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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE

LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

Rolando Muchanga

A Contribuição do Sistema de Controlo Interno na Gestão de Gastos Públicos: Caso do Conselho


Superior da Magistratura Judicial Administrativo.

Maputo, Outubro de 2021


Rolando Muchanga

A contribuição do Sistema de Controlo Interno na Gestão de Gastos Públicos: Caso do


Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativo (CSMJA).

Monografia apresentada ao Instituto Superior de


Contabilidade e Auditoria de Moçambique para
cumprimento dos requisitos necessários à
obtenção do grau de licenciatura em
Contabilidade e Auditoria.

Supervisor: Mestre Filipe Muhaluça

Maputo, Outubro de 2021


APROVAÇÃO DO JÚRI

Este trabalho foi examinado no dia ___ de _________ de_______ por nós, membros do júri
do Instituto de Contabilidade e Auditoria de Moçambique

O presidente:

_______________________________________

O Arguente:

_______________________________________

O supervisor:

___________________________________________

Avaliação do Júri

_______________________________________________

i
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, especialmente a minha mãe que ao longo deste percurso
estudantil, investiu parte da sua vida emocional e sentimental, para que eu pudesse ter uma
formação, ultrapassando barreiras para o bem da família e do país.

Dedico a todos que directa ou indirectamente ajudaram-me e depositaram em mim o seu


carinho e atenção para a realização deste trabalho.

ii
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus, pois sem ele nada disso teria sentido ou valor. Ele me
fortaleceu em todos os momentos, desde o início desta caminhada me dando sabedoria, para
que hoje neste grande dia, eu pudesse ter a oportunidade de mostrar tudo o que sei.

Agradeço às pessoas que me proporcionaram aquilo que sou hoje e aquilo que pude fazer ao
longo da vida, os meus pais Muchanga e Olinda Chamo por todos os valores desde o esforço,
dedicação e coragem que me transmitiram e pela força que sempre me deram ao mostrar-me
que o meu futuro dependia apenas de mim e do meu trabalho. Khanimambo.

Agradeço ao meu orientador Filipe António Muhalunça a confiança que depositou nas minhas
dúvidas, inseguranças e reflexão crítica. Agradeço o olhar lúcido, rigoroso, exigente e de
questionamento atento com que me indicou novos caminhos de explicabilidade que me
fizeram aceder à construção de uma progressiva compreensão inteligível.

Agradeço especialmente a minha esposa Catia Raposo, que incansavelmente foi um pilar na
minha formação, nas noites calmas, chuvosas, trovejantes e  vendavais, ela não fraquejou,
esteve sempre pronto para me ajudar esperando-me todos os dias voltar da faculdade, para ela
vai o meu grande abraço, somos companheiros para sempre. As minhas filhas: Shizley e
Wame que me deram força e nunca dormiam antes de eu chegar a casa.

Aos meus colegas, que nestes anos de faculdade enriqueceram a minha vivência e me
ajudaram a ultrapassar todas as dificuldades que iam aparecendo no dia-a-dia. Sem eles a
minha experiência estudantil não seria a mesma e nunca os esquecerei.

Por último, tenho consciência, que sozinho nada disto teria sido possível, pelo que,
dirijo o meu especial agradecimento, à minha irmã Paula Muchanga, que sempre acreditou
nas minhas capacidades. Pelo amor incondicional, paciência e amizade.

Espero que esta etapa que agora termina possa, de alguma forma retribuir e compensar
todo o vosso esforço, trabalho e dedicação, que constantemente me têm oferecido.

A todos, o meu muito obrigado.

iii
RESUMO

Este estudo pretende responder à seguinte questão: Será que a gestão dos gastos públicos é
feita com a necessária eficácia e eficiência à luz do sistema de controlo interno no C S M J A?
Propõe-se estudar a administração dos bens e fundos públicos, para o cumprimento dos
requisitos legais que devem ser efetuados de forma eficaz, eficiente, económica, equitativa e
até mesmo ecológica. Assim sendo, o presente estudo tem como objectivo: compreender a
contribuição do sistema de controlo interno implementado pelo CSMJA na gestão dos gastos
públicos. Quanto aos aspectos metodológicos, utilizou-se uma abordagem quantitativa,
recorrendo ao questionário para a recolha de dados. Os dados recolhidos foram tratados e
processados com recurso ao software SPSS, 22.0 (Statistical Package for the Social
Sciences). A amostra em estudo, foi constituída por (N=20) funcionários do CSMJA. Os
resultados obtidos revelam que, com implementação de um Sistema de Controlo Interno traria
uma mais-valia no controlo sobre a execução orçamental, a melhoria da qualidade de
informação, a aplicação de recursos de forma mais eficaz, eficiente e económica, e o garante
do cumprimento da legalidade e conformidade legal. Concluiu-se que, o Sistema de Conrolo
Inerno se mostra um instrumento útil na gestão de gastos e identificação de fraudes, de
maneira a analisar com mais atenção as transacções e eventos que representam maiores riscos
nas organizações.

Palavras-chave: Gestão de gastos, Sistema de Controlo Interno, Controlo Interno,


Orçamento, recursos públicos.

iv
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS

Tabela 1: Distribuição dos entrevistados por sexo…………………………………………..19

Tabela 2: Distribuição dos entrevistados por idade.................................................................19

Tabela 3: Distribuição dos entrevistados por nível de escolaridade........................................20

Tabela 4: Caracterização dos inquiridos por tempo de serviço...............................................21

Gráfico 1: Dados sobre se a entidade possui um SCI..............................................................22

Gráfico 3: Contributo do sistema do controlo interno da organização....................................23

Gráfico 4: Dados sobre sistema de controlo interno é uma mais-valia para a execução
orçamental.................................................................................................................................24

Gráfico 5: Dados sobre valorização da contribuição do SCI para a execução orçamental.....25

Gráfico 6: Dados sobre as vantagens da utilização do SCI......................................................26

Gráfico 7: Importância do SCI na detecção e prevenção da fraude.........................................27

v
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Administração Pública
CI Controlo Interno
DAF Departamento de Administração e Finanças
CSMJA Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativa
EO Estatuto Orgânico
IGF Inspecção-geral de Finanças
SCI Sistema de Controlo Interno
OE Orçamento do Estado

vi
Índice
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

1.1. Definição do problema.........................................................................................................1

1.2. Perguntas de Pesquisa..........................................................................................................2

1.3. Objectivos da pesquisa.........................................................................................................3

1.4. Justificativa..........................................................................................................................3

2. REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................................5

2.1. Controle Interno...................................................................................................................5

2.2. Sistema de Controlo Interno................................................................................................6

2.3. Características do Sistema de Controlo Interno...................................................................7

2.4. Tipos de Sistema de Controlo Interno.................................................................................9

2.4.1. Controlo Interno Administrativo ou Operacional.............................................................9

2.4.2. Controlo Interno Contabilístico........................................................................................9

2.5. Princípios do Sistema de Controlo Interno........................................................................10

3. METODOLOGIA.................................................................................................................13

3.1. Caracterização de Pesquisa................................................................................................13

3.1.1. Pesquisa quanto à Abordagem........................................................................................13

3.1.2. Pesquisa quanto à Natureza............................................................................................13

3.1.3. Pesquisa quanto aos Objectivos......................................................................................13

3.1.4. Pesquisa quanto aos Procedimentos Técnicos................................................................13

3.2. Delimitação Temporal e Espacial do Estudo (Local e Tempo do Estudo)........................14

3.2.1. Delimitação Temporal....................................................................................................14

3.2.2. Delimitação Espacial......................................................................................................14

3.3. População e Amostragem..................................................................................................14

3.4. Modo de Selecção dos Participantes..................................................................................15

vii
3.4.1. Critérios de Inclusão.......................................................................................................15

3.4.2. Critérios de Exclusão......................................................................................................15

3.5. Procedimentos e Instrumento de Recolha de Dados..........................................................15

3.5.1. Instrumento de Recolha de dados...................................................................................15

3.5.2. Procedimentos de Recolha de dados...............................................................................16

3.6. Variáveis da Pesquisa........................................................................................................17

3.7. Técnicas de Análise de Dados...........................................................................................17

3.8. Aspectos éticos...................................................................................................................17

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...............................................................19

4.1. Características demográficas dos funcionários do CSMJA...............................................19

4.2. Sistema de Controlo Interno Implementado pelo Órgão em estudo..................................21

4. 3. Contributo do Sistema de Controlo Interno para a execução orçamental do CSJMA......23

4. 4. Vantagens da utilização do Sistema de Controlo Interno na gestão dos gastos no CSMJA.


...................................................................................................................................................26

5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................28

5.1. Conclusões.........................................................................................................................28

5.2. Limitações..........................................................................................................................30

5.3. Recomendações..................................................................................................................31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................32

APÊNDICE...............................................................................................................................35

viii
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como título“A contribuição do Sistema de Controlo Interno na


Gestão de Gastos Públicos: Caso do Conselho Superior da Magistratura Judicial
Administrativo (CSMJA),” constitui um trabalho científico para obtenção do grau de
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria pelo Instituto Superior de Contabilidade e
Auditoria de Moçambique. Este título insere-se no âmbito do controlo interno da gestão do
orçamento, concretamente no que tange a contratação de bens e serviços para o órgão em
estudo.

No ambiente organizacional, o controlo é o meio de alcançar os objectivos a que se propõe a


empresa. O controlo interno serve para garantir, entre outros intuitos, que as normas e
procedimentos sejam realizados de forma eficiente e que as informações contábeis espelhem a
real posição patrimonial da organização. Para o Costa (2007), todas as organizações ou
entidades, por mais pequenas que sejam, e qualquer que seja o seu ramo de actividade, não
podem atingir eficazmente os seus objectivos, ou seja, maximizar resultados e minimizar
custos e riscos, sem terem qualquer sistema de controlo interno.

