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c) Agente de vigilância ambiental em saúde: d) Três horas trabalhadas para uma hora e meia de
apresentar certificado de conclusão do curso de descanso
ensino técnico expedido por instituição educacional
reconhecida pelo órgão próprio do sistema de ensino 11) A realização de horas extraordinárias depende de
autorização do Conselho Nacional do Meio Ambiente
d) Agente comunitário de saúde: apresentar – CONAMA
certificado de conclusão do curso de ensino superior
expedido por instituição educacional reconhecida pelo ( ) CERTO ( ) ERRADO
órgão próprio do sistema de ensino e, conforme
regras estabelecidas no edital normativo do concurso, 12) Segundo a Lei nº 5.237/2013, marque a opção
residir na região em que atuará. correta.
b) Ter cumprido o interstício de dez meses de efetivo b) A GT é concedida no mês que antecede ao do
exercício no padrão atual requerimento apresentado pelo servidor.
c) A concessão da progressão da carreira de que trata c) O diploma ou o certificado apresentado para fins de
esta Lei pode ser feita de forma plurianual. percepção da GT podem ser utilizados novamente
visando à concessão de outra vantagem.
d) Ocorrendo a automatização prevista no § 1º,
tornam-se desnecessárias as publicações relativas à d) A Secretaria de Estado de Saúde deve estabelecer
progressão, devendo tal situação não constar nos os critérios a serem utilizados para concessão da GT
assentamentos funcionais do servidor. de que trata este artigo.
15) Fica garantida a progressão aos servidores em 19) Além do vencimento básico e das vantagens
estágio probatório. previstas nesta Lei, não podem ser concedidas ao
servidor da carreira Vigilância Ambiental e Atenção
( ) CERTO ( ) ERRADO Comunitária à Saúde outras parcelas estabelecidas em
legislação específica.
16) Para concessão da promoção funcional, o servidor
deve cumprir o interstício de nove meses de efetivo ( ) CERTO ( ) ERRADO
exercício no padrão atual, observado o critério do
merecimento, conforme regulamento próprio. 20) Os recursos repassados pelo Ministério da Saúde
destinados a custear despesas de pessoal dos
( ) CERTO ( ) ERRADO servidores integrantes da carreira de que trata esta
Lei são utilizados pelo Governo do Distrito Federal na
17) De acordo com o que dispõe a Lei nº 5.237/2013, composição remuneratória dessa carreira.
fica criada a Gratificação de Titulação – GT, concedida
aos integrantes da carreira Vigilância Ambiental e ( ) CERTO ( ) ERRADO
Atenção Comunitária à Saúde e calculada sobre o
vencimento básico correspondente ao padrão em que 21) A respeito da Lei nº 5.237/2013, Marque a
o servidor esteja posicionado, nos percentuais e alternativa correta:
condições a seguir:
a) A remoção dos servidores da carreira Vigilância
A) Dez por cento, no caso de o servidor possuir curso Ambiental e Atenção Comunitária à Saúde seguem os
de especialização com carga horária mínima de critérios gerais da Lei Complementar nº 840, de 23 de
trezentos e sessenta horas; dezembro de 2011, e os demais atos normativos da
SES.
b) Quinze por cento por conclusão de curso
graduação; b) No caso do servidor integrante do cargo de agente
comunitário de saúde que não comprovar alteração
de domicílio para região administrativa diversa
daquela onde está em exercício, a remoção não será o mesmo concedido aos servidores regidos pela Lei
condicionada à existência de vaga. Complementar nº 840, de 2011.
II- Nos casos de afastamentos e licenças legais, a b) No prazo de oitenta dias a contar publicação desta
opção pode ser feita até o primeiro dia subsequente Lei, o CPRH estabelecerá os critérios a serem
ao seu término. utilizados para concessão da indenização de que trata
este artigo.
III- Somente pode valer-se dos termos deste artigo o
agente de vigilância ambiental em saúde e o agente c) Nenhuma redução de remuneração pode resultar
comunitário de saúde que tenha convalidado sua da aplicação desta Lei, sendo assegurada, na forma de
participação em processo seletivo ou concurso Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada – VPNI,
público. a parcela correspondente à diferença eventualmente
obtida, a qual é atualizada exclusivamente pelos
IV- Os agentes de vigilância ambiental em saúde e os índices gerais de reajuste dos servidores públicos
agentes comunitários de saúde que não façam opção distritais.
permanecem na Tabela Especial de Emprego
Comunitário do Distrito Federal, submetidos ao d) As despesas decorrentes da aplicação desta Lei
regime da Consolidação das Leis do Trabalho e no correm à conta das dotações orçamentárias do
quadro em extinção. Distrito Federal.
A) Leptospirose.
B) Dengue. GABARITO:
C) Leishmaniose Visceral.
D) Raiva.
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
4 - Prova: CESGRANRIO - 2011 - Transpetro - Técnico 1 - B) agravo: qualquer dano à integridade física ou
Ambiental Júnior mental do indivíduo, provocado por circunstâncias
Os resíduos considerados perigosos são aqueles que nocivas, tais como acidentes, intoxicações por
A) são nocivos à saúde das pessoas. substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões
B) são manipulados exclusivamente por máquinas. decorrentes de violências interpessoais, como
C) são sempre recicláveis. agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada;
D) serão sempre destruídos.
E) não podem ser transportados. GABARITO: 2 - A
GABARITO: 3 - A
5 - Assinale a alternativa que apresenta a melhor GABARITO: 4 - A
conceituação do termo meio ambiente: GABARITO: 5 - D
GABARITO: 6 - D
A) É a junção somente dos aspectos naturais do
espaço geográfico.
B) É constituído apenas por elementos que fazem A Política Nacional de Meio Ambiente é de 1981 (Lei
parte da natureza. Federal 6.938/81), ou seja, anteriora Constituição
C) É a relação entre os aspectos de origem antrópica Federal de 1988.
do espaço social. Diante do abrangente conceito constitucional de meio
D) É a inter-relação entre os diversos componentes ambiente, com o intuito de viabilizar a identificação
físicos e humanos. mais rápida do agente degradante e do bem jurídico
E) É formado pelos elementos que foram construídos degradado, a doutrina teve o cuidado de dividir o
pela sociedade. meio ambiente em múltiplas dimensões. Porém, não
se afastando o principal objetivo que é tutelar a vida
6 - Prova: FAU - 2022 - Prefeitura de Ponta Grossa - saudável, mas sim para propiciar o reconhecimento
PR - Fiscal Ambiental - Edital nº 3 do aspecto em que os valores ambientais foram
Sobre o direito ambiental e o conceito de meio violados, consoante explica Fiorillo (2011, p. 73).
ambiente, observe as afirmações: Diante disso, vislumbra-se ao menos quatro das
facetas ambientais, quais seja, meio ambiente natural,
I - O conceito de meio ambiente foi inserido em nossa artificial, cultural e do trabalho.
ordem jurídica pela Lei Federal 6.938/1988, com a
formulação da constituição de 1988. TÍTULO II
DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
II - A denominada Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente, em seu art. 3º, conceituou meio ambiente CAPÍTULO I
como “o conjunto de condições, leis, influências e DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE
Seção I § 3º Os prestadores de serviços de saneamento
Das Disposições Gerais ambiental devem receber, apurar e solucionar queixas
e reclamações dos cidadãos e dos demais usuários,
Art. 10. Todos têm direito à vida em ambiente que deverão ser informados das providências
saudável, e cabe ao Poder Público do Distrito Federal adotadas em até sessenta dias.
garantir a provisão universal e equânime de serviços
de saneamento ambiental e a manutenção de níveis § 4º O Poder Público pode autorizar, em caráter
adequados e crescentes de salubridade ambiental à temporário, a prestação de serviços públicos de
população. saneamento ambiental por seus próprios usuários
organizados em cooperativa ou associação, desde que
Art. 11. São atribuições da vigilância ambiental: os serviços se limitem a:
Art. 16. O relatório anual de avaliação referido no art. Art. 21. Os serviços públicos de abastecimento de
15, parágrafo único, contém: água são orientados pelas seguintes diretrizes:
§ 1º Nas zonas rurais, os sistemas de fossas ou Art. 30. Os serviços destinados a esgotamento,
privadas sanitárias seguirão os modelos previstos nas transporte e descarga dos dejetos coletados em
normas técnicas dos órgãos de controle ambiental. fossas de particular e de órgãos públicos devem
observar as normas técnicas dos órgãos de controle
§ 2º Todo sistema de esgotamento sanitário público ambiental.
ou privado, individual ou coletivo, está sujeito à
fiscalização da autoridade sanitária. Parágrafo único. Os profissionais autônomos que
prestam serviço de limpeza de fossas devem possuir
Art. 28. Na prestação dos serviços de esgotamento cadastro no órgão de vigilância sanitária do Sistema
sanitário, devem ser observadas as seguintes Único de Saúde do Distrito Federal.
