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LEI Nº 1.116, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2012.

INSTITUI O CÓDIGO MUNICIPAL DE


MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE
JACOBINA.

A Prefeita Municipal de Jacobina, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, faço
saber que a Câmara Municipal de Vereadores de Jacobina, decreta e eu sanciono a seguinte
LEI:

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS, DO INTERESSE LOCAL E DOS DEVERES

Art. 1º Esta LEI disciplina a política Municipal do Meio Ambiente de Jacobina e dá outras
providências.

Art. 2ºA Política Municipal do Meio Ambiente de Jacobina, respeitadas as competências da


União e do Estado, tem como objetivo manter ecologicamente equilibrado o meio ambiente,
em harmonia com o desenvolvimento social e econômico através da preservação, mantendo à
sadia qualidade de vida de sua população, razão pela qual impõe-se ao poder público e a
sociedade o dever de defendê-lo, preservá-lo e recuperá-lo.

Parágrafo único. A Política Municipal do Meio Ambiente de Jacobina atende aos


seguintes princípios:

I - o acesso às informações e dados sobre o estado da qualidade ambiental do Município


é um direito de qualquer pessoa física ou jurídica;

II - a promoção da conscientização ambiental, considerada como requisito fundamental


para o pleno exercício da cidadania, será objeto de preocupação em todas as atividades
desenvolvidas no Município;

III - a garantia da função social da cidade envolvendo:

a) a democratização do acesso ao saneamento ambiental;


b) a promoção do bem-estar social e qualidade de vida;
c) a integração social dos espaços segregados;
d) a supremacia do interesse público sobre o interesse privado;
e) adequação do direito de construir às normas ambientais.

IV - utilização sustentável dos recursos naturais disponíveis, bem como a proteção,

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preservação e a recuperação do meio ambiente;

V - proteção, preservação recuperação do meio ambiente natural e construído, do


patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

VI - dever de defender, preservar e melhorar o meio ambiente para as gerações


presentes e futuras;

VII - proteger o meio ambiente e o uso ecologicamente racional e autossustentável dos


recursos naturais;

VIII - incluir a comunidade, as empresas e organizações não governamentais, na


prevenção e solução dos problemas ambientais;

IX - da prevenção e da precaução;

X - do desenvolvimento sustentável como norteador da política socioeconômica e cultural


do Município;

XI - da adoção de práticas, tecnologias e mecanismos que contemplem o aumento da


eficiência ambiental na produção de bens e serviços, no consumo e no uso dos recursos
ambientais;

XII - do usuário-pagador e do poluidor-pagador.

Art. 3º Considera-se, em matéria ambiental, como de interesse local, dentre outros:

I - a proteção à flora e à fauna, no território municipal;

II - a criação de espaços públicos, áreas verdes, parques, reservas, estações ecológicas,


áreas de proteção ambiental (APA), de proteção permanente (APP) e de relevante interesse
ecológico e turístico, entre outros;

III - o tombamento e a proteção do patrimônio artístico, histórico, estético, cultural,


arqueológico, paisagístico e ecológico;

IV - a utilização adequada dos recursos minerais, em consonância com as legislações e


normas ambientais vigentes;

V - os critérios e padrões de qualidade ambiental, incluindo o controle dos níveis de


poluição atmosférica, hídrica, sonora, visual, de odores, do solo e do subsolo;

VI - o prévio licenciamento para a exercício de atividades comerciais, industriais e de


serviços. Sendo solicitada para as atividades potencialmente causadora de impacto ao meio
ambiente, a apresentação de relatório de análise de risco, Estudo Prévio de Impacto Ambiental
e o Relatório de Impacto Ambiental - EPIA/RINEMA, e o Estudo de Impacto de Vizinhança -

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EIV;

VII - o monitoramento e a realização periódica de auditorias nos sistemas de controle da


poluição e prevenção de riscos de acidentes das instalações e atividades de significativo
potencial poluidor;

VIII - a abertura e a manutenção de rodovias de qualquer esfera de governo, no território


municipal;

IX - o estabelecimento de normas de segurança no tocante ao armazenamento,


transporte e manipulação de produtos, materiais e rejeitos perigosos ou potencialmente
poluentes;

X - a arborização e recuperação da cobertura arbórea em todo território municipal;

XI - a garantia de níveis crescentes da saúde, através do provimento de infraestrutura


sanitária e de condições de salubridade das edificações, vias e logradouros públicos;

XII - o estímulo à adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas


não prejudiciais ao meio ambiente;

XIII - programas sistemáticos de educação ambiental e sanitária, em todos os níveis de


ensino de suas escolas públicas.

Art. 4º São deveres do Poder Público Municipal:

I - promover a conscientização pública para defesa do meio ambiente nos meios de


comunicação de massa e nos órgãos de imprensa local;

II - promover a formação e capacitação de recursos humanos e incentivar a pesquisa e o


desenvolvimento de tecnologias destinadas a minimizar os problemas ambientais;

III - promover, na área urbana:

a) arborização, preferencialmente com espécies nativas regionais e espécies frutíferas,


no ambiente específico;
b) política de coleta, transporte, tratamento e deposição final de resíduos sólidos, líquidos
e gasosos, com ênfase aos processos que envolvam sua reciclagem.

IV - incentivar e apoiar as entidades ambientalistas não governamentais, constituídas na


forma da LEI;

V - incorporar a dimensão ambiental nas atividades e empreendimentos da


Administração Municipal, formando a consciência pública dos gestores e dos demais órgãos
municipais sobre a necessidade de preservação do equilíbrio e da qualidade ambiental;

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VI - integrar a ação do Município com outros órgãos públicos participantes do Sistema


Nacional do Meio Ambiente, em especial com o Estado da Bahia e os Municípios limítrofes;

VII - viabilizar a participação da comunidade no planejamento ambiental e urbano, na


análise dos resultados dos estudos de impacto ambiental, no controle e fiscalização do meio
ambiente e nas situações de ocorrências de interesse ecológico;

VIII - promover o monitoramento sistemático das atividades que afetam quantitativa ou


qualitativamente os recursos naturais;

IX - promover medidas judiciais e administrativas, responsabilizando os causadores de


poluição ou de degradação ambiental.

TÍTULO II
SISTEMA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO E ESTRUTURA

Art. 5ºO Sistema Municipal do Meio Ambiente é o conjunto de instituições públicas voltadas
para a execução da Política Municipal do Meio Ambiente, atuando em estreita colaboração
com entidades representativas da sociedade civil, cujas atividades estejam associadas à
preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente.

Art. 6º Integram a estrutura institucional do Sistema Municipal do Meio Ambiente:

I - a Secretaria Municipal competente para atuar no controle, fiscalização ou


administração das questões ambientais que poderá ser criada ou designada pelo Executivo;

II - o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente;

III - todos os órgãos da administração pública municipal vinculados direta ou


indiretamente às questões ambientais no Município.

CAPÍTULO II
DO CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE

Art. 7º O Município de Jacobina institui, por esta LEI, o Conselho Municipal de Defesa do
Meio Ambiente - CONDEMA, órgão colegiado, consultivo, normativo e deliberativo, que
deverá:

I - Definir a política ambiental do Município, recomendando as diretrizes, normas e


medidas necessárias à sua proteção ambiental, respeitadas as legislações Federal e Estadual
e as disposições desta LEI;

II - Apresentar estratégias, instrumentos e recomendações voltados para o

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desenvolvimento sustentável;

III - Estimular a participação da comunidade no processo de preservação, recuperação e


melhoria do melo ambiente;

IV - Promover ampla divulgação para a população das informações relativas às questões


ambientais;

V - Sugerir à autoridade competente a instituição de áreas de relevante interesse


ecológico, ou paisagístico, visando proteger sítios de excepcional beleza, asilar exemplares da
fauna e da flora, ameaçadas de extinção; proteger mananciais, o patrimônio histórico,
artístico, cultural, arqueológico e áreas representativas do ecossistema, destinadas à
realização de pesquisas básicas e aplicadas da ecologia;

VI - Orientar a ação da educação ambiental no Município, visando a conscientização e


mobilização da comunidade para a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente,
promovendo seminários, palestras, estudos, oficinas e eventos outros;

VII - Manter intercâmbio com órgãos federais, estaduais e entidades privadas, que direta
ou indiretamente, exerçam atribuições de proteção ambiental;

VIII - Elaborar o programa anual de suas atividades, promovendo a sua efetiva execução;

IX - Elaborar relatórios anuais das suas atividades desenvolvidas, encaminhando-os ao


(a) Prefeito (a) Municipal, para fins de conhecimento e publicação;

X - Propor ao Ministério Público a promoção de ação civil pública de responsabilidade por


danos causados ao Meio Ambiente, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico;

XI - Diligenciar, em face de qualquer alteração significativa do Meio Ambiente, no sentido


de sua apuração, encaminhando parecer aos órgãos competentes;

XII - Acompanhar a implementação do Plano Diretor, em questões referentes ao meio


ambiente.

§ 1º O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CONDEMA compõe-se de 14


(quatorze) membros, sendo 07 (sete) representantes de Órgãos Governamentais e 07 (sete)
representantes de Entidades e Órgãos dos diversos segmentos da Sociedade Civil, na forma
abaixo discriminada:
I - Representantes de Órgãos Governamentais:
a) Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, que o presidirá;
b) Secretário Municipal de Saúde;
c) Secretária Municipal da Educação, Cultura e Esporte;
d) Um representante da Guarda Municipal;
e) Um representante do Dep. de Ciências Humanas - UNEB, Campus IV;

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f) Um representante da EBDA;
g) Um representante do Tiro de Guerra 06-008.
II - Representantes da Sociedade Civil:
a) Um representante das Associações de Industriais e Comercio de Jacobina;
b) Um representante das entidades filantrópicas de Jacobina;
c) Um representante da Federação das Associações de Bairros de Jacobina e Distritos;
d) Um representante dos Grupos Ecológicos de Jacobina;
e) Um representante das Associações de Guias de Jacobina;
f) Um representante das Associações ou Cooperativas de extração mineral em Jacobina;
g) Um representante das Associações da zona rural de Jacobina.

§ 1º O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CONDEMA compõe-se de 16


(dezesseis) membros, sendo 08 (oito) representantes de Órgãos Governamentais e 08 (oito)
representantes de Entidades e Órgãos dos diversos segmentos da Sociedade Civil, na forma
abaixo discriminada:

I - representantes de Órgãos Governamentais:

a) um representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;


b) um representante da Secretaria Municipal de Saúde;
c) um representante da Secretaria Municipal de Educação e Cultura;
d) um representante da Secretaria Municipal de Agricultura;
e) um representante da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Desenvolvimento Urbano e
Serviços;
f) um representante de Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão;
g) um representante do setor de Segurança Pública;
h) um representante da Guarda Municipal de Jacobina.

II - representantes da Sociedade Civil:

a) um representante das entidades representativas do empresariado de Jacobina;


b) um representante das entidades filantrópicas de Jacobina;
c) dois representantes das entidades ambientalistas de Jacobina;
d) um representante das associações de Guias de Jacobina;
e) um representante das associações ou Cooperativas de extração mineral em Jacobina;
f) um representante das associações da zona rural de Jacobina;
g) um representante das associações de defesa de direitos sociais de Jacobina.
(Redação dada pela Lei nº 1537/2018)

§ 2º Cada membro do CONDEMA terá um suplente que o substituirá na sua ausência ou


impedimento.

§ 3º Os membros do CONDEMA serão nomeados por DECRETO do Chefe do Poder


Executivo Municipal, após a indicação do Órgão respectivo, para um mandato de dois anos
em relação à representação da sociedade civil, permitida apenas uma recondução sucessiva.

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§ 4º Os demais membros da Diretoria do CONDEMA serão eleitos por seus conselheiros,


sendo: um Secretário e um Tesoureiro, para um mandato de dois anos, podendo haver
reeleição, na forma contida no Regimento Interno, que poderá instituir Câmaras Técnicas.

§ 4º Todos os membros da Diretoria do CONDEMA serão eleitos por seus Conselheiros,


sendo: um Presidente, um Secretário e um Tesoureiro, para um mandato de 02 (dois) anos,
podendo haver reeleição, na forma contida no Regimento Interno, que poderá instituir
Câmaras Técnicas: (Redação dada pela Lei nº 1537/2018)

§ 5º A função de membro do CONDEMA considera-se como de relevante serviço


prestado á comunidade e será exercida gratuitamente.

§ 6º São membros natos do CONDEMA os representantes do Poder Público, cujo


mandato coincidirá com o das respectivas gestões.

§ 7º O Presidente do CONDEMA participará das reuniões do Colegiado, sem direito a


voto, exceto quando houver necessidade de desempate.

§ 8º Em casos específicos, e quando se fizer necessário, serão ouvidos, pelo


CONDEMA, representantes do poder executivo e legislativo e das entidades federais,
estaduais e municipais que atuem no combate à poluição e pela preservação do meio-
ambiente.

§ 9º Poderão também ser ouvidos pelo Colegiado, quando se fizer necessário,


especialistas em matéria de interesse direto ou indireto de preservação ambiental.

§ 10 Caso não possua, os membros do CONDEMA no prazo de 90 (noventa) dias,


contados da publicação desta LEI, elaborarão e aprovarão o seu Regimento Interno, o qual
disporá sobre o funcionamento deste Conselho, remetendo-o ao Executivo para aprovação,
mediante DECRETO.

§ 11 O CONDEMA será o Conselho Gestor do Parque Natural Municipal das


Macaqueiras, com atribuições apenas consultivas, relacionadas ao supramencionado Parque.
(Redação acrescida pela Lei nº 1537/2018)

CAPÍTULO III
DO ÓRGÃO AMBIENTAL

Art. 8º O órgão municipal responsável pelas questões ambientais, preferencialmente uma


secretaria, irá planejar, executar e coordenar a execução com outros órgãos, da Política
Municipal do Meio Ambiente, competindo-lhe, sem prejuízo de outras atribuições legais
dispostas em LEI específica:

I - dar apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente;

II - elaborar Pareceres Técnicos, Relatórios de Análise de Risco, Estudos Prévios de

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Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, e Estudo de Impacto de


Vizinhança, na forma desta LEI;

III - propor a criação das unidades municipais de conservação e realizar estudos técnicos
para o manejo;

IV - cadastrar, licenciar, monitorar e fiscalizar a implantação e funcionamento de


empreendimentos causador de Impacto ambiental;

V - articular-se com organismos federais, estaduais, municipais limítrofes, empresas e


organizações não governamentais para a execução de programas relativos aos recursos
ambientais;

VI - promover a arborização dos logradouros públicos e reflorestamento de matas ciliares;

VII - promover, em parceria com a Secretaria de Educação e Saúde, programas de


educação ambiental e sanitária;

VIII - dar apoio técnico e administrativo ao Ministério Público, nas suas ações
Institucionais em defesa do meio ambiente;

IX - efetuar, com os demais órgãos competentes, a fiscalização das infrações ambientais


e promover as responsabilizações e as reparações dos danos;

X - definir as normas para a coleta, transporte, tratamento e disposição de resíduos


sólidos urbanos e Industriais em especial processos que envolvam sua reciclagem, conforme
determina a LEI Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 e seu DECRETO Federal nº 7.404
de 23 dezembro de 2010;

XI - executar outras atividades correlatas.

CAPÍTULO IV
DOS ÓRGÃOS SETORIAIS

Art. 9ºAs normas e diretrizes estabelecidas nesta LEI ou dela decorrentes condicionam as
ações e a elaboração de planos, programas e projetos dos demais órgãos e entidades da
Administração Pública Municipal, direta ou indireta.

Parágrafo único. O Chefe do Executivo poderá criar, por DECRETO, em todos os órgãos
da administração pública, unidades administrativas ambientais, com a atribuição de
compatibilizar as respectivas atividades com as diretrizes e normas ambientais.

TÍTULO III

CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

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Art. 10. São instrumentos, dentre outros, da Política Municipal do Meio Ambiente:

I - o planejamento ambiental;

II - a legislação municipal de meio ambiente;

III - o zoneamento ambiental e a criação de espaços territoriais protegidos;

IV - o tombamento de bens de valor histórico, arqueológico, etnológico e cultural;

V - o licenciamento e revisão de licenciamento de atividades efetivas ou potencialmente


poluidoras ou que causem ou possam causar impactos ambientais;

VI - os incentivos à produção e instalação de equipamentos antipoluidores e a criação ou


absorção de tecnologia que promovam a recuperação, preservação, conservação e melhoria
do meio ambiente;

VII - o sistema municipal de informação sobre o meio ambiente;

VIII - a educação ambiental;

IX - a participação popular;

X - o controle e fiscalização;

XI - o Fundo Municipal de Conservação Ambiental;

XII - o Grupamento Ambiental.

CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Art. 11. Deverão constar, obrigatoriamente, no Plano Municipal de Meio Ambiente, os


seguintes requisitos:

I - objetivos, metas e diretrizes gerais visando ao aperfeiçoamento do sistema de


planejamento municipal dos recursos ambientais;

II - identificação das áreas prioritárias de atuação;

III - programas anuais e plurianuais de preservação, recuperação, conservação, proteção


e utilização dos recursos ambientais, bem como as instituições públicas e privadas
responsáveis por sua execução;

IV - programas destinados à capacitação profissional e educacional, visando a

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conscientizar a sociedade para a utilização sustentável dos recursos ambientais;

V - previsão de prazo, condições de avaliação e revisão, custos, forma de aplicação e


respectivas fontes de recursos;

VI - principais linhas de ação a serem desenvolvidas destinadas ao controle preventivo e


corretivo de ações, processos e atividades; à recuperação ou restauração dos ecossistemas
essenciais á manutenção da qualidade ambiental; ao fomento às atividades socioeconômicas
de fortalecimento à sustentabilidade ambiental; ao desenvolvimento de alternativas
tecnológicas; e à mobilização e participação dos diversos atores sociais envolvidos;

VII - identificação dos problemas ambientais, de preferência quantificados, e seus


respectivos fatores causais;

VIII - elenco de prioridades, hierarquizando os problemas, em ordem de importância


quanto aos aspectos social, econômico e ambiental;

IX - metas a serem atingidas, de preferência, quantificadas, bem como em que prazo as


mesmas serão atingidas;

X - requisitos operacionais necessários para que sejam alcançados os indicadores


pretendidos, incluindo a previsão de custos, forma de aplicação e respectivas fontes de
recursos;

XI - definição das ações estratégicas, conforme os objetivos estabelecidos, identificando:

a) os mecanismos de disciplinamento do uso dos recursos ambientais;


b) o desenvolvimento e articulação institucional;
c) o monitoramento ambiental;
d) o programa destinado a capacitação profissional e às campanhas educativas,
necessárias para alcançar as metas previstas.

XII - levar em conta as peculiaridades e demandas locais tendo em vista a preservação


da cultura e práticas tradicionais.

Parágrafo único. Os recursos financeiros para a execução do Plano Municipal de Meio


Ambiente serão provenientes dos orçamentos dos órgãos da Administração Pública Municipal
Direta e Indireta, do Fundo Municipal de Conservação Ambiental (FMCA) e de órgãos de
outras esferas da Administração Pública, podendo contar, dentre outros recursos, com
doações e com a cooperação da iniciativa privada, de agências de financiamento nacionais ou
Internacionais.

CAPÍTULO III
DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL SOBRE MEIO AMBIENTE

Art. 12. O Poder Executivo poderá estabelecer parâmetros mais restritos ou acrescentar

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padrões não fixados pela legislação vigente para proteger o meio ambiente e promover o
desenvolvimento sustentável no território municipal.

CAPÍTULO IV
O ZONEAMENTO AMBIENTAL E CRIAÇÃO DE ESPAÇOS PROTEGIDOS

Art. 13.O Município poderá constituir, por LEI, o zoneamento municipal e criar unidades de
preservação ou conservação, de acordo com suas características territoriais peculiares,
independentemente das existentes no nível federal ou estadual.

§ 1º O manejo das Unidades de Conservação será aprovado pelo Poder Executivo, com
base em estudos técnicos que indiquem o regime de proteção, o zoneamento, quando for o
caso e as condições de utilização, quando admitida, ouvida a comunidade, mediante
audiência pública realizada especialmente para tal finalidade.

§ 2º A redução de área ou a extinção de unidades de conservação ambiental somente


serão possíveis através de LEI.

Art. 14. São espaços territoriais especialmente protegidos, ainda que incorporados ao
perímetro urbano, as áreas verdes e os principais compartimentos geográficos e ambientais
da periferia, visando a sua integração no contexto da vida urbana.

Art. 15. A valorização e preservação do Município, dentro de uma estrutura de


sustentabilidade econômica-ecológica, é garantida através da incorporação de componentes
funcionais dos principais compartimentos geográficos ambientais dos seus vales e planícies
fluviais, destacando-se:

I - O Parque Natural da Lagoa Antônio Teixeira Sobrinho, que proporcionará a


recuperação e preservação deste ecossistema hídrico, permitindo-se o uso de lazer e de
contemplação à população;

II - A Área de proteção Ambiental do Vale do Rio do Ouro, visando a sua proteção e


integração num circuito de visitação ambiental e turístico.

§ 1º A manutenção dos espaços públicos, áreas verdes e Parques Urbanos poderá ser
realizada mediante convênio com entidades de direito privado representativo de interesses de
moradores ou meio ambiente.

§ 2º O Poder Executivo poderá fixar preço público para a entrada nos parques e
utilização de suas dependências.

Art. 16.Consideram-se como de preservação permanente, independentemente de declaração


expressa, e deverão ser cadastradas como espaços territoriais especialmente protegidos, as
áreas com florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

I - ao longo dos rios de outro qualquer curso d`água desde o seu nível mais alto em faixa

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marginal cuja largura mínima seja de 30(trinta) metros para os cursos d`água de menos de 10
(dez) metros de largura e de 50 (cinquenta) metros para os cursos d`água que tenham de 10
(dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;

II - ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d`água, naturais ou artificiais;

III - nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d`água", qualquer que
seja a sua situação topográfica, num ralo mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura;

IV - no topo de morros, montes, montanhas e serras;

V - nas encostas ou partes destas com declividade superior a 45º equivalente a 100% na
linha de maior declive;

VI - nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em


faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

VII - se destinar a proteger sítios de excepcional valor paisagístico, científico, cultural ou


histórico;

VIII - constituir remanescente de floresta natural, independentemente de suas dimensões;

IX - se declarar, por ATO do Poder Executivo, patrimônio ambiental ou imune de corte ou


poda significativa.

Parágrafo único. É vedada no Município a aplicação de agrotóxicos e construções de


qualquer natureza em áreas de preservação permanente.

Art. 17. Consideram-se ainda de preservação permanente, definidas em LEI:

I - as áreas de valor paisagístico, arqueológico e cultural;

II - as lagoas, rios, riachos e nascentes existentes;

III - as matas ciliares;

IV - as encostas sujeitas a erosão e deslizamento.

Parágrafo único. Nas áreas de preservação permanente o manejo deve limitar-se ao


mínimo indispensável para atender às necessidades de manutenção da diversidade biológica.

O Poder Executivo deverá promover a reconstituição da cobertura vegetal dos morros


Art. 18.
e das matas ciliares do seu sistema hidrográfico local.

Parágrafo único. O sistema hidrográfico, compreendendo o conjunto de lagos, várzeas,


bosques e áreas alagáveis nas épocas das enchentes, que são de suma importância para o

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equilíbrio climático hidrográfico da região, que inclusive minimiza através de suas bacias de
retenção os efeitos das periódicas inundações da Cidade, mas também por sua potencialidade
para uma melhor qualidade de vida para a futura Jacobina, através de sua integração como
áreas verdes (parques da cidade, áreas de lazer, reservas ecológicas), sendo vedada a
obstrução dos canais naturais de drenagem.

CAPÍTULO V
DO TOMBAMENTO

Art. 19. O tombamento de bens, independentemente do tombamento federal ou estadual,


poderá ser feito por LEI municipal e terá efeitos do tombamento pela legislação federal
específica, aplicando-se os prazos, procedimentos e demais disposições desta, no que
couber.

Parágrafo único. Os processos relativos ao tombamento serão devidamente instruídos e


encaminhados ao Chefe do Poder Executivo para aprovação, após consulta ao Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente.

Art. 20. Pelo só efeito desta LEI, ficam tombados e sujeitos aos mesmos efeitos da legislação
federal pertinente, os bens designados nos artigos 159 e 160.

Art. 21.ATO do Poder Executivo estabelecerá as normas referentes ao uso dos bens imóveis
tombados, e que incluirão a reconstrução, restauração, reforma ou estabilização; medidas de
proteção e conservação; e a delimitação de áreas de entorno para fins de preservação visual
dos bens tombados.

Não se poderão construir, nas vizinhanças dos bens tombados, estruturas que lhes
Art. 22.
impeçam a visibilidade ou os descaracterizem, nem neles serem colocados anúncios,

cartazes ou dizeres, sob pena de recomposição do dano cometido, pelo infrator, a menos que
autorizado pelo Poder Executivo.

CAPÍTULO VI
DAS LICENÇAS, AUTORIZAÇÕES E TERMOS DE COMPROMISSO DE
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Seção I
Disposições Gerais

Art. 23. A construção e instalação dos estabelecimentos considerados efetivos ou


potencialmente poluidores, bem como os capazes de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento ambiental.

§ 1º O licenciamento ambiental dar-se-á através de Licença Ambiental, Autorização


Ambiental ou de Termo de Compromisso de Responsabilidade Ambiental (TCRA).

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§ 2º São passíveis de licença, autorização ambiental ou TCRA os empreendimentos e


atividades relacionados no Anexo II desta LEI.

§ 3º O CONDEMA poderá rever as Divisões e Grupos relacionados no Anexo II, podendo


suprimir ou incluir novas atividades.

§ 4º O Órgão ambiental municipal competente estabelecerá as hipóteses de exigibilidade


e os parâmetros para dispensa de licenciamento ambiental dos empreendimentos e
atividades, levando em consideração as suas especificidades, localização, porte, os riscos
ambientais que representam, os padrões ambientais estabelecidos e outras características.

§ 5º Os empreendimentos e atividades objeto do § 4º deste artigo, para efeito de


regularidade ambiental, ficam obrigados ao cumprimento da legislação, devendo, sempre que
solicitado pela fiscalização, apresentar, entre outros, os documentos abaixo relacionados:

I - comprovação de regularidade da reserva legal ou de compromisso de sua averbação,


e servidões florestais e ambientais, quando for o caso;

II - autorização para supressão de vegetação, quando couber;

III - outorga do direito de uso de recursos hídricos, quando for o caso;

IV - registro no órgão ambiental municipal competente, quando houver exigência legal.

Parágrafo único. O Poder Executivo poderá exigir que sejam apresentados outros tipos
de licenças de órgão ambiental federal ou estadual antes da emissão da licença ambiental
municipal, e ao conceder a licença, o Poder Executivo poderá fazer as restrições que julgar
conveniente.

