000,00
2. Numerário em cofre……………………. 500 000,00
3. Dinheiro em Bancos……………………. 1 000 000,00
4. Mercadorias……………………………….. 900 000,00
5. Débito ao fornecedor JB, Lda.……… 500 000,00
Pretende – se:
a) A elaboração do Balanço em 01 de janeiro de 2022

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação 3: Balanço Sintético


A Empresa Angolissar, Lda., localizada no Lubango, dedica-se à
comercialização de diversos produtos alimentares. Apresentava os seguintes
elementos patrimoniais (valores expressos em Kwanza):
1 - Aceite sobre JJ, Lda. 400 000, 00;
2 - Empréstimo bancário (10 meses) 1 000 0000, 00;
3 - Depósito a ordem no BPC 900 000, 00;
4 - 200 caixas de frango kz 10 000, 00 cada;
5 - 150 Sacos de arroz de 25 kg cada ao preço de Kz 12 000,00 o saco.
6 - Mobiliário de escritório 500 000, 00.
Pretende-se:
a) A elaboração do Balanço Patrimonial.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Empresa: Angolissar, LDA.


Balanço em 01 de Novembro de 2021 Valores expressos em kwanzas
Designação Notas Exercicios
2021 2020
Activo
Activo não corrente
Imobilizações Corpóreas
Equipamento administrativo 500 000,00
Total do Activo não corrente 500 000,00
Activo corrente:
Existências
Mercadorias 3 800 000,00
Disponilidades
Depósitos à ordem 900 000,00
Total do Activo Corrente 4 700 000,00
Total do Activo 5 200 000,00
Capital Próprio E Passivo:
Capital Próprio
Capital social 3 800 000,00
Total do Capital Próprio: 3 800 000,00
Passivo Corrente
Contas a pagar
Fornecedores - títulos a 400 000,00
pagar
Empréstimos de curto prazo
1 000 000,00
Empréstimos bancários
1 400 000,00
Total do Passivo:
5 200 000,00
Total do Capital Próprio e Passivo:

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação 4: Balanço Classificado


A Empresa JJ, Lda. Que se dedica à comercialização de produtos
alimentares, apresentava os seguintes elementos patrimoniais:
1 – Fornecedores KZ 100 000,00;
2 – Empréstimos (CP) KZ 200 0000,00;
3- 120 ações da Vilengalenga, Lda. Com o valor nominal de KZ 1 250, 00
(MLP);
4 – Dinheiro em bancos KZ 500 000, 00;
5 – 50 caixas de óleo fula a KZ 10 000, 00 cada;
6 – Dinheiro em cofre KZ 100 000, 00;
7 – Edifício comercial KZ 1 000 000, 00.
8 – Dívida de Clientes KZ 75 000, 00
Pretende-se:
a) A elaboração do Balanço em 01 de Janeiro de 2021.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Cálculos auxiliares:
120 ações × 1 250 = 150 000 KZ
CP = A – P = 650 000 – 300 000 = 350 000
A = CP + P
650 000 = 650 000
Comentário:
O valor do Activo é superior ao do Passivo, no entanto diz-se que a
Situação Líquida da empresa é activa.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação: Balanço Sintético


A empresa Dungula, LDA. que se dedica a comercialização de diversos
produtos de informática apresentava em 01 de Janeiro os seguintes elementos
patrimoniais (Valores expressos em Kwanza):
1 - Perda no exercício anterior..................... 70 000,00
2 - Amortizações Acumuladas.................... 350 000,00
3 - Cheques em carteira.............................. 100 000,00
4 - Debito ao fornecedor JJ, LDA............... 200 000,00
5 - 25 Computadores cada ao preço de Kz 18 000,00.
6 - Imposto a pagar...................................... 50 000,00
7 - 250 notas de Kz 200,00.
8 - Uma viatura Mazda................................. 3 000 000,00.
Pretende-se:
a) A elaboração do Balanço Inicial.
b) Qual é Situação Líquida da Empresa?

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação Proposta:
A empresa, Só Vende, Lda., localizada no Lubango, dedica-se a
comercialização de diversos produtos alimentares, apresentava os seguintes
elementos patrimoniais:
1 - Edifícios 2 000 000, 00
2 - Computador Administrativo 100 000, 00
3 - 50 sacos de açúcar a total de 1 000 000 ,00
4 - Mobiliário de escritório 200 000, 00
5 - 70 Latas de leite a total de 490 000, 00
6 - 1 Balcão 1 000 000, 00
7 - Dívida a fornecedores 200 000, 00
8 - Dívida ao estado 50 000, 00
9 - Empréstimos 500 000, 00
10 - Pessoal 100 000, 00
11 – Letras de João Sousa & Filhos, Lda. 75 000, 00
12 – Débito de Paulo Jorge (Trabalhador) 45 000,00
13 – Cheques por depositar 50 000,00
14 – Depósito no BAI 500 000,00
Pretende-se:
a) A elaboração do balanço Classificado

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32
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.4 Dinâmica Patrimonial


Como se sabe, a empresa no decorrer de sua actividade estabelece
relações com os diversos agentes económicos no circuito económico. O
património de uma empresa não se mantém estático ao longo dos tempos. Pelo
contrário está sujeito a uma contínua transformação.

Esta transformação pode ser motivada por duas espécies de


acontecimentos: os normais ou voluntários que resultam das operações
efectuadas voluntariamente pela empresa e, acontecimentos
extraordinários ou involuntários que são independentes da sua
vontade.

1.4.1 Factos Patrimoniais


A actividade corrente da empresa origina os acontecimentos atrás
citados:

No primeiro caso (acontecimentos normais) - podem apontar-se as


operações correntes tais como: compras, pagamentos, vendas, saques,
aceites, recebimentos, etc.;
No segundo caso (acontecimentos extraordinários
apontam-se os incêndios, os roubos, as quebras, etc.

Tanto as operações que se verificam no primeiro como as que se


verificam no segundo caso constituem os factos patrimoniais.

Pode-se dizer que os factos patrimoniais aparecem


associados a tudo a aquilo que implique variações no património.

1.4.1.1 Classificação dos Factos Patrimoniais


Os factos patrimoniais classificam-se em dois tipos:
-Factos permutativos
-Factos modificativos

Um facto diz-se permutativo quando provoca uma alteração na


composição do património, mas não no seu valor. (Exemplos: compra de
mercadorias, pagamento de uma dívida, aquisição de uma viatura, um saque
sobre um cliente, etc.).

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33
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

É modificativo quando implica, além da variação na composição, uma


alteração no valor do património. Caso das operações que originem um lucro
ou um prejuízo para a empresa (exemplos: venda de mercadorias com lucro;
venda de um valor móvel ou outro por um preço inferior, ou superior, ao
representado no património, etc.).

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34
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.4.2 Mapa de Fluxo (Mutações)


Através do mapa de fluxos ou mutações poderemos constatar a dinâmica
patrimonial da empresa quando esta estabelece relações o com meio exterior.
O contacto estabelecido entre a empresa e o meio exterior constituem
factos patrimoniais permutativos (que não alteram o valor do património) e
factos patrimoniais modificativos (que alteram o valor do património com lucro
ou prejuízo).
Vamos analisar com mais precisão através da resolução de exercícios
práticos.
Aplicação1: Mapa de fluxos
A empresa Ngongo, Lda., começou a sua actividade em 01 de janeiro de
2022 com um capital de 5 0000 000, realizado por transferência bancaria.
Durante o mês de janeiro, a empresa realizou dentre outras, as seguintes
operações:
1- Compra de mercadorias a por transferência bancaria no valor de KZ
200 000,00.
2- Levantamento de KZ 50 000,00 para reforço do caixa.
3- Pagamento de água e luz em numerário no valor de KZ 15 000,00.
4- Venda de mercadorias a prazo no valor de KZ 350 000,00. As mercadorias
estavam avaliadas em KZ 150 000,00.
Pretende-se:
a) A classificação dos factos em permutativos e modificativos.
b) A elaboração do Mapa de Fluxos.
Resolução:
a) Primeiramente devemos ter em consciência que os factos permutativos
não constituem lucros ou prejuízos (pelo que não se altera o valor do
património ou capital próprio), porquanto os factos modificativos
constituem lucros e ou prejuízos (o que altera o valor do património).
Assim sendo:
1- Facto Permutativo (não altera o valor do patrimônio);
2- Facto Permutativo (não altera o valor do patrimônio);
3- Facto modificativo (altera o valor do patrimônio). Causa uma
diminuição (custo);
4- Facto Modificativo (altera o valor do patrimônio). Causa um
aumento (proveito).

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35
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Mapa de Fluxos
Activo Capital Próprio e Passivo
Disponibilidades
Meios
fixos e Existência Contas a Depósitos Capital Empréstim Contas a
oper Caixa
investime s receber à ordem Próprio os pagar
ntos
5 000 000 5 000 000
1 200 000 -200 000
2 -50 000 50 000
3 -15 000 -15 000
4 -150 000 350 000 200 000

Análise das operações:


1- Aumenta o valor das existências e diminui o valor dos depósitos à ordem
2- Aumenta o valor do caixa e diminui nos depósitos à ordem
3- Diminui o valor do caixa e diminui também o valor do património
4- Aumenta as contas a receber pelo valor da venda, diminui as existências
pelo custo das mercadorias e aumenta o valor do património devido a
margem de lucro (350 000 – 150 000 = 200 000).
Aplicação 2: Mapa de fluxos
A empresa Pedro & Sousa, Lda., começou a sua actividade em 01 de janeiro
de 2022 com um capital de 2 0000 000, 50% realizado por transferência, 25% em
numerário e o resto com uma viatura.
Durante o mês de janeiro, a empresa realizou dentre outras, as seguintes
operações:
1- Compra de uma viatura a por transferência bancaria no valor de KZ
500 000,00.
2- Deposito de KZ 150 000,00 no banco
3- Pagamento de uma multa de estacionamento em numerário no valor de KZ
50 000,00.
4- Compra de mercadorias a crédito no valor de KZ 400 000,00.
5- Venda de mercadorias em numerário no valor de KZ 250 000,00. As
mercadorias haviam sido adquiridas por KZ 150 000,00.
6- Contração de um empréstimo bancário no BAI por KZ 1 000 000,00.
Pretende-se:
a) A classificação dos factos em permutativos e modificativos.
b) A elaboração do Mapa de Fluxos

Resolução:
1- F. P;
2- F. P;
3- F. M;
4- F. P;
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36
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

5- F. M;
6- F. P
Mapa de Fluxos
Activo Capital Próprio e Passivo
Disponibilidades
Meios
fixos e Existência Contas a Depósitos Capital Empréstim Contas a
oper Caixa
investime s receber à ordem Próprio os pagar
ntos
500 000 1 000 000 500 000 2 000 000
1 500 000 -500 000
2 150 000 -150 000
3 -50 000 -50 000
4 400 000 400 000
5 -150 000 250 000 100 000
6 1 000 000 1 000 000

Desta feita podemos concluir que os factos permutativos apenas alteram a


composição do património e não o seu valor, pelo que os factos modificativos
alteram tanto a composição como o valor do património com lucros e ou
prejuízos por eles constituídos.

Aplicação Proposta: Mapa de Fluxos


A empresa JJ, Lda., iniciou a sua actividade com um capital social de KZ
3 500 000,00, 50% realizado por transferência, 30% com um edifício comercial
e o resto com mercadorias.
Durante o mês a empresa realizou as seguintes operações:
1- Venda de mercadorias no valor de KZ 300 000,00 por transferência
bancaria. As mercadorias estavam avaliadas em KZ 180 000,00.
2- Levantamento de KZ 100 000,00 juntos do Banco Atlântico.
3- Compra de uma viatura a prazo no valor de KZ 700 000,00.
4- Pagamento de água e luz no valor de KZ 20 000,00.
Pretende-se:
a) A classificação dos factos patrimoniais.
b) Elaboração do Mapa de Fluxos.

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37
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.4.3 Demonstração De Resultados

Os factos patrimoniais permutativos constituem custos e ou


proveitos que por consequente esses factos produzirão resultados. Então
é necessário que se faça a devida comparação entre os custos e
proveitos para se saber, se depois de ocorridas as operações, a empresa
teve resultado positivo (lucro) ou resultado negativo (prejuízo). Dai, a
importância da Demonstração de Resultados.
A Demonstração de resultados é uma demonstração contabilística
destinada a evidenciar a constituição do resultado formado num certo
período de operações de uma entidade.
É um mapa em que se evidenciam os proveitos e os custos,
tornando possível comparar estas duas grandezas. A DR fornece-nos a
informação dos resultados, quer em valor quer na sua natureza, ou seja,
quanto a empresa ganhou ou perdeu, evidenciando a perda ou lucro.
A demonstração de resultados fornece a noção da situação
económica da empresa porquanto a situação financeira é fornecida pelo
Balanço.
A estrutura da demonstração de resultados deve obedecer ao
modelo anexo

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38
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Fórmulas da DRE:
*Resultados operacionais (RO) = Vendas + prestação de serviços +
Outros proveitos operacionais – (CMV + Custos com o pessoal +
Amortizações + Outros custos e perdas operacionais);
*Resultados financeiros (RF)= Proveitos e ganhos financeiros –
Custos e perdas financeiras;
*Resultados em Filiais e associadas (RFA) = Proveitos em filiais e
associadas – Custos em filiais e associadas.
* Resultados não operacionais (RNO)= Outros proveitos e ganhos
não operacionais – Outros custos e perdas não operacionais;
* Resultados Antes dos Impostos (RAI)= +/- RO +/- R.F +\- RNO
* IRT = RAI × %
* Resultado líquido das atividades correntes (RLAC) = RAI – IRT
* Resultados Extraordinário (RE) = Ganhos Extraordinários – Perdas
Extraordinárias
* IRT = RE × %
* Resultado Líquido do Exercício = RLAC +/- RE – IRT

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação 1: Demonstração de Resultados


A empresa Constril, Lda., com sede no Lubango, dedica-se a
comercialização de ferro e aço para construção civil.
No passado exercício econômico efectuou as seguintes operações que
alteraram os resultados (Valores expressos em Kwanzas):
1 – Venda de mercadorias a prazo 950 000, 00
2 – Outros proveitos operacionais 50 000, 00
3 – As mercadorias vendidas estavam avaliadas em 520 000, 00
4 – Compra de material de escritório 25 000, 00
5 – Pagamento de juro pelo financiamento bancário 25 000, 00
6 – Descontos de p.p obtido de fornecedores 50 000, 00
7 – Pagamento da multa de estacionamento 20 000, 00
Utiliza-se 25% para o cálculo do Imposto sobre o rendimento
Pretende-se:
a) A elaboração da demonstração de resultados da empresa em 31 de
Dezembro de 2021.
Empresa: Constril, Lda.
Demonstração de resultados em 01/12/2021 Valores expressos em
Kwanza
Designação Nota Exercícios
s 2021 2020
Vendas …………………………………………….. 950 000,00
Outros proveitos operacionais…………………… 50 000,00
Prestação de serviços ……………………………. 0,00
1 000 000,00
Custo das mercadorias vendidas ……………...... 520 000,00
Custos com o pessoal ……………………………. 0,00
Amortizações ...................................................... 0,00
Outros Custos e perdas operacionais ................ 25 000,00
Resultados Operacionais: ………….…………. 455 000,00
Resultados Financeiros ...................................... 25 000,00
Resultados em filiais e associadas…………..….. 0,00
Resultados não operacionais……………............. (20 000,00)
Resultados antes do Impostos…………………
460 000,00
Imposto sobre o rendimento ...............................
115 000,00
Resultados líquidos das atividades correntes 345 000,00
Resultados Extraordinários………....................... 0,00
Imposto sobre o rendimento……………………… 0,00
Resultados líquidos do exercício……………... 345 000, 00

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40
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Cálculos Auxiliares:
RAI: 455 000 + 25 000 – 20 000 = 460 000
Imposto sobre os lucros: 460 000 × 25% = 115 000
Resultados líquidos do exercício: 460 000 – 115 000 = 345 000.
Pelo Resultado Líquido Do Exercício apresentar um saldo credor, isto
quer dizer que a empresa teve lucro neste montante

Aplicação 2: Demonstração de Resultados


São conhecidas as seguintes informações relativa a empresa Nossa
Luta, Lda.:
1- Vendas…………………………………………1 330 000,00
2 - Custo das mercadorias vendidas……..........903 437,50
3 - Custos com o pessoal……………….............220 000,00
4 - Outros custos e perdas operacionais...........25 000, 00
5 - Custos e perdas financeiras gerais…………92 290, 00

Pretende-se:

a) A elaboração da Demonstração de Resultados em 31 de


dezembro de 2018

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41
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Resolução

Cálculos Auxiliares:
Resultados operacionais = 1 330 000 - (903 437,5 + 25 000 ) = 181
562, 5
Resultados Financeiros = 0 - 92 290 = - 92 290
Resultados não operacionais = 0 - 0 = 0
Resultados antes dos Impostos = 181 562, 5 - 92 290 = 89 272, 5
Imposto sobre o Rendimento = 89 272, 5 × 25% = 22 318, 125
(Obs.: aqui depende da % da taxa do Imposto em vigor)
Resultados Líquidos das actividades Correntes
= 89 272, 5 - 22 318, 125
= 66 954, 375
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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Resultados Extraordinários = 0
Resultados Líquidos do Exercício = 66 954, 375

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação Proposta: Demonstração de resultados


São conhecidas as seguintes informações relativa a Empresa
Tchakamba, Lda. (Valores expressos em KZ):
1 - Vendas 1 000 000, 00
2 - Custos das mercadorias vendidas 600 000, 00
3 - Custos Com o Pessoal 100 000, 00
4 - Ganhos Financeiros 15 000, 00
5 - Perdas Financeiras 20 000, 00
Pretende - se:
a) A elaboração da Demonstração de Resultados em 01 de
dezembro de 2020.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.5 A Conta: Noção e Classificação


1.5.1 Noção
A conta pode ser definida como um conjunto de elementos patrimoniais
expresso em unidades de valor.
Tal procedimento visa a continua igualdade da equação fundamental do
património (A= P+ PL).
1.5.2 Representação Gráfica das Contas: Conceitos de débito e crédito
A cada conta corresponde um gráfico ou quadro, que constitui o dispositivo
prático para acompanhar as suas variações quantitativas.
Inscrevendo-se neste quadro a extensão inicial da conta e as variações
seguintes, consegue-se a todo momento o valor dos elementos patrimoniais que
agrupa.
No aspecto gráfico, a conta apresenta-se normalmente na forma de um T,
denominada conta em T ou razonete em T ou simplesmente razonete. Sobre o
traço horizontal indica-se o título da conta, podendo ainda distinguir-se um lado
esquerdo e um lado direito.
Débito (Deve) Titulo Crédito (Haver)

Lado esquerdo Lado Direito

O lado esquerdo é designado de «débito» ou «deve» e o lado direito de


crédito ou haver”. Estes termos provêm de um processo onomatológico ligado à
história da contabilidade, na fase em que as contas representavam,
exclusivamente, as pessoas dos devedores e dos credores.
As variações aumentativas da conta de uma pessoa devedora constituíam
o seu débito (aumentando um débito de um devedor, ele deve mais) e as
diminutivas o seu crédito, tal como as variações aumentativas da conta de uma
pessoa credora (aumentando o crédito de um credor, ele tem a haver mais) e as
diminutivas constituem seu débito.
Por extensão do princípio das contas pessoais às contas de coisas de
coisas e de factos, os termos «débito» e «crédito» ou «deve» e «haver»
respectivamente não representam mais do que variações aumentativas ou
diminutivas no valor das respectivas contas.
1.5.3 Terminologia
Os valores registados no debito denominam-se débitos e os registados no
crédito denomina-se créditos.
- Debitar uma conta significa inscrever uma certa quantia no lado do débito;
Exemplo:
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45
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

D C

600 000

- Creditar uma conta é efectuar o registo dum valor no lado direito;


Exemplo:
D C

500 000

- A diferença entre o débito e o crédito duma conta, no momento


considerado, chama-se saldo dessa conta.
Exemplo: 700 - 500 = 150 representa o saldo.
Ao balancear uma conta, ou seja, comparar o seu débito com o seu crédito
podem ocorrer três hipóteses:
- Débito superior ao crédito: o Saldo é Devedor (Sd)
D C

600 000 300 000

Sd = 300 000

- Crédito superior ao Débito: o Saldo é Credor (Sc)


D C

600 000 700 000

Sc = 100 000

- Débito igual ao Crédito o Saldo é nulo (So)


D C

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46
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

300 000 300 000

A diferença: 300 - 300 = 0 o saldo é nulo


Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se ao lado cuja soma for de
menor valor, obtendo-se assim uma igualdade entre os dois lados da conta.
Uma conta sem saldo diz-se saldada.
O saldo da conta corresponde à sua extensão, ou valor, num determinado
momento.
Fechar uma conta corresponde a somar as colunas dos valores do débito
e do Crédito depois de as saldar previamente sublinhando com dois traços
(trancando) cada soma.
D C

600 000 300 000

Sd = 300 000
600 000 600 000

1.6 Regras de Movimentação das Contas


1.6.1 Regras de Movimentação das Contas do Balanço
Contas do Activo:
Compreende todos os elementos patrimoniais activos.
Movimentação:

Activo
Saldos iniciais Diminuições (-)
Aumentos (+)
Sd

As contas do Activo são debitadas pelos saldos iniciais e os aumentos, e


creditadas pelas diminuições. O saldo é sempre devedor.

Contas do Passivo:
Compreende todos os elementos patrimoniais passivos.
Movimentação:
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47
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Passivo
Diminuições (-) Saldos Iniciais
Aumentos (+)

Sc

As contas do Passivo e de Capital próprio são creditadas pelos saldos


iniciais e aumentos debitados pelas diminuições. O saldo é sempre credor.
Contas Mistas:
Contas de caráter misto, integrando os elementos de contas de vários tipos
chamadas contas Activas e Passivas.
São contas da classe terceiras Ex: Estado, participantes e participadas, etc.
Nestas contas poderão ser apresentados simultaneamente os dois saldos:
. O primeiro no débito (dívidas de devedores à empresa).
. O segundo no crédito (dívidas das empresas aos credores).