Neste sentido, o sistema de controlo interno consiste nas técnicas que servem como um
suporte de apoio às decisões gerenciais, ou aos planos de organização que prevê os métodos e
medidas, de forma ordenada para ser adoptada dentro da empresa a fim de resguardar os seus
activos e outras informações estratégicas (Almeida, 2003). Assim, possuir um excelente
sistema de controlo interno é fundamental para diminuir a possibilidade de que práticas
fraudulentas ocorram na gestão.

Nesse contexto, o controlo interno, quando empregado de maneira adequada, presta-se a


identificar falhas, perdas e fraudes, visto que, é necessário que as organizações conscientizem-
se na elaboração ou revisão das normas e políticas operacionais que inclua regras básicas de
controlo. De maneira resumida, o sistema de controlo interno, quando adoptados pela
instituição, serve para fiscalizar se as rotinas estão sendo correctamente cumpridas, pelos seus
colaboradores.

1.1. Definição do problema

Com a aprovação do Estatuto Orgânico (EO) da Inspecção-geral de Finanças (IGF), e o


correspondente Regulamento Interno, pelo Decreto n.º 40/99, de 29 de Junho, e o Diploma
Ministerial n.º 57/2000, de 21 de Junho respectivamente, observou-se mais um avanço no
fortalecimento do controlo interno em Moçambique, uma vez que a função de zelar pela
observância rigorosa da disciplina financeira do Estado e outros entes públicos já fora

1
conferida ao órgão acima referenciado pelo próprio Estatuto Orgânico do Ministério das
Finanças.

Diante disso, pode-se afirmar que o sistema de controlo interno é de suma importância dentro
de uma organização, visto que, utilizado de forma correcta e com mecanismos eficientes, é
capaz de gerar informações mais proveitosas e com um maior teor de confiança, assegurando
assim aos gestores, uma correcta tomada de decisões visando uma maior lucratividade para
entidade.

Ao nível do país, todas instituições do Estado, lhe é disponibilizado um fundo aprovado no


Orçamento do Estado (OE) para gasto em bens e serviços, o Conselho Superior da
Magistratura Judicial Administrativa (CSMJA) não foge a regra. Para o CSMJA, nos anos de
2018 e 2019, o valor do orçamento atribuído foi de dois milhões e um milhão e meio de
meticais respectivamente. Verificou-se que em 2018 gastou-se quase todo o orçamento sem
excedente, ao contrário de 2019, ano em que as despesas ultrapassaram de longe o valor
orçado, criando um impacto negativo na gestão orçamental.

Diante disso, observa-se que existe um desequilíbrio entre o valor orçado e valor gasto, na
medida em que não se verifica nenhuma política de controlo e gestão dos gastos em bens e
serviços de modo a gerir o orçamento, aumentando os inúmeros casos de incompetência,
impropriedades e práticas perversas sobre a gestão de fundos públicos, continuam abalando a
confiança e a credibilidade das instituições públicas moçambicanas. Esses factos demonstram
que, os sistemas de controlo interno possuem deficiências que os impedem de garantir de
forma razoável, eficiente, eficaz e qualitativa, a gestão dos gastos em bens e serviços pelos
órgãos públicos.

O sistema de controlo interno deve ser altamente eficiente, pois não pode ser transgredido
pelos gestores. Se a gerência ordenar que os colaboradores operem e/ou ocultem transacções
em determinados procedimentos internos, devem ser identificados pelo sistema de controlo
interno. Diante destes factos, e porque o trabalho relaciona-se com um órgão de uma
instituição pública moçambicana, a questão que se coloca é:

 Será que a gestão dos gastos públicos é feita com a necessária eficácia e eficiência
à luz do sistema de controlo interno no C S M J A?

1.2. Perguntas de Pesquisa

 Que tipo de sistema de controlo interno é implementado pelo Conselho Superior da


Magistratura Judicial Administrativa (CSMJA)?

2
 Qual é o contributo do Sistema de Controlo Interno para a execução orçamental do
CSMJA?
 Quais são as vantagens da utilização do Sistema de Controlo Interno na gestão dos
gastos públicos no CSMJA?

1.3. Objectivos da pesquisa

1.3.1. Objectivo geral

 Compreender a contribuição do sistema de controlo interno implementado pelo


CSMJA na gestão dos gastos públicos.

1.3.2. Objectivos específicos

 Descrever as características demográficas dos funcionários do CSMJA

 Descrever o Sistema de Controlo Interno implementado pelo órgão em estudo;

 Explicar o contributo do Sistema de Controlo Interno para a execução orçamental do


CSMJA;

 Conhecer as vantagens da utilização do Sistema de Controlo Interno na gestão dos


gastos no CSMJA.

1.4. Justificativa

Esta investigação mostra-se relevante pelo facto de permitir que se perceba qual é o
contributo do sistema de controlo interno na gestão de gastos públicos. É dentro deste
contexto que se mostra pertinente fazer uma reflexão sobre a questão papel do Controle
Interno aplicado à Gestão dos Gastos Públicos. Justifica-se a realização deste estudo com base
em três dimensões: pessoal, social e académica.

O interesse pessoal nesse tema centra-se no facto do pesquisador, enquanto contabilista por 10
anos ter tomado conhecimento de ocorrências de fraudes em varias organizações, pelo simples
facto de não possuírem nenhum tipo de controlo, dando oportunidade a erros e,
principalmente, a fraudes, assim, ocasionando prejuízos, que, em alguns casos levaram ao
fechamento dessas organizações.

Como contribuição social, a presente pesquisa visa apontar a obrigatoriedade de se manter


sistema de Controlo Interno nos órgãos públicos, sendo o Controlo Interno uma ferramenta
que assegura a transparência na gestão dos gastos públicos. E estabelecer também um paralelo
entre os conhecimentos adquiridos em nível académico à realidade prática, a partir da
fundamentação do papel do Controle Interno aplicado à Gestão dos Gastos Públicos.

3
Quanto a contribuição académica, a escolha do tema está em despertar atenção não só aos
gestores dos fundos públicos, mas aos profissionais de todas áreas da ciência a necessidade de
implementação de um sistema de controlo interno que possa se adequar e garantir o alcance
dos objectivos das organizações.

4
2. REVISÃO DA LITERATURA

A revisão bibliográfica foi efetuada sobre os aspectos de análise da estrutura conceitual sobre
os pontos: (1) aspecto conceptual do controlo interno, (2) do sistema de controlo interno, (3)
classificação do sistema de controlo interno, (4) características do sistema de controlo interno,
(5) princípios do sistema de controlo interno.

2.1. Controle Interno

O controlo interno é uma consequência do crescimento das empresas. Na óptica de Pinheiro


(2010), a sua importância aumentou significativamente com a globalização dos mercados e a
intensificação da concorrência entre empresas, obrigando-as a melhorar e aperfeiçoar os
processos de gestão dos seus negócios, de forma a poderem sobreviver em mercados cada vez
mais exigentes.

Na perspectiva de Longenecker (2004, p.520), conceitua controlo interno como “um sistema
de verificações e saldos que desempenha papel-chave no resguardo dos activos da empresa e
no aumento da exactidão e confiabilidade dos seus demonstrativos financeiros”. No mesmo
diapasão, Crepaldi (2008, p.66), corrobora definindo como: O conjunto de normas, rotinas,
sistemas, procedimentos, formando o plano organizacional de uma empresa, cujo objectivo
maior é de salvaguardar e proteger seus activos, verificar o grau de confiabilidade e exactidão
dos registo contábeis, promover a eficiência operacional e proporcionar à administração dados
seguros que lhe permitam uma tomada de decisão com menor de grau de risco possível.

Na perspectiva do Morais e Martins (2007:28), define controlo interno “como um processo


que compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas adoptados na empresa
para salvaguardar os seus activos, verificar a exactidão e fidelidade dos dados contabilísticos,
desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas administrativas
prescritas”.

Por seu lado, para Reis (2005), o controlo interno reúne o conjunto das disposições incluídas
nas organizações e processos, cujo objectivo consiste em assegurar a qualidade da
informação, a protecção do património, o respeitar das leis, planos e políticas da direcção
geral, assim como a eficácia do funcionamento da empresa. Seguindo este raciocínio, Rocha
(2009), defendem que o controlo interno tem a função de prevenir e identificar irregularidades
e possíveis distorções, contudo, explicam que se este controlo fosse absoluto, iria implicar
custos avultados e possivelmente, a sua implementação não seria exequível.

Desta maneira, o controle interno busca também examinar a eficiência e aplicabilidade das
deliberações tomadas nas empresas, ou ainda, comprovar por meio de averiguação se

5
realmente o que foi executado está em consonância com o planeamento, assegurando que a
correcção dos resultados planeados seja confirmada (Chiavenato, 2006). Na mesma linha do
pensamento, Attie (2011, p.192), afirma que o controle interno caracteriza-pela tomada de
decisão e na realização de objectivos, no qual torna-se parte integrante de cada segmento da
organização e cada procedimento corresponde a uma parte do conjunto do controle interno.

As definições de controlo interno são várias, o que as diferencia é a forma que o controlo é
mencionado ou empregado. De um ponto de vista mais amplo, pode-se afirmar que o controlo
interno de uma empresa engloba o conjunto de procedimentos e controlos pré-estabelecidos
pela gestão de uma entidade, os quais visam garantir a qualidade da informação financeira,
como também a eficácia das operações e processos dentro da entidade, através da
minimização de erros e irregularidades, assegurando de forma razoável o cumprimento dos
objectivos estabelecidos para a mesma.