diretrizes:
Art. 31. É proibido o lançamento de resíduos sólidos
I – adequação das ações de coleta, transporte, nas redes de coleta de esgotos, bem como a ligação
tratamento e destinação final das águas da rede pública de esgotos com a rede de captação de
residuárias, para promover a saúde pública e águas pluviais.
prevenir a poluição do solo, do ar e das águas
superficiais e subterrâneas; Art. 32. É proibida a restrição de acesso aos serviços
II – promoção do desenvolvimento e adoção públicos de esgotamento sanitário em decorrência de
de tecnologias apropriadas, seguras e inadimplência do usuário.
ambientalmente adequadas, que considerem
as peculiaridades locais e regionais; Seção IV
III – incentivo à reutilização da água, à Do Manejo de Águas Pluviais
reciclagem dos constituintes dos esgotos e à
eficiência energética, atendendo aos Art. 33. O sistema de manejo de águas pluviais, de
requisitos de saúde pública e de proteção responsabilidade do Poder Público do Distrito Federal,
ambiental; visa promover a saúde, proteger a vida e o patrimônio
IV – promoção de ações de educação sanitária e a reduzir os riscos de enchentes.
e ambiental sobre o uso correto de
instalações prediais de esgoto, os serviços de Art. 34. O sistema de manejo de águas pluviais
esgotamento sanitário e o adequado manejo obedece às seguintes diretrizes:
dos esgotos sanitários.
I – universalização dos serviços de manejo de
Art. 29. Compete aos órgãos de vigilância em saúde águas pluviais à população urbana;
verificar regularmente as condições de lançamento de II – articulação dos instrumentos de
águas residuárias e o cumprimento da lei e de normas prevenção e gerenciamento das enchentes;
técnicas, bem como solicitar as providências III – gestão do uso e da ocupação do solo em
necessárias à preservação da salubridade dos consonância com as diretrizes estabelecidas
receptores. no plano de recursos hídricos, com vistas a
minimizar os impactos do lançamento da água
§ 1º O estabelecimento que utilize óleos, graxas e na bacia hidrográfica urbana;
outros derivados deve dispor de recipiente coletor, IV – valorização, preservação, recuperação e
conforme normas técnicas dos órgãos de controle do uso adequado do sistema natural de
meio ambiente. drenagem do sítio urbano, em particular dos
corpos d’água, com ações que priorizem:
§ 2º O material proveniente de limpeza de fossa
doméstica deve ser descartado conforme as normas a) solução de situações que envolvam riscos à
técnicas dos órgãos de controle do meio ambiente. vida ou à saúde pública ou perdas materiais;
Art. 45. É proibido o acúmulo de lixo, água, materiais Art. 52. As ações e serviços previstos no art. 51 se dão
inservíveis ou outros materiais que propiciem a por meio de:
instalação e a proliferação de vetores, animais
sinantrópicos ou peçonhentos e moluscos em áreas I – monitoramento e controle em hospedeiros
públicas e privadas, conforme disposto nesta Lei e na e reservatórios;
sua regulamentação. II – monitoramento e controle da população
de cães e gatos;
Art. 46. É proibido o funcionamento de caldeiras, III – divulgação de medidas de prevenção e
incineradores, indústria de asfalto e fábricas de controle de doenças zoonóticas;
cimento sem a instalação de filtros que garantam a IV – promoção de educação continuada dos
inocuidade dos gases eliminados. profissionais que atuam na vigilância de
zoonoses.
Art. 47. Os sistemas de climatização adotados em Art. 53. O controle da população de cães e
ambientes de uso coletivo devem ser mantidos em gatos compreende:
condições adequadas de limpeza, manutenção, I – identificação e registro;
operação e controle, visando à prevenção de riscos à II – esterilização;
saúde dos indivíduos. III – adoção;
IV – controle de criadouros;
V – campanhas educativas em guarda § 1º Vencido o prazo previsto no caput, os animais
responsável. não resgatados pelos seus responsáveis são
disponibilizados para adoção.
Art. 54. (VETADO).
§ 2º Não é permitida adoção de animais sem
Art. 55. Compete ao órgão de vigilância em saúde correspondente registro, identificação e esterilização.
ambiental, sem prejuízo de outros dispositivos em lei,
realizar campanhas educativas e vacinação de animais § 3º Animais em situação aparente de maus-tratos
para prevenção de zoonoses, gratuitamente, visando não devem ser devolvidos aos seus responsáveis,
à promoção da saúde pública. devendo ser incluídos diretamente nos programas de
adoção.
Art. 56. Os proprietários e os cuidadores de cães e
gatos são obrigados a vaciná-los periodicamente Art. 62. É vedado aos órgãos de controle de zoonoses,
contra a raiva e outras zoonoses. canis públicos e estabelecimentos oficiais congêneres
provocar a morte de cães e gatos, exceção feita à
Art. 57. O animal residente no Distrito Federal deve eutanásia.
ser contido e mantido limpo, alimentado, imunizado e
vermifugado, de modo que não ofereça riscos de Art. 63. (VETADO).
acidentes nem transmita doenças a pessoas ou outros
animais, sob pena de o proprietário responder por Art. 64. O Poder Público é responsável por:
maus-tratos e por danos causados a terceiros.
I – destinar local adequado para manutenção
Parágrafo único. O veterinário é obrigado a notificar e exposição dos animais disponibilizados para
aos órgãos públicos responsáveis pelo controle de adoção, onde são separados conforme critério
zoonoses as doenças zoonóticas de importância para de compleição física, idade e comportamento;
a saúde pública. II – promover campanhas que sensibilizem o
público da necessidade de adoção de animais
Art. 58. É proibida a permanência e a manutenção de abandonados, de esterilização e de vacinação
animais soltos ou sem contenção adequada nas vias periódica e de que maus-tratos e abandono,
públicas, em logradouros públicos ou em locais de pelo padecimento infligido ao animal,
livre acesso ao público. configuram práticas de crime ambiental;
III – orientar os adotantes e o público em
Art. 59. O animal encontrado em logradouros públicos geral para atitudes de guarda responsável de
ou em lugares acessíveis ao público em desobediência animais.
ao estabelecido no art. 58 deve ser recolhido.
Art. 65. Cão-guia que esteja acompanhando deficiente
Parágrafo único. Os animais recolhidos somente visual tem livre acesso a qualquer estabelecimento,
poderão ser resgatados se não subsistirem as causas bem como aos meios de transporte público coletivo.
que ensejaram sua apreensão e se não representarem
risco à saúde pública. Art. 66. Os donos são obrigados a remover os dejetos
deixados em vias públicas por seus animais.
Art. 60. O recolhimento de animais, quando
necessário, observará procedimentos éticos de Art. 67. O ingresso e a permanência de animais em
cuidados gerais, de transporte e de averiguação da prédios e conjuntos habitacionais são regulamentados
existência de um responsável ou de cuidador em sua pelos respectivos condomínios.
comunidade.
Art. 68. As edificações em que se criam, mantêm,
Art. 61. Os animais recolhidos pelo órgão responsável utilizam ou comercializam animais devem ser
pela gestão de populações de cães e gatos e construídas e conservadas de acordo com as normas
encaminhados para canis públicos ou técnicas vigentes.
estabelecimentos oficiais congêneres permanecem
por sete dias úteis à disposição de seus responsáveis, Art. 69. No imóvel onde haja animal agressivo, deve
oportunidade em que são obrigatoriamente ser afixada placa indicativa em tamanho compatível
esterilizados, se comprovadas boas condições de com a leitura à distância e em local visível ao público.
saúde.