A apreciação de projetos submetidos ao licenciamento ambiental deverá considerar


Art. 24.
como mérito de análise, os seguintes critérios, simultaneamente:

I - a aplicação da melhor tecnologia disponível, adotando-se os princípios da produção


mais limpa;

II - a consideração da capacidade de assimilação e de suporte do ambiente;

III - a sustentabilidade socioambiental do empreendimento ou atividade;

IV - a eliminação ou mitigação dos impactos ambientais adversos, a potencialização dos


impactos ambientais positivos, bem como medidas compensatórias para os impactos não
mitigáveis;

V - a clareza da informação e a confiabilidade dos estudos ambientais;

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15/103

VI - a contextualização do empreendimento ou atividade na unidade territorial na qual se


insere, a exemplo de Bacia Hidrográfica, Bioma, Território de Identidade, dentre outros;

VII - o potencial de risco à segurança e a saúde humana.

Art. 25. As licenças e autorizações ambientais serão concedidas com base em análise prévia
de projetos específicos e levarão em conta os objetivos, critérios e normas para conservação,
preservação, defesa e melhoria do ambiente, seus possíveis impactos cumulativos e as
diretrizes de planejamento e ordenamento territorial do Município.

Parágrafo único. Para análise dos processos de que trata o caput deste artigo será
realizada inspeção técnica, sempre que se fizer necessário.

Art. 26.Os empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento ambiental que pretendam


se instalar em Unidades de Conservação (UC) ou em suas respectivas zonas de
amortecimento estão sujeitos a anuência prévia do órgão gestor de unidades de conservação.

Parágrafo único. O Conselho Municipal de Defesa do Melo Ambiente (CONDEMA)


estabelecerá as tipologias e porte dos empreendimentos e atividades que, mesmo não
sujeitos ao licenciamento ambiental, dependam da anuência prévia do órgão gestor da
Unidade de Conservação.

Art. 27. O encerramento de atividade, empresa ou de firma individual utilizadora de recursos


ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente degradadoras, dependerá da
apresentação ao órgão ambiental municipal competente do plano de encerramento de
atividades que deverá contemplar as medidas de controle ambiental aplicáveis ao caso.

Art. 28. A publicidade resumida dos pedidos de licenças ambientais e suas renovações,
através dos meios de comunicação de massa, serão providenciadas pelos interessados,
correndo as despesas às suas expensas.

Parágrafo único. A publicidade do TCRA dar-se-á através do órgão ambiental municipal


competente.

Art. 29.As concessões das licenças ambientais, e, se for o caso, seu cancelamento, deve ser
publicado resumidamente no Diário Oficial do Município.

Seção II
Das Licenças Ambientais

Art. 30. A Licença Ambiental é o ATO administrativo por meio do qual órgão ambiental
municipal competente ou o CONDEMA avaliam e estabelecem as condições, restrições e
medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física
ou jurídica, de direito público ou privado, para localizar, instalar, operar e alterar
empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente degradadoras.

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Art. 31.O procedimento de licenciamento ambiental considerará a natureza e o porte dos


empreendimentos e atividades, as características do ecossistema e a capacidade de suporte
dos recursos ambientais envolvidos.

Art. 32. O órgão ambiental municipal competente expedirá as seguintes licenças, sem
prejuízo de outras modalidades previstas em normas complementares:

I - Licença de Localização (LL): concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua implementação;

II - Licença de Implantação (LI): concedida para a implantação do empreendimento ou


atividade, de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionamentos;

III - Licença de Operação (LO): concedida para a operação da atividade ou


empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento das exigências constantes das
licenças anteriores e estabelecimento das condições e procedimentos a serem observados
para essa operação;

IV - Licença de Alteração (LA): concedida para a ampliação ou modificação de


empreendimento, atividade ou processo regularmente existente;

V - Licença Unificada (LU): concedida para empreendimentos classificados como de


micro, pequeno ou médio porte, excetuando-se aqueles considerados de potencial risco à
saúde humana;

VI - Licença de Operação da Alteração (LOA): ATO administrativo que autoriza a


operação de empreendimento ou atividade que obteve a Licença de Alteração.

Parágrafo único. Nas hipóteses sujeitas à licença simplificada, é facultado ao Interessado


requerer outra modalidade de licença prevista nos incisos I, II, III, IV, VI do caput deste artigo,
desde que compatível com a fase do empreendimento.

O órgão ambiental municipal competente definirá os condicionantes para localização,


Art. 33.
implantação, operação ou alteração de empreendimentos ou atividades, com base nos
estudos apresentados pelo empreendedor e em outros dados e informações oficiais.

§ 1º Para o estabelecimento das condicionantes, deverão ser consideradas, dentre outros


aspectos, as medidas mitigadoras e compensatórias já adotadas quando do licenciamento
ambiental dos empreendimentos e atividades, seus resultados, o impacto da atividade sobre o
meio ambiente, o cumprimento das normas e exigências ambientais e a viabilidade técnica e
econômica de seu cumprimento, objetivando a distribuição equitativa do ônus e das
obrigações ambientais.

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§ 2º Quando da renovação de licença deverão ser consideradas também as medidas


mitigadoras e compensatórias já adotadas e seus resultados, podendo ser incorporados novos
condicionantes.

§ 3º Para empreendimentos e atividades localizados em unidades de conservação, o


órgão gestor, competente pela emissão da anuência, poderá definir condicionantes
ambientais.

Art. 34. A Licença de Alteração poderá ser requerida na fase de localização, implantação ou
operação do empreendimento, observado o prazo de validade da licença ambiental, objeto da
alteração, devendo ser incorporada posteriormente à próxima renovação da Licença de
Operação do empreendimento ou atividade.

§ 1º Fica caracterizada a alteração da localização, implantação ou operação, quando


houver ampliação da capacidade nominal de produção ou de armazenamento de produtos
químicos, combustíveis, gases, dentre outros, ou de prestação de serviço acima de 20% (vinte
por cento) do valor fixado na respectiva licença, diversificação da prestação do serviço dentro
do mesmo objeto da atividade original, alteração do processo produtivo ou substituição de
equipamentos que provoquem alteração das características qualitativas e quantitativas, com
aumento da carga poluidora, das emissões líquidas, sólidas ou gasosas, previstas no
respectivo processo de licenciamento.

§ 2º O órgão ambiental municipal competente poderá estabelecer outros critérios para a


concessão da Licença de Alteração, levando em consideração as especificidades, os riscos
ambientais, o porte e outras características do empreendimento ou atividade.

Art. 35. A Licença Unificada será expedida pelo órgão ambiental municipal competente.

§ 1º A Licença Unificada poderá ser concedida para quaisquer das fases do


empreendimento, como uma única licença, devendo ser requerida antes do início da sua
implantação.

§ 2º No caso de renovação, ampliação, diversificação, alteração ou modificação de


empreendimento ou atividade sujeita a Licença Unificada, a sua atualização dar-se-á através
de novo requerimento desta mesma modalidade.

Art. 36. O órgão ambiental municipal competente poderá instituir procedimentos especiais
para o licenciamento ambiental, de acordo com a localização, natureza, porte e características
dos empreendimentos e atividades, dentre os quais:

I - procedimentos simplificados, que poderão resultar na expedição de licenças com


efeitos Isolados ou cumulativos para localização, implantação e operação;

II - procedimentos simplificados para a concessão da LA e da renovação da LO das


atividades e empreendimentos que Implementem planos e programas voluntários de gestão

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ambiental e práticas de produção mais limpa visando à melhoria contínua e ao aprimoramento


do desempenho ambiental;

III - licenciamento de caráter geral para atividades de natureza e impactos ambientais


semelhantes, mediante cumprimento de normas elaboradas a partir de estudos e
levantamentos específicos, ficando essas atividades desobrigadas da obtenção de licença
individual;

IV - procedimentos simplificados para empreendimentos e atividades a serem instalados


em áreas que dispõem de zoneamento específico.

Art. 37. Os responsáveis pelas atividades efetivas ou potencialmente degradadoras poderão


requerer manifestação prévia do órgão ambiental municipal competente, que emitirá opinativo,
com caráter de orientação, sobre os aspectos técnicos relativos a localização, implantação,
operação, alteração ou regularização de um determinado empreendimento ou atividade, tais
como:

I - esclarecimentos quanto à documentação e aos estudos ambientais necessários à


instrução do processo licenciatório;

II - modalidade de licença ou autorização ambiental a ser requerida;

III - esclarecimentos sobre normas, aspectos técnicos e jurídicos aplicáveis à atividade.

Art. 38. Estão também sujeitos ao licenciamento ambiental prévio:

I - Obras da administração direta do Município, Estado ou da União que, de acordo com a


legislação federal, sejam objeto de estudo de Impacto Ambiental;

II - As pedreiras, olarias, mineradoras e a extração de areia e saibro e quaisquer outros


que utilizem recursos naturais do Município.

Parágrafo único. Não será concedida licença para atividades de exploração de qualquer
mineral, quando situado em local de potencial turístico, importância paisagística ou ecológica.

Seção III
Das Autorizações Ambientais

Art. 39.A Autorização Ambiental é o ATO administrativo por meio do qual o órgão ambiental
municipal competente permite:

I - a realização ou operação de empreendimentos e atividades, pesquisas e serviços de


caráter temporário;

II - a execução de obras que não resultem em instalações permanentes;

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III - a requalificação de áreas urbanas subnormais, ainda que impliquem instalações


permanentes;

IV - o encerramento total ou a desativação parcial de empreendimentos ou atividades de


pessoa física ou jurídica;

V - a execução de obras que possibilitem a melhoria ambiental.

§ 1º O órgão ambiental municipal competente definirá os casos de obras de caráter


permanente, que promovam a melhoria ambiental, passíveis de Autorização Ambiental.

§ 2º Da Autorização Ambiental constarão os condicionamentos a serem atendidos pelo


interessado dentro dos prazos estabelecidos.

§ 3º Quando a atividade, pesquisa ou serviços inicialmente de caráter temporário


passarem a configurar-se como de caráter permanente, deverá ser requerida de imediato a
Licença Ambiental pertinente em substituição a Autorização expedida.

Art. 40. A Autorização de Transporte de Resíduos Perigosos (ATRP) deve ser solicitada pelo
interessado, mediante requerimento próprio, fornecido pelo órgão ambiental municipal
competente, acompanhado dos seguintes documentos:

I - cópia da LO da empresa geradora, quando couber;

II - cópia da LO da empresa receptora;

III - cópia da LS, ou, se for o caso, da LO da transportadora;

IV - anuência da instalação receptora;

V - anuência do órgão ambiental do Município de destino;

VI - comprovante do pagamento de remuneração fixada no Anexo III deste Código;

VII - Rotograma;

VIII - Ficha de Emergência;

IX - outras Informações complementares exigidas pelo o órgão ambiental municipal


competente.

§ 1º Durante o percurso do transporte, o responsável pela condução do veículo deverá


dispor de cópia da respectiva ATRP.

§ 2º A alteração ou acréscimo de resíduos perigosos, objeto da ATRP concedida,

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dependerá de novo requerimento, bem como alteração relativa ao transportador.

Seção IV
Do Termo de Compromisso de Responsabilidade Ambiental

Art. 41.O Termo de Compromisso de Responsabilidade Ambiental (TCRA) é o documento


por meio do qual o empreendedor se compromete a cumprir a legislação no que se refere aos
impactos ambientais decorrentes da sua atividade.

§ 1º O TCRA deverá ser registrado no órgão ambiental municipal competente, que


emitirá certidão de regularidade ambiental.

§ 2º O empreendedor assumirá o compromisso de adotar boas práticas


conservacionistas e quando o empreendimento ou atividade for considerada médio porte, de
acordo com os parâmetros estabelecidos no Anexo II desta LEI, manterá responsável técnico
que se vinculará ao empreendimento mediante Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
junto ao seu conselho profissional ou equivalente.

§ 3º O TCRA deverá permanecer à disposição da fiscalização do órgão ambiental


municipal competente, sujeitando o empreendedor, na hipótese de descumprimento dos
compromissos assumidos, às sanções administrativas previstas na legislação.

§ 4º O TCRA deverá ser atualizado junto ao órgão ambiental municipal competente


sempre que houver alteração da razão social, da titularidade do empreendimento, da obra, da
atividade ou do serviço.

Art. 42. Poderão ser objeto de TCRA empreendimentos e atividades:

I - que pela sua natureza, não exijam avaliação prévia do órgão ambiental para fins de
aprovação da sua localização sendo suficiente comprovação de que a mesma obedece aos
critérios e diretrizes municipais;

II - que se constituem em fontes potencialmente poluidoras de caráter difuso ou que não


gerem efluentes de processo sólidos, líquidos ou gasosos.

Parágrafo único. Os empreendimentos e atividades sujeitos ao TCRA constam no Anexo


II desta LEI, podendo ser definidos pelo CONDEMA outros casos em que cabe o referido
Termo, com base nos critérios elencados neste artigo.

Art. 43. O TCRA, uma vez registrado no órgão ambiental municipal competente, produzirá os
efeitos legais no que se refere à regularidade ambiental, para fins de apresentação junto aos
agentes financeiros e fiscais ambientais.

O TCRA deverá permanecer à disposição da fiscalização ambiental sujeitando o


Art. 44.
empreendedor, na hipótese de descumprimento dos compromissos assumidos, às sanções

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21/103

administrativas legalmente previstas.

Art. 45. A apresentação de informações inverídicas ou o descumprimento das práticas


registradas no TCRA implicará na aplicação de penalidades previstas na legislação ambiental
vigente, e na comunicação ao conselho profissional do responsável técnico, no caso previsto
no § 2º do artigo 41 deste Código.

Seção V
Os Procedimentos de Licenciamento Ambiental

Subseção I
Da Licença e da Autorização

Art. 46. Para dar início aos processos administrativos de autorização ou de licenciamento
ambiental, cuja instauração, instrução e tramitação é atribuição do órgão ambiental municipal
competente, o interessado apresentará requerimento, através de formulário próprio,
devidamente preenchido e assinado pelo representante legal, acompanhado dos documentos,
projetos e estudos ambientais pertinentes e, quando for o caso, Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) do responsável pela elaboração dos projetos e estudos,
expedida pelo Conselho de Classe competente ou equivalente.

§ 1º Caberá ao órgão ambiental municipal competente informar aos interessados, de


acordo com a tipologia da licença ou autorização requerida, quais os documentos a serem
apresentados para a formação do processo.

§ 2º O órgão ambiental municipal competente definirá a documentação necessária para


o requerimento de Licença ou Autorização Ambiental.

§ 3º Os documentos apresentados em forma de fotocópia deverão ser autenticados ou


acompanhados do documento original para simples conferência pelo órgão ambiental
municipal competente, que atestará a sua autenticidade.

Art. 47.Os pedidos de licenciamento, em qualquer das suas modalidades, e sua renovação
serão objeto de publicação resumida, paga pelo interessado, em jornal de grande circulação,
excetuando-se os casos de empreendimentos e atividades de micro ou pequeno porte.

Art. 48.Para instrução do processo de autorização ou de licenciamento ambiental, o órgão


ambiental municipal competente poderá solicitar a colaboração de universidades ou dos
órgãos e/ou entidades da Administração Pública direta ou indireta do Estado ou do município,
nas áreas das respectivas competências.

Art. 49.O órgão ambiental municipal competente deverá elaborar parecer técnico conclusivo,
que integrará o processo, para fundamentar a emissão das Licenças e Autorizações
ambientais, contendo:

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I - dados do proponente, objetivos do empreendimento e sua relação com os programas,


planos e projetos setoriais;

II - caracterização detalhada do empreendimento, das ações necessárias à sua


implantação e operação, de forma a permitir a avaliação do seu potencial de impacto;

III - análise dos possíveis impactos ambientais associados aos aspectos ambientais do
empreendimento ou atividade;

IV - estabelecimento de condicionamentos e seus prazos de cumprimento;

V - prazo de validade da licença ou autorização.

Parágrafo único. Nos casos de competência do CONDEMA, concluída a instrução a


cargo do órgão ambiental municipal competente, o processo administrativo será recebido pela
Secretaria Executiva e encaminhado para deliberação do Plenário.

Art. 50.As Licenças para empreendimentos e atividades de grande e excepcional porte, bem
como para aqueles potencialmente causadores de significativo impacto ambiental, será
expedida pelo INEMA.

Art. 51. As autorizações, bem como as licenças de implantação, operação, alteração e


respectiva renovação serão expedidas pelo órgão ambiental municipal competente.

§ 1º O órgão ambiental municipal competente poderá encaminhar os processos de


autorização ou licença de sua competência para manifestação do CONDEMA.

§ 2º Em qualquer das hipóteses previstas neste artigo, a tramitação do processo de


licenciamento caberá ao órgão ambiental municipal competente.

Art. 52. O requerimento ao órgão ambiental municipal competente de revisão de


condicionantes, bem como de prorrogação de prazo para o seu cumprimento, deverá ser feito
na vigência da respectiva Autorização ou Licença Ambiental, acompanhado de
fundamentação técnica por profissional habilitado com a respectiva ART.

§ 1º O órgão ambiental municipal competente analisará o pedido e, quando couber,


encaminhará o processo para apreciação e deliberação do CONDEMA, especialmente nos
casos de Licença de Localização.

§ 2º A decisão do órgão ambiental municipal competente ou do CONDEMA, quando


favorável, será objeto de publicação no Diário Oficial do Município.

§ 3º O requerimento de revisão de condicionantes será remunerado pelo Interessado no


valor equivalente a 30% (trinta por cento) da remuneração básica da respectiva Licença ou
Autorização ambiental, constante do Anexo III desta LEI.

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23/103

§ 4º O requerimento de prorrogação de prazo para o cumprimento dos condicionantes


estabelecidos nas Licenças ou Autorizações Ambientais não será remunerado pelo
interessado.

Art. 53. Quando for indeferido o requerimento de Autorização ou Licença Ambiental, o


interessado poderá, no prazo de até 30 (trinta) dias contados da ciência do indeferimento:

I - interpor pedido de reconsideração, a ser julgado pela autoridade licenciadora;

II - apresentar alterações no projeto, eliminando ou modificando os aspectos que


motivaram o indeferimento do pedido.

Art. 54. Caberá ao órgão ambiental municipal competente, quando requerido pelo
Interessado, expedir documento de dispensa para os empreendimentos e atividades não
sujeitos ao licenciamento ambiental.

Parágrafo único. O documento de que trata o caput deste artigo poderá ser substituído
por PORTARIA do órgão ambiental municipal competente, publicada no Diário Oficial do
Município, que estabeleça, de forma genérica, as tipologias de empreendimentos e atividades
dispensadas de autorização ou licença ambiental, em função de suas especificidades,
localização, porte, os riscos ambientais que representam, os padrões ambientais
estabelecidos e outras características.

Art. 55.No caso de alteração de razão social de empreendimentos com licença, autorização
ou TCRA em vigor ou em tramitação, o interessado deverá apresentar requerimento ao órgão
ambiental municipal competente, acompanhado de documentação comprobatória da mudança
de razão social devidamente registrada na Junta Comercial do

Estado da Bahia (JUCEB) e do comprovante de recolhimento da remuneração prevista no


Anexo III.

Parágrafo único. Caso não se verifique as condições estabelecidas no caput deste artigo
deverão ser formalizadas novo processo de licenciamento referente ao estágio em que se
encontra o empreendimento ou atividade.

Art. 56.A licença, autorização ou TCRA, em vigor, poderão ser transferidas para o novo titular
do empreendimento ou atividade regular, respeitando-se o seu prazo de validade, desde que
não haja mudança da atividade original, e será objeto de requerimento ao órgão ambiental
municipal competente.

Art. 57. O requerente da transferência de que trata o artigo anterior apresentará, dentre
outros documentos exigidos pelo órgão ambiental municipal competente:

I - documento comprobatório da transferência da responsabilidade legal pelo


empreendimento ou atividade perante o órgão ambiental municipal competente;

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II - ata de constituição da CTGA, quando couber;

III - a divulgação da Política Ambiental, sob a responsabilidade do novo titular, em jornal


de grande circulação na região onde está instalado o empreendimento ou atividade, quando
couber;

IV - comprovante de recolhimento da remuneração prevista no Anexo III desta LEI.

Parágrafo único. A documentação referida no inciso I deste artigo deverá remeter


preferencialmente ao contrato de transferência de direitos e obrigações que concedeu a
responsabilidade legal do empreendimento ou atividade ao novo titular, perante o órgão
ambiental municipal competente.

Art. 58.O requerimento a que se refere o artigo 57 poderá ser subscrito pelo titular da licença,
autorização ou TCRA ou pelo futuro titular do empreendimento ou atividade licenciada.

§ 1º Quando subscrito pelo titular da licença, autorização ou TCRA, além dos documentos
previstos no artigo 57, o requerimento de transferência deverá estar acompanhado de
declaração do futuro titular da atividade licenciada, contendo a sua anuência, bem como, no
caso de pessoa jurídica, dos documentos que comprovem a condição de bastante procurador
do signatário da declaração.

§ 2º Quando subscrito pelo futuro titular da atividade licenciada, além dos documentos
previstos no artigo 57, o requerimento de transferência deverá estar acompanhado de
declaração do titular da licença, autorização ou TCRA, contendo a sua anuência, bem como,
no caso de pessoa jurídica, dos documentos que comprovem a condição de bastante
procurador do signatário da declaração.

Subseção II
Do Epia/rima

Art. 59.Quando o licenciamento do empreendimento ou atividade for sujeito ao EPIA/RIMA,


serão adotados os seguintes procedimentos:

I - realização de consulta pública pelo órgão ambiental municipal competente, na área de


influência do empreendimento, para subsidiar a elaboração do Termo de Referência do EPIA,
quando considerar necessário;

II - elaboração do Termo de Referência do EPIA, pelo órgão ambiental municipal


competente, com a participação do empreendedor;

III - encaminhamento do Termo de Referência do EPIA ao CONDEMA, para aprovação,


quando não existir norma específica em vigor;

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IV - elaboração do EPIA pelo empreendedor conforme o Termo de Referência aprovado


pelo CONDEMA e apresentação de relatórios parciais a serem analisados pelo órgão
ambiental municipal competente, em 03 (três) etapas:

a) Relatório contendo a caracterização do empreendimento e as alternativas locacionais


e/ou tecnológicas estudadas e suas respectivas áreas de influência, adotando-se para todas o
mesmo grau de profundidade, com avaliação dos aspectos técnicos, econômicos e ambientais
envolvidos, bem como a justificativa de escolha das alternativas locacionais e/ou tecnológicas
preferenciais;
b) Relatório contendo o diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento,
referente à alternativa escolhida na etapa anterior, com relação á localização e tecnologia a
ser adotada;
c) Estudo Prévio de Impacto Ambiental completo, acompanhado do respectivo RIMA.

V - realização de audiência pública, quando o órgão ambiental municipal competente


julgar necessário, ou quando for solicitada por entidade civil, pelo Ministério Público ou por 50
(cinquenta) ou mais cidadãos;

VI - avaliação do EPIA/RIMA, pelo órgão ambiental municipal competente;

VII - encaminhamento do EPIA/RIMA ao CONDEMA, acompanhado de parecer técnico


conclusivo do órgão ambiental municipal competente, para deliberação final.

§ 1º O órgão ambiental municipal competente poderá convocar reuniões públicas para


discussão do projeto no decorrer da análise dos estudos ambientais.

§ 2º Os estudos ambientais deverão contemplar a análise integrada e os impactos


cumulativos relacionados a outros empreendimentos localizados na mesma sub-bacia
hidrográfica.

§ 3º Quanto ao disposto no inciso IV, alínea "a" deste artigo, o órgão ambiental municipal
competente poderá convocar reuniões com a equipe responsável pela elaboração dos estudos
e/ou realizar inspeção técnica conjunta, para subsidiar a definição quanto às alternativas
locacionais e tecnológicas, devendo manifestar-se sobre a aprovação dos estudos
apresentados no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias a partir do recebimento do
relatório.

§ 4º Quanto ao disposto no inciso IV, alínea "b" deste artigo, o órgão ambiental municipal
competente procederá à análise e se manifestará no prazo máximo de 90 (noventa) dias,
podendo requerer, se for o caso, complementações e ajustes necessários.

§ 5º Quanto ao disposto no inciso IV, alínea "c" deste artigo, o órgão ambiental municipal
competente dará prosseguimento à análise e informará a comunidade sobre os locais onde o
RIMA estará disponível para consulta pública, bem como da abertura do prazo de 45
(quarenta e cinco) dias para solicitação de audiência pública por entidade civil, pelo Ministério
Público ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos.

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Art. 60. Os casos em que a realização de Estudo Prévio de Impacto Ambiental for requisito
para o licenciamento ambiental, nos termos da legislação federal vigente, aplicar-se-ão as
normas pertinentes.

§ 1º São também passíveis de Estudo Prévio de Impacto Ambiental os planos e


programas de qualquer esfera de governo que possam causar significativos danos ao meio
ambiente.

§ 2º No caso de exigência de Estudo Prévio de Impacto Ambiental e de Impacto de


Vizinhança, o interessado deverá fazer publicar em jornal de grande circulação do Estado da
Bahia, edital resumido que informe à população dados objetivos de identificação do projeto e o
local e período em que uma via estará à disposição dos interessados.

§ 3º O Poder Executivo poderá requisitar, aos órgãos federais e estaduais competentes,


a elaboração de estudos mais complexos ou complementares sobre as questões ambientais
municipais.

Art. 61. O proponente poderá realizar, às suas expensas, Estudo Prévio de Impacto
Ambiental por equipe privada independentemente.

Subseção III
Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança

Art. 62. O Poder Executivo, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e entidades
representativas não governamentais poderão solicitar Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança, para atividades que possam afetar a drenagem, as redes de água, de esgoto, de
energia elétrica e de telecomunicações, bem como empreendimentos classificados como polo
gerador de tráfego, a exemplo de auditório para convenções, congressos e conferências;
estádio, autódromo, velódromo, ou hipódromo; espaços e edificações para exposições;
terminal rodoviário urbano e interurbano.

Art. 63. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e
suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:

I - adensamento populacional;

II - equipamentos urbanos e comunitários;

III - uso e ocupação do solo;

IV - valorização imobiliária;

V - geração de tráfego e demanda por transporte público;

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VI - ventilação e iluminação;

VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

Art. 64. Presumem-se geradores de impacto de vizinhança, as instalações de:

I - casas de detenção, penitenciárias e empresas que trabalham com resíduos tóxicos e


hospitalar;

II - jardim zoológico, parques de animais selvagens, ornamentais e de lazer;

III - torre de telecomunicações;

IV - aterros sanitários e estações de transbordo de lixo.

Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão
disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer
interessado.

Art. 65.A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de Estudo Prévio de
Impacto Ambiental (EPIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.

