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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................3
3.6. Relatório auditoria – opinião com ênfases e/ou outras matérias ......................................................... 17
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5. Pilares da auditoria ..................................................................................................................... 23
12.1. Factos que podem indiciar dificuldades na prossecução da atividade futura da empresa ................... 56
1. Introdução
1.1. Importância da informação
O conhecimento é a principal força de produção e talvez a principal ferramenta na competição mundial pelo
poder. As circunstâncias e a origem em que é dita uma determinada informação são muito importantes para
conseguirmos verificar se tal informação é credível.
As empresas têm o dever de prestar contas (artigo 65.º CSC), o dever de relatar. A responsabilidade por
supervisionar se houver problemas a responsabilidade cai sobre membros da administração e não sobre o contabilista
que elaborou as demonstrações financeiras. A última decisão relativa à credibilidade ou não das demonstrações
financeiras é sempre da administração.
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1. Os membros da administração devem elaborar e submeter aos órgãos competentes da sociedade o relatório de
gestão, incluindo a demonstração não financeira ou o relatório separado com essa informação, ambos referidos
nos artigos 66.º-B e 508.º-G, quando aplicáveis, as contas do exercício, bem como os demais documentos de
prestação de contas previstos na lei, relativos a cada exercício anual.
2. A elaboração do relatório de gestão, incluindo a demonstração não financeira ou do relatório separado, quando
aplicáveis, e das contas de exercício, bem como dos demais documentos de prestação de contas deve obedecer
ao disposto na lei; o contrato de sociedade pode complementar, mas não derrogar, essas disposições legais.
3. O relatório de gestão, o relatório separado com a informação não financeira, quando aplicável, e as contas do
exercício devem ser assinados por todos os membros da administração; a recusa de assinatura por qualquer deles
deve ser justificada no documento a que respeita e explicada pelo próprio perante o órgão competente para a
aprovação, ainda que já tenha cessado as suas funções.
4. O relatório de gestão, o relatório separado com a informação não financeira, quando aplicável, e as contas do
exercício são elaborados e assinados pelos gerentes ou administradores que estiverem em funções ao tempo da
apresentação, mas os antigos membros da administração devem prestar todas as informações que para esse
efeito lhes forem solicitadas, relativamente ao período em que exerceram aquelas funções.
5. O relatório de gestão, o relatório separado com a informação não financeira, quando aplicável, as contas do
exercício e demais documentos de prestação de contas devem ser apresentados ao órgão competente e por este
apreciados, salvo casos particulares previstos na lei, no prazo de três meses a contar da data do encerramento
de cada exercício anual, ou no prazo de cinco meses a contar da mesma data quando se trate de sociedades que
devam apresentar contas consolidadas ou que apliquem o método da equivalência patrimonial.
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O principal desafio da prestação de contas é garantir informação de qualidade, pois sem qualidade a
informação não é útil.
Risco de informação: probabilidade da informação não ser credível
A informação é cada vez mais revelante e sensível (cópia das normas não nos dão informações), pouca rigorosa
(tem contradições), volumoso em termos de dados (dimensão das empresas é cada vez maior) e enviesada complexa
(informação é cada vez mais complexa). Todos estes fatores dificultam o acesso à informação.
2. Auditoria Financeira
2.1. Conceito
“Um processo objetivo e sistemático efetuado por um terceiro independente, de obtenção e avaliação de
prova em relação às asserções sobre ações e eventos económicos, para verificar o grau de
correspondência entre essas asserções e os critérios estabelecidos, comunicando os resultados aos
utilizadores de informação financeira.”
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• Instituições financeiras
• Autoridade tributária
• Investidores potenciais
• Reguladores
• Trabalhadores
• Tribunais
• Obrigacionistas
• Fornecedores
Responsabilidade do auditor
• Alcançar os dois objetivos de uma auditoria
o Obter garantia razoável de fiabilidade sobre se as DF como um todo estão isentas de distorção material,
quer devido a fraude quer a erro, habilitando-o assim a expressar uma opinião sobre se as demonstrações
financeiras estão preparadas, em todos os aspetos materiais, de acordo com um referencial de relato
financeiro aplicável; e
o Relatar sobre as demonstrações financeiras de acordo com as suas conclusões.
• Detetar fraudes e/ou erros materiais
• Considerar o cumprimento de leis e outros regulamentos por parte da Entidade auditada. Consequências
diretas do incumprimento:
o ROC responde solidariamente para com a sociedade e sócios pelos danos que lhes causarem com a sua
conduta culposa – n.º 1 do art. 78.º CSC
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o ROC responde para com os credores pela inobservância culposa das disposições legais ou contratuais
destinadas à proteção destes, e o património se torne insuficiente – n.º 2 do art. 78.º CSC
o Por deficiências no relatório ou de parecer, o ROC responde solidária e ilimitadamente pelos danos causados
aos emitentes ou a terceiros – n.º 1 do art.º 10.º CVM
Auditores acrescentam valor aos utentes através da tomada de decisões de qualidade associadas à sua avaliação das
demonstrações financeiras do cliente. As decisões de qualidade são imparciais, atendem às expectativas dos utentes,
estão em conformidade com as normas profissionais de auditoria, e baseiam-se em informações factuais suficientes para
suportar a decisão que é tomada.