Art. 70. É vedada a venda de cães, gatos e outros notificação em hospitais, clínicas, laboratórios
animais domésticos em praças, ruas, parques e outras públicos e privados, bem como em domicílios,
áreas públicas do Distrito Federal. creches, escolas e outros;
XIII – promover a educação permanente dos
Art. 71. Compete ao Poder Público definir normas trabalhadores de saúde que lidam com
técnicas sobre a destinação final de cadáveres de vigilância epidemiológica;
animais. XIV – recomendar, objetiva e cientificamente,
medidas necessárias para prevenir ou
controlar a ocorrência de agravos à saúde;
XV – avaliar a eficácia das medidas de
intervenção relativas a agravos específicos,
por meio de coleta e análise sistemática das
CAPÍTULO II informações;
DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS E XVI – avaliar a regularidade, a completude e a
AGRAVOS À SAÚDE consistência das informações para manter a
qualidade da base de dados;
Seção I XVII – realizar análise epidemiológica
Das Disposições Gerais utilizando os diversos sistemas que compõem
a vigilância em saúde;
Art. 72. Compete ao Poder Público do Distrito Federal XVIII – divulgar informações e análises
realizar ações e serviços de vigilância epidemiológica a epidemiológicas.
fim de prevenir e controlar doenças e agravos à saúde
dos indivíduos e da coletividade. Art. 74. Os estabelecimentos e os profissionais cujas
atividades envolvam dados e informações
Art. 73. As ações previstas no art. 72 incluem: epidemiológicas são obrigados a enviá-los ao órgão de
vigilância epidemiológica do Sistema Único de Saúde
I – avaliar as diferentes situações do Distrito Federal, conforme legislação específica
epidemiológicas e definir ações específicas distrital e federal.
para cada realidade;
II – identificar problemas de saúde pública; Parágrafo único. O não cumprimento das disposições
III – detectar surtos e epidemias; previstas no caput constitui infração sanitária sujeita
IV – identificar fatores determinantes e às sanções cabíveis.
condicionantes do processo saúde-doença;
V – documentar e divulgar o prognóstico de Art. 75. Os estabelecimentos de saúde públicos e
disseminação das doenças e de outros privados são obrigados a desenvolver ações de
agravos à saúde; vigilância epidemiológica de doenças de notificação
VI – adotar estratégias de rotina e campanhas, compulsória.
em articulação com outros órgãos, para
vacinar a população contra doenças Art. 76. Os estabelecimentos que realizam
imunopreveníveis, nos casos previstos na procedimentos invasivos em regime ambulatorial ou
regulamentação desta Lei; procedimentos em regime de internação, além das
VII – subsidiar o planejamento das ações e ações de vigilância epidemiológica de doenças de
serviços de saúde; notificação compulsória, são obrigados a desenvolver
VIII – promover e coordenar investigações, ações de controle de infecção relacionadas à
inquéritos e levantamentos epidemiológicos, assistência à saúde.
bem como programar e avaliar as medidas de
prevenção e controle de doenças e das Parágrafo único. Para cumprir a obrigação a que se
situações de agravos à saúde; refere o caput, os estabelecimentos devem ser
IX – coordenar e executar o fluxo de dotados de núcleo de epidemiologia e de comissão de
informações epidemiológicas; controle de infecção relacionada à assistência à saúde.
X – analisar os indicadores epidemiológicos;
XI – implementar subsistemas de vigilância de Seção II
doenças, de eventos adversos e de outros Da Notificação Compulsória
agravos à saúde de notificação compulsória;
XII – estimular a notificação compulsória e a
busca ativa de agravos e doenças de
Art. 77. A lista de doenças, agravos e eventos de doenças que devam ser compulsoriamente
notificação compulsória atende às normas técnicas, notificadas, conforme fluxo e periodicidade
conforme a legislação distrital e federal. estabelecidos em normas técnicas, sob pena de
responsabilização.
Art. 78. Deve ser notificada ao órgão de vigilância
epidemiológica do Sistema Único de Saúde do Distrito Art. 80. A notificação compulsória de doenças ou
Federal a ocorrência de agravo inusitado, óbito por agravos à saúde tem, obrigatoriamente, caráter
doença de origem desconhecida ou suspeita de sigiloso.
alteração no padrão epidemiológico,
independentemente de constar na lista de doenças e Parágrafo único. A identificação do portador de
agravos de notificação compulsória. doença de notificação compulsória fora do âmbito
médico-sanitário só é permitida em caráter
Art. 79. A notificação compulsória de doenças e excepcional, em casos de grande risco à comunidade,
eventos de agravo à saúde será encaminhada à a juízo de autoridade sanitária e com conhecimento
autoridade sanitária local por: prévio do usuário ou de seu responsável.
I – profissionais de saúde no exercício da Art. 81. Tem caráter de urgência a adoção de medidas
profissão; para o controle de doenças, agravos e eventos
II – responsáveis por estabelecimentos de notificados.
assistência à saúde e instituições médico-
sociais de qualquer natureza; Parágrafo único. Estão sujeitos à interdição total ou
III – responsáveis por laboratórios que parcial estabelecimentos, centros de reunião ou
executem exames microbiológicos, diversão, escolas, creches e quaisquer locais abertos
sorológicos, anatomopatológicos ou ao público, para o exercício do controle previsto no
radiológicos; caput, observadas as disposições da legislação federal
IV – responsáveis por estabelecimentos e distrital específica.
prisionais ou de ensino, creches, locais de
trabalho ou habitações coletivas em que se Seção III
encontra o doente; Da Declaração e da Verificação de Óbito
V – o instituto médico-legal e os responsáveis
pelos serviços de verificação de óbito; Art. 82. A declaração de óbito é indispensável à
VI – médicos veterinários, no exercício da emissão da certidão de óbito pelos cartórios,
profissão, que notificarão os casos documento indispensável para liberação do
identificados de zoonoses; sepultamento e para outras medidas legais.
VII – responsáveis por qualquer meio de
transporte em que se encontre o doente; Art. 83. Para óbitos fetais, é obrigatório o
VIII – qualquer cidadão que suspeite de caso fornecimento da declaração de óbito quando pelo
de doença de notificação compulsória. menos uma das condições a seguir estiver presente:
§ 2º Caso a situação não seja regularizada no prazo de Art. 98. Doentes ou suspeitos portadores de doença
30 dias, a escola deve comunicar o conselho tutelar transmissível que necessitem de isolamento devem
para as devidas providências. (Parágrafo acrescido(a) ser internados, de preferência em hospitais, ou, ainda,
pelo(a) Lei 6345 de 01/08/2019) em domicílios, se preenchidos os requisitos
estabelecidos na legislação federal e distrital
Art. 94. Os trabalhadores devem ser vacinados, a específica.
expensas do empregador, contra doenças
imunopreveníveis a que estão expostos em Art. 99. Os portadores de doenças transmissíveis,
decorrência de suas atividades profissionais. particularmente os das doenças sexualmente
transmissíveis – DST residentes no Distrito Federal
Seção V têm os seguintes direitos básicos:
Da Vigilância e do Controle de Doenças
Transmissíveis I – cuidado e tratamento adequados;
II – educação específica para cada caso,
Art. 95. Compete ao Sistema Único de Saúde do aconselhamento e insumos necessários a
Distrito Federal realizar ações e serviços de prevenção e redução dos danos associados ao
prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças estilo de vida;
transmissíveis com o objetivo de suprimir ou diminuir III – permanência no ambiente social de
os riscos à saúde, interromper ou dificultar a origem;
ocorrência delas e proteger a população em perigo. IV – sigilo das informações sobre a
enfermidade;
Parágrafo único. As ações de prevenção, controle, V – não exposição a situações abusivas,
diagnóstico e tratamento das doenças a que se refere vexatórias ou discriminatórias em função da
o caput devem ser desenvolvidas, de modo integrado, condição de saúde, do estilo de vida, da
por órgãos e unidades do Sistema Único de Saúde do situação socioeconômica ou da orientação
Distrito Federal, conforme normas técnicas sexual;
específicas. VI – não discriminação no local de trabalho,
no transporte, na educação e na prestação de
Art. 96. Qualquer indivíduo pode, voluntariamente, serviços públicos comunitários e privados de
fazer exames laboratoriais de prevenção e de controle qualquer natureza.
de doenças transmissíveis, inclusive para detecção do
vírus da síndrome da imunodeficiência adquirida, nos Art. 100. As informações sigilosas somente podem ser
laboratórios do Sistema Único de Saúde do Distrito rompidas por profissional de saúde em cumprimento
Federal, garantido o sigilo e o anonimato. das normas legais.