Subseção IV
Do Termo de Compromisso de Responsabilidade Ambiental

Art. 66. Para o registro do TCRA será necessário apresentar:

I - TCRA devidamente preenchido e assinado pelo proprietário ou seu representante legal


e, quando se tratar de empreendimento ou atividade de médio porte, pelo responsável técnico;

II - comprovante de pagamento de remuneração fixada no Anexo III desta LEI;

III - alvará ou certidão do Município declarando que a localização e a tipologia do


empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e
ocupação do solo;

IV - documento que comprove a regularidade da Reserva Legal ou compromisso de sua


averbação e servidão ambiental ou florestal, quando for o caso;

V - autorização de supressão da vegetação, quando for o caso;

VI - outorga de direito de uso das águas, quando for o caso;

VII - anuência do órgão gestor de unidade de conservação (UC), quando for o caso;

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VIII - cópia da ata da constituição da CTGA, acompanhada de ART do Coordenador,


quando couber;

IX - imagens de satélite e plantas georreferenciadas de localização do empreendimento,


quando couber;

X - outros documentos ou estudos, previstos em norma expedida pelo órgão ambiental


municipal competente.

§ 1º Caberá ao órgão ambiental municipal competente informar aos interessados, de


acordo com a tipologia e porte do empreendimento ou atividade, quais os documentos que
deverão ser apresentados para Registro do TCRA.

§ 2º Os documentos apresentados em forma de fotocópia deverão ser autenticados ou


acompanhados do documento original para simples conferência do órgão ambiental municipal
competente, que atestará a sua autenticidade.

§ 3º Os documentos mencionados no inciso III deste artigo poderão ser substituídos por
um dos seguintes documentos; Análise de Orientação Prévia (AOP), Alvará de Construção,
Habite-se, Alvará de Localização e Funcionamento, Termo de Conclusão de Obras ou outro
documento similar emitido pela municipalidade.

§ 4º No caso de o TCRA estar assinado pelo representante legal, deverá ser apresentada
procuração específica para este fim.

Art. 67.O TCRA deverá ser atualizado junto ao órgão ambiental municipal competente
sempre que houver alteração do empreendimento, obra, atividade ou serviço desenvolvido,
bem como da titularidade.

Art. 68. O órgão ambiental municipal competente manterá banco de dados atualizado,
disponibilizado no SEIA, contendo o registro dos TCRA.

Subseção V
Dos Prazos

Art. 69. Ficam estabelecidos os prazos de análise de até 6 (seis) meses para cada
modalidade de licença ambiental requerida, a contar da data do protocolo do requerimento até
seu deferimento ou indeferimento, pelo órgão ambiental municipal competente ou pelo
CONDEMA.

§ 1º Nos casos em que houver solicitação de elaboração de Estudo Prévio de Impacto


Ambiental, o prazo mencionado no caput deste artigo será contado a partir da data de
disponibilização do RIMA para consulta pública.

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§ 2º A contagem do prazo será suspensa se ocorrer solicitação, pelo órgão ambiental


municipal competente, de estudos ambientais complementares ou da prestação de
esclarecimentos pelo empreendedor, voltando a contar normalmente após o efetivo
cumprimento do solicitado.

Art. 70. Ficam estabelecidos os prazos de análise de até 04 (quatro) meses para emissão de
autorização ambiental e de 02 (dois) meses para manifestação prévia, a contar da data de
protocolo do requerimento.

Art. 71. O empreendedor deverá atender á solicitação de esclarecimentos e


complementações, formuladas pelo órgão ambiental municipal competente, dentro do prazo
notificado.

§ 1º O empreendedor poderá solicitar, com base em justificativa técnica, ampliação do


prazo a que se refere o caput deste artigo, antes de sua expiração.

§ 2º O não cumprimento dos prazos notificados implicará no arquivamento do processo.

§ 3º O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apresentação de novo


requerimento ao órgão ambiental municipal competente, devendo-se obedecer aos
procedimentos estabelecidos, mediante novo pagamento do custo de análise.

Art. 72.Ficam estabelecidos os seguintes prazos de validade para licença e autorização


ambiental:

I - o prazo de validade de Licença de Localização (LL) deverá ser, no mínimo, o


estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao
empreendimento ou atividade, não podendo ser superiora 05 (cinco) anos;

II - o prazo de validade da Licença de Implantação (LI) deverá ser, no mínimo, o


estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo
ser superior a 06 (seis) anos;

III - o prazo de validade da Licença de Alteração (LA) deverá ser estabelecido em


consonância com cronograma de execução das obras ou serviços programados, ficando o
prazo de vencimento da licença ambiental vigente automaticamente prorrogado para coincidir
com o prazo da LA, se este lhe for posterior, devendo constar na referida LA a prorrogação da
validade do prazo da licença vigente anteriormente;

IV - o prazo de validade da Licença de Operação (LO), e respectiva renovação deverá


considerar os planos de autocontrole ambiental da empresa, e será de, no mínimo, 02 (dois)
anos e, no máximo, 08 (oito) anos;

V - o prazo de validade da Licença Unificada (LU) deverá ser, no mínimo, o estabelecido


pelo cronograma da atividade ou empreendimento, não podendo ser superior a 03 (três) anos,
sendo que sua renovação, quando for o caso, poderá ser de até 08 (oito) anos;

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VI - o prazo de validade da Autorização Ambiental (AA) é de 01 (um) ano, podendo ser


estabelecido prazo diverso, em razão do tipo da atividade, a critério do órgão ambiental
municipal competente.

§ 1º Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento, o


órgão ambiental municipal competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou
diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade no
período de vigência anterior.

§ 2º As Licenças ficarão automaticamente prorrogadas até a manifestação do órgão


ambiental municipal competente, desde que sejam requeridas com antecedência mínima de
120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade.

Art. 73. Os prazos para o cumprimento dos condicionantes fixados nas autorizações e
licenças ambientais, bem como os respectivos prazos de validade, serão contados a partir da
data da publicação no Diário Oficial do Município.

§ 1º As autorizações e as licenças, excetuando-se as de operação, poderão ter os seus


prazos de validade prorrogados, com base em justificativa técnica, após analisado pelo órgão
ambiental municipal competente, uma única vez, por igual ou menor prazo, devendo o
requerimento ser fundamentado pelo interessado no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes
do vencimento.

§ 2º O prazo de validade a que se refere o § 1º deste artigo poderá ser concedido para a
licença simplificada, com base em justificativa técnica, somente quando constatado pelo órgão
ambiental municipal competente que o empreendimento ou atividade ainda não atingiu a fase
de operação.

Subseção VI
Da Remuneração

Art. 74.A remuneração, pelos interessados, dos custos correspondentes às etapas de vistoria
e análise dos requerimentos das autorizações, manifestações prévias e licenças ambientais
será efetuada de acordo com o tipo de requerimento e o porte da atividade ou
empreendimento, segundo os valores básicos constantes do Anexo III desta LEI.

Parágrafo único. O enquadramento das atividades far-se-á, quanto ao porte, segundo os


três grupos distintos: micro, pequeno, médio, conforme critérios estabelecidos no Anexo II
desta LEI.

Art. 75. Quando o custo realizado para inspeção e análise da licença ambiental requerida
exceder o valor básico fixado no Anexo III desta LEI, o interessado ressarcirá as despesas
realizadas pelo órgão ambiental municipal competente, facultando-se ao mesmo o acesso à
respectiva planilha de custos.

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Parágrafo único. Nos casos de EIA/RIMA ou outros estudos ambientais de maior


complexidade, o valor básico de que trata o caput deste artigo será complementado no
momento da entrega dos estudos pelo empreendedor.

Art. 76. A remuneração para solicitação de manifestação prévia, prorrogação de prazo de


validade, revisão de condicionantes, registro do TCRA, transferência de titularidade e
alteração de razão social, dar-se-á conforme estabelecido no Anexo III desta LEI.

§ 1º O requerimento de revisão de condicionantes será remunerado pelo interessado no


valor equivalente a 30% (trinta por cento) da remuneração básica da respectiva licença ou
autorização ambiental, constante do Anexo III desta LEI.

§ 2º O requerimento de prorrogação de prazo para o cumprimento dos condicionantes


estabelecidos nas licenças ou autorizações ambientais não será remunerado pelo interessado.

§ 3º O requerimento para prorrogação de prazo de validade de licenças ou autorizações


ambientais deverá ser acompanhado de justificativa técnica e remunerado pelo interessado no
valor equivalente a 30% (trinta por cento) da remuneração básica da respectiva licença ou
autorização ambiental, constante do Anexo III desta LEI.

§ 4º Os empreendimentos ou atividades cujo requerimento de licença já esteja em


tramitação, e que forem enquadrados pelo órgão ambiental municipal competente como
sujeitos ao TCRA, passarão a submeter-se ao novo procedimento de licenciamento,
considerando-se a remuneração já paga como o valor devido.

Art. 77. A remuneração da análise de projetos e atividades cuja execução seja de


responsabilidade do órgão ambiental municipal competente será de R$ 500,00 (quinhentos
reais) para qualquer modalidade de licença ou autorização requerida.

Art. 78. Os custos de análise para a regularização das atividades desenvolvidas pelo pequeno
empreendedor, agricultura familiar, comunidades tradicionais e assentamentos de reforma
agrária corresponderão a 20% (vinte por cento) do valor da Licença Simplificada.

Subseção VII
Parecer Técnico

Art. 79. O Parecer Técnico deverá obedecer às seguintes diretrizes gerais, quanto às obras e
atividades propostas:

I - definir os limites da área direta ou indiretamente afetada;

II - realizar o diagnóstico ambiental da área de influência;

III - identificar e avaliar os impactos ambientais gerados;

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IV - contemplar as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as


com a hipótese de sua não-execução;

V - considerar os planos, programas e projetos governamentais existentes, os propostos


e os em implantação, na área de influência do projeto e sua compatibilidade;

VI - definir medidas mitigadoras para os impactos negativos;

VII - propor medidas maximizadoras dos impactos positivos;

VIII - estabelecer programas de monitoramento e auditorias, necessários para as fases de


implantação, operação e desativação;

IX - elaborar programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e


negativos.

Art. 80. O Parecer Técnico poderá incluir análise de risco, consequências e vulnerabilidade,
sempre que o local, a instalação e/ou a atividade ou empreendimento forem considerados
fonte de risco, assim considerada a possibilidade de comunicação produzida por instalações
industriais, ocorrência de perturbações eletromagnéticas ou acústicas e radiação.

Parágrafo único. Outras fontes de risco poderão vir a ser elencadas por instrumentos
legais ou regulamentares.

Subseção VIII
Audiências Públicas

Art. 81. O Poder Executivo realizará, sempre que realizados Estudos de Impacto de
Vizinhança, audiências públicas, na forma de legislação pertinente, no que couber, e as
estabelecidas no presente capítulo.

Art. 82.As realizações das audiências públicas também podem ser fundamentadamente
requeridas:

I - pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente;

II - por entidade civil sem fins lucrativos, sediada no Município e que tenha por finalidade
institucional a proteção ao meio ambiente;

III - pelos Secretários Municipais;

IV - pelo mínimo de 500 (quinhentos) eleitores habitantes do Município.

§ 1º Na hipótese prevista no inciso II, o requerimento deverá ser instruído com cópias

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autenticadas dos estatutos sociais da entidade e da ata da assembleia que deliberou requerer
a realização de Audiência Pública.

§ 2º Na hipótese prevista no inciso IV, o requerimento conterá o nome legível, o número


do título de eleitor, zona eleitoral e assinatura ou digital de cada um dos requerentes.

Art. 83. O Poder Executivo fixará em edital, publicado por extrato em jornal de grande
circulação do Estado da Bahia, e também em locais públicos, a abertura do prazo de 10 (dez)
dias para a realização de Audiência Pública.

Parágrafo único. Do Edital constarão, no mínimo, data, local, horário e dados objetivos de
identificação do projeto, bem como, local e período onde se encontra o relatório para exame
dos interessados.

Art. 84. As audiências públicas serão presididas pelo presidente do Conselho Municipal de
Defesa do Meio Ambiente, que dirigirá os trabalhos e manterá a ordem no recinto, de modo a
garantir a exposição das opiniões e propostas em relação ao objeto da Audiência Pública.

Art. 85. As audiências públicas serão secretariadas por pessoa indicada pelo Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente, cabendo-lhe o registro das pessoas em livro de
presença apropriado, constando nome, endereço, telefone e número de um documento de
identificação pessoal e a elaboração da ata.

Art. 86. Serão convidados pelo Poder Executivo, dentre outros, para assistir às audiências
públicas:

a) O representante local do Ministério Público;


b) Os Prefeitos dos Municípios limítrofes, quando for o caso;
c) Os Vereadores, através do Presidente da Câmara Municipal;
d) Os Secretários municipais;
e) Os membros titulares e suplentes do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente:

f) as entidades ambientalistas cadastradas no município;


g) Representantes de empresas;
h) Representantes da imprensa;
i) Interessados;
j) Os técnicos responsáveis pela elaboração do Parecer Técnico, e do Estudo de Impacto
de Vizinhança.

Art. 87. Para a realização de audiências públicas deverão estar acessíveis aos interessados,
com a antecedência de 10 dias úteis, bem como durante as reuniões, deverá ser mantido no
recinto, para livre consulta, pelos menos um exemplar do Estudo de Impacto de Vizinhança.

Art. 88. O Poder Público Instituirá, por LEI, os incentivos á produção e instalação de
equipamentos contra a poluição e a criação ou absorção de tecnologia, que promovam a
recuperação, preservação, conservação e melhoria do meio ambiente.

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Art. 89. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, somente poderão ser
beneficiadas pela concessão de incentivos se comprovarem a conformidade e adequação de
suas atividades com a legislação ambiental federal, estadual e municipal vigente.

CAPÍTULO VII
DOS INCENTIVOS A PRODUÇÃO MAIS LIMPA

Os empreendimentos que realizam ações voltadas para a produção mais limpa e o


Art. 90.
consumo sustentável serão beneficiados com os seguintes incentivos:

I - quando da renovação da Licença de Operação ou da Licença Simplificada será


concedido prazo de validade 50% (cinquenta por cento) maior que o da licença anterior;

II - no caso de empreendimentos em Implantação que incorporam práticas de produção


mais limpa em seu processo produtivo, será concedido o prazo de validade máximo permitido
por LEI, quando da concessão da Licença de Operação;

III - nos casos citados nos incisos I e II deste artigo, as ações implementadas pela
empresa serão reconhecidas publicamente e divulgadas no Diário Oficial do Município,
podendo, também, serem divulgadas pela própria empresa.

Parágrafo único. Para a obtenção dos incentivos a que se referem os incisos I e II deste
artigo a empresa deverá demonstrar a redução dos seus impactos ambientais mediante
indicadores que comprovem o avanço tecnológico, tais como:

I - consumo mensal de matérias primas por tonelada de produto produzido;

II - consumo mensal de energia elétrica por tonelada de produto produzido;

III - consumo mensal de combustível por tonelada de produto produzido;

IV - consumo mensal de água por tonelada de produto produzido;

V - geração mensal de efluentes líquidos por tonelada de produto produzido;

VI - geração mensal de emissões atmosféricas por tonelada de produto produzido;

VII - geração mensal de resíduos sólidos por tonelada de produto produzido;

VII - geração mensal de resíduos sólidos perigosos por tonelada de produto produzido.

Art. 91.As empresas que tenham implantado sistema de certificação ambiental, quando da
renovação da Licença de Operação ou da Licença Simplificada serão beneficiadas com a
concessão de prazo de validade 50% (cinquenta por cento) maior que o da licença anterior.

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Parágrafo único. Para obtenção do benefício a que se refere o caput deste artigo a
empresa deverá demonstrar o órgão ambiental municipal competente o cumprimento das
seguintes exigências:

I - ter recertificado o seu Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pela norma ISO 14001 e
contar com uma Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA) atuante;

II - contar, em sua estrutura, com um mecanismo de integração das equipes da CTGA e


do SGA, a exemplo de um grupo técnico ambiental, para garantir uma gestão participativa;

III - inserir no Relatório Técnico de Garantia Ambiental (RTGA) as seguintes informações:

a) resultados das auditorias internas e externas da certificação, as medidas adotadas


para sanar a(s) não conformidade(s) identificadas, bem como as atas das reuniões de análise
crítica, com as respectivas listas de presença;
b) indicadores que evidenciem os resultados obtidos pela empresa na melhoria do seu
processo produtivo;
c) demonstrativo da aplicação dos recursos financeiros em ações ambientais, no ano
corrente e no ano anterior, relacionados às metas estabelecidas com base na política
ambiental da empresa.

Art. 92.No caso de enquadramento da empresa nos artigos 90 e 91 o benefício concedido


não poderá ultrapassar o prazo máximo de validade da licença, estabelecido neste Código.

CAPÍTULO VIII
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS

Art. 93. Fica criado o Sistema Municipal de Informações sobre o Meio Ambiente com a
finalidade de coletar, cadastrar, processar e fornecer informações para o planejamento e a
gestão das ações de interesse do meio ambiente.

Art. 94. O Sistema Municipal de Informações Ambientais (SMIA) tem os seguintes objetivos:

I - reunir e sistematizar as informações sobre a qualidade, a disponibilidade, o uso e a


conservação dos recursos ambientais, as fontes e causas de degradação ambiental, a
presença de substâncias potencialmente danosas à saúde, bem como os níveis de poluição e
as situações de risco existentes no Município;

II - disponibilizar e difundir as informações ambientais para as pessoas físicas ou


jurídicas, públicas ou privadas, interessadas.

§ 1º O SMIA subsidiará as tomadas de decisão no âmbito público e privado e integrará


com os sistemas de informações ambientais da Administração Pública Federal e Estadual.

§ 2º O órgão ambiental municipal competente é responsável pela coordenação do SMIA


promovendo a sua integração com os diversos órgãos integrantes da Secretária Estadual do

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Meio Ambiente - SISEMA.

§ 3º A SMIA é constituída por informações geradas pelos órgãos integrantes do SISEMA,


bem como por informações disponíveis em outros órgãos da Administração Pública Federal e
Estadual, em organizações não governamentais, além dos dados gerados pelas empresas
através do automonitoramento, após verificação e validação pelo órgão ambiental municipal
competente.

Art. 95. As informações do SMIA serão públicas, ressalvadas as protegidas por sigilo, assim
demonstradas e comprovadas pelos interessados, respeitando-se as normas sobre direito
autoral e propriedade industrial.

Parágrafo único. Os dados e informações produzidos por entidades privadas ou por


organizações não governamentais, com a participação de recursos públicos, deverão ser
disponibilizados ao SMIA, sem ônus para o Poder Público.

Art. 96. O acesso às informações integrantes do SMIA que não se encontrem disponibilizadas
na Rede Mundial de Computadores (INTERNET) ou em qualquer outro meio de divulgação
dar-se-á, quando for o caso, mediante requerimento escrito, que comprove o legítimo
interesse da pessoa física ou jurídica solicitante.

Parágrafo único. O requerimento deverá ser dirigido ao órgão ambiental municipal


competente, e deverá constar o compromisso do solicitante de citar a fonte quando da
utilização ou divulgação da informação.

Art. 97. O requerimento deverá ser formulado por escrito e conterá os seguintes dados:

I - dados de identificação pessoal do requerente;

II - justificativa do pedido;

III - identificação precisa do objeto do pedido.

Art. 98. As informações que tenham caráter confidencial não poderão ser disponibilizadas
pelo SMIA, devendo ainda ser objeto de resguardo o segredo comercial, industrial ou
financeiro e qualquer outro protegido por LEI, cuja revelação pública possa causar alguma
desvantagem competitiva àquele que gerou a informação ou a terceiros.

§ 1º O sigilo e o resguardo da informação devem ser de forma fundamentada, declarados


pelo interessado, sendo suas razões analisadas pelo órgão ambiental municipal competente.

§ 2º Após análise e confirmação do sigilo essas informações conterão o carimbo


"CONFIDENCIAL", sendo proibida a sua divulgação.

§ 3º Não serão consideradas sigilosas as informações referentes às características e


quantidades de poluentes emitidos para o ambiente, bem como outras de interesse da

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comunidade, para defesa de sua qualidade de vida e do ambiente.

Art. 99. O órgão ambiental municipal competente estabelecerá a política de informações


ambientais e definirá a forma de disseminação das informações, identificando as que serão
disponibilizadas gratuitamente e aquelas que serão fornecidas mediante pagamento.

Art. 100. As informações cartográficas apresentadas em processos junto ao Poder Público


Municipal deverão observar as normas cartográficas oficiais do Estado.

Art. 101. Os órgãos da administração direta e indireta do Município deverão fornecer ao


Sistema Municipal de Informações Ambientais, dados relativos a qualquer atividade ou fato
potencialmente ou realmente impactadora ao meio ambiente, produzidas em razão de suas
atribuições.

CAPÍTULO IX
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 102.A educação ambiental no ensino formal observará o princípio da transversalidade,


nos termos a seguir:

I - no ensino fundamental, os problemas do entorno imediato do aluno, sendo elaborado,


de modo participativo, o levantamento dos principais problemas ambientais locais, que
ajudará a definir uma estratégia de práticas educativas a serem adotadas e incorporadas às
diversas disciplinas;

II - no ensino médio, uma estratégia que fomente a intervenção direta do aluno na


RESOLUÇÃO de problemas ambientais concretos, bem como à indução à reflexão sobre a
qualidade dos produtos que são colocados à disposição da sociedade e seus efeitos sobre
sua qualidade de vida.

Art. 103. O órgão ambiental municipal competente Implantará a Política Municipal de


Educação Ambiental e o Programa Municipal de Educomunicação Ambiental em parceria com
a Secretaria de Educação do Município, visando promover o conhecimento, o
desenvolvimento de atitudes e de habilidades necessárias à preservação ambiental e
melhoria da qualidade de vida, com base nos princípios deste código e da legislação federal
pertinente.

§ 1º O estabelecimento de programas, projetos e ações contínuas e interdisciplinares,


dar-se-á em todos os níveis de ensino, no âmbito formal e não formal, garantindo a
transversalidade da temática ambiental, na sociedade e nos diversos órgãos e secretarias do
Município.

§ 2º Interagir com os órgãos integrantes do SISEMA na busca do estímulo e apoio as


atividades de redes temáticas da área ambiental e a criação de bancos de dados de Educação
Ambiental e Educomunicação Ambiental.

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§ 3º Nos empreendimentos e atividades onde seja exigido Programa de Educação


Ambiental (PEA) como condicionante de licença, os respectivos responsáveis devem atender
às orientações do termo de referência específico para educação ambiental no licenciamento,
elaborado pelo órgão ambiental municipal competente.

Art. 104. A Educação Ambiental é o instrumento para a formação da cidadania, capaz de


despertar no indivíduo sua importância como ser ativo e consciente, enquanto agente de
mudanças, visando ao desenvolvimento sustentável do Município.

Art. 105. A Educação Ambiental deve ser permanente, sistemática e orientada para a
RESOLUÇÃO de problemas concretos, a indução das pessoas à ação e a integração e
articulação com a comunidade.

Art. 106. O órgão ambienta! municipal competente e os demais componentes do Conselho de


Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA) estimularão a incorporação da educação ambiental no
processo educativo formal e não formal, cabendo aos órgãos públicos e instituições privadas
a inclusão da temática ambiental em programas de capacitação e treinamento de autoridades,
técnicos e funcionários, com o objetivo de assegurar a aplicação da legislação ambiental.

Art. 107. Cumpre aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e
permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e
incorporar a dimensão ambiental em sua programação.

Art. 108. O órgão ambiental municipal competente poderá firmar convênios específicos de
cooperação com instituições públicas ou privadas e do terceiro setor, com o objetivo de
viabilizar a execução das atividades.

Parágrafo único. Aos representantes das organizações civis que façam parte do
CONDEMA que não integrem a Administração Pública Municipal fica assegurado, para o
comparecimento às reuniões ordinárias ou extraordinárias, fora do seu Município, pagamento
de despesas para deslocamento, alimentação e estadia, mediante prévia solicitação a
Diretoria do CONDEMA.

CAPÍTULO X
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 109. Constitui instrumentos de participação popular a representação no Conselho


Municipal de Defesa do Meio Ambiente, além de outros previstos na legislação pertinente.

§ 1º O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente promoverá audiências públicas


em que se ouvirão as entidades interessadas, especialmente os representantes da população
atingida.

§ 2º O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente poderá através de suas câmaras


técnicas elaborarem relatórios de Qualidade Ambiental, que serão anuais e informarão os
projetos propostos, em andamento, concluídos e o resultado do seu monitoramento.

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CAPÍTULO XI
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 110. A fiscalização do cumprimento do disposto nesta LEI e nas normas dele decorrentes
será exercida por agentes integrados ao órgão responsável pelo Sistema Integrado de
Fiscalização Municipal.

§ 1º O Município, através do órgão ambiental municipal competente, poderá solicitar aos


órgãos Estaduais ou Federais a fiscalização ambiental de empreendimentos e atividades
impactantes, mediante convênio.

§ 2º Os órgãos setoriais e os órgãos colaboradores poderão exercer atividades auxiliares


da ação de fiscalização ambiental mediante convênio com o órgão ambiental municipal
competente.

Art. 111. As infrações, quando constatadas, serão objeto de lavratura de Auto de Infração.

Art. 112. No exercício da ação fiscalizadora fica assegurada aos técnicos credenciados a
entrada, a qualquer dia ou hora, e sua permanência, pelo tempo que se tornar necessário, em
instalações, estabelecimentos, veículos ou propriedades, públicos ou privados.

§ 1º A entidade fiscalizada deve colocar à disposição dos técnicos credenciados todas as


informações necessárias e promover os meios adequados a perfeita execução da ação
fiscalizatória.

§ 2º Os técnicos credenciados, quando obstados, poderão requisitar força policial para o


exercício de suas atribuições, bem como solicitar que a Polícia Militar que mantenha a fonte
degradadora sob vigilância, até sua liberação pelo órgão ambiental municipal competente.

Art. 113. No exercício das atividades de fiscalização cabe aos técnicos credenciados:

I - efetuar inspeção, avaliação, análise e amostragem técnicas e elaborar os respectivos


autos, relatórios e laudos;

II - elaborar o relatório de inspeção para cada vistoria realizada;

III - pronunciar-se sobre o desempenho de atividades, processos e equipamentos;

IV - verificar a procedência de denúncias, bem como constatar a ocorrência da infração


ou de situação de risco potencial à integridade ambiental;

V - impor as sanções administrativas legalmente previstas;

VI - lacrar equipamentos, unidades produtivas ou instalações, nos termos da legislação


vigente;

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VII - fixar prazo para:

a) correção das irregularidades constatadas, bem como a tomada de medidas objetivando


a redução ou cessação de risco potencial à saúde humana e a integridade ambiental;
b) cumprimento de condições, restrições e medidas de controle ambiental;
c) cumprimento das normas de melhoria e gestão da qualidade ambiental.

VIII - exercer, dentro de suas atribuições, atividades que lhe forem designadas.

Art. 114. Quando determinado pelo órgão ambiental municipal competente, deverão os
responsáveis pelas fontes degradadoras prestar informações ou apresentar documentos, nos
prazos e condições que forem estabelecidos em notificação.