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• Obter prova de auditoria suficiente e apropriada para reduzir o risco de auditoria para um nível
aceitavelmente baixo
• Conduzir a auditoria de acordo com as normas de auditoria aplicáveis
2.3. Regulação
Entidades de interesse público
São qualificadas como entidade de interesse público as seguintes entidades:
• Os emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação num mercado regulamentado situado ou a funcionar
em Portugal
• As instituições de crédito
• As empresas de seguros e de resseguros
• As entidades cuja atividade principal consiste na aquisição de participações sociais com maioria de direitos de
voto em instituições de crédito
• As sociedades gestoras de participações no setor dos seguros e as sociedades gestoras de participação de seguros
mistas
• Os fundos de pensões que financiam um regime especial de segurança social, nos termos dos artigos 53.º e 103.º
da Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro
O artigo 5.º do regulamento elenca quais os serviços extra auditoria não podem ser prestados pelas sociedades
de auditoria aos seus clientes, que sejam entidades de interesse público, dos quais destacamos:
• Consultoria fiscal
• Serviços que envolvam qualquer participação na gestão ou na tomada de decisões da entidade de auditoria
auditada
• Processamento de salários
• Conceção e implementação de procedimentos de controlo interno e de gestão de riscos relativos à preparação
e/ou controlo de informação financeira ao conceção e implementação de sistemas tecnológicos de informação
financeira
• Serviços de avaliação, incluindo avaliações Atuariais, atuariais ou serviços de apoio a litígios
• Serviços legais relacionados com a prestação de aconselhamento geral, negociações a favor da entidade auditada
e função de representação para resolução de litígios
• Serviços relacionados com a função de auditoria interna da entidade auditada
• Serviços associados ao financiamento
• Promoção, negociação ou tomada firme de ações na entidade auditada
• Serviços de recursos humanos
Sociedades anónimas
A administração e fiscalização das sociedades anónimas pode ser estruturado numa das seguintes modalidades:
• Conselho de administração e conselho fiscal
• Conselho de administração, compreendendo uma comissão de auditoria e ROC
• Conselho de administração executivo, conselho geral e de supervisão e ROC
Neste tipo de sociedades é sempre obrigatória a presença de um ROC na estrutura de administração e fiscalização.
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Sociedades por quotas
A fiscalização pode ser efetuada por um conselho fiscal, que se rege pelo disposto nas sociedades anónimas, ou por
um revisor oficial de contas.
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3. Relatório de Auditoria
3.1. Modalidades de Opinião
• Opinião padrão (“não modificada” ou “limpa”)
o Opinião sem reservas
o Opinião sem reservas e com ênfase(s)
o Opinião sem reservas e com uma incerteza material relacionada com a continuidade
• Opinião modificada
o Opinião com reservas: por limitação do âmbito; por desacordo; por limitação do âmbito e por desacordo
o Opinião com reservas e com ênfase(s): por limitação do âmbito; por desacordo; por limitação do âmbito e
por desacordo
o Opinião com reservas e com uma incerteza material relacionada com a continuidade: por limitação do
âmbito; por desacordo; por limitação do âmbito e por desacordo
o Opinião adversa
Quando o auditor considera que não está em condições de se pronunciar sobre as demonstrações financeiras da
empresa que auditou (ou devia ter auditado) por não ter podido realizar o seu exame com a plenitude exigível, por
motivos que não lhe sejam imputáveis, emitirá a Certificação Legal das Contas contendo uma Escusa de Opinião.
Se o auditor não pode emitir opinião sobre as demonstrações financeiras devido à inexistência ou ocultação destas,
emitirá um documento designado por Declaração de impossibilidade de Certificação Legal das Contas.
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• Expressar que as demonstrações financeiras foram auditadas. Identificar quais as demonstrações financeiras que
foram auditadas
• Qual o período coberto pelas demonstrações financeiras
• Quando a sua opinião não é modificada, referir que as demonstrações financeiras apresentam de forma
verdadeira e apropriada em todos os aspetos materialmente relevantes a posição financeira da entidade
• Referir qual o referencial contabilístico que serviu de base à elaboração das demonstrações financeiras
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Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras
Esta secção deve referir que:
• A segurança fornecida pelo auditor é uma segurança razoável, não absoluta, de que as demonstrações financeiras
estão isentas de distorções materialmente relevantes
• A responsabilidade do auditor é emitir, por escrito, um roteiro contendo a sua opinião
• Descrever sucintamente o trabalho realizado pelo auditor
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EIP
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3.4.1. Opinião modificada com escusa
Escusa de opinião
Secções especiais (se aplicável) – se existir uma qualificação pela aplicação incorreta do pressuposto da continuidade,
então esta secção deixa de existir
Incerteza Material Relativa à Continuidade (opcional)
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3.5. Matérias relevantes de auditoria
Matérias relevantes são aquelas que exigiram uma atenção especial na execução da auditoria e que foram
previamente comunicadas ao órgão de gestão.