2.2. Sistema de Controlo Interno

Relativamente ao termo Sistema de Controlo Interno tem que se começar por referir, que na
literatura, os termos Controlo Iinterno e Sistema de Controlo Interno são usados de forma
indiscriminada, sendo a diferenciação do seu uso efetuada pelo contexto da utilização, ou seja,
quando se fala em acções concretas o termo e significado utilizado é o CI, e quando se refere
a um conjunto de acções concebidas como um todo, o termo e significado é o SCI.

O sistema de controlo interno é dotado de uma estrutura complexa. Segundo Azevedo e Reina
(2010) define sistema de controlo interno como o conjunto de unidades técnicas, articuladas a
partir de um órgão central de coordenação, orientadas para o desempenho das atribuições de
controlo interno indicados na Constituição e normatizados em cada nível de governo.

Por sua vez, Neves (2009), o sistema de controlo interno significa todas as políticas e
procedimentos (controlo interno) adoptados pela gerência de uma entidade para contribuir
para a obtenção do objectivo da gerência de assegurar, tanto quanto praticável a condução
ordenada e eficiente do seu negócio, incluindo a aderência as políticas de gestão, a
salvaguarda de activos, a prevenção e detecção de fraudes e erros, e o rigor a plenitude dos
registos contabilísticos e a preparação tempestiva de informação financeira credível.

Para Costa (2000), o sistema de controlo interno estende-se para além das matérias que se
relacionam directamente com as funções do sistema contabilístico e compreendem o ambiente
de controlo e os procedimentos de controlo. Por um lado, o ambiente de controlo entende-se a
atitude global, a consciencialização e as acções dos directores e administradores relativamente
ao sistema de controlo interno e a sua importância para uma organização. E por outro lado, os

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procedimentos de controlo significam as políticas e os procedimentos que, para além do
ambiente de controlo, o órgão de gestão estabeleceu a fim de atingir aos objectivos
específicos da organização.

Neste sentido, o sistema de controlo interno é a consequência do planeamento, organização e


supervisão de informações por meio de procedimentos e medidas que objectivam proteger os
activos, averiguar a exactidão dos dados contábeis, aumentar a eficiência operacional e
promover obediência às directrizes administrativas, buscando proporcionar uma estrutura em
que o trabalho das organizações seja realizado de modo mais garantido (Araújo; Luca, 2006;
Queiroz; Queiroz, 2007).

De acordo com as definições acima transcritas, entende-se como SCI o conjunto de acções do
CI realizado de forma agregada e estruturada entre si, sobre os processos, procedimentos e
políticas de uma organização, realizadas nas organizações pelos seus dirigentes e
colaboradores, por forma a garantirem uma maior fiabilidade, adequabilidade e conformidade
das acções, melhorando e garantindo a informação e a sua prestação.

2.3. Características do Sistema de Controlo Interno

O SCI é caracterizado por um conjunto de aspectos que lhe dão corpo e de acordo com Marçal
e Marques (2011), são cinco as principais características de um SCI, a saber: a segregação de
funções; definição de autoridade e responsabilidade; controlo das operações; competência do
pessoal; e registo dos factos.

A segregação de funções, tem como finalidade, evitar que sejam atribuídas à mesma pessoa
duas ou mais funções concomitantes com o objectivo de impedir ou pelo menos dificultar a
prática de erros, irregularidades ou a sua simulação (Marçal e Marques, 2011).

A segregação de funções cruza-se com outra das características do SCI também mencionadas,
a definição de responsabilidades, ou seja, com a segregação de funções pretende-se que uma
pessoa seja responsável pela execução de uma operação, operação essa que deverá estar
identificada nos fluxogramas de actividades da organização e no manual de procedimentos,
não se correndo assim o risco de mais de uma pessoa intervir na mesma fase do processo,
impossibilitando, caso seja necessário, o apurar de responsabilidades

A definição de autoridade e delegação de responsabilidades dentro de uma empresa, tem


como objectivo fixar e limitar dentro do possível, as funções de todo o pessoal (Costa, 2010),
sendo que a definição de autoridade e responsabilidade deve estar gizada num plano,
identificando a autoridade funcional de cada elemento e atribuindo a responsabilidade
inerente a cada função, (Marçal e Marques, 2011). Com efeito, para um SCI não basta

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somente identificar a autoridade e responsabilidade, a mesma deve estar vertida num plano
para que possa ser conhecida por todos, e verificada e controlada por quem possuir essa
responsabilidade.

Para Marçal e Marques (2011), o controlo das operações consiste na verificação ou


conferência das operações, a qual por obediência ao princípio da segregação de funções, deve
ser efectuado por pessoa diferente das que intervieram na sua realização ou registo.

Outra das características referidas em Morais e Martins (2013), diz respeito às habilitações e
competências técnicas necessárias para o desempenho da das acções do CI, acrescentando-se
que para o desempenho das referidas funções é necessário também um profissional que tenha
qualificações, experiência e um determinado perfil.

Todas as características enumeradas até ao momento são essenciais ao SCI mas não se pode
deixar de referir que em todos os momentos é necessário verificar o registo dos factos. A
aplicação deste princípio relaciona-se com a forma como as operações são relevadas na
contabilidade que deve ter em conta a observância das regras contabilísticas aplicáveis e os
comprovantes ou documentos justificativos. (Costa, 2010).

Conforme D’avila e Oliveira (2002), as características do sistema de controlo interno são


representadas pela constituição dos processos internos, executados em geral pelas pessoas
comprometidas com a administração da empresa, directores, gerentes, supervisores, todos
relacionados a tomada de decisões. Estas características compreendem o alcance de
objectivos, das seguintes categorias, definidas pelos autores: eficácia e eficiência operacional;
mensuração de desempenho e divulgação financeira; protecção de activos; cumprimento das
leis e regulamentações (Ibidem).

Segundo Attie (2011), as características de um sistema de controlo interno são indiferentes à


classificação administrativa, podendo variar de acordo com algumas circunstâncias
específicas. Ademais, pode-se afirmar que um sistema eficiente de controlo interno deve
caracterizar-se por apresentar: (1) um plano de organização que proponha a segregação de
funções entre execução, protecção e contabilização; (2) um sistema de autorização que
propicie controlo sobre contas patrimoniais e de resultado; (3) a observação de práticas
positivas nos diversos departamentos da organização; e (4) os recursos humanos com a devida
capacitação técnica e profissional para suas atribuições.

Portanto, as características dos sistemas de controlo interno devem variar de acordo com a
natureza do negócio, estrutura e tamanho da empresa, diversidade e complexidade das

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operações, métodos utilizados para processamento de dados e requisitos legais e
regulamentares aplicáveis.

2.4. Tipos de Sistema de Controlo Interno

Para Costa (2012), existem dois tipos de sistema de controlo interno: Administrativo ou
operacional e contabilístico.

2.4.1. Controlo Interno Administrativo ou Operacional

Este tipo de controlo inclui o plano de organização e os procedimentos e registos que se


relacionam com os processos de decisão e autorização das transacções. Esta autorização é
uma função da administração associada aos objectivos definidos.

Este controlo interno não influi nas demonstrações financeiras. Necessita de: (1) pessoal
qualificado, experiente e apto para as actividades a desenvolver e (2) normas que se visam o
cumprimento dos deveres e funções.

Costa (2012) sustenta que controlo de sistema administrativo, deve ser visto como um
processo ou um conjunto ordenado de medidas que visam a salvaguarda dos activos da
empresa ou entidades, bem como a fidelidade da informação.

Na mesma reflexão, autores como Lemes e Reis (2005), o controle no processo administrativo
deve conter os seguintes factores: (1) estrutura organizacional-identificando as áreas
responsáveis na hierarquia organizacional e a descrição de suas funções; (2) racionalização de
processos - simplificar os processos e operações, permitindo à administração concentrar seus
esforços nos aspectos realmente pertinentes à sua gestão; (3) integração dos processos de
planejamento e orçamentos - essa tarefa pressupõe duas facetas a função do planejamento e a
integração dos processos de planejamento e do plano orçamentário, de tal forma que os planos
operacionais anuais reflectidos no orçamento, os objectivos e metas estabelecidas a médio e
longo prazo.

Entre os métodos adoptados por esse tipo de controlo, é importante ressaltar a definição dos
procedimentos e a metodologia na aplicação desta política da empresa. E ainda, constitui-se
no ponto de partida para o controlo interno contabilístico.

2.4.2. Controlo Interno Contabilístico

Na perspectiva de Costa (2012), este tipo de sistema de controlo compreende o plano de


organização e os registos e procedimentos relacionados com a salvaguarda dos activos de
empresa e com a confiança que inspiram os registos contabilísticos, de modo a que propiciem
uma razoável certeza de que: (1) as operações são executadas de acordo e com a aprovação da

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administração; (2) as operações são registadas de modo que as demonstrações financeiras
elaboradas estejam em conformidade com os PCGA´s.

Salienta o autor que, é especialmente relevante para a produção das Contas, e portanto para
todas as decisões e obrigações nelas baseadas. Assim, é através do plano de organização e
procedimentos e pelo conjunto de registos, que pode-se avaliar: (1) as transacções foram
efectuadas com base em autorizações gerais ou específicas da Administração; (2) os registos
contabilísticos permitem a elaboração das demonstrações financeiras e os critérios adequados;
(3) o acesso aos activos está reservado de acordo as instruções da Administração; (4) se
efectuam comparações periódicas entre o património contabilístico e o património real; (5) se
são tomadas medidas apropriadas sempre que se encontrem quaisquer discrepâncias.

