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ESTADO DA BAHIA

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LEI Nº145 /2006, de 30 de outubro de
2006

PUBLICAÇÃO _

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•Dool•·ro que o pre•ento Institui o Código Municipal do Meio Ambiente, que define a Política
.em-, Ambiental para o Município de Sento Sé; altera as Leis nº 75 de 28
Fyn
de maio de 2003 e a Lei nº 48 de 31 de maio de 2002 e dá outras
providencias.

O PREFEITO MUNICIPAL DE SENTO SÉ, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições


legais,
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULOI

DA POLÍTICA AMBIENTAL DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO!

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º - Este código regula os direitos e obrigações concernentes à proteção, controle, conservação e
recuperação do Meio Ambiente no Município de Sento Sé, integrando-o ao Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA.

Art. 2° - A política do meio ambiente do Município, respeitadas as competências da União e do Estado,


objetiva manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade, o dever de promover sua
proteção, controle, conservação e recuperação para as presentes e futuras gerações.

Art. 3° - Para elaboração, implementação e acompanhamento da política de meio ambiente do Município


serão observados os seguintes princípios fundamentais:

I . multidisciplinaridade no trato das questões ambientais;

II . participação comunitária;

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m• compatibilização com as políticas do meio ambiente nacional e estadual;

IV • unidade na política e na sua gestão, sem prejuízo da descentralização das

ações; V • compatibilização entre as políticas setoriais e demais ações;


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VI - continuidade, no tempo e no espaço, das ações básicas de gestão ambiental; '
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VII - a obrigatoriedade de reparação do dano ambiental independente de outras sanções civis ou
penais;
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VIlI - adoção de licenciamento e da avaliação de impactos ambientais de empreendimentos como


medidas preventivas;

IX - educação ambiental;

X - fiscalização permanente para adoção de medidas corretivas e punitivas.

CAPÍTULO II

DO INTERESSE LOCAL

Art. 4° - Para o cumprimento do disposto no artigo 30, da Constituição Federal, considera-se, no que
concerne ao Meio Ambiente, como de interesse local:

I - o estímulo cultural à adoção de hábitos, costumes, posturas e práticas sociais e econômicas não
prejudiciais ao meio ambiente;

II - a adequação das atividades públicas e privadas, rurais e urbanas, às imposições do equilíbrio


ambiental e dos ecossistemas naturais onde se inserem;

III - o cumprimento do Plano Diretor do Município, em especial, das normas relativas ao


desenvolvimento urbano que levem em conta a proteção ambiental;

IV - a ação na defesa e proteção ambiental no âmbito da Região do Baixo Médio São Francisco
em acordo, convênio e em consórcio com os demais municípios;

V - a ação na defesa e proteção ambiental do entorno do Lago de Sobradinho, bem como na


manutenção do Biorna Caatinga e os Sítios Arqueológicos que circundam a região, em acordos,
. convênios e em consórcio com outros municípios, tendo em vista o valor ecológico e turístico que
representar para a comunidade regional;

VI - a diminuição dos níveis de poluição atmosférica, hídrica, sonora, visual e do solo, mantendo
se dentro dos padrões técnicos estabelecidos pelas normas vigentes;

VII - o cumprimento de normas federais de segurança, e o estabelecimento de normas


complementares, no tocante ao armazenamento, transporte e manipulação de produtos, materiais e
rejeitos perigosos;

VIII - a criação e manutenção de parques, reservas e estações ecológicas, áreas de proteção


ambiental e as de relevante interesse ecológico e turistico, entre outros;

IX - o exercício do poder de polícia em defesa da flora e da fauna, assím como o estabelecímento


de critérios de arborização para o Município, com a utilização de métodos e normas de poda que
evitem a mutilação das árvores, no aspecto vital e estético;

X - a recuperação dos rios, córregos, nascentes e das matas ciliares;

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XI - a garantia de crescentes níveis de saúde ambiental da coletividade humana e dos indivíduos,
inclusive, através do provimento de infra-estrutura sanitária e de condições de salubridade das
edificações, vias e logradouros públicos;

XII - a proteção do patrimônio artístico, histórico, estético, arqueológico, paleontológico,


paisagístico e ecológico do município;

XIII - a exigência de prévia autorização do órgão ambiental municipal para a instalação de


atividades, fabricação e serviços que, de qualquer modo, influenciem negativamente na qualidade
ambiental, mediante a apresentação de análise de risco e estudo de impacto ambiental;

CAPÍTULOID

DA COMPETÊNCIA E DA AÇÃO DO MUNICÍPIO DE SENTO SÉ

Art. 5º - Ao Município de Sento Sé, no exercício de sua competência, incumbe mobilizar e coordenar
suas ações e recursos humanos, financeiros, materiais, técnicos e científicos, bem como a participação da
população, na consecução dos objetivos e interesses estabelecídos nesta Lei Complementar, devendo:

I - planejar e desenvolver ações de autorização, promoção, proteção, conservação, preservação,


recuperação, restauração, reparação, vigilância e melhoria da qualidade ambiental;

II - definir e controlar a ocupação e uso dos espaços territoriais, de acordo com a Lei de Uso e
Ocupação do Solo Urbano do Município;

III - implementar o Plano Diretor Municipal de Proteção ao Meio

Ambiente; IV - exercer o controle da poluição ambiental;

V - definir áreas prioritárias de ação governamental relativas ao meio ambiente, visando à


preservação e melhoria da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

VI - identificar, criar e administrar unidades de conservação e de outras áreas para a proteção de


mananciais, ecossistemas naturais, flora e fauna, recursos genéticos e outros bens e interesses
ecológicos;

VII - estabelecer diretrizes específicas para a proteção de mananciais hídricos, através de planos
de uso e ocupação de áreas de drenagem de bacias e sub-bacias hidrográficas;

VIII - criar ou adotar da legislação Estadual ou Federal normas e padrões complementares de


qualidade ambiental, aferição e monitoramento dos níveis de poluição;

IX - criar ou adotar da legislação Estadual e ou Federal normas de auto-monitoramento, padrões


de emissão e condições de lançamento de resíduos e efluentes de qualquer natureza;

X - conceder licenças, autorizações e fixar limitações administrativas relativas ao meio

ambiente; XI - implantar sistema de cadastro e informações sobre o meio ambiente;


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XII - promover a conscientização pública para a proteção do meio ambiente e educação ambiental
como processo permanente, integrado e multidisciplinar, em todos os níveis de ensino;

XIII - fomentar e incentivar o desenvolvimento, a produção e instalação de equipamentos e a


criação, absorção e difusão de tecnologias compatíveis com a melhoria da qualidade ambiental;

XIV - implantar e operar o sistema de monitoramento ambiental;

XV - construir e implementar a Agenda 21 Local por meio da participação comunitária no


planejamento, execução e monitoramento das atividades que visem o Desenvolvimento
Sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população.