1.6.2 Regras de Movimentação das contas de Gestão:

Contas de Proveitos: Classe 6


Classe 6: Proveitos
Anulações Proveitos

Sc

As contas de Proveitos por natureza devem ser creditadas pelos proveitos


(vendas de mercadorias e produtos, prestações de serviços, receitas
suplementares, receitas de aplicações financeiras e outros proveitos) e debitadas
pelas eventuais anulações desses proveitos. O saldo é sempre credor.
Contas de Custos: classe 7
Classe 7: Custos
Custos Anulações

Sd

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48
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

As contas de custos por natureza devem ser debitadas pelos custos (custo
das existências vendidas, fornecimentos e serviços de terceiros, impostos,
despesas com o pessoal, despesas financeiras, outras despesas e encargos,
amortizações do exercício) e creditadas por eventuais anulações desses custos.
O saldo é sempre devedor.
Transferência: os saldos devedores para os custos e os credores para os
proveitos são transferidos a débito para os custos e a crédito para os proveitos
das contas de Resultados.
Quadro resumindo:

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


49
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Exemplo 1: Aquisição a prazo de um veículo a KZ 100 000,00.

Interpretação do Exemplo 1:
• A aquisição do veículo vai aumentar as Imobilizações Corpóreas (Conta
do Activo), o que significa que devemos debitar o valor de aquisição.
• Por outra, por ser uma compra a prazo, aumenta a nossa com outros
valores a pagar (Passivo), o que significa que devemos creditar este
valor.

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50
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Exemplo 2: Pagamento de juros no valor de KZ 30 000,00

Interpretação do Exemplo 2:
• A saída de valores da nossa conta a ordem causa uma diminuição, o que
significa que devemos creditar a conta 43. Depósitos a ordem.
• Os custos são debitados por seus aparecimento e o aparecimento deste
deverá ser debitado na conta 76. Custos e Perdas Financeiras Gerais.

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


51
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Exemplo 3: Venda de mercadorias em numerário no valor de KZ 100


000,00. As mercadorias haviam sido adquiridas por KZ 50 000,00.

Interpretação do exemplo 3:
Uma vez que se trata de Venda (conta de proveito), significa que devemos
creditar a conta 61. Vendas pelo aparecimento de um proveito.
Como a venda foi em numerário (conta do activo), quer isto dizer que
devemos aumentar (debitar) a conta 45. Caixa.
O montante a que adquirimos as mercadorias (custo) deve ser registado
na conta 71. Custo das mercadorias vendidas me debito, pelo aparecimento do
custo.
E uma vez que se vendeu mercadorias, quer dizer que houve uma
diminuição na conta de mercadorias (conta do Activo), pelo que o valor do custo
das mercadorias vendidas deve ser creditado na conta 26. Mercadorias.
Vamos constatar muitas operações em que teremos de
conhecer as regras de movimentação das contas para o seu registo
contabilístico, nas aplicações que se seguem.

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52
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.6.3 Aplicações: Razão Esquemático


Aplicação 1: Compra de mercadorias
Operação da empresa:
 Compra de mercadorias no valor total de KZ 400 000,00. Pagou
de imediato ¼ por transferência bancaria e o restante ficou a
prazo.
As despesas com transporte ascenderam um valor de KZ 75 000,
00.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende – se:
a) O lançamento nos T’s esquemáticos.

Cálculos Auxiliares:
1/4 × 400 000 = 100 000, 00 - Por transferência bancária
400 000 - 100 000 = 300 000,00 - Para o restante
75 000,00 - Para as despesas adicionais de compra.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Obs:
- No SIP (Sistema de Inventário Permanente) a conta 21 não acumula saldos;
-As despesas adicionais de compra aumentam o valor da factura.
Comentário: O 1o. lançamento é da 3a fórmula, sendo 1 débito = 3 créditos e o
2o. é da terceira fórmula, sendo 1 débito = 1 crédito. São factos permutativos.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação 2: Venda de Mercadorias


Operação da empresa:
* Venda das mercadorias que custaram KZ 400 000,00 por kz 1 000
000,00. O cliente pagou de imediato com um cheque de 50% do valor, tendo
beneficiado de um desconto de 3%. O restante ficou a prazo.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende - se:
a) O lançamento da operação nos T's esquemáticos.

Cálculos Auxiliares:
50% × 1 000 000 = 500 000,00
500 000 × 3% = 15 000,00 – Para o desconto financeiro
500 000 – 15 000 = 485 000,00 – Para o Caixa
1 000 000 – 500 000 – Para o restante a prazo
Obs:
- No SIP calcula-se o CMV logo após cada venda;
- Os descontos financeiros envolvem pronto pagamento.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Comentário: é uma operação com dois lançamentos. O 1o lançamento é


da 3a fórmula, sendo 1 crédito = 3 débitos e o 2o. Lançamento é da 1a. Fórmula,
sendo 1 débito = 1 crédito. São factos modificativo.
Aplicação 3: Razão Esquemático e Fecho de Contas
A Empresa KB, Lda., que se dedica a comercialização de produtos
alimentares diversos apresentava os seguintes elementos patrimoniais (valores
expressos em Kwanza):
 Valores em bancos 3 000 000,00
 200 latas de leite ao valor de 500 000,00
Durante o exercício a empresa realizou as seguintes operações:
1 – Factura nº. 20 para João Afonso na qual consta 100 latas de leite ao
preço unitário de KZ 4 000,00. Desconto de 5%.
2 - Liquidação de ¼ da factura nº. 20 por transferência bancária.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende-se:
a) Abertura das contas no razão esquemático.
b) Registro das operações ocorridas durante o mês.
c) Fazer o Fecho de Contas.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Observações:
Operação nº 1: uma vez que a venda é a prazo, quer isto dizer que este é um
desconto comercial dentro da factura. Então este desconto afetará diretamente a
factura. Assim sendo:
4 000 x 100 latas = 400 000
Desconto = 400 000 x 5% = 20 000
Como o desconto tem efeito na factura, então o valor a se registar será:
400 000 – 20 000 = 380 000 (este é o valor a ser registado).

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação 4: Operações de Compra e Venda


A Empresa Nossa Luta, Lda., realizou durante o mês de janeiro as
seguintes operações:
1 – Depósito dos Cheques em carteira no valor de KZ 700 000,00.
2 – Compra de mercadorias a prazo no valor de KZ 100 000,00. As
despesas com transporte ascenderam o valor de KZ 60 000,00, factura da
Sotrans, Lda.
3 – Venda da totalidade das mercadorias no valor de KZ 300 000,00. O
cliente pagou de imediato ½ por transferência e o restante com cheque.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende-se:
a) O registro das operações nos T’s esquemáticos.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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60
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação 5 – Razonete
Operações da empresa:
1 - Compra de mercadorias no valor total de KZ 400 000,00. Pagou de
imediato ¼ por transferência bancaria e o restante ficou a prazo.
2 – Liquidou em numerário a dívida aos fornecedores.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende – se:
a) O lançamento nos T’s esquemáticos.

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61
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação 6: Balanço, abertura, fecho de contas e demonstração de


resultados
A Empresa Angolissar, Lda., localizada no Lubango, dedica-se à
comercialização de diversos produtos alimentares. Apresentava os seguintes
elementos patrimoniais (valores expressos em Kwanza):
1 - Aceite sobre JJ, Lda. 400 000, 00;
2 - Empréstimo bancário (10 meses) 1 000 0000, 00;
3 - Depósito a ordem no BPC 900 000, 00;
4 - 200 caixas de frango KZ 10 000, 00 cada;
5 - 150 Sacos de arroz de 25 kg cada ao preço de KZ 12 000,00 o saco.
6 - Mobiliário de escritório 500 000, 00.
Durante o exercicio a empresa realizou as seguintes operações:
1- Factura no. 10 de JJ, Lda., na qual consta mercadorias avaliadas em kz
200 000,00.
2– Por transferência pagou água e luz no valor de KZ 25 000,00.
3- Aquisição a 30 dias de uma viatura Suzuki no a KZ 1 000 000,00.
4- – Venda de mercadorias no valor de KZ 1 000 000,00. O cliente pagou
de imediato 50% (numerário) do valor e o restante ficou em dívida.
Beneficiou de um desconto de 10% sobre o valor pago.
5- – Amortização de 50% do empréstimo bancário.
6- – Pagamento de juros do empréstimo bancário no valor de KZ 20
000,00.
7- – Pagamento da multa de estacionamento no valor de KZ 15 000,00.
8- O Cliente da operação nº 4 pagou ½ da sua dívida.
Pretende-se:
a) A elaboração do Balanço Patrimonial.
b) Abertura das contas no razão esquemático
c) Registro das operações ocorridas durante o mês.
d) Fecho de contas.
e) Demonstração de resultados

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62
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Empresa: Angolissar, LDA.


Balanço em 01 de Novembro de 2021 Valores expressos em kwanzas
Designação Notas Exercicios
2021 2020
Activo
Activo não corrente
Imobilizações Corpóreas
Equipamento administrativo 500 000,00
Total do Activo não corrente 500 000,00
Activo corrente:
Existências
Mercadorias 3 800 000,00
Disponilidades
Depósitos às ordem 900 000,00
Total do Activo Corrente 4 700 000,00
Total do Activo 5 200 000,00
Capital Próprio E Passivo:
Capital Próprio
Capital social 3 800 000,00
Total do Capital Próprio: 3 800 000,00
Passivo Corrente
Contas a pagar
Fornecedores - títulos a pagar 400 000,00
Empréstimos de curto prazo
Empréstimos bancários 1 000 000,00
Total do Passivo: 1 400 000,00
Total do Capital Próprio e Passivo: 5 200 000,00

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63
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Razão Esquemático
11. Imob. Corpóreas 26. Mercadorias 43. Dep. À Ordem
si) 500 000 si) 3 800 000 700 000 (4) si) 900 000 25 000 (25 000
3) 1 000 000 1) 200 000 500 000 (5)
20 000 (6)
sd= 1 500 000 sd= 3 300 000 sd= 355 000
1 500 000 1 500 000 4 00 000 4 000 000 900 000 900 000

51. Capital 32. Fornecedores 33. Empréstimos


3 800 000 (si) 400 000 (si) 5) 500 000 1 000 000 (si)
200 000 (1)
sc= 3 800 000 sc = 600 000 sc = 500 000
3 800 000 3 800 000 600 000 600 000 1 000 000 1 000 000

21. Compras 75. O. C. P. Operacionais 37. O. V. Receber e a Pagar


1) 200 000 1´) 200 000 2) 25 000 1 000 000 (3)
s= 0 sd = 25 000 sc=1 000 000
200 000 200 000 25 000 25 000 1 000 000 1 000 000

61. Vendas 31. Clientes 45. Caixa


1 000 000 (4) 4) 500 000 250 000 (8) 4) 450 000 15 000 (7)
8) 250 000
sc = 1 000 000 sd = 250 000 sd= 685 000
1 000 000 1 000 000 500 000 500 000 700 000 700 000

76. C. P. F. Gerais 71. C. M. V 78. O. C. P. Ñ. Operacionais


4) 50 000 4´) 700 000 7) 15 000
6) 20 000
sd = 70 000 sd = 700 000 sd = 15 000
70 000 70 000 700 000 700 000 15 000 15 000

Os valores constituintes das contas da classe 6: Proveitos e Classe 7:


Custos (contas de gestão) a fim de exercício devem ser transferidos para contas
de Resultados que a seguir se apresenta o quadro da Demonstração de
Resultados da Empresa Angolissar, Lda., para se saber se houve resultados
negativos ou positivos. O que se segue é a Demonstração de Resultados.

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64
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Empresa: Angolissar, Lda.


Demonstração de resultados em 01/12/2021 Valores expressos em
Kwanza
Designação Nota Exercícios
s 2021 2020
Vendas …………………………………………… 1 000 000,00
Outros proveitos operacionais…………………. 0,00
Prestação de serviços …………………………. 0,00
1 000 000,00
Custo das mercadorias vendidas ……………... 700 000,00
Custos com o pessoal …………………………. 0,00
Amortizações ...................................................... 0,00
Outros Custos e perdas operacionais ................ 25 000,00
Resultados Operacionais: ………….……… 275 000,00
Resultados Financeiros ...................................... (70 000,00)
Resultados em filiais e associadas…………….. 0,00
Resultados não operacionais……………......... (15 000,00)
Resultados antes do Impostos………………
190 000,00
Imposto sobre o rendimento ...............................
47 500,00
Resultados líquidos das atividades correntes 142 000,00
Resultados Extraordinários………...................... 0,00
Imposto sobre o rendimento…………………… 0,00
Resultados líquidos do exercício…………….. 142 000, 00

O Resultado Liquido da Empresa é positivo, quer dizer que a empresa teve lucro.

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65
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.7 Caracterização das Contas


1.7.1 Noção
A gestão da empresa não pode fazer-se somente com base nas
informações gerais. O controlo da empresa exige o conhecimento de dados
pormenorizados sobre a situação e movimento de cada objecto da
contabilidade, com a finalidade de obter ambos os tipos de dados, ou
informações (agregados e pormenorizados).
As contas podem ter um âmbito mais ou menos vasto, compreenderem
mais ou menos elementos patrimoniais, isto é, serem mais ou menos simples,
ou mais ou menos complexas.
Assim temos contas sintéticas, subcontas e analíticas, determinando o
grau de cada conta.

1.7.1.1 Contas Sintéticas (Colectivas, Gerais)


As contas que se aplicam para a reflexão generalizada dos meios
económicos, ou suas fontes, denominam-se sintéticas.
Exemplo:
11 Imobilizações corpóreas
22 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

31 Clientes
32 Fornecedores, etc.
São contas de 1º grau. A sua característica mais importante é que a
contabilização é feita apenas em unidades monetárias. Correspondem ao
Razão Geral.

1.7.1.2 Subcontas (Divisionárias)


São o elo de ligação contabilística entre as contas sintéticas e
analíticas. Através das subcontas é feita a agregação com a finalidade de se
obterem indicadores mais generalizados, no âmbito de uma dada conta
sintética.
Correspondem ao Razão Especial ou auxiliar (desdobramento do Razão
Geral) Exemplo:
31.1 Clientes – correntes
32.2 Fornecedores correntes

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66
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

São contas do 2º grau. São importantes no caso das contas sintéticas


caracterizadas por grande volume e variedades de objectivos ou operações
que se registam nessas mesmas contas.

1.7.1.3 Contas Analíticas (singulares)


As contas que se aplicam para a caracterização dos dados tirados das
contas sintéticas, denominam-se analíticas ou auxiliares. Estas contas são
particulares, individualizadas.
Ex: 31.1.1 Cliente A.
31.1.2 Cliente B
São contas do terceiro grau. São importantes para o controlo e recolha
de dados. A qualquer momento, o total das somas inscritas no débito das
contas analíticas (singulares) é sempre igual ao total do débito inscrito na
correspondente conta sintética, o mesmo acontece para os valores inscritos
no crédito. Por sua vez o saldo duma conta sintética será a qualquer
momento igual ao somatório dos saldos das respectivas contas analíticas.
O grau de uma conta relaciona-se com a maior ou menor generalidade de
uma conta:

1.7.1.4 Classificação Segundo a Finalidade e Estrutura das Contas


Contas Básicas: aplicam-se para o registo e controlo dos meios
económicos pertencentes à empresa e das fontes da sua formação.

Contas de Regularização: possibilitam a rectificação das avaliações e


quantias registadas nas contas básicas cuja extensão não corresponde à
realidade.

. Amortizações
. Provisões, etc.

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67
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

- As amortizações e provisões aparecem no Activo em dedução


às contas correspondentes, não são contas do activo, mas sim contas de
redução de valores activos.

Contas Operacionais: destinam-se ao registo e controlo dos


processos económicos. Classificam-se em:
Contas principais – contas que tratam de valores de grande
generalidade.
Contas subsidiarias: contas necessárias para explicar os saldos das
principais.

Diferença entre contas divisionárias e subsidiárias


Quanto ao grau da conta

- As contas divisionárias são de grau imediatamente inferior ao


das respectivas contas sintéticas. (1º grau).

- As contas subsidiárias terão o mesmo grau das contas


principais.

Quanto aos respectivos registos:

- Um registo numa determinada subconta (divisionária) implica


necessária e simultaneamente um registo na conta sintética (colectiva).
- Um movimento na conta analítica (auxiliar) não implica de
imediato um movimento correspondente na conta sintética (principal)
Pode dizer-se que:

- Para as subcontas (divisionárias) os factos patrimoniais são


registados nas contas divisionárias e simultaneamente nas contas sintéticas
(colectivas), pelo que o valor destas deve ser igual a qualquer momento, a
soma dos saldos das subcontas.

- As contas subsidiárias: os factos patrimoniais são registados


apenas nas contas auxiliares, movimentando-se as respectivas contas
principais (sintéticas) somente no final do período, por transferência dos
valores das contas subsidiárias.

1.7.1.5 Correspondência das Contas


Todo o facto patrimonial dá origem à variação de duas ou mais contas,
de tal modo que, um débito corresponde sempre um crédito de igual valor.

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68
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

O método das partidas dobradas representa não só um procedimento


técnico, mas um meio importante de controlo. A interligação das contas por
meio das partidas dobradas denomina-se “correspondência das contas”.
A importância desta correspondência é a possibilidade de revelar a
natureza da operação registada.

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69
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.8 Lançamentos e suas Espécies


1.8.1 Noção
Como já se referiu o património está sujeito a variações que são
consequência da própria actividade da empresa. Assim, além da
representação dos valores patrimoniais, existe a necessidade de representar
e inscrever em documentos, livros e registos, os factos patrimoniais que
provocam a sua variação.
A escrituração comercial é o conjunto de documentos e livros que
historiam a evolução patrimonial de qualquer empresa. Também se designa
escrituração, aos actos de registo das operações nos livros e documentos.
Lançamento ou assento é a anotação de qualquer facto patrimonial
nos livros de contabilidade.

1.8.2 Classificação dos Lançamentos


Os lançamentos podem classificar-se atendendo aos seguintes
aspectos: número de contas movimentadas e a natureza dos movimentos
escriturados.
1- Classificação segundo o número de contas movimentadas.

-Simples
- Complexos
Lançamento simples: uma conta debitada e também uma creditada:
Um débito = um crédito (1ª formula)
Lançamentos complexos: várias contais debitadas e uma creditada ou
vice-versa:
Um débito = Vários créditos (2ª formula)

Vários débitos = Um crédito (3ª formula)

Vários débitos = Vários Créditos (4ª formula)

De acordo com o princípio das partidas dobradas: a um débito


corresponde um crédito para que o total de valores a débito seja igual ao total
de valores creditados.
2 –Classificação segundo a natureza dos movimentos:

a) Lançamentos de abertura: respeitam aos registos dos valores


iniciais das contas aquando do início da escrita.

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70
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

b) Lançamentos correntes: respeitam ao registo das operações


realizadas e dos acontecimentos ocorridos durante cada exercício
económico.

c) Lançamentos de estorno: têm por finalidade rectificar as omissões,


duplicações e erros cometidos nos lançamentos efectuados.

d) Lançamentos de regularização: visam rectificar o saldo das contas


que não correspondam à realidade; normalmente efectuam-se no fim
de cada exercício antes de se proceder ao apuramento de resultados
e a elaboração do balanço.

e) Lançamentos de transferência ou de apuramento de resultados:


têm por finalidade transferir os saldos das contas de custos e de
proveitos para as contas de resultados, permitindo a posterior
determinação dos resultados da empresa.

f) Lançamentos de encerramento ou fecho: são efectuados depois


do apuramento der resultados e da elaboração do balanço e
permitem fechar as contas que apresentem saldos (devedores ou
credores).

g) Lançamentos de reabertura: registam, no início de cada exercício


económico, os valores iniciais das contas (saldos finais das contas
no exercício anterior).

1.8.3 Elementos Básicos


1.8.3.1 Documentos Comerciais
Os factos patrimoniais registados pela contabilidade são descritos e
comprovados por meio de escritos comerciais – os documentos.

Os documentos ou factos são a base de todo o registo contabilístico,


sem os quais o mesmo não se poderá processar. As empresas estão sujeitas
a incorrerem em sanções se procederem ao registo de factos não
devidamente documentados.

1.8.3.2 Tipos de documentos:


Entre os documentos, podem distinguir-se:

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71
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

a) Os de movimento interno – são elaborados no seio da empresa e


destinam-se exclusivamente ao uso interno (ex.: folhas de salário,
notas de lançamento, etc.).

b) Os de movimento externo – são os que provêm ou se destinam ao


exterior (facturas, letras, recibos, cheques, etc.).

1.8.3.3 Livros
Os livros de contabilidade classificam-se em dois grupos: livros
obrigatórios e livros facultativos.

Os livros obrigatórios são os que a lei enumera como indispensáveis:

- Livro de Inventário e Balanço


- Diário
- Razão
1) Livro de Inventário e Balanços – começa pelo arrolamento de todo o
activo e passivo, fixando a diferença entre aquele e este, o capital inicial
da empresa. Serve para nele se lançarem dentro dos prazos legais os
balanços a que tem que proceder.

2) Diário Geral – serve para registar dia após dia por ordem de datas, cada
um dos seus actos que modifiquem ou possam vir a modificar a o
património de uma entidade económica.

3) Razão -serve para escriturar o movimento de todas as operações do


diário, ordenados por débito e por crédito, em relação a cada uma das
respectivas contas para se conhecer o estado e a situação de qualquer
delas, sem necessidade de recorrer ao exame e separação de todos os
elementos cronologicamente escriturados no Diário.

Tipos de Razão:

a) Razão geral – é o livro das contas do primeiro grau.