• Indicadores de matérias relevantes
o Áreas avaliadas de risco elevado de distorção material ou riscos significativos
o Áreas que envolvam julgamentos significativos produzidos pelo órgão de gestão incluindo as estimativas
que envolvam elevada incerteza de estimação
o Transações com impacto significativo nas contas
• Matérias relevantes deverão ser incluídas no relatório de auditoria, se:
o Entidade auditada tiver valores mobiliários cotados
o Exigido por lei ou regulamento
o Auditor decide relatar sobre o assunto e tal não é contrário à lei
Auditor considera que não existem outras matérias relevantes para além das reservas ou incerteza material
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3.6. Relatório auditoria – opinião com ênfases e/ou outras matérias
Ênfases
Matéria apropriadamente apresentada ou divulgada nas demonstrações financeiras que, no julgamento do auditor, é
de importância tal que é fundamental para a compreensão das demonstrações financeiras por parte dos
utilizadores. Estas matérias não incluem as reservas e/ou as matérias relevantes de auditoria. Um relatório com ênfases
será emitido quando:
• Existe uma incerteza relativa ao desfecho futuro do litígios ou ações regulatórias excecionais, ou quando de um
evento subsequente significativo que ocorre entre a data das demonstrações financeiras e a data da CLC
• Outras situações, como é o caso de: derrogação excecional, justificada e adequadamente divulgada de princípios
contabilísticos, destinada a assegurar a imagem verdadeira e apropriada alterações de políticas contabilísticas,
justificadas e adequadamente divulgadas, que, afetando os princípios da consistência e da comparabilidade, se
destinam a assegurar a imagem verdadeira e apropriada, e outras situações consideradas necessárias para uma
melhor compreensão das demonstrações financeiras.
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• Correção de uma distorção qualificada no ano anterior
Outras matérias
São assuntos que não estão relacionados com as matérias apresentadas ou divulgadas nas demonstrações
financeiras, mas que no entender do auditor é relevante para a compreensão da auditoria, das responsabilidades do
auditor ou do seu relatório por parte dos utilizadores. A divulgação desses assuntos não é proibido por lei e não englobam
as matérias relevantes de auditoria.
Exemplos:
• Explicar o porquê de não ter renunciado ao mandato caso tenha emitido uma Escusa Opinião
• Indicar que emitiu uma opinião sobre as demonstrações financeiras preparadas pela empresa com base num
outro normativo contabilístico (e.g. no reporte da informação da filial)
• No relatórios de finalidade especial indicar que destina-se exclusivamente aos seus utilizadores previstos e não
deve ser distribuído nem utilizado por outros
• Contas de N-1 auditadas por outro auditor
• Contas de N-1 não foram auditadas (apesar de ter testado os saldos de abertura)
• Divulgação das razões substantivas para a diferença de opinião do auditor atual sobre as demonstrações
financeiras do período anterior face à opinião que o auditor expressou anteriormente
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Outra informação (no cenário em que a Outra Informação é obtida antes da data Relatório Auditoria)
Outra informação
4. Regulamentação profissional
4.1. Conduta do Auditor
A conduta do auditor é um processo influenciado por diversos aspetos, entre os quais:
• Código ética: emanado da OROC, adaptação portuguesa do IFAC
• Processos disciplinares
• Admissão e Formação contínua
• Normas de auditoria: normas internacionais de auditoria
• Controlo de qualidade
• Obrigações legais
• CMVM, Banco de Portugal, ASF e UE
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4.3. Ética e deontologia profissional
Um dilema ético é uma situação em que a pessoa tem de decidir sobre qual o comportamento apropriado. A
sua metodologia de análise, envolve os seguintes passos:
1. Obter os factos relevantes
2. Identificar as questões éticas a partir dos factos
3. Determinar quem é que é afetado pelo resultado do dilema e como é que cada indivíduo/grupo é afetado
4. Identificar as alternativas disponíveis que a pessoa tem em mãos para resolver o dilema
5. Identificar as consequências esperadas em cada alternativa
6. Decidir a ação a tomar
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Princípios éticos – processo de resolução das ameaças
• Ameaça de interesse pessoal: A ameaça de que um interesse financeiro ou qualquer outro interesse venha a
influenciar de forma indevida o julgamento ou comportamento do auditor.
• Ameaça da auto-revisão: A ameaça de que o auditor não avalie adequadamente os resultados de um julgamento
ou de um serviço anteriormente efetuado por si próprio, pela firma em que se integra ou por entidades da rede,
associação ou aliança a que pertence.
• Ameaça de representação: Ameaça de que o auditor defenda a posição de um cliente ao ponto de a sua
objetividade poder vir a ficar comprometida.
• Ameaça de familiaridade: A ameaça de que, devido a um relacionamento íntimo ou prolongado com um cliente
ou pessoa com cargo de responsabilidade junto do cliente, o auditor que seja demasiado condescendente junto
em relação aos seus interesses, ou demasiado acrítico em relação ao seu trabalho.
• Ameaça de intimidação: A ameaça de que o auditor seja dissuadido de atuar objetivamente devido a pressões
reais ou veladas, incluindo tentativas para exercer influência indevida sobre si.
Artigo 77.º EOROC: condições para a realização de revisão legal das contas a entidades de interesse público
• Non audit fees / total fees < 30% quando os outros serviços (voluntários) são prestados por um período de 3 ou
mais anos consecutivos à entidade, à sua empresa-mãe ou suas filiais.