Art. 115.Os responsáveis pelas fontes degradadoras ficam obrigados a submeter ao órgão
ambiental municipal competente, quando solicitados, os planos, estudos ou projetos voltados
para recuperação da área impactada e controle ambiental do empreendimento ou atividade.

Parágrafo único. Poder-se-á exigir a apresentação de fluxogramas, memoriais,


informações, plantas e projetos, bem como linhas completas de produção e respectivos
produtos, subprodutos, insumos e resíduos, para cada operação, com demonstração da
quantidade, qualidade, natureza e composição.

Art. 116.A fiscalização nas Unidades de Conservação Municipal poderá ser exercida pelo
órgão ambiental municipal competente.

Art. 117. Em qualquer caso de derramamento, vazamento ou lançamento, acidental ou não,


de material perigoso, por fontes fixas ou móveis, os responsáveis deverão comunicar
imediatamente o órgão municipal de meio ambiente, sob as penas da LEI, o local, horário e
estimativa dos danos ocorridos, avisando, também, as autoridades de trânsito e a Defesa
Civil, quando for o caso.

Art. 118. O órgão municipal de meio ambiente poderá exigir do poluidor, nos eventos e
acidentes:

I - a instalação imediata de equipamentos automáticos de medição, com registradores,


nas fontes de poluição, para monitoramento da quantidade e qualidade dos poluentes
emitidos;

II - a comprovação da quantidade e qualidade dos poluentes emitidos, através de


realização de amostragens e análises, utilizando-se de métodos aprovados pelo referido
órgão;

III - adoção de medidas de segurança para evitar os riscos as espécies da fauna e flora,
ou a efetiva poluição ou degradação das águas, do ar, do solo ou subsolo, assim como, outros
efeitos indesejáveis ao bem-estar da comunidade;

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IV - relocação das atividades poluidoras que, em razão de sua localização, processo


produtivo ou fatores deles decorrentes, mesmo após a adoção de sistema de controle, não
tenham condições de atender as normas e padrões legais.

Art. 119.Os custos relativos às análises físico-químicas e biológicas efetuadas por solicitação
do órgão municipal de meio ambiente correrão a expensas da empresa fiscalizada.

Parágrafo único. Os empreendimentos instalados ou que venha a se instalar no


município, que causem ou possam causar impactos ambientais, deverão manter o
automonitoramento de suas atividades, devendo apresentar quando solicitado pelo Poder
Executivo seus relatórios, podendo o interessado ser responsável sob pena da LEI, pela
veracidade das informações.

CAPÍTULO XII
DO FUNDO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

Art. 120. Fica criado o Fundo Municipal de Conservação Ambiental - FMCA, destinado a
custear a execução da política municipal do setor, constituído por recursos provenientes de
multas administrativas e condenações judiciais por atos e recursos ambientais, na forma da
LEI.

§ 1º O Fundo de que trata este artigo terá plano de aplicação e contabilidade própria.

§ 2º O Fundo Municipal de Conservação Ambiental será administrado pelo Conselho


Municipal de Defesa do Meio Ambiente, através do seu Presidente com "ad referendum" de
seus demais membros titulares, e suas contas submetidas à apreciação da Controladoria da
Administração Pública Municipal e do Tribunal de Contas dos Municípios.

Art. 121. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente poderá delegar a gestão do
fundo, a secretaria ou ao órgão da administração pública municipal responsável pela gestão
do meio ambiente no município.

Art. 122. Os recursos orçamentários ou não, serão depositados em conta especial a ser
aberta e mantida em instituição financeira pública.

§ 1º A movimentação da conta especial, de que trata este artigo, somente poderá ser feita
através de cheques nominais ou ordens de pagamento aos beneficiários.

Art. 123. Constituem receitas do Fundo Municipal de Conservação Ambiental:

I - dotações orçamentárias do município;

II - créditos suplementares a ele destinados;

III - as multas administrativas por atos lesivos ao meio ambiente;

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IV - os recursos decorrentes de condenações judiciais por atos lesivos ao meio ambiente,


inclusive das condenações relacionadas com a defesa dos interesses difusos e coletivos;

V - os recursos oriundos de doações, legados, contribuições em dinheiro, valores, bens


móveis e imóveis, que venha receber de pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou
estrangeiras, observadas as disposições legais pertinentes;

VI - rendimentos de qualquer natureza, que venha a auferir como remunerações


decorrentes de aplicações de seu patrimônio;

VII - provenientes de ajudas e/ou cooperação internacionais;

VIII - os recursos oriundos da cobrança do preço pelo uso de bens da biodiversidade;

IX - os recursos oriundos da cobrança do preço pela concessão de florestas situadas em


propriedades do Município;

X - os recursos provenientes de convênios cuja execução seja de responsabilidade do


órgão ambiental municipal competente;

XI - os recursos provenientes da venda de publicações ou outros materiais educativos


produzidos pelo órgão ambiental municipal competente;

XII - provenientes de acordos, convênios, contratos e consórcios;

XIII - provenientes de contribuições, subvenções e auxílios;

XIV - provenientes de operações de crédito destinadas ao desenvolvimento de planos,


programas e projetos;

XV - as taxas de reposição obrigatória de volume florestal;

XVI - outras receitas.

§ 1º Será destinado ao órgão ambiental municipal competente, através de repasses


específicos, o valor correspondente as multas administrativas decorrentes de atos lesivos ao
meio ambiente por ele aplicadas.

§ 2º Os recursos previstos no inciso XV deste artigo serão arrecadados pelo órgão


ambiental municipal competente, de forma individualizada, em subconta, do FMCA, para
aplicação, pelo órgão ambiental municipal competente na seguinte forma:

I - 50% (cinquenta por cento) em ações de fomento florestal;

II - 30% (trinta por cento) em ações de recuperação ambiental;

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III - 20% (vinte por cento) em estudos para a criação, revisão e gestão das unidades de
conservação.

§ 3º Os recursos previstos no inciso VIII do caput deste artigo serão cobrados pelo órgão
ambiental municipal competente e individualizados em subcontas do FMCA, para aplicação na
gestão das unidades de conservação municipais.

Art. 124. Os recursos do FMCA serão aplicados em:

I - fortalecimento institucional do órgão ambiental municipal competente;

II - estudos e pesquisas;

III - elaboração e atualização do Plano Municipal de Meio Ambiente;

IV - ações de recuperação ambiental;

V - ações de reposição florestal;

VI - medidas compensatórias;

VII - estudos para a criação, revisão e gestão das unidades de conservação;

VIII - projetos de desenvolvimento sustentável;

IX - educação ambiental;

X - estruturação para o efetivo funcionamento do grupamento ambiental;

XI - ações conjuntas que envolvam o órgão ambiental municipal competente.

§ 1º Os recursos do Fundo Municipal de Conservação Ambiental deverão ser aplicados


de acordo com o Plano Municipal de Meio Ambiente, em consonância com o disposto no PPA,
LDO e LOA.

§ 2º Os projetos a serem desenvolvidos com recursos provenientes de linhas especiais


de custeio oriundos de entes públicos e de organizações não-governamentais, serão objeto de
chamamento por edital, aprovado pelo CONDEMA.

§ 3º O edital de que trata o parágrafo anterior preverá pontuação específica para os


projetos que tenham entre seus objetivos a aplicação do conceito da produção mais limpa.

§ 4º Os projetos previstos no § 2º deste artigo serão avaliados e selecionados pelo


CONDEMA.

Art. 125.

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Art. 125. O saldo positivo do FMCA, apurado em balanço em cada exercício financeiro, será
transferido para o exercício seguinte a crédito do próprio Fundo.

Art. 126.O Conselho de Defesa do Meio Ambiente através do seu Presidente ou a secretaria
ou órgão responsável pela gestão do meio ambiente no Município por ele delegado, enquanto
gestor do FMCA tem as seguintes atribuições:

I - Coordenar a elaboração do Plano Municipal de Meio Ambiente e suas atualizações;

II - Apresentar a contabilidade do FMCA com a elaboração de demonstrativos que


expressem os resultados alcançados em consonância com a legislação em vigor;

III - Organizar e manter toda a documentação e escrituração contábil do FMCA de forma


clara, precisa e individualmente, obedecendo à ordem cronológica da execução orçamentária;

IV - Promover, em articulação com os demais Órgãos e entidades da Administração


Municipal, o levantamento de recursos ambientais municipais, com observância da legislação
do Código Municipal de Meio Ambiente;

V - Processar e formalizar, segundo as normas administrativas, a documentação


destinada ao pagamento de contratos, convênios e subvenções;

VI - Providenciar o registro contábil das receitas e despesas do Fundo;

VII - Elaborar os demonstrativos de execução orçamentária e financeira exigidos na


legislação vigente;

VIII - Providenciar a conferência e conciliação dos extratos das contas bancárias e


controlar sua movimentação;

IX - Desenvolver outras atividades indispensáveis à consecução das competências do


Fundo.

Art. 127.Em caso de extinção do Fundo, todos os seus bens, direitos e obrigações reverterão
em favor do patrimônio municipal.

Art. 128.Até a aprovação do primeiro Plano Municipal de Meio Ambiente ou o primeiro Plano
de Aplicação dos Recursos do Fundo, pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente -
CONDEMA, o seu presidente definirá a aplicação dos recursos com "ad referendum" dos
demais membros titulares.

Os casos omissos e as dúvidas que venham a ser apresentadas durante a gestão do


Art. 129.
Fundo serão dirimidos, através do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.

CAPÍTULO XIII
DO GRUPAMENTO AMBIENTAL

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Art. 130. O Grupamento Ambiental será constituído por 30 (trinta) integrantes da Guarda
Municipal de Jacobina, que serão especialmente capacitados e treinados para o exercício

das funções. Estará vinculada técnica e operacionalmente, ao órgão ambiental municipal


competente, possuindo as seguintes atribuições:

I - Proteger o patrimônio ambiental do Município, em áreas urbanas, rurais e nas


Unidades de Conservação;

II - Atuar de forma preventiva e repressiva no combate às infrações ambientais;

III - Advertir ou notificar por irregularidades ambientais e lavrar autos de apreensão de


produtos de infração ambiental, para encaminhamento ao órgão ambiental municipal
competente;

IV - Combater incêndios em toda área pertencente ao Município de Jacobina.

§ 1º O Grupamento Ambiental da Guarda Municipal ficará sediado na sede da Guarda


Municipal, e poderá dispor de posto avançado nas áreas que mais necessitam de proteção
ambiental, na forma que vier a ser regulamentada.

Parágrafo único. Quando solicitado por outro município o grupamento ambiental poderá
ser deslocado, desde quando autorizado pelo Chefe do Poder Executivo e não afetar a
segurança do município pertencente. As despesas ocorrerão por conta do município
solicitante.

Art. 131. O integrante do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal permanecerá


subordinado ao Comando da Guarda, e a legislação específica da Guarda Civil Municipal.

Art. 132. O Guarda Municipal integrante do Grupamento Ambiental, terá sua gratificação
definida, pelo chefe do Executivo.

Art. 133. O Guarda Municipal integrante do Grupamento Ambiental, cumprirá uma escala
especial de serviço a ser determinada pelo Comandante da Guarda Municipal, sem implicar no
seu horário normal de serviço e ficará à disposição mesmo estando em sua folga a qualquer
chamado de emergência. Só podendo sair da cidade com autorização do Comando.

TÍTULO IV
DA PROTEÇÃO AMBIENTAL

CAPÍTULO I
DA FLORA

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 134.

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Art. 134.É proibido, no âmbito municipal cortar vegetação de porte arbustivo e arbóreo, sem
autorização do órgão municipal de meio ambiente, impedir ou dificultar a regeneração natural
de vegetação de áreas de preservação permanente.

§ 1º Qualquer parcela das matas remanescentes poderá ser declarada tombada e


declarada imune de corte ou supressão, mediante ATO do Poder Executivo.

§ 2º A declaração de imunidade de exemplar em área de propriedade pública ou particular


poderá ser solicitada por qualquer interessado.

§ 3º O Município deverá promover a reconstituição da cobertura vegetal dos morros e das


matas ciliares do seu sistema hidrográfico local.

§ 4º Para receber, transportar ou adquirir madeira, lenha, carvão ou outro produto de


origem vegetal deverá o transportador ou adquirente exigir do vendedor a devida licença
outorgada pela autoridade competente, e munir-se de via que deverá acompanhar o produto
até o final beneficiamento.

CAPÍTULO II
DA ARBORIZAÇÃO

Seção I
Do Plantio do árvores

Art. 135. Fica estabelecido que as vias públicas urbanas deverão ser arborizadas com
espaçamento que permita o mínimo de 10 (dez) árvores por cada 100 (cem) metros de
calçada, desde que tecnicamente recomendado.

Art. 136.As árvores existentes nas áreas públicas poderão ser gradativa mente substituídas
quando estiverem deformadas ou enfraquecidas por doenças, ataques de pragas, podas
sucessivas ou acidentes, quando atestado por Laudo Técnico.

Art. 137.Obriga-se o Executivo Municipal ao plantio de árvores nos passeios de acordo com
estudos técnicos.

Parágrafo único. A espécie arbórea a ser plantada deve ser escolhida dentro das
espécies mais representativas da flora regional, oferecendo condições biológicas de abrigo e
alimentação á fauna.

Art. 138. Para os estacionamentos públicos, fica obrigado o plantio de uma árvore para cada
3 (três) vagas.

Seção II
Da Supressão, Corte ou Poda de árvores

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Art. 139.Qualquer árvore ou grupo de árvores poderá ser declarada imune ao corte, mediante
ATO do Poder Executivo, quando motivada pela sua localização, raridade, beleza, condição
de porte ou em via de extinção na região.

Art. 140.A supressão, o corte e a poda de árvores, ficam sujeitas a autorização, previamente
do órgão ambiental competente, em conformidade com o procedimento abaixo:

I - vistoria realizado pelo técnico a árvore a que se refere a solicitação; fazer o registro
fotográfico e avaliar a real necessidade da supressão, corte ou poda.

Art. 141.A supressão e o transplante de árvores ou Intervenção em raízes em logradouros


públicos só serão autorizados mediante Laudo Técnico, emitido pelo órgão ambiental
competente, nas seguintes circunstâncias:

I - quando o estado fitossanitário justificar a prática;

II - quando a árvore ou parte dela apresentar risco iminente de queda;

III - nos casos em que a árvore esteja causando comprovados danos ao patrimônio
público ou privado;

IV - quando o plantio irregular ou a propagação espontânea das espécies


impossibilitarem o desenvolvimento adequado das árvores vizinhas;

V - quando se tratar de espécies cuja propagação tenha efeitos prejudiciais para a


arborização urbana;

VI - causar dano relevante, efetivo ou iminente, a edificação cuja reparação se torna


Impossível sem a supressão da vegetação;

VII - apresentar risco iminente à integridade física do requerente ou de terceiros;

VIII - causar obstrução incontornável à realização de obra de interesse público;

Art. 142. O transplante, a supressão de árvores ou a intervenção em raízes, em áreas


públicas e privadas, e a poda em logradouros públicos, serão realizados mediante autorização
por escrito do órgão municipal responsável pela arborização urbana e será permitida somente
a:

I - funcionários do órgão municipal responsável pela arborização urbana;

II - funcionários de empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos.

§ 1º O munícipe, ao solicitar a supressão de espécimes arbóreos, deverá apresentar


comprovante de propriedade de imóvel ou, quando não possuir tal condição, comprovante de

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residência, acompanhado de autorização do proprietário.

§ 2º O solicitante deve juntar planta ou croqui da localização das árvores, objeto da


solicitação.

§ 3º O interessado será comunicado do deferimento ou indeferimento da solicitação de


supressão, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de seu protocolo.

§ 4º O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CONDEMA poderá ser


consultado acerca da supressão e espécimes arbóreos, nos casos em que o órgão ambiental
competente julgar necessário, sendo a referido órgão responsável por encaminhar as
solicitações ao CONDEMA, que terá prazo de 30 (trinta) dias para responder, contados da
data do recebimento da referida solicitação.

§ 5º A supressão em áreas de preservação permanente, sujeitas ao regime do Código


Florestal, dependerá de prévia autorização das autoridades federais e estaduais, na forma do
art. 3º da LEI Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 e suas alterações.

§ 6º As árvores suprimidas em área de domínio público deverão ser repostas, no prazo


máximo de 30 (trinta) dias, contados da data de sua supressão, constante do documento que a
autorizou, atendendo aos dispositivos constantes da presente LEI e das normas técnicas.

§ 7º Não havendo espaço adequado no mesmo local, o replantio será feito em área a ser
indicada pelo órgão ambiental competente, localizada no mesmo bairro onde ocorreu a
supressão, de forma a manter a densidade arbórea daquela localidade.

§ 8º A supressão solicitada pelo munícipe, quando aprovada e realizada por equipe a


serviço da Prefeitura ou por ela autorizada, será custeada pelo mesmo, bem como os custos
de reposição do espécime, de acordo com esta LEI.

Parágrafo único. O plantio realizado de forma inadequada sem a observância do que


dispõe este artigo, implicará na substituição da espécie plantada, devendo o munícipe arcar
com os custos decorrentes dos serviços.

Art. 143. Concedida a autorização para a supressão da árvore, uma vez observadas as
condições técnicas de que traia o artigo anterior, será replantada na mesma propriedade outra
semelhante ou substituída por espécime de semelhante porte quando adulta.

Art. 144. Quando a supressão da árvore tiver por finalidade possibilitar edificação, a
expedição do "habite-se" fica condicionado ao cumprimento das exigências ao que se refere o
artigo anterior.

Art. 145.O responsável pela poda, corte, supressão, não autorizada, morte provocada ou
queima de árvore, de Jurisdição do Município fica sujeito às penalidades previstas nesta LEI.

Art. 146. No caso de reincidência a multa será em árvore abatida e será promovida perante a

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Justiça ação penal correspondente, de acordo com o artigo 26 da LEI Federal Nº 4.771/65, de
15 de setembro de 1965.

Art. 147. Além das penalidades referidas nos artigos anteriores, a retirada, a poda, o corte, a
derrubada não autorizada, a queima ou a morte provocada de árvore, para fim de edificação
implicará na obrigatoriedade de replantio de outra, da mesma espécie, previamente aprovado
pelo órgão competente e no indeferimento de pedido de alvará para construir, ou cassação do
mesmo, caso haja sido concedido, sempre e quando a construção pretendida ocupar o ponto
onde se encontrava a árvore Irregularmente abatida.

Art. 148. É proibida a pintura, colocação de cartazes, anúncios, faixas ou suportes para
instalações de qualquer natureza em árvores situadas em locais públicos, bem como o
despejo ou a aplicação de substâncias nocivas que comprometam o desenvolvimento das
plantas.

Parágrafo único. As decorações festivas serão permitidas, desde que provisórias, e que
não causem nenhum dano às árvores.

Art. 149. A poda de árvores em logradouros públicos só será permitida nas seguintes
condições:

I - para condução, visando sua formação;

II - sob fiação, quando representarem riscos de acidentes ou de interrupção dos sistemas


elétrico, de telefonia ou de outros serviços;

III - para sua limpeza, visando somente a retirada de galhos secos, quebrados ou com
pragas e/ou doenças;

IV - quando os galhos estiverem causando interferências prejudiciais em edificações, na


iluminação ou na sinalização de trânsito nas vias públicas;

V - para recuperação da arquitetura da copa.

CAPÍTULO III
DA FAUNA

Art. 150. Os animais de quaisquer espécies, constituindo a fauna silvestre, nativa ou


adaptada, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, em qualquer fase de seu
desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, estão sob a proteção do Poder
Público, sendo proibida a sua perseguição, destruição, caça ou apanha.

Art. 151. A instalação de criadouros artificiais somente poderá ser permitida mediante
autorização do órgão municipal do meio ambiente, se destinados à:

I - procriação de espécies da fauna ameaçadas de extinção;

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II - execução de projetos de pesquisa científica;

III - reprodução ou cultivo, com fins comerciais, de espécies cuja viabilidade econômica já
se ache cientificamente comprovada;

IV - criação amadora de aves que não estejam em extinção.

A realização de pesquisa científica, o estudo e a coleta de material biológico, nos


Art. 152.
Parques Municipais e no Sistema de Áreas Verdes e demais áreas especialmente protegidas
dependerá de prévia autorização do órgão municipal de meio ambiente.

Art. 153. Os animais em cativeiro em Parques Municipais, em áreas verdes ou propriedades


privadas deverão ter adequadas condições de alimentação, abrigo e demais fatores
necessários à sua saúde e bem-estar e estarão sujeitas ao licenciamento ambiental, controle
e fiscalização municipal.

Art. 154.A autorização para a manutenção de animais silvestres exóticos potencialmente em


estado feroz quer seja cativeiro, domiciliar ou em trânsito, só será concedido mediante o
cumprimento das normas vigentes quanto ao alojamento, alimentação e cuidados com a
saúde e bem-estar desses animais.

Art. 155. A licença ambiental e as autorizações ambientais de empreendimentos, obras ou


atividades, com áreas sujeitas a supressão de vegetação e/ou alagamento deverão contar
com estudos sobre a fauna e incorporar a análise do plano de resgate da fauna.

§ 1º Os estudos a que se refere o caput deste artigo serão apresentados pelo requerente
e analisados pelo órgão ambiental municipal competente, que estabelecerá os condicionantes
relacionados ao resgate ou afugentamento da fauna.

§ 2º O Plano de Resgate de Fauna poderá ser dispensado, a critério do órgão ambiental


municipal competente, quando a (texto ilegível) objeto do requerimento apresentar alto grau
de antropismo.

Art. 156. Dentre as ações a serem desenvolvidas pelo empreendedor, no sentido de


garantirem o adequado manejo da fauna silvestre, deverão estar previstos os locais de
recepção dos animais silvestres e a sua manutenção, enquanto perdurar o processo de
reintegração ao seu habitat, (texto ilegível) os custos por sua conta.

Art. 157. É proibido o comércio, sob quaisquer formas, de espécimes da fauna silvestre.

Art. 158. Fica proibido pescar:

I - nos cursos d`água nos períodos em que ocorrem fenômenos migratórios para
reprodução ou de defesa;

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II - mediante a utilização de:

a) explosivos ou de substâncias que, em contato com a água, produzam efeitos


semelhantes;
b) substâncias tóxicas;
c) aparelhos, petrechos, técnicos e métodos que comprometam o equilíbrio das espécies.

§ 1º Ficam excluídas da proibição deste artigo, os pescados artesanais e amadores que


utilizem para o exercício da pesca, (texto ilegível) de mão ou vara e anzol.

§ 2º É vedado o transporte, a comercialização, o beneficiamento e a industrialização de


espécimes provenientes da pesca proibida.

CAPÍTULO IV
DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL

Art. 159.Constituem o Patrimônio Histórico-Arquitetônico Municipal, independentemente de


seu tombamento pelas leis federais ou estaduais:

I - A Igreja da Missão, na praça e bairro de mesmo nome, também conhecida como a


Capela do Bom Jesus da Glória, construída em 1705, durante a campanha de catequização
dos índios Payayás;

II - A Igreja da Conceição, padroeira da Cidade, próxima à praça Rio Branco, construída


em 1759;

III - A Igreja da Matriz de Santo Antonio (século XIX), na praça da Matriz, construída em
meados do século XIX;

IV - A Casa Paroquial de Jacobina, rua Prof. Tavares, próxima à Igreja da Matriz,


construída no final do século XIX;

V - A Casa de Dona Virgiliana Velloso, na esquina das Praças Castro Alves e Rui
Barbosa;

VI - A Casa Veloso, na Praça Castro Alves, datando do início do século XIX e os


sobrados e casarios antigos do Centro Tradicional de Jacobina.

Art. 160.Integram também o Patrimônio paleontológico, Histórico-Arquitetônico Municipal os


seguintes monumentos, situados em áreas externas ao perímetro urbano.

I - A Igreja São Miguel das Figura, Localidade de Figuras;

II - A Capela São Vicente, em Caatinga do Moura;

III - A Igreja Santa Rosa de Lima, em Paraíso;

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IV - A Casa do Sr. Marcelino, em Paraíso;

V - A Casa de Fazenda Medeiros, em Itaitu;

VI - A Igreja de São João, na Vila de (texto ilegível);

VII - Pinturas rupestres;

VIII - Grutas;

IX - Áreas de dunas;

X - Ruínas da Igreja do Brejo (Estrada de Itaitu);

XI - Serra do Cruzeiro.

CAPÍTULO V
DOS RECURSOS HÍDRICOS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 161. Os efluentes lançados, direta ou indiretamente, nos corpos d`água, deverão
obedecer às normas, critérios e padrões estabelecidos pela legislação vigente ou em ATO do
Poder Executivo.

§ 1º É proibido o lançamento de efluentes poluidores em vias públicas, galerias de águas


pluviais ou valas precárias.

§ 2º Os efeitos do lançamento de efluentes nos corpos d`água receptores não lhes


poderá conferir características que modifiquem os níveis de qualidade estabelecidos para a
respectiva classe de enquadramento.

Art. 162. A aprovação, por parte do Poder Executivo, de edificações e empreendimentos que
utilizem águas subterrâneas, fica vinculada à apresentação da autorização administrativa
expedida pelo órgão competente.

Art. 163. O Município poderá celebrar convênio com órgão ou ente público para o
gerenciamento dos recursos hídricos de interesse local.

Parágrafo único. As atribuições e gerenciamento de que trata este artigo incluem as


atividades de uso, proteção e conservação dos corpos d`água de interesse local.

Art. 164. No caso de situações emergenciais, o Poder Executivo poderá limitar ou proibir,

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temporariamente, em regiões do Município, o uso da água ou lançamento de efluentes nos


cursos de água.

Parágrafo único. A proibição ou limitação prevista neste artigo será sempre pelo tempo
mínimo tecnicamente necessário à RESOLUÇÃO da situação emergencial.

Art. 165. O Poder Executivo fará por DECRETO, respeitando-se as leis em vigor, limitações
administrativas específicas para execução de obras ou para instalação de

atividades nas margens de rios, córregos, lagos, represas e galerias, visando proteger as
águas e evitar enchentes.

§ 1º Os processos de licenciamento para construção nos locais previstos neste artigo,


deferidos ou em andamento, poderão ser avocados pelo Poder Executivo, que poderá fazer
novas exigências ao projeto.

§ 2º Os atos administrativos de que trata o parágrafo anterior deverão ser, sempre,


precedidos de justificativa fundamentada.

Art. 166. As águas subterrâneas e superficiais deverão ser protegidas da deposição de


resíduos sólidos em projeto de aterro sanitário.

Art. 167. O controle de qualidade do aquífero será executado conforme os padrões de


potabilidade estabelecidos pelas leis vigentes.

Parágrafo único. As ações corretivas deverão assegurar que a contaminação da água


subterrânea seja detida anteriormente ao comprometimento da saúde pública e o meio
ambiente.

Seção II
Serviços de água e Esgoto

Art. 168. Os lançamentos finais dos sistemas públicos e particulares de coleta de esgotos
sanitários deverão ser precedidos de tratamento primário completo, na forma das normas
vigentes.