Art. 97. Se ocorrer suspeita de epidemia ou surto em Art. 101. Nenhum estabelecimento de saúde pode
determinada região, deverão ser tomadas medidas recusar atendimento aos portadores de doenças
imediatas, razoáveis e pertinentes. sexualmente transmissíveis ou do vírus da síndrome
da imunodeficiência adquirida, com base nessa
§ 1º As medidas a que se refere o caput são condição.
disciplinadas em normas técnicas da vigilância em
saúde. (Parágrafo renumerado(a) pelo(a) Lei 6554 de § 1º No atendimento, no diagnóstico e no
23/04/2020) acompanhamento da evolução clínica do portador de
doenças sexualmente transmissíveis ou do vírus da
§ 2º Em situação de isolamento social, quarentena, síndrome da imunodeficiência adquirida, é obrigatório
situação de emergência e estado de calamidade o fornecimento de medicamentos, conforme
pública, todos os servidores públicos, policiais regulamentação desta Lei e recomendação do órgão
militares, bombeiros militares, policiais civis e agentes federal competente.
de fiscalização que estejam em atividade e contato
com possíveis portadores do agente infeccioso devem § 2º É assegurado aos indivíduos a que se refere o
passar por testes diagnósticos que indiquem se eles caput o atendimento complementar em modalidades
estão infectados, a cada 15 dias ou com a frequência assistenciais alternativas, como regime de hospital-
que melhor atenda aos melhores critérios e padrões dia, assistência domiciliar, serviço de assistência
especializada, medicina natural e práticas integrativas III – elaboração de cadernos técnicos para
de saúde. profissionais das redes públicas da saúde e da
educação;
Art. 102. As ações de vigilância e controle de doenças IV – elaboração de cartilhas e folhetos
sexualmente transmissíveis, assim como campanhas explicativos para públicos específicos e para a
de esclarecimento, devem ser dirigidas à população população em geral;
em geral e à população mais vulnerável. V – organização de seminários, cursos e
treinamento para capacitar e educar,
§ 1º As ações e as campanhas de que trata o caput permanentemente, os profissionais de saúde;
devem ter, desde a etapa de planejamento, a VI – garantia de diagnóstico e tratamento das
participação da sociedade civil organizada. doenças e lesões;
VII – apoio à realização de estudos, pesquisas,
§ 2º As ações de prevenção, vigilância e controle, bem análises e outras atividades técnico-científicas
como as campanhas dirigidas aos internos em relacionadas a essas doenças e agravos.
estabelecimentos prisionais do Distrito Federal,
devem ter caráter permanente. § 3º As ações e os serviços a que se refere o caput
devem ser dirigidos, principalmente, às seguintes
§ 3º Os estudantes de ensino fundamental e médio do doenças e agravos:
Distrito Federal devem ser incluídos em campanhas
de esclarecimento específicas. I – diabetes melito;
II – neoplasias;
Art. 103. (VETADO). III – doença celíaca;
IV – esclerose múltipla;
Seção VI V – alcoolismo; VI – tabagismo;
Da vigilância e do controle de doenças crônicas não VII – obesidade;
transmissíveis VIII – dislipidemias;
IX – musculoesqueléticas;
Art. 104. Compete ao Poder Público realizar ações e X – reumáticas;
serviços dirigidos a prevenção, vigilância e controle de
XI – respiratórias crônicas;
doenças e agravos crônicos não transmissíveis,
XII – da coluna vertebral;
conforme disposto em normas técnicas do SUS.
XIII – do aparelho circulatório.
§ 1º As doenças crônicas não transmissíveis têm
Seção VII
causas multifatoriais relacionadas a fatores de risco
Do Controle de Doenças Ocasionadas por Exposição à
modificáveis e não modificáveis e apresentam uma ou
Radiação
mais das seguintes características:
Art. 105. Compete ao Poder Público realizar ações e
I – caráter permanente;
serviços de prevenção, vigilância, controle,
II – incapacidade residual;
diagnóstico e tratamento de doenças ocasionadas por
III – necessidade de treinamento especial para exposição à radiação.
reabilitação do paciente;
IV – necessidade de longo período de Art. 106. Os estabelecimentos que utilizam
supervisão, observação e cuidado. substâncias e equipamentos geradores de radiação
ionizante devem atender às exigências da legislação
§ 2º As ações e os serviços de vigilância e de controle federal e distrital específica.
de doenças e agravos crônicos não transmissíveis
incluem: Parágrafo único. (VETADO).
I – utilização dos meios de comunicação para Art. 107. Os estabelecimentos de saúde que realizam
esclarecer a população sobre epidemiologia serviços de medicina nuclear devem desenvolver suas
dessas doenças e agravos, características, atividades de acordo com os requisitos estabelecidos
sintomas, tratamento, formas de prevenção, na legislação e em normas técnicas específicas.
determinantes e diagnóstico precoce;
II – realização de ações educativas nas redes Seção VIII
de ensino e de saúde, nos locais de trabalho e Da Vigilância e do Controle de Violências e Acidentes
nos espaços comunitários;
Art. 108. Compete ao Poder Público do Distrito Art. 112. É assegurado à vítima de violência sexual o
Federal assegurar a realização de ações e serviços de direito à informação e o acesso ao tratamento e a
proteção, prevenção, vigilância e controle de medidas preventivas em no máximo setenta e duas
violências e acidentes. horas.
Parágrafo único. As ações e serviços a que se refere o Art. 113. Compete ao Sistema Único de Saúde do
caput abrangem: Distrito Federal realizar ações e serviços de
atendimento pré-hospitalar a traumas.
I – campanhas educativas;
II – criação de centrais para receber denúncias Parágrafo único. As ações e os serviços de
sobre violência de trânsito, escolar e atendimento pré-hospitalar destinam-se a socorrer
doméstica; vítimas de acidentes de trânsito, de desabamentos e
III – divulgação periódica de levantamentos de outros que causem danos que necessitem de
estatísticos sobre acidentes de trânsito e atendimento emergencial ou transporte imediato
domésticos mais frequentes, bem como sobre para tratamento traumatológico, para reduzir
o perfil dos acidentados; mortalidade e sequelas.
IV – levantamento e divulgação das principais
causas dos acidentes de trânsito e
domésticos;
V – resgate e atendimento das vítimas de CAPÍTULO III
acidentes de trânsito e domésticos; DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VI – assistência multiprofissional às vítimas de
acidentes de trânsito, às vítimas de violência e Seção I
de acidentes domésticos, bem como a seus Das Disposições Gerais
familiares;
VII – promoção e incentivo da solidariedade Art. 114. Compete ao Poder Público do Distrito
humana em relação às vítimas de violência e Federal, por meio do Sistema Único de Saúde, realizar
acidente de trânsito, escolar e doméstico. ações e serviços de vigilância sanitária dirigidos a
estabelecimentos, produtos, serviços, ambientes e
Art. 109. Os bancos de dados de caráter público sobre processos de trabalho que se relacionem, direta ou
violência devem ser integrados para subsidiar o indiretamente, com a saúde dos indivíduos e da
planejamento e a promoção de políticas públicas para população em geral.
redução e controle da violência.
Art. 115. A vigilância sanitária compreende as
Art. 110. Os estabelecimentos de saúde públicos e seguintes ações:
privados, bem como os profissionais liberais, são
obrigados a notificar aos órgãos de vigilância em I – controle de bens e de produtos de
saúde do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal consumo que se relacionem com a saúde,
os atendimentos a pessoas com diagnóstico de incluídas todas as etapas e processos;
violência escolar e doméstica, assim como as II – controle de transporte, armazenamento,
tentativas de suicídio. comercialização e utilização de produtos de
interesse para a saúde;
Parágrafo único. Os estabelecimentos de saúde que III – controle da prestação de serviços que se
prestam serviços de urgência e de emergência são relacionem, direta ou indiretamente, com a
obrigados a proceder à notificação compulsória de saúde;
todos os casos suspeitos ou confirmados de violência IV – controle das condições sanitárias de
contra a pessoa humana em todo o ciclo de vida, estabelecimentos, locais e ambientes de
conforme legislação e normas técnicas vigentes. trabalho.