• Total fees recebidos em cada um dos últimos três anos ultrapassar os 15% do VN da SROC:
o Informar o órgão de fiscalização da entidade auditada e as medidas salvaguarda tomadas
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o Órgão de fiscalização deve avaliar se existe condições para continuar a prestação de serviços por um período
que não pode ultrapassar 2 anos
o Comunicar as situações anteriores à CMVM
o CMVM pode determinar que no cálculo entre os fees de sociedades da rede da SROC
• Caso exerça a Revisão Legal de Contas, a SROC ou outra firma da sua rede está impedida de prestar à EIP,
empresa-mãe ou outra por elea controlada:
o Serviços de assessoria fiscal (e.g. Impostos sobre salários)
o Elaboração e lançamentos de registos contabilísticos e de contas
o Qualquer serviço de consultoria tem que ser previamente aprovado pelo órgão fiscalização da EIP
Auditores têm a obrigação de conceber, implementar e operar um sistema de gestão da qualidade que lhe
proporcione garantia razoável de fiabilidade de que:
• A firma e o seu pessoal cumprem as normas profissionais e os requisitos legais e regulamentares aplicáveis e
desenvolvam os trabalhos de acordo com essas normas e regulamentos;
• Os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios responsáveis pelo trabalho são apropriados nas circunstâncias.
• Pela OROC (revisão pelos pares) sob supervisão CMVM a auditores que não realizem auditorias a
entidades interesse público
o Pelo menos um controlo em cada período de 6 anos
o Controlo horizontal e vertical
• Pela CMVM aos auditores das entidades de interesse público
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o Pelo menos um controlo em cada período de 3 anos
5. Pilares da auditoria
Os elementos essenciais numa auditoria são:
• Ciclo das demonstrações financeiras
• Prova
• Materialidade
• Risco de auditoria
A opinião do auditor resulta da prova obtida nos diferentes procedimentos por si desenvolvidos sobre cada uma das
asserções da administração contidas na demonstrações financeiras. Por isso, a prova em auditoria é fundamental
para:
• Expressar se as demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada;
• Decidir sobre o tipo de relatório a emitir: relatório modificado ou não modificado.
A prova em auditoria é toda a documentação recolhida pelo auditor que serve de suporte à formulação de
uma opinião sobre as demonstrações financeiras. O auditor deve obter prova em quantidade apropriada que lhe
permita avaliar se as demonstrações financeiras apresentam ou não uma imagem verdadeira e apropriada da empresa. O
auditor deve obter prova suficiente para manter o risco de auditoria num nível baixo, pelo que quando o risco de auditoria
aumenta, o auditor aumenta a extensão da prova.
As asserções são declarações prestadas pela gerência, de forma explícita ou outra, no que respeita ao
reconhecimento, mensuração e divulgação da informação nas demonstrações financeiras de que o relato
financeiro foi preparado de acordo com o normativo contabilístico aplicável. As asserções são usadas pelo auditor
para considerar os diferentes tipos potenciais distorções que podem ocorrer aquando da identificação, avaliação e
resposta aos riscos de distorção material.
5.2.1. Asserções das demonstrações financeiras
Relativas a classes de Relativas aos saldos finais Relativas à apresentação e
transações divulgação
Ocorrência Existência Ocorrência
As transações e acontecimentos que se Ativos passivos e interesses no capital Os acontecimentos e as transações
encontram registados ocorreram estão próprio existem. divulgadas ocorreram.
relacionados com a entidade.
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Todas as operações e acontecimentos Todos os ativos passivos e interesses Todas as divulgações que deveriam ter
estão registados. no capital próprio foram registados. sido divulgadas foram de facto,
divulgadas.
Corte
Transações e acontecimentos foram
registados no período contabilístico a
que dizem respeito.
Classificação Classificação e
Transações e acontecimentos foram Compreensibilidade
registados nas contas apropriadas. A informação financeira foi
apresentada e relatada de forma
apropriada e as divulgações no Anexo
encontram-se descritas com clareza.
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• Corte: O corte é uma afirmação que atesta com que as transações e acontecimentos foram contabilizados no
exercício correto. Os procedimentos do auditor devem assegurar que as transações ocorridas antes e após o final
do exercício foram contabilizadas no respetivo período contabilístico. Por exemplo, ao efetuar o teste de corte
às vendas à data de 31 de Dezembro, o auditor pode examinar uma amostra de guias de remessa e de faturas
emitidas antes do final do ano e após o início do ano seguinte, para assim verificar se as vendas foram registadas
no período correto.
• Classificação: Esta afirmação está relacionada com a contabilização nas contas apropriadas de todos os
acontecimentos que ocorreram durante o período. Por exemplo, se os gastos com despesas de conservação e
manutenção de ativos fixos tangíveis foram devidamente contabilizados como ativo ou como um gasto tendo
em atenção a política definida pela empresa.
A prova deve ser suficiente e apropriada. A suficiência está relacionada com a quantidade de prova que deve ser
obtida dependendo esta do julgamento do auditor. O facto da prova ser apropriada está relacionado com a qualidade
da mesma, ou seja, se a prova recolhida é relevante e fiável. A relevância está relacionada com asserção que se pretende
testar. A fiabilidade da prova depende das circunstâncias em que a prova é obtida.