§ 1º Para efeitos deste artigo consideram-se corpos hídricos receptores todas as águas
que em seu estado natural, são utilizadas para o lançamento de esgotos sanitários.

§ 2º Fica excluído da obrigação definida neste artigo o lançamento de esgotos sanitários


em águas de lagoas de estabilização especialmente reservadas para este fim.

§ 3º O lançamento de esgotos em lagos, lagoas, lagunas e reservatórios deverá ser


precedido de tratamento adequado.

Art. 169.

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Art. 169.As edificações somente serão licenciadas se comprovada à existência de redes de


esgoto sanitário e de estação de tratamento capacitadas para o atendimento das
necessidades de esgotamento sanitário a serem criadas pelas mesmas.

§ 1º Caso inexista o sistema de esgotamento sanitário, caberá ao incorporador prover


toda a infraestrutura necessária, incluindo o tratamento dos esgotos e à empresa
concessionária a responsabilidade pela operação e manutenção da rede e das instalações do
sistema.

§ 2º Em qualquer empreendimento ou atividades em áreas rurais e área urbana onde não


houver rede de esgoto, será permitido o tratamento com dispositivos individuais, desde que
comprovada sua eficiência através de estudos específicos utilizando-se o subsolo como corpo
receptor, desde que afastados do lençol freático e obedecido os critérios estabelecidos na
norma da ABNT 7229, que trata da construção e instalação de fossas sépticas e disposição
dos efluentes finais.

Art. 170.Os órgãos públicos em todas suas esferas deverão garantir condições que impeçam
a contaminação da água potável na rede de distribuição e realizará análise e pesquisa sobre a
qualidade de abastecimento de água.

Art. 171. A Prefeitura manterá público o registro permanente de informações sobre a


qualidade da água dos sistemas de abastecimento, obtidos da empresa concessionária deste
serviço e dos demais corpos de água utilizados, onde não se disponha do Sistema Público de
Abastecimento.

Art. 172.É obrigatória a ligação de toda construção considerada habitável a rede pública de
abastecimento de d`água e aos coletores públicos de esgoto, onde estes existirem.

Parágrafo único. Quando não existir rede pública de abastecimento de água ou coletora
de esgoto, a autoridade sanitária competente indicará as medidas adequadas a serem
executadas que ficarão sujeitas à aprovação do CONDEMA, sem prejuízo das de outros
órgãos, que fiscalizará a sua execução e manutenção, sendo vedado o lançamento de
esgotos "in natura" a céu aberto ou na rede de águas pluviais.

Art. 173.Fica vedada a implantação de sistemas de coleta conjunta, de águas pluviais e


esgotos domésticos ou industriais.

As atividades poluidoras deverão dispor de bacias de contenção para as águas de


Art. 174.
drenagem, na forma das normas vigentes.

TÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE PREVENTIVO E CORRETIVO

CAPÍTULO I
DAS NORMAS, DIRETRIZES E PADRÕES DE EMISSÃO E DE QUALIDADE AMBIENTAL

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Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 175. Os responsáveis pelos empreendimentos e atividades instalados ou que venham a


se instalar no Município independentemente de dolo ou culpa, respondem pelos danos
causados ao meio ambiente pelo acondicionamento, estocagem, transporte e disposição final
de produtos, subprodutos e resíduos, bem como pelo tratamento destes últimos, mesmo após
sua transferência a terceiros.

§ 1º A responsabilidade do gerador não exime a do transportador e a do receptor do


resíduo pelos incidentes ocorridos durante o transporte ou em suas instalações, que causem
degradação ambiental.

§ 2º Desde que devidamente aprovada pelo órgão ambiental municipal competente, à


utilização de resíduos por terceiros, como matéria-prima ou insumo, fará cessar a
responsabilidade do gerador.

Art. 176. Os responsáveis pela degradação ambiental ficam obrigados a recuperar as áreas
afetadas, sem prejuízo de outras responsabilidades administrativas legalmente estabelecidas,
através da adoção medidas que visem à recuperação do solo, da vegetação ou das águas e a
redução dos riscos ambientais para que se possa dar nova destinação a área.

Parágrafo único. As medidas de que trata este artigo deverão estar consubstanciadas em
um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD a ser submetido à aprovação da
autoridade ambiental competente.

Art. 177.São considerados responsáveis solidários pela prevenção e recuperação de uma


área degradada:

I - o causador da degradação e seus sucessores;

II - o adquirente, o proprietário ou possuidor da área ou do empreendimento;

III - os que aufiram benefícios econômicos, diretos ou indiretos, decorrentes da atividade


causadora da degradação ambiental ou contribuam para sua ocorrência ou agravamento.

Parágrafo único. Consideram-se como áreas degradadas, entre outras:

a) as que tiveram suas características naturais alteradas pela poluição causada por
derrame de produtos químicos;
b) as que não foram devidamente recuperadas após sofrerem exploração mineral;
c) as que foram desmatadas sem prévia autorização;
d) as que sofreram erosão em consequência de atividade antrópica;
e) as Áreas de Preservação Permanente ocupadas de forma irregular;
f) as que tiveram suas características naturais alteradas por poluição causada por

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disposição irregular de (texto ilegível).

Art. 178. Ficam proibidos o lançamento, a liberação e a disposição de poluentes no ar, no


solo, no subsolo, nas águas superficiais ou subterrâneas, em desconformidade com normas e
padrões estabelecidos, bem como qualquer outra forma de degradação decorrente da
utilização dos recursos ambientais.

§ 1º Os empreendimentos e atividades com potencial de causar degradação ambiental


ficam obrigados a possuir equipamentos ou sistemas de controle ambiental e a adotar
medidas de segurança para evitar riscos ou efetiva degradação ambiental, e outros efeitos
indesejáveis ao bem-estar dos trabalhadores e da comunidade, bem como apresentar ao
órgão ambiental competente, quando exigidos, planos de controle e de gerenciamento de
risco.

§ 2º Os responsáveis pelas fontes degradadoras deverão fornecer ao órgão ambiental


municipal competente, quando exigido, informações sobre suas atividades e sistemas de
produção, acompanhadas dos estudos e documentos técnicos.

Art. 179.Aqueles que manuseiam, estocam, processam ou produzem substâncias tóxicas ou


inflamáveis, em quantidades e com características a serem definidas pelo órgão ambiental
municipal competente, deverão avaliar o risco que as emissões acidentais destas substâncias
representam para as comunidades vizinhas, utilizando técnicas quantitativas de análise de
risco, considerando cenários de pior caso e/ou cenários alternativos, e apresentar ao órgão
ambiental um plano de gerenciamento de risco e minimização das consequências destas
emissões.

Art. 180. Em caso de derramamento, vazamento ou deposição acidental de produtos,


subprodutos, matérias-primas, (texto ilegível) ou resíduos sobre o solo, em cursos d`água ou
na atmosfera, causando risco ou (texto ilegível) ao meio ambiente, o órgão ambiental
municipal competente deverá ser comunicado de imediato.

§ 1º O fabricante, transportador, importador, expedidor ou destinatário dos materiais,


produtos, substâncias ou resíduos envolvidos na ocorrência deve fornecer informações tais
como: composição, periculosidade, procedimentos de remediação, recolhimento, disposição
do material perigoso, efeitos sobre a saúde humana, a flora e a fauna, antídotos e outras que
se façam necessárias.

§ 2º Cabe ao fabricante, transportador, importador, expedidor ou destinatário dos


materiais, produtos, substâncias ou resíduos envolvidos na ocorrência adotar todas as
medidas necessárias para o controle da situação, com vistas a minimizar os danos à saúde
pública e ao meio ambiente, incluindo as ações de contenção, recolhimento, remediação,
tratamento e disposição de resíduos, bem como para a recuperação das áreas impactadas, de
acordo com as condições e procedimentos estabelecidos pelo órgão ambiental municipal
competente.

§ 3º O responsável pelo material derramado, vazado, lançado ou deposto acidentalmente

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deverá fornecer ao órgão ambiental municipal competente, no prazo máximo de 48 (quarenta


e oito) horas, relatório preliminar com estimativa qualiquantitativa do material, bem como as
providências tomadas para apuração, solução e minimização do impacto causado.

§ 4º Nos 15 (quinze) dias seguintes a comunicação prevista no caput deste artigo, o


responsável deverá apresentar ao órgão ambiental municipal competente relatório conclusivo
da ocorrência, relacionando causas, quantidades, extensão do dano e providências adotadas.

§ 5º As operações de limpeza e restauração de áreas e bens atingidos, de desintoxicação


quando necessário e de destino final dos resíduos gerados deverão atender aos requisitos do
órgão ambiental municipal competente.

§ 6º Se, por motivo de incapacidade técnica ou operacional, o responsável não tomar as


medidas adequadas para a proteção dos seres vivos e do meio ambiente, ficará obrigado a
ressarcir a entidade que o fizer.

§ 7º O ressarcimento das despesas envolvidas na adoção das medidas citadas não


eximirá o responsável das sanções previstas neste Código.

Art. 181. A transferência de resíduos perigosos para outro Estado só poderá ser feita
mediante prévia autorização do (texto ilegível) e do órgão ambiental do Estado de destino.

Art. 182. O órgão ambiental municipal competente determinará a adoção de medidas


emergenciais visando a redução ou à paralisação das atividades degradadoras, após prévia
comunicação ao empreendedor, na hipótese de grave e iminente risco a saúde, a segurança
da população e ao meio ambiente.

Art. 183. Com vistas a garantir a observância das normas e padrões ambientais, o órgão
ambiental municipal competente poderá determinar aos responsáveis por fonte degradadora
medidas de prevenção, controle e recuperação do meio ambiente, tais como:

I - gerenciamento de riscos à saúde pública e ao meio ambiente;

II - determinação de alteração dos processos de produção de insumos e matérias-primas


utilizados:

III - monitoramento das fontes de poluição, com base em plano previamente aprovado
pelo órgão ambiental municipal competente, no qual deverá constar a frequência de
amostragens, os parâmetros a serem analisados e a periodicidade da entrega de relatórios;

IV - caracterização qualitativa e quantitativa dos poluentes emitidos para o ambiente -


água, ar e solo - através de monitoramento, medições, balanço de massa, inventário de
emissões ou qualquer outro (texto ilegível) aprovado pelo órgão ambiental municipal
competente;

V - instalação de equipamentos (texto ilegível) de medição, com registradores e

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aparelhos fixos de medição de vazão, tantas quantas forem as saídas existentes para
efluentes ou emissões;

VI - instalação de equipamentos (texto ilegível) a utilização de técnicas, capazes de


reduzir a emissão de agentes químicos e (texto ilegível) dotados de dispositivos para seu
monitoramento;

VII - comunicação prévia, para fins de fiscalização, das datas programadas para paradas
de manutenção;

VIII - fornecimento de quaisquer informações relacionadas com a poluição ou degradação


e dos procedimentos operacionais de manutenção, de segurança e de outros dados que julgar
necessários.

Art. 184. O monitoramento de atividades, processos e obras que causem ou possam causar
impactos ambientais será realizado por todos os meios e formas admitidos em LEI e tem por
objetivos:

I - aferir o atendimento aos padrões de emissão e aos padrões de qualidade ambiental


estabelecidos para a região em que se localize o empreendimento;

II - avaliar os efeitos de políticas, planos, programas e projetos da gestão ambiental e de


desenvolvimento econômico e social;

III - acompanhar o estágio populacional de espécies da flora e fauna, especialmente as


ameaçadas de extinção;

IV - subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou


episódios críticos de poluição.

Toda fonte sujeita a automonitoramento deverá enviar o órgão ambiental municipal


Art. 185.
competente, mensalmente, a não ser que uma frequência diferente seja estabelecida na
competente licença, o relatório de automonitoramento, devendo ser feita uma autoavaliação do
cumprimento do padrão ou condições estabelecidas.

Parágrafo único. Os dados de automonitoramento deverão ser inseridos em sistema


informatizado específico, conforme procedimentos estabelecidos pelo órgão ambiental
municipal competente.

Art. 186.O automonitoramento será de responsabilidade técnica e financeira do interessado,


tendo por objetivos os mesmos relacionados no art. 184.

Parágrafo único. O interessado será responsável, sob pena da LEI, pela veracidade das
informações e pela comunicação ao Poder Público de condições, temporárias ou não, lesivas
ao meio ambiente, devendo apresentar periodicamente o relatório de automonitoramento,
quando o Poder Executivo o solicitar.

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Os equipamentos e outros meios adotados para controle de emissões deverão ser


Art. 187.
adequadamente operados e (texto ilegível) interrupção, devendo ser prevista a sua necessária
manutenção, em períodos tais que resultem em ocorrências danosas ao meio ambiente.

Art. 188.É vedada a ligação de (texto ilegível) ou o lançamento de efluentes a rede pública de
águas pluviais.

§ 1º Nos logradouros com rede coletora instalada, é obrigatória a ligação dos efluentes
sanitários, de qualquer natureza, (texto ilegível) de esgotamento sanitário.

§ 2º No caso de descumprimento previsto neste artigo, o órgão ambiental municipal


competente deverá aplicar as penalidades administrativas cabíveis, conforme a Infração
praticada, e notificar o fato à concessionária do serviço de saneamento.

Seção II
Do Solo

Art. 189. A execução de obras de construção de barragens, estradas, pontes, caminhos,


canais de escoamento e irrigação, bem como quaisquer outras a serem realizadas em
terrenos erodidos e/ou sujeitos a (texto ilegível) e/ou que movimentem volume de material
igual ou superior a mil metros cúbicos (1000 m³) ficam sujeitos à licença ambiental, sujeitando-
se a apresentação de um Plano de Recuperação da Área Degradada - PRAD acompanhado
da devida ART (anotação de responsabilidade técnica) do responsável técnico.

Art. 190. Os projetos de parcelamento de solo para fins de loteamento deverão obedecer a
critérios de ordem técnica para prevenir a instalação de processos erosivos, devendo
apresentar, quando do requerimento da licença ambiental, projeto firmado por profissional
competente acompanhado da devida ART.

Art. 191.O parcelamento do solo, em áreas com declividades originais a 15%, somente será
admitido em caráter excepcional. O empreendedor deverá atender as exigências específicas,
que comprovem:

I - inexistência de prejuízo ao meio físico paisagístico da área externa à gleba, em


especial no que se refere à erosão do solo e assoreamento dos corpos d`água, durante a
execução das obras relativas ao planejamento, e após a conclusão;

II - proteção contra erosão dos terrenos submetidos a obras de terraplanagem;

III - condições para a implantação de edificações nos lotes submetidos à movimentação


de terra;

IV - medidas de prevenção contra (texto ilegível), nos espaços destinados às áreas


verdes e nos de uso institucional;

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V - adoção de providências necessárias para o armazenamento e posterior reposição da


camada superficial do solo, (texto ilegível) de terraplanagem;

VI - execução do plantio da vegetação apropriada às condições locais.

Parágrafo único. O sistema viário, nos loteamentos em áreas de encostas, deverá ser
ajustado a conformação natural do terreno, de forma a reduzir ao máximo o movimento de
terra e a assegurar-se a proteção adequada às áreas vulneráveis.

Seção III
Contaminação do Solo e Subsolo

Art. 192.O solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para destinação de substâncias
de qualquer natureza, cm estado sólido, líquido, pastoso ou gasoso, desde que sua disposição
seja baseada em normas técnicas oficiais e padrões estabelecidos em legislação pertinente e
de acordo com o projeto aprovado pelo órgão competente.

Art. 193. Sem prejuízo do disposto em LEI, poderá o Poder Executivo definir as áreas
propícias para o tratamento e disposição dos resíduos sólidos.

Art. 194. O Poder Executivo responsabilizará e cobrará os custos da execução de medidas


mitigadoras para se evitar ou corrigir a poluição ambiental decorrente do derramamento,
vazamento, disposição de forma irregular ou acidental:

I - do transportador, no caso de incidentes poluidores ocorridos durante o transporte,


respondendo solidária e subsidiariamente o gerador;

II - do gerador, nos acidentes ocorridos em suas instalações;

III - do proprietário das instalações de armazenamento, tratamento e disposição final,


quando o derramamento, vazamento ou disposição irregular ou acidental, ocorrer no local de
armazenamento, tratamento e (texto ilegível).

Seção IV
Dos Resíduos Sólidos

Art. 195. A gestão de resíduos (texto ilegível) se orientará pelas seguintes diretrizes:

I - prioritariamente a não geração, minimização, reutilização e reciclagem, buscando-se


avançar no sentido de alterar padrões de produção e de consumo e utilização de tecnologias
mais limpas;

II - desenvolvimento de programa de gerenciamento integrado de resíduos sólidos;

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III - uso de embalagens retornáveis e sua reutilização;

IV - desenvolvimento de técnicas mais limpas para a reutilização, reciclagem, tratamento


e disposição final dos resíduos;

V - estabelecimento de parcerias objetivando otimizar a gestão dos resíduos sólidos;

VI - desenvolvimento de programas de capacitação técnica na área de gerenciamento de


resíduos sólidos;

VII - promoção de campanhas educativas e informativas junto à sociedade sobre a


gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos e sobre os efeitos na saúde e no meio
ambiente dos processos de produção e de eliminação de resíduos;

VIII - incentivo à criação de novos mercados e a ampliação dos já existentes para os


produtos reciclados;

IX - articulação institucional entre os gestores visando a cooperação técnica e financeira,


especialmente nas áreas do saneamento, meio ambiente e saúde pública.

Art. 196. Nos termos desta (texto ilegível) os resíduos sólidos obedecerão à seguinte
classificação:

I - Quanto á categoria:

a) resíduos urbanos: provenientes de residências ou qualquer outra atividade que gere


resíduos com características domiciliares, bem como dos estabelecimentos comerciais e
prestadores de serviços, da varrição e da limpeza de vias, logradouros públicos e (texto
ilegível) de drenagem urbana, entulhos da construção civil e similares;
b) resíduos industriais: provenientes de atividades de pesquisa e produção de bens,
assim como os provenientes das atividades de mineração e aqueles gerados em áreas de
utilidades e manutenção dos estabelecimentos industriais;
c) resíduos de serviços (texto ilegível): provenientes de qualquer estabelecimento que
execute atividades de (texto ilegível) médico-assistencial às populações humana ou animais,
centros de (texto ilegível) desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e
saúde (texto ilegível) os medicamentos vencidos ou deteriorados;
d) resíduos de atividade (texto ilegível) provenientes da atividade agrosilvopastoril,
inclusive os resíduos dos insumos (texto ilegível) nestas atividades;
e) resíduos de serviços do transporte: decorrentes da atividade de transporte e os
provenientes de (texto ilegível), terminais rodoviários, ferroviários, portuários, postos de
fronteira (texto ilegível)

II - Quanto à natureza:

a) resíduos classe (texto ilegível) são aqueles que, em função de suas características de

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(texto ilegível), corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, apresentando riscos à


saúde ou ao meio ambiente;
b) resíduos classe (texto ilegível) (texto ilegível) inertes: são aqueles que podem
apresentar características de (texto ilegível), biodegradabilidade ou solubilidade,
compossibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas
classificações de resíduos classe I - perigosos ou classe II B - inertes;
c) resíduos classe (texto ilegível) são aqueles que, por suas características intrínsecas,
não (texto ilegível) à saúde e que não apresentam constituintes solúveis em água (texto
ilegível) superiores aos padrões de potabilidade.

Parágrafo único. A determinação da classe dos resíduos, segundo a sua natureza,


deverá ser feita conforme norma estabelecida pelo organismo normatizador competente.

Art. 197. São proibidas as seguintes formas de destinação final de resíduos sólidos:

I - lançamento "in natura" a (texto ilegível) tanto em áreas urbanas como rurais;

II - queima a céu aberto ou em (texto ilegível) instalações ou equipamentos não


adequados;

III - lançamento em cursos d`água, lagoas, poços e cacimbas, mesmo que abandonadas,
e em áreas sujeitas a inundação;

IV - lançamento em poços (texto ilegível) de redes de drenagem de águas pluviais,


esgotos, eletricidade e telefone, bueiros e semelhantes;

V - infiltração no solo sem prévia (texto ilegível) do órgão ambiental municipal


competente;

VI - emprego de resíduos sólidos perigosos como matéria-prima e fonte de energia, bem


como a sua incorporação em (texto ilegível) substâncias ou produtos, sem prévia aprovação
do órgão ambiental municipal competente;

VII - utilização de resíduos sólidos "in natura" para alimentação de animais.

Parágrafo único. Em caso de (texto ilegível) sanitária, a queima de resíduos sólidos a céu
aberto poderá ser realizada (texto ilegível) precedida de autorização expedida pelo órgão
ambiental municipal competente e pelo órgão de saúde competente.

Art. 198. O órgão ambiental municipal competente, nos casos em que se fizer necessário,
exigirá dos geradores de resíduos ou, quando for o caso, dos receptores:

I - a execução de monitoramento (texto ilegível) das águas superficiais e subterrâneas


nas áreas de armazenamento, (texto ilegível) transferência e disposição de resíduos e seu
entorno;

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II - a quantificação, caracterização e classificação dos resíduos;

III - a suspensão da (texto ilegível) resíduos em locais não autorizados para o seu
recebimento ou que não (texto ilegível) às exigências ambientais e/ou sua remoção e
transferência para locais aprovados;

IV - a recuperação das áreas degradadas por substâncias, produtos ou resíduos de


qualquer natureza.

Art. 199.As empresas (texto ilegível) que venham a se instalar no Município são responsáveis
pelo acondicionamento, estocagem, transferência, tratamento e disposição final de seus
resíduos, respondendo pelos danos que estes causem ou possam causar ao meio ambiente.

§ 1º A responsabilidade do gerador não exime a do transportador e do receptor do


resíduo pelos incidentes que causem degradação ambiental ocorridos, respectivamente,
durante o transporte ou em suas instalações.

§ 2º A responsabilidade (texto ilegível) do gerador pelos incidentes ocorridos durante o


transporte ou nas instalações (texto ilegível), recuperação, reciclagem ou disposição dos
resíduos somente cessará (texto ilegível) em que a transferência dos resíduos, àqueles
terceiros, tenha sido previamente autorizada pelo órgão ambiental municipal competente e
realizada na forma e condições pré-estabelecidas.

§ 3º O gerador do resíduo derramado, vazado ou descarregado acidentalmente, deverá


fornecer ao órgão ambiental municipal competente todas as informações relativas à
composição, classificação e periculosidade do referido material, bem como adotar os
procedimentos para a (texto ilegível) de vazamentos, de desintoxicação e de
descontaminação, quando (texto ilegível).

Art. 200. Os usuários de produtos que resultem em resíduos que necessitem de


procedimentos especiais (texto ilegível) sua devolução, conforme instrução contida na
embalagem dos produtos adquiridos.

Art. 201. Os geradores de (texto ilegível), seus sucessores ou os atuais proprietários serão
responsáveis pela (texto ilegível) áreas degradadas ou contaminadas pelos resíduos, bem
como (texto ilegível) da desativação da fonte geradora, em conformidade com as (texto
ilegível), estabelecidas pelo órgão ambiental municipal competente.

Art. 202. O transportador de (texto ilegível) sólidos será responsável pelo transporte em
condições que garantam (texto ilegível) pessoal envolvido, a preservação ambiental e a saúde
pública, bem como pelo (texto ilegível) da legislação pertinente.

Art. 203. Os transportadores (texto ilegível) sólidos ficarão sujeitos ao cumprimento das
seguintes exigências:

I - utilizar equipamentos adequados ao transporte dos resíduos;

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II - somente transportar (texto ilegível) perigosos autorizados pelo órgão ambiental


municipal competente;

III - somente transportar resíduos para locais devidamente licenciados pelo órgão
ambiental municipal competente (texto ilegível);

IV - transportar os resíduos sólidos somente se devidamente acondicionados e, no caso


de resíduos perigosos, se estiverem (texto ilegível) e acompanhados das respectivas fichas e
envelopes de emergência fornecidos pelos geradores;

V - verificar, junto aos órgãos de trânsito do Município e do Estado as rotas preferenciais


por onde a carga de resíduos perigosos deva passar e, caso solicitado, informar ao órgão
ambiental municipal competente (texto ilegível) do transporte;

VI - comunicar imediatamente o órgão ambiental municipal competente, corpo de


bombeiros mais próximo, (texto ilegível) e demais órgãos, todo e qualquer acidente
envolvendo o transporte de resíduos perigosos;

VII - retornar os resíduos ao gerador, no caso de impossibilidade de entrega dos mesmos


à unidade receptora.

Parágrafo único. O transporte de resíduos perigosos deve obedecer à legislação vigente


para transporte de resíduos perigosos e demais regulamentos e normas nacionais e
internacionais pertinentes.

Art. 204.As unidades (texto ilegível) resíduos serão responsáveis por projetar o seu sistema
de acordo com a legislação e normas técnicas pertinentes e por implantar, operar, monitorar e
proceder (texto ilegível) das suas atividades, conforme os projetos previamente licenciados
pelos órgãos ambientais competentes.

Art. 205. O gerador (texto ilegível) seu resíduo às unidades receptoras, desde que
devidamente licenciadas (texto ilegível) específica para o transporte de resíduos perigosos.

Parágrafo único. (texto ilegível) condições estabelecidas no caput deste artigo caberá à
unidade receptora a responsabilidade pela correta e ambientalmente segura gestão do
resíduo recebido.

Art. 206.As fontes geradoras de resíduos sólidos deverão elaborar, quando exigido, o Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), contendo a estratégia geral adotada para o
gerenciamento de resíduos, abrangendo todas as suas etapas, especificando as ações a
serem implementadas com vistas à conservação e recuperação de recursos naturais, de
acordo com as normas pertinentes.

§ 1º O PGRS integrará o processo de licenciamento ambiental e deverá conter a


descrição das ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, no âmbito dos

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estabelecimentos, considerando as características dos resíduos e os programas de controle


na fonte para a (texto ilegível), reutilização e reciclagem dos mesmos, objetivando a
eliminação (texto ilegível) procedimentos incompatíveis com a legislação e normas técnicas
pertinentes.

§ 2º O PGRS deverá contemplar:

I - inventário, conforme (texto ilegível) pelo órgão ambiental municipal competente,


contendo dentre outras (texto ilegível) a origem, classificação, caracterização qualiquantitativa
e frequência de geração dos resíduos, formas de acondicionamento, transporte, tratamento e
disposição final;

II - os procedimentos a serrem adotados na segregação na origem, coleta interna,


armazenamento, reutilização e reciclagem;

III - as ações preventivas (texto ilegível) a serem adotadas objetivando evitar ou reparar
as consequências resultantes de manuseio incorreto ou incidentes poluidores;

IV - designação do responsável (texto ilegível) pelo PGRS;

V - programas de minimização na geração, coleta seletiva e reciclagem.

§ 3º As unidades geradoras ou receptoras de resíduos sólidos deverão ter um


responsável técnico habilitado para o seu gerenciamento.