Em contrapartida, encontramos Peixe (2002), afirma que no controlo contabilístico deve-se


incluir: (1) sistemas de autorização e aprovação; (2) separação de deveres relacionados com
registos nos livros; (3) preparação de relatórios relacionados com as operações ou custódia de
activos; (4) controle físico sobre os activos; e auditoria interna. O autor acrescenta ainda que,
o controlo da contabilidade é preventivo e escritura; seu objectivo é assegurar a veracidade
dos registos das operações no que se refere à legalidade e fidedignidade funcional dos agentes
da administração.

Neste sentido, o objectivo dos controlos da contabilidade é de que as transacções sejam


registadas quando necessário, permitindo a preparação periódica de demonstrações
financeiras e a manutenção do controle contábil sobre os activos da empresa. No entanto, após
realizar os estudos das características do sistema de controlo interno, pode-se criar o próximo
tópico com os princípios do sistema do controle interno, fazendo a relação entre os conceitos
apresentados.

2.5. Princípios do Sistema de Controlo Interno

Os princípios dos sistemas controlos internos constituem-se referências norteadoras da


efectiva aplicação e funcionalidade da adequação dos controles das empresas. Segundo
Migliavacca (2004), os princípios de um sistema de controlo interno devem levar em
consideração as características específicas de cada organização, razão pela qual são
necessários cuidados apropriados na implantação, manutenção e avaliação dos controles
internos de cada empresa, e ainda, encontrar o tratamento adequado a cada organização.

Autores como Viana (1980) e Peixe (2002), descrevem três princípios fundamentais são: (1)
organização do controle deve estar ligada à entidade, ou seja, o controle deve actuar
especialmente sobre cada célula do plano de operação e estabelecer a precisão com os limites

10
definidos pela autoridade e responsabilidade dos agentes; (2) criar a segregação de funções do
agente controlador que deve ser independente daquele que controla; e (3) o processo de
comprovação e provas independente para controle deve ser estabelecido de forma que seja
automática por ferramentas apropriados reduzindo os riscos de erro.

Nessa ordem de ideias, Cavalheiro e Flores (2007), citam vários princípios e regras que
concorrem para uma plena organização do sistema de controlo interno, a saber: segurança
razoável, integridade e competência, acompanhamento dos controlos, organização, sistema de
autorização e execução, determinação das responsabilidades, comunicação interna,
cumprimento da legislação e protecção dos activos.

 Segurança razoável - O sistema de controlo interno deve oferecer a segurança


razoável de que os objectivos gerais da organização serão cumpridos. Para tal, há que
ter um nível satisfatório de confiança por meio da garantia da independência
profissional dos integrantes e dos departamentos.

O princípio da segurança dos controlos é que não se recomenda que a coordenação dos
departamentos de auditoria (principalmente) e de contabilidade de gestão sejam ocupados por
pessoal que não seja de provimento efectivo da instituição.

 Integridade e competência - Os chefes, directores e colaboradores devem


caracterizar-se por sua integridade pessoal e profissional, possuir um nível de
competência que lhes permita entender a importância de desenvolver, implantar e
manter controlos internos apropriados, assim como alcançar os objectivos gerais
traçados para os mesmos controlos. Neste âmbito, o incentivo à educação formal e à
formação profissional deve ser constante. Tomando de princípio que pessoas
instruídas e educadas podem entender com mais facilidade a finalidade dos controlos;
 Acompanhamento dos controlos - O tempo passa, os sistemas de controlos também
modificam-se. Mesmo os procedimentos que antes eram eficazes podem tornar-se
obsoletos devido ao envolvimento de novas tecnologias, admissão ou demissão do
pessoal, assim como modificações nos processos. Daí que, é importante que haja
rotinas de verificação e acompanhamento constante do sistema de controlo interno,
contudo, será fundamental e recomendável que as verificações se façam em separado.
 Organização - Na estrutura do controlo interno, todas as transacções e os factos
significativos devem estar claramente documentados, e a documentação deve estar
sempre disponível para exame. Mais difícil do que guardar os documentos é encontrá-
los quando se necessita deles. Por isso, é importante que a instituição tenha

11
consciência que um sistema de digitalização de documentos e informatização sobre a
localização electrónica e física dos documentos é essencial para a economia e
segurança da organização. Muitas instituições chegam a adjudicar contratos para a
guarda de documentos, o que é um desperdício.
 Sistemas de autorização e execução - As transacções e factos relevantes devem ser
autorizados e executados somente por pessoas que actuem no âmbito de sua
competência. As permissões de acesso a sistemas, softwares ou a determinados
documentos e informações devem ser claras e obedecidas, além de atender ao
princípio da segregação de funções. Todas as referências sobre o sistema de
autorização e execução devem ser feitas no manual de organização do sistema de
controlo interno.

Fica evidente que, não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controlo interno
sem que alguém verifique regularmente se os colaboradores estão cumprindo o que foi
determinado no sistema, ou se o sistema não deveria ser adaptado às novas circunstâncias.

12
3. METODOLOGIA

3.1. Caracterização de Pesquisa

3.1.1. Pesquisa quanto à Abordagem

Ao se considerar a abordagem que se pretende adoptar, classifica-se o presente estudo de


quantitativo. É apropriada uma abordagem quantitativa, assumindo que se pretende
estabelecer a relação de causalidade entre o sistema de controlo interno e os gastos públicos,
captando, ao mesmo tempo, as variações entre os casos do gasto público nas instituições
públicas.

Deste modo, a pesquisa caracterizou-se como quantitativa, devido ao facto de ter seguido
rigorosas etapas, envolvendo elaboração de um questionário, onde o mesmo demonstrou
resultados estatísticos, apurando e demonstrando a realidade da população em estudo.

3.1.2. Pesquisa quanto à Natureza

No que se refere ao tipo de pesquisa quanto a sua natureza, este é do tipo pesquisa Básica.
Este por sua vez, não possui preocupação em aplicar resultados gerados, sendo mais voltada à
criação de enunciados gerais, leis científicas, teorias. A finalidade desta é apenas teórica,
buscando apenas ampliar o conhecimento sobre determinado tema.

3.1.3. Pesquisa quanto aos Objectivos

Em termos metodológicos, do ponto de vista dos objectivos a presente pesquisa é descritiva.


Optou-se por uma estatística descritiva, descrevem características de uma população ou
fenômeno. Também podem identificar possíveis relações entre variáveis. São classificadas em
uma variedade de números e a maioria das que são realizadas com objetivos profissionais
provavelmente se enquadra nesta categoria.

3.1.4. Pesquisa quanto aos Procedimentos Técnicos

Em relação aos procedimentos técnicos, a presente pesquisa é bibliográfica, documental


combinada com o estudo de caso. Assim, a pesquisa bibliográfica explica um problema a
partir de referências teóricas publicadas em documentos. O estudo de caso consiste em
seleccionar um caso de modo a explorar com muita profundidade fazendo-o representativo de
outros casos não estudados, podendo o caso ser um indivíduo, instituições, grupos ou
comunidades.

A principal característica da pesquisa documental é tomar como fonte de coleta de dados


apenas documentos, escritos ou não, que constituem o que se denomina de fontes primárias.
Estas podem ter sido feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.

13
3.2. Delimitação Temporal e Espacial do Estudo (Local e Tempo do Estudo)

3.2.1. Delimitação Temporal

Temporalmente, o estudo incidiu-se sobre o ano de 2017-2019. Isto significa que os casos que
são objecto de estudos, são aqueles que tenham ocorrido durante esses anos. A escolha desse
período é, devido ao índice elevado gastos público que foram e são observados nesse período
que não correspondia o valor orçado. A escolha deste período é pelo facto de procurar-se
compreender este fenómeno na actualidade.

3.2.2. Delimitação Espacial

O estudo foi realizado no Conselho Superior de Magistratura Administrativo na cidade de


Maputo. Seleccionou-se este espaço de estudo influenciado ao facto de, procurar obter um
conjunto de informações que levarão a uma visão mais explícita sobre os gastos públicos nas
instituições moçambicanas.

3.3. População e Amostragem

A pesquisa de campo foi realizada na Cidade de Maputo, constituído pelos funcionarios do


CSMJA. Para explorar os diferentes aspectos que explicam como é implementado o sistema
de controlo interno, que foi feita uma pesquisa quantitativa com uma amostra de 20
participantes, sendo os funcionários da área técnica do CSMJA.

Buscou-se trabalhar com uma amostra representativa, pelo que, teve-se como base um
intervalo de confiança de 95%. Desta forma, foram realizados os seguintes cálculos:

N x 63 %
n=
100 %

32 X 63 %
n= =20,16 ≈ 20
100 %

De acordo com os cálculos acima, numa população total 32 funcionarios, considerando o


intervalo de confiança de 95%, obteve-se e trabalhou com uma amostra de 20 funcionarios de
modo a obter resultados representativos. Desta forma, quando se dirigiu a CSMJA, os 20
funcionarios foram seleccionados por acessibilidade a medida que fossem identificados.

Numa fase inicial, considerou-se ideal entrevistar todos os funcionarios do Conselho Superior
da Magistratura Judicial Administrativo (CSMJA). Para construir a amostra junto deste
universo recorreu-se ao critério de amostra por acessibilidade, isto é, limita-se a trabalhar com
aqueles funcionarios a quem se pôde ter acesso e de quem pode se obtever disponibilidade
para a realização de entrevistas directas.