Art. 116. As atividades e os serviços de
Art. 111. As pessoas em situação de violência têm vigilância sanitária são de responsabilidade do
direito a acompanhamento médico e psicológico, bem Sistema Único de Saúde do Distrito Federal,
como à assistência social, por meio de serviço por meio do órgão de vigilância sanitária e,
especializado no atendimento à pessoa em situação entre outros, visam a:
de violência ou tentativa de suicídio. I – monitorar e fazer cumprir padrões de
identidade e de qualidade de produtos,
serviços, processos e ambientes de trabalho;
II – conceder licença sanitária para Art. 118. É obrigatória a licença sanitária para o
funcionamento de estabelecimentos de funcionamento dos estabelecimentos de saúde e de
interesse direto ou indireto para a saúde; interesse para a saúde considerados de alto risco
III – participar da execução e do controle das sanitário, sem prejuízo de outras exigências
ações sobre meio ambiente em relação à legais. (Artigo alterado(a) pelo(a) Lei 5547 de
proteção da saúde e à qualidade de vida e do 06/10/2015)
ambiente de trabalho;
IV – manter instalações especiais para § 1º A classificação das atividades econômicas em alto
armazenamento temporário de bens e e baixo risco sanitário será definida pelo órgão de
produtos apreendidos por meio de ação fiscal; vigilância sanitária do Distrito Federal, de acordo com
V – estabelecer e coordenar fluxo de a Classificação Nacional de Atividade Econômica –
informações de interesse para a vigilância CNAE. (Parágrafo alterado(a) pelo(a) Lei 5547 de
sanitária, assim como analisar 06/10/2015)
sistematicamente os indicadores sanitários no
Distrito Federal; § 2º A licença sanitária é emitida pelo órgão de
VI – desenvolver e acompanhar programa de vigilância sanitária do Sistema Único de Saúde do
educação permanente voltado para os Distrito Federal e tem validade de 1 ano, ressalvada a
trabalhadores da vigilância sanitária; competência da autoridade sanitária para sua
VII – fomentar e realizar estudos e pesquisas revogação, se constatada, mediante inspeção
na área da vigilância sanitária; sanitária, alguma irregularidade no exercício da
VIII – receber denúncias por meio telefônico atividade. (Parágrafo alterado(a) pelo(a) Lei 5547 de
ou por outro meio disponível; 06/10/2015)
IX – promover eventos de intercâmbio e
articulação na área de conhecimento da § 3º A renovação anual da licença sanitária dá-se
vigilância sanitária; conforme previsto em legislação e normas técnicas
X – promover a participação do consumidor e específicas. (Parágrafo alterado(a) pelo(a) Lei 5547 de
do usuário nas ações de educação em saúde e 06/10/2015)
vigilância sanitária;
XI – difundir informações de interesse para a § 4º As atividades econômicas classificadas em baixo
saúde pública aos diferentes segmentos da risco sanitário são licenciadas, com validade de 3
sociedade; anos, de forma unificada com os demais órgãos
XII – (VETADO). fiscalizadores do Distrito Federal definida em
lei. (Parágrafo acrescido(a) pelo(a) Lei 5547 de
Parágrafo único. Estão sujeitos às ações de vigilância 06/10/2015)
sanitária:
§ 5º As infrações, as penalidades, os procedimentos e
I – os estabelecimentos e as instituições públicas ou o processo administrativo sanitário são regidos pelo
privadas localizados no Distrito Federal que atuem em disposto na Lei federal nº 6.437, de 20 de agosto de
qualquer etapa de produção, consumo ou uso de 1977. (Parágrafo acrescido(a) pelo(a) Lei 5547 de
produtos, utensílios e equipamentos que estejam, de 06/10/2015)
forma direta ou indireta, vinculados à saúde pública
ou individual, bem como na prestação de serviços Art. 119. Os estabelecimentos de interesse para a
relacionados com a saúde, conforme regulamentação saúde e de prestação de serviços de saúde são
desta Lei; obrigados a divulgar aos consumidores o número do
telefone do órgão de vigilância sanitária do Sistema
II – os produtos de interesse para a saúde que estão Único de Saúde do Distrito Federal, para recebimento
em trânsito ou depositados em armazéns, empresas de denúncias.
transportadoras, distribuidores ou representantes.
Parágrafo único. A forma de divulgação do número de
Art. 117. Para obter alvará de construção, telefone de que trata o caput deve permitir fácil e
complementação, reforma ou ampliação dos imediata verificação pelo usuário ou consumidor.
estabelecimentos de saúde e de interesse para a
saúde, o projeto físico da obra deve ser avaliado e Art. 120. Os veículos que transportam produtos de
aprovado pelo órgão de vigilância sanitária do Sistema interesse para a saúde devem ser cadastrados no
Único de Saúde do Distrito Federal, conforme órgão de vigilância sanitária e atender às exigências
regulamentação desta lei.
das normas técnicas de controle sanitário, conforme Subseção II
regulamentação desta Lei. Dos Estabelecimentos de Produtos Farmacêuticos e
Correlatos
Art. 121. É responsabilidade dos proprietários e dos
responsáveis pelos imóveis industriais, comerciais e Art. 128. É obrigatória licença sanitária para o
residenciais a execução de melhoria necessária ao funcionamento dos estabelecimentos de produtos
cumprimento do disposto nesta Lei e na legislação farmacêuticos e correlatos.
federal e distrital pertinente.
Art. 129. Para avaliar as condições de funcionamento
Parágrafo único. Compete aos órgãos de vigilância do dos estabelecimentos de produtos farmacêuticos e
Sistema Único de Saúde do Distrito Federal a correlatos, a autoridade sanitária deve observar
fiscalização do disposto no caput. aspectos referentes a boas práticas, condições
ambientais, saneamento, instalações, pessoal,
Seção II equipamentos, utensílios, procedimentos,
Dos Estabelecimentos de Trabalho processamento, armazenagem, transporte, exposição
à venda, comercialização, registro e meios de controle
Art. 122. (VETADO). dos riscos à saúde do trabalhador.
Art. 123. É condição mínima para funcionamento de Art. 130. Os veículos de transporte de produtos
estabelecimentos de trabalho e de instituições farmacêuticos e correlatos devem possuir cadastro no
públicas ou privadas estabelecidas no Distrito Federal órgão de vigilância sanitária do Sistema Único de
possuir estrutura compatível com a atividade Saúde do Distrito Federal, atualizado anualmente
desenvolvida, com os processos adotados e as após vistoria sanitária, conforme disciplinado na
condições do trabalho, nos termos da legislação regulamentação desta Lei.
vigente.
Art. 131. Os estabelecimentos que realizam atividades
Parágrafo único. As demais obrigações aplicáveis aos de produção, fabricação, preparo, transformação,
estabelecimentos de trabalho e instituições públicas manipulação, fracionamento, distribuição, depósito,
ou privadas são definidas no regulamento desta Lei. armazenamento, transporte, importação, exportação,
reexportação, dispensação, venda, troca, aplicação,
Subseção I entrega ou uso, para qualquer fim, de produtos ou
Dos Estabelecimentos de Produtos Alimentícios e substâncias entorpecentes ou que causem
Congêneres dependência física ou psíquica, de medicamentos e
demais produtos que as contenham, devem possuir
Art. 124. Para avaliar as condições de funcionamento ambiente protegido e seguro, de acesso controlado,
dos estabelecimentos de produtos alimentícios e para guardar substâncias e produtos, sem prejuízo das
congêneres, a autoridade sanitária deve observar os demais exigências previstas em normas técnicas e
aspectos referentes a boas práticas, condições legislação específica.
ambientais, saneamento, instalações, pessoal,
equipamentos, utensílios, procedimentos, Art. 132. As farmácias e drogarias devem ter plantão,
processamento, armazenagem, transporte, exposição em sistema de rodízio, para atendimento ininterrupto
à venda, comercialização, uso de novas tecnologias, da comunidade, conforme as normas da vigilância
notificação, registro e meios de controle dos riscos à sanitária e da legislação específica.
saúde do trabalhador.
Art. 133. Os serviços de entrega dos estabelecimentos
Art. 126. Compete ao órgão de vigilância sanitária do que comercializam produtos farmacêuticos e
Sistema Único de Saúde do Distrito Federal elaborar correlatos devem observar as normas de
normas para classificação e indicação dos requisitos acondicionamento, transporte, segurança e
necessários aos estabelecimentos de produtos integridade dos medicamentos estabelecidas nesta Lei
alimentícios e congêneres. e na sua regulamentação.
Art. 135. Compete ao Poder Público do Distrito Parágrafo único. O Poder Público do Distrito Federal
Federal, sem prejuízo de outras atribuições legais e deve manter disponíveis aos produtores agrícolas
regulamentares, desenvolver ações necessárias para: locais orientações quanto à substituição gradativa,
seletiva e priorizada de agrotóxicos, seus
I – fiscalizar e controlar as condições de componentes e afins por outros insumos, baseados
segurança e de higiene do trabalho dos em tecnologia, modelo de gestão e manejo
estabelecimentos e as condições de saúde das compatíveis com a saúde ambiental.
pessoas que entrem em contato com
produtos ou substâncias tóxicas; Subseção IV
II – realizar estudos epidemiológicos, inclusive Dos Prestadores de Serviços Veterinários e
relativos a morbimortalidade e malformação Congêneres
congênita de origem ocupacional, para
identificar problemas de saúde relacionados Subseção V
com produtos e substâncias tóxicas; Dos Estabelecimentos de Hospedagem e Congêneres
III – manter serviço especializado de
atendimento e informações toxicológicas; Art. 139. São considerados estabelecimentos de
IV – manter cadastro e monitorar hospedagem os destinados a proporcionar, com ou
estabelecimentos e trabalhadores que atuam sem remuneração, acolhimento, serviços
na prestação de serviço de aplicação de complementares e apoio aos hóspedes.
produtos e substâncias tóxicas, conforme
disposto na regulamentação desta Lei; Parágrafo único. Roupas, utensílios, quando não
V – fiscalizar para evitar a contaminação forem de uso único, e instalações dos
ambiental por produtos ou substâncias estabelecimentos a que se refere o caput devem ser
tóxicas; limpos e desinfetados, nos termos da regulamentação
VI – fiscalizar as condições de desta Lei.
armazenamento, a comercialização, o
transporte, a utilização, a prestação de Art. 140. Em estabelecimentos de hospedagem,
serviços e a disposição final de resíduos e das somente poderão ser instalados escritórios,
embalagens de produtos e substâncias consultórios, estúdios profissionais ou atividades
tóxicas, incluídas aquelas apreendidas ou comerciais se não prejudicarem a saúde, o bem-estar,
interditadas pela ação de controle sanitário; a segurança e o sossego dos hóspedes.