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72
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

b) Razões auxiliares – são os livros de contas divisionárias (contas de


2º e 3º graus que registam apenas parte do movimento geral.
Normalmente haverá um razão auxiliar para cada conta colectiva.

Ex: Razão auxiliar de depósitos à ordem

Razão auxiliar de Clientes Razão

auxiliar de Fornecedores

Etc.

1.8.3.3.1 Diário: Lançamentos


Como já foi dito os factos patrimoniais são registados, por ordem de
datas, no Diário e por ordem de contas, no Razão. O Diário é um registo
cronológico; o Razão é um registo sistemático, é o livro das contas.

Como tudo o que se escritura no Diário tem de constar no Razão e nos


restantes livros, entende-se praticamente por lançamento a simples
contabilização no Diário da empresa, visto que, implicitamente tem de ser
transladado para outros livros, com o fim de se dispor do detalhe conveniente
nos livros.

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73
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

O caminho a percorrer na contabilização dos factos patrimoniais é o


seguinte:
Factos Patrimoniais Documentos Diário Razão

Balancetes

O traçado ou riscado do Diário (modelo clássico) é o seguinte:

a) b) c) d) e) f)

- Onde:
- a) Número de ordem do lançamento.
- b) Proposição a.
- c) Cabeçalho ou descrição do lançamento.
- d) Número dos fólios do Razão Geral referentes às
contas movimentadas.
- e) Coluna auxiliar das importâncias (a utilizar somente
nos lançamentos compostos. Ou seja, da 2ª,3ª e 4º fórmulas).
- f) Coluna principal das importâncias.

Uso técnico do Diário manda que no cabeçalho do lançamento se


inscreva primeiramente a conta debitada e depois a creditada, esta numa linha
imediatamente inferior aquela antecedido o respectivo título da preposição a
abreviatura de “deve a”.
Dado que um mesmo facto pode originar movimentos (variações) em
mais do que duas contas, quando tal acontece, são os títulos das diversas
contas substituídas no cabeçalho pele palavra “Diversos”. Os títulos dessas
contas entram no corpo do lançamento, juntamente com a descrição,
obedecendo à ordem indicada anteriormente entre as contas debitadas e
creditadas.

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74
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Cada lançamento no Diário é fechado por um traço descontínuo no qual


se escreve a data (dia e mês) do lançamento seguinte, se o lançamento
anterior for feito no mesmo mês poderá indicar-se apenas o dia no lançamento
seguinte. Caso o lançamento seguinte seja efectuado no mesmo dia do
lançamento anterior, limitamo-nos a deixar o dito intervalo em branco a apor
umas aspas.

Devido ao elevado número de operações que ocorrem na generalidade


das empresas e por razões de operacionalidade, o Diário na sua forma
clássica é substituído por diário ou diários com traçados mais consentâneos
com as novas necessidades de tratamento da informação.

Estes diários chamados simplificados podem revestir dispositivos


diversos. Por razões de processamento utiliza-se modelos similares ao
seguinte:

Diário Simplificado

Data Nº de Descrição da operação Débito Crédito Valor

Código da Código da
Contas conta

Exemplo:
A empresa Hiavo, Lda., realizou as seguintes operações:
1- Aos 12/04/2022 levantou a quantia de KZ 50 000,00 junto do banco
Atlântico.
Diário: Modelo Clássico

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75
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1 Lubango aos 12/04/2022


45 - Caixa 1
45.1 - Fundo fixo
a 43 - Depósitos à ordem 2
43.1 - Moeda nacional
43.1.1 - Banco Atlântico
Pelo levantamento 50 000,00

Um débito = Um crédito

Diário: Modelo Simplificado


Data Nº de Descrição Débito Crédito Valor
registo
12/04/2022 1 Levantamento 45.1 43.1.1 50 000

2 – Aos 15/04/2022 o cliente liquidou a sua dívida de KZ 100 000,00


da seguinte forma: 50% em numerário e o restante por transferência
bancária.
Diário: Modelo Clássico
2 Lubango aos 15/04/2022
Diversos
a 31 - Clientes 1
31.1 - Clientes-correntes
Pelo pagamento da dívida
43 - Depósitos à ordem 2
43.1 - Moeda nacional 50 000,00
45 - Caixa 3
45.1 - Fundo fixo 50 000,00 100 000,00

Vários débitos = Um crédito

Diário: Modelo Simplificado


Nº de
Data Descrição Débito Crédito Valor
registo
43.1.1 50 000
12/04/2022 2 Liquidação da dívida 45.1 50 000
31.1 100 000

3 – Aos 17/04/2022 comprou mercadorias no valor de KZ 200 000,00 (+


IVA 14%). Pagou de imediato 50% e o restante ficou a prazo.
Diário: Modelo Clássico

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


76
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

3 Lubango aos 17/04/2022


Diversos
a Diversos
Pela Compra de mercadorias
21. Compras 1
21.2 - Mercadorias 200 000
34 - Estado 2
34.5 - IVA
34.5.2 - IVA dedutivel 28 000,00
228 000,00
a 32 - Fornecedores 3
32.1 - Fronecedores - correntes 114 000,00
a 43. Depositos à ordem 4
43.1 - Moeda nacional
43.1.1 - Banco 114 000,00 228 000,00

Vários débito = Vários Créditos

Diário: Modelo Simplificado


Nº de
Data Descrição Débito Crédito Valor
registo
Mercadorias 21.2 200 000
IVA dedutivel 34.52 28 000
12/04/2022 3
Fornecedores 32.1 114 000
Banco 43.1.1 114 000

Cálculos auxiliares:
Compras = 200 000
IVA dedutível: 200 000 * 14% = 28 000
Pagamento de 50%: 228 000 * 50% = 114 000
Resto não pago = 228 000 – 114 000 = 114 000

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77
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

1.8.4 Aplicações: Diário (Modelo Clássico e o Simplificado)


Aplicação: Abertura de escrita no Diário
A empresa Dungula e Capita, Lda., que se dedica à comercialização de
mercadorias diversas, foi constituída em 02 de Janeiro de 2022, por escritura
pública registada no Cartório Notarial do Lubango. O capital inicial de KZ
2 500,00 foi subscrito em partes iguais pelos sócios Adilson Dungula e Adriano
Calopa.
O sócio Adilson Dungula realizou a sua quota com a entrega de
mercadorias diversas avaliadas em KZ 750 000,00 e um talão de depósito no
valor de KZ 500 000,00.
O sócio Adriano Calopa realizou integralmente a sua quota com a entrega
de um cheque no valor correspondente.
As despesas de constituição da sociedade ascenderam a KZ 100 000,00
e foram pagas por cheque.
Pretende-se:
a) Os lançamentos de Abertura de escrita no Diário.
Resolução
Vale relembrar que Lançamentos de abertura respeitam aos registos dos
valores iniciais das contas aquando do início da escrita.

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


78
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Diário: Modelo Clássico

1 Lubango aos 02/01/2022


35 - Entidades P. e Participadas 1
35.1 - Entidades participantes
35.1.4 - Outro
35.1.4.1 - C/ Subscrição
35.1.4.1.1 - Adilson Dungula 1 2500 00,00
35.1.4.1.2.- Adriano Calopa 1 250 000,00
2 500 000,00
51. Capital 2
Pela subscrição do capital 2 500 000,00
_____________//_____________
2 Diversos
a 35 - Entidades P. e Participadas 1
35.1 - Entidades participantes
35.1.4 - Outro
35.4.1 - C/ Subscrição
35.1.4.1.1 - Adilson Dungula
Pela realizaçao integral da sua quota
26 - Mercadorias 3
26.1 - Mercadorias diversas 750 000,00
43 - Depósitos à ordem 4
43.1.1 - Banco 500 000,00 1 250 000,00
____________//_____________
3 45 - Caixa 5
45.2 - Valores por depositar
a 35 - Entidades P. e Participadas 1
35.1 - Entidades participantes
35.1.4 - Outro
35.1.4.1 - C/ Subscrição
35.1.4.1.2.- Adriano Calopa
Pela realização integrarl da sua quota 1 250 000,00
____________//_____________
4 12 - Imobilizaçoes incorpóreas 6
12.4 - Despesas de constiyuição
a 43 - Depósitos à ordem 4
43.1 - Moeda Nacional
43.1.1 - Banco
Pelas despesas de constituição 100 000,00
____________//_____________

Assim está feito o traçado do diário no modelo clássico.


Os traçados «//» quer dizer que estas operações ocorreram no mesmo dia.

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79
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Diário: Modelo Simplificado


Nº de Valor
Data Descrição Débito Crédito
registo
Adilson Dungula 35.1.4.1.1 1 250 000
1 Adriano Calopa 35.1.4.1.2 1 250 000
Capital 51 2 500 000
Mercadorias diversa 26.1 750 000
02/01/2022
2 Talão de depósito 43.1.1 500 000
Adilson Dungula 35.1.4.1.1 1 250 000
3 Realizaçao por cheuqe 45.2 35.1.4.1.2 1 250 000
4 Despesa de constituiçao 12.4 43.1.1 100 000

Assim está feita a elaboração dos lançamentos de abertura de escrita no Diário

Aplicação Proposta: Abertura de escrita no Diário


São conhecidas as seguintes informações da empresa Santana & Sousa,
Lda., que se dedica a comercialização da mercadoria Mc25.
1 – A empresa foi constituída em 04 de janeiro do ano N com um capital
social de KZ 3 000 000,00, subscrito em partes iguais pelos sócios S1 e S2.
2 – O capital foi totalmente realizado pelo sócio S1 com a entrega de um
depósito à ordem no banco A no valor de KZ 1 500 000.
3 – O sócio S2 da mesma forma realiza o seu capital com entrega de
1 000 unidades da mercadoria MC25.
4 – As despesas de constituição ascenderam o valor de KZ 120 000,00 e
foram pagas com o cheque nº 256.
Pretende-se:
a) Os lançamentos de abertura de escrita no Diário

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2 Contabilidade Financeira II

2.1 Meios Fixos e Investimentos


Entende-se por imobilizações os bens patrimoniais activos, corpóreos ou
incorpóreos que a empresa utiliza, como meios de realização dos seus
objectivos.

Representam um conjunto variado de elementos patrimoniais, cuja


característica agrupadora reside não na natureza do bem em si, mas na
possibilidade de permanecerem na empresa por prazos mais ou menos longo,
servindo quer como fonte de rendimento ou de condições de trabalho.

Não se destinam à venda nem à transformação, no decurso da


actividade da empresa.

2.1.1 Imobilizações Corpóreas


Esta conta integra os imobilizados tangíveis, moveis ou imóveis, que a
empresa utiliza na sua actividade operacional, que não se destinem a ser
vendidos ou transformados, com caracter de permanência superior a um ano.

Entende-se por activos tangíveis, os que são detidos para utilização na


produção ou fornecimento de produtos ou serviços, para arrendar ou alugar a
terceiros, ou para fins administrativos.
As imobilizações corpóreas têm a sua subdivisão de acordo com o PGC
(Plano Geral de Contabilidade) - 11.1 Terrenos e recursos naturais, 11.2 Edifícios
e outras construções, 11.3 Equipamento básico, 11.4 Equipamento de carga e
transporte,11.5 Equipamento administrativo, taras e vasilhames, 11.9 Outras
imobilizações corpóreas.
Valor de aquisição – é o valor de compra, de fabrico ou de construção,
acrescido de todas as despesas as despesas necessárias para
colocar os elementos patrimoniais em condições de utilização.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.1.2 Imobilizações Incorpóreas


Conforme já se referiu, integram esta rubrica todas as imobilizações que
pela sua natureza, não são materiais, são intangíveis (12.1 Trespasses, 12.2
Despesas de investigação e desenvolvimento, 12.3 Propriedade industrial e
outros direitos e contratos, 12.4 Despesas de constituição,12.9 Outras
imobilizações incorpóreas).

Os critérios valorimétricos a adoptar na valorimetria das imobilizações


incorpóreas são, com as necessárias adaptações, iguais aos critérios definidos
para a valorimetrias das imobilizações incorpóreas.
2.1.3 Amortizações e Reintegrações
O imobilizado corpóreo das empresas, é composto por um conjunto
diversificado de bens, que são fundamentais para a actividade das mesmas. A
maioria dos bens está sujeita a perder o valor devido a factores de vária ordem.
A perda de valor sofrida pelo imobilizado chama-se depreciação.
A depreciação pode ser motivada por:
1. Factores de ordem física, devidos quer ao desgaste funcional do bem,
quando são submetidos a uso, quer à sua depreciação espontânea, provocada
por corrosão, inundação sinistros etc.
2. Factores de ordem económica devidos ao progresso tecnológico que
levam a obsolescência do bem.
A expressão contabilística utilizada para designar a depreciação do activo
imobilizado corpóreo ou incorpóreo é a amortização ou reintegração.
2.1.3.1 Vida útil ou económica
O imobilizado é utilizado pela empresa durante vários exercícios. No
entanto, todos os anos o imobilizado vai-se depreciando, devendo esta perda de
valor ser considerada como um encargo de exploração do respectivo exercício e
registado pela contabilidade.
Vida útil é o período de tempo fixado, para os diferentes imobilizados,
durante o qual se espera que possam ser utilizados em condições de
funcionamento económico. As imobilizações são bens que não se consomem num
só exercício, mas num número de anos previstos para a sua vida útil. A medida
que vai sendo usado, a utilidade do bem diminui até se chegar teoricamente a
uma utilidade (valor) nulo.
Amortizar um bem – consiste em registar a perda do valor de um activo
imobilizado, ou seja, repartir o custo de uma imobilização pelos exercícios
abrangidos pela sua vida útil ou duração económica.
Pelo facto de os custos contabilizados não corresponderem a desembolsos
efectivos, a empresa reterá desta forma fundos que em economias inflacionadas
possibilitam a substituição dos imobilizados antigos por novos.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.1.4 Noção e Cálculo da Quota de Amortização


O valor a amortizar deve ser periódico, em regra anual, e é designado por
quota de amortização ou de reintegração.
Quota de amortização – é a redução de valor sofrida pela imobilização em
determinado exercício.
Para o cálculo do valor da quota de amortização devem ser conhecidos:
1 – O valor a amortizar – resulta da diferença entre o valor inicial ou de
origem do bem e o seu valor residual.
(Valor inicial = custo de aquisição; Valor residual = valor que se espera
vender o bem, uma vez terminada a sua utilização pela empresa).
Valor a amortizar = Valor inicial – Valor residual
2 - Período de duração do bem – vida útil.
Critérios para a determinação das quotas anuais de amortização
Para o cálculo das amortizações, foram fixados alguns critérios de base
teórica, para a determinação das quotas anuais de amortizações, que se
encontram divididos em dois grupos:
1 - Critérios rígidos – quando as quotas de amortização são fixadas à data
da aquisição de bens imobilizados. Têm em atenção apenas o factor tempo. Este
critério agrupa um segundo conjunto de critérios:
- Quotas constantes
-Quotas variáveis em progressão aritmética decrescente
- Quotas variáveis em progressão geométrica.
2 - Critérios elásticos – quando a fixação das quotas de amortização se
efectua no fim cada período a que respeitem e em função de determinados
acontecimentos (grau de utilização, preços de mercado, etc.). Este por seu lado
agrupa:
- Critérios do desgaste funcional
- Base dupla
Para o nosso caso e de acordo com o Código do Imposto Industrial, (artigo
34º), o cálculo das amortizações e reintegrações, faz-se em regra pelo método
das quotas constantes, que como foi dito faz parte dos critérios rígidos.
Entretanto poderão utilizar-se outros métodos quando a natureza do
deperecimento ou a tradição contabilística da empresa o justifiquem, e se a
Direcção nacional de Impostos não se opuser.
O método das quotas constantes é o mais simples, pressupõe que o
desgaste é directamente proporcional ao tempo, ou seja, é constante o valor das
quotas anuais de amortização.
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83
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Considerando:
Vo – valor de aquisição do imobilizado
R – valor residual (valor atribuído ao imobilizado no final da vida útil)
A – valor a amortizar; A=Vo-R
Qt – quota de amortização no período t
Mt – amortização acumulada no período t
N – anos de vida útil ou económica
Vt – valor contabilístico no fim do período t; Vt = Vo – Mt
2.1.4.1 A quota de amortização será, no período t, dada pela fórmula:

2.1.4.2 Movimento Contabilístico da Retirada do Imobilizado Corpóreo e


Incorpóreo
A retirada de um imobilizado corpóreo pode ser motivada por uma das
seguintes situações:
a) Alienação;
b) Sinistro;
c) Abate.

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84
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.1.4.2.1 Retirada do imobilizado pela Alienação


Da alienação do imobilizado pode resultar uma mais-valia ou uma menos-
valia
1 – Mais – valia:
1º) - Débito – 68.3.1 Outros Proveitos e ganhos não operacionais/Ganhos
em imobilizações /Vendas de imobilizações corpóreas.
Crédito – 11 ou 12
2º)
- Débito – 18.1 Amortizações acumuladas (pela anulação das
amortizações).
- Crédito - 68.3.1 Outros Proveitos e ganhos não operacionais/Ganhos em
imobilizações /Vendas de imobilizações corpóreas
3º)
Débito - 37 Outros valores a receber e a pagar, 43 Depósitos à ordem ou
45 Caixa (pelo valor da alienação).
Crédito - 68.3.1 Outros Proveitos e ganhos não operacionais/Ganhos em
imobilizações /Vendas de imobilizações corpóreas.
O saldo da conta 68.3.1, resultante destes lançamentos revela o ganho
obtido na venda.
2– Menos – valia:
1º) - Débito – 78.3.1 Outros Custos e Perdas não operacionais/Perdas em
imobilizações /Vendas de imobilizações corpóreas.
Crédito – 11 ou 12
2º) – Débito – 18.1 Amortizações acumuladas (pela anulação das
amortizações)
Crédito - 78.3.1 Outros Custos e Perdas não operacionais/Perdas em
imobilizações /Vendas de imobilizações corpóreas.
3º)
Débito - 37 Outros valores a receber e a pagar, 43 Depósitos à ordem ou
45 Caixa (pelo valor da alienação).
Crédito - 78.3.1 Outros Custos e Perdas não operacionais/Perdas em
imobilizações /Vendas de imobilizações corpóreas.
O saldo da conta 78.3.1, resultante destes lançamentos revela a perda
obtida na venda.

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85
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.1.4.2.2 Reitiradas de imobilizado por sinistro


Nas empresas, ainda que esporadicamente ocorrem factos alheios ao seu
normal funcionamento, que se reflectem negativamente ao nível do seu
imobilizado. Caso dos acidentes incêndios, inundações, roubos, etc.
Os lançamentos não divergem muito dos efectuados na alienação.
Entretanto há que atender ao facto de os sinistros nos bens de imobilizado
corpóreo podem estar ou não cobertos pelo seguro, decorrendo do facto da
existência de possíveis direitos a indemnizações, os quais deverão ser
considerados nos registos a efectuar.
A – Sinistro de um bem não coberto pelo seguro – neste caso a
empresa suporta, desde logo, uma perda que ascende ao valor actual do bem, na
medida em que não irá receber qualquer indemnização.
Atendendo à natureza dos factos que provocaram a perda, a mesma terá
de ser levada à conta de Custos extraordinários. Uma vez que o bem está
inutilizado deverá deixar de constar das imobilizações corpóreas da empresa pelo
que deverá ser anulado o valor de aquisição bem como o das amortizações
acumuladas:
1)
Débito – 79.4 Custos e Perdas extraordinários/ Perdas resultantes de
sinistros
Crédito – 11 ou 12
2)
Débito – 18.1 Amortizações acumuladas/ Imobilizações corpóreas.
Crédito – 79.4 Custos e perdas Extraordinários/ Perdas resultantes de
sinistros.
B – Sinistro de um bem coberto pelo seguro - neste caso a empresa tem
direito a receber uma indemnização. Todavia a indemnização pode ou não
compensar a perda sofrida, se compararmos o valor actual ou contabilístico do
bem que ficou inutilizado com a indemnização a que se tem direito, podemos estar
perante:
a) Uma perda extraordinária – se o valor actual for superior ao da
indemnização. Neste caso:
1) Débito – 79.4 Custos e Perdas Extraordinários/ Perdas resultantes de
sinistros.
Crédito – 11 ou 12
2) Débito – 18.1 Amortizações acumuladas/ Imobilizações corpóreas
Crédito –79.4 Custos e Perdas Extraordinários/ Perdas resultantes de
sinistros.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

3)
Débito - 37 Outros valores a receber e a pagar, 43 Depósitos à ordem ou
45 Caixa (pelo valor da indemnização).
Crédito –79.4 Custos e Perdas Extraordinários/ Perdas resultantes de
sinistros.
b) - Um ganho extraordinário – se o valor actual for inferior ao da
indemnização:
1)
Débito – 69.4 Proveitos e Ganhos Extraordinários/ Ganhos resultantes de
sinistros.
Crédito – 11. Imobilizações corpóreas
2)
Débito – 18.1 Amortizações acumuladas/ Imobilizações corpóreas
Crédito – 69.4 Proveitos e Ganhos Extraordinários/ Ganhos resultantes de
sinistros.
3)
Debito - 37 Outros valores a receber e a pagar, 43 Depósitos à ordem ou
45Caixa (pelo valor da indemnização).
Crédito – 69. 4
2.1.4.2.3 Retiradas de imobilizado por abate
Quando um bem imobilizado corpóreo se esgota ou deixa de ter utilidade
económica para a empresa, deve proceder-se ao seu abate. Esta situação tanto
se pode dar no final da vida útil do bem (o que será normal), como no decorrer da
mesma.
A contabilização do abate processa-se de forma idêntica a que se faz no
caso de uma alienação:
Debita-se o valor de aquisição na conta 18.1 Amortizações acumuladas /
Imobilizações corpóreas, por crédito da conta 11 ou 12
Se após este lançamento houver ainda um saldo devedor na conta 18.1,
referente à imobilização corpórea abatida transfere-se para a conta 78.3.3 -
Outros Custos e Perdas Não Operacionais / Perdas em imobilizações/Abates.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.1.5 Exercícios: Amortizações


Cálculo da Amortização e retirada por alienação.
A empresa Nossa Luta, Lda., realizou durante o mês as seguintes
operações:
1. Compra de uma viatura Suzuki por transferência no valor de
KZ 3 500 000,00.
2. As despesas com o transporte ascenderam o valor de KZ 200
000,00. Factura nº. 7 da Sotrans, Lda.
3. Suportou outras despesas com a viatura no valor de KZ 150
000,00.
4. A viatura entrou em funcionamento e lhe foi atribuído um
período de vida útil de 8 anos e um valor residual de KZ 250 000,00.
5. Passado 5 anos, a empresa decidiu vender a viatura por 2
700 000,00 por transferência bancária.