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Fiabilidade da prova em auditoria
Maior confiança Menor confiança
Prova observada diretamente (ex: observação da Prova observada indiretamente (ex: listagem da
contagem de stocks) contagem de stocks enviada para o auditor)
Documentos gerados externamente (ex: faturas, guias de Documentos gerados internamente (guias de entrada,
remessa) notas de encomenda)
Provas enviadas diretamente para o auditor Provas remetidas pela empresa ao auditor
Menos credível
Prova de auditoria persuasiva
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Grau de confiança Tipo de prova
Alto Inspeção física, aritmética, reexecução, confirmações
externas
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Escusa de Opinião
“Não emitimos uma opinião sobre as demonstrações financeiras anexas. Devido à relevância da(s) matéria(s)
referida(s) na secção “Bases para a escusa de opinião”, não obtivemos prova de auditoria suficiente e apropriada que
nos proporcionasse uma base para emitirmos uma opinião sobre as demonstrações financeiras anexas.”
Ponto de partida: responsabilidade do auditor é emitir uma opinião
“Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os
aspetos materiais, a posição financeira de XPTO, S.A. em 31/12/N e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa
relativos ao período findo naquela data de acordo com as Normas de Contabilidade e Relato Financeiro adotadas em
Portugal através do Sistema de Normalização Contabilística.”
5.7. Materialidade
Podemos definir materialidade como um conceito de significado e importância relativos de um assunto, quer
considerado individualmente, quer de forma agregada no contexto das demonstrações financeiras tomadas como um
todo. Um assunto é material, se a sua omissão ou distorção puder razoavelmente influenciar as decisões económicas
dos utilizadores baseadas nas demonstrações financeiras.
Na aplicação da materialidade, os auditores seguem 5 passos:
1. Efetuar um julgamento, preliminar sobre a materialidade
2. Alocar esse julgamento às rubricas do Balanço
3. Estimar o total de distorções por rubrica
4. Estimar o total de distorções agregadas
5. Comparar o total de distorções estimadas com a materialidade preliminar ou revista
Materialidade global: distorções, incluindo as omissões, são consideradas materiais se se esperar que, individualmente
ou em conjunto, influenciem as decisões económicas tomadas pelos utentes com base nas demonstrações financeiras.
Os julgamentos acerca da materialidade global são determinados pelas:
• Circunstâncias em presença (ex: estuda a possibilidade de fundir-se)
• Perceção das necessidades comuns de informação financeira por parte dos utentes das demonstrações
financeiras
• Dimensão ou natureza de uma distorção ou pela combinação de ambas.
Materialidade execução: quantia ou quantias inferior(es) à materialidade global que visa reduzir para um nível
apropriadamente baixo a probabilidade de as distorções não corrigidas e não detetadas agregadas excederem a
materialidade global. Materialidade execução é usada na avaliação do risco de distorção material e na determinação dos
procedimentos de auditoria adicionais.
Materialidade global: vertente quantitativa
Fórmula da MG = indicador x %
Escolha do indicador de referência apropriado depende:
• Elementos das demonstrações financeiras: ativo, passivo, capital próprio, rendimentos ou gastos
• Itens que chamem atenção dos utentes: lucro, rédito, ativos líquidos, ...
• Natureza da entidade, ciclo de vida, setor atividade e ambiente económico que opera
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• Estrutura de propriedade da entidade e a forma como é financiada
• Volatilidade do indicador de referência
Pontos importantes:
• Clausulas de financiamentos (convenants)
• Tendências para alterações
• Sistema incentivos dos gestores
• Utilizadores das demonstrações financeiras
• Propensão a esconder actos ilegais
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• Integridade da gestão (o auditor deve conhecer a gestão, como os comportamentos dos gestores podem
influenciar o risco de distorção)
Objetivo do auditor: correr um risco de auditoria aceitável, desejavelmente muito baixo, por exemplo, 0,05
• Risco de auditoria pré-fixado pelo auditor muito baixo (0,05)
Avaliação pelo auditor dos riscos inerente e de controlo de um cliente:
• risco inerente do cliente X elevado (0,8)
• risco de controlo do cliente X médio/baixo (0,3)
Definição do risco de deteção adequado ao cliente para ser atingido o risco de auditoria pré-fixado pelo auditor:
Ra = 0,05 Ri = 0,8 Rc = 0,3
Ra = Ri x Rc x Rd Rd = Ra / (Ri x Rc)
Rd = 0,05 / (0,8 x 0,3) Rd = 0,2083 = 20,83%
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Para o risco de auditoria ser de 5%, tendo em conta o risco de distorção material que foi avaliado em 0,24, o auditor
tem de correr um risco de deteção baixo (20,8%), isto é, deve dispor de um nível de segurança de 79,2% nas suas
verificações. Como agir? os procedimentos de auditoria devem ser estendidos (no tempo) e aprofundados (no
pormenor da informação auditada) por forma a que o risco de deteção seja baixo (20,8%)
Para manter um risco de auditoria aceitável, se o auditor avalia como altos o risco inerente e o risco de controlo,
deverá correr o mais baixo risco de deteção possível, ou seja, deverá alargar a extensão dos procedimentos. Se o auditor,
pelo contrário, avalia como baixos o risco inerente e o risco de controlo, poderá correr o mais alto risco de deteção
possível, ou seja, não necessita de realizar um exame tão alargado e profundo.
6. Caminho da auditoria
6.1. Etapas da auditoria
Existem 4 grandes momentos:
1. Aceitação do compromisso
2. Planeamento da auditoria: fase de diagnóstico e de identificação de riscos de distorção material
o Quais os eventos que podem ocorrer que provocarão distorções materiais nas demonstrações financeiras?