14
Para a aplicação do questionário, construiu-se uma amostra probabilística ou construída com
base em cálculos matemáticos. Recorreu-se ao critério por estratificação por
proporcionalidade, de modo a obter dados junto dos gestores e funcionarios sobre o sistema
de controle interno para a erradicação das falhas nos gastos publicos.

3.4. Modo de Selecção dos Participantes

3.4.1. Critérios de Inclusão

(i) Ser funcionario do Conselho Superior Judicial Magistratura Administrativo;

(ii) Que tenha um conhecimento sobre controlo interno e gastos publicos;

(iii) Que esteja no Departamento de Administração e Finanças (DAF);

(iv) Disponibilidade para participar do estudo.

3.4.2. Critérios de Exclusão

(i) Não consentir voluntariamente a sua participação no estudo;

ii) Não ser funcionario afecto no DAF;

(iv) Funcionario que não tenha conhecimento sobre controlo interno e gastos publicos.

3.5. Procedimentos e Instrumento de Recolha de Dados

3.5.1. Instrumento de Recolha de dados

No que diz respeito a recolha de dados, realizou-se um levantamento bibliográfico e


documental junto da literatura relevante em torno do sistema de controlo interno nas
instituições públicas em Moçambique. Como técnicas principais para a recolha de dados,
optou-se pautar pelo questionário como principal e levantamento bibliográfico como
complementar.

a) Levantamento Bibliográfico

Na perspectiva de Quivy e Campenhoudt (2008), o levantamento bibliográfico é uma técnica


secundária por meio da qual se procede a recolha de dados em fontes secundários, em forma
de documentos escritos como: registos, atas, relatórios, legislação, escritura. Com esta técnica
pretende-se, neste trabalho, obter informação junto de documentos existentes que versam
sobre o fenómeno em causa, como é o caso dos livros, artigos, manuais, legislação, qualquer
outro documento com informação referente ao sistema de controlo interno.

Neste trabalho está técnica já foi usada para a recolha de informação em artigos e livros que
permitiu a construção desta pesquisa e foi usada para consultar fontes que se mostraram

15
relevantes para o melhor enquadramento da análise a ser feita no debate académico-científico
em torno do controlo interno e gastos públicos.

b) Questionário

O questionário principal foi antecedido por um pré-teste, com 8 participantes que permitiu
verificar a relevância das perguntas, sua harmonia com a realidade dos inquiridos e evitar que
as perguntas conduzam a uma direcção de confirmação de hipóteses, reflectindo os
preconceitos que firam com os princípios dos interlocutores. Assim, o pré-teste facultou
informações básicas sobre os estudantes, auxiliando na elaboração de perguntas objectivas
que garantam que as respostas são facultadas e que não beneficiarão de nenhuma parte da
amostra.

O questionário foi administrado directamente junto dos funcionários e gestores das finanças
da instituição, e apresenta maioritariamente perguntas fechadas, isto é, com alternativas, e
algumas abertas sem alternativas de respostas, deixando a liberdade do inquirido formular
livremente a sua resposta. A elaboração do questionário é em função das variáveis
operacionalizadas e adoptada neste trabalho.

A escolha desta técnica prende-se no facto de querer colher opiniões e ideias das
individualidades escolhidas como amostra mediante uma série de perguntas elaboradas pelo
autor de forma clara, coerente e concisa.

3.5.2. Procedimentos de Recolha de dados

A metodologia acima apresentada foi aplicada de forma pormenorizada:

 Contacto com a instituição e o primeiro levantamento de dados: Numa fase inicial,


realizou-se uma pesquisa bibliográfica de forma a aprofundar o tema a abordar e
possibilitar a formulação das hipóteses de investigação. Desta forma, foram feitas
consultas nas seguintes bases de dados: Repositório Aberto (da Universidade Aberta),
Google Académico, livros e artigos relacionados com controlo interno e gastos
públicos. Os dados bibliográficos e documentais foram interpretados a partir de uma
base quantitativa, seleccionando as percepções que se mostra relevante para melhor
compreensão e enquadramento do nosso objecto de estudo.
 Contacto com o grupo-alvo e aplicação das técnicas de recolha de dados: Após a
escolha dos funcionários do Conselho Superior Judicial Magistratura Administrativo
(CSMJA) como os sujeitos deste estudo, foi necessário, em primeiro lugar, solicitar as
devidas autorizações aos órgãos superiormente competentes para a realização do
referido inquérito por questionário. Assim, identificou-se e explicitou-se o objectivo

16
geral do estudo, por forma a garantir uma colaboração positiva e uma ampla
divulgação da realização do estudo junto dos inquiridos.
 Análise e interpretação: a primeira análise foi feito com dados recolhidos mediante o
questionário, que permitiram a construção de categorias. Depois foi realizada a
segunda interpretação, desta vez combinando os dados quantificados aos dados
recolhidos com base na entrevista como forma de estabelecer uma apresentação lógica
dos resultados.

3.6. Variáveis da Pesquisa

Em função aos objectivos de trabalho construído extraiu-se variáveis, limitando-se em duas,


que permitiram medir a realidade da gestão de gastos públicos. Tem-se variáveis, uma
independente e outra dependente, que passa-se a apresentar de seguida.

3.6.1. Variáveis

Dependente: Gastos Públicos; Planeamento Orçamental

Independente: Sistema de Controlo Interno.

3.7. Técnicas de Análise de Dados

Quivy e Campenhoudt (1998), defendem que a estatística é uma técnica de análise usada em
pesquisas quantitativas, na medida em que foi concebida para retratar dados quantificáveis nas
ciências sociais. É neste sentido que esta técnica foi aplicada neste trabalho para se recorrer a
ferramentas estatísticas como percentagens, frequências, moda, entre outras que se mostrarem
relevantes, para a descrição e análise dos dados. Aposteriori, procedeu-se ao tratamento de
dados recolhidos através do software estatístico Statistical Package for Social Sciences
(SPSS), na versão 22, enquanto as ilustrações gráficas serão feitas com o recurso à planilha de
cálculo Excel 2016 de Microsoft Office Edge. Utilizando a Estatística Descritiva, calculando
a distribuição de frequências agrupadas em várias categorias, e representou-se a informação
em tabelas percentuais e gráficos para posteriormente se analisar e discutir os resultados
obtidos.

3.8. Aspectos éticos

Neste trabalho, considerou-se ser indispensável observar-se algumas questões éticas na nossa
relação com os entrevistados e no tratamento dos dados. Por conseguinte, procurou-se
observar as seguintes questões: consentimento informado, anonimato, confidencialidade,
direito à privacidade, benefícios e divulgação dos resultados em todos os entrevistados.

17
O consentimento informado foi uma questão cuja observância consiste na transmissão de toda
informação relevante referente ao estudo, permitindo que o entrevistado pudesse conhecer o
estudo em realização e decidir sobre a sua participação. Desta forma, informou-se sobre o
tema de estudo, o âmbito da sua realização, os seus objectivos, a sua finalidade, a sua
liberdade de não aceitar fazer parte do estudo, a abertura para que pudesse fazer qualquer
pergunta que considera-se pertinente e a possibilidade que tinha de desistir ao longo da sua
participação, caso achasse conveniente.

O anonimato foi observado por meio da não identificação dos entrevistados com base nos
seus nomes, sejam estes reais ou fictícios, pelo que, ao longo da realização de inquéritos e
análise e interpretação dos dados, limitamos a distinguir entre os nossos inquiridos.

Garantiu-se a confidencialidade dos dados, na medida em que realizou-se pessoalmente todas


as etapas do trabalho, facto que permitiu recolher, sistematizar e interpretar os dados de forma
confidencial, evitando que pessoas que não participaram da pesquisa tivessem acesso à
informação com a qual trabalhámos. Desta forma, conservou-se a informação no âmbito da
realização da monografia e no campo científico.

Observou-se o direito à privacidade com base na elaboração e administração de questões que


não se referissem à intimidade dos entrevistados, a aspectos que estes não preferissem
partilhar com o investigador. Para o efeito, foi informado que não eram obrigados a responder
todas as questões, principalmente aquelas que entendessem fazer parte da sua privacidade.
Procurou-se evitar a manipulação de perguntas como forma de fazer com que os entrevistados
facultem informação privada inconscientemente.

A divulgação dos resultados é uma questão ética observada no âmbito do cumprimento do


princípio (imperativo institucional) segundo o qual o conhecimento científico é comunitário
(Coelho, 2017), devendo ser partilhado por todos. Desta forma, colocou-se este trabalho à
disposição de qualquer pessoa interessada, pelo que, depositar-se-á na biblioteca virtual do
Instituto Superior de Contabilidade de Auditoria de Moçambique (ISCAM).

18
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1. Características demográficas dos funcionários do CSMJA

Iniciou-se este primerio tópico com a descrição dos dados referentes ao perfil
sociodemográfico dos colaboradores do Conselho Superior da Magistratura Judicial
Administrativo inquiridos. Assim, trabalhou-se com 20 colaboradores e amostra foi
construída por acessibilidade para aplicação do instrumento de recolha de dados. De acordo
com Gil (2008), a amostra convencional consiste em trabalhar com aqueles elementos a quem
o investigador tem acesso. Para o efeito, baseou-se nas variáveis sexo, idade e nível de
escolaridade que apresenta-se a seguir.

 Sexo Frequência Percentagem %


Masculino 12 60
Feminino 8 40
Total 20 100
Tabela 1: Distribuição dos entrevistados por sexo
Fonte: elaborada pelo autor.