CAPÍTULO IV

DOS CONCEITOS GERAIS

Art. 6º - Os conceitos gerais para os efeitos dessa Lei são os seguintes:

I- Meio Ambiente: a interação de elementos naturais, sócio-econômicos e culturais, que permite,


abriga e rege a vida em todas as suas formas;

II- Ecossistemas: conjunto integrado de fatores fisicos e bióticos que caracterizam um


determinado espaço, em uma totalidade integrada, sistêmica e aberta, que envolve fatores
abióticos e bióticos, com respeito à sua composição, estrutura e função;

III- Degradação ambiental: a alteração adversa das caracteristicas do meio ambiente resultante de
atividades humanas ou fatores naturais que direta ou indiretamente:
a) Sejam prejudiciais a saúde, à segurança ou ao bem-estar da população;
b) Criem condições adversas ao desenvolvimento sócio-econômico;
c) Afetem desfavoravelmente a biota;
d) Lancem' matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
e) Afetem as condições estéticas e sanitárias do me10 ambiente;

IV- Poluição: a alteração da qualidade ambiental provocada pelo lançamento, liberação ou


disposição de qualquer forma de matéria ou energia nas águas, no ar, no solo ou no subsolo;

V- Poluidor: pessoa tisica ou juridica, de direito público ou privado, direta ou indiretamente


responsável por atividade causadora de poluição ou degradação efetiva ou potencial;

VI- Recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários,


o solo, o subsolo, a fauna e a flora o patrimônio histórico-cultural;

VII- Proteção: procedimentos integrantes das práticas de conservação, preservação e recuperação


da natureza;

VII- Preservação: proteção integral do atributo natural, admitindo apenas seu uso
indireto;

VIII- Conservação: uso sustentável dos recursos naturais, tendo em vista a sua utilização sem
colocar em risco a manutenção dos ecossistemas existentes, garantindo-se a biodiversidade;
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IX- Manejo: técnica de utilização racional e controlada de recursos ambientais mediante a


aplicação de conhecimentos científicos e técnicos, visando atingir os objetivos de conservação da
natureza;

X- Gestão ambiental: tarefa de administrar e controlar os usos sustentados dos recursos naturais e
histórico-culturais, assegurando o desenvolvimento social e econômico em base ecologicamente
sustentável

XI- Impacto Ambiental é a alteração das propriedades fisicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia, resultante das atividades humanas
que, direta ou indiretamente, afetem:
a) A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) As atividades sociais e econômicas;
c) Abiótica;
d) As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
e) A qualidade e quantidade dos recursos ambientais;
t) Os costumes, a cultura e as formas de sobrevivência das populações.

XII- Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano · de recuperação de área degradada e análise
preliminar de risco, assim como Estudo de Impacto Ambiental-EIA e Relatório de Impacto
Ambiental-RIMA.

XIII- Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente licencia a localização, implantação, operação e alteração de procedimentos adotados ·
nos empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, considerando as disposições legais e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

XIV- Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece
as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa fisica ou juridica, para localizar, implantar, operar e alterar
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental.

CAPÍTULO V

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE

Art. 7° - São instrumentos da política do meio ambiente de Sento-Sé:

I - normas, padrões, critérios e parâmetros complementares de qualidade ambiental;

II - o zoneamento ambiental;
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m - o licenciamento ambiental;
IV - as penalidades disciplinares e compensatórias impostas ao não cumprimento das medidas
necessárias à preservação ou correção de degradação ambiental;

V - o estabelecimento de incentivos fiscais com vistas à produção e instalação de equipamentos e


a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

VI - o cadastro técnico de atividades e sistemas de

informações; VII - a cobrança de contribuição de melhoria

ambiental;

vm - a avaliação de estudos de impacto ambiental e de análise de risco;


IX - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as de relevante
interesse ecológico, dentre outras unidades de conservação;

X - a contribuição sobre a-utilização de recursos ambientais com fins

econômicos; XI - planos e programas de educação ambiental;

XII - o cadastro técnico atualizado dos sítios arqueológicos existentes no Município;

XIII - o Plano Diretor do Município;

XIV- a Agenda 21 Local.

XV- o monitoramento ambiental.

Art. 8º- Em todo o território do Município aplica-se o disposto na Lei nº 7.799, de 07.02.2001 que institui
a Política Estadual de Administração dos Recursos Ambientais e dá outras providências, e no Decreto
Estadual nº 7.967 de 05.06.2001.

Art 9º- As categorias de uso e parâmetros de ocupação das Zonas Ambientais do Município de Sento Sé
estão definidas na Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo.

CAPÍTULO VI

GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS AMBIENTAIS

Art. 1O- A gestão integrada dos recursos ambientais do Município tem por objetivo a implantação de um
sistema de gestão de recursos ambientais municipal, integrado pelos diversos agentes sociais, econômicos
e institucionais envolvidos com a recuperação e preservação dos ecossistemas locais, garantindo a
conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, e a elevação da qualidade de vida local.

Art. 11- A Política Ambiental proposta para o Município, deve estar de acordo com as premissas federais
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de atuação do governo e da sociedade, das quais destacam-se:
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I- descentralização das ações de governo federal e estadual, que devem intervir apenas nos
aspectos que não puderem ser resolvidos em âmbito local;

II- participação de todos os segmentos sociais na discussão, definição e implementação de


iniciativas de conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais;

III- interdisciplinaridade na abordagem da gestão dos recursos naturais, promovendo a inserção


ambiental nas políticas setoriais.

Art. 12- São Diretrizes que compõem a Política Ambiental, a serem executadas de acordo com as ações
propostas no Plano Diretor Urbano para o Município:

1 - Diretriz 1 - combate ao desperdício e promoção do consumo sustentável, entre os agentes


econômicos, o setor público e a população;

II - Diretriz 2 - auditorias ambientais e adoção de padrões de qualidade ambiental na indução do


mercado de bens e serviços;

III - Diretriz 3 - implantação e gestão ambiental de projetos habitacionais;

CAPÍTULO VII

DO CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Art. 13- O Conselho Municipal do Meio Ambiente CMMA, órgão deliberativo, consultivo e normativo
da Política Ambiental, tem por finalidade propor, avaliar, acompanhar e fiscalizar a execução da Política
Ambiental do Município de Sento-Sé.

Art. 14- Compete ao Conselho Municipal de Meio Ambiente CMMA:

1- contribuir com a formulação da Política Ambiental do Município de Sento-Sé, propondo


diretrizes e medidas necessárias à defesa, conservação e melhoria do meio ambiente do
Município;

II- aprovar diretrizes e normas para a gestão do Fundo Municipal de Meio Ambiente e
fiscalizar o seu cumprimento;

III- acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos do FMMA;

IV- propor normas ambientais, visando o uso racional dos recursos ambientais e sócio culturais;

V- apurar denuncias relativas à degradação ambiental ou potencuus ameaças à qualidade


ambiental do meio biótico, à saúde e a qualidade de vida da população;

VI- definir a participação da sociedade civil local no monitoramento e fiscalização do uso dos
recursos naturais;

VII- acompanhar e fiscalizar o cumprimento do Plano Diretor no município e suas aplicações


ambientais;
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VIII- promover o zoneamento econômico e ecológico do município de Sento-Sé;

IX- emitir parecer sobre projetos ou atividades que possam degradar a biodiversidade;

X- proteger a fauna e flora e, garantir as informações sobre fontes causadoras de poluição


ambiental;

XI- incentivar programas de educação ambiental na rede de ensino, como também a


conscientização da comunidade para a conservação da biodiversidade;

XII- apoiar através de cãmaras técnicas, ao poder executivo municipal a elaboração de estudos
destinados a analisar situações específicas que causem ou possam causar degradação ou
melhoria ambiental para o município.