3. Procedimentos auditoria adicionais e prova de distorções: fase de resposta e de testes de controlo e testes
substantivos
o Será que os eventos identificados ocorreram e resultaram em distorções materiais nas demonstrações
financeiras?
4. Avaliação e relatório de auditoria: formulação da opinião
o Qual é a opinião de auditoria apropriada face à prova obtida sobre demonstrações financeiras?
7. Aceitação do compromisso
Objetivo: determinar se estão reunidas as condições para o compromisso e posteriormente convencer o cliente a
contratar o auditor
7.1. Etapas
1. Avaliar a integridade da gestão, competência e independência órgão fiscalização, qualidade processo
interno de gestão de riscos
• Integridade dos órgãos sociais das EIP – art.º 78.º EOROC
• Alterações na gestão, estrutura organizacional Comunicar com o anterior auditor
• Inquirir outras entidades
• Análise de publicações sobre a empresa
• Análise retrospetiva do relacionamento com o cliente (§22 a 24 ISA 220)
o Conflitos sobre o âmbito da auditoria, tipo opinião, honorários, etc.
o Rescisão unilateral do contrato
o Regras da rotação obrigatória nas EIP – art.º 54.o e 78.º EOROC
Se as demonstrações financeiras do período anterior foram auditadas por um auditor antecessor, o auditor poderá
ser capaz de obter prova de auditoria suficiente e apropriada respeitante aos saldos de abertura ao rever os papéis de
trabalho do auditor antecessor. Saber se tal revisão proporciona prova de auditoria suficiente e apropriada é influenciado
pela competência profissional e independência do auditor antecessor. Os requisitos éticos e profissionais relevantes
orientam as comunicações do auditor corrente com o auditor antecessor.
2. Determinar se o auditor é capaz de cumprir com os deveres éticos, nomeadamente a independência
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3. Determinar se as incompatibilidades (art.º 88.º e 89.º EOROC) e os impedimentos (artigo 91.º EOROC)
não se aplicam
4. Identificar as razões para a Entidade querer as contas auditadas
• Legal ou voluntária
• Exposição mediática da entidades
• Quem são os principais utilizadores das Demonstrações financeiras(atenção aos reguladores)
• Participação dos stakeholders (e.g. banca com convenants)
5. Identificar circunstâncias especiais ou riscos não usuais
• Alterações nas atividades da empresa
• Legislação que afeta o setor onde a entidade se insere
• Desenvolvimentos na envolvente que afeta o negócio (análise PEST)
• Suscetibilidade das Demonstrações financeiras estarem distorcidas – existe um passado de reservas?
• Novos investimentos e/ou programas de reestruturações
• Existência de partes relacionadas
• Avaliação prospectiva da estabilidade financeira e do cumprimento dos aspectos legais por parte do cliente
• Identificar possíveis limitações de âmbito
• Avaliar o sistema de relato financeiro e o seu impacto na exequibilidade de uma auditoria
• Relato financeiro aplicado é aceitável
• Administração reconhece o sua responsabilidade na preparação das demonstrações financeiras e SCI
6. Avaliar a competência necessária para a execução da auditoria e determinar a composição da equipa e a
eventualidade do uso de peritos e auditores de componentes
7. Determinação dos Honorários (art.º 59.º EOROC) – a determinação do tempo necessário à realização da
auditoria será objeto de regulamento da OROC
8. Avaliação do risco de compromisso
9. Tomar a decisão de apresentar uma proposta
10. Contrato de prestação de serviços
8. Planeamento da Auditoria
O planeamento de uma auditoria visa que ela seja executada com eficácia, reduzindo o risco de auditoria para
um nível aceitavelmente baixo. É composto por duas atividades principais:
• Estratégia global de auditoria
o Características do trabalho
o Objetivos de relato e relatórios a produzir
o Fatores críticos a considerar na execução do trabalho
o Natureza, tempestividade e extensão dos recursos necessários
• Plano detalhado de auditoria
o Natureza, tempestividade e profundidade dos procedimentos avaliação de riscos
o Natureza, tempestividade e profundidade dos procedimentos auditoria adicionais ao nível asserção
o Outros procedimentos de auditoria exigidos por alguma norma 0
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Procedimentos de avaliação de risco:
• Informação do processo de aceitação ou de continuação do relacionamento com o cliente
• Informação obtida em experiências anteriores e de auditorias anteriores
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Procedimentos utilizados para identificar e avaliar RDM
• Indagação à gerência
• Indagação à auditoria interna e outro pessoal
• Procedimentos analíticos
• Observação e inspeção
• Prova de anos anteriores
• Análise documental
Procedimentos analíticos
Na Fase do planeamento:
• Úteis para identificar a existência de transações ou eventos não usuais e tendências que possam indicar matérias
com impacto nas DF e na auditoria
• Desenvolvem expetativas acerca de relacionamentos plausíveis que se espera que existam
• Os resultados da sua execução devem ser considerados conjuntamente com outra prova recolhida ao identificar
os RDM (são apenas prova corroborativa ou indicativa)
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Causas para riscos significativos:
• Risco inerente é avaliado próximo do limite superior do espetro do risco inerente
• Existe risco de fraude
• Estimativas contabilísticas
• Transações significativas com partes relacionadas
• Ver exemplos
Se considera que existe um risco significativo, deve inteirar-se dos controlos relevantes para esse risco.