De acordo com a tabela, apresentou-se os dados referentes ao sexo dos inquiridos, pelo que a
tabela 1 revela que de um total de 20 com os quais trabalhamos, 12 inqueridos (60%) são do
sexo masculino e 8 (correspondente a 40%) são do sexo feminino. Relativamente, ao género
dos entrevistados evidencia-se que os dados mostram uma maioria do sexo Masculino. De
acordo com os questionários que seleccionamos foram, na sua maioria preenchidos por
informantes do sexo masculino, logo a minoria é do sexo feminino.

Na sequência, apresentou-se os dados referentes às idades dos inquiridos, tendo como base os
intervalos etários que construímos, como podemos observar na tabela que se segue:

 Idades Frequência Percentagem %


De 25 a 30 anos 12 60
De 30 a 35 anos 6 31,3
Mais de 35 anos 2 8,7
Total 20 100
Tabela 2: Distribuição dos entrevistados por idade
Fonte: elaborada pelo autor.
Nesta tabela, temos os dados referentes as idades dos inquiridos que apresentou-se em
intervalos, visto que, houve uma resistência em dizer a idade específica. De acordo com os
dados da figura em referência, maior parte de um total de 20 inquiridos, tem idades

19
compreendidas no intervalo etário de 25 a 30 anos de idade, representando um total de 12
colaboradores (correspondente a 60%). De forma decrescente, tem-se os que apresentam
idades num intervalo de 30 a 35 anos idade com 6 inquiridos (corresponde a 31,3%). Com
uma menor representatividade percentual dentro da amostra está o intervalo com maiores de
35 anos com 2 inquiridos (que corresponde a 8,7% da amostra).

Como pode-se observar na tabela acima, apenas 60% dos respondentes possuem idades de 25
até 30 anos, os inqueridos possuem uma idade mínima de 25 anos e no máximo acima de 35
anos. De seguida, apresenta-se os dados sobre a distribuição dos entrevistados por nível de
escolaridade, como pode se verificar:

Nível Escolaridade Frequência Percentagem %


Técnico Médio 12 60
Licenciatura 7 37,1
Mestrado 1 2,9
Total 20 100
Tabela 3: Distribuição dos entrevistados por nível de escolaridade
Fonte: elaborada peol autor.
Na variável nível de escolaridade, foram categorizadas apenas duas situações. A primeira,
representada por uma maioria de 60%, num total de 20 inquiridos, possui o nível técnico-
médio. A segunda categoria é representada por uma minoria de 40% dos funcionários
inquiridos com nível superior com licenciatura e mestrado. Esses dados podem justificar a
razão do alcance das metas, visto que, os colaboradores têm a noção e compreendem as
instruções e a legislação em vigor para o alcance dos objectivos planeados pela instituição.

No que tange aos dados da tabela 4, nota-se que a maioria dos colaboradores tem o ensino
Técnico Médio, tendo-se fixado em 60%. Em seguida, com 37,1%, estão os com nível de
licenciatura e, por último, com 2.9%, encontram-se aqueles com o nível de mestrado.

Como já é de conhecimento, o grau de escolaridade é relevante para uma carreira bem-


sucedida e como isso influencia muito na valorização do profissional, pois de certa forma
havendo uma compatibilidade de escolaridade e base salarial isso é de fundamental
importância, deixando assim o funcionário mais motivado e consequentemente contribuindo
melhor para com as metas das organizações. A tabela 5 apresenta os dados sobre o tempo de
serviços dos funcionários do CSMJA, como esta ilustrado a seguir:

20
Nível Escolaridade Frequência Percentagem %
De 1 a 3 anos 4 18,8
De 3 a 7 anos 10 50
Mais de 7 anos 6 31,2
Total 20 100
Tabela 4: Caracterização dos inquiridos por tempo de serviço
Fonte: elaborada pelo autor
De acordo com o gráfico 5, sobre o tempo de serviço, verificou-se que os colaboradores estão
na organização entre 3 a 7 anos constituem 50% dos inquiridos, seguidos dos que estão na
empresa há mais de 7 anos que corresponde a 31,2%, e os restantes 18,8% participam das
actividades da instituição de 1 a 3 anos.

É possível verificar que o maior número de funcionários permanecem na instituição na média


de tempo entre 3 a 7 anos, notando-se um período de rotatividade significativo para
organização, possibilitando o colaborador a desempenhar sua função com maior experiência.
Pelo que, pode concluir-se que o CSMJA consegue reter o seu capital humano. Segundo
Chiavenato (1999) as pessoas passam boa parte do tempo de suas vidas trabalhando dentro de
uma organização, a empresa depende de seus funcionários para obter sucesso e as pessoas
dependem de seus empregos para sobreviver, a colaboração deve ser mútua para que se
obtenha sucesso de ambas as partes.

De uma forma geral, descreveu-se nesta secção o perfil sociodemográfico dos colaboradores
do CSMJA com os quais trabalhamos, pelo que, constatou-se que apresentam uma certa
heterogeniedade quanto os seus intervalos etários, sexo, nível de escolaridade e tempo de
serviço. De seguida, analisou-se dados referentes ao Sistema de Controlo Interno
implementado pelo órgão em estudo. Os referidos dados são apresentados a seguir:

4.2. Sistema de Controlo Interno Implementado pelo Órgão em estudo

Neste ponto apresenta-se a discussão dos dados sobre o Sistema de Controlo Interno
implementado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativo. O objectivo
da informação aqui apresentada e analisada é de compreender se organismo tem
implementado um SCI no exercício das suas actividades de controlo para a verificação dos
processos e procedimentos dos gastos, como podemos verificar no gráfico que se segue:

21
Sim Não
63%

37%

13
7

Frequencia Percentagem
Gráfico 1: Dados sobre se a entidade possui um SCI
Fonte: elaborado pelo autor.
Evidenciado, no gráfico 1, foi colocado de forma directa na questão se a entidade possue um
SCI, ao qual 63% dos respondentes afirmaram que Não e 37% afirmaram que Sim. Tendo em
conta o já abordado na presente investigação, o SCI é obrigatório para os organismos da
Administração Pública (AP), concluindo-se que quase mais da metade dos respondentes não o
tem implementado, verificando-se assim um incumprimento legislativo por parte dos
respondentes e simultaneamente do organismo do Ministério da Justiça que representam.

Os resultados obtidos evidenciam que, a organização não possui o SCI e esses dados entram
em contradição com o estudo de Castro (2011), ao afirma que a actividade do sistema do
controlo interno tem grande importância para uma eficiente e transparente gestão dos gastos
públicos. Ou seja, o sistema de controlo interno tem sido fundamental para a fiscalização da
execução orçamentária e outros processos, realizando acções fiscalizatórias exigindo a devida
transparência dos gastos públicos.

De seguida, apresenta-se dados sobre os argumentos da não impelemetacao de SCI no


CSMJA, e observa-se o seguinte:

Frequencia Percentagem
50%

31.2%

15%
10
3.8% 3 6
1

Gráf
ico 2: Dados sobre os argumentos da não impelemetacao de SCI no CSJMA
Fonte: elaborado pelo autor.

Os inquiridos apontam para os argumentos da não implementação do sistema de controlo


interno na instituição. De acordo com os dados do gráfico 2, dentre os 20 inquiridos, 50%

22
(10) invocaram principalmente, a falta de recursos humanos qualificados, 31,2% (6) apontam
a a falta de recursos técnicos. Somente 3.8% (1) é que afirmou que a não implementação do
sistema de controlo interno é pelo facto de aumentar gastos na instituição.

Os resultados obtidos destacam a importância de todas as motivações supracitadas, assim


como genericamente se verificou nos diversos estudos. No entanto, constata-se nos resultados
que uma das características necessárias para a implementação de um SCI são as habilitações e
competências técnicas para o desempenho dos procedimentos do Controlo Interno, os
respondentes ao reconhecerem que têm falta de Recursos Humanos qualificados para a
função, revelam prudência para a não implementação de um SCI, não obstante, que incumpre
a lei.

De seguida, foram analisados dados referentes ao contributo do Sistema de Controlo Interno


para a execução orçamental do CSMJA. Os referidos dados são apresentados na secção 4.3,
como se pode verificar a seguir:

4. 3. Contributo do Sistema de Controlo Interno para a execução orçamental do CSJMA

Neste tópico, aborda-se a contribuição do sistema de controlo interno para a execução


orçamental no Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativo. Assim, o SCI
contribui para a gestão da organização, de modo a saber quais os procedimentos técnicos
utilizados para a realização da auditoria e a forma que a auditoria contribui para o controlo
interno da entidade, conforme se observa a seguir.

70%

20% 14
4 10%
2

Gráfico 3: Contributo do sistema do controlo interno da organização


Fonte: elaborado pelo pesquisador
Desta forma, observa-se que a maior parte da amostra, representando 70% (14), relata que o
SCI permite identificar falhas nos processos e fazer as correcções necessárias, de seguida os
20% (4), inquiridos Do CSMJA consideram que SCI contribui para o cumprimento das
normas, outros 10% (2), acreditam que, SCI contribui como ferramenta de controlo. Nesta

23
perspectiva, Santos (2006), afirma que Sistema de Controlo Interno tem apresentado papel
relevante dentro das entidades, sendo empregada tanto em empresas públicas quanto privadas,
pois tem como foco principal o monitoramento e gestão dos gastos numa determinada
entidade, implantando soluções preventivas e correctivas, eficientes e eficazes, com
minimização de despesas, além de auxiliar no desenvolvimento da empresa e na tomada de
decisão.