VII – definir as vias locais permitidas e
vedadas para transporte de produtos e Art. 142. Os motéis manterão à disposição dos
substâncias tóxicas; usuários preservativos e materiais informativos
VIII – desenvolver ações educativas, de destinados à prevenção de doenças sexualmente
divulgação e de esclarecimento, para reduzir transmissíveis.
os efeitos prejudiciais e prevenir acidentes
advindos de atividades relacionadas a Subseção VI
produtos e substâncias tóxicas. Dos Estabelecimentos de Ensino
Art. 136. A destinação final de produtos e substâncias Art. 143. Os estabelecimentos de ensino, além de
tóxicas proibidas, vencidas, em desuso, apreendidas outras disposições desta Lei e de sua regulamentação
ou interditadas por ação de controle sanitário é de que lhes forem aplicáveis, devem:
responsabilidade das indústrias produtoras,
formuladoras ou manipuladoras ou do I – ser dotados de instalações e mobiliários
estabelecimento comercial ou prestador de serviço, adaptados aos usuários de modo que lhes
conforme disposto nesta Lei, na sua regulamentação e estimulem o desenvolvimento físico e mental,
na legislação específica. e obedecer aos requisitos de segurança,
limpeza e conservação dos equipamentos,
Art. 137. A comercialização de agrotóxicos, de seus instalações e ambientes;
componentes e de produtos afins para fins II – (VETADO).
Art. 144. Os estabelecimentos de ensino que possuam § 1º Os parques públicos devem possuir brinquedos
berçário devem ter lactário, fraldário e solário que adequados a crianças portadoras de deficiência
obedeçam aos requisitos estabelecidos na legislação mental, sensorial ou física, conforme previsto em
específica. legislação específica.
Art. 145. As instalações de cozinhas, copas, § 2º Nos brinquedos, deve haver, em local visível,
lavanderias e parques aquáticos nos estabelecimentos orientação sobre a faixa etária recomendada para sua
de ensino devem obedecer às normas técnicas e à utilização.
legislação específica.
Art. 155. (VETADO).
Art. 146. (VETADO).
Subseção VIII
Art. 147. Nos estabelecimentos de ensino Dos Serviços de Estética e Cosmética em Geral
fundamental e médio do Distrito Federal, é
obrigatória a abordagem dos temas: drogas que Art. 156. São considerados prestadores de serviços de
provocam dependência química ou psíquica, bebidas estética e cosmética os institutos ou salões de beleza,
alcoólicas, cigarros, doenças sexualmente as barbearias, os prestadores de serviços de podologia
transmissíveis e outros de interesse para a saúde ou massoterapia e congêneres.
pública.
Art. 158. É proibido utilizar acessórios não
Subseção VII descartáveis para processo mecânico de depilação.
Dos Estabelecimentos de Esporte, Diversão e Lazer
§ 1º Os serviços de ornamentação de cadáver em urna Art. 169. O prazo mínimo para exumação é de três
funerária somente podem ser executados nas salas de anos, contados da data do óbito, e pode ser reduzido
ornamentação dos cemitérios, dos necrotérios quando:
instalados nos hospitais, das clínicas ou dos serviços
de verificação de óbitos. I – tratar-se de crianças com até seis anos de
idade;
§ 2º (VETADO). II – houver avaria no túmulo ou infiltração de
água nos carneiros;
Art. 166. Os veículos de transporte de cadáver devem III – houver interesse público comprovado, a
possuir cadastro no órgão de vigilância sanitária do critério da autoridade sanitária;
Sistema Único de Saúde do Distrito Federal e local IV – houver determinação judicial.
destinado à urna fúnebre, revestido de placa metálica
ou de outro material impermeável, para facilitar sua Parágrafo único. Os restos mortais exumados só são
lavagem e desinfecção. transportados após autorização da autoridade
sanitária competente.
§ 1º O transporte de cadáver que não foi submetido a
processo de preservação somente pode ser feito em Art. 170. A formolização ou o embalsamamento serão
veículo especialmente destinado a essa finalidade. realizados nas seguintes situações:
Art. 173. Para obter alvará de construção de Parágrafo único. Se houver indícios de que o óbito
cemitérios e crematórios, o projeto físico deve ser tenha ocorrido por doença transmissível, a autoridade
avaliado e aprovado pelo órgão ambiental. sanitária determinará a realização de necropsia, sem
prejuízo de outras medidas.
§ 1º Na área tombada do Distrito Federal, os terrenos
onde vão ser construídos os cemitérios e os Art. 177. Se a exumação visar à transladação de restos
crematórios devem possuir ainda anuência do órgão mortais para fora do Distrito Federal, o interessado
responsável pela preservação do patrimônio cultural e apresentará à administração do cemitério urna
histórico do Distrito Federal e do Instituto do confeccionada de acordo com as normas técnicas
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. aprovadas pelas autoridades sanitárias.
§ 2º Os cemitérios devem ser construídos em terrenos Art. 178. A exumação e o ressepultamento devem ser
elevados na contravertente das águas que tenham de registrados em livro próprio e em base informatizada.
alimentar cisternas, e ficar isolados por logradouros
públicos, observadas as normas estabelecidas na Art. 179. A cremação de cadáver é permitida quando
regulamentação desta Lei para a instalação de preenchidas as seguintes condições:
compartimentos.
I – àquele que houver manifestado a vontade
§ 3º A regulamentação desta Lei dispõe sobre as de ser incinerado;
condições para funcionamento de crematórios no II – no interesse da saúde pública, com o
Distrito Federal. atestado de óbito assinado por dois médicos.
Art. 174. Os órgãos de vigilância sanitária podem § 1º Em caso de morte violenta, é exigida autorização
ordenar a execução de obras consideradas judicial.
necessárias ao melhoramento sanitário dos
cemitérios, assim como a sua interdição temporária § 2º A manifestação da vontade deve ser provada
mediante documento subscrito pela pessoa falecida
ou declaração escrita de cônjuge, pai, mãe, filho ou ou sob regime de controle especial, na forma
irmão, atestando que em vida expressou tal desejo. prevista nesta Lei e na sua regulamentação;
X – dispor, se for o caso, de:
Seção III
Dos Estabelecimentos de Saúde a) local com condições adequadas de
temperatura, luminosidade, ventilação,
Subseção I umidade e segurança para guarda de
Das Disposições Preliminares medicamentos, produtos biológicos,
reagentes, soluções e correlatos;
Art. 180. Para obter alvará de construção,
complementação, reforma ou ampliação de b) armário, cofre ou local fechado, onde
estabelecimentos de saúde, é exigida a aprovação do devem ser mantidos medicamentos e
projeto físico da obra pelo órgão de vigilância substâncias sob controle;
sanitária do Sistema Único de Saúde do Distrito
Federal, conforme norma técnica da vigilância XI – possuir ambientes, instalações e
sanitária. equipamentos destinados a serviços de
cozinha, refeitório, lavanderia, necrotério e
Art. 181. Os estabelecimentos de saúde públicos e demais serviços de apoio logístico, bem como
privados, sem prejuízo de outras exigências legais, são seus anexos, em conformidade com as
obrigados a: exigências desta Lei, de seu regulamento e da
legislação federal pertinente;
I – manter atualizadas as informações no XII – atuar de acordo com os manuais de
Sistema do Cadastro Nacional de procedimentos operacionais padronizados e
Estabelecimentos de Saúde; as normas de controle de qualidade,
II – ter programa de manutenção periódica de atualizados periodicamente, revisados e
equipamentos e manter acessíveis à disponíveis aos funcionários.
autoridade sanitária os registros de calibração
e de manutenções preventivas e corretivas Parágrafo único. Os estabelecimentos com mais de
efetuadas; trezentos trabalhadores devem possuir local para
III – implementar ações de controle e refeição, conforme normas técnicas da vigilância
prevenção de infecções e de eventos sanitária e do trabalho.
adversos;
IV – descartar ou submeter à limpeza, à Art. 182. As lavanderias dos estabelecimentos de
desinfecção ou à esterilização adequadas saúde ou as prestadoras de serviço a estabelecimento
instalações físicas, equipamentos, utensílios, de saúde devem observar normas específicas para
instrumentos e roupas sujeitos a contato com construção e operação, sem prejuízo das demais
fluido orgânico de usuário; exigências legais.