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• Indagar a gerência com respeito às políticas ou procedimentos adoptados para identificar, avaliar e contabilizar
as queixas litigiosas.
• Indagar a gerência e, quando apropriado, os encarregados da governação, sobre se a entidade está a cumprir as
leis e regulamentos aplicáveis (considerar a indagação a advogados)
• Inspecionar a correspondência, se existir, com as autoridades licenciadoras ou reguladoras relevantes
• Solicitar à gerência que confirme por escrito que foram divulgados ao auditor todos os casos conhecidos de
incumprimento ou de suspeita de incumprimento de leis e regulamentos cujos efeitos deviam ser considerados
na preparação das demonstrações financeiras (Documentação)
Procedimentos de auditoria quando se identificarem casos de incumprimento: auditor deve conhecer a natureza do
ato e as circunstâncias em que ele ocorreu; e obter informação adicional para avaliar o possível efeito nas demonstrações
financeiras (considerar aconselhamento jurídico).
Matérias relevantes para a avaliação do auditor:
• As potenciais consequências de incumprimento de leis e regulamentos sobre as demonstrações financeiras
incluindo, por exemplo, a imposição de multas, penalidades, danos, ameaça de expropriação, descontinuação
forçada de operações, e litígios.
• Se as potenciais consequências financeiras exigem divulgação.
• Se as potenciais consequências financeiras são tão sérias que ponham em causa a apresentação apropriada das
demonstrações financeiras, ou de outra forma façam com que as demonstrações financeiras sejam suscetíveis
de induzir em erro.
Se não puder ser obtida informação suficiente acerca de incumprimento sob suspeita. Deve-se avaliar o efeito da
falta de prova de auditoria suficiente e apropriada na sua opinião => limitação de âmbito.
Relato incumprimento:
• Encarregados da governação
• Relatório de auditoria
• Entidades de supervisão
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• Representação errónea ou omissão intencional nas DF de acontecimentos, transações ou outras informações
significativas
• Falta de aplicação intencional de princípios contabilísticos relativos à mensuração, reconhecimento,
classificação, apresentação ou divulgação
Responsabilidades – Auditor
• Obter garantia razoável de fiabilidade de que as demonstrações financeiras tomadas como um todo estão isentas
de distorção material, quer causada por fraude quer por erro
• Não é nem pode ser responsabilizado pela ocorrência de fraudes ou erros
• É um fator dissuasor
• Atender a: ceticismo profissional e consistência na prova
• O risco de não ser detetada uma distorção material resultante de fraude é maior que o risco de não detetar uma
distorção material resultante de erro
• O risco de não ser detetada uma distorção material resultante de fraude praticada pela gerência é maior do que
se praticada pelos empregados
• O facto de a opinião do auditor se basear no conceito de garantia razoável, não garante que virão a ser detetadas
distorções materiais (fraude ou erro)
1. Condições genéricas para a existência fraude (incentivos, oportunidades, atitudes)
• Administração ou os outros empregados estão motivados ou pressionados;
• As circunstâncias existentes proporcionam a oportunidade;
• Os intervenientes no processo são indivíduos cujo carácter e valores permite que eles participem no acto
fraudulento => não olham a meios para atingir os objetivos.
2. Atitude profissional cética
3. Debate entre a equipa de trabalho
4. Obter informação sobre a gestão do risco de fraude por parte da entidade
• Inquirir gerência, auditoria interna e o órgão de supervisão
• Procedimentos analíticos revelam relacionamentos não usuais ou inesperados
• Compete ao órgão de gestão implementar um sistema que minimize o risco de fraude
• Elementos para prevenir, dissuadir e detetar fraudes
o Cultura de honestidade e de ética – ambiente de controlo
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o Gestão direta do risco de fraude
Auditor deve presumir que existe risco de fraude no reconhecimento de réditos, avaliar que tipos de rédito e
asserções dão origem a esse risco. Auditor deve considerar o risco da gestão passar por cima dos controlos.
6. Resposta do controlo interno aos risco de fraude
7. Respostas aos riscos avaliados de distorção por fraude: respostas globais, específicas e ao risco de
derrogação dos controlos pela Gerência
8. Avaliação da prova de auditoria
9. Comunicação da existência de fraude
10. Documentação do trabalho
9. Controlo Interno
O controlo interno ajuda as organizações a mitigar os riscos de não atingirem os seus objetivos. O cumprimento
desse objetivos enfrenta muitos riscos, compete assim o órgão de gestão, identificá-los e implementar controlos que
fornecem uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras não contêm distorções materiais. Trata-se de um
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sistema concebido, implementado e mantido pelos encarregados da governação, gerência e outro pessoal para
proporcionar segurança razoável acerca da consecução dos objetivos de uma entidade com respeito:
• à fiabilidade do relato financeiro;
• eficácia e eficiência das operações;
• cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis.
A obtenção de conhecimento sobre o controlo interno da entidade auditada é essencial para a realização de uma
auditoria, constituindo mesmo um dever profissional. Este dever profissional fundamenta-se no facto de ser essencial
para o auditor, quando planeia uma auditoria, conhecer o CI da empresa, saber se é ou não eficaz.