Art 15- O CMMA será constituído pelas seguintes representações:

Um representante do setor educacional;


Um representante dos moradores;
Um representante do setor primário (agricultura)
Um representante do setor primário (mineração ou pesca);
Um representante do comercio ou serviços;
Um representante das organizações não governamentais;
Um representante da Sec. Municipal de ...Meio Ambiente...;
Um representante da Sec. Municipal de Saúde;
Um representante da Sec. Municipal de Educação;
Um representante da Sec. Municipal de Obras e Serviços Públicos;
Um representante da Sec. de Ação Social;
Um representante da Câmara de Vereadores.

CAPÍTULO VIIl

DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 16- A implantação e o exercício das atividades de empreendimentos, privados ou públicos,


considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou capazes, de qualquer forma, de causar degradação
ambiental, em nível local, que não sejam de competência estadual ou federal, dependerão de prévio
licenciamento ambiental municipal.

Parágrafo único. Entende-se por impacto ambiental local aqueles que não ultrapassam os limites
territoriais do município.

Art. 17- A emissão da Licença de atividades ou empreendimentos será fundamentada em análise técnica
do Órgão Ambiental Municipal competente.

Art. 18- A verificação da degradação ambiental em decorrência da implantação ou funcionamento de


atividades ou empreendimentos poderá implicar na revisão do processo de licenciamento pelo órgão que
expediu a licença ambiental.
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Art. 19-. Nas licenças ambientais concedidas deverão constar as condicionantes a serem cumpridas com o
cronograma correspondente.

Art. 20- Os pedidos de licença e de renovação da licença deverão ser publicados, com ônus para o
empreendedor, em periódico local ou outro meio idôneo de comunicação.

Art. 21-. As licenças expedidas pelo Órgão Ambiental Municipal serão de três

tipos: I - Licença Prévia;

II - Licença de Implantação;

III - Licença de Operação;

IV- Licença Simplificada

Art. 22- A Licença Prévia será requerida pelo proponente do empreendimento ou atividade na fase
preliminar do planejamento, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo e dos
recursos ambientais, conforme procedimentos previstos em regulamento.

Art. 23- A Licença de Implantação será requerida ao Órgão Ambiental Municipal com base no projeto
básico da atividade ou empreendimento para que seja autorizado o início da implantação, de acordo com
as especificações constantes de Projeto Executivo aprovado.

Parágrafo único. A Licença de Implantação conterá o cronograma aprovado pelo Órgão, Ambiental
Municipal para implantação dos equipamentos e sistemas de controle, monitoramento, mitigação ou
reparação dos possíveis danos ambientais.

Art. 24- A Licença de Operação, ou a sua renovação, será requerida ao Órgão Ambiental Munícipal
competente com base na fase de conclusão das obras civis e instalação dos equipamentos para que sejam
autorizados, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus
equipamentos de controle de poluição e da degradação ambiental, de acordo com o previsto nas Licenças
Prévia e de Implantação.

Parágrafo único. A Licença de que trata este artigo será concedida após concluída a instalação,
verificada a adequação da obra e o cumprimento de todas as condições previstas na Licença de
Implantação.

Art. 25- A Licença Simplificada deverá contemplar as etapas de localização, implantação e operação para
as atividades de micro ou pequeno porte e permite a simplificação dos procedimentos e documentos a
serem apresentados pelo interessado, bem como reduz os custos da análise.

Art. 26- A revisão da Licença de Operação (LO), independente do prazo de validade, ocorrerá sempre
que:

I - a atividade colocar em risco a saúde ou a segurança da população, para além


daquele normalmente considerado quando do licenciamento;
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II - a continuidade da operação, comprometer de maneira irremediável recursos ambientais


não inerentes à própria atividade;

III - ocorrer descumprimento às condicionantes da Licença Ambiental.

Art. 27- A renovação da Licença de Operação deverá considerar o disposto no Zoneamento Urbano
Ambiental, bem como a concessão de prazo para a adaptação às novas condições estabelecidas entre as
condicionantes determinadas.

Art. 28- Sempre que haja alterações no decorrer da vigência da Licença Ambiental, de alteração de
processos, substituição de equipamento que provoque alterações nas características quantitativas e
qualitativas de emissões sólidas líquidas ou gasosas previstas na Licença de Operação, deverá ser
requerida junto ao Órgão Ambiental Municipal, a Alteração da Licença Ambiental concedida, devendo
ser apreciada pelo Órgão Ambiental Municipal.

Art. 29- O Órgão Ambiental Municipal competente deliberará sobre normas e critérios para o
licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente degradadoras do meio ambiente municipal,
estabelecendo prazos para requerimento, publicação, validade das licenças ambientais emitidas e relação
de atividades sujeitas ao lícenciamento.

Art. 30- O início de instalação, operação ou ampliação de obra ou atividade sujeita ao licenciamento
ambiental, sem a expedição da licença respectiva, implicará na aplícação das penalidades administrativas
previstas nesta Lei e a adoção das medidas judiciais cabíveis, sob pena de responsabilização funcional do
órgão fiscalizador competente.

· Art. 31- Para deferimento da licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetivas
ou potencialmente causadoras de significativo impacto ambiental, será necessário a elaboração de Estudo
de Impacto Ambiental e o seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, ao qual dar-se-á
publicidade.

Art. 32- Os estudos ambientais necessários serão custeados pelo proponente do empreendimento ou
atividade.

Art. 33- Para efeito do Licenciamento Ambiental adota-se a mesma Lista de Atividades ou
empreendimentos sujeitos ao Licenciamento Ambiental apresentada no Anexo V do Decreto Estadual nº
7.967 de 05 de Junho de2001, podendo ser acrescida de outras atividades ou empreendimentos a serem
definidas pelo órgão ambiental competente e, aprovada pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Art. 34- Em razão dos impactos ambientais, sociais e econômicos causados pela mineração e pelos grandes
projetos de agricultura irrigadas explorados no Município, as atividades ficam sujeitas, também, a:
1- .estudo de impacto ambiental, realizado por órgão oficial, semestralmente;
II- a ampliação fica sujeita à consulta popular e prévio estudo de impacto ambiental;

CAPÍTULO IX

DO MONITORAMENTO
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Art 35. o monitoramento ambiental consiste no acompanhamento da qualidade e disponibilidade dos


rec rsos ambientais, por dois membros da secretaria municipal competente e por dois representantes da
sociedade civil local, com o objetivo de:

I• aferir o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e aos padrões de emissão;

II. controlar o uso e a exploração.de recursos ambientais;

III - avaliar os efeitos de planos, políticas e programas de gestão ambiental e de


desenvolvimento econômico e social;

IV - acompanhar o estágio populacional de espécies da flora e fauna, especialmente as que


se encontram em extinção e as ameaçadas de extinção;

V - subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou


episódios críticos de poluição;

VI - acompanhar e avaliar a recuperação de ecossistemas ou áreas degradadas;

VII - subsidiar a tomada de decisão para o Planejamento de Planos, Programa e


Projetos Municipais e a definição de políticas públicas.