Pretende-se:
a) O registro do Imobilizado e o cálculo das amortizações
b) O registro da reitirada do Imobilizado

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Obs.: É um proveito porque neste ano o Imobilizado deveria valer apenas


1 600 000 e vendemos a KZ 2 700 000 que é a mais do que o Valor Contabilístico.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Cálculo de Amortização e Reitirada por Sinistro


A empresa Dungula, Lda., realizou as seguintes operações referente a uma
máquina fotocopiadora:
1. Factura nº 10 da Electrolux, Lda., na qual consta uma
máquina fotocopiadora avaliada em KZ 2 000 000,00.
2. As despesas com transporte ascenderam o valor de KZ 150
000,00, paga com cheque.
3. A Máquina Fotocopiadora entrou em funcionamento e lhe foi
atribuído um período de vida útil de 4 anos com um valor residual de KZ
200 000,00 e adopta o método de quotas constantes
4. No ano N+2, uma chuva causou diversos danos e fez com
que máquina fotocopiadora ficasse danificada. A empresa seguradora se
comprometeu a fazer a cobertura com o valor de KZ 300 000,00.
Pretende-se:
a) O registro do Imobilizado e o cálculo das amortizações
b) O registro da reitirada do Imobilizado

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Obs.: é uma perda porque o valor Contabilístico da máquina nesse ano era
687 500 e a empresa seguradora se comprometeu a dar apenas KZ 300 000,00.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Cálculo de Amortizações e Reitirada por Abate.


A empresa Pouco a Pouco, Lda., realizou as seguintes operações:
1. Compra a prazo de uma Viatura no valor de KZ 3 900 000,00
2. Suportou as seguintes despesas:
- Desalfandegamento KZ 200 000,00
- Seguro KZ 200 000,00
- Transporte KZ 200 000,00
3. A Viatura entrou em funcionamento e lhe foi definida um
período de vida útil de 6 anos.
4. Em N+5 procedeu-se a Reiterada do Imobilizado.
Pretende-se:
a) O registro do Imobilizado e o cálculo das amortizações.
b) O registro da reiterada do Imobilizado.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Na reitirada por abate


11. Imob. Corpóreas 78.3 18.1
4 500 000 (4) 4) 4 500 000 4 500 000 (5) 5) 4 500 000

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.1.6 Investimentos financeiros

Esta conta integra as aplicações financeiras de caracter permanente


(médio e longo prazos), são detidas por um período superior a um ano.

De forma geral há investimento financeiro, quando uma empresa adquire


uma parte do capital de outra, obrigações e outros títulos de rendimento, os
empréstimos concedidos, todos com o fim de obter rendimento ou o controlo de
outras empresas. Abrange ainda imóveis que não estejam afectos à sua
actividade operacional.

São valorizados ao custo de aquisição ou ao justo valor.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.2 Existências
2.2.1 Introdução
De acordo com o PGC, consideram-se existências os bens que
respeitem as condições para o reconhecimento como activos. São todos os bens
armazenáveis, adquiridos ou produzidos pela empresa e se destinam a venda
ou a serem incorporados na produção.

2.2.2 Movimentação das Existências


As existências normalmente representam uma aplicação significativa de
capitais. A manutenção de elevados stocks pode originar encargos financeiros
altos. Inversamente os stocks pequenos podem determinar roturas nos
fornecimentos necessários para satisfazer os clientes. Para resolver este
antagonismo, a Gestão de stocks assume um relevo cada vez maior na gestão
empresarial.

A contabilidade geral é um meio importante na gestão de stocks, pois,


através dela pode-se apurar os movimentos havidos, os custos e os resultados
que originam.

Contabilisticamente estes elementos podem ser apurados por dois


sistemas:

- Sistema de inventário permanente

- Sistema de inventário intermitente

A utilização destes sistemas permite à empresa:

a) Conhecer em qualquer momento a quantidade e o valor dos stocks que


possuem;
b) Apurar o custo dos produtos vendidos e consumidos,
obtendo assim o resultado apurado nas vendas ou na produção.

2.2.2.1 Sistema de Inventário permanente


Este sistema é possível determinar permanentemente, o valor das
existências em armazém e também os resultados obtidos nas vendas, sem
necessidade de recorrer à inventariação física das existências. Para tal basta
criar dois tipos de contas:

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

a) – Conta ou contas que nos deem a conhecer


permanentemente o valor dos stocks da empresa (Ex: conta
mercadorias);

b) – Conta ou contas de custos dos produtos vendidos


ou consumidos para nos dar também permanentemente o custo
das vendas ou produção, apurando-se a partir do valor da venda
ou da produção o respectivo resultado.

Movimentação das contas:

1) Momento da aquisição

As compras de mercadorias são registadas na conta 21. Compras – esta


será debitada inicialmente em contrapartida de 32 Fornecedores ou de 43
Depósitos à Ordem e 45 caixa – pelo valor da factura do fornecedor e pelas
despesas de compras.
Será saldada (creditada) a quando da entrada das existências em
armazém em contrapartida do débito da conta a 26 Mercadorias, sempre pelo
preço de custo das existências, bem como pelas devoluções de compras (21.7.1)
e pelos descontos e abatimentos (21.8.1) em contrapartida de Fornecedores.

As contasde devoluções e descontos serão saldadas


(debitadas) em contrapartida de 26.1 mercadorias.

2) Momento da venda:

Pela venda a prazo ou pronto pagamento, ao preço de venda Debita-se


31 Clientes, 43 Depósitos à ordem ou 45 caixa, em contrapartida da conta 61
Vendas.

Pelo custo da mercadoria vendida, debita-se a conta 71 Custo das


mercadorias vendidas e das matérias consumidas, em contrapartida da conta 26
Mercadorias ao preço de custo.

O resultado bruto das vendas (RBV) = Vendas líquidas (VL) – Custo das
mercadorias vendidas (CMV).

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Vamos analisar uma aplicação resolvida no sistema de inventario


permanente:
Aplicação
A empresa Nossa Luta, LDA, que se dedica a comercialização de diversos produtos
alimentares, apresentava os seguintes elementos patrimoniais:
1. Debito à JJ, LDA pelo fornecimento de mercadorias 350 000,00
2. 200 sacos de Arroz com 50 Kg cada à KZ 8 000,00 o saco
3. Debito de clientes 150 000,00
4. Talão de depósito nº 007 500 000,00
Durante o mês, a empresa realizou dentre outros as seguintes operações:
1 - Factura nº 06 para JJ, LDA. na qual consta 20 sacos de Arroz ao preço
unitário de KZ 12 000,00
2 - Pagamento de 60% da dívida com os fornecedores
3 - Os clientes liquidaram a sua divida por transferência bancária. Beneficiou de
um desconto de pronto pagamento de 5%.
4. Factura de Beta, LDA., na qual consta 50 sacos de feijão frade ao custo
unitário de KZ 100 0000,00. Desconto comercial de 10%
Preteende-se:

Resolução: Abertura das contas e registo


26. Mercadorias 31. Clientes 43. Depositos à ordem
si) 1 600 000 160 000 (1.1) si) 150 000 390 000 (3) si) 500 000 210 000 (2)
4.1) 4 500 000 1) 240 000 3) 370 500
sd = 5 940 00 s=0 sd = 660 500

32. Fornecedores 51. Capital 61. Vendas


2) 210 000 350 000 (si) 1 900 000 (si) 240 000 (1)
4 500 000 (4)
sc = 4 640 000 sc = 1 900 000 sc = 240 000

71. C.M.V 76. C. P. F. GERAIS 21. Compras


1.1) 160 000 3) 19 500 4) 4 500 000 4 500 000 (4.1)

sd = 160 000 sd = 19 500 s=0

Cálculos Auxiliares
Saldo inicial (26) = 200 * 8 000 = 1 600 000
1ª operação: Venda = 20 * 12 000 = 240 000 1.1 = 20 * 8 000 = 160 000
2ª operação: 350 000 * 60% = 210 000
3ª Pagou: 150 000 + 240 000 = 390 000 Desconto Financeiro = 390 000 * 5% = 19 500
4ª: Compra = 50 * 100 000 = 5 000 000 Desconto Comercial = 5 000 000 * 10 % = 500 000
Valor a Registar: 5 000 000 - 500 000 = 4 500 000

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97
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.2.2.2 Sistema de Inventário Intermitente ou periódico


Este caso o valor do stock sem armazém e dos resultados só é
determinável através de inventariações directas (contagem física) dos
valores em armazém efectuadas periodicamente.

Difere do anterior para se determinar o valor das existências e


consequentemente do resultado das vendas, tem que se proceder previamente
à inventariação directa dos bens em stock:

RBV=VL–CMVC

Apenas o valor das vendas VL é dado directamente pelo saldo da conta


61 (Vendas). Para se determinar o CMVC, extra contabilisticamente, deverá
utilizar-se a seguinte fórmula:
CMVC = Existência inicial + Compras – Existências finais

- Existências iniciais são dadas pelo saldo da conta de


existências

- As compras são dadas pelo saldo da conta compras

- As existências finais são determinadas por inventariação directa.

Neste sistema as aquisições de existências são também movimentadas


na conta 21 compras. Periodicamente, em regra no final do exercício o saldo da
conta compras é transferido para a conta de mercadorias.

O débito da conta de existências (mercadorias) – representa o conjunto


de bens que durante o período estiveram em condições de venda (ou seja,
existências iniciais acrescidas das aquisições efectuadas).

Para o apuramento do resultado o saldo devedor da conta de existências


no final do período deve ser ajustado (regularizado) para que expresse o
quantitativo das existências finais. A conta de existências é creditada por
contrapartida da conta 71 Custo das mercadorias vendidas, pelo quantitativo das
existências efectivamente vendidas.

RBV = Saldo da conta 61. Vendas – Saldo da conta 71. CMVC


Vamos analisar uma aplicação no sistema de inventário intermitente:

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação
A empresa Sotecno, LDA, que se dedica a comercialização de diversos produtos
informáticos, apresentava os seguintes elementos patrimoniais:
1. Debito de JJ, LDA pelo fornecimento de mercadorias 350 000,00
2. 75 Computadores cada KZ 150 000,00.
3. Emprestimo a 9 meses 500 000,00
4. Cheques em carteira 750 000,00
Durante o mês, a empresa realizou dentre outros as seguintes operações:
1 - Factura - recibo nº 06 para Beta, LDA. na qual consta 5 computadores a KZ 200
000,00 cada. O cliente liquidou 3/4 por transferência e o resto em numerário.
2 - Depósito dos cheques em carteira.
3 - Amortizou 40% do empréstimo contraído e pagou juros no valor de KZ 25
4 - Factura de Beta, LDA., na qual consta 50 computadores ao custo unitário de KZ
100 000,00.
5 - A exitencias finais foram avaliadas em Kz 15 500 000,00.
Preteende-se:
a) O Registo das operações no razão.

Resolução: Abertura das contas e registo


31. Clientes 26. Mercadorias 45. Caixa
si) 350 000 si) 11 250 000 750 000 (5.1) si) 750 000 750 000 (2)
5) 5 000 000 1) 250 000
sd = 350 000 sd = 15 500 000 sd = 250 000

33. Empréstimos 51. Capital 61. Vendas


3) 200 000 500 000 (si) 11 850 000 (si) 1 000 000 (1)
sc = 300 000 sc = 11 850 000 sc = 1 000 000

43. Depósitos a ordem 76. C. P. F. GERAIS 21. Compras


1) 750 000 200 000 (3) 3.1) 25 000 4) 5 000 000 5 000 000 (5)
2) 750 000 25 000 (3.1)
sd = 1 275 000 sd = 25 000 s=0

32. Fornecedores 71. C.MV


5 000 000 (4) 5.1) 750 000
sc = 5 000 000 sd = 750 000

Cálculos Auxiliares
Saldo inicial (26) = 75 * 150 000 = 11 250 000
1ª operação: Venda = 5 * 200 000 = 1 000 000
3ª Pagou: 40% * 500 000 = 200 000
4ª: Compra = 50 * 100 000 = 5 000 000
5ª: CMV = Ei + C - Ef
CMV = 11 250 000 + 5 000 000 - 15 500 000 = 750 000
Assim é feito no Sistema de Inventário Intermitente

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99
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.2.3 Critérios de Valorimetria das Existências (FIFO, LIFO, CMP)


A valorização das existências, como processo de
determinação dos preços de entrada e de saída, assume maior importância
quanto maior for o volume de stocks da empresa.

Entradas – devem ser valorizadas pelo preço de custo:

Preço de custo = Preço da factura + Despesas de compras – Descontos


comerciais obtidos (na factura ou extra factura).

Saídas – devem ser valorizadas, utilizando para o efeito um dos critérios


referidos no PGC: FIFO, Custo médio ponderado, LIFO, Custo específico Valor
realizável líquido e Custo de reposição.

Vamos nos debruçar sobre os três primeiros:

1 – Método do custo cronológico directo – FIFO (First in first out) –


primeiro entrado primeiro saído – pressupõe que os elementos de inventário que
foram primeiro comprados são os primeiros a serem vendidos e ainda a
individualização dos lotes para a mesma mercadoria, produto ou matéria, ou seja,
tantos os lotes quantos os custos unitários deferentes.

As saídas são avaliadas ao custo das entradas dos lotes mais antigos.
Sendo as saídas calculadas aos preços mais antigos, então as existências finais
são avaliadas aos preços mais recentes.

2- Método do custo cronológico inverso – LIFO (Last in first out) –último


entrado, primeiro saído – pressupõe que os elementos de inventário que tenham
sido comprados ou produzidos em último lugar, sejam os primeiros a serem
vendidos. Se as saídas são avaliadas ao custo das entradas mais recentes, então
a existências finais, são avaliadas aos custos das entradas mais antigas.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
3 - Método do custo médio – Custo Médio Ponderado–o custo unitário das existências
em armazém é determinado pela média ponderada do custo de compra e o valor dos stocks, ou
seja, do custo dos elementos existentes.

O custo médio ponderado pode obter-se por duas vias:

- Após cada nova compra ou entrada, chamado custo médio


progressivo

- Após o total das entradas durante um certo período.

As saídas, salvo as devoluções, quebras ou extravios, não alteram o custo unitário das
existências, pois processam-se ao custo médio.

Na prática este método é o mais utilizado e também o de mais fácil tratamento informático.
Tem o inconveniente de o custo actual de um bem ser ponderado por um custo mais antigo, poder
vir a ser substancialmente alterado, afastando-se deste modo do seu valor real.

Através dos exercícios que se seguem poderemos constatar a movimentação das


existências.

2.2.4 FICHA DE ARMAZÉM: Método FIFO, LIFO E CMP


Ficha de armazém é um documento através do qual se consegue controlar a entrada e a
saída de existências. Para tal a empresa deve adotar um método de custeio na saída das
existências.
Primeiramente devemos saber, o que são métodos de Custeio?
Método de custeio é a forma de como as empresas atribuem custos às saídas das
existências. Assim, as empresas geralmente utilizam o FIFO, LIFO e o CMP.
FIFO – first in first out, em português, primeiro a entrar é o primeiro a sair. Isso quer
dizer que as mercadorias que entraram em primeiro vão sair em primeiro quando vendermos.
No LIFO – Lats in first out – em português – último a entrar é o primeiro a sair é
totalmente o contrário. A última mercadoria que entrou sai em primeiro quando houver uma
venda.
No CMP – Custo Médio Ponderado, sempre que fazemos uma compra, devemos sempre
calcular o valor médio para a saída das existências. Então sempre que compramos, devemos
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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
somar o valor da compra (entrada) com o valor das existências e depois dividir com as unidades e
assim teremos sempre um valor médio para o preço unitário.
Aplicação 1: Ficha de Armazém (FIFO, LIFO E CMP)
A empresa Margem Exacta, Lda. Que apresentava 100 unidades a 50 KZ/cada,
efetuou no mês de Janeiro as seguintes operações:
1 – Compra de 700 unidades a 100 KZ/ cada.
2 – Compra de 850 unidades de mercadorias a 450 KZ cada.
3 – Venda de 55% de mercadorias.
4 – Venda de 500 unidades
5 – Compra de 1 000 unidades a 75 KZ/ cada
6 – Venda de 800 unidades.
Pretende-se:
a) O preenchimento da Ficha de Armazém tendo em contas os métodos de
Custeio FIFO, LIFO E CMP.
b) O cálculo do Custo de Mercadorias Vendidas

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Vejamos a resolução do exercício com FIFO

CMVMC = Ei + C – Ef
= 5 000 + (70 000 + 382 500 + 75 000) – 33 150
= 499 360,00
Explicação da S. Inicial: No elemento número 7 do exercício diz que havia mercadorias
do ano passado de 100 unidade ao preço de 50 KZ, então primeiro devemos registrar a
mercadoria do ano passado como “Situação inicial”.
Explicação do dia 01: no dia 1 houve uma compra de 700 a 100kz (700x100 = 70 000), no
entanto como no dia anterior já havia existência (da s. inicial), então baixamos o mesmo valor e
depois registramos por baixo, a compra de 700 unidades nas existências.
Explicação do dia 02: também houve uma compra e antes de registramos nas
existências, também devíamos baixar primeiro os valores de outros dias antes de registra a
compra por baixo, nas existências.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Explicação dia 3: no dia 3 houve uma venda (saída) de 55% das mercadorias, então
primeiro vamos somar as quantidades que temos na existência (100 + 700 + 850 = 1 650 por 55%
= 908), então nós vendemos 908 unidade (55%). E como já expliquei, quando há uma venda, a
primeira mercadoria a sair, é a primeira que entrou e se não for suficiente, você desconta nas que
entraram depois, tal com está.
Explicação do dia 04: também houve uma venda (500unidades), como só sobrou valores
da última compra, então as mercadorias saem ao preço desta mesmo, tal com registramos e nas
existências você desconta o valor de 500 unidade, assim apenas sobra 242 unidades.
Explicação do dia 05: houve uma compra (entrada) de 1 000 unidades. Então primeiro
registra a entrada. Depois nas Existências como já havia valores, primeiro baixa os valores e
depois por baixo registra a compra deste dia com o seu preço unitário.
Explicação do dia 06: registra a venda de 800, primeiro desconta as que entraram
primeiro (242 x 450) e depois desconta o resto nas que entraram por último (558 x 75).

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Vejamos a resolução no LIFO.

CMVMC = Ei + C – Ef
= 5 000 + (70 000 + 382 500 + 75 000) – 34 200
= 498 300,00

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Vejamos a resolução no CMP:

CMVMC = Ei + C – Ef
= 5 000 + (70 000 + 382 500 + 75 000) – 50 449,88
= 482 050,12

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Aplicação 2: Ficha de Armazém (FIFO)
A empresa J. N. Tchitue, Lda., que se dedica a comercialização de diversos produtos
alimentares apresentava o saldo de KZ 50 000,00, referente a 100 kg de Arroz.
Durante os mês de Maio realizou as seguintes operações:
Dia 03: Factura nº 8 de Queen Eva, Lda., na qual consta 50 Kg de Arroz ao custo unitário
de KZ 470,00. Desconto de KZ 1 000,00.
Dia 06: Factura – Recibo para Lucas Pacioli, na qual consta 110 kg de arroz a 82 500.
Dia 10: Oferta de 5 kg como amostra para clientes.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende-se:
a) Preenchimento da Ficha de Armazém, tendo em conta que a empresa utiliza
o FIFO como método de custeio na saída das existências.
b) Lançamento das operações no razão.
c) Cálculo da margem bruta de vendas.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Aplicação 3: Ficha de Armazém (CMP)
Custo Médio Ponderado
Por este método de custeio, calcula-se um valor médio para todas as existências em
armazém. Por este custo unitário (médio) calcula-se as quantidades de existências saídas do
armazém.
Vamos analisar com mais precisão através do seguinte exemplo:
A empresa J. N. Tchitue, Lda., que se dedica a comercialização de diversos produtos
alimentares apresentava o saldo de KZ 50 000,00, referente a 100 kg de Arroz.
Durante os mês de Maio realizou as seguintes operações:
Dia 03: Factura nº 8 de Queen Eva, Lda., na qual consta 50 Kg de Arroz ao custo unitário
de KZ 470,00. Desconto de KZ 1 500,00.
Dia 06: Factura – Recibo para Lucas Pacioli, na qual consta 110 kg de arroz a 82 500.
Dia 10: Oferta de 5 kg como amostra para clientes.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende-se:
a) Preenchimento da Ficha de Armazém, tendo em conta que a empresa utiliza
o FIFO como método de custeio na saída das existências.
b) Lançamento das operações no razão.
c) Cálculo da margem bruta de vendas.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Aplicação Proposta: FIFO, LIFO, CMP


A empresa X durante o mês de Janeiro teve a seguinte movimentação do produto Óleo
Alimentar:
Dia 5: adquiriu 520 unidades de óleo alimentar a preço unitário de KZ 1 500,00 por
unidade.
Dia 8: adquiriu 280 unidades de óleo alimentar a preço unitário de KZ 2 100,00 por
unidade.
Dia 12: vendeu 450 unidades de óleo alimentar a empresa OMEGA.
Dia 17: adquiriu 280 unidades de óleo alimentar a preço unitário de KZ 2 500,00 por
unidade.
Dia 25: vendeu 390 unidades de óleo alimentar a empresa ALFA, LDA,
Pretende-se:
a) O preenchimento da ficha de armazém tendo em conta os 3 métodos de custeios
(FIFO, LIFO E CMP).