Já na visão de Silva (2008), Sistema de Controlo Interno não visa apenas observar como os
controlos internos funcionam, mas também averiguar e examinar se as informações estão
sendo utilizadas com a finalidade de desenvolver as actividades da entidade, além de
monitorar e estabelecer planos e métodos de trabalho para tornar os mecanismos mais
eficientes e atender principalmente aos interesses dos gestores. Neste viés, verifica-se que a
Sistema de Controlo Interno contribui de forma positiva em relação ao controle interno, sendo
de fundamental relevância para as organizações, pois, por meio do monitoramento, a
organização acompanha e analisa todos os procedimentos realizados.

De seguida, analisa-se os dados referentes ao sistema de controlo interno se é uma mais-valia


para a execução orçamental. Os referidos dados são apresentados a seguir:

Sim Não
93%

19
7%
1
Frequencia Percentagem
Gráfico 4: Dados sobre sistema de controlo interno é uma mais-valia para a execução orçamental
Fonte: elaborado pelo autor.
Os dados do gráfico 3, solicitados a pronunciarem-se relativamente à possível mais-valia do
SCI para a execução orçamental, a maior parte dos inquiridos representada por uma
percentagem de 93% (19) numa amostra de um total de 20 colaboradores consideram-no uma
mais-valia, e os restantes 7% (1) respondeu que o sistema de controlo interno não é uma mais-
valia para a execução orçamental.

Neste contexto pesquisas realizadas por Oliveira e Gomes (2012), que afirmam que o SCI
tem-se tornado não apenas importante, mas também necessária para as organizações, pois
além de focar na melhoria dos controlos e processos, se tornou uma aliada na verificação e
fiscalização destes controlos, proporcionando aos gestores na gestão de gastos públicos.

24
Corroborando com essa ideia, Teixeira (2006) discorre que o sistema de controlo interno
fiscaliza frequentemente a validade dos sistemas de controlo executados pela gestão e se os
mesmos estão sendo cumpridos, dessa forma o SCI tem oportunidades para melhorar os
sistemas, procedimentos, e também os métodos que são utilizados, atingindo maior eficiência,
e acrescentando melhorias para os departamentos que constituem a entidade. Neste sentido,
percebe-se que o SCI contribui positivamente para o andamento das actividades da entidade,
como um reflexo das necessidades e expectativas da organização como um todo para
sobreviver e caminhar para o seu desenvolvimento.

No gráfico que se segue analisou-se os dados sobre a valorização da contribuição do SCI para
a execução orçamental da entidade, como pode-se ver:

Frequencia Percentagem

50%

31.2%

20%
10
4 6

SCI Imprescindível Muito Importante Importante

Gráfico 5: Dados sobre valorização da contribuição do SCI para a execução orçamental.


Fonte: elaborado pelo autor.
De acordo com o reconhecimento que fazem ao SCI, e tendo em conta que o mesmo é uma
obrigação legal, poder-se-ia questionar os respondentes futuramente sobre quais as acções
desenvolvidas para ultrapassar esta situação. De realçar, que de entre os respondentes que
responderam positivamente, 50% (10), consideram Muito Importante a contribuição do SCI
para a execução orçamental, 31.2% (6), consideram-no Importante e os restantes 20% (4),
consideram-no Imprescindível.

De acordo com o gráfico percebe-se que, a maioria dos pesquisados avaliam que a valorização
do SCI como muito importante, demostrando que a instituição ainda pode melhorar bastante.
Esta situação de certo modo influencia no bom desempenho dos colaboradores e
posteriormente no alcance dos objectivos institucionais. Conforme afirmações de Siqueira
(2008) e Paraguay (2003), a valorização dos benefícios obtidos para uma execução
orçamental por se possuir um SCI.

O tópico que se segue apresenta-se os dados sobre as vantagens da utilização do Sistema de


Controlo Interno na gestão dos gastos no CSMJA, como são ilustrados:

25
4. 4. Vantagens da utilização do Sistema de Controlo Interno na gestão dos gastos no
CSMJA.

Nesta secção realizou-se análise dos dados que permitiu construir as vantagens da utilização
do Sistema de Controlo Interno na gestão dos gastos no CSMJA. Seleccionamos apenas
alguns indicadores que consideramos relevantes para identificar vantagens e as limitações da
utilização do Sistema de Controlo Interno na gestão dos que podemos encontrar junto dos
colaboradores com os quais trabalhou-se.

No gráfico a seguir resulta de um inquérito administrado aos funcionários do CSMJA para


saber das vantagens da utilização do SCI. Como pode-se observar a seguir:

Frequencia Percentagem

50%

31.2%

18.8%

10
4 6

Racionalizar os gastos Maximizar os ganhos Tomar boas decisões

Gráfico 6: Dados sobre as vantagens da utilização do SCI


Fonte: elaborado pelo autor.

Relativamente à frequência dos colaboradores, os resultados encontrados (gráfico 7) são


referentes as vantagens que SCI pode ter se for implementado no CSMJA. Conforme se pode
depreender, dos 20 colaboradores inquiridos, 10 responderam que a utilização do SCI pode
maximizar os ganhos na instituição, o que corresponde a 50% da amostra global. Em
contraponto, os colaboradores representados por 31,2% (6) desta amostra responderam que a
adopção deste sistema pode racionalizar os gastos da entidade e os restantes 18.8% (4) da
totalidade dos colaboradores responderam que adopção do SCI propicia a tomada de boas
decisões.

Este resultado vai de acordo com o estudo do Gomes (2010, p.77), que considera que “… o
objecto de uma SCI consiste em expressar uma opinião relativamente as demonstrações que
apresentam ou não, uma imagem verdadeira e apropriada da situação dos gastos da empresa, á
data do balanço e dos seus resultados do ano financeiro, tendo em consideração a lei e os
costumes do país aonde a empresa se encontra registada”.

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Nesta segunda parte do questionário procurou-se apurar a opinião dos inquiridos sobre a
profissão de auditor interno e sobre a importância do papel do auditor perante a prevenção e
detecção da fraude, como pode-se observar nos gráficos que se seguem:

Frequência Percentagem
50%

35%

15%
10
7
3

Gráfico 7: Importância do SCI na detecção e prevenção da fraude


Fonte: elaborado pelo autor.
Quanto à importância do SCI na detecção e prevenção de fraudes, pode-se notar que a maior
parte dos respondentes considerou relevante para auxiliar na melhoria do controle interno,
representando 50% (10), da amostra, 35% (7) ponderou em relação à fiscalização das fraudes
e os 15% restantes citaram que é relevante para a fiscalização da própria entidade. Neste
sentido, corroborando com a maior parte dos respondentes, Vedovatto (2009) afirma que o
SCI é considerada um mecanismo de controlo, pois tem como finalidade revisar e avaliar a
eficiência dos controles existentes e auxiliar a administração na tomada de decisões. Seguindo
o mesmo pensamento, Galo e Barbosa (2010) comentam que o SCI tem como intuito
primordial ajudar à administração para que a mesma possa ter conhecimento da maneira como
se desenvolve as actividades dentro da entidade.

Esta posição é, também, partilhada por Adetiloye et al. (2016) e Baker et al. (2016), que
afirmam que, a existência de um forte sistema de controlo interno desempenha um papel
fundamental na prevenção e detecção de fraudes.

5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1. Conclusões

No decorrer deste trabalho, com revisão da literatura efectuada, foi possível constatar que, ao
longo dos tempos, a actividade de SCI apresentou uma grande evolução, conquistando assim,
cada vez mais espaço e importância dentro das instituições. Pode-se destacar que os

27
objectivos deste trabalho, foram alcançados por meio da fundamentação teórica, onde, através
da pesquisa, obtiveram-se opiniões contextualizadas ou então, pelo estudo de caso onde foi
possível avaliar o sistema de controlo interno na gestão de gastos públicos, ao mesmo tempo,
demonstrando medidas correctivas e implantando controlos internos eficazes.

No primeiro objectivo, relativamente ao sistema de controlo interno implementado no


CSMJA, os dados obtidos no questionário permitiram concluir que o organismo não possue
um SCI, contrariando assim as disposições legais existentes para o efeito e, que obrigam à sua
implementação. Num período de difícil gestão dos dinheiros públicos, e com fortes medidas
de constrangimento o SCI poderia ser utilizado como uma ferramenta de auxílio na gestão
para o cumprimento dos critérios orçamentais, mas parece ser ignorado por muitas instituições
públicas.

Quanto ao segundo objectivo, onde se analisou e interpretou os dados referentes ao contributo


da SCI na gestão de gastos no CSMJA, chegou-se a seguinte conclusão: todos os respondentes
concordaram que a implementação do SCI contribuiria de forma positiva, pois de acordo com
os mesmos o SCI auxilia na verificação dos cumprimentos das normas, identificando
possíveis erros e fraudes que possam vir e que possam afectar o património das organizações,
fiscaliza todos os controles existentes na entidade, e também permite identificar falhas nos
processos e fazer as correcções necessárias.

Nesta medida, o SCI é um dos principais instrumentos proactivos de protecção da organização


e tem um papel de extrema importância na avaliação permanente dos controlos internos nas
organizações. Assim, o reconhecimento por parte dos respondentes das melhorias
proporcionadas por um SCI aos organismos, implicaria a melhoria da execução orçamental,
bem como a melhoria da qualidade financeira das suas contas e da prestação de informação
para todos os seus stakeholders.

O último objectivo específico foi identificar as vantagens do SCI na gestão de gastos no


CSMJA, conclui-se que o sistema tem a vantagem de notificar as fraudes ou erros à
administração da entidade e recomendar medidas correctivas, informando sobre os possíveis
efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adoptadas. Desta forma, percebe-se que tem o
papel de avaliar o sistema da contabilidade como um todo, ou seja, verificar a estrutura e o
desempenho da administração para fiscalizar e verificar todos os controlos existentes na
entidade.