§ 1º Para o monitoramento e controle ambiental e de ocupação do solo deverá ser criado Sistema
o de Informações Geográficas de Sento Sé.

§ 2° Lei especial regulamentará as normas de funcionamento deste sistema.

CAPÍTULO X

DOS PLANOS E PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 36- A educação ambiental, em todos os níveis de ensino da rede municipal, e a conscientização
pública para a preservação e conservação do meio ambiente, são instrumentos essenciais e
imprescindíveis para a garantia do equilíbrio ecológico e da sadia qualidade de vida da população.

Art. 37- O Poder Público, no que diz respeito à Educação Ambiental formal e não formal, deverá:

I - dar conhecimento desta lei, nas escolas e repartições públicas;

II - promover e executar ações voltadas para introdução da educação ambiental em todos os níveis
de ensino e na educação não formal;
III - fornecer suporte técnico/conceituai nos projetos ou estudos interdisciplinares das escolas da
rede municipal voltados para a questão ambiental;
IV - articular-se com entidades governamentais e não governamentais para o desenvolvimento de
ações educativas na área ambiental no Município;
V - desenvolver um programa de formação e capacitação de todos os servidores municipais,
principalmente os envolvidos em atividades de planejamento, manejo dos recursos naturais e de
controle ambiental e sanitário;
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VI - desenvolver ações de educação ambiental junto à população do Município.

Parágrafo único. O Poder Público Municipal, através de regulamento, estabelecerá os mecanismos para
operacionalizar as ações previstas nos incisos deste artigo.

CAPÍTULO XI

DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Art. 38- Por arborização urbana, entende-se qualquer tipo de árvore, de porte adulto ou em formação,
existentes em logradouros públicos ou em propriedades privadas.

Art. 39- A fiscalização da arborização urbana será exercida pelo Órgão Ambiental Municipal, respeitada
a competência dos órgãos federais e estaduais.

Art. 40- A vistoria para autorização do corte de árvores será feita por fiscal devidamente credenciado.

Art. 41 - A autorização para corte de árvores, deverá ser feita mediante o preenchimento de um
requerimento modelo, onde deverá conter, no mínimo as seguintes informações:

a) nome, endereço e número de documento de identidade do proprietário do imóvel;


b) nome, endereço e número do documento de identidade do solicitante;
c) endereço completo do imóvel;
d) número de árvores ou área a ser abatida;
e) motivo do abate;
f) assinatura do proprietário do imóvel e do solicitante.

Art. 42- A solicitação de corte de árvore, sem prejuízo do disposto no artigo anterior, deverá ser
acompanhada do respectivo título de dominio imobiliário do proprietário interessado no abate.

Art. 43- É expressamente proibido podar, cortar, derrubar, remover ou sacrificar as árvores da
arborização pública, sendo estes serviços de atribuição específica da Prefeitura Municipal.

§ 1º A proibição contida neste artigo é extensiva às concessionárias de serviços públicos, ou de utilidade


pública, ressalvados os casos de autorizações específicas da Prefeitura.

§ 2° Qualquer árvore ou planta poderá ser considerada imune de corte por motivo de originalidade,
idade, localização, beleza, interesse histórico ou condição de porta-sementes, mesmo estando em terreno
particular, observadas as disposições do Código Florestal Brasileiro.

Art. 44- Não será permitida a utilização de árvores da arborização pública para colocar cartazes ou
anúncios, fixar cabos e fios, nem para suporte ou apoio para instalações de qualquer natureza ou
finalidade.

§ 1° A proibição contida neste artigo não se aplica nos casos de instalação de iluminação decorativa de
natal, promovida pela Prefeitura Municipal ou por ela autorizada.

§ 2° A instalação prevista no parágrafo anterior poderá ser efetuada desde que não cause qualquer tipo de
dano na arborização, tais como perfurações, cortes, estrangulamentos e outros.
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§ 3º Após a retirada da iluminação decorativa deverão ser retirados todos os dispositivos de fixação
estranhos às árvores, tais como arames e outros.

CAPÍTULO XII

A PROTEÇÃO DA FLORA

Art. 45- A Caatinga com suas diversas espécies vegetais existentes no território municipal, reconhecidas
de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes, exercendo-se os
direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei
Complementar estabelecem.

Parágrafo único. As ações que contrariem o disposto neste Código, relativamente à utilização e
exploração das espécies vegetais da caatinga ou demais espécies existentes, são consideradas uso nocivo
da propriedade, nos termos dos Artigos 554 e 555, do Código Civil Brasileiro, e artigos 275, II, e 287, do
Código de Processo Civil.

Art. 46- Considera-se de preservação permanente, vegetação natural situada:

I - ao longo dos rios ou de qualquer curso de água, em faixas marginais, cuja largura mínima será
de:

a) 30m (trinta metros) para os cursos d'água de menos de 10m (dez metros) de largura;

b) S0m (cinqüenta metros) para os cursos d'água que tenham mais de !Om (dez) a S0m (cinqüenta
metros) de largura;

c) I00m (cem metros) para cursos d'água que tenham mais de S0m (cinqüenta) a 200 (duzentos)
metros de largura;

II - ao redor dos lagos e lagoas ou reservatórios de águas naturais;

III - ao redor das nascentes e olhos d'água é vedado o desmatamento num raio de 50m (cinqüenta
metros);

IV - as matas ciliares;

V - no topo de morros montes, montanhas e serras;

VI - nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45º (quarenta e cinco graus).
1.-·.

§ 1 ° o acesso a corpos d'água protegidos por este artigo e seu uso eventual e específico serão autorizados,
mediante a apresentação de projeto detalhado e/ou estudos de impacto ambiental a critério do Órgão
responsável..

§ 2º Para a definição das áreas de preservação permanente, estabelecidas neste artigo, como por exemplo,
morrose nascentes, serão adotados os conceitos estabelecidos pela correspondente Resolução do
CONAMA
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§ 3º São considerados como áreas de preservação permanente as forma õ,e veg tai,s e pe ológica
associadas aos sítios arqueológicos, cujo manejo deve obedecer a cntenos tecmcos, visando a
conservação de tal patrimônio.

Art. 47- São considerados de proteção prioritária, as áreas nativas de valor histórico, arqueológico e
paisagístico.

§ 1º O corte da vegetação e obras de terraplanagem nessas áreas somente serão autorizadas, mediante a
apresentação de projeto detalhado, a ser aprovado, pelos órgãos competentes, desde que não contrariem
as disposições deste artigo e respeitem os demais dispositivos legais em vigor.