• Se CI for satisfatório risco de controlo baixo menor probabilidade de existirem distorções materiais nas
DF o trabalho do auditor não carece de ser tão extenso e aprofundado
• Se CI não for satisfatório risco de controlo alto maior probabilidade de existirem distorções materiais
nas DF o trabalho do auditor pode exigir máxima extensão e profundidade
Os objetivos do controlo interno são contribuir para que sejam atingidos com razoável grau de segurança:
• a eficácia e eficiência das operações
• a confiança na informação financeira divulgada publicamente
• o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis
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• Sistema de informação e comunicação: Envolve o hardware, o software, os funcionários, os procedimentos e
as bases de dados. Um sistema de informação relevante para o processo de relato financeiro inclui: o sistema
contabilístico e os procedimentos que permitam iniciar, autorizar, contabilizar e comunicar as transações da
organização e manter os ativos devidamente salvaguardados.
• Monitorização: Consiste numa supervisão regular dos controlos, ou seja, é um processo que avalia o
desempenho das componentes do controlo interno ao longo do tempo. A monitorização do ambiente de controlo,
da avaliação do risco, da atividade de controlo e da informação e comunicação, fornece feedback sobre
eficiência dos controlos, agindo como um estímulo à sua renovação ou à implementação de melhorias.
O risco de negócio é mais abrangente do que o RDM das demonstrações financeiras, mas inclui este último. A maior
parte dos riscos de negócio tem consequências nas demonstrações financeiras.
Tipos de atividades de controlo
▪ Controlo físico sobre os ativos e registos
▪ Níveis adequados de autorização de transacções e atividades
o Autorização geral: Políticas que definem poderes e seus limites a que os subordinados devem implementar
na aprovação de todas as transações que se encaixem dentro dos limites definidos (e.g. vendedores podem
pernoitar em hotéis 3***; prazo de recebimento tem um limite de 2 meses)
o Autorização específica: Em situações concretas, o órgão de gestão prefere tomar a decisão (e.g. a escolha
do hotel do encontro anual de quadros)
• Reconciliação (identificar diferenças entre itens)
• Verificação (política está a ser seguida)
• Adequada separação de funções
o Custódia de ativos vs contabilidade
o Autorização de transações vs custódia de ativos relacionados
o Responsabilidade pela execução das operações vs contabilidade
o Funções relacionadas com as TI e os utilizadores
• Adequado processamento de informação (documentos e registos)
o Numeração consecutiva dos documentos mesmo os que vem do exterior devem ser registados logo que
dêem entrada
o Preparados aquando da ocorrência da transacção
o Todas as transacções têm como suporte um documento original em papel ou suporte electrónico
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o Há evidência das autorizações necessárias
o Suficientemente simples para ser compreensível
o Concebida para múltiplos utilizadores
o Construída para fomentar a sua correcta preparação
Para lidar com os riscos associados às TI, a Entidade poderá adotar:
• Controlos gerais: Abrange todos os processos de gestão dos sistemas de informação da Entidade
• Controlos aplicacionais: Estão diretamente relacionados com as transações, dados mestre, específicos a uma
aplicação. Asseguram a totalidade e a exatidão dos registos, bem como a validade dos inputs em transações e
dados mestre resultantes processamentos manuais ou automáticos.
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9.7. Importância da avaliação do risco de controlo em auditoria
Importância depende:
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• Ocorrência efetiva de uma distorção
• Possibilidade de que uma distorção venha a ocorrer
• Potencial magnitude
Podem existir deficiências significativas mesmo que não tenham sido identificadas distorções durante o trabalho.
Comunicação das deficiências do SCI
O auditor deve comunicar por escrito aos encarregados da governação, em tempo oportuno, as deficiências
significativas no controlo interno identificadas durante a auditoria. O auditor deve também comunicar em tempo
oportuno à gerência, a um nível apropriado de responsabilidade:
• Por escrito, as deficiências significativas no CI que tenha comunicado ou pretenda comunicar aos EG, salvo se
nas circunstâncias não for apropriado (p.e. se estiver perante fraude praticada pela Gerência)
• Outras deficiências no CI que entenda serem relevantes
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Matriz da avaliação dos riscos de distorção material (RDM)
Testes substantivos
Independentemente dos riscos avaliados de distorção material, o auditor deve conceber e executar procedimentos
substantivos para cada classe de transacções, saldo de conta e divulgações materiais.
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11. Auditoria ao ciclo das vendas, contas a receber
Processo das vendas
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• Vendas à consignação reconhecidas como vendas finais Devoluções e descontos comerciais não registados
Percentagem de acabamento
• Transacções com partes relacionadas
• Channel stuffing
• Omitir responsabilidade contingentes e gastos
A adequabilidade e a suficiência dos procedimentos de auditoria a executar variam em função da asserção analisada.
Exemplos de testes substantivos sobre classes de transações e acontecimentos e divulgações
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Exemplo de Plano de auditoria nas contas de Clientes
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Testes substantivos aos saldos
Pedido de confirmação externa
Operacionais
• Perda dos principais gerentes sem substituição.
• Perda de um mercado, de um privilégio), licença importante ou do principal fornecedor.
• Dificuldades nas relações de trabalho ou rupturas de abastecimentos importantes.
Outros
• Incumprimento dos estatutos da empresa
• Litígios cujas consequências podem levar à falência
• Alteração legislativa que afecta gravemente a empresa
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