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
2.2.5 Descontos e Abatimentos

Os descontos podem ser repartidos em dois grupos, é importante distinguir se estamos


perante um benefício de caracter comercial ou financeiro. Essa distinção determina a sua
contabilização:
1 – Descontos comerciais – não resultam de pagamentos efectuados e são obtidos como:
rapel, bónus, desconto de quantidade, de revenda.
Estes descontos são reconhecidos normalmente na própria factura, aquando da emissão da
mesma. Se forem concedidos já após a emissão da factura, será emitida uma nota de crédito.
2 – Descontos financeiros são os que resultam, da antecipação de pagamentos ou de
pronto pagamento. Estes descontos podem ser:
- Obtidos – quando relacionados com a compra
- Concedidos - quando relacionados com a venda

Movimento Contabilístico:
Descontos Financeiros
Em Compras Em Vendas
Documentos Movimento Movimento
Extra factura – Recibo Débito: 32.1 Débito: 76.3
Crédito: 66.3 Crédito: 31.1
Na factura -:factura recibo Débito: 21.2 Débito: 43/ 45 e 76.3
Crédito: 43/ 45 e 66.3 Crédito: 61
(factura movimentada (factura movimentada
pelo valor líquido) pelo valor líquido)

Descontos Comerciais
Em Compras Em Vendas
Documentos Movimento Movimento
Extra factura – Notas de Débito: 32.1 Débito: 61.8
crédito Crédito: 21.8 Crédito: 31.1

Na factura – Factura Débito: 21.2 Débito: 31.1


Crédito: 32.1 Crédito: 61
(factura movimentada (factura movimentada
pelo valor líquido) pelo valor líquido)

Vamos constatar estas movimentações através do exercício que se segue:

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

2.2.5.1 Aplicação: Desconto Comercial e Financeiro


A empresa KB, Lda realizou durante o mês de Março as seguintes operações:
1 – Compra de mercadorias a prazo no valor de KZ 100 000,00.
2 – Nota de crédito do fornecedor que por esquecimento não incluiu desconto de KZ 10
000,00.
3 – Factura da JJ, Lda referente a compra de mercadorias no valor de KZ 200 000,00.
Desconto comercial de 10%.
4 – Venda de mercadorias por transferência no valor de KZ 300 000,00. Desconto de 10%.
As mercadorias custaram KZ 100 000,00.
5 – Factura nº 7 para João Afonso da qual consta mercadorias no valor de KZ 150 000,00.
As mercadorias foram adquiridas por KZ 75 000,00.
6 – Compra de mercadorias no valor de KZ 200 000,00 paga com cheque. Beneficiou de
um desconto de 10%.
7 – Nota de crédito para o cliente João Afonso, da qual consta um desconto de 20% do
valor da Factura nº 7.
8 – Venda de mercadorias a 15 dias no valor de KZ 400 000,00. Desconto de 10%.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende-se:
a) O Registro no razão esquemático.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Explicação:
• 1ª: é uma compra a prazo e constitui contas a pagar ao fornecedor
• 2ª: é um desconto comercial na extra factura.
• 3ª: é uma aquisição a prazo de 200 000 e com desconto comercial na factura de 10%,
logo, 200 000 – 20 000 (10%) = 180 000. É o novo valor de aquisição.
• 4ª: é uma venda a p.p de mercadorias por 300 000 com desconto de 10%. Este desconto é
financeiro e vai constituir um custo, ou seja, 300 000 – 30 000 (10%) = 270 000. O CMV é
100 000.
• 5ª: é uma venda a prazo de 150 000 e com o CMV de 75 000.
• 6ª: é uma compra de mercadorias a p.p com desconto de 10%. Então, sendo a compra de
200 000 – 20 000 (10%) = 180 000. 180 000 é o valor que pagamos e o resto é proveito.
• 7ª: é um desconto comercial extra factura. Como vendemos, está nota de crédito serve
para corrigir a fatura com o desconto. Sendo assim 150 000 × 20% = 30 000.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
• 8ª: é uma venda a prazo com desconto comercial de 10%. Então 400 000 – 40 000 (10%)
= 360 000. 360 000 é novo valor de venda.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
2.2.6 Adiantamentos

1 - Adiantamentos por conta de compras – referem-se às entregas feitas pela empresa,


relativas a fornecimentos futuros a efectuar por fornecedores.
Pela emissão das facturas as verbas serão transferidas para as respectivas rubricas de
fornecedores correntes.

O adiantamento pode ser:

1) Com o preço previamente fixado:

a) Pela entrega do valor

- Debita-se 28.2 Adiantamento por contade compras


- Credita-se C/ disponibilidades (43 ou 45)
b) Pela anulação (emissão da factura)

- Debita-se 32.1 Fornecedores correntes

- Credita-se 28.2 Adiantamento por conta de compras/Mercadorias


2) Com o preço não previamente fixado:

a) Pela entrega do valor

- Debita-se 32.9.1 fornecedores/ Saldos devedores/Adiantamentos

- Credita-se c/ Disponibilidades (43 ou 45)

b) Pela anulação (emissão da factura)

- Debita-se 32.1 Fornecedores correntes

- Credita-se 32.9.1 Fornecedores /Saldos devedores/Adiantamentos

2 - Adiantamentos por conta de vendas – referem-se a recebimentos de terceiros de


valores adiantados relativos a fornecimentos a efectuar.

Quando forem emitidas as facturas, as verbas serão


transferidas para as respectivas contas de clientes correntes.

O adiantamento pode ser:


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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
1) Com o preço previamente fixado

a) Pela recepção do valor

- Debita-se C/ Disponibilidades (43 ou 45)

- Credita-se 37.3.1 Outros valores a receber e a pagar / Proveitos a facturar/Vendas.

b) Pela anulação (quando da emissão da factura):

- Debita-se 37.3.1. Outros valores a receber e a


pagar/Proveitos a facturar/ Vendas

- Credita-se 31.1 Clientes correntes

2) Com o preço não fixado previamente

a) Pela recepção do valor:

- Debita-se C/ Disponibilidades (43 ou 45)

- Credita-se 31.9.1 Clientes /Saldos credores / adiantamentos

b) Pela anulação:

- Debita-se 31.9.1 Clientes /Saldos credores / adiantamentos


- Credita-se 31.1 Clientes correntes

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
2.2.7 Ofertas de Existências
Neste caso pode-se considerar: ofertas a terceiros (clientes) e as ofertas de
terceiros(fornecedores).

A oferta a terceiros de artigos das próprias existências é uma operação que ocorre nalgumas
empresas com frequência. O movimento contabilístico é o seguinte:
1 - Oferta a terceiros (existências saídas por ofertas)

- Débito – 75.6 Outros custos e perdas operacionais/ Ofertas e amostras de


existências

- Crédito - 26 Mercadorias

2 – Oferta de terceiros (existências entradas por ofertas)


- Débito – 26 Mercadorias

- Crédito –68.4.2 Outros Proveitos e ganhos não operacionais/Ganhos em existências

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
2.3 IVA – Imposto Sobre o Valor Acrescentado
2.3.1 Aplicação 1: Compra e venda com IVA
A empresa Jamba, Lda., que se encontra em regime geral do IVA, realizou dentre outras as
seguintes operações no mês de Novembro de 2021:
Dia 5: Compra de mercadorias a prazo no valor de KZ 300 000,00 (IVA 14% não incluído)
Dia 7: Venda de mercadorias ao cliente C1 no valor de KZ 250 000,00 (IVA 14% não incluído).
O cliente pagou de imediato ½ do valor por transferência e o resto ficou a prazo. As mercadorias
estavam avaliadas em KZ 80 000,00.
Dia 10: Oferta de mercadorias aso clientes no valor de KZ 15 000,00.
Dia 12: Compra de mercadorias por transferência no valor de KZ 100 000,00 (IVA incluído 14%
incluído).
Dia 17: Venda de mercadorias a prazo no valor de KZ 150 000,00 (IVA 14% incluído). As
mercadorias estavam avaliadas em KZ 75 000,00.
Dia 20: O cliente do dia 17 fez a devolução de 30% das mercadorias.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende-se:
a) O lançamento das operações no
- Diário
- Razão
b) Apuramento do IVA (realizado por transferência)
Resolução:
Uma vez que a empresa se encontra em regime geral do IVA, quer dizer que a respectiva
percentagem do IVA no caso de compra, será registado em débito na conta 34.5.2 – IVA dedutível
e quando for uma venda na 34.2.3 – IVA liquidado. No caso de devolução usaremos a conta
34.5.4 – IVA regularizações (em débito no caso de devolução de venda e em crédito no caso de
devolução de compras)

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Diário: Modelo Clássico
1 Lubango aos 05/11/2021
Diversos 1
a 32. Fornecedores
32.1 - Fornecedores - correntes
Pela compra de mercadorias
21 - Compras 2
21.2 - Mercadorias 300 000,00
34 - Estado 3
34.5 - IVA
34.5.2 - IVA dedutivel 42 000,00 342 000,00
______________//________________
2 26 - Mercadorias 4
26.1 - Mercadorias diversas
a 21 - compras 2
21.2 - Mercadorias
Pela transferência de saldo 300 000,00
______________07________________
3 Diversos
a Diversos
Pela venda de mercadorias
31 - Clientes 5
31.1 - Clientes - correntes 142 500,00
43 - Depósitos à ordem 6
43.1.1 - Banco 142 500,00
285 000,00
a 34 - Estado 3
34.5 - IVA 35 000,00
a 34.5.3 - IVA liquidado
61 - Vendas 7
61. 3 - Mercadorias 250 000,00 285 000,00
________________//________________
4 71 - Custo das mercadorias vendidas 8
71.5 - Outros materiais
a 26 - Mercadorias 4
26.1 - Mercadorias diversas
Pelo custo das mercadorias vendidas 80 000,00
________________10________________
5 75 - Outros custos e perdas operacionais 9
75.6 - Ofertas e amostras de existências
a 26 - Mercadorias 4
26.1 - Mercadorias diversas
Pela oferta de mercadorias 15 000,00
________________12________________
A transportar

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120
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Lubangos aos 12/11/2021
6 Transporte 1 022 000,00
Diversos
a 43 - Depósitos à ordem 6
43.1.1 - Banco
Pela compra de mercadorias
21 - compras 2
21.2 - Mercadorias 87 719,30
34 - Estado 3
34.5.2 - IVA dedutivel 12 280,70 100 000,00
________________//________________
7 26 - Mercadorias 4
26.1 - Mercadorias diversa
a 21 - compras 2
21.2 - Mercadorias
Pela transferência de saldo 87 719,30
________________17________________
8 31 - Clientes 5
31.1 - Clientes correntes
Diversos
Pela venda de mercadorias
a 34 - Estado 3
34.5.3 - IVA liquidado 18 421,05
a 61 - Vendas 7
61.3 - Mercadorias 131 578,95 150 000,00
________________//________________
9 71- Custo das mercadorias vendidas 8
71.5 - Outros materiais
a 26 - Mercadorias 4
26.1 - Mercadorias diversas
Pelo custo das metrcadorias vendidas 75 000,00
________________20________________
10 Diversos
a 31 - Clientes 5
31.1 - Clientes correntes
Pela devolução de mercadorias
61 - Vendas 7
61.7 - Devolução de venda 39 473,68
34 - Estado 3
34.5 _ IVA
34.5.4 - IVA regularizações 5 526,32 45 000,00
________________//________________
11 26 - Mercadorias 4
26.1 - Mercadorias diversas
a 71 - Custo das mercadorias vendidas 8
71. 5 - Outros materiais
Pela anulação do custo 22 500,00

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121
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

Diário: Modelo Simplificado


Nº de
Data Descrição Débito Crédito Valor
registo
Mercadorias diversas 21.2 300 000
1 IVA dedutivel 34.5.2 42 000
12/11/2021
Fornecedor 32.1 342 000
2 Transferència de saldo 26.1 21.2 300 000
Clientes correntes 31.1 142 500
Banco 43.1.1 142 500
3
07/11/2021 IVA liquidado 34.5.3 35 000
Venda de mercadorias 61.3 250 000
4 Custo das mercadorias vendidas 71.5 26.1 80 000
10/11/2021 5 Oferta de mercadorias 75.6 26.1 15 000
Mercadorias diversas 21.2 87 719,30
6 IVA dedutivel 34.5.2 12 280,70
12/11/2021
Banco 43.1.1 100 000
7 Transferència de saldo 26.1 21.2 87 719,30
Clientes correntes 31.1 150 000
8 Mercadorias 61.3 131 578,95
17/11/2021
IVA liquidado 34.5.3 18 421,05
9 Custo das mercadorias vendidas 71.5 26.1 75 000
Devolução 61.7 39 473,68
10 IVA regularizações 34.5.4 5 526,32
20/07/2021
Clientes correntes 31.1 45 000
11 Anulação do custo das vendas 26.1 71.5 22 500

Razão
21.2 34.5.2 32.1
1) 300 000 300 000 (2) 1) 42 000 342 000 (1)
6) 87 719,3 87 719,3 (7) 6) 12 280,7
sd = 54 280,7 sc = 342 000
26.1 31.1 43.1.1
2) 300 000 80 000 (4) 3) 142 500 45 000 (10) 3) 142 500 100 000 (6)
7) 87 719,3 15 000 (5) 8) 150 000
11) 22 500 75 000 (9)
sd = 240 219,3 sd = 247 500 sd = 42 500
34.5.3 61.3 71.5
35 000 (3) 250 000 (3) 4) 80 000 22 500 (11)
18 421,05 (8) 131 578,95 (8) 9) 75 000
sc = 53 421,05 sc = 381 578,95 sd = 132 500
75.6 61.7 34.5.4
5) 15 000 10) 39 473,68 10) 5 526,32

sd = 15 000 sd = 39 473,68 sd = 5 526,32

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122
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Cálculos auxiliares:
1º operação (dia 5):
Uma vez que o IVA não está incluído na factura, quer isto dizer que o valor deve ser
acrescido na factura. Assim sendo:
Compra = 300 000 (Debita 21)
IVA (14%) = 300 000 * 14% = 42 000 (Debita 34.5.2)
Valor a pagar = 300 000 + 42 000 = 342 000 ( Credita 32.1)
3º operação ( 7):
Tal como na compra, o valor do IVA não está acrescido na factura e, no entanto, deve-se
fazer o devido acréscimo. Assim sendo:
Venda = 250 000 (Credita 61)
IVA = 250 000 * 14% = 35 000 (Credita 34.5.3)
Valor total = 250 000 + 35 000 = 285 000
Valor recebido por transferência (1/2) = 285 000 * ½ = 142 500 (Debita 43)
Resto não pago = 285 000 – 142 500 = 142 500 (Debita 31)
6º operação (dia 12):
Diferentemente do caso anterior, aqui o IVA se encontra acrescido na factura, no entanto
deve-se fazer a retirada do valor do IVA da factura e só depois determinar o valor real. Assim
sendo:
Valor da factura = 100 000
Valor da compra = 100 000 / 1,14 = 87 719,3 (debita 21)
IVA = 87 719,3 * 14% = 12 280,7 (debita 34.5.2)
Valor pago por transferência = 87 719,3 + 12 280,7 = 100 000 (credita 43)
8º operação (dia 17):
IVA incluído no valor de factura da venda. O tratamento a seguir é o mesmo:
Factura = 150 000
Valor da venda = 150 000 / 1,14 = 131 578,95 (credita 61.3)
IVA = 131 578,9 * 14% = 18 421,05 (credita 34.5.3)
Valor a receber de clientes = 131 578,95 + 18 421,05 = 150 000 (debita 31)
10º operação (dia 20):
O cliente do dia 17 decidiu devolver 30% das mercadorias vendidas, então o tratamento a
seguir é o seguinte:
Venda do dia 17 = 150 000
Devolução = 150 000 * 30% = 45 000 (credita 31)
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123
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Atenção que nestes 45 000, o valor do IVA já está incluído, assim sendo, primeiramente
vamos determinar o valor da devolução sem o mesmo:
Devolvido = 45 000 / 1,14 = 39 473,68 (debita 61.7)
IVA = 39 473,68 * 14% = 5 526,32 (debita 34.5.4).
Quanto ao C.M.V, para se determinar o valor devolvido faz-se da mesma forma, e uma vez
que no dia 17 o C.M.V foi de KZ 75 000,00 implica o seguinte:
CMV anulado: 75 000 * 30% = 22 500 (debita 26 e credita 71).
Apuramento do IVA
Para se fazer o apuramento do IVA, vamos ter em consideração os saldos do IVA
dedutível, liquidado e regularizações:
IVA dedutível = 54 280,7 (saldo devedor)
IVA liquidado = 53 421,05 (saldo credor)
IVA regularizações = 5 526,32 (saldo devedor)
Lançamentos de apuramento do IVA
34.5.2 - IVA dedutivel 34.5.3 - IVA liquidado 34.5.4 - IVA regularizações
0) 54 280,7 54 280,7 (1) 2) 53 421,05 53 421,05 (0) 0) 5 526,32 5 526,32 (3)
S=0 S=0 S=0

34.5.5 - IVA apuramento 34.5.7 - IVA a recuperar 43.1.1


1) 54 280,7 53 421,05 (2) 4) 6 385,97 6 385,97 (5) 5) 6 385,97
3) 5 526,32 6 385,97 (4)
S=0 S=0 sd = 6 385,97

Uma vez que o IVA dedutível é maior que o liquidado, quer dizer que temos valores a
recuperar do estado, pelo que a realização foi feita por transferência bancaria.

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124
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
2.4 Processamento de salários
Durante o mês, os trabalhadores da empresa têm direito a remunerações em contrapartida da
mão-de-obra empregue na produção ou prestação de serviço.
A remuneração com o pessoal está inerente a descontos para Instituto Nacional De
Segurança Social (INSS), Imposto Sobre o Rendimento de (IRT)… isto de acordo com a Lei em
vigor no País.
Assim sendo é importante que se conheça o conceito sobre Salário Ilíquido e Salário
Liquido e Matéria Coletável no processamento, pois a sua distinção contribui para a resolução
da questão. Assim sendo:
- Salário Ilíquido – é aquele que o trabalhador tem a receber (salário base + subsídios +
abono de família…) antes de serem efetuados os descontos.
- Salario Liquido – é o remanescente após serem efetuados os devidos descontos.
- Matéria Coletável – é o montante que será tributado pelo estado.
Vamos analisar com mais precisão através da seguinte aplicação:
São conhecidos os seguintes dados referente ao funcionário Adilson Dungula:
Salário base: KZ 300 000,00
Subsidio de transporte: KZ 35 000,00
Subsidio de alimentação: KZ 45 000,00
Pretende-se:
a) O calculo do Salário Liquido e Encargos sobre a remuneração.
b) O registo Contabilístico.

Resolução:
1º Passo: calcular o salário Ilíquido:
S.I = Salario Base + Subsídios
S.I = 300 000 + 35 000 + 45 000
S.I = 380 000
2º Passo: calcular os descontos para INSS por parte do trabalhador (3%) e da empresa
(8%).
Por parte do trabalhador
INSS = S.I * 3%
INSS = 380 000 * 3%
INSS = 11 400

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125
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Por Parte da Empresa:
INSS = 380 000 * 8%
INSS = 30 400
3º Passo: calcular a matéria Coletável do IRT.
MC = SB + Subs. Tributável – INSS
Como ele tem direito aos subsídios de alimentação e transporte, só é tributável o que exceda
a KZ 30 000,00. Assim sendo:
Sub. Alimentação tributável = 5 000
Sub. Transporte tributável = 15 000
Total de Sub. Tributável = 20 000
Agora sim, estamos em condição de avançar com o calculo da meteria coletável.
MC = 300 000 + 20 000 – 11 400
MC = 308 600
4º Passo: determinar o IRT
IRT = Parcela fixa + (MC – Excesso) * Taxa
IRT = 49 250 + (308 600 – 300 000) * 19%
IRT = 50 884.
5º Passo: determinar o salário liquido
S. liquido = S. ilíquido – (INSS + IRT)
S. liquido = 380 000 – (11 400 + 50 884)
S. liquido = 317 716

R: O funcionário Adilson Dungula tem a receber uma remuneração de KZ 315 716,00.

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126
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Contabilização do processamento e pagamento das Remunerações
Resumindo

S.I = 380 000


INSS/trabalhador = 11 400
INSS/empresa = 30 400
IRT = 52 884
S. liquido = 315 716

Lançamentos no razão
72 - Custos com pessoal 34.3 - IRT 34.9.1 - INSS
1) 380 000 3) 50 884 50 884 (1) 3) 41 800 11 400 (1)
2) 30 400 30 400 (2)

36.1 - Pessoal - remunerações 43 - Depósitos a ordem


3) 317 716 317 716 (1) 410 400 (3)

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127
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
2.4.1 Aplicação: Processamento de Remunerações com faltas e horas extras
O Senhor Adilson Dungula é funcionário da empresa Bem Barato, LDA., aferindo um
ordenado mensal no valor de KZ 250 000,00. Sendo que recebe KZ 27 000,00 do subsidio de
transporte e KZ 40 000,00 de subsidio de alimentação.
No mesmo mês cumpriu 10 horas extras de trabalho e teve 3 faltas em 26 dias uteis,
trabalhando por 48 horas semanais. Foi-lhe também concedido um abono de família de KZ
20 000,00.
Pretende-se:
a) O cálculo da Remuneração liquida do Senhor William Gime.
b) O registo do processamento e pagamento da Remuneração.