V – adotar procedimentos adequados para
geração, acondicionamento, fluxo, transporte, Art. 183. O equipamento de saúde em utilização deve
armazenamento, destino final e demais receber manutenção e calibração periódicas, definidas
situações relacionadas com resíduos de na regulamentação desta Lei, sem prejuízo das
serviços de saúde; instruções do fabricante e de outros requisitos de
VI – adotar procedimentos, conforme normas segurança.
técnicas da vigilância sanitária e demais
órgãos de controle do meio ambiente, para o § 1º São responsáveis, solidariamente, pelo
descarte de resíduos contaminados, inclusive funcionamento adequado dos equipamentos:
os mercuriais;
VII – manter utensílios, instrumentos e roupas I – o técnico encarregado de implementar
em número compatível com o de pessoas programa de manutenção preventiva de
atendidas; equipamentos utilizados em procedimentos
VIII – submeter à limpeza e descontaminação de diagnóstico e de tratamento pelo
adequadas equipamentos e instalações físicas estabelecimento de saúde;
sujeitos a contato com produtos perigosos; II – o proprietário dos estabelecimentos, que
IX – manter controle e registro de deve garantir a compra do equipamento
medicamentos ou substâncias psicotrópicas adequado, a instalação, a manutenção
permanente e os reparos;
III – o fabricante, que deve prover certificado Art. 189. É obrigatório o cadastramento da aquisição
de garantia, manual de instalação e de equipamentos ou fontes irradiadoras e da troca de
operacionalização dos equipamentos, fontes radioativas ou tubo de equipamentos de raios
especificações técnicas e assistência técnica X pela unidade de saúde pública ou privada que utiliza
permanente; equipamentos de radiação ionizante ou não ionizante,
IV – a rede de assistência técnica, que deve junto ao órgão de vigilância sanitária do Sistema
informar as condições de funcionamento dos Único de Saúde do Distrito Federal.
equipamentos, conforme estabelecido no
inciso III. Parágrafo único. O destino dado aos equipamentos a
que se refere o caput após o término de sua vida útil,
§ 2º Os equipamentos de saúde, se não estiverem em sua desativação ou o fechamento da instituição é
perfeitas condições de uso, deverão estar fora da área comunicado ao órgão de vigilância sanitária para
de atendimento ou, se a remoção for impossível, cancelamento da licença sanitária e do cadastro
exibir aviso inequívoco de proibição de uso. sanitário de equipamentos, conforme normas técnicas
e legislação específica vigente.
§ 3º Os trabalhadores que realizam manutenção de
equipamentos, além de treinamento específico, Art. 190. O responsável técnico e o responsável pela
devem ser submetidos a treinamento continuado. unidade de saúde respondem solidariamente em
todas as instâncias e esferas, em caso de
Art. 184. Os veículos de transporte aéreo, rodoviário descumprimento do disposto no art. 189.
ou ferroviário de atendimento emergencial, remoção
e resgate de pacientes devem ser cadastrados no Art. 191. Os trabalhadores que utilizam equipamentos
órgão de vigilância sanitária do Sistema Único de geradores de radiação estão sujeitos a controle
Saúde do Distrito Federal, observadas as normas médico periódico, sem prejuízo da realização de
técnicas da vigilância sanitária. exames especiais em situações acidentais ou
emergenciais, conforme previsto na regulamentação
Parágrafo único. O cadastro dos veículos a que se desta Lei e na legislação específica.
refere o caput deve ser renovado anualmente, e o
documento cadastral somente é liberado após § 1º Constitui obrigação do responsável pelo
inspeção sanitária. estabelecimento que utiliza equipamentos geradores
de radiação fornecer ao trabalhador as instruções
Art. 185. Os estabelecimentos de saúde que utilizam sobre riscos da exposição e os regulamentos de
equipamentos eletroeletrônicos de importância vital radioproteção adotados no estabelecimento.
aos pacientes devem possuir sistema de alimentação
de emergência capaz de fornecer energia elétrica em § 2º O trabalhador que utiliza equipamentos
caso de interrupções, conforme a regulamentação geradores de radiação no desempenho das suas
desta Lei e a legislação federal pertinente. funções deve:
Art. 186. Os estabelecimentos de saúde que utilizam I – ter conhecimento dos riscos radiológicos
gases medicinais devem atender as exigências das associados ao seu trabalho;
normas técnicas e da legislação específica. II – estar adequadamente treinado para o
desempenho seguro de suas funções;
Art. 187. Os estabelecimentos hospitalares e III – usar os equipamentos de proteção
congêneres que tratam de doenças transmissíveis individual (EPI) necessários à prevenção dos
devem dispor de área exclusiva para isolamento na riscos a que está exposto.
unidade de internação de doentes ou suspeitos de
doença transmissível, segundo o tipo de infecção. Art. 192. Os estabelecimentos de saúde que realizam
serviços de terapia antineoplásica, além de outras
Art. 188. É obrigação do responsável técnico exigências desta Lei, de sua regulamentação e da
comunicar ao órgão de vigilância epidemiológica do legislação federal específica, devem:
Sistema Único de Saúde do Distrito Federal a
instalação, a composição e eventuais alterações da I – possuir equipe multiprofissional
comissão de controle de infecção, manter disponíveis especializada na atenção à saúde de pacientes
os dados e as informações referentes ao programa de oncológicos que necessitem de tratamento
controle e prevenção de infecção e eventos adversos, medicamentoso, e responsável técnico
bem como apresentá-los sempre que solicitado. habilitado em oncologia clínica;
II – possuir farmácia que atenda às boas terapêutica ou estética, bem como os voltados a
práticas de preparação de medicamentos para ensino e pesquisa. Parágrafo único. Os serviços de
terapia antineoplásica; radiologia odontológica obedecem às normas técnicas
III – dispor de área para atendimento de específicas.
emergência médica, conforme normas
técnicas específicas. Art. 198. Laboratório de prótese odontológica é o que
se destina à confecção de aparelhos de prótese ou
Art. 193. Os estabelecimentos de saúde que realizam órtese na área odontológica ou bucomaxilar, com ou
serviços de medicina nuclear devem submeter os sem fins lucrativos, em obediência às normas técnicas
planos de radioproteção e de gerência dos rejeitos específicas.
gerados à aprovação do órgão de vigilância sanitária
do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal, Subseção IV
conforme disciplinado em normas técnicas Dos Estabelecimentos de Coleta e Processamento de
específicas. Sangue, Componentes e Hemoderivados e de
Atenção Hematológica e Hemoterápica
Art. 194. O usuário dos estabelecimentos de saúde do
Distrito Federal deve ter atendimento digno, Art. 199. Os estabelecimentos de coleta e
atencioso e respeitoso, sem prejuízo de outras processamento de sangue, componentes e
disposições desta Lei. hemoderivados e de atenção hematológica e
hemoterápica compreendem os que realizam:
Subseção II
Dos Serviços Laboratoriais I – captação, triagem clínica, laboratorial,
sorológica e imunoematológica e exames
Art. 195. São considerados prestadores de serviços laboratoriais do doador e do receptor, coleta,
laboratoriais os estabelecimentos de saúde que identificação, processamento, estocagem,
realizam a análise de amostras de análises clínicas, de distribuição, orientação e transfusão, voltados
patologia clínica, de hematologia clínica, de anatomia à terapia ou à pesquisa;
patológica, de citologia e de outros produtos de II – orientação, supervisão e indicação da
interesse para a saúde. transfusão de sangue, seus componentes e
hemoderivados;
§ 1º Os locais onde são manipulados soluções ou III – procedimentos hemoterápicos especiais,
materiais com odores acentuados, substâncias como aféreses, transfusões autólogas,
voláteis e materiais contaminados devem observar substituição intrauterina, criobiologia e outros
rigorosamente as normas técnicas da vigilância advindos de desenvolvimento científico e
sanitária e ambiental. tecnológico, desde que validados por
legislação federal específica;
§ 2º Produtos, materiais, substâncias, kits e IV – controle e garantia de qualidade dos
medicamentos reagentes e saneantes utilizados pelos procedimentos, equipamentos reagentes e
estabelecimentos de serviços laboratoriais devem correlatos;
atender às disposições legais sobre registro, V – prevenção, diagnóstico e atendimento
conservação, embalagem, acondicionamento, imediato das reações transfusionais e
rotulagem, prazo de validade, entre outros aspectos adversas;
estabelecidos em normas técnicas da vigilância VI – prevenção, triagem diagnóstica e
sanitária. aconselhamento das doenças
hemotransmissíveis;
Art. 196. Os resíduos sólidos de estabelecimentos VII – proteção e orientação do doador inapto
laboratoriais devem ser descartados de acordo com as e seu encaminhamento às unidades que
normas técnicas da vigilância sanitária e do meio promovam reabilitação ou suporte clínico,
ambiente vigentes. terapêutico e laboratorial necessários ao seu
bem-estar físico e emocional.