§ 2° A implantação de empreendimentos nessas áreas será regulamentada pelo Poder Executivo.

Art. 48- Fica proibido a confecção, comercialização, transporte e a prática de soltar balões com tochas de
fogo, capazes de provocar incêndios em propriedades urbanas e áreas rurais.

Art. 49- As atividades à base de carvão vegetal, lenha ou outra matéria-prima vegetal, são obrigadas a
manter vegetações próprias para exploração racional ou a formar, diretamente ou por intermédio de
empreendimentos dos quais participem, áreas de reflorestamentos destinadas ao seu suprimento.

Art. 50- É proibido o uso de queimadas nas diversas formas de vegetação, exceto em condições especiais,
tecnicamente recomendadas.

Art. 51- O comércio de plantas vivas, nativas das vegetações naturais, dependerá de autorização
ambiental pelo o órgão Ambiental municipal,

Art. 52- A Prefeitura criará unidades de conservação, tais como: Área de Proteção Ambiental (APA),
Parques Municipais, Estações Ecológicas e Reservas Biológicas, com a finalidade de resguardar atributos
excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a
utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos e para turismo ecológico (ecoturismo).

Parágrafo único. O uso e ocupação dos recursos naturais das unidades de conservação serão definidos os
respectivos Planos de Manejo.

Art. 53- O Poder Público promoverá direta ou indiretamente o reflorestamento ecológico e recomposição
de matas ciliares em áreas degradadas, objetivando especialmente a proteção de encostas e dos recursos
hídricos, bem como a consecução de índices razoáveis de cobertura vegetal, de acordo com a legislação
vigente.

Art. 54- O Poder Público incentivará tecnicamente reflorestamentos de espec1es nativas nas suas
propriedades, podendo manter para tal objetivo viveiros de mudas, que suprirão também as demandas da
população interessada.

Art. 55- Dependerá da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA), o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, a serem
submetidas à aprovação da Órgão Ambiental Municipal, sem prejuízo do atendimento, em caráter
supletivo, das demais obrigações perante os órgãos estaduais e federais do SISNAMA:
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I _ exploração econômica de madeira ou lenha, em áreas acima de 5 (cinco) he tares; o_u em área
menores, quando a exploração se revelar significativa, e termos percentuais, relativamentea
superficie total, ou revestir-se de importância do ponto de Vista ambiental;

II _ projetos urbanísticos, que envolvam áreas maiores que 15 (quinze) hectares, ou em áreas
consideradas de relevante interesse ambiental, a critério dos órgãos competentes;

III - qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a 5 (cinco) toneladas
por dia;

IV - as demais atividades e condições estabelecidas pelo CONAMA e normas complementares;

CAPÍTULOXID

PROTEÇÃO DA FAUNA

Art. 56- Acham-se sob proteção do Poder Público os animais de qualquer espécie, em qualquer fase de
seu desenvolvimento, que vivam fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos,
abrigos e criadouros naturais, sendo proibida a sua utilização, perseguição, caça ou apanha, salvo nas
condições autorizadas pela Lei.

Art. 57- É proibida a prática de maus tratos em animais, considerando-se como

tal: I - praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal;

II - manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração, o movimento ou


descanso, ou os privem de ar ou luz;

III - adestrar animais com maus tratos fisicos;

IV - transportar, negociar ou caçar, em qualquer época do ano, aves e animais silvestres.

Parágrafo único - As pessoas fisicas ou jurídicas, que negociem com animais silvestres e seus produtos,
deverão possuir o competente registro no IBAMA, nos moldes do Art.16, da Lei 5.197 (Lei de Proteção à
Fauna).

CAPÍTULO XIV

DA ATIVIDADE PESQUEIRA

Art. 58- Para os efeitos desta Lei Complementar define-se por pesca todos os atos tendentes a capturar ou
extrair elementos animais ou vegetais que tenham na água seu normal ou mais freqüente meio de vida.

Art. 59- A atividade pesqueira pode efetuar-se:

I - Com fins comerciais, quando tem por finalidade realizar atos de comércio na forma da
legislação em vigor;
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Líf1·é·--z Praça Dr. Juvêncio Alves, s/nº - CNPJ 13.692.736/0001-10

II - Com fins desportivos ou de lazer, quando praticada com caniço, linha de mão, aparelhos de
mergulho ou com quaisquer outros permitidos pela autoridade competente e que, em nenhuma hipótese,
venha a importar em atividade comercial;

III - Com fins científicos, quando exercida unicamente com vistas à pesquisa, realizada por
instituições ou pessoas devidamente habilitadas para este fim.

Art. 60- São de domínio público todos os animais e vegetais que se encontrem nas águas dominiais.

Art. 61" A pesca pode ser exercida, obedecidos os atos emanados do órgão competente da administração
pública, em regime de Acordo.

§ l° A relação das espécies, seus tamanhos mínimos e épocas de proteção serão fixadas pelas autoridades
competentes do SISNAMA.

§ 2° A pesca pode ser proibida transitória ou permanentemente, em águas de domínio público ou privado.

§ 3° Nas águas de domínio privado, a pesca requer o consentimento expresso ou tácito dos proprietários,
observados os arts. 599, 600, 602 do Código Civil Brasileiro.

Art. 62- É proibida a importação ou exportação de quaisquer espécies aquáticas, em qualquer estágio de
evolução, bem como a introdução de espécies nativas ou exóticas nas águas interiores, sem autorização
do órgão competente.

Art. 63- É proibido pescar:

I- nos lugares e épocas interditados pelo órgão competente.

II- em locais onde o exercício da pesca cause embaraço à navegação;

UI- com dinamite e outros explosivos comuns ou com substâncias que, em contato com a água,
possam agir de forma explosiva;

IV- com substâncias tóxicas;

V- a menos de 500m (quinhentos metros) das saídas de

esgotos; VI- em águas poluídas;

VII- em cursos d'água, nos períodos em que ocorrem fenômenos migratórios para reprodução, nos
períodos de desova, reprodução ou defeso.

Art. 64- O proprietário ou concessionário de represas em cursos d'água além de outras disposições legais,
é obrigado a tomar medidas de proteção à fauna.

Art. 65- Serão determínadas medidas de proteção à fauna em quaisquer obras que importem na alteração
do regime dos cursos d'água, mesmo quando ordenados pelo Poder Público.

CAPÍTULO XV
DA POLUIÇÃO RURAL
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Art. 66- Considera-se dano ambiental de natureza rural todos os efeitos adversos ao meio ambiente
decorrentes da prática de atividades rurais, tais como:

I - contaminação do solo, das águas, dos produtos agropecuários, das pessoas e dos animais,
devido ao uso e a manipulação inadequada de agrotóxicos e/ou fertilizantes;

II - disposição de embalagem de agrotóxicos sobre o solo;

III - lavagem de recipientes, utensílios e máquinas contaminadas com agrotóxicos, com disposição
das águas contaminadas em rios, lagos ou sobre o solo em concentrações fora dos padrões
estabelecidos pela legislação;

IV - disposição de resíduos orgânicos de animais, particularmente suínos, sobre o solo e nas


águas, exceto através de técnicas apropriadas.