Resolução:
Antes de avançar é necessário que se faça o cálculo do Salario Horário (S.H) do trabalhador:
A LGT. No artigo 157º estipula como calcular o S.H:
S/h = Sm * 12 / 52s * Hs
Onde: S/h significa o valor do salario horário, Sm o salario mensal, 52s o número de
semanas laborais do ano e Hs o horário normal semanal.
S/h = 250 000 * 12 / 52s * 48Hs
S/h = 3 000 000 / 2 496 = 1 202 – é o salário horário
As faltas serão descontadas no salário liquido, assim sendo, por ter faltado 3 vezes no
mês, foram 24h de S.h a menos.
Faltas = 24h * 1 202 = 28 848
Como trabalhou horas extras, devemos então determinar quanto de subsidio de horas
extras tem direito de receber, assim sendo:
Subs. Horas Extras = 10h * 1 202 = 12 020.
1º Passo: calcular o salário Ilíquido:
S.I = Salario Base + Subsídios - Faltas
S.I = 250 000 + 27 000 + 40 000 + 20 000 + 12 020 – 28 848
S.I = 320 172
2º Passo: calcular os descontos para INSS por parte do trabalhador (3%) e da empresa
(8%).
Por parte do trabalhador
INSS = S.I * 3%
INSS = 320 172 * 3%
INSS = 9 605

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128
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Por Parte da Empresa:
INSS = 320 172* 8%
INSS = 25 614.
3º Passo: calcular a matéria Coletável do IRT.
MC = SB + Subs. Tributável – INSS
Como ele tem direito aos subsídios de alimentação e transporte e abono de família, só é
tributável o que exceda a KZ 30 000,00 para os subsídios de transporte e alimentação e para o
abono de família não é tributável o valor equivalente a 5% do salário base. Assim sendo:
Sub. Alimentação tributável = 10 000
Sub. Transporte tributável = 0
Sub. Abono = 250 000 * 5% = 12 500 (é o valor que não será tributado)
Sub. Abono = 20 000 – 12 500 = 7 500 (é o valor a ser tributado)
Sub. Horas extras = 12 020.
Total de Sub. Tributável = 29 520
Agora sim, estamos em condição de avançar com o calculo da meteria coletável.
MC = 250 000 + 29 520 – 9 605
MC = 269 915
4º Passo: determinar o IRT
IRT = Parcela fixa + (MC – Excesso) * Taxa
IRT = 31 250 + (269 915 – 200 000) * 18%
IRT = 43 835.
5º Passo: determinar o salário liquido
S. liquido = S. ilíquido – (INSS + IRT)
S. liquido = 320 172– ( 9 605 + 43 835)
S. liquido = 266 732.

R: O funcionário Adilson Dungula tem a receber uma remuneração de KZ 266 732,00.

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129
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Contabilização do processamento e pagamento das Remunerações
Resumindo

S.I = 320 172


INSS/trabalhador = 9 605
INSS/empresa = 25 614
IRT = 43 835
S. liquido = 266 732
Total dos custos c/ remuneração = 9 605 + 43 835 + 266 732 = 320 172
Total dos Encargos = 25 614
Lançamentos no razão
72.2. REMUN. PESSOAL 34.3 - IRT 34.9.1 - INSS
1) 320 172 3) 43 835 43 835 (1) 3) 38 393 9 605 (1)
25 614(2)

36.1 - Pessoal - remunerações 72.5.2. EMPREGADOS 43.1.1. BANCO


3) 266 732 266 732 (1) 2) 25 614 345 786 (3)

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130
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
2.4.2 Aplicação: processamento e Pagamento de Salário com faltas

Processamento e Pagamento de Salário


São conhecidas as seguintes informações referente ao trabalhador
João Vincente Lopes, prestador de trabalho na empresa Nossa Luta, Lda.
(valores expressos em kwanza):
Salário Base: 220 000,00
Subsídio de Alimentação: 45 000,00
Faltas: 2 dias sem justificação
Horário: 44 horas semanais

SM * 12 Meses 220 000 * 12 Meses


S/H = = = 1 154 KZ/H
HS * 52 Semanais 44HS * 52 Semanais

FALTAS = 16H * 1 154 = 18 464

DETERMINAÇÃO DO SALARIO ILIQUIDO


SI = 220 000 + 45 000 - 18 464 = 246 536

DETERMINAR O VALOR DA SEGURANÇA SOCIAL


POR PARTE DO TRABALHADOR POR PARTE DA EMPRESA
INSS (3%) = 246 536 * 3% =7 7396
950 INSS (8%) = 246 536 * 8% = 19 723

DETERMINAR A MATÉRIA COLECTAVEL DO IRT: SUBSÍDIO TRIBUTÁVEL:


MC = SB + S. TRIBUTÁVEL - INSS (3%) S.ALIMENT = 45 000
MC = 220 000 + 15 000 - 7 396 ISENTO = 30 000
MC = 227 604 NÃO ISENTO = 15 000

DETREMINAR O IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO


LOCALIZAR NA TABELA NO IRT NO 5º ESCALÃO QUE VAI DE 200 001 A 300 000
IRT = PARCELA FIXA + (M. COLECTÁVEL - EXCESSO)*%
IRT = 31 250 + (227 604 - 200 000) * 18%
IRT = 36 219

DETERMINAR O SALÁRIO LIQUIDO


SL = SI - IRT - INSS (3%)
SL = 246 536 - 7 396 - 36 219
SL = 202 921

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131
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
CONTABILIZAÇÃO DO PROCESSAMENTO E PAGAMNETO
72.2. REMN. PESSOAL 34.3. IRT 34.9.1. INSS
1) 246 536 3) 36 219 36 219 1) 3) 27 119 7 396 1)
19 723 2)

36.1.2. EMPREGADOS 72.5.2. PESSOAL 43.1.1. BANCO


3) 202 921 202 921 1) 2) 19 723 266 259 3)

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132
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
3 CAPÍTULO III. OPERAÇÕES DE FIM DE EXERCÍCIO
3.1 Introdução

Consideram-se operações de fim de exercício, todos os registos contabilísticos não correntes


com vista ao apuramento de resultados, elaboração do balanço, demonstração de resultados e
demais peças contabilísticas (ou extra contabilísticas).
As operações de fim de exercício deverão ser abordadas segundo
duas ópticas distintas:
1. Diz respeito à sequência das operações e registos a efectuar.
2. Relativa aos mapas a elaborar: Balanço. Demonstração de Resultados e anexos.
Quanto a sequência, as operações de fim de exercício têm como ponto de partida os
elementos fornecidos pelo Balancete de Verificação do Razão aos 31/12 de cada exercício e a
inventariação do património da empresa. Desenvolver-se-á de cordo com o esquema constante da
página seguinte.
Os lançamentos para o Balancete de Verificação correspondem aos
registos no Diário e correspondente passagem ao Razão.
3.2 Regularização das Contas e balancete Rectificado
A regularização de contas tem por finalidade rectificar saldos contabilísticos das contas, com
base nos elementos fornecidos pelo balancete de verificação de 32/12 de cada exercício e pelo
inventário que se deverá proceder nesta data, permitindo adaptar os saldos contabilísticos das
contas aos valores reais registando as diferenças encontradas em ambas.
Os lançamentos de regularização mais correntes são os seguintes:
a) Lançamentos de registo de diferenças encontradas (diferenças de caixa, diferenças do
saldo de depósitos à ordem, quebras ou sobras de stocks etc.).
b) Lançamentos de registo de custos ou de proveitos do exercício, mas que ainda não houve
respectivamente a despesa e receita correspondentes, (ex.: consumos de agua e energia ainda
não facturados, rendimentos da empresa relativos ao exercício findo, mas ainda não
documentados). São denominadas despesas a pagar e rendimentos a receber, respectivamente
(acréscimos de custos e acréscimos de proveitos).
c) Lançamentos de rectificação de despesas ou de receitas do exercício que devam ser
consideradas como custos ou proveitos, respectivamente, do exercício económico seguinte (ex.:
prémio de seguro pago no exercício, mas que corresponde, em parte, ao exercício económico
seguinte; recebimento em Dezembro duma renda correspondente ao mês de Janeiro seguinte,
etc.). São designadas custos diferidos e/ou proveitos diferidos respectivamente.
d) Lançamentos de constituição, reforço, anulação e reposição de
provisões.
e) Lançamento de registo das quotas anuais de amortizações do
imobilizado.
f) Lançamento de rectificação das existências, quando a empresa utilize o sistema de
inventário intermitente.
g) Lançamento de estimativa para os impostos (imposto sobre o rendimento).
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133
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Após os lançamentos no Diário e no Razão elabora-se um novo balancete que é o Balancete
Rectificado.
No Balancete Rectificado as contas apresentam já saldos ajustados, de acordo com os
lançamentos de regularização.

3.3 Lançamentos de Apuramento de Resultados


Os lançamentos de apuramento de resultados têm por finalidade transferir para as contas
principais os saldos evidenciados pelas contas subsidiárias, com vista a determinação dos
resultados líquidos da empresa.
A referidas contas subsidiárias, são na sua totalidade, contas de custos e de proveitos
(pertencentes às classes 6 e 7). Os lançamentos de apuramento de resultados permitem:
1- Agrupar nas contas principais os factores positivos e negativos do resultado, resultando
daí o seu valor.
2- Fechar as contas de custos e proveitos, visto que ficarão com saldo nulo após a
transferência dos seus valores para a conta principal.
De acordo com o PCG os resultados classificam-se em:
-Resultados Operacionais;
- Resultados Financeiros;
- Resultados em filiais e associados;
-Resultados Não operacionais;
- Resultados Extraordinários.
Os lançamentos de apuramento de resultados permitem a determinação de cada um dos
resultados.
Resultados Operacionais:
1- Pela transferência dos custos operacionais (saldos devedores):
- Debita-se - conta de 82 Resultados operacionais (82.6, 82.7, 82.8, 82.9)
- Creditam-se – contas de Custos operacionais (71.9, 72.9, 73.9 e 75.9)
2 – Pela transferência dos proveitos operacionais (Saldos credores):
- Debitam-se - contas de proveitos operacionais (61.9, 62.9, 63.9, 64.9, 65.9)
- Creditam-se - conta 82 Resultados operacionais(82.1, 82.2, 82.3, 82.5, 82.6, 82.7, 82.8 e
82.9)
Após os lançamentos se o saldo da conta de Resultados for devedor, corresponde a prejuízo
operacional, se for credor corresponde a lucro operacional.
Resultados Financeiros
1 – Pela transferência dos custos financeiros (saldos devedores)
- Debita-se - conta de 83.2 Resultados financeiros
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134
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
- Creditam-se – contas de Custos financeiros (76.9)
2 – Pela transferência dos proveitos financeiros (Saldos credores):
- Debitam-se contas de proveitos financeiros ( 66.9)
- Credita-se - conta 83 Resultados financeiros (83.1)
Após os lançamentos se o saldo da conta de Resultados for devedor, corresponde a prejuízo
financeiro, se for credor corresponde a lucro financeiro.
Resultados não operacionais
1 – Pela transferência dos custos não operacionais (saldos devedores):
- Debita-se - conta de 85.2 Resultados não operacionais
- Creditam-se – contas de Custos não operacionais (78.19)
2 – Pela transferência dos proveitos não operacionais (Saldos credores):
- Debitam-se contas de proveitos não operacionais (68.19)
- Credita-se - conta 85.1 Resultados não operacionais
Após os lançamentos se o saldo da conta de Resultados for devedor, corresponde a prejuízo
não operacional, se for credor corresponde a lucro não operacional.
Resultados Extraordinários
1 – Pela transferência dos custos extraordinários (saldos
devedores):
-Debita-se - conta de 86.2 Resultados extraordinários
-Creditam-se – contas de Custos extraordinários (79.9)
2 – Pela transferência dos proveitos extraordinários (Saldos
credores):
- Debitam-se contas de proveitos extraordinários (69.9)
- Credita-se - conta 86.1 Resultados extraordinários
Após os lançamentos se o saldo da conta de Resultados for devedor, corresponde a prejuízo
extraordinário, se for credor corresponde a lucro extraordinário.
Apuramento dos Resultados antes dos Impostos
Apos a determinação dos saldos das diversas contas de resultados (82. 83, 84 e 85) há que
fazer a respectiva soma algébrica para se determinar o resultado antes dos impostos(RAI).
A soma o resultado da soma algébrica pode ser:
Positivo - (valor dos saldos credores superior ao dos saldos devedores), ou seja, a empresa
obteve lucro.
Negativo - (valor dos saldos devedores superior ao dos saldos credores) neste caso a
empresa obteve prejuízo.
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135
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Em caso de lucro, há que calcular o valor a reter, referente ao imposto sobre os lucros que
a empresa deverá pagar ao estado no exercício seguinte. Para tal utiliza-se a taxa em vigor de
25%, ou seja:
RAI * 25% = Imposto a pagar
A conta 86.9 - Resultados extraordinários se apresentar saldo positivo também se deverá
calcular o imposto sobre os lucros.
Apuramento dos Impostos sobre os Lucros
1. Imposto sobre os resultados correntes:
- Debita-se a conta 87 .1 Imposto sobre os resultados
correntes
- Credita-se - conta 34.1 Estado /Imposto sobre os lucros
2. Imposto sobre os resultados extraordinários:
- Debita-se – conta 87.2 Imposto sobre os resultados extraordinários.
- Credita-se – conta 34.1 Estado/ Imposto sobre os lucros
Apuramento do Resultado Liquido do Exercício
Trata-se de uma fase em que os saldos das contas de resultados são transferidos para a
conta de Resultado Líquido do Exercício.
1. Pelos saldos devedores das contas de resultados:
- Debita-se - conta 88 Resultado Liquido do exercício (88.1, 88.2, 88.4, 88.6)
- Creditam-se – as contas de resultados (82.9, 83.9, 85.9 e 86.9)
2. Pelos Saldos credores das contas de resultados:
- Debitam-se - as contas de resultados (82.9, 83.9, 85.9)
- Creditam-se - as contas de Resultado liquido do exercício
O saldo da conta 87, também é transferido para a conta 88.5
- Debita-se a conta 88. 5
- Credita-se 87. 9
Após estas transferências, as contas de resultados ficarão saldadas, excepto a conta 88 que
representa o Resultado do exercício, liquido da correspondente tributação.

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136
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
3.4 Balancete Final ou de Encerramento
Este balancete é elaborado após terem sido efectuados os lançamentos de apuramento de
resultados no Diário e correspondente passagem ao Razão.
O balancete final ou de encerramento difere dos anteriores, pelo seguinte:
1- Todas as contas subsidiárias, quer de resultados, quer de existências aparecerem
saldadas, visto os seus saldos terem sido transferidos para as contas principais respectivas.
2- As contas que neste balancete evidenciam saldo são as contas de Balanço: activas as que
apresentam saldo devedor e passivas as que apresentam saldo credor.
Com base no balancete de encerramento elaboram-se os Balanço Final e efetua-se o
lançamento de fecho de contas.

4 Aplicações Diversas
Neste capitulo veremos as mais diversas aplicações resolvidas que poderão vos ajudar em
diversos casos que possam vir a se deparar no vosso dia a dia académico.

4.1 Balanço inicial, Razão, Balancete de verificação, Apuramento, Balancete Final e


Balanço final

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137
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
A empresa Aricleny, LDA, cujo o objectivo social é o comércio de produtos diversos. Aos 24 de
Março de 2001 apresentou os seguintes elementos patrimoniais:
1. Amortização………………………………………………………. 200 000,00
2. Numerário……...……….………………………………………. 1 670 030,00
3. Mercadorias.....…………………………………………………. 2 680 020,00
4. Fornecedores………………………………………………….... 1 700 000,00
5. Empréstimos……………………………….…………………… 1 380 000,00
Durante o exercício de actividade realizou as seguintes operações:
Dia 1: liquidou 1% do empréstimo obtido.
Dia 2: Adquiriu 7 computadores ao preço unitário de KZ 120 000,00 a crédito.
Dia 3: Vencimento dos juros do depósito a prazo no valor de KZ 1 100 000,00.
Dia 4: Pagamento do juro do empréstimo bancário no valor de KZ 300 000,00
Dia 5: Pagamento do chegue de seguros de acidentes de trabalho no valor de KZ 100 000,00.
Dia 6: Vendeu mercadorias a pronto por KZ 1 000 000,00 ao custo de KZ 200 000,00.
Dia 7: Depósito á ordem no valor de KZ 800 000,00.
Dia 8: Liquidou 70% da dívida com fornecedores.
OBS: O I.S.L (IMPOSTO SOBRE LRUCOS) é de 30%.
Pretende-se:
1. Balanço Inicial
2. Diário inicial
3. Registo das operações no razão
4. Balancete de verificação
5. Apuramento de Resultados
6. Demonstração de Resultados
7. Balancete Final
8. Balanço Final

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138
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
EMPRESA: ARICLENY LDA.
BALANÇO EM 24 DE JANEIRO DE 2001 VALORES EXPRESSOS EM KWANZA
EXERCÍCIOS
DESCRIÇÃO NOTAS
2001 2000
ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS -200 000
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE -200 000
ACTIVO CORRENTE
EXISTÊNCIAS
MERCADORIAS 2 680 020
DISPONIBILIDADES
CAIXA 1 670 030
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 4 350 050
TOTAL DO ACTIVO 4 150 050

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO


CAPITA PRÓPRIO
CAPITAL 1 070 050
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 1 070 050
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR
FORNECEDORES 1 700 000
EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO
EMPRÉSTIMOS 1 380 000
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 3 080 000
TOTSL DO PASSIVO 3 080 000
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 4 150 050

Diário: Modelo Simplificado


Nº de
Data Descrição Débito Crédito Valor
registo
18 200 000
26 2 680 020
45 1 670 030
24/03/2001 SITUAÇÃO INICIAL
32 1 700 000
33 1 380 000
51 1 070 050

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139
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
REGISTO NO RAZÃO
18. AMORTIZAÇÕES ACUMUL. 26. MERCADORIAS 45. CAIXA
200 000 (SI) si) 2 680 020 200 000 (6) SI)1 670 030 13 800 (1)
100 000 (5)
800 000 (7)
SC= 200 000 SD = 2 480 020 SD = 756 230
200 000 200 000 2 680 020 2 680 020 1 670 030 1 670 030
51. CAPITAL 32. FORNECEDORES 33. EMPRESTIMOS
1 070 050 (SI) 8) 1 190 000 1 700 000(SI) 1.1) 13 800 1 380 000 (si)

SC = 1 070 050 SC = 510 000 SC = 1 366 200


1 070 050 1 700 000 1 700 000 1 380 000 1 380 000
43. DEP. ORDEM 11. IMOB. CORPÓREAS 37. O.V. RECEBER E PAGAR
1) 13 800 13 800 (1.1) 2) 840 000 840 000 (2)
3) 1 100 000 300 000 (4)
6) 1 000 000 1 190 000 (8)
7) 800 000
SD = 1 410 000 SD = 840 000 SC = 840 000
2 913 800 2 913 800 840 000 840 000 840 000 840 000
66. P. G. FINANCEIROS GERAIS 76. C.P. FINANCEIROS GERAIS 75. O.C. PERDAS OPERACIONAIS
1 100 000 (3) 4) 300 000 5) 100 000

SC = 1 100 000 SD = 300 000 SD = 100 000


1 100 000 1 100 000 300 000 300 000 100 000 100 000
61. VENDAS 71. C. M. V
1 000 000 (6) 6) 200 000
SC = 1 000 000 SD = 200 000
1 000 000 1 000 000 200 000 200 000

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140
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
18 AMORT. ACUM ____ 200 000 ____ 200 000
26 MERCADORIAS 2 680 020 200 000 2 480 020 ___
45 CAIXA 1 670 030 913 800 756 230 ___
51 CAPITAL ___ 1 070 050 ___ 1 070 050
33 EMPRESTIMOS 13 800 1 380 000 1 366 200
32 FORNECEDORES 1 190 000 1 700 000 ___ 510 000
43 DEP. ORDEM 2 913 800 1 503 800 1 410 000 ___
11 IMOB. CORPORE 840 000 ___ 840 000 ___
37 O.V.R.PAGAR ___ 840 000 ___ 840 000
66 P.G.F.GERAIS ___ 1 100 000 ___ 1 100 000
76 C.P.F.GERAIS 300 000 ___ 300 000 ___
75 O.C.P.OPERACIO. 100 000 ___ 100 000 ___
71 C.M.V 200 000 ___ 200 000 ___
61 VENDAS ___ 1 000 000 ___ 1 000 000
TOTAL 9 907 650 9 907 650 6 086 250 6 086 250

PROVEITOS: CUSTOS:
61. VENDAS = 1 000 000 71. C.M.V = 200 000
66. P.G.F.G = 1 100 000 75.O.C.P.O = 100 000
76. C.P.F.G 300 000
TOTAL = 2 100 000 TOTAL = 600 000
RAI = PROV - CUST
RAI = 1 500 000
IMPOSTO = 1 500 000 * 30% = 450 000
RLE = 1 500 000 - 450 000 = 1 050 000
LANÇAMENTOS DE APURAMENTO DE RESULTADOS
61. VENDAS 66. P.G.F.GERAIS 71 - C.M.V
1) 1 000 000 1 000 000 (0) 4) 1 100 000 1 100 000 (0) 0) 200 000 200 000 (2)
S=0 S=0 S=0

75. O. C. P. OPERACIONAIS 76. C. P. F. GERAIS 82. R. OPERACIONAIS


0) 100 000 100 000 (3) 0) 300 000 300 000 (5) 2) 200 000 1 000 000 (1)
3) 100 000
6) 700 000
S=0 S=0 S=0

83. R. FINANCEIROS 88. R.L. EXERCICIO 87. I. S. LUCROS


5) 300 000 1 100 000 (4) 8) 450 000 700 000 (6) 9) 450 000 450 000 (8)
7) 800 000 800 000 (7)
S=0 SC = 1 050 000 S=0

34. ESTADO
450 000 (9)
SC = 450 000

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141
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
EMPRESA: ARICLENY, LDA
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS VALORES EXPRESSOS EM KWANZA
EXERCÍCIOS
DESCRIÇÃO NOTAS
2001 2000
VENDAS 1 000 000
1 000 000
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 200 000
OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 100 000
RESULTADOS OPERACIONAIS 700 000
RESULTADOS FINANCEIROS 800 000
RESULTADOS ANTES DOS IMPOSTOS 1 500 000
IMPOSTO SOBRE RENDIMENTO 450 000
RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO 1 050 000