A conclusão do presente estudo responde plenamente a questão do tema - problema. Na


medida em que, o SCI se mostra ainda um instrumento útil na gestão de gastos e identificação

28
de fraudes, de maneira a analisar com mais atenção as transacções e eventos que representam
maiores riscos.

Importa referir que, em termos dos resultados obtidos, podemos afirmar que objectivos
delineados deste estudo, os mesmos foram alcançados na medida em que foram identificados
e discutidos, com base na pesquisa bibliográfica e empírica. Sob ponto de vista científico, os
resultados demostram uma fidelidade e validez elevadas, uma vez que os dados estatísticos
relativos ao CSMJA revelam-se eficazes, o que permitiu verificar que, os instrumentos
utilizados apresentam um conjunto de elementos com um grau de homogeneidade
relativamente elevado, bem como uma estrutura de factores apropriada com o modelo teórico
de base.

29
5.2. Limitações

Seja qual for a natureza de um trabalho, este está sempre sujeito a limitações que o
condicionam e podem afectar a sua estrutura e os seus resultados. Este estudo teve como
principal limitação a dificuldade na obtenção das respostas aos questionários enviados à
população em estudo, que se repercutiu na amostra, ou seja, o número de respostas não
correspondeu às nossas expectativas, uma vez que se circunscreveu apenas a 20 informantes
que estão ligados na área da DAF da entidade em estudo.

Outra dificuldade encontrada foi o facto de falta de documentos que abarca o SCI
especificamente no sector público, impedindo uma melhor monografia na parte teórica do
trabalho.

A última limitação prende-se em não assegurar que a amostra com a qual trabalhou-se não foi
representativa, considerando o facto de não se poder, antes, delimitar a população total dos
funcionários do CSMJA. Desta forma, foram extraídas conclusões válidas para amostra com a
qual trabalhou-se.

30
5.3. Recomendações

No presente estudo depois de ter sido feita a discussão dos dados e tiradas conclusões,
constatou-se que a actuação do SCI pode obter melhores resultados, aperfeiçoamento da
capacidade de análise de dados e da gestão de riscos e estratégicas. Desta forma, algumas
medidas podem ser adoptadas de modo a minimizar essa situação, arrolam se as seguintes
recomendações:

 Recomenda-se que os profissionais estejam reciclando-se e aparelhando-se


constantemente a fim de acompanhar as mudanças nos processos das empresas e da
sua gestão;
 Deve-se criar mecanismos para a comunicação da fraude e a influência do controlo
interno na prevenção e detecção de fraudes;
 Recomenda-se que se faça a mesma investigação noutros distritos e comparar os
resultados obtidos, de modo a perceber se existe ou não o SCI nas instituições públicas
a nível nacional;

 Poderia se analisar e comparar a eficiência e eficácia do trabalho desempenhado pelo


SCI numa instituição pública versus uma instituição privada;

 Por fim, sugere-se que para próximo trabalho sobre este assunto, seria pertinente
realizar um estudo de caso em uma instituição, com maior aprofundamento do
questionário, para obter conhecimento de quais área tem o SCI e quais precisam de
melhorias no SCI.

31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

a) Livros

Attie, W. (2000). Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3ª ed. São Paulo: Atlas.

Castro, D. P. (2011). Auditoria, Contabilidade e Controle Interno no Setor Público. 4. ed. São
Paulo: Atlas.

Costa, C. B. (2010). Auditoria Financeira: Teoria & Prática. 9ª ed: Rei dos Livros. ISBN
978-989-8305-11-4.

Crepaldi, S. A. (2008). Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 4 ed. São Paulo: Atlas.

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London: Chapman & Hall 2a ed..

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Portugal, Principia.

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empresarial. São Paulo: Makron Books.

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Morais, G., & Martins, I. (2013). Auditoria Interna: Função e Processo. 4ª ed. Lisboa: Áreas
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Migliavacca, P. N. (2004). Controles internos nas organizações. 2ª ed. São Paulo: Edicta.

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Peixe, B. C. S. (2002). Finanças Públicas – Controladoria Governamental: em busca do


atendimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Curitiba: Editora Juruá.

Prodanov, C. & Freitas, E. (2013). Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas


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Quivy, R. & Campenhoundt, L. (2008). Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa:


Gradiva Publicações.

Richardson, J. R. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas.

32
Trujillo Ferrari, A. (2002). Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGrawHill do
Brasil.

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Whittington, O. R. & Pany, K. (1995). Principles of Auditing. 11ª ed, Chicago: Irwin.

b) Monografias e Teses

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Ciências Sociais e Políticas – Universidade Técnica de Lisboa.

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Business School.

Pires, A.I. (2008). Impacto da Lei Sarbanes-Oxley no Sistema do Controlo Interno das
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c) Revistas e Artigos

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Cavalheiro, J. B. Flores, P. C. (2007). A Organização do Sistema de Controle Interno


Municipal. Revista Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande Do Sul. 4ª ed.
Porto Alegre.

Lemes, L.. M.; Reis, J. A. G. (2005). Controle Interno nas Empresas. IX Encontro Latino
Americano de Iniciação Científica, V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação,
Anais. Universidade do Vale do Paraíba. p. 924-927.

33
Queiroz, E. J.; & Queiroz, D. B. (2007). Contabilidade de Custos como instrumento de
promoção da eficiência nos serviços públicos municipais. In: Congresso Brasileiro de
Custos-CBC, 14, 2007, João Pessoa, Anais Electrónicos. João Pessoa.

d) Legislação

Decreto n.º 40/99, de 29 de Junho, aprova o Estatuto Orgânico da Inspecção-Geral de


Finanças;

Diploma Ministerial n.º 57/2000, de 21 de Junho, Regulamento Interno do Estatuto Orgânico


da Inspecção-Geral de Finanças.

34
APÊNDICE

35
ANEXOS

INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO

Este inquérito enquadra-se numa pesquisa académica e visa obter informação sobre o título “A
Contribuição do Sistema de Controlo Interno na Gestão de Gastos Públicos: Caso do
Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativo.” Solicita-se a sua colaboração
no sentido de responder as perguntas que se seguem com clareza e sinceridade, assegurando
que toda a informação facultada será tratada com confidencialidade, apenas para fins
académicos e reservando o anonimato das fontes.

O interesse destas perguntas é exclusivamente académico, e agradece-se antecipadamente,


toda a colaboração que possa ser dedicada. Os resultados obtidos serão utilizados
exclusivamente para fins académicos. Todavia não existe respostas certas ou erradas, boas ou
más. Por isso solicitamos que responda de forma livre e sincera todas as questões.

A - DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS

A.1.Qual é o seu sexo? (Por favor, assinale apenas uma opção)


Masculino 1
Feminino 2

A.2. Qual é a sua idade? (Por favor, assinale no intervalo em que se situa a sua idade)
De 25 a 30 anos 1
De 30 a 35 anos 2
Mais de 35 anos 3

A.3. Qual é o último grau de escolaridade que tem completo? (Por favor, assinale apenas uma opção)
Primário 1
Básico/técnico básico 2
Médio/técnico médio 3
Licenciado 4
Mestre/Pós-graduado 5
Doutoramento 6

A.4. Qual é o tempo de serviço? (Por favor, assinale apenas uma opção)
De 1 a 3 anos 1
De 3 a 7 anos 2
Mais de 7 anos 3

B. SISTEMA DE CONTROLO INTERNO IMPLEMENTADO PELO ÓRGÃO EM ESTUDO

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B.1. A a entidade possui um Sistema de Controlo Iinterno? (Por favor, pode assinalar mais de uma opção)
Sim 1
Não 2

B.2. Quais são os argumentos da não impelemetacao de Sistema de Controlo Interno no CSJMA?
(Por favor, pode assinalar mais de uma opção)
Falta de recursos humanos qualificados 1
Falta de recursos técnicos 2
Aumento gastos na instituição 3

C. CONTRIBUTO DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO PARA A EXECUÇÃO


ORÇAMENTAL DO CSJMA

C.1.Qual é o contributo do sistema de controlo interno para entidade? (Por favor, assinale apenas uma opção)
SCI permite identificar falhas nos processos e fazer as correcções 1
SCI contribui para o cumprimento das normas, 2
SCI contribui como ferramenta de controlo 3

C.2. O sistema de controlo interno é uma mais-valia para a execução orçamental? (Por favor, assinale
apenas uma opção)
Sim 1
Não 2

C.3. Qual é a valorização da contribuição do SCI para a execução orçamental? (Por favor, assinale
apenas uma opção)
Muito Importante 1
Importante 2
Imprescindível 3
Nenhum benefício 4
Não sei 5

D. VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO NA GESTÃO


DOS GASTOS NO CSMJA

D.1. Quais são as vantagens da utilização do sistema de controlo interno na gestão de gastos no CSMJA?
(Por favor, assinale apenas uma opção)
SCI pode maximizar os ganhos na instituição 1
Racionaliza os gastos da entidade 2
SCI propicia a tomada de boas decisões 3
Não sei 4

D.2. Qual é a importância do sistema de controlo interno na detecção e prevenção de fraudes ? (Por favor,
pode assinalar em mais de uma opção)
Auxilia na melhoria do controle interno, 1
Fiscalização das fraudes 2
Fiscalização da própria entidade 3
FIM DO QUESTIONÁRIO

Muito obrigado(a) pelo seu tempo disponibilizado!

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