Art. 207. Para escolha (texto ilegível) à disposição final de resíduos sólidos deve-se
considerar, dentre outras (texto ilegível) requisitos:

I - capacidade de suporte do (texto ilegível) suficiente para preservar a qualidade das


coleções hídricas superficiais e subterrâneas;

II - solução técnica adequada de modo a evitar que se verifique a drenagem de líquidos


poluentes originados dos (texto ilegível) corpos d`água superficiais.

Art. 208. A coleta dos (texto ilegível) deve dar-se de forma preferencialmente seletiva,
devendo o (texto ilegível) (texto ilegível) os resíduos úmidos ou compostáveis dos recicláveis
ou secos.

Art. 209. As unidades geradoras resíduos industriais devem adotar soluções pautadas no
princípio da produção mais limpa, que possibilitem maximizar a não-geração, a minimização, a
reutilização (texto ilegível) dos resíduos.

Art. 210.O emprego de resíduos industriais como adubo, matéria-prima ou fonte de energia,
bem como sua (texto ilegível) materiais, substâncias ou produtos, somente poderá ser feito
mediante, (texto ilegível) do órgão ambiental municipal competente.

Art. 211.

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Art. 211. Nos casos previstos em legislação específica ou em RESOLUÇÃO do CONDEMA,


as indústrias produtoras, (texto ilegível) manipuladoras, bem como as importadoras, deverão
responsabilizar-se (texto ilegível) final das embalagens e de seus produtos pós-consumo,
destinando-os (texto ilegível) ou inutilização, obedecidas as normas legais pertinentes.

Art. 212. Os resíduos de serviços de saúde serão classificados conforme disposto em


legislação específica.

Art. 213. Caberá aos estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde:

I - gerenciar os seus resíduos, desde a geração até a disposição final, de forma a atender
os requisitos ambientais e de saúde pública;

II - elaborar e implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde


(PGRSS);

III - segregar, acondicionar e identificar os resíduos adequadamente;

IV - assegurar, de forma sanitária e ambientalmente correta, o armazenamento


temporário e externo dos resíduos;

V - adotar soluções pautadas no princípio da produção mais limpa.

Art. 214.Os responsáveis pela geração de resíduos da atividade rural deverão adotar os
procedimentos, princípios, fundamentos e diretrizes definidos neste Código.

Parágrafo único. O gerenciamento dos resíduos da atividade rural, compreendendo os


insumos agrícolas, agrotóxicos e afins, proibidos, apreendidos ou com prazos de validade
vencidos, classificados como perigosos, bem como as suas embalagens serão de
responsabilidade dos fabricantes ou registrantes, respectivamente, os quais deverão adotar
procedimentos para o seu recolhimento, tratamento e/ou disposição final ambientalmente
adequados.

Art. 215.Os registrantes de agrotóxicos e afins deverão apresentar o plano de gerenciamento


de resíduos contemplando a destinação de embalagens e a instalação de centrais de
recolhimento, podendo adotar soluções consorciadas que possibilitem a reutilização, a
reciclagem, o tratamento e a disposição final correta e segura das embalagens.

Art. 216. Caberá à administração dos terminais de transporte o gerenciamento de seus


resíduos sólidos, desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos
ambientais e de saúde pública.

Art. 217. Os resíduos gerados a bordo de unidades de transporte, provenientes de áreas


endêmicas, assim definidas pelas autoridades de saúde pública competentes, bem como os
resíduos sólidos provenientes de instalações de serviço de atendimento médico e os animais
mortos, serão considerados, com vistas ao manejo e tratamento, como resíduos de serviços

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de saúde, devido á presença de agentes biológicos.

Art. 218. Os resíduos gerados a bordo das unidades de transporte ou em suas respectivas
estruturas de apoio, provenientes de áreas não endêmicas e que não

apresentem características de resíduo perigoso, deverão ser enquadrados como resíduos


urbanos, para efeito de manuseio e disposição final.

Art. 219. Os resíduos provenientes das áreas de manutenção, depósitos de combustíveis,


armazenagem de cargas, áreas de treinamento contra incêndio ou similares, que apresentem
risco à saúde pública ou ao meio ambiente devido as suas características químicas, deverão
ser gerenciados como resíduos industriais.

Seção V
Aterros Sanitários

Art. 220.Toda instalação de tratamento ou disposição de resíduos a ser implantada ou já


implantada deverá ser provida de um cinturão verde através de plantio de espécies arbóreas
de vegetação típica e de rápido crescimento em solo natural.

§ 1º O cinturão verde deverá ter largura de 10 (dez) metros a 25 (vinte cinco) metros.

§ 2º Quando já existe nos limites da área de drenagem, corpos d`água com faixa de mata
ciliar estabelecida pelo Código Florestal, será considerada a adição de mais 25 m (vinte cinco)
metros de cinturão verde.

§ 3º No plano de encerramento dos aterros sanitários deverá estar previsto projeto de


recomposição da vegetação para futura implantação de parques ou outros usos compatíveis.

Art. 221. A área de empréstimo, onde se localizarem as jazidas de terra para recobrimento
diário do resíduo no aterro sanitário, deverá ser recuperada pela empresa responsável pela
operação do aterro, evitando a instalação de processos erosivos e de desestabilização dos
taludes.

Art. 222. O proprietário, operador, órgão público ou privado, gerenciador do sistema de


tratamento ou destinação serão responsáveis pelo monitoramento e mitigação de todos os
impactos a curto, médio e longo prazo do empreendimento, mesmo após o seu encerramento.

Art. 223.O líquido percolado resultante dos sistemas de tratamento ou destinação final de lixo
deverá possuir estação de tratamento para efluentes, não podendo estes ser lançados
diretamente em correntes hídricas.

O efluente gasoso gerado nos sistemas de tratamento ou disposição de resíduos,


Art. 224.
deverá ser devidamente monitorado, com o objetivo de se verificar se há presença de
compostos, em níveis que representem risco para a população próxima.

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Art. 225. Deverão ser incentivadas e viabilizadas pelo Poder Executivo soluções que resultem
em minimização, reciclagem e/ou aproveitamento racional de resíduos, tais como os serviços
de coleta seletiva e o aproveitamento de tecnologias disponíveis afins.

§ 1º A administração de resíduos será estimulada através de programas específicos,


otimizando a coleta e visando a redução da quantidade de resíduos no sistema de tratamento
ou disposição final.

§ 2º A reciclagem ou aproveitamento de embalagens que condicionam substâncias ou


produto tóxicos, perigosos estarão sujeitos as normas e legislação pertinentes.

§ 3º As pilhas ou baterias utilizadas em celulares quando substituídas em lojas ou


magazines deverão ser devidamente armazenadas e encaminhadas ao fabricante, ficando
proibida a venda ou doação a sucateiros ou recicladores.

A Administração Pública deverá criar dispositivos inibidores para a utilização de


Art. 226.
embalagens descartáveis e estímulos para embalagens recicláveis.

Seção VI
Mineração

Art. 227.A exploração de pedreiras, olarias e extração de minérios e saibro dependem de


licença ambiental a ser expedida pelo Poder Executivo, que a concederá, desde que
observadas as disposições deste Código, das Leis e normas especiais pertinentes.

Parágrafo único. As marmorarias e serrarias de pedras, inseridas no perímetro urbano,


deverão ser relocadas para a Zona industrial, conforme estabelecido no Plano Diretor ou em
ATO do Poder Executivo.

Art. 228.O minerador é responsável pelo cercamento das frentes de lavra, devendo ainda
adotar medidas visando minimizar ou suprimir os impactos sobre a paisagem da região,
implantando cortinas verdes que isolem visualmente o empreendimento.

Art. 229. As minas e pedreiras deverão adotar procedimentos que visem a minimização da
emissão de particulados na atmosfera, tanto na atividade de lavra, como na de transporte nas
estradas internas ou externas, bem como nos locais de beneficiamento.

Parágrafo único. Será interditada a mina, ou pedreira, ou parte dela, mesmo que
licenciada e explorada de acordo com este Código, que venha posteriormente, em função da
sua exploração, causar perigo ou danos à vida, à propriedade de terceiros ou a ecologia.

Art. 230. A exploração de pedreiras a fogo fica sujeita às seguintes condições mínimas:

I - Colocação de sinais nas proximidades das minas, de modo que as mesmas possam

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ser percebidas distintamente pelos transeuntes a uma distância de, pelo menos, 100 (cem
metros);

II - Adoção de um sinal sonoro convencional, antes de explosão, ou de qualquer via


pública, logradouro, habitação ou em área onde acarretar perigo público.

Art. 231.Não será permitida a exploração de pedreiras no perímetro urbano do Município com
emprego de explosivos a uma distância inferior a 1.000 m (mil metros) de qualquer via pública,
logradouro, habitação ou em área onde acarretar perigo ao público.

Parágrafo único. Na zona rural ao Município não será permitida a exploração de pedreiras
com o emprego de explosivos a uma distância inferior a 500 m (quinhentos) de estradas
vicinais municipais, e rodovias estaduais ou federais, e habitações.

Art. 232. O Poder Executivo poderá, a qualquer tempo, determinar a execução de obras no
recinto de exploração de pedreiras, com o intuito de proteger propriedades particulares ou
públicas, ou de evitar a obstrução das galerias de águas.

A instalação de olarias deve ter projeto previamente aprovado pelo Poder Executivo
Art. 233.
e obedecer às seguintes prescrições:

I - as chaminés serão construídas com filtros específicos para a atividade evitando que
incomodem os moradores vizinhos, pela fumaça ou emanações nocivas;

II - quando as escavações facilitarem a formação de depósito de água, será o explorador


obrigado a fazer o devido escoamento ou aterrar as cavidades, à medida que for retirado o
barro;

III - os empreendimentos de mineração que utilizarem, como métodos de lavra, os


desmontes por explosivos (primário e secundário) deverão atender os limites de ruído e
vibração estabelecidos na legislação vigente;

IV - as atividades de mineração deverão adotar sistemas de tratamento e disposição de


efluentes sanitários e de águas residuárias provenientes da lavagem de máquinas;

V - é obrigatória a existência de caixa de retenção de óleo proveniente da manutenção de


veículos e equipamentos do empreendimento;

VI - será obrigatória, para evitar o assoreamento, em empreendimentos situados


próximos a corpos d`água, a construção de tanque de captação de resíduos finos
transportados pelas águas superficiais.

Art. 234. As atividades minerarias já instaladas ou as que vierem a se instalar no Município


ficam obrigadas a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada - PRAD.

§ 1º O Plano de Recuperação das Áreas Degradadas, para as novas atividades, deverá

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ser apresentado quando do requerimento do licenciamento ambiental.

§ 2º As atividades já existentes quando da entrada em vigor desta LEI ficam dispensadas


da apresentação do Plano de que trata este artigo, se comprovadas que já dispõem de Plano
aprovado pelo órgão ambiental competente do Município ou Estado.

§ 3º No caso de exploração de minerais legalmente classificados como "Classe II",


quando se tratar de áreas arrendadas, o proprietário da terra responderá subsidiariamente
pela recuperação da área degradada.

§ 4º O Plano de Recuperação de áreas Degradadas deverá ser executado


concomitantemente com a exploração.

§ 5º A recuperação de área de mineração abandonadas ou desativadas é de


responsabilidade do minerador.

§ 6º Os taludes resultantes de atividades minerarias deverão receber cobertura vegetal e


dispor de sistemas de drenagem, para evitar a instalação de processos erosivos e de
desestabilização de massa.

Art. 235. O órgão ambiental municipal competente, no caso de exploração de minerais


legalmente classificados como "Classe II", só liberará após visita técnica a licença de
localização da jazida, ficando a autorização para extração e venda do produto após a
efetivação do registro no órgão federal competente, ou seja, DNPM, conforme determina a LEI
Nº 6.567, de 24 de setembro de 1978.

§ 1º Só será permito a retirada de areia nos rios, lagos, ou cursos d`água, em casos de
desassoreamento de sua calha, com a devida efetivação de registro no DNPM e licença local
emitida pelo órgão ambiental municipal competente.

§ 2º Não será permitida a exploração dos minerais legalmente classificados como


"Classe II" quando, tal exploração possa acarretar danos irreparáveis ao meio ambiente ou,
quando de algum modo possa oferecer perigo a estradas, pontes, redes elétricas ou qualquer
outra construção.

Seção VII
Fontes Móveis

Art. 236. A frota do Município, de suas concessionárias e permissionárias, bem como de


empreiteiras que a elas prestem serviços, deverão estar com os motores devidamente
regulados, vedada a prestação de serviços por veículos que soltem fumaça acima dos níveis
permitidos ou com níveis de ruído inapropriados, conforme as normas especificas.

O Município poderá interditar a passagem ou estacionamento de veículos portadores


Art. 237.
de cargas perigosas ou radioativas nas áreas habitadas, que não estejam obedecendo às

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normas específicas.

Art. 238.O transporte de cargas, nas vias públicas, passíveis de lançar material particulado na
atmosfera, deverá ser adequadamente coberto, de modo a evitar a sua dispersão.

Seção VIII
Poluição Atmosférica

Art. 239.Nos casos de fontes de poluição atmosférica para as quais não existam padrões de
emissão estabelecidos, deverão ser adotados sistemas de controle e/ou tratamento utilizando-
se das tecnologias mais eficientes para o caso.

É proibida a queima, ao ar livre, de resíduos sólidos, líquidos, pastosos ou gasosos,


Art. 240.
assim como qualquer outro material combustível.

Parágrafo único. O Poder Executivo poderá autorizar as queimas ao ar livre, em situações


emergenciais precedido de parecer técnico ou se o caso concreto o recomendar.

É proibida a emissão de substâncias odoríferas na atmosfera, em quantidades que


Art. 241.
possam ser perceptíveis fora dos limites da área de propriedade da fonte emissora.

I - as chaminés de padarias, pizzarias, estufas para pinturas automotivas, serão


construídas com filtros específicos para a atividade evitando que incomodem os moradores
vizinhos, pela fumaça ou emanações nocivas;

II - os empreendimentos que existem antes da aprovação desta LEI, será dado um prazo
de 90 dias para devida instalação dos filtros.

Parágrafo único. A constatação da emissão de que trata este artigo será efetuada por
agentes de controle ambiental, que aplicaram as devidas sanções legais, caso haja
descumprimento do referido artigo e seus incisos.

Art. 242. Nos casos de demolição, o responsável deverá tomar todas as medidas
necessárias, objetivando evitar ou restringir as emanações de material particulado.

CAPÍTULO II
DA POLUIÇÃO SONORA

Seção I
Das Disposições Preliminares

Art. 243. É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público com ruídos, vibrações, som
excessivo ou incômodo de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma ou que
contrariem os níveis máximos de intensidade, fixados por este Código.

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Art. 244.Competem aos fiscais da Coordenação da Receita, Guardas Municipais, Agentes de


Trânsito, Servidores do SMTT, aos Técnicos Ambientais e outros servidores públicos
municipais que forem designados pelo Chefe Executivo Municipal, o controle, a prevenção e a
redução da emissão de ruídos no Município.

Art. 245.A ninguém é lícito, por ação ou omissão, dar causa ou contribuir para a ocorrência
de qualquer ruído.

Art. 246. A emissão de ruídos decorrentes de quaisquer atividades exercidas em ambiente


confinado, coberto ou não, obedecerá aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidas pela
legislação vigente.

Parágrafo único. Incluem-se neste artigo as instalações ou espaços comerciais,


industriais, de prestação de serviços, residenciais e institucionais, inclusive especiais e de
lazer, cultura, hospedagem e templos de qualquer culto.

Os níveis de pressão sonora fixados por este Código, bem como os equipamentos e
Art. 247.
métodos utilizados para a medição e avaliação, obedecerão a Recomendação das normas
NBR 10.151 e NBR 10.152, ou às que lhes sucederem.

§ 1º Para fins de aplicação deste Código ficam definidos os seguintes horários:

I - Para funcionamento de bares, restaurantes com propagação de som mecânico ou


show musical "ao vivo":

a) de domingo a quinta-feira, até as 22:00 horas;


b) as sextas e sábados até as 02:00 horas do dia subsequente.

II - Para funcionamento de casas noturnas e clubes recreativos com som mecânico ou


show musical "ao vivo":

a) de domingo a quinta-feira, até as 22:00 horas;


b) as sextas, sábados e véspera de feriados até as 04:00 horas do dia subsequente.

III - Para os veículos prestadores de serviço de publicidade e sonorização fixa,


obedecerão ao que determinar regulamento por DECRETO.

Parágrafo único. Os estabelecimentos, instalações ou espaços, inclusive aqueles


destinados ao lazer, cultura, institucionais de toda espécie, devem adequar-se aos mesmos
padrões especiais fixados para os níveis de ruído e vibrações e estão obrigados a dispor de
tratamento acústico que limite a passagem de som para o exterior, caso suas atividades
utilizem fonte sonora com transmissão ao vivo ou qualquer sistema de amplificação.

Seção II
Da Competência

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Art. 248. Na aplicação das normas estabelecidas por este Código, compete aos órgãos
municipais, citados art. 244:

I - estabelecer o programa de controle dos ruídos urbanos e exercer o poder de Polícia


administrativa no controle e fiscalização das fontes de poluição sonora;

II - aplicar sanções, Interdições e embargos, parciais ou integrais, previstas na legislação


vigente;

III - exercer fiscalização;

IV - organizar programas de educação e conscientização a respeito de:

a) causas, efeitos e métodos de atenuação e controle de ruídos;


b) esclarecimentos sobre as proibições relativas às atividades que possam causar
poluição sonora.

V - exigir das pessoas físicas ou jurídicas, responsáveis por qualquer fonte de poluição
sonora, apresentação dos resultados de medições e relatórios, podendo, para a consecução
dos mesmos, serem utilizados recursos próprios ou de terceiros;

VI - impedir a localização de estabelecimentos industriais, comerciais ou de serviços que


produzam ou possam vir a produzir, ruídos em unidades territoriais residenciais ou em zonas
sensíveis de ruídos, que foram definidas pelo PDDU.

Parágrafo único. As blitzes, fiscalizações, processos educativos, deverão ser feitos com
os fiscais da Coordenação da Receita, Guardas Municipais, Agentes de Trânsito, Servidores
do SMTT, Técnicos Ambientais e com o apoio da Polícia Militar da Bahia e outros servidores
públicos municipais que forem designados pelo Chefe do Executivo Municipal.

Seção III
Das Proibições

Art. 249. Fica proibida a utilização ou funcionamento de qualquer instrumento ou equipamento


que produza, reproduza ou amplifique o som, de modo que crie distúrbio sonoro através do
limite real da propriedade ou dentro de uma zona sensível a ruídos.

Parágrafo único. Ficam excluídas das proibições do presente DECRETO, as


manifestações em festividades religiosas, comemorações oficiais, reuniões desportivas,
festejos da micareta, festas juninas e de ano novo, passeatas e desfiles que se realizem em
horário e local previamente autorizado pelo Poder Executivo, ou nas circunstâncias
consagradas pela tradição.

Art. 250.

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Art. 250. São expressamente proibidos os ruídos:

I - produzidos por veículos automotores com o equipamento de descarga aberto ou


silencioso adulterado ou defeituoso;

II - produzidos através de serviços de auto falantes e outras fontes de emissão sonora,


fixas ou móveis, utilizados em pregões, anúncios ou propaganda, nas áreas residenciais, nas
zonas sensíveis a ruído e nos logradouros e vias públicas ou para ela dirigidos, devendo os
casos especiais serem analisados e autorizados pelo setor de fiscalização da receita, através
da liberação do respectivo alvará de sonorização;

III - produzidos por matracas, cornetas ou de outros sinais exagerados ou contínuos,


usados como anúncios por ambulantes para venderem ou propagandearem seus produtos;

IV - provenientes de instalações mecânicas, bandas ou conjuntos musicais e de


aparelhos ou instrumentos produtores ou amplificadores de som, tais como aparelhos de
CD/DVD, vitrolas, fanfarras, apitos, sinetas, campainhas, matracas, sirenes, alto-falantes,
quando produzidos na via pública ou quando nela sejam ouvidos de forma incômoda;

V - provenientes da execução de música mecânica ou a apresentação de música ao vivo


em estabelecimentos que não disponham de estrutura física - adequada para o
condicionamento do ruído em seu interior, tais como trailers, barracas e similares;

VI - provenientes da utilização de equipamentos produtores e amplificadores de som em


veículo automotores salvo os autorizados pelo órgão competente de trânsito e devidamente
licenciados pelo setor de fiscalização da receita, o qual liberará ou não o Alvará de
Sonorização.

§ 1º Excetua-se da proibição estabelecida no inciso IV a música mecânica ambiente de


fundo, compatível com a possibilidade de conversação.

§ 2º Não será concebida a autorização que se refere o inciso deste artigo, às empresas
de distribuição e comercialização de gás, às quais é vedado o uso de alto-falantes e outras
fontes de emissão sonora nos veículos destinados ao transporte do produto.

Art. 251.A queima de foguetes, morteiros, bombas ou outros fogos de artifícios, dependerá de
prévia autorização do setor de fiscalização da receita.

Art. 252.É proibido possuir ou alojar animais que frequentemente ou continuamente emitam
sons que causem Distúrbio Sonoro.

Parágrafo único. Estão isentos do cumprimento desse artigo os Parques Públicos.

Art. 253. Não é permitida a utilização de quaisquer ferramentas ou equipamentos, execução


de serviço de carga e descarga, consertos, serviços de construção em dias úteis, domingos e
feriados, de modo que o som assim originado ultrapasse aos valores máximos fixados neste

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Código.

Art. 254. Os trios elétricos e veículos similares deverão obedecer ao limite máximo de 85 dbA
(oitenta e cinco decibéis na curva de ponderação A) medidos a uma distância de 5 (cinco)
metros da fonte de emissão, a altura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) do solo.

Art. 255. O nível de som provocado por máquinas e aparelhos utilizados nos serviços de
construção civil, manutenção dos logradouros públicos e dos equipamentos e infraestrutura
urbana, deverão atender aos limites máximos de pressão sonora estabelecidos neste Código.

§ 1º A atividade de bate-estaca só poderá operar de segunda a sexta-feira no horário


compreendido entre 08 e 18 horas e, aos sábados entre 08 e 12 horas.

§ 2º As obras de construção civil somente poderão ser realizadas aos domingos e


feriados mediante licença especial que indique horários e tipos de serviços que poderão ser
executados e a observância dos níveis máximos de som permitidos.

§ 3º Excetuam-se da restrição estabelecida no caput deste artigo, a obras e os serviços


urgentes e inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, os de relevante
interesse público e social, acidentes graves ou perigo iminente a segurança e ao bem-estar da
comunidade, bem como o restabelecimento de serviços públicos essenciais, tais como energia
elétrica, gás, telefone, água, lixo, esgoto e sistema viário.

Art. 256. A emissão de som por veículos automotores, aeroplanos ou aeronaves, no terminal
rodoviário e aeroporto, bem como os produzidos no interior dos ambientes de trabalho
obedecerão, as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e pelos
órgãos competentes dos Ministérios da Aeronáutica e do Trabalho, cabendo a fiscalização
pelo Serviço Municipal de Tráfego e Transportes - SMTT e o órgão ambiental municipal
competente.

Seção IV
Limites de Pressão Sonora

Art. 257. Consideram-se prejudiciais à saúde, a segurança e ao sossego público, para os


sons e ruídos que:

I - atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som de mais de
10 (dez) decibéis - dB (A), do ruído, de fundo existente no local, sem tráfego;

II - independentemente do ruído de fundo; atinjam no ambiente exterior do recinto em que


têm origem, mais de 70 (setenta) decibéis - dB (A), durante o dia, e 60 (sessenta) decibéis -
dB (A), durante a noite;

III - para medição dos níveis de som considerados nesta subseção, o aparelho medidor
de nível de som, conectado a resposta lenta, deverá estar com o microfone afastado no

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mínimo um metro e cinquenta centímetros da divisa do imóvel que contém a fonte de som e
ruído, e à altura de um metro e vinte centímetros do solo ou no ponto de maior nível de
intensidade de sons e ruídos do edifício reclamante;

IV - microfone do aparelho medidor de nível de som deverá estar sempre afastado, no


mínimo, um metro e vinte centímetros de quaisquer obstáculos, bem como guarnecido com
tela de vento;

V - os demais níveis de intensidade de sons e ruídos fixados por esta subseção


atenderão às normas vigentes e deverão ser medidas por decibelímetro aferido por órgão
competente.

Parágrafo único. Os limites de níveis de som emitidos pelas fontes móveis e automotoras
e outras fontes, no que couber, serão fixados de acordo com as normas vigentes especificas.

Art. 258. A emissão de som em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,


religiosas, prestação de serviços, sociais e recreativas, inclusive propaganda comercial,
manifestações trabalhistas e atividades similares, obedecerá aos padrões e critérios
estabelecidos neste Código.

§ 1º Incluem-se nas determinações desta LEI os ruídos decorrentes de trabalhos


manuais como o encaixotamento, remoção de volumes, carga e descarga de veículos e toda e
qualquer atividade que resulte prejudicial ao sossego público.

§ 2º O Poder Executivo implantará a sinalização de silêncio nas proximidades de


hospitais, pronto-socorro, sanatórios, clínicas, escolas e de quaisquer outras instituições que
exijam proteção sonora. Para o caso de hospitais, fica proibida até 200 m (duzentos metros)
de distância a aproximação de aparelhos produtores de ruídos.

Parágrafo único. A frota do Município, de suas concessionárias e permissionárias, bem


como empreiteiras que a elas prestem serviços, deveram estar com seus motores
devidamente regulados, vedada a prestação de serviços que soltem fumaça ou com níveis de
ruído inapropriados.

Seção V
Das Infrações e Penalidades

Art. 259. Os técnicos designados pelo município, no exercício da ação fiscalizadora, terão a
entrada franqueada nas dependências das atividades efetivas ou potencialmente poluidoras,
localizadas no Município, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer necessário.

Parágrafo único. Nos casos de qualquer impedimento ou embargo à ação fiscalizadora,


os técnicos ou fiscais poderão solicitar auxílio às autoridades policiais para garantir a
execução do serviço.

Art. 260.

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Art. 260. A pessoa física ou jurídica de direito público ou privado que infringirem qualquer
dispositivo deste Código, e demais normas dele decorrente, ficam sujeitas às seguintes
penalidades, independentes da obrigação de cessar a transgressão e de outras sanções da
União ou do Estado, cíveis ou penais:

I - Advertência por escrito;

II - Apreensão do veículo prestador de serviço de publicidade e de outros equipamentos


utilizados na infração;

III - Cassação do Alvará de sonorização;

IV - Pagamento de taxa de pátio SMTT definido pelo DECRETO nº 351/2006;

V - Pagamento de taxa de apreensão definido pelo DECRETO nº 351/2006;

VI - Multa simples ou diária;

VII - Embargo da obra;

VIII - Interdição parcial ou total do estabelecimento ou atividades;

IX - Cassação imediata do alvará de licenciamento do estabelecimento;

X - Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Município.