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO FINAL


MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
18 AMORT. ACUM ____ 200 000 ____ 200 000
26 MERCADORIAS 2 680 020 200 000 2 480 020 ___
45 CAIXA 1 670 030 913 800 756 230 ___
51 CAPITAL ___ 1 070 050 ___ 1 070 050
33 EMPRESTIMOS 13 800 1 380 000 1 366 200
32 FORNECEDORES 1 190 000 1 700 000 ___ 510 000
43 DEP. ORDEM 2 913 800 1 503 800 1 410 000 ___
11 IMOB. CORPORE 840 000 ___ 840 000 ___
37 O.V.R.PAGAR ___ 840 000 ___ 840 000
34 ESTADO ___ 450 000 ___ 450 000
88 R.L.E ___ 1 050 000 ___ 1 050 000
TOTAL 9 307 650 9 307 650 5 486 250 5 486 250

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142
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
EMPRESA: ARICLENY LDA.
BALANÇO FINAL VALORES EXPRESSOS EM KWANZA
EXERCÍCIOS
DESCRIÇÃO NOTAS
2001 2000
ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 840 000
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS -200 000
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE 640 000
ACTIVO CORRENTE
EXISTÊNCIAS
MERCADORIAS 2 480 020
DISPONIBILIDADES
DEPÓSITOS À ORDEM 1 410 000
CAIXA 756 230
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 4 646 250
TOTAL DO ACTIVO 5 286 250

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO


CAPITA PRÓPRIO
CAPITAL 1 070 050
RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO 1 050 000
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 2 120 050
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR
FORNECEDORES 510 000
ESTADO 450 000
OUTROS VALORES A PAGAR 840 000
EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO
EMPRÉSTIMOS 1 366 200
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 3 166 200
TOTSL DO PASSIVO 3 166 200
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 5 286 250

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143
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

4.2 Abertura de contas, registo no razão, Apuramento de Resultados e Balanço Final


A empresa Dungula, Lda., que se dedica a comercialização de diversos produtos, apresentava os
seguintes elementos patrimoniais:
6. Edifício afeto a actividade……………. 3 000 000,00
7. Numerário em cofre……………………. 500 000,00
8. Dinheiro em Bancos……………………. 1 000 000,00
9. Mercadorias……………………………….. 900 000,00
10. Débito ao fornecedor JB, Lda……… 500 000,00
Durante o mês, a empresa realizou as seguintes operações:
1. Compra de mercadorias a p.p no valor de KZ 200 000,00. Benefíciou de um desconto de 5%.
2. Compra de material de escritório a vista por kz 10 000,00.
3. Pagamento de 50% da dívida com os Fornecedores.
4. Venda de mercadorias no valor de KZ 600 000. As mercadorias estavam avaliadas no valor de KZ
400 000,00. O cliente pagou de imediato 50% por transferência e o restante ficou a prazo.
Beneficiou de um desconto sobre o valor pago de 2%.
5. As acções na empresa KK, Lda., renderam KZ 50 000,00.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende – se:
a) A elaboração do Balanço em 01 de Janeiro de 2022.
b) Abertura das contas no razão.
c) Registro das operações ocorridas durante o mês.
d) Apuramento de Resultados.
e) Elaboração do Balanço Final

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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146
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Empresa: Dungula, LDA.
Balanço em 31 de Novembro de 2022 Valores expressos em kwanzas
Designação Notas Exercicios
2022 2021
Activo
Activo não corrente
Imobilizações Corpóreas
Edifícios e outras construções 3 000 000,00
Total do Activo não corrente 3 000 000,00
Activo corrente:
Existências
Mercadorias 700 000,00
Contas a receber
Clientes - correntes 300 000,00
Disponilidades
Depósitos às ordem 904 000,00
Caixa 490 000,00
Total do Activo Corrente 2 394 000,00
Total do Activo 5 394 000,00
Capital Próprio E Passivo:
Capital Próprio
Capital social 4 900 000,00
R. Líquidos do Exercício 183 000,00
Total do Capital Próprio: 5 083 000,00

Passivo Corrente
Contas a pagar
Fornecedores – correntes 250 000,00

Estado 61 000,00

Total do Passivo: 311 000,00

Total do Capital Próprio e Passivo: 5 394 000,00

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147
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
4.3 Aplicação: Amortização: Método de desgaste funcional
De certeza que todos já devem ter ouvido falar sobre Amortizações… ou não?
Amortizar um bem – consiste em registar a perda do valor de um activo imobilizado ou
seja, repartir o custo de uma imobilização pelos exercícios abrangidos pela sua vida útil ou
duração económica.
Para calcular a quota de amortização precisa-se do valor de aquisição (Vo); Valor Residual
(R); Período de vida útil; e Critérios para a determinação das quotas anuais de amortização e é aí
onde eu queria chegar.
Usualmente é Método das Quotas constantes que tenho feito mas para hoje elaborei pelo
método de Desgaste Funcional… como funciona?
É feito pelo Metodo de Desgaste Funcional (Critério Elástico) quando a fixação das quotas de
amortização se efectua no fim de cada período a que respeitem e em função de determinados
acontecimentos (grau de utilização, preços de mercado, etc.).
.
Isto é Contabilidade amigos, e como sempre, é bom analisar com um exemplo:
• A empresa JJ, Lda que se dedica a comercialização de diversos produtos, realizou dentre
outras as seguintes operações:
1 – Factura – recibo nº 10. da CarLux, Lda., referente a aquisição de uma viatura para
transporte de mercadorias no valor de KZ 900 000,00. Pagou de imediato ½ e o restante a 35
dias.
Foi-lhe definido um período de vida útil de 4 anos e um valor residual de KZ 20 000.
Segundo a informação da gestão, estimou-se que o Imobilizado manterá a sua qualidade até aos
1 000 000 km.
A gestão da empresa deu as seguintes informações:
1⁰ ano: 150 000 Km; 2º ano: 500 000 Km; 3º ano: 300 000; 4º ano: 150 000 Km.
Pretende-se:
a. Registo das operações de aquisição e amortização.
b. Elabore o Mapa De Amortizações pelo Método de Desgaste Funcional.

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148
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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149
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
4.4 Aplicação: Diário, Razão e Fecho de Contas (Com IVA)
A empresa Kauluma, Lda., localizada em Lubango e que se dedica a comercialização de
diversos produtos cosméticos, realizou durante o mês de Maio as seguintes operações:
Dia 04: Factura nº. 7 de Alexandre Dungula, na qual consta 5 caixas com 10 sabonetes cada
a 2 200 Kz o sabonete + IVA.
Dia 09: Recebimento de juros referente ao depósito a prazo no valor de KZ 90 000,00.
Dia 12: Pagamento da multa de estacionamento no valor de KZ 30 000,00.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Intermitente e se encontra em regime Geral
do IVA.
.
Pretende-se:
a. O registro das operações no Diário.
b. O registro das operações no Razão.
c. O Fecho de contas.
.

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150
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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151
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
4.5 Abertura no razão, Registo, Balancete de verificação, Apuramento de resultados,
Balancete Final, Balanço Final.

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152
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
11. IMOB. CORPOREAS 26. MERCADORIAS 31. CLIENTES
si) 150 000 si) 280 000 60 000 (6) si) 80 000 112 000 (7)
9) 140 000 3´) 110 000 5) 112 000
sd = 290 000 sd = 330 000 sd = 80 000
290 000 290 000 390 000 390 000 192 000 192 000
43. DEPOSITOS A ORDEM 45. CAIXA 51. Capital
si) 1 000 000 56 000 (2) si) 500 000 5 000 (1) 990 000 (si)
7) 67 000 82 500 (4) 2) 56 000 27 500 (4)
290 000 (8) 7) 45 000
230 000 (10)
sd = 408 500 sd = 568 500 sc = 990 000
1 067 000 1 067 000 601 000 601 000 990 000 990 000
32. FORNECEDORES 34. ESTADO 36. PESSOAL
4) 110 000 300 000 (si) 10) 230 000 230 000 (si) 8) 290 000 290 000 (si)
110 000 (3)
sc = 300 000 s=0 s=0
410 000 410 000 230 000 230 000 290 000 290 000
37. O. V. R. P 75. O. C. P. O 21. COMPRAS
200 000 (si) 1) 5 000 3) 110 000 110 000 (3´)
140 000 (9)
sc = 340 000 sd = 5 000 s=0
340 000 340 000 5 000 5 000 110 000 110 000
61. VENDAS 71. C. M. V
112 000 (5) 6) 60 000
sc = 112 000 sd = 60 000

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
11 I. CORPOREAS 290 000 ____ 290 000 ___
26 MERCADORIAS 390 000 60 000 330 000 ___
31 CLIENTES 192 000 112 000 80 000 ___
43 DEP. ORDEM 1 067 000 658 500 408 500 ___
45 CAIXA 601 000 32 500 568 500 ___
51 CAPITAL ___ 990 000 ___ 990 000
32 FORNECEDORES 110 000 410 000 ___ 300 000
34 ESTADO 230 000 230 000 ___ ___
36 PESSOAL 290 000 290 000 ___ ___
37 O. V. R. PAGAR ___ 340 000 ___ 340 000
75 O. C. P. OPERAC. 5 000 ___ 5 000 ___
21 COMPRAS 110 000 110 000 ___ ___
61 VENDAS ___ 112 000 ___ 112 000
71 C. M. V 60 000 ___ 60 000 ___
TOTAL 3 345 000 3 345 000 1 742 000 1 742 000

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153
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
APURAMENTO DE RESULTADOS
CUSTOS PROVEITOS
71. C.M.V = 60 000 61. VENDAS = 112 000
75. O.C.P.O = 5 000
65 000 112 000

RAI = 112 000 - 65 000


= 47000
IMPOSTO = 47 000 * 25%
= 11 750
RLE = 47 000 - 11 750
= 35 250

LANÇAMENTOS DE APURAMENTO
71. C.M.V 75. O.C.P.O 61. VENDAS
0) 60 000 60 000 (1) 0) 5 000 5 000 (2) 3) 112 000 112 000 (0)
S=0 S=0 S=0

82. R. OPERACIONAIS 88. R.LE 87. IMP. S. LUCROS


1) 60 000 3) 112 000 5) 11 750 4) 47 000 6) 11 750 11 750 (5)
2) 5 000
4) 47 000
S=0 sc = 35 250 S=0

34. ESTADO
11 750 (6)

sc = 11 750

BALANCETE FINAL
MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
11 I. CORPOREAS 290 000 ____ 290 000 ___
26 MERCADORIAS 390 000 60 000 330 000 ___
31 CLIENTES 192 000 112 000 80 000 ___
43 DEP. ORDEM 1 067 000 658 500 408 500 ___
45 CAIXA 601 000 32 500 568 500 ___
51 CAPITAL ___ 990 000 ___ 990 000
32 FORNECEDORES 110 000 410 000 ___ 300 000
36 PESSOAL 290 000 290 000 ___ ___
37 O. V. R. PAGAR ___ 340 000 ___ 340 000
34 ESTADO ___ 11 750 ___ 11 750
88 R. L. E 11 750 47 000 ___ 35 250
TOTAL 2 951 750 2 951 750 1 677 000 1 677 000

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154
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
BALANÇO FINAL
EXERCÍCIOS
DESCRIÇÃO NOTAS
2008 2007
ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE
IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS 290 000
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE 290 000
ACTIVO CORRENTE
EXISTÊNCIAS
MERCADORIAS 330 000
CONTAS A RECEBER
CLIENTES 80 000
DISPONIBILIDADES
DEPOSITOS A ORDEM 408 500
CAIXA 568 500
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 1 387 000
TOTAL DO ACTIVO 1 677 000

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO


CAPITA PRÓPRIO
CAPITAL 990 000
R. L. E 35 250
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 1 025 250
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR
FORNECEDORES 300 000
ESTADO 11 750
OUTROS VALORES A PAGAR 340 000
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 651 750
TOTSL DO PASSIVO 651 750
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1 677 000

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155
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
4.6 Aplicação: Abertura das contas até o Balanço Final No SIP
Aplicação
A empresa Nossa Luta, LDA, que se dedica a comercialização de diversos produtos
alimentares, apresentava os seguintes elementos patrimoniais:
1. Debito à JJ, LDA pelo fornecimento de mercadorias 350 000,00
2. 200 sacos de Arroz com 50 Kg cada à KZ 8 000,00 o saco
3. Debito de clientes 150 000,00
4. Talão de depósito nº 007 500 000,00
Durante o mês, a empresa realizou dentre outros as seguintes operações:
1 - Factura nº 06 para JJ, LDA. na qual consta 20 sacos de Arroz ao preço
unitário de KZ 12 000,00
2 - Pagamento de 60% da dívida com os fornecedores
3 - Os clientes liquidaram a sua divida por transferência bancária. Beneficiou de
um desconto de pronto pagamento de 5%.
4. Factura de Beta, LDA., na qual consta 50 sacos de feijão frade ao custo
unitário de KZ 100 0000,00. Desconto comercial de 10%
Preteende-se:

Resolução: Abertura das contas e registo


26. Mercadorias 31. Clientes 43. Depositos à ordem
si) 1 600 000 160 000 (1.1) si) 150 000 390 000 (3) si) 500 000 210 000 (2)
4.1) 4 500 000 1) 240 000 3) 370 500
sd = 5 940 00 s=0 sd = 660 500

32. Fornecedores 51. Capital 61. Vendas


2) 210 000 350 000 (si) 1 900 000 (si) 240 000 (1)
4 500 000 (4)
sc = 4 640 000 sc = 1 900 000 sc = 240 000

71. C.M.V 76. C. P. F. GERAIS 21. Compras


1.1) 160 000 3) 19 500 4) 4 500 000 4 500 000 (4.1)

sd = 160 000 sd = 19 500 s=0

Cálculos Auxiliares
Saldo inicial (26) = 200 * 8 000 = 1 600 000
1ª operação: Venda = 20 * 12 000 = 240 000 1.1 = 20 * 8 000 = 160 000
2ª operação: 350 000 * 60% = 210 000
3ª Pagou: 150 000 + 240 000 = 390 000 Desconto Financeiro = 390 000 * 5% = 19 500
4ª: Compra = 50 * 100 000 = 5 000 000 Desconto Comercial = 5 000 000 * 10 % = 500 000
Valor a Registar: 5 000 000 - 500 000 = 4 500 000

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156
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
26 MERCADORIAS 6 100 000 160 000 5 940 000 ___
31 CLIENTES 390 000 390 000 ___ ___
43 D. ORDEM 870 500 210 000 660 500 ___
32 FORNECEDORES 210 000 4 850 000 ___ 4 640 000
51 CAPITAL ___ 1 900 000 ___ 1 900 000
61 VENDAS ___ 240 000 ___ 240 000
71 C.M.V 160 000 ___ 160 000 ___
76 C.P.FIN.GERAIS 19 500 ___ 19 500 ___
21 COMPRAS 4 500 000 4 500 000 ___ ___
TOTAL 12 250 000 12 250 000 6 780 000 6 780 000

APURAMENTO DE RESULTADOS
PROVEITOS CUSTOS
PROVEITOS OPERACIONAIS CUSTOS OPERACIONAIS
61. VENDAS = 240 000 71. C.M.V = 160 000
CUSTOS FINANCEIROS
76. C.P.F.G = 19 500

RESULTADOS OPERACIONAIS RESULTADOS FINANCEIROS


RO = P.O - C.O RF = PF - CF
RO = 240 000 - 160 000 RF = 0 - 19 500
RO = 80 000 RF = - 19 500

RESUTADOS ANTES DOS IMPOSTOS IMPOSTO SOBRE LUCROS


RAI = +/-RO +/-RF +/-RFA +/-RNO ISL = RAI * 25%
RAI = 80 000 - 19 500 ISL = 60 500 * 25%
RAI = 60 500 ISL = 15 125

RESULTADO LIQUIDO DO EXERCÍCIO


RLE = RAI - ISL
RLE = 60 500 - 15 125
RLE = 45 375

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157
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
LANÇAMENTOS DE APURAMENTO DE RESULTADOS
61. VENDAS 71. CMV 76. P.G.F.GERAIS
1) 240 000 240 000 (0) 0) 160 000 160 000 (2) 0) 19 500 19 500 (3)
S=0 S=0 S=0

82. R. OPERACIONAIS 83. R. FINANCEIROS 88. RLE


2) 160 000 240 000 (1) 3) 19 500 19 500 (5) 5) 19 500 80 000 (4)
4) 80 000 6) 15 125
S=0 S=0 SC = 45 375

87. ISL 34. ESTADO


7) 15 125 15 125 (6) 15 125 (7)
S=0 SC = 15 125

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO FINAL


MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
26 MERCADORIAS 6 100 000 160 000 5 940 000 ___
31 CLIENTES 390 000 390 000 ___ ___
43 D. ORDEM 870 500 210 000 660 500 ___
32 FORNECEDORES 210 000 4 850 000 ___ 4 640 000
51 CAPITAL ___ 1 900 000 ___ 1 900 000
34 ESTADO ___ 15 125 ___ 15 125
88 R.L.E 34 625 80 000 ___ 45 375
TOTAL 7 605 125 7 605 125 6 600 500 6 600 500

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158
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
EMPRESA: NOSSA LUTA, LDA.
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE N VALORES EXPRESSOS EM KZ
EXERCICIOS
COD DESCRIÇÃO NOTAS
N N-1
ACTIVO
ACTIVO CORRENTE
2 EXISTÊNCIAS
26 MERCADORIAS 5 940 000
SUBTOTAL 5 940 000
4 DISPONIBILIDADES
43 DEPOSITOS A ORDEM 660 500
SUBTOTAL 660 500
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 6 600 500
TOTAL DO ACTIVO 6 600 500

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO


CAPITAL PRÓPRIO
51 CAPITAL 1 900 000
88 RESULTADOS LIQUIDOOS DO EXERCÍCIO 45 375
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 1 945 375
PASSIVO CORRENTE
3 CONTAS A PAGAR
32 FORNECEDORES 4 640 000
34 ESTADO 15 125
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 4 655 125
TOTAL DO PASSIVO 4 655 125
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASIVO 6 600 500

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159
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
4.7 INENTÁRIO, BALANÇO, RAZÃO, APURAMENTO DO IVA E DE RESULTADOS E BALANÇO FINAL.
A empresa ECP, Lda., que se dedica a comercialização de diversos produtos alimentares,
apresentava os seguintes elementos patrimoniais em 01 de Janeiro de 2021 (valores expressos
em KZ):
1. Edifício não afeto a actividade comercial 2 000 000,00
2. 26 caixas de Frango ao custo unitário de KZ 8 500,00
3. Computador administrativo 300 000,00
4. Empréstimo bancário a pagar em 3 anos 2 000 000,00
5. Debito à JJ, Lda., pelo fornecimento de mercadorias 400 000,00
6. Divida salarial 150 000,00
7. Dinheiro em Bancos 1 500 000,00
8. Caixa 500 000,00
9. Amortizações acumuladas 30 000,00

Durante o exercício a empresa realizou as seguintes operações:


1. Factura nº 5 de Bem Barato, Lda., referente a 200 sacos de feijão de 25kg cada a KZ
10 000,00 o saco (+ IVA 14%).
2. Amortizou 20% da divida com os fornecedores por transferência bancária.
3. Factura nº 002 da ENDE, referente ao consumo de energia no valor de KZ 25 000,00 (+
IVA 14%).
4. Liquidou a divida salarial.
5. Venda de 15 caixas de frango ao custo unitário de KZ 12 000,00 por transferência bancária
(+ IVA de 14%)
6. Amortizou 10% do financiamento bancário.
7. Suportou juros pelo financiamento bancário no valor de KZ 35 000,00
8. Compra a prazo de uma viatura Mazda a 1 500 000,00 (+ IVA de 14%). Foi-lhe definido um
período de vida útil de 10 anos a taxa anual de 10%.
9. Venda de 150 sacos de feijão ao custo unitário de KZ 15 000,00 cada (+ IVA de 14%). O
cliente pagou de imediato 70% da divida por transferência, tendo o restante ficado a
credito.
10. Oferta de 1 saco de feijão aos clientes.
Outras Informações.
Computador administrativo adquirido em 2019 com a taxa de amortização anual de 5%.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente.
Pretende-se:
a) A elaboração do Inventario.
b) A elaboração do Balanço Inicial.
c) Abertura e registo das contas no razão.
d) Balancete de Verificação.
e) Apuramento do IVA e Apuramento de Resultados
f) Demonstraçao de Resultados

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160
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
g) Balanço Final.
Empresa: EBC, LDA.
Inventário em 01 de Janeiro de 2021 Valores expressos em Kwanza
Descrição U.M Quant. Preç. Unit. Valor
Activo
Activo não corrente
Imobilizações corporeas
Equipamento admnistrativo 1 300 000,00 300 000,00
Investimentos financeiros
Investimentos em imóveis 1 2 000 000,00 2 000 000,00
Amortozações acumuladas -30 000,00
Total do Activo não corrente 2 270 000,00
Activo Corrente:
Existências
Mercadorias
Frango Caixa 26 8 500 221 000,00
Disponibilidades
Depósitos a ordem KZ 1 500 000
Caixa KZ 500 000,00
Total do Activo Corrente 2 221 000,00
Total Do Activo 4 491 000,00
Passivo
Passivo não corrente
Empréstimo de médio e longo prazo
Empréstimo bancário 2 000 000,00
Total do Passivo não corrente 2 000 000,00
Passivo Corrente
Contas a pagar
Fornecedores 400 000,00
Pessoal 150 000,00
Total do Passivo Corrente 550 000,00
Total do Passivo 2 550 000,00