Art. 67- O Órgão Ambiental Municipal, articulado com as Instituições de Extensão Rural e demais
órgãos municipais, estaduais e federais afins, desenvolverá programas de extensão rural e conscientização
específicos para o controle dos danos ambientais de natureza rural.

Art. 68- No uso de seu poder de policia, o Município, através do seu órgão ambiental, fiscalizará o
-cumprimento da aplicação da legislação federal e estadual de agrotóxicos, seus componentes e afins.

Art. 69- As pessoas físicas e juridicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus
componentes e afins, ou que os produzam ou comercializem, ficam obrigadas a promover seus
respectivos registros junto ao órgão municipal de meio ambiente municipal.

'§ 1° São prestadores de serviços as pessoas físicas ou jurídicas que executam trabalhos de prevenção,
destruição e controle de seres vivos considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e
afins.

§ 2° E vedada a venda ou armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins em estabelecimentos


que comercializem alimentos de origem animal ou vegetal, para o consumo humano ou animal, que
comercializem produtos farmacêuticos, salvo quando forem criadas áreas específicas separadas das
demais por divisórias, totalmente vedadas e impermeáveis.

Art. 70- O Poder Executivo desenvolverá ações educativas de forma sistemática, visando atingir os
produtores rurais e usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins, divulgando a utilização de
métodos alternativos de combate a pragas e doenças, com objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais sobre
os seres humanos e meio ambiente.

Art. 71- A Secretaria Municipal de Saúde adotará providências para definir como de notificação
compulsória, as intoxicações e doenças ocupacionais decorrentes das exposições a agrotóxicos, seus
componentes e afins.

Art. 72- As embalagens que acondicionam ou acondicionaram agrotóxicos, seus componentes e afins, não
poderão ser comercializadas, devendo ter destinação final adequada, conforme a legislação vigente;

Parágrafo único. É proibido o fracionamento ou reembalagem de agrotóxicos, seus componentes e afins


com o objetivo de comercialização, salvo quando realizados nos estabelecimentos produtores dos
mesmos.
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Jl.. , t 1 1:} Praça Dr. Juvêncio Alves, s/nº - CNPJ
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Art. 73-. As entidades públicas e/ou privadas que possuam estoques de agrotóxicos deverão apresentar ao
órgão ambiental municipal competente, o inventário destes estoques.

CAPÍTULO XVI

MINERAÇÃO

Art. 74- As atividades de mineração no município serão regidas, no que concerne à proteção ambiental,
pelo presente capítulo, pela legislação estadual e federal e, ainda, pelas normas complementares editadas
pelo Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM.

Art. 75- A licença para o exercício das atividades de que trata este capítulo somente poderá ser
transferida, com prévia anuência do Poder concedente.

Parágrafo único. Em caso de transferência de licença, o novo titular fica obrigado a dar continuidade aos
projetos apresentados ao Poder Público.

Art. 76- O licenciamento será concedido por até 02 (dois) anos, sendo renovável através de requerimento
do interessado, dirigido a Prefeitura Municipal, acompanhado do relatório da atividade mineradora,
segundo requisitos exigidos Pelo o Órgão Ambiental.

Art. 77- A licença para exploração, no território do município, das jazidas minerais a que se refere o
artigo anterior será concedida observando-se o seguinte:

I - não estar situada a jazida em topo de morro ou em área que apresente potencial turistice,
importância paisagística ou se caracterize como sendo de preservação permanente ou unidade de
conservação, declarada por legislação municipal, estadual ou federal;

II - a exploração não atinja as áreas nativas de valor histórico, arqueológico, ambiental e


paisagístico, assim caracterizadas pela Lei Orgânica do Município;

III - a exploração mineral não se constitua em ameaça ao conforto e à segurança da população,


nem comprometa o desenvolvimento urbanístico da região;

IV - a exploração não prejudique o funcionamento normal de escola, hospital, ambulatório,


educandários, instituições científicas, estabelecimentos de saúde ou repouso, ou similares;

V - a exploração mineral e obras de terraplanagem em encostas, cuja declividade seja igual ou


superior a 30% (trinta por cento), fica condicionada a projeto geotécnico comprovando a
estabilidade do talude resultante; a inclinação das rampas de corte nunca deverá ultrapassar 45
graus (100%), exceto quando a exploração se der em pedreiras e cortes em rochas com uso de
explosivos;

VI - ao redor das nascentes e olhos d'água estabelecidos pelo órgão municipal competente é
vedada_a exploração num raio de 50m (cinqüenta metros);

VII - à montante dos locais de captação de água para abastecimento público é vedada qualquer
exploração mineral dentro da bacia hidrográfica. Exceções serão permitidas pelo Órgão
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Q ._ (> Praça Dr. Juvêncio Alves, s/nº - CNPJ 13.692.736/0001-10
Ambiental, ouvido o Conselho Municipal de Meio Ambiente, mediante a prévia apresentação de
EIA/RIMA;

VIII - a exploração nunca deverá comprometer o lençol freático local.

Art. 78 - O titular de licença de mineração ficará obrigado a:

I - executar a exploração de acordo com o projeto aprovado;

II - extrair somente as substâncias minerais que constam da licença outorgada;

III - comunicar ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM e ao Órgão municipal o


descobrimento de qualquer outra substância mineral não incluída na licença de exploração;

IV - confiar a responsabilidade dos trabalhos de exploração a técnicos legalmente habilitados para


atividades de mineração;

V - impedir o extravio ou obstrução das águas e drenar as que possam ocasionar prejuízos aos
vizinhos;

VI - impedir a poluição do ar ou das águas que possam resultar dos trabalhos de desmonte ou
beneficiamento;

VII - proteger e conservar as fontes d'água e a vegetação natural;

VIII - proteger com vegetação adequada as encostas de onde foram extraídos materiais;

IX - manter a erosão sob controle durante a execução do projeto e por 5 (cinco) anos após
terminada a obra, de modo a não causar prejuízo a todo e qualquer serviço, bens públicos e
particulares.

Art. 79- Qualquer novo pedido de licença para exploração mineral somente será deferido se o interessado
comprovar que a área objeto da licença que lhe tenha sido anteriormente concedida, se encontre
recuperada ou em fase de recuperação, segundo o cronograma de trabalho então apresentado.

Art. 80- A licença será cancelada quando:

I - na área destinada à exploração forem realizadas construções incompatíveis com a natureza da


atividade;

II - for promovido o parcelamento, arrendamento ou qualquer outro ato que importe na redução da
área explorada e/ou requerida, sem prévia anuência do poder público;

III - não houver apresentação:

a) de relatório simplificado semestral do andamento da atividade desenvolvida; e/ou


b) de relatório circunstanciado anual da mesma atividade.