Parágrafo único. As penalidades que trata este artigo poderão ter sua exigibilidade
suspensa quando o infrator por termo de compromisso aprovado pela autoridade que aplicou
a penalidade, se obrigar à adoção imediata de medidas específicas para cessar e corrigir a
poluição sonora emitida. Cumpridas as obrigações assumidas pelo infrator, a multa poderá ter
uma redução de até 90% (noventa por cento) do valor original.

Art. 261. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, a pena de multa consiste no pagamento do valor
correspondente ao Anexo VII deste Código.

Art. 262. O infrator poderá ser considerado primário ou reincidente.

§ 1º Considera-se primário o infrator que não tenha sido condenado anteriormente por
descumprimento de normas, quando esgotada a instância administrativa.

§ 2º Considera-se reincidente o sujeito que repete a infração do mesmo tipo.

Art. 263. No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

Art. 264. No caso de infração continuada caracterizada pela repetição da ação ou omissão

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inicialmente punida, a penalidade de multa poderá ser aplicada diariamente até cessar a
infração.

Art. 265. Para imposição de pena e gradação da multa a autoridade observará:

I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;

II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências para a saúde ambiental e


o meio ambiente;

III - a natureza da infração e suas consequências;

IV - aporte do empreendimento;

V - os antecedentes do infrator, quanto às normas ambientais;

VI - a capacidade econômica do infrator.

Art. 266. São circunstâncias atenuantes:

I - menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;

II - arrependimento eficaz do infrator manifestado pela espontânea reparação do dano, ou


limitação significativa do ruído emitido;

III - ser o infrator primário e a falta cometida de natureza leve.

Art. 267. São circunstâncias agravantes:

I - Ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada;

II - Ter o infrator agido com dolo direto ou eventual.

Art. 268. Nos casos de apreensão de apetrechos e equipamentos de qualquer natureza,


utilizados na infração, somente será devolvido o material apreendido, mediante pagamento da
penalidade pecuniária e adequação as normas deste Código.

Parágrafo único. O material apreendido será encaminhado ao depósito do SMTT.

Art. 269.Para os casos não previstos neste Código, os critérios e padrões de poluição sonora
serão propostos pelos órgãos municipal competente citado no art. 244, e aprovados pelo
CONDEMA.

CAPÍTULO III
DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 270.

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O Poder Executivo fiscalizará a fabricação, o comércio, o transporte, o depósito e o


Art. 270.
emprego de inflamáveis e explosivos, ficando proibido:

I - fabricar explosivos sem licença municipal ou em local não determinado pelo Poder
Executivo;

II - manter depósito de substâncias inflamáveis ou de explosivos sem atender às


exigências legais quanto à construção, localização e segurança;

III - depositar ou conservar nas vias públicas, mesmo provisoriamente, inflamáveis ou


explosivos.

Parágrafo único. A capacidade de armazenamentos do depósito de explosivos variará em


função das condições de segurança, da cubagem e da arrumação interna, ressalvadas outras
exigências estabelecidas pelos órgãos estaduais e federais competentes.

Art. 271. Não serão permitidas instalações de fábricas de fogos, inclusive de artifícios, pólvora
e explosivos no perímetro urbano da sede.

§ 1º O Poder Executivo delimitará, dentro da cidade, um local que não gere risco à
população, para a comercialização de fogos de artifícios.

§ 2º Somente será permitida a venda de fogos de artifícios através de estabelecimentos


comerciais, que satisfaçam os requisitos de segurança.

Art. 272. Não será permitido o transporte de explosivos e inflamáveis sem as precauções
devidas.

§ 1º Não será permitido o transporte de explosivos e inflamáveis nos ônibus coletivos.

§ 2º Não poderão ser transportados simultaneamente, no mesmo veículo, explosivos e


inflamáveis.

§ 3º Os fogos de artifícios somente poderão ser vendidos a pessoas físicas maiores de


18 anos.

Art. 273. A instalação de postos de abastecimento de veículos ou bombas de gasolina fica


sujeita à licença ambiental, mesmo para o uso exclusivo de seus proprietários, de acordo com
o que determina a RESOLUÇÃO Conama nº 273 de 29 novembro 2000 e as normas da
ABNT.

§ 1º O Poder Executivo poderá negar a licença, se reconhecer que a instalação irá


prejudicar, de algum modo, a segurança pública.

§ 2º O Poder Executivo poderá estabelecer, para cada caso, as exigências que julgar
necessárias ao interesse da segurança.

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Art. 274. Nos postos de abastecimento, os serviços de limpeza, lavagens e lubrificação de


veículos serão executados no recinto dos estabelecimentos, de modo que não incomodem ou
perturbem o trânsito de pedestres pelas ruas, avenidas e logradouros públicos.

Parágrafo único. As disposições deste artigo estendem-se às garagens comerciais e aos


demais estabelecimentos onde se executam tais serviços.

Subseção I
Dos Postos de Serviços, Oficinas, Estacionamentos e Lava-rápido.

Art. 275. A concessão de alvarás de obras ou de funcionamento, bem como de demais


licenciamentos destinadas a postos de serviços, oficinas mecânicas, estacionamentos e os
"lava-rápido" que operam com serviços de pintura, limpeza, lavagem, lubrificação ou troca de
óleo de veículos automotivos, ficam condicionados à execução, por parte dos interessados, de
canalização para escoamento das galerias de águas pluviais, através de caixas de óleo, de
filtros ou outros dispositivos que retenham as graxas, lama, areia e óleos.

§ 1º A concessão de licença ambiental, bem como de demais alvarás e licenciamentos de


atividades poluidoras ou potencialmente poluidoras ficam condicionados a eliminação ou
minoração do potencial dos riscos e possibilidades de todo e qualquer tipo de poluição que
possa vir a ser causada.

§ 2º Todo aquele que entrar em operação com as atividades previstas no "caput" deste
artigo, sem prévia licença ambiental, terá seu estabelecimento lacrado sumariamente.

§ 3º As oficinas ou revendedoras de veículos que trabalhem com pintura automotiva,


ficam obrigadas a possuir no interior de suas áreas de serviço, equipamento apropriado,
entenda-se estufa, como seus respectivos filtros, para que possam realizar a prestação deste
serviço.

Art. 276. Em caso da não utilização dos equipamentos antipoluentes de que trata o artigo
anterior, por qualquer motivo, o estabelecimento será autuado e notificado para, no prazo de
trinta dias, a contar da notificação, efetuar os reparos necessários à utilização plena dos
equipamentos, sob a pena de:

I - findo o prazo de trinta dias e mais uma vez constatadas as irregularidades, será
emitida multa de acordo com o Anexo VII;

II - após sessenta dias da notificação havida, a constatação de não observância do que


prescreve o presente Código, o Alvará de Funcionamento do estabelecimento será
automaticamente cassado, se houver.

CAPÍTULO IV
DAS QUEIMADAS

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Art. 277. É proibido o uso de fogo nas serras, morros e demais formas de vegetação,
tolerando-se, excepcionalmente, o seu emprego em práticas agropastoris, através de queima
controlada, previamente autorizada pelo órgão ambiental municipal competente.

§ 1º A autorização a que se refere o caput deste artigo condicionará o interessado a


cumprir os seguintes procedimentos e precauções:

I - ter conhecimento da periculosidade potencial do uso do fogo, na área objeto da


solicitação;

II - definir técnicas e objetivos da queima controlada;

III - planejar cuidadosamente a operação, incluindo equipamentos adequados, mão-de-


obra treinada e medidas de segurança ambiental;

IV - construir aceiros de proteção, nos limites da área a ser queimada e ao longo das
faixas de servidão de linhas de transmissão elétrica, com, no mínimo, 04 (quatro) metros de
largura, consideradas as condições topográficas, climáticas e o material combustível;

V - acondicionar o material lenhoso, preferencialmente, em coivaras, e realizar a


queimada nos horários com temperatura e umidade relativa do ar mais favoráveis;

VI - comunicar aos confrontantes da área onde se dará a queima controlada, com prazo
mínimo de 03 (três) dias de antecedência, informando sobre o local, dia e hora do início da
queimada controlada;

VII - manter a autorização de queimada controlada no local de sua realização;

VIII - adotar medidas de proteção à fauna;

IX - não realizar queima nos dias de muito vento ou de temperatura elevada;

X - manter distância mínima adequada a segurança de residências ou similares.

§ 2º O órgão ambiental municipal competente poderá determinar, a qualquer tempo, a


suspensão da queima controlada, nos seguintes casos:

I - condições de segurança de vida, ambientais ou meteorológicas desfavoráveis;

II - interesse e segurança pública e social;

III - descumprimento do estabelecido nos incisos do § 1º deste artigo;

IV - descumprimento da legislação ambiental vigente;

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V - ilegalidade ou ilegitimidade do ATO;

VI - determinação judicial constante de sentença, alvará ou mandado.

§ 3º Em caso de incêndio o responsável deverá apresentar ao órgão ambiental municipal


competente, para aprovação em até 30 (trinta) dias a partir da data da autuação, plano de
reparação ambiental para a área afetada, sem prejuízo das penalidades administrativas e
penais aplicáveis.

§ 4º As penalidades incidirão sobre os autores, ou quem, de qualquer modo. concorra


para sua prática, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 278.O órgão ambiental municipal competente estabelecerá programa de prevenção e


combate a incêndios em serras, morros, e zona rural.

Art. 279. Para evitar a propagação de incêndios, observar-se-ão nas queimadas as medidas
preventivas necessárias, requisitos estabelecidos pelas normas ambientais e autorização do
Poder Executivo, mediante parecer de órgãos técnicos.

CAPÍTULO V
DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Art. 280.O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, exigira o pagamento
da seguinte taxa:

I - a Taxa de Fiscalização Ambiental - TFA dos estabelecimentos em geral, fundada no


Poder de Polícia, quanto ao meio ambiente do Município e ao ordenamento das atividades
com potencial de repercussão no meio ambiente, tem como fato gerador a fiscalização quanto
obediência das normas administrativas constantes deste Código Municipal do Meio Ambiente,
relativas à preservação e poluição do meio ambiente, em qualquer das suas espécies;

II - a TFA é paga anualmente, nascendo a obrigação de pagar em primeiro de janeiro de


cada ano, podendo perdurar por fração de meses ou um ano, e terá como finalidade a
fiscalização das normas constantes do Código do Meio Ambiente, cuja base de cálculo será
efetuada de acordo com o Anexo VII desta LEI;

III - são isentos da taxa:

a) a atividade de artífice ou artesão, exercida em sua própria residência sem empregado;


b) a pequena indústria domiciliar, definida em ATO administrativo;
c) o profissional liberal e o autônomo, não estabelecidos;
d) os portadores de necessidades especiais, pelo exercício de atividade de pequeno
impacto ambiental definido em ATO do Poder Executivo, quando para isto usar até 02 (dois)
auxiliares;
e) os templos de qualquer culto;
f) sedes de órgãos da União, do Estado e do Município, sindicatos, associações sem fins

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lucrativos, federações sem fins lucrativos e sedes de partidos políticos, excetuando-se suas
empresas públicas e de economia mista;
g) empresa pública e a sociedade de economia mista municipal.

IV - o lançamento da taxa será feito com base na declaração do contribuinte ou de oficio,


de acordo com os critérios e normas previstos em ATO do Poder Executivo;

V - na renovação de licença consoante o que dispuser o regulamento, o lançamento e o


pagamento da taxa serão efetuados de uma só vez;

VI - as infrações e as penalidades são as previstas neste Código, no que couber à Taxa


de Fiscalização Ambiental;

VII - será cobrada taxa de licença especial para o funcionamento em horário


extraordinário dos estabelecimentos em geral, calculada em conformidade com o Anexo VII
desta LEI.

§ 1º Inclui-se na incidência da taxa, o exercício de atividades decorrentes de profissão,


arte, ofício ou função.

§ 2º Para efeito de aplicação deste artigo, considera-se estabelecimento o local, ainda


que residencial, do exercício de qualquer das atividades nele abrangidas.

§ 3º A taxas estipulada neste Capítulo não se confunde com as demais taxas instituídas
no Código Tributário Rendas do Município, no Código de Obras, no Código de Polícia
Administrativa ou em leis especiais, quando cabível.

§ 4º Consideram-se estabelecimentos distintos para efeito de incidência da taxa:

I - os que embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de atividades,
pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

II - os que, embora sob as mesmas responsabilidades ou ramo de atividades estejam


situados em locais diferentes.

§ 5º O funcionamento em horário extraordinário, será disciplinado por ATO do Poder


Executivo, e somente será permitido após o pagamento da taxa.

§ 6º Constitui infração, passível de multa de 100% (cem por cento) do valor da TFA, o
não cumprimento do disposto no parágrafo anterior.

Art. 281.Os recursos e produtos arrecadados a título da TFA, que tiverem como fato gerador
o exercício do poder de polícia para controle e fiscalização das atividades lesivas ao meio
ambiente, serão destinados ao Fundo Municipal de Conservação Ambiental - FMCA que
poderá ser utilizado pelo órgão ambiental municipal competente para o custeio das atividades
de planejamento, diagnóstico, monitoramento, fiscalização e controle ambiental.

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CAPÍTULO VI
DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Art. 282. Nos casos de licenciamento de empreendimentos e atividades de significativo


impacto ambiente, com fundamento no EPIA e respectivo RIMA, será exigida do
empreendedor a Compensação Ambiental que compreende a obrigação de apoiar a
implantação e a manutenção de unidades de conservação.

Parágrafo único. A exigência estabelecida no caput deste artigo também se aplica nos
casos de ampliação ou modificação de empreendimentos e atividades já existentes, que
causarem impacto adicional significativo.

Art. 283. Os empreendimentos que concluíram o processo de licenciamento após a


publicação da LEI Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e que não tiveram a
compensação ambiental definida, serão notificados para se adequarem ao disposto nos
termos deste Código.

§ 1º Os empreendimentos que não tiveram a compensação ambiental definida na fase de


licença de localização dependerão do atendimento do disposto neste Código, para obtenção
de licenças subsequentes, na fase de licenciamento em que se encontrarem.

§ 2º No caso de ampliação ou modificação de empreendimento já licenciado, o cálculo da


compensação ambiental terá como base o custo de sua ampliação ou modificação.

Art. 284. Para os fins de fixação da compensação ambiental, o órgão ambiental municipal
competente estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto ambiental e
respectivo relatório - EPIA/RIMA, ocasião em que considerará, exclusivamente, os impactos
ambientais negativos não mitigáveis ao meio ambiente.

Parágrafo único. O valor da compensação ambiental será calculado com base nos
critérios estabelecidos no Capítulo VIII, do DECRETO Federal nº 4.340, de 22 de agosto de
2002, e no Anexo Único do DECRETO Federal nº 6.848, de 14 de maio de 2009.

Art. 285.O empreendedor deverá apresentar ao órgão ambiental municipal competente a


declaração do investimento total do empreendimento ou atividade, em moeda corrente,
quando do requerimento da Licença de Localização - LL.

Parágrafo único. Os valores do investimento total do empreendimento ou atividade


poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido do órgão ambiental municipal competente,
quando for verificada a sua inadequação.

Art. 286. O CONDEMA tem por finalidade analisar e propor a destinação e aplicação dos
recursos provenientes da Compensação Ambiental de empreendimentos e atividades de
significativo impacto ambiental, licenciados no âmbito do Município, identificando as Unidades
de Conservação a serem contempladas.

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Parágrafo único. O CONDEMA, além de suas atribuições normais, decidirá:

I - estabelecer prioridades e diretrizes para a destinação e aplicação da compensação


ambiental;

II - propor a destinação e aplicação dos recursos provenientes da Compensação


Ambiental, identificando as Unidades de Conservação a serem contempladas, quando houver;

III - avaliar e auditar, periodicamente, a metodologia e os procedimentos de cálculo da


compensação ambiental, de acordo com estudos ambientais realizados e percentuais
definidos;

IV - propor diretrizes necessárias para agilizar a regularização fundiária das unidades de


conservação;

V - aprovar os Planos de Trabalho referentes a aplicação dos recursos de Compensação


Ambiental, elaborados pelo órgão gestor das Unidades de Conservação; e

VI - monitorar sistematicamente a aplicação dos Planos de Trabalho.

Art. 287.Os empreendimentos e atividades existentes na data da publicação deste Código,


que apresentarem passivos ambientais obrigam-se a sanar as irregularidades existentes,
conforme as exigências técnicas necessárias à recuperação dos passivos identificados pelo
órgão competente e, no caso de impossibilidade técnica, ficam sujeitos a execução de
medidas compensatórias.

Os recursos originários da Compensação Ambiental terão a sua destinação ao


Art. 288.
Fundo Municipal de Conservação Ambiental - FMCA, podendo ser aplicados também pelo
empreendedor, nas condições aprovadas pelo CONDEMA.

Art. 289. O CONDEMA apresentará anualmente ao Poder Público, a sociedade, relatório


circunstanciado sobre a aplicação dos recursos financeiros oriundos da Compensação
Ambiental, as ações desenvolvidas e resultados alcançados nas Unidades de Conservação
contempladas.

TÍTULO VI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 290. A autoridade competente que tiver conhecimento de infração administrativa é


obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio.

Art. 291. Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá, quando constatado ATO ou

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fato que se caracterize como infração ambiental, dirigir representação às autoridades


competentes.

Art. 292. Responderá também pela infração quem contribuir para sua prática ou dela se
beneficiar.

Parágrafo único. Quando a infração for cometida por menores ou incapazes, responderá
por ela quem juridicamente os representar.

Art. As infrações administrativas serão apuradas em processo administrativo,


293.
assegurado o contraditório e a ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes.

Art. 294.Sem prejuízo das penalidades aplicáveis, poderá o órgão ambiental municipal
competente determinar a redução das atividades geradoras de degradação ambiental, a fim
de que as mesmas se enquadrem nas condições e limites estipulados na licença ambiental
concedida.

Sem obstar à aplicação das penalidades administrativas cabíveis é o degradador,


Art. 295.
obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar e/ou reparar os danos
causados ao meio ambiente.

Cabe ao fabricante, transportador, importador, expedidor ou destinatário do material,


Art. 296.
produto ou substância, causadores de degradação ambiental, adotar todas as medidas
necessárias para o seu controle com vistas a minimizar os danos à saúde e ao meio
ambiente, bem como para a recuperação das áreas impactadas, de acordo com as condições
e procedimentos estabelecidos pelo órgão ambiental municipal competente.

Os custos e despesas decorrentes do cumprimento das penalidades administrativas


Art. 297.
legalmente previstas correrão por conta do infrator.

Os processos dos quais resultem atos administrativos do CONDEMA que derem


Art. 298.
origem a medida judicial, deverão ser encaminhados ao Ministério Público do Estado da
Bahia.

Os atos autorizativos do Poder Público Municipal poderão ser alterados, suspensos


Art. 299.
ou cancelados pelo órgão ambiental municipal competente, a qualquer tempo, se assim
recomendar o interesse público, mediante decisão motivada, quando ocorrer:

I - violação ou Inadequação de condicionantes ou normas legais;

II - omissão, ou falsa descrição de informações relevantes, que subsidiaram a expedição


da licença;

III - superveniência de graves riscos ambientais e à saúde pública;

IV - superveniência de conhecimentos científicos que indiquem a ocorrência de graves

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efeitos sobre a saúde humana e o meio ambiente;

V - superveniência de normas, mediante definição de prazo para ajustamento às novas


exigências legais.

§ 1º Para efeito do disposto nos Incisos deste artigo consideram-se relevantes as


informações cuja omissão ou falsa descrição possam alterar o estabelecimento dos
condicionantes do ATO autorizativo a que se refere.

§ 2º São considerados como graves riscos ambientais e à saúde pública:

I - poluição atmosférica, hídrica ou do solo capaz de provocar danos à saúde humana ou


prejuízo ao desenvolvimento de atividades essenciais à subsistência de uma comunidade;

II - degradação da qualidade ambiental que promova perda de habitat de espécies da


fauna e da flora.

CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES

Art. 300. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão, voluntária ou
involuntária, que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do
meio ambiente, de que resulte:

I - risco de poluição ou degradação do meio ambiente;

II - efetiva poluição ou degradação ambiental;

III - emissão, lançamento ou liberação de efluentes líquidos, gasosos ou resíduos sólidos,


em desacordo com os padrões estabelecidos, e/ou que tornem ou possam tornar
ultrapassados os padrões de qualidade ambiental.

Parágrafo único. São ainda consideradas infrações administrativas:

I - executar obras, instalar, implantar, alterar, testar ou operar equipamentos ou


empreendimentos, bem como exercer atividades ou explorar recursos naturais de quaisquer
espécies sem as necessárias anuências, autorizações, ou licenças ambientais ou registros,
quando a estes sujeitos, ou em desacordo com os mesmos;

II - inobservar ou deixar de cumprir normas regulamentares e exigências técnicas ou


administrativas formuladas pelo órgão ambiental municipal competente ou pelo CONDEMA;

III - descumprir condicionantes ou prazos estabelecidos nas notificações, anuências,


autorizações, licenças ambientais ou nos próprios autos de infração;

IV - descumprir os compromissos estabelecidos no TCRA;

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V - descumprir, no todo ou em parte, obrigações, condições ou prazos previstos em termo


de compromisso assinado com o órgão ambiental municipal competente;

VI - deixar de atender determinação do órgão ambiental municipal competente ou do


CONDEMA, inclusive aquelas relativas à apresentação de planos de controle ambiental, de
medidas mitigadoras, de monitoramento, ou equivalentes;

VII - impedir, dificultar ou causar embaraço à fiscalização dos prepostos do órgão


ambiental municipal competente;

VIII - inobservar preceitos estabelecidos pela legislação de controle ambiental;

IX - prestar informação falsa, adulterar dados técnicos solicitados pelo órgão ambiental
municipal competente ou deixar de apresentá-los quando devidos ou solicitados, bem como
apresentá-los fora do prazo estabelecido;

X - a falta de inscrição no Cadastro Estadual de Atividades Potencialmente Degradadoras


ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CEAPD) pelas pessoas físicas ou jurídicas obrigadas
a se inscreverem, punível com as multas estabelecidas nos termos do DECRETO Estadual
nº 9.959, de 30 de março de 2006, ou outro que venha a substituí-lo;

XI - falta de registro para a devida inscrição nos cadastros que compõem o SEIA, quando
legalmente exigidos.

Art. 301. As infrações são enquadradas como:

I - infração formal, assim considerada, dentre outras com iguais características:

a) a falta de anuência, autorização, TCRA, licença ambiental ou registros, em quaisquer


de suas modalidades, quando necessários;
b) o descumprimento de prazos para o atendimento de exigências, notificações ou
condicionantes, quando não tragam consequências diretas para o meio ambiente.

II - infração material: a ação ou a omissão que cause ou possa causar contaminação,


poluição e/ou degradação do meio ambiente.

Art. 302. As infrações são classificadas como leves, graves e gravíssimas, observando-se a
seguinte gradação para o valor das multas:

I - infrações leves: de R$ 500,00 (quinhentos reais) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais);

II - infrações graves: de R$ 5.001,00 (cinco mil e um reais) até R$ 100.000,00 (Cem mil
reais);

III - infrações gravíssimas: de R$ 100.001,00 (cem mil e um reais) até R$ 5.000.000,00

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(cinco milhões de reais).

§ 1º O enquadramento das infrações nas classes a que se refere o caput deste artigo
dar-se-á conforme o Anexo IV deste Código.

§ 2º O Anexo V deste Código apresenta as penalidades cabíveis para cada classe de


infração mencionada no caput deste artigo.

§ 3º Para definição do valor da multa a ser aplicada, conforme Anexo VI deste Código,
serão consideradas circunstâncias atenuantes e agravantes da infração, sendo que o
enquadramento na faixa de valor se dará pela combinação dessas circunstâncias,
predominando as agravantes.

§ 4º O rol de infrações estabelecido no Anexo IV deste Código não é taxativo, o que


autoriza a autoridade competente a promover, o enquadramento de infrações que dele não
constarem, com base nas disposições do caput deste artigo e do artigo anterior deste Código.

Art. 303. Nos casos de infração continuada poderá ser aplicada multa diária de R$ 500,00
(quinhentos reais) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Parágrafo único. A multa diária será devida até que o infrator adote medidas eficazes
para a cessação das irregularidades constatadas ou dos efeitos da ação prejudicial, podendo
ser suspensa, a critério do órgão ambiental municipal competente, quando firmado termo de
compromisso estabelecendo cronograma para regularidade ambiental do empreendimento ou
atividade, desde que se trate de infração formal.

Art. 304. Considera-se infração continuada á atividade que:

I - estando em operação, não estiver provida ou não se utilizar dos meios adequados
para evitar o lançamento ou a liberação dos poluentes, ou a degradação ambiental;

II - não adotar as medidas adequadas para cessar, reduzir ou reparar os danos causados
ao meio ambiente;

III - estiver instalada ou operando sem as necessárias licenças, autorizações ou TCRA.

Parágrafo único. A critério do órgão ambiental municipal competente, poderá ser


concedido prazo para correção das irregularidades apontadas, desde que haja requerimento
fundamentado do infrator, sustando-se a incidência da multa, durante o decorrer do prazo, se
concedido, ou do convencionado em termo de compromisso.

Art. 305. Sanada a irregularidade, o infrator comunicará o fato por escrito ao órgão ambiental
municipal competente e uma vez constatado sua veracidade, retroagirá o termo final do curso
diário da multa à data da comunicação.

CAPÍTULO III

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DAS PENALIDADES

Art. 306. Sem prejuízo das sanções penais e civis, aos Infratores serão aplicadas as
seguintes penalidades, independentemente de sua ordem de enumeração:

I - advertência;

II - multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);

III - interdição temporária ou definitiva;

IV - embargo temporário ou definitivo;

V - demolição;

VI - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,


apetrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

VII - suspensão parcial ou total de atividades;

VIII - suspensão de venda e fabricação do produto;

IX - destruição ou inutilização de produto;

X - perda ou restrição de direitos consistentes em:

a) suspensão de registro, licença ou autorização;


b) cancelamento de registro, licença e autorização;
c) perda ou restrição de benefícios e incentivos fiscais;
d) perda ou suspensão da participação em linhas financiamento em estabelecimentos
públicos de crédito;
e) proibição de licitar e contratar com a Administração Pública pelo período de até 03
(três) anos.

§ 1º As penalidades previstas neste artigo poderão ser impostas isoladas ou


cumulativamente.

§ 2º Caso o infrator venha a cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações de


natureza diferente, poderão ser-lhe aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas
correspondentes.

Art. 307. Para gradação e aplicação das penalidades serão observados os seguintes

critérios:

I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;

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II - a gravidade do fato, tendo em vista suas consequências para o meio ambiente;

III - os antecedentes do infrator;

IV - o porte do empreendimento;

V - escolaridade do infrator;

VI - tratar-se de infração formal ou material.

Art. 308. São consideradas circunstâncias atenuantes:

I - espontânea contenção, redução ou reparação da degradação ambiental pelo infrator;

II - decorrer, a infração, da prática de ATO costumeiro de população tradicional à qual


pertença o infrator;

III - não ter cometido nenhuma infração anteriormente;

IV - baixo grau de escolaridade do infrator;

V - condição socioeconômica;

VI - colaboração com os técnicos encarregados da fiscalização e do controle ambiental;

VII - comunicação imediata do infrator às autoridades competentes.