Subseção III
Dos Estabelecimentos de Assistência Odontológica § 1º Sangue, componentes e hemoderivados são
produtos ou subprodutos originados do sangue
Art. 197. Os estabelecimentos de assistência humano venoso, placentário ou de cordão umbilical,
odontológica são os que realizam serviços de atenção empregados em diagnóstico, prevenção ou
à saúde bucal, com finalidade preventiva, diagnóstica, tratamento de doenças.
§ 2º O processamento do sangue, seus componentes com os meios necessários para extrair tecidos e
e hemoderivados, bem como o controle sorológico e órgãos doados e transportá-los.
imunoematológico, devem ser realizados por
profissional farmacêutico, médico hemoterapeuta, Art. 204. Os bancos de sangue de cordão umbilical e
biomédico ou profissional da área de saúde com nível placentário devem estar vinculados a
universitário, habilitados em processos de produção, estabelecimentos de saúde que realizam serviços de
garantia e certificação de qualidade em saúde, sob hemoterapia ou de transplante de células
responsabilidade de médico hemoterapeuta ou progenitoras hematopoiéticas.
hematologista.
Art. 205. A doação de sangue de cordão umbilical e
Art. 200. Os estabelecimentos a que se refere o art. placentário deve obedecer à legislação e às normas
199 estão subordinados ao órgão coordenador de técnicas vigentes.
sangue, componentes e hemoderivados do Distrito
Federal responsável por implementar a respectiva Art. 206. O banco de sangue de cordão umbilical e
política, de acordo com as normas do SUS. placentário deve dispor de sistema de segurança com
monitoração da temperatura dos equipamentos de
Art. 201. Os estabelecimentos a que se refere o art. armazenagem, alarme que sinaliza mau
199 devem estar registrados no Sistema Nacional de funcionamento ou temperatura anormal, bem como
Cadastro de Serviço de Hemoterapia. instruções de procedimentos corretivos de
emergência.
I – manter registro das ações desenvolvidas, Art. 224. A pessoa que apresenta deficiência
por meio de prontuários individuais, pelo diagnosticada deve ser beneficiada pela reabilitação
prazo estabelecido na regulamentação desta para melhorar seu estado físico, mental ou sensorial,
Lei; com vistas à sua integração educativa, laboral ou
II – identificar os partos, mediante obtenção social.
de impressão plantar do recém-nascido e da
digital da mãe, sem prejuízo de outros § 1º É parte integrante da reabilitação o provimento
de medicamentos e outros insumos necessários para
favorecer a estabilidade clínica e funcional, reduzir a Art. 228. Compete ao Poder Público do Distrito
incapacidade, promover a reeducação funcional e Federal, por meio do Sistema Único de Saúde, realizar
controlar as lesões. ações e serviços de vigilância em saúde do
trabalhador, conforme previsto em normas técnicas
§ 2º O atendimento domiciliar de saúde em casos de do SUS.
deficiência grave está incluído no processo de
tratamento e reabilitação de pessoas portadoras de Art. 229. A atenção integral à saúde do trabalhador
deficiência quando necessário. reúne o conjunto de ações destinadas a assistência,
recuperação e reabilitação da saúde do trabalhador
Art. 225. As políticas de atenção à saúde mental submetido a riscos e agravos advindos das condições
devem, sem prejuízo de outras previstas em lei, e dos processos de trabalho.
assegurar o acesso de todos às ações e aos serviços de
promoção e proteção à saúde mental, por meio de: Parágrafo único. Para cumprir os objetivos previstos
no caput, deve-se promover integração entre as áreas
I – tratamento humanitário e respeitoso, sem de saúde, previdência e trabalho, para dar mais
discriminação de qualquer natureza; resolubilidade às ações de saúde do trabalhador,
II – proteção contra qualquer forma de sobretudo ao fluxo de informações e à identificação
exploração; do nexo causal relacionado à saúde e ao processo de
III – acesso aos recursos terapêuticos e trabalho.
assistenciais indispensáveis à sua
recuperação; Art. 230. Os estabelecimentos especializados em
IV – integração à sociedade por intermédio de saúde e segurança do trabalho devem possuir licença
projetos com a comunidade; sanitária e responsável técnico, conforme a legislação
V – acesso às informações sobre a saúde e o pertinente e a regulamentação desta Lei.
tratamento prescrito.
Art. 231. Os estabelecimentos e os profissionais de
§ 1º No tratamento e na reabilitação, devem ser saúde que prestam assistência aos acidentados e aos
adotados procedimentos terapêuticos que visem à doentes do trabalho devem notificar esses casos aos
reinserção do paciente na sociedade e na família, com órgãos de vigilância da saúde do Distrito Federal.
prioridade para as ações extra-hospitalares.
Art. 232. Na ausência de legislação específica à
§ 2º Para implementar políticas de atenção à saúde preservação da saúde do trabalhador, devem ser
mental, o Sistema Único de Saúde do Distrito Federal adotados regulamentos e normas estabelecidos por
pode firmar parcerias com entidades das redes sociais órgãos e entidades de notório saber e idoneidade,
de proteção a dependentes de substâncias como a Associação Brasileira de Normas Técnicas –
psicoativas, conforme legislação específica vigente. ABNT, a Organização Mundial de Saúde – OMS, a
Organização Internacional do Trabalho – OIT, entre
Art. 226. A admissão e a permanência de pessoas com outras.
transtornos mentais em comunidades terapêuticas
estão condicionadas ao atendimento da legislação XLVI – armazenar produtos químicos, agrotóxicos,
específica. seus componentes e afins em desobediência às
condições de segurança e a outras exigências
CAPÍTULO V previstas em lei, quando houver risco à saúde humana
DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR e ao meio ambiente: penas previstas no art. 237, I, II,
III, IV, V, VI, X, XI, XV e XVI;
Art. 227. Vigilância em saúde do trabalhador é um
conjunto de ações contínuas e sistemáticas destinadas XLVII – deixar de cumprir as exigências desta Lei e de
a identificar, pesquisar, conhecer, analisar, prevenir, sua regulamentação em relação à vigilância em saúde
diminuir ou eliminar riscos à saúde do trabalhador, do trabalhador aquele que tiver o dever legal de fazê-
bem como destinadas a promover a atenção à saúde lo: penas previstas no art. 237, I, II, III, IX, X, XII, XIII,
dos trabalhadores e a intervir nas questões XV e XVI.
relacionadas aos processos e aos ambientes de
trabalho em seus aspectos tecnológicos, sociais, § 3º Se o infrator for analfabeto ou incapaz de assinar
organizacionais e epidemiológicos. o termo ou outro documento, será assinado a rogo na
presença de duas testemunhas ou, na falta delas, será
feita a ressalva pela autoridade autuante.
TÍTULO IV Quais são as áreas de abrangência dessas matérias a
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS que refere este caput?
a) 2, 1, 3, 5, 4 ( ) CERTO ( ) ERRADO
b) 1, 2, 3, 4, 5
III – Execução de ações de saúde e saneamento,
sobretudo em casos de calamidades, de situações de
16) Vigilância epidemiológica: conjunto de ações emergência, de acidentes com produtos perigosos e
capazes de identificar, prevenir, diminuir ou eliminar de contaminação ambiental decorrente de agentes
riscos à saúde e de intervir em problemas sanitários físicos, químicos e biológicos;
IV – Vigilância e controle de vetores, reservatórios,
decorrentes do meio ambiente, da produção e
hospedeiros transmissores de doenças e animais
circulação de bens, bem como da prestação de peçonhentos;
serviços de interesse para a saúde. V – Implantação de subsistema integrado de
informação sobre meio ambiente e saúde; VI –
( ) CERTO ( ) ERRADO integração do sistema de monitoramento ambiental e
de saúde;
17) Vigilância ambiental em saúde: conjunto de ações
que proporciona o conhecimento, a detecção ou a Marque os itens corretos:
prevenção de qualquer mudança nos fatores de riscos
biológicos e não biológicos do meio ambiente que a) IV, V
interferem na saúde humana, com finalidade de b) I, II, IV
intervir nos problemas sanitários decorrentes
c) I, II, III, IV, V
( ) CERTO ( ) ERRADO
d) II, IV, V
18) Zoonose: infecção ou doença infecciosa
transmissível naturalmente entre animais vertebrados 21) É direito dos cidadãos e dos usuários dos serviços
e o homem. públicos de saneamento ambiental:
GABARITO
1. C
2. A ARTIGO 1
PARÁGRAFO ÚNICO
3. D ARTIGO 2
PARÁGRAFO ÚNICO
4. C ARTIGO 3
PARÁGRAFO ÚNICO I
AO V
5. ERRADA ARTIGO 4
6. D ARTIGO 5 I AO V
7. CERTO ARTIGO 6
8. E ARTIGO 6
PARÁGRAFO ÚNICO
IAO V
9. ERRADO ARTIGO 7
11. D ARTIGO 8 I AO IV