Parágrafo único - Será interditada a atividade, ainda que licenciada de acordo com este Código, caso,
posteriormente, se verifique que sua exploração acarreta perigo ou dano à vida, à saúde pública, à
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propriedade, ou se realize em desacordo com o projeto apresentado, ou, ainda, quando se constatem
danos ambientais não previstos por ocasião do licenciamento.

Art. 81- A Prefeitura Municipal poderá, em qualquer tempo, determinar a execução de obras na área ou
local de exploração das atividades previstas neste capítulo, visando a proteção das propriedades
circunvizinhas ou para evitar efeitos que comprometam a qualidade ambiental.

Art. 82- Os atuais titulares de licença de exploração de jazidas a que se refere este capítulo deverão no
prazo de 60 (sessenta) dias antes do vencimento, solicitar a sua renovação, quando for o caso, na forma
do presente Código.

Art. 83- O titular de autorização de pesquisa de permissão de lavra garimpeira, de concessão de lavra, de
licenciamento de manifesto de mina, ou de qualquer outro título minerário responde pelos danos causados
ao Meio Ambiente, sem prejuízo das cominações legais pertinentes.

Art. 84- No caso de danos ao Meio Ambiente, decorrentes das atividades de mineração e/ou de
terraplanagem, ficam obrigados os seus responsáveis a cumprir as exigências de imediata recuperação do
local, de acordo com projeto que a viabilize, sob pena de fazê-la a Prefeitura Municipal, diretamente ou
por entidades especializadas, às expensas exclusivas do agressor, independente das cominações civis e
criminais pertinentes.

Art. 85- A realização de trabalhos de extração de substâncias minerais de qualquer classe, sem a
competente permissão, concessão ou licença, sujeitará o responsável à ação penal cabível, sem prejuízo
das cominações administrativas e da obrigação de recuperar o meio ambiente degradado.

CAPÍTULO XVII

DA POLUIÇÃO SONORA

Art. 86- Serão tolerados os ruídos provenientes de aparelhos produtores ou amplificadores de som por
ocasião de festividades públicas ou privadas, desde que licenciados pela Prefeitura, e em conformidade
com a legislação federal e estadual em vigor.

Parágrafo único. Os aparelhos produtores ou amplificadores de som instalados sem licença da Prefeitura
ou que estejam funcionando em desacordo com o prescrito nesta Lei, serão apreendidos ou interditados.

Art. 87- São consideradas exceções às regras de poluição sonora, a produção de ruídos provenientes de:

I - sinos das igrejas e templo de qualquer culto;

II - bandas de músicas nas praças e nos jardins públicos, e em desfiles oficiais ou religiosos,
respeitando-se os limites da legislação municipal, estadual e federal que dispõe sobre critérios e
padrões de emissão de ruídos;

III - sirenes ou aparelhos semelhantes, quando empregados para alarme e advertência;

IV - explosivos empregados em pedreiras e atividades análogas, e em demolições, no periodo


compreendido entre às 07 (sete) e 20 (vinte) horas, devidamente autorizados pelo Ministério do
Exército, com base no Regulamento para Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Ministério
do Exército (R-105);
.,)

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,Q Praça Dr. Juvêncio Alves, s/nº - CNPJ 13.692.736/0001-10

V - máquinas e equipamentos utilizados em construções e obras em geral, assim como os


necessários à preparação ou conservação de logradouros públicos, no período compreendido entre
7 (sete) e 20 (vinte) horas;

VI - trabalho ou serviço que produza ruído, antes das sete e depois das vinte horas, nas
proximidades de hospitais, asilos e residências nos casos de real necessidade, como tal
reconhecida pela autoridade municipal.

Parágrafo único. As limitações a que se referem o item V deste artigo não se aplicam às obras
executadas em zona não residencial ou em logradouro público, quando o movimento intenso de veículos
ou de pedestres recomendarem a sua realização à noite.

Art. 88- Assiste à Autoridade Municipal o direito de impedir o trânsito de qualquer veículo ou meio de
transporte que possa ocasionar danos à via pública ou perturbar a tranqüilidade de seus moradores, bem
como as cargas perigosas que possam por em risco as vidas humanas.

TÍTULOil
DA FISCALIZAÇÃO E DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CAPÍTULO 1
DOS
CONCEITOS

Art. 89- Consideram-se para os fins deste Capítulo os seguintes conceitos:

I - advertência: é a intimação do infrator para fazer cessar a irregularidade sob pena de imposição
de outras sanções;

II - apreensão: ato material decorrente do poder de policia e que consiste na prerrogativa do Poder
Público de assenhorear-se de objeto ou de produtos da fauna ou da flora silvestre, que estejam
sendo obtidos de forma ilegal;

III - auto: instrumento de assentamento que registra, mediante termo circunstanciado, os fatos que
interessam ao exercício do poder de polícia; ·

IV - auto de constatação: registra a irregularidade constatada no ato da fiscalização, atestando o


descumprimento pretérito ou iminente da norma ambiental e adverte o infrator das sanções
administrativas cabíveis;

V - auto de infração: registra o descumprimento de norma ambiental e estabelece a sanção


pecuniária cabível;

VI - demolição: destruição forçada de obra incompatível com a norma ambiental.

VII - embargo: é a suspensão ou proibição da execução de obra ou implantação de


empreendimento;
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Vlll - fiscalização: toda e qualquer ação de agente fiscal credenciado visando ao exame e
verificação do atendimento às disposições contidas nesta Lei e nas demais normas dela
decorrentes;

IX - infração: é o ato ou omissão contrário a esta Lei e às normas dela decorrentes;

X - infrator: é a pessoa fisica ou juridica cujo ato ou omissão, de caráter material ou intelectual,
provocou ou concorreu para o descumprimento da norma ambiental;

XI - interdição: é a limitação, suspensão ou proibição do uso de construção, exercício de atividade


ou condução de empreendimento;

Xll - intimação: é a ciência ao administrado da infração cometida, da sanção imposta e das


providências exigidas;

XIII - multa: é a imposição pecuniária, diária ou cumulativa, de natureza objetiva a que se sujeita
o administrado em decorrência da infração cometida;

XIV - poder de polícia: é a atividade da administração que, limitando ou disciplinando direito,


interesse, atividade ou empreendimento, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à proteção, controle ou conservação do meio ambiente e a melhoria
da qualidade de vida no Município;

XV - reincidência: é a realização de infração da mesma natureza, pelo agente anteriormente


autuado por infração ambiental.

CAPÍTULO D

DA FISCALJZAÇÃO

Art. 100- No exercício da ação fiscalizadora serão assegurados aos agentes fiscais credenciados o livre
acesso e a permanência, pelo tempo necessário, nos estabelecimentos públicos ou privados.

§ lº A entidade fiscalizada deve dar acesso aos técnicos credenciados, além de todas as informações
necessárias bem como promover os meios adequados à perfeita execução da atividade fiscalizadora.

§ 2° Fica assegurada à população o exercício da ação fiscalizadora, desde que realizada por qualquer dos
instrumentos de gestão participativa oferecidos pela Política Ambiental.