Art. 309. São consideradas circunstâncias agravantes:

I - a infração ter ocorrido à noite, em domingos ou dias feriados ou em local de difícil


acesso e carente de infraestrutura;

II - a infração ter ocorrido em Unidades de Conservação ou em área de preservação


permanente e proteção ambiental;

III - ter a infração atingido propriedades de terceiros;

IV - ter a infração acarretado danos em bens materiais;

V - ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada;

VI - a tentativa dolosa de se eximir da responsabilidade;

VII - dolo, mesmo eventual;

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VIII - ter o infrator cometido o ATO:

a) para obter vantagem pecuniária;


b) coagindo outrem para execução material da infração.

IX - adulteração de análises e resultados que prejudiquem a correta avaliação dos níveis


de emissão;

X - a infração atingir espécies nativas raras, endêmicas, vulneráveis, de importância


econômica ou em perigo de extinção;

XI - causar a necessidade de evacuar a população, ainda que momentaneamente;

XII - a infração expor ao perigo a saúde pública ou o meio ambiente;

XIII - tornar a área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana;

XIV - causar danos permanentes ao meio ambiente ou à saúde humana.

Art. 310.A penalidade de advertência será aplicada, a critério do órgão ambiental municipal
competente, quando se tratar de infração de natureza leve, fixando-se, quando for o caso,
prazo para que sejam sanadas as irregularidades apontadas.

Parágrafo único. A advertência será aplicada pelos técnicos do órgão ambiental municipal
competente credenciados.

Art. 311. O agente atuante competente pela lavratura do auto de infração indicará a multa
estabelecida para a conduta, bem como, se for o caso, as demais sanções previstas neste
Código, observando-se os critérios previstos no artigo 307 deste Código.

Art. 312. A autoridade competente deve, de ofício ou mediante provocação,


independentemente do recolhimento da multa aplicada, majorar, manter ou minorar o seu
valor, respeitados os limites estabelecidos nos artigos infringidos, observando os incisos do
artigo 307 deste Código.

Parágrafo único. A autoridade competente, ao analisar o processo administrativo de auto


de infração, observará no que couber, o disposto nos artigos 308 e 309 deste Código.

Art. 313. O órgão ambiental municipal competente implementará sistema informatizado para
consulta e divulgação das penalidades aplicadas.

Art. 314.A multa poderá ser convertida na prestação de serviços de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade do meio ambiente, devidamente estabelecidos em termo de
compromisso a ser firmado com o órgão ambiental municipal competente.

Parágrafo único. A celebração de termo de compromisso poderá implicar redução de até

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90% (noventa por cento) do valor da multa imposta, ficando o órgão ambiental municipal
competente obrigado a motivar e circunstanciar o ATO no competente processo.

Art. 315. O valor da multa será corrigido, periodicamente, pelo Poder Executivo com base em
índices oficiais.

Art. 316.Nos casos de reincidência, a multa será aplicada pelo equivalente ao dobro da multa
correspondente à infração cometida.

§ 1º Constitui reincidência a prática de nova infração da mesma natureza.

§ 2º Não será considerada reincidência se, entre a infração cometida e a anterior, houver
decorrido o prazo de 3 (três) anos.

Art. 317. A penalidade de interdição temporária será imposta a atividades, nos casos de:

I - perigo ou dano à saúde pública ou ao meio ambiente;

II - a critério do órgão ambiental municipal competente, nos casos de infração formal;

III - a critério do órgão ambiental municipal competente, a partir de reincidência.

§ 1º A penalidade de interdição temporária deve perdurar até o atendimento das


exigências feitas pelo órgão ambiental municipal competente para correção das
irregularidades apontadas, ou até a celebração de termo de compromisso, voltando à
atividade a ser operada nas condições nele estabelecidas.

§ 2º A penalidade de interdição temporária será imposta pelo técnico credenciado ao


órgão ambiental municipal competente, após o cumprimento das exigências legais atinentes a
matéria.

Art. 318. A penalidade de interdição definitiva será imposta nos casos e situações previstas no
artigo anterior, quando a atividade não tiver condições de ser regularizada conforme os
dispositivos previstos na legislação ambiental.

Parágrafo único. A penalidade de interdição definitiva será imposta pelo órgão ambiental
municipal competente, assegurada a ampla defesa e o contraditório.

Art. 319.A interdição aplicada em relação à fonte móvel de poluição implica na permanência
desta em local definido pelo órgão ambiental municipal competente, até que a emissão de
poluentes ou ruído seja sanada.

Parágrafo único. Não cumpridas às exigências constantes da interdição, na forma e


tempo fixados, a fonte móvel ficará definitivamente proibida de operar ou circular.

Art. 320. A imposição de penalidade de interdição, se definitiva, acarreta a cassação de

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licença de operação e, se temporária, sua suspensão pelo período em que durar a interdição.

A penalidade de embargo temporário será imposta no caso de obras e construções


Art. 321.
em andamento sem a devida regularidade ambiental mediante licença, anuência, autorização,
ou TCRA, ou em desacordo com os mesmos, se concedidos.

§ 1º A penalidade de embargo temporário deve perdurar até o atendimento das


exigências feitas pelo órgão ambiental municipal competente para correção das
irregularidades apontadas, ou até a celebração de termo de compromisso.

§ 2º A penalidade de embargo temporário será imposta pelo técnico credenciado ao


órgão ambiental municipal competente cabendo a sua liberação após o cumprimento das
exigências legais atinentes a matéria.

Art. 322. A penalidade de embargo definitivo será imposta quando as condições previstas no
artigo anterior ocorrerem e a obra ou construção não tiver condição de ser regularizada,
conforme os dispositivos previstos na legislação ambiental.

Parágrafo único. A penalidade a que se refere o caput deste artigo será imposta pelo
órgão ambiental municipal competente, assegurada a ampla defesa e o contraditório.

Art. 323. A penalidade de demolição será imposta a critério do CONDEMA e executada


administrativamente quando a obra, construção ou instalação:

I - estiver produzindo grave dano ambiental;

II - estiver contrariando as disposições legais previstas em normas ambientais de âmbito


federal ou estadual.

§ 1º O infrator é responsável pela demolição imposta pelo CONDEMA.

§ 2º Quando a demolição implicar em consequências sociais graves ou se referir à


moradia do infrator somente será executada por ordem judicial.

Art. 324. A penalidade de apreensão será imposta nos casos de infração às normas e
exigências ambientais ou danos diretos ao meio ambiente e aos recursos naturais e dar-se-á
relação aos instrumentos, apetrechos, equipamentos, animais e veículos utilizados bem como,
produtos e subprodutos dela resultantes, mediante lavratura do respectivo auto.

§ 1º Aos instrumentos, apetrechos, animais, equipamentos, ou veículos utilizados na


prática da infração, bem como aos produtos e subprodutos dela resultantes apreendidos serão
dadas as seguintes destinações:

I - os produtos e subprodutos perecíveis ou madeira, apreendidos pela fiscalização serão


avaliados e, na impossibilidade de liberação, doados pelo órgão ambiental municipal
competente às instituições científicas, hospitalares, penais, militares, públicas e outras com

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fins beneficentes, bem como às comunidades carentes, lavrando-se os respectivos termos de


doação, sendo que, no caso de produtos da flora não perecíveis, os mesmos serão destruídos
ou doados à instituições científicas, culturais ou educacionais;

II - os animais apreendidos serão libertados em seu habitat natural após verificação de


sua adaptação às condições de vida silvestre, por técnico habilitado, ou entregues a jardins
zoológicos, fundações ambientalistas ou entidades assemelhadas, mediante termo de entrega.
Na impossibilidade de atendimento imediato das condições anteriores, os animais serão
confiados à fiel depositário, até definição de seu destino;

III - os instrumentos, os equipamentos, os apetrechos, os veículos apreendidos na


prática da infração, poderão:

a) ser confiados à fiel depositário, na forma do disposto no Código Civil, e somente serão
liberados mediante o pagamento da multa, quando imposta, ou acolhimento de defesa ou
recurso;
b) ser doados pelo órgão ambiental municipal competente às Instituições científicas,
hospitalares, penais, militares, públicas e outras com fins beneficentes, bem como às
comunidades carentes, lavrando-se os respectivos termos de doação.

VI - Não identificado um fiel depositário, o órgão ambiental municipal competente deverá


identificar locais adequados para guarda dos instrumentos, apetrechos, equipamentos,
veículos, produtos e subprodutos não perecíveis apreendidos, enquanto não forem
implementadas as condições para sua liberação ou doação.

Art. 325. A penalidade de apreensão de equipamentos, instrumentos, produtos, animais,


apetrechos, veículos e máquinas será imposta pelo técnico credenciado ao órgão ambiental
municipal competente, cabendo a sua liberação ao titular da pasta, após o cumprimento das
exigências legais atinentes à matéria.

As penalidades de suspensão de venda e fabricação do produto serão impostas pelo


Art. 326.
CONDEMA nos casos de substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou nocivos à saúde
humana ou ao meio ambiente.

Parágrafo único. No caso de suspensão de venda o empreendedor deverá providenciar,


às suas custas, o recolhimento do produto colocado à venda ou armazenado, dando-lhe a
destinação adequada, conforme determinação do órgão ambiental municipal competente.

Art. 327.As penalidades de destruição ou inutilização de produto serão impostas pelo


CONDEMA nos casos de substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ou nocivos à saúde
humana ou ao meio ambiente.

Parágrafo único. As medidas a serem adotadas, seja inutilização ou destruição, correrão


às expensas do infrator.

Art. 328. A penalidade de perda ou restrição de direitos consiste em:

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I - suspensão de registro, licença ou autorização;

II - cancelamento de registro, licença e autorização;

III - perda ou restrição de benefícios e incentivos fiscais;

IV - perda ou suspensão da participação em linhas financiamento em estabelecimentos


públicos de crédito;

V - proibição de licitar e contratar com a Administração Pública pelo período de até 03


(três) anos.

§ 1º A aplicação das penalidades previstas nos incisos I e II deste artigo dar-se-á pelo
órgão responsável pelo registro ou pela emissão da licença ou autorização.

§ 2º O órgão ambiental municipal competente, quando solicitado, atestará a regularidade


ambiental dos empreendimentos e atividades, para efeito da aplicação das penalidades
previstas nos incisos III, IV e V deste artigo.

CAPÍTULO IV
DO TERMO DE COMPROMISSO

Art. 329. O órgão ambiental municipal competente poderá celebrar termo de compromisso
com os responsáveis pelas fontes de degradação ambiental, visando à adoção de medidas
específicas para a correção das irregularidades constatadas.

§ 1º O termo de que trata este artigo terá efeito de título executivo extrajudicial.

§ 2º O termo deverá conter, obrigatoriamente, a descrição de seu objeto, as medidas a


serem adotadas, o cronograma físico estabelecido para o cumprimento das obrigações e as
penalidades a serem impostas, no caso de inadimplência.

§ 3º A celebração de termo de compromisso poderá implicar redução de até 90%


(noventa por cento) do valor da multa imposta, ficando o órgão ambiental municipal
competente obrigado a motivar e circunstanciar o ATO no competente processo.

§ 4º O termo de compromisso de que trata este artigo, poderá, em casos específicos,


preceder a concessão da licença ambiental, constituindo-se em documento hábil de
regularização ambiental, durante a sua vigência.

§ 5º A inexecução total ou parcial do convencionado no termo de compromisso enseja a


execução das obrigações dele decorrentes, inclusive quanto aos custos para a recomposição
do dano ambiental, sem prejuízo das sanções administrativas aplicáveis á espécie, qual seja o
retorno originário da penalidade que fora aplicada.

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§ 6º Aplica-se o disposto no caput deste artigo aos infratores decorrentes de infração


formal ou não formal.

CAPÍTULO V
DOS PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 330.O processo administrativo para apuração de infração ambiental deverá observar os
seguintes prazos máximos:

I - 20 (vinte) dias para o infrator apresentar defesa ou impugnação contra o auto de


infração, contados da data da ciência da autuação;

II - 20 (vinte) dias para o infrator interpor recurso administrativo sem efeito suspensivo ao
CONDEMA, contados do recebimento da notificação da decisão que aplicar a penalidade
administrativa;

III - 60 (sessenta) dias para o órgão ambiental municipal competente, ou o CONDEMA,


quando for o caso, julgar o auto de infração, contados da data do recebimento da defesa ou
recurso, conforme o caso;

IV - 5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da ciência do respectivo auto de


infração, sob pena de inscrição na dívida ativa.

§ 1º No caso de aplicação de multa diária, o recolhimento a que se refere este artigo


deverá ser efetuado pela importância pecuniária correspondente ao período compreendido
entre o auto de infração e a interposição do recurso.

§ 2º No caso de apresentação de defesa ao órgão ambiental municipal competente, sem


posterior oferecimento de recurso ao CONDEMA, o prazo previsto neste artigo será contado
da data da ciência da decisão emanada pelo órgão ambiental municipal competente.

§ 3º O CONDEMA, na apreciação do recurso, poderá, mediante ATO devidamente


motivado, cancelar a penalidade imposta, reduzir seu valor ou transformá-la em outro tipo de
penalidade, inclusive em prestação de serviços relacionados a proteção de recursos
ambientais.

Art. 331. O pagamento das multas poderá ser parcelado em até 12 (doze) meses.

Art. 332. O pagamento da multa poderá se dar mediante doação em pagamento, de bens
móveis e imóveis, cuja aceitação dar-se-á a critério do órgão ambiental municipal competente.

Art. 333.Quando o valor da multa for superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), admitir-se-á a
fiança bancária.

Constatada a irregularidade, será lavrado o auto de infração, em 02 (duas) vias, no


Art. 334.
mínimo, destinando-se a primeira ao autuado e as demais à formalização do processo

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administrativo, devendo este instrumento conter:

I - a denominação da entidade ou pessoa física autuada e seu endereço;

II - o ATO, fato ou omissão que resultou na infração;

III - a disposição normativa infringida;

IV - o local, data e hora do cometimento da infração ou da constatação de sua ocorrência;

V - o prazo para corrigir a irregularidade apontada, se for o caso;

VI - a penalidade imposta e seu fundamento legal;

VII - a assinatura da autoridade que o lavrou;

VIII - o prazo para apresentação de defesa e recurso.

§ 1º O auto de infração de apreensão deverá conter, além dos dados constantes nos
incisos deste artigo:

I - a descrição dos produtos e ou apetrechos apreendidos;

II - a qualificação e assinatura do fiel depositário, quando for o caso;

III - o valor atribuído aos bens apreendidos;

IV - as testemunhas.

§ 2º No caso de infração que envolva fontes móveis, o auto de infração deverá conter,
além dos dados constantes nos incisos deste artigo, a placa de identificação da fonte móvel, a
marca, o modelo, a cor e demais características.

Art. 335.O infrator será notificado para ciência do auto de infração, da seguinte forma,
sucessivamente:

I - pessoalmente ou por seu representante legal, administrador ou empregado;

II - pela via postal, com aviso de recebimento (AR);

III - por edital, se estiver em lugar incerto ou não sabido.

§ 1º Caso o infrator se recuse a tomar ciência do auto de infração quando autuado


pessoalmente, a autoridade fiscalizadora dará por notificado o infrator mediante a assinatura
de duas testemunhas.

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§ 2º O edital referido no inciso III deste artigo será publicado uma única vez, no Diário
Oficial do Município e em jornal de grande circulação, considerando-se efetivada a autuação
05 (cinco) dias após a publicação.

Parágrafo único. Na contagem dos prazos estabelecidos neste Código, excluir-se-á o dia
do início e incluir-se-á o do vencimento, prorrogando este, automaticamente, para o primeiro
dia útil, se recair em dia sem expediente no órgão ambiental municipal competente, observada
a legislação vigente.

Art. 336. Admitir-se-á a apresentação de defesa e recurso através de e-mail e fax, dentro dos
prazos fixados neste Código, devendo, entretanto, serem validados em até 05 (cinco) dias
após a referida apresentação, através de correspondência protocolada diretamente no órgão
ambiental municipal competente ou enviada pelo correio, registrada com Aviso de
Recebimento (AR).

Art. 337. As multas serão recolhidas em conta bancária especial sob a denominação de
Fundo Municipal de Conservação Ambiental (FMCA), em estabelecimento credenciado pelo
Município.

Art. 338. O não recolhimento da multa no prazo fixado acarretará para a mesma o acréscimo
de juros de 1% (um por cento) ao mês.

Art. 339. Nos casos de cobrança judicial, o órgão ambiental municipal competente
providenciará a inscrição dos processos administrativos na dívida ativa e procederá à sua
execução.

Art. 340.As restituições de multas resultantes da reforma de decisões aplicadas com base em
LEI e no presente Código serão efetuadas após a decisão final, da qual não caiba mais
recurso, de acordo com o índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), estabelecido pelo
Governo Federal, ou outro índice que venha a substituí-lo.

Parágrafo único. As restituições mencionadas neste artigo deverão ser requeridas ao


órgão ambiental municipal competente, através de petição que deverá ser instruída com:

I - nome do infrator e seu endereço;

II - número do processo administrativo a que se refere a restituição pleiteada;

III - cópia da guia de recolhimento da multa.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 341.O Poder Executivo poderá decretar atos necessários a complementar lacunas ou
omissões existentes neste Código.

Art. 342. Aplicam-se subsidiariamente a este Código as disposições constantes das demais

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normas municipais, estaduais e federais, no que couber.

Art. 343. Esta LEI entrará em vigor na data de sua publicação, revogando todas as
disposições em contrário, em especial a LEI nº 791 de 18 de outubro de 2006, e os § 1º e 2º
do Art. 71 e os Art. 80, 81, 82, da LEI nº 792 de 18 de outubro de 2006.

Gabinete da Prefeita, em 31 de dezembro de 2012.

VALDICE CASTRO VIEIRA DA SILVA


Prefeita Municipal

(Informação Portal LeisMunicipais: textos ilegíveis nos artigos 155, § 2º; 156; 158, § 1º; 160; 177, parágrafo
único, alínea f; 180; 181; 183, inciso IV, V, VI; 187; 188, § 1º; 189; 191, inciso IV, V; 194, inciso III; 195; 196,
inciso I, alínea a, c, d, e, inciso II, alínea a, b, c; 197, inciso I, II, IV, V, VI, parágrafo único; 198, inciso I, III;
199, § 2º, § 3º; 200; 201; 202; 203, inciso II, III, IV, V, VI; 204; 205, parágrafo único; 206, § 1º, § 2º, inciso I,
III, IV; 207, inciso I, II; 208; 209; 210; 211, conforme arquivo original disponibilizado no final da página).

ANEXO I

CONCEITOS

1. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: porções do território municipal, de


domínio público ou privado, definidas pela legislação como destinadas à proteção integral de
suas características ambientais.
2. ÁREAS DE CONSERVAÇÃO: porções do território municipal onde se admite o uso
indireto controlado, sendo um regime menos restrito de proteção ambiental que o de
preservação. Relaciona-se, contudo, aos recursos naturais renováveis.
3. ANUÊNCIA: documento por meio do qual o órgão gestor das Unidades de
Conservação se pronuncia previamente sobre a adequação da localização de um
empreendimento ou atividade em relação ao plano de manejo de unidade de conservação, ou,
em caso de inexistência do mesmo, sobre as fragilidades ecológicas da área em questão.
4. AUTOMONITORAMENTO: a atividade de controle e fiscalização exercida pelo próprio
interessado, cuja empresa represente fonte potencialmente poluidora e/ou utilize recursos
naturais. O automonitoramento poderá ser físico, químico, biológico e/ou toxicológico dos
recursos naturais.
5. BIODIVERSIDADE: a diversidade biológica em termos de genética, espécies e
ecossistemas.
6. BIOSFERA: a parte do planeta onde a vida existe e se mantém: o solo, subsolo, a
atmosfera e as águas superficiais ou subterrâneas.
7. CONSERVAÇÃO: regime de proteção ambiental de uso indireto, menos restrito que o
de preservação.
8. CONTROLE DE RISCOS: medidas que têm por objetivo a preservação de acidentes, a
limitação de riscos e a proteção contra sinistros capazes de produzir danos ou prejuízos às
pessoas, à flora, à fauna, aos bens ou ao meio ambiente.
9. DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL: a alteração adversa das características
do meio ambiente.

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10. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: o que garante a satisfação das necessidades e


aspirações da geração presente, sem comprometer a qualidade e quantidade dos recursos
ambientais das gerações futuras.
11. ECOSSISTEMAS: conjunto integrado de fatores físicos e bióticos, que caracterizam um
determinado lugar, estendendo-se por um espaço de dimensões que podem ser variáveis.
12. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: o processo de aprendizagem permanente, que visa o
desenvolvimento do conhecimento, a reflexão e a conscientização sobre as questões
ambientais. Toda ação de Educação Ambiental deverá difundir os princípios da legislação
ambiental vigente.
13. ELEMENTOS FÍSICOS: relevo, geologia, clima, microbacias ou substâncias e bacias
fluviais e ainda aqueles de significado histórico, cultural, paisagístico, paleontológico e
estético.
14. ESPAÇOS PÚBLICOS: são áreas que constituem o elo de ligação entre o indivíduo e as
comunidades, oferecendo serviços e lazer coletivo.
15. EDUCOMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL: a utilização de práticas comunicativas,
comprometidas com a ética da sustentabilidade ambiental na formação cidadã, mediante a
utilização de tecnologias da informação, visando a participação, articulação entre gerações,
setores e saberes, integração comunitária, reconhecimento de direitos e amplo acesso de
todos aos meios de comunicação.
16. GERENCIAMENTO AMBIENTAL: o conjunto de ações requeridas para a conservação,
preservação, defesa, controle, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.
17. GESTÃO AMBIENTAL: a administração e o controle do uso sustentável dos recursos
ambientais, naturais ou não, por instrumentação adequada - regulamentos, normatização e
investimentos públicos, assegurando-se racionalmente o conjunto de desenvolvimento
produtivo e socioeconômico em benefício do meio ambiente.
18. IMPACTO AMBIENTAL: toda e qualquer alteração significativa do meio ambiente induzida
pelo homem para realizar uma atividade ou empreendimento, incluindo para todos os efeitos
legais, as fontes de riscos locais, instalações e atividades que possam produzir lesões ou
danos às pessoas, a flora, a fauna, aos bens ou ao meio ambiente. As atividades ou
empreendimentos são identificados como potencialmente impactantes em função da natureza,
do porte, da localização, da área ocupada, dos níveis de adensamento e dos riscos deles
decorrentes.
19. IMPACTO DE VIZINHANÇA: toda e qualquer alteração significativa, causada por uma
atividade ou empreendimento, que represente aumento ou sobrecarga na capacidade de
infraestrutura urbana e na rede de serviços públicos, bem como alteração na paisagem
urbana.
20. JARDIM ZOOLÓGICO: qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro
ou regime de semiliberdade, expostos à visitação pública, desde que licenciado.
21. LIMITE DE TOLERÂNCIA: a intensidade ou concentração máxima a que a maioria dos
indivíduos pode estar exposta, durante toda a sua vida, sem sofrer prejuízos a saúde.
22. MANEJO (ADEQUADO): utilização racional e controlada de recursos ambientais mediante
a aplicação de conhecimentos científicos e técnicos, visando atingir os objetivos de
conservação da natureza.
22. MEIO AMBIENTE: o conjunto de condições, leis, Influências e interações de ordem física,
química e biológica que permite, abrigam e regem a vida em todas as suas formas e ainda
elementos socioeconômicos e institucionais, com o qual o homem interage, e o patrimônio

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público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.


23. MANIFESTAÇÃO PRÉVIA: opinativo técnico, de caráter eminentemente consultivo,
emitido pelo órgão ambiental por demanda do Interessado, com caráter de orientação sobre
os aspectos relativos à localização, implantação, operação, alteração ou regularização de um
determinado empreendimento ou atividade.
24. PADRÃO DE EMISSÃO: o limite máximo estabelecido para lançamento de poluentes que,
ultrapassado, poderá afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como
ocasionar danos à flora, a fauna, às atividades econômicas e ao meio ambiente em geral.
25. PADRÃO DE QUALIDADE DO AR: definição das concentrações de poluentes
atmosféricos que, ultrapassados, poderá afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da
população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente
em geral.
26. PADRÃO PRIMÁRIO DA QUALIDADE DO AR: as concentrações de poluentes que,
ultrapassados, poderão afetar a saúde da população.
27. PADRÃO SECUNDÁRIO DA QUALIDADE DO AR: a concentração máxima permitida de
poluentes atmosféricos, com objetivo de prever o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da
população, assim como o mínimo dano à flora, à fauna, aos materiais e ao melo ambiente em
geral.
28. PADRÃO DIÁRIO DA QUALIDADE DO AR: a concentração média diária máxima permitida
de poluentes atmosféricos.
29. PADRÃO ANUAL DA QUALIDADE DO AR: a concentração média anual máxima permitida
de poluentes atmosféricos.
30. PADRÃO DE CONDICIONAMENTO E PROJETO: as características e condições de
lançamento ou liberação de poluentes, bem como as características e condições de
localização e utilização de fontes poluidoras.
31. PLANEJAMENTO AMBIENTAL: o diagnóstico, o estabelecimento de metas, ações,
cronograma e a previsão de recursos voltados para a sustentabilidade do desenvolvimento
municipal e a conservação da biodiversidade indutora de uma fragmentação do processo de
priorização das necessidades locais de interesse público.
32. POLUENTE DO AR: qualquer substância em estado sólido, particulado, líquido, pastoso
ou gasoso, que direta ou indiretamente seja lançado ou esteja dispersa na atmosfera,
alterando sua composição natural.
33. POLUENTE ATMOSFÉRICO: aquele que se encontra na atmosfera na forma como foi
emitido pela fonte poluidora.
34. PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE: proteção integral do atributo natural, constituindo
regime mais restrito que o de conservação.
35. PROTEÇÃO AMBIENTAL: procedimento integrante das práticas de conservação e
preservação da natureza.
36. RECURSOS AMBIENTAIS: minerais, energéticos, hídricos, a atmosfera, as águas
interiores, superficiais e subterrâneas, o solo e o subsolo.
37. RECURSOS NATURAIS: os enumerados acima, excetuando-se os construídos pelo
homem.
38. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA): documento que resume e sintetiza os
estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto (Estudo de Impacto Ambiental - EIA).
39. SISTEMA DE ÁREAS VERDES: áreas verdes compostas de Áreas de Proteção Ambiental,
Áreas Verdes dos Loteamentos e Parques Municipais e corredores ecológicos.

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40. VIBRAÇÃO: o tremor ou oscilação causada por um corpo em movimento, que se propaga
pelo ar, solo ou água, e que poderá interferir nas funções orgânicas dos seres vivos e/ou nas
estruturas das edificações, comprometendo seu equilíbrio e segurança.

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