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


161
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Empresa: ECP, LDA.
Balanço em 01 de Janeiro de 2021 Valores expressos em Kwanza
Exercícios
Descrição Notas
2021 2020
Activo
Activo não corrente
Imobilizações corporeas
Equipamento admnistrativo 300 000,00
Investimentos financeiros
Investimentos em imóveis 2 000 000,00
Amortozações acumuladas -30 000,00
Total do Activo não corrente 2 270 000,00
Activo Corrente:
Existências
Mercadorias
Frango 221 000,00
Disponibilidades
Depósitos a ordem 1 500 000
Caixa 500 000,00
Total do Activo Corrente 2 221 000,00
Total Do Activo 4 491 000,00
Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio
Capital 1 941 000,00
Total do Capital Próprio 1 941 000,00
Passivo não corrente
Empréstimo de médio e longo prazo 2 000 000,00
Empréstimo bancário 2 000 000,00
Total do Passivo não corrente
Passivo Corrente
Contas a pagar
Fornecedores 400 000,00
Pessoal 150 000,00
Total do Passivo Corrente 550 000,00
Total do Passivo 2 550 000,00
Total do Capital Próprio e Passivo 4 491 000,00

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162
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Razão Esquemático
11. 13 18
si) 300 000 si) 2 000 000 30 000 (si)
8) 1 500 000
sd = 1 800 000 sd = 2 000 000 sc = 30 000
1 800 000 1 800 000 2 000 000 2 000 000 30 000 30 000
26 43 45
si) 221 000 127 500 (5) si) 1 500 000 536 000 (2) si) 500 000
1.1) 2 000 000 1 500 000 (9.1) 5) 205 200 150 000 (4)
10 000 (10) 9) 1 795 500 200 000 (6)
35 000 (7)
sd = 583 500 sd = 2 579 700 sc = 500 000
2 221 000 2 221 000 3 500 700 3 500 700 500 000 500 000
51 33 32
1 941 000 (si) 6) 200 000 2 000 000 (si) 2) 536 000 400 000 (si)
2 280 000 (1)
sc= 1 941 000 sc = 1 800 000 sc= 2 144 000
1 941 000 1 941 000 2 000 000 2 000 000 2 680 000 2 680 000
36 21 34.5.2
4) 150 000 150 000 (si) 1) 2 000 000 2 000 000 (1.1) 1) 280 000
3) 3 500
8) 210 000
s=0 s=0 sd = 493 500
150 000 150 000 2 000 000 2 000 000 493 500 493 500
75 37 61
3) 25 000 28 500 (3) 180 000 (5)
10) 10 000 1 710 000 (8) 2 250 000 (9)
sd = 35 000 sc = 1 738 500 sc = 2 430 000
35 000 35 000 1 738 500 1 738 500 2 430 000 2 430 000
34.5.3 71 76
25 200 (5) 5.1) 127 500 7) 35 000
315 000 (9) 9.1) 1 500 000
sc = 340 200 sd = 1 627 500 sd = 35 000
340 200 340 200 1 627 500 1 627 500 35 000 35 000
31
9) 769 500

sd = 769 500
769 500 769 500

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163
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Balancete De Verificação
Movimentos Saldos
cod Descrição
Debito Crédito Devedor Credor
11 I. CORPOREAS 1 800 000 ___ 1 800 000 ___
13 I. FINANCEIROS 2 000 000 ___ 2 000 000 ___
18 A. ACUMULADAS ___ 30 000 ___ 30 000
21 COMPRAS 2 000 000 2 000 000 ___ ___
26 MERCADORIAS 2 221 000 1 637 500 583 500 ___
31 CLIENTES 769 500 ___ 769 500 ___
32 FORNECEDORES 536 000 2 680 000 ___ 2 144 000
34.5.2 IVA DEDUTIVEL 493 500 ___ 493 500 ___
34.5.3 IVA LIQUIDADO ___ 340 200 ___ 340 200
33 EMPRÉSTIMOS 200 000 2 000 000 ___ 1 800 000
36 PESSOAL 150 000 150 000 ___ ___
37 O.V.R. PAGAR ___ 1 738 500 ___ 1 738 500
43 D. ORDEM 3 500 700 921 000 2 579 700 ___
45 CAIXA 500 000 ___ 500 000 ___
51 CAPITAL ___ 1 941 000 ___ 1 941 000
61 VENDAS ___ 2 430 000 ___ 2 430 000
71 CMVMC 1 627 500 ___ 1 627 500 ___
75 O.C.P. OPERA. 35 000 ___ 35 000 ___
76 C.P.F. GERAIS 35 000 ___ 35 000 ___
TOTAL 15 868 200 15 868 200 10 423 700 10 423 700

Regularizações
73.1.5 73.1.4 18
1) 15 000 1.1) 150 000 30 000 (si)
15 000 (1)
150 000 (1.1)
sd = 15 000 sd = 150 000 sc = 195 000
15 000 15 000 150 000 150 000 195 000 195 000

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164
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
BALANCETE RECTIFICADO
Movimentos Saldos
cod Descrição
Debito Crédito Devedor Credor
11 I. CORPOREAS 1 800 000 ___ 1 800 000 ___
13 I. FINANCEIROS 2 000 000 ___ 2 000 000 ___
18 A. ACUMULADAS ___ 195 000 ___ 195 000
21 COMPRAS 2 000 000 2 000 000 ___ ___
26 MERCADORIAS 2 221 000 1 637 500 583 500 ___
31 CLIENTES 769 500 ___ 769 500 ___
32 FORNECEDORES 536 000 2 680 000 ___ 2 144 000
34.5.2 IVA DEDUTIVEL 493 500 ___ 493 500 ___
34.5.3 IVA LIQUIDADO ___ 340 200 ___ 340 200
33 EMPRÉSTIMOS 200 000 2 000 000 ___ 1 800 000
36 PESSOAL 150 000 150 000 ___ ___
37 O.V.R. PAGAR ___ 1 738 500 ___ 1 738 500
43 D. ORDEM 3 500 700 921 000 2 579 700 ___
45 CAIXA 500 000 ___ 500 000 ___
51 CAPITAL ___ 1 941 000 ___ 1 941 000
61 VENDAS ___ 2 430 000 ___ 2 430 000
71 CMVMC 1 627 500 ___ 1 627 500 ___
73 A. EXERCICIO 165 000 ___ 165 000 ___
75 O.C.P. OPERA. 35 000 ___ 35 000 ___
76 C.P.F. GERAIS 35 000 ___ 35 000 ___
TOTAL 16 033 200 16 033 200 10 588 700 10 588 700

APURAMENTO DE RESULTADOS
PROVEITOS OPERACIONAIS CUSTOS OPERACIONAIS
61. VENDAS = 2 430 000 71. CMV = 1 627 500
73. A. EXERCICIO = 165 000
75. O.C.P.O = 35 000 R.O = P.O - CO =2 430 000 - 1 827 500
= 602 500
CUSTOS FINANCEIROS
76. C.P.F.G = 35 000 R.F = PF - CF 0 - 35 000
= - 35 000
TOTAL = 2 430 000 TOTAL = 1 862 500
RAI = 602 500 - 35 000
RAI = 567 500
IMPOSTO = 567 500 * 25%
IMPOSTO = 141 875
RLE = 567 500 - 141 875
RLE = 425 625

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165
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
LANÇAMENTOS DE APURAMENTO DE RESULTADOS
61 71 73
1) 2 430 000 2 430 000 (0) 0) 1 627 500 1 627 500 (2) 0) 165 000 165 000 (3)
s=0 s=0 s=0
2 430 000 2 430 000 1 627 500 1 627 500 165 000 165 000
75 76 82
0) 35 000 35 000 (4) 0) 35 000 35 000 (5) 2) 1 627 500 2 430 000 (1)
3) 165 000
4) 35 000
6) 602 500
s=0 s=0 s=0
35 000 35 000 35 000 35 000 2 430 000 2 430 000
83 88 87
5) 35 000 35 000 (7) 7) 35 000 602 500 (6) 9) 141 875 141 875 (8)
8) 141 875
s=0 sc = 425 625 s=0
35 000 35 000 602 500 602 500 141 875 141 875
34
141 875 (9)
sc= 141 875
141 875 141 875

Empresa: ECP, Lda.


Demonstração de Resultados em 31/12/2021 Valores expressos em Kwanza
Exercicios
Descrição Notas 2021 2020
vendas 2 430 000
2 430 000
Custo das mercadorias vendidas 1 627 500
Amortizaçoes do exercicio 165 000
Outros custos operacionais 35 000
Resultados operacionais 602 500
Resultados financeiros -35 000
RAI 567 500
Imposto sobre o rendimento 141875
Resultado Liquido do Exercicio 425 625

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166
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
APURAMENTO DO IVA
34.5.2 34.5.3 34.5.5
0) 493 500 493 500 (1) 2) 340 200 340 200 (0) 1) 493 500 340 200 (2)
153 300 (3)
s=0 s=0 s=0
493 500 493 500 340 200 340 200 493 500 493 500
34.5.7
3) 153 300
sd = 153 300

153 300 153 300

Balancete Final
Movimentos Saldos
cod Descrição
Debito Crédito Devedor Credor
11 I. CORPOREAS 1 800 000 ___ 1 800 000 ___
13 I. FINANCEIROS 2 000 000 ___ 2 000 000 ___
18 A. ACUMULADAS ___ 195 000 ___ 195 000
21 COMPRAS 2 000 000 2 000 000 ___ ___
26 MERCADORIAS 2 221 000 1 637 500 583 500 ___
31 CLIENTES 769 500 ___ 769 500 ___
32 FORNECEDORES 536 000 2 680 000 ___ 2 144 000
34 ESTADO 153 300 141 875 153 300 141 875
33 EMPRÉSTIMOS 200 000 2 000 000 ___ 1 800 000
36 PESSOAL 150 000 150 000 ___ ___
37 O.V.R. PAGAR ___ 1 738 500 ___ 1 738 500
43 D. ORDEM 3 500 700 921 000 2 579 700 ___
45 CAIXA 500 000 ___ 500 000 ___
51 CAPITAL ___ 1 941 000 ___ 1 941 000
61 VENDAS 2 430 000 2 430 000 ___ ___
71 CMVMC 1 627 500 1 627 500 ___ ___
73 A. EXERCICIO 165 000 165 000 ___ ___
75 O.C.P. OPERA. 35 000 35 000 ___ ___
76 C.P.F. GERAIS 35 000 35 000 ___ ___
82 R. OPERACIO. 2 430 000 2 430 000
83 R. FINANCEIR. 35 000 35 000
87 I.S.LUCROS 141 875 141 875
88 R.L.EXERCICIO 176 875 602 500 425 625
TOTAL 20 906 750 20 906 750 8 386 000 8 386 000

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167
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
Empresa: ECP, Lda.
Balanço em 31 de Dezembro de 2021 Valores expressos em Kwanza
Exercicios
Descrição Notas 2021 2020
ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE
IMOB. CORPOREAS 1 800 000
INV. FINANCEIROS 2 000 000
AMORT. ACUMULADAS -195 000
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE 3 605 000
ACTIVO CORRENTE
EXISTÊNVIAS
MERCADORIAS 583 500
CONTAS A RECEBER
CLIENTES 769 500
ESTADO 153 300
DISPONIBILIDADES
DEPOSITOS A ORDEM 2 579 700
CAIXA 500 000
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 4 586 000
TOTAL DO ACTIVO 8 191 000

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO


CAPITAL PRÓPRIO
CAPITAL 1 941 000
RESUTADO LIQUIDO DO EXERCICIO 425 625
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 2 366 625
PASSIVO NÃO CORRENTE
EMPRESTIMO DE MEDIO E LONGO PRAZO
EMPRESTIMO BANCÁRIO 1 800 000
TOTAL DO PASSIVO NÃO COREENTE 1 800 000
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR
FORNECEDORES 2 144 000
ESTADO 141 875
OUTROS VALORES A PAGAR 1 738 500
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 4 024 375
TOTAL DO PASSIVO 5 824 375
TOTAL DO CAPITA PROPRIO E PASSIVO 8 191 000

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168
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA

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169
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
4.8 Balanço inicial, Abertura de contas, registo no razão, Apuramento de Resultados e
Balanço Final
A empresa BETA, LDA., localizada em Luanda que se dedica a comercialização de
produtos alimentares apresentava em 01 de janeiro de 2020 os seguintes elementos patrimoniais
(valores expressos em Kwanza):
1. Edifício não afecto a actividade comercial 2 500 000,00
2. 30 Sacos de arroz com 25 Kg cada a 7 500 KZ o saco.
3. Debito de Beta, LDA. pelo fornecimento de mercadorias
no valor de KZ 350 000,00
4. Impostos a pagar 75 000,00
5. Crédito de fornecedores 250 000,00
6. Cheques em carteira 300 000,00
7. Valores em bancos 500 000,00
8. Computador Administrativo 150 000,00
9. Empréstimo Bancário a pagar em 18 meses 2 000 000,00
10. Uma Viatura Mazda 1 500 000,00

Durante o exercício a empresa realizou as seguintes operações:


1. Factura nº 001 para JJ, LDA., na qual consta 15 sacos de arroz ao custo unitário de KZ
13 000,00.
2. Amortizou 20% do financiamento bancário.
3. Suportou juros pelo empréstimo bancário no valor de Kz 25 000,00.
4. O cliente JJ,Lda., liquidou a sua dívida da seguinte forma: ¼ por transferência e o resto
em numerário.
5. Factura nº. 04 de Angolissar, LDA., na qual consta 20 caixas de Frango ao preço
unitário de Kz 8 500,00 cada. Desconto comercial de 5%.
Nota: A empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente
Pretende-se:
a) A elaboração do Balanço Inicial; 2v
b) Abertura das contas; 1v
c) Registo No Razão; 5v
d) Balancete de Verificação; 2v
e) Apuramento de resultados; 3v
f) Demonstração de resultados. 2v
g) Balancete Final; 2v
h) Balanço Final. 3v

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170
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
EMPRESA: BETA, LDA
BALANÇO EM 01 DE JANEIRO DE 2020 VALORES EXPRESSOS EM KWANZA
EXERCÍCIOS
DESCRIÇÃO NOTAS
2020 2019
ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE:
IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS
EQ. DE CARGA E TRANSPORTE 1 500 000
EQ. ADMNISTRATIVO 150 000
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
INVESTIMENTOS EM IMÓVEIS 2 500 000
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE 4 150 000
ACTIVO CORRENTE:
EXISTÊNCIAS
MERCADORIAS 225 000
CONTAS A RECEBER
CLIENTES 350 000
DISPONIBILIDADES
DEPÓSITOS À ORDEM 500 000
CAIXA 300 000
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE: 1 375 000
TOTAL DO ACTIVO: 5 525 000

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO


CAPITAL PRÓPRIO
CAPITAL 3 200 000
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 3 200 000
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE
EMPRESTIMOS DE MEDIO E LONGO PRAZO
EMPRESTIMOS BANCÁRIOS 2 000 000
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE: 2 000 000
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR
FORNECEDORES 250 000
ESTADO 75 000
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE: 325 000
TOTAL DO PASSIVO: 2 325 000
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO: 5 525 000

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171
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
ABERTURA DAS CONTAS E REGISTO NO RAZÃO
11. I. CORP. 13. I. FIN. 26. MERC
si) 1 650 000 si) 2 500 000 si) 225 000 112 500 1.1)
5.1) 161 500
1 650 000 sd) 2 500 000 sd) 274 000 sd)
1 650 000 1 650 000 2 500 000 2 500 000 386 500 386 500

31. CL. 43. D.O 45. CX


si) 350 000 si) 500 000 400 000 2) si) 300 000
1) 195 000 4) 136 250 25 000 3) 4) 408 750
545 000 sd) 211 250 sd) 708 750 sd)
545 000 545 000 636 250 636 250 708 750 708 750

51. CAP. 32. FORNECED. 33. EMPREST


3 200 000 si) 250 000 si) 2) 400 000 2 000 000 si)
161 500 5)
sc) 3 200 000 sc) 411 500 sc) 1 600 000
3 200 000 3 200 000 411 500 411 500 2 000 000 2 000 000

34. ESTADO 61. VENDAS 71. CMVMC


75 000 si) 195 000 1) 1.1) 112 500
sc) 75 000 sc) 195 000 112 500 sd)
75 000 75 000 195 000 195 000 112 500 112 500

76. C. P. FIN. GERAIS 21. COMPRAS


3) 25 000 5) 161 500 161 500 5.1)
25 000 sd) s=0
25 000 25 000 161 500 161 500

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172
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DEBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
11 I. CORP 1 650 000 ___ 1 650 000 ___
13 INV. FIN. 2 500 000 ___ 2 500 000 ___
21 COMPRAS 161 500 161 500 ___ ___
26 MERCADORIAS 386 500 112 500 274 000 ___
31 CLIENTES 545 000 545 000 ___ ___
32 FORNECEDORES ___ 411 500 ___ 411 500
33 EMPRÉSTIMOS 400 000 2 000 000 ___ 1 600 000
34 ESTADO ___ 75 000 ___ 75 000
43 D. ORDEM 636 250 425 000 211 250 ___
45 CAIXA 708 750 ___ 708 750 ___
51 CAPITAL ___ 3 200 000 ___ 3 200 000
61 VENDAS ___ 195 000 ___ 195 000
71 CMVMC 112 500 ___ 112 500 ___
76 C. P. FIN. GERAIS 25 000 ___ 25 000 ___
TOTAL 7 125 500 7 125 500 5 481 500 5 481 500

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173
CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
ABERTURA DAS CONTAS E REGISTO NO RAZÃO
61. VENDAS 71. CMVMC 76. C. P. FIN. GERAIS
1) 195 000 195 000 si) si) 112 500 112 500 2) si) 25 000 25 000 3)

195 000 195 000 112 500 112 500 25 000 25 000
82. R. OPERACIONAIS 83. R. FINANCEIROS 88. RLE
2) 112 500 195 000 1) 3) 25 000 25 000 5) 5) 25 000 82 500 4)
4) 82 500 6) 14 375
s=0 s=0 sc) 43 125
195 000 195 000 25 000 25 000 82 500 82 500
87. IMP.S. LUCROS 34. ESTADO
7) 14 375 14 375 6) 14 375 7)

s=o sc) 14 375


14 375 14 375 14 375 14 375

EMPRESA: BETA, LDA


DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31/12/2022 VALORES EXPRESSOS EM KWANZA
EXERCICIOS
DESCRIÇÃO NOTAS
2020 2019
VENDAS 195 000
195 000
CUSTO DAS MERC. VENDIDAS E MC 112 500
RESULTADOS OPERACIONAIS 82 500
RESULTADOS FINANCEIROS -25 000
RESULT. ANTES DOS IMPOSTOS 57 500
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO (25%) 14 375
RESULT. LIQUIDO DO EXERCICIO 43 125

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
BALANCETE FINAL
MOVIMENTOS SALDOS
COD DESCRIÇÃO
DEBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
11 I. CORP 1 650 000 ___ 1 650 000 ___
13 INV. FIN. 2 500 000 ___ 2 500 000 ___
21 COMPRAS 161 500 161 500 ___ ___
26 MERCADORIAS 386 500 112 500 274 000 ___
31 CLIENTES 545 000 545 000 ___ ___
32 FORNECEDORES ___ 411 500 ___ 411 500
33 EMPRÉSTIMOS 400 000 2 000 000 ___ 1 600 000
34 ESTADO ___ 89 375 ___ 89 375
43 D. ORDEM 636 250 425 000 211 250 ___
45 CAIXA 708 750 ___ 708 750 ___
51 CAPITAL ___ 3 200 000 ___ 3 200 000
61 VENDAS 195 000 195 000 ___ ___
71 CMVMC 112 500 112 500 ___ ___
76 C. P. FIN. GERAIS 25 000 25 000 ___ ___
82 R. OPERACIONAIS 195 000 195 000 ___ ___
83 R. FINANCEIROS 25 000 25 000 ___ ___
87 I. S. LUCROS 14 375 14 375 ___ ___
88 R.L.E 39 375 82 500 ___ 43 125
TOTAL 7 594 250 7 594 250 5 344 000 5 344 000

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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
EMPRESA: BETA, LDA
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 VALORES EXPRESSOS EM KWANZA
EXERCÍCIOS
DESCRIÇÃO NOTAS
2020 2019
ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE:
IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS 1 650 000
INVESTIMENTOS FINANCEIROS 2 500 000
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE: 4 150 000
ACTIVO CORRENTE:
EXISTÊNCIAS
MERCADORIAS 274 000
DISPONIBILIDADES
DEPÓSITOS À ORDEM 211 250
CAIXA 708 750
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE: 1 194 000
TOTAL DO ACTIVO: 5 344 000

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO


CAPITAL PRÓPRIO
CAPITAL 3 200 000
R. LIQUIDO DO EXERCICIO 43 125
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 3 243 125
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE
EMPRESTIMOS DE MEDIO E LONGO PRAZO
EMPRESTIMOS BANCÁRIOS 1 600 000
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE: 1 600 000
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR
FORNECEDORES 411 500
ESTADO 89 375
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE: 500 875
TOTAL DO PASSIVO: 2 100 875
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO: 5 344 000

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


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CONTABILIDADE FINANCEIRA PRÁTICA
5 Bibliografia
ALMEIDA, R. M., & MIRANDA, S. J. (2014). PLANO GERAL DE CONTABILIDADE ANGOLANO - CASOS PRÁTICO E
EXERCICIOS RESOLVIDOS. Edições Técnicas.

ANDRADE, A., BANDEIRA, E., & ANDRÉ, J. (1 de Março de 2016). Manual de Contabilidade Financeira. Manual de
Contabilidade Financeira, p. 157.

CAIADO, A. C. (2015). Contabilidade Analítica e de Gestão. Lisboa: Áreas Editoras, SA.

GONÇALVES, C., RODRIGO, J., FERNANDES, S., & SANTOS, D. (2015). Contabilidade Financeira Explicada. Porto: Vida
Económica - Editorial, SA.

MANUEL, N., & GONÇALVES, F. (2009). Práticas Contabilisticas. Luanda: Texto Editores, LDA - Angoça.

Por: Adilson Adriano Bula Dungula; N° 947346999; FB: Contabilidade FE – UMN


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