Art. 1O1- Mediante requisição do Órgão Ambiental Municipal competente, o agente fiscalizador poderá
ser acompanhado por força policíal, quando necessária.

Art. 102- Aos agentes de proteção ambiental credenciados

compete: I - efetuar visitas e vistorias;

ll - verificar a ocorrência da infração;

III - lavrar o auto correspondente fornecendo cópia ao autuado;


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IV - elaborar relatório de vistoria;

V - exercer atividade orientadora visando a adoção de atitude ambiental positiva.

CAPÍTULOID

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 103- Os responsáveis pela infração ficam sujeitos às seguintes penalidades, que poderão ser
aplicadas independentemente:

I - advertência por escrito em que o infrator será intimado para fazer cessar a irregularidade sob
pena de imposição de outras sanções;

II - multa simples, diária ou cumulativa, estabelecida pela legislação federal ou outra que venha
sucedê-la;

III - apreensão de produtos e subprodutos da fauna e flora silvestres, instrumentos, apetrechos e


equipamentos de qualquer natureza utilizados na infração;

IV - embargo ou interdição temporária de atividade até a correção da irregularidade;

V - cassação de alvarás e licenças, e a conseqüente interdição, definitiva ou temporária, do


estabelecimento autuado, a serem efetuadas pelo Órgão Ambiental Municipal;

VI - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Município;

VII - reparação, reposição ou reconstituição do recurso ambiental danificado, de acordo com suas
características e com especificações definidas;

VIII - demolição.

§ 1º Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas


cumulativamente às penas cominadas.

§ 2º A aplicação das penalidades previstas nesta Lei não exonera o infrator das cominações civis e penais
cabíveis. ·

§ 3º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o infrator obrigado,
independentemente de existência de culpa, a indenizar ou recuperar os danos causados ao meio ambiente
e a terceiros, afetados por sua atividade.

Art. 104- As penalidades poderão incidir sobre:

I - o autor material;

II - o mandante;
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III - quem de qualquer modo concorra à prática ou dela se beneficie.

Art. 105- Constatada a irregularidade, será lavrado o auto correspondente, dele constando:
l

I - o nome da pessoa física ou jurídica autuada, com respectivo endereço;

II - o fato constitutivo da infração e o local, hora e data respectivos;

III - o fundamento legal da autuação;

IV - a penalidade aplicada e, quando for o caso, o prazo para correção da

irregularidade; V - nome, função e assinatura do autuante;

VI - prazo para apresentação da defesa.

Art. 106- Na lavratura do auto, as omissões ou incorreções não acarretarão nulidade, se do processo
constarem elementos suficientes para determinação da infração e do infrator.

Art. 107- A assinatura do infrator ou seu representante não constitui formalidade essencial à validade do
auto.

Art. 108- São critérios a serem considerados pelo autuante na classificação de infração:

I - a maior ou menor gravidade;

II - as circunstâncias atenuantes e as agravantes;

III - os antecedentes do infrator.

Art. 109-. São consideradas circunstâncias atenuantes:

I - arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, em


conformidade com normas, critérios e especificações determinadas pelo Órgão Municipal
Ambiental;

II - comunicação prévia do infrator às autoridades competentes, em relação a perigo iminente de


degradação ambiental;

III - colaboração com os agentes e técnicos encarregados da fiscalização e do controle

ambiental; IV - o infrator ser primário, e a falta cometida ser de natureza leve.

Art. 11O- São consideradas circunstâncias agravantes:

I - cometer o infrator reincidência específica ou infração continuada;

II - ter cometido a infração para obter vantagem pecuniária;


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III - coagir outrem para a execução material da infração;

IV - ter a infração conseqüência grave ao meio ambiente;

V - deixar o infrator de tomar as providências ao seu alcance, quando tiver conhecimento do ato
lesivo ao meio ambiente;

VI - ter o infrator agido com dolo;

VII - atingir a infração ás áreas sob proteção legal.

Art. 111- Havendo concurso de circunstância atenuante e agravante, a pena será aplicada levando-as em
consideração, bem como a intenção do autor.

TÍTULO III

DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

CAPÍTULOl

DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO

Art. 112- As decisões do Órgão Municipal Ambiental sobre os processos serão informadas através de
notificação, que deverá ser assinada pelo técnico credenciado.

Art. 113- A instauração do processo administrativo será fundamentada através dos documentos de auto de
infração e de termos de apreensão e depósito, quando for o caso.

Art. 114- A verificação de infração às disposições legais e regulamentares desta lei ensejará a instauração
de procedimentos administrativos na forma a seguir indicada:

I - auto de infração, constando:

a) denominação da entidade ou pessoa fisica autuada e seu endereço;


b) ato ou fato que constitui infração, local e data da ocorrência respectiva;
c) a disposição normativa infringida;
d) prazo para corrigir a irregularidade apontada, se for o caso;
e) a penalidade imposta e seu fundamento legal;
f) assinatura da autoridade que o lavrou;
g) prazo para apresentação de defesa.

II - termos de apreensão e depósito, constando:


a) denominação da entidade ou pessoa fisica autuada e seu endereço;
b) número e data do auto de infração que deu origem ao termo;
c) descrição dos produtos e / ou apetrechos apreendidos;
d) testemunhas;
e) assinatura da autoridade que o lavrou;
f) prazo para apresentação da defesa.
u

ESTADODA BAHIA
, MUNICÍPIO DE SENTO SÉ
\@ncf++ ...Jji Praça Dr. Juvêncio Alves, s/nº - CNPJ 13.692.736/0001-10

CAPÍTULOil

DA DEFESA E DO RECURSO

Art. 115-. Da notificação da infração caberá defesa escrita e fundamentada no prazo de 10 (dez) dias
contados da ciência do auto.

Art. 116- Da decisão do Órgão Municipal Ambiental, caberá recurso, no prazo de 20 (vinte) dias do
recebimento da notificação.

Art. 117- Os recursos não terão efeitos suspensivos.

Art. 118- Não serão conhecidos os recursos desacompanhados de comprovantes do recolhimento da


multa.

§ 1º No caso de aplicação de multa diária, o recolhimento a que se refere este artigo deverá ser efetuado
pela importância pecuniária correspondente ao período compreendido entre o auto de infração e a
interposição do recurso.

§ 2º As restituições de multa resultantes da reforma de decisões aplicadas com base na presente Lei, serão
efetuadas após a decisão final, da qual não caiba mais recurso, corrigido momentaneamente, de acordo
com o índice estabelecido pelo Governo Federal.

Art. 119- Da aplicação das penalidades aqui previstas caberá recurso ao Prefeito Municipal, interposto
dentro do prazo de 20 (vinte) dias, a contar da data de sua aplicação.

Art. 120- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogado os artigos das Leis nº 75 de 28 de
maio de 2003 e a Lei nºA8 de 31 de maio de 2002 que se contrapõem aos ditames desta Lei e as demais
disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito do Município de Sento-Sé, em 30 de outubro de 2006.

JUVENILSON

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