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O PREFEITO MUNICIPAL DE CAIRU, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, FAZ saber que a Câmara de Vereadores
aprova e Ele sanciona a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DA POLÍTICA AMBIENTAL MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei, fundamentada nos artigos 23, 24, 30 e 225 da Constituição Federal, nos artigos 212 a 226 da Constituição
Estadual, Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006), Lei Complementar Federal nº 140/2011, Lei do Código Florestal nº 12.727/2012,
Lei do SNUC nº 9985/00, Lei Ide Crimes Ambientais nº 9.605/1998, Resolução CEPRAM nº 1.692/98e na Lei Orgânica do Município,
tem como objetivos gerais:
I - estabelecer as bases e diretrizes para a condução da Política Ambiental do Município, bem como seus mecanismos de
aplicação;
II - constituir o Sistema Municipal de Meio Ambiente, como instrumento institucional para a sua implementação.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
Art. 2º A Política de Meio Ambiente do Município é orientada pelos seguintes princípios gerais:
I - os cidadãos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assim como, a obrigação de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações;
II - a promoção de meios para promover e estimular a conscientização e a educação ambiental dos cidadãos;
III - a componente ambiental será incorporada em todos os projetos e atividades desenvolvidos pelo Município;
CAPÍTULO III
Personalizar
DOS OBJETIVOS
Rejeitar
Art. 3º A Política Municipal de Meio Ambiente tem os seguintes objetivos:
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I - promover o desenvolvimento do Município de forma sustentável, ou seja, preservando o meio ambiente, a qualidade de
vida dos cidadãos e os recursos ambientais;
III - definir e hierarquizar as ações e atividades desenvolvidas pelo Município com base na sua componente ambiental;
IV - estabelecer critérios, diretrizes e padrões para o uso e manejo dos recursos naturais, bem como para descarga de
efluentes, disposição de resíduos e emissões atmosféricas no meio ambiente;
V - articular e integrar ações e atividades ambientais intermunicipais, estimulando e favorecendo a formação de consórcios ou
outros instrumentos de cooperação;
VI - preservar e conservar as áreas sensíveis do Município, em termos ambientais, identificando aspectos como fragilidade,
ameaças, riscos e os usos compatíveis;
VII - monitorar a qualidade ambiental do Município, de modo a proteger a saúde e a vida da população;
VIII - controlar as atividades e os empreendimentos que possam implicar em riscos ou comprometimento da qualidade de vida
e do meio ambiente;
IX - estimular o desenvolvimento de pesquisas e a aplicação da melhor tecnologia disponível para a constante redução dos
níveis de poluição;
CAPÍTULO IV
DOS CONCEITOS GERAIS
Art. 4º Os conceitos gerais para fins e efeitos desta Lei são os seguintes:
I - meio ambiente: a interação de elementos naturais, socioeconômicos e culturais, que permite, abriga e rege a vida em todas
as suas formas;
II - ecossistemas: conjunto integrado de fatores físicos e bióticos que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por
um determinado espaço de dimensões variáveis. É uma totalidade integrada, sistêmica e aberta, que envolve fatores abióticos e
bióticos, com respeito à sua composição, estrutura e função;
IV - poluição: a alteração da qualidade ambiental resultante de atividades humanas ou fatores naturais que direta ou
indiretamente:
VI - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o solo, o subsolo, a fauna e
a flora o patrimônio histórico-cultural;
VII - proteção: procedimentos integrantes das práticas de conservação, preservação e recuperação da natureza;
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VIII - preservação: proteção integral do atributo natural, admitindo apenas seu uso indireto;
IX - conservação: uso sustentável dos recursos naturais, tendo em vista a sua utilização sem colocar em risco a manutenção
dos ecossistemas existentes, garantindo-se a biodiversidade;
X - manejo: técnica de utilização racional e controlada de recursos ambientais mediante a aplicação de conhecimentos
científicos e técnicos, visando atingir os objetivos de conservação da natureza;
XI - gestão ambiental: tarefa de administrar e controlar os usos sustentados dos recursos naturais e histórico-culturais,
assegurando o desenvolvimento social e econômico em base ecologicamente sustentável;
XII - impacto ambiental é a alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia, resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:
XIII - estudos ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização,
instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença
requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico
ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco, assim como Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
XIV - licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização,
implantação, operação, regularização e alteração de procedimentos adotados nos empreendimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
XV - licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e
medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, implantar,
operar, regularizar e alterar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
XVI - autorização ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições para a
realização ou operação de empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário ou para a execução de obras
que não impliquem em instalações permanentes;
TÍTULO II
DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - SIMMA
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA DO SIMMA
Art. 5º Fica instituído o Sistema Municipal de Meio Ambiente (SIMMA), constituído por um conjunto de órgãos e entidades
públicas e privadas, que tem como objetivo a condução da Política Ambiental do Município, conforme o disposto nesta Lei.
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I - Órgão Ambiental Municipal: órgão de coordenação, controle e execução da Política Municipal de Meio Ambiente;
II - O Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM): órgão colegiado de caráter consultivo, deliberativo, normativo e
recursal da política ambiental municipal;
III - Órgãos Setoriais: órgãos executores setoriais da Política Municipal de Meio Ambiente.
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CAPÍTULO II
DO ÓRGÃO COLEGIADO
Art. 7º O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, órgão superior do SIMMA, com funções de natureza consultiva,
normativa, deliberativa e recursal, tem por finalidade apoiar o planejamento e acompanhamento da Política Municipal de Meio
Ambiente e das diretrizes governamentais voltadas para o meio ambiente, a biodiversidade e a definição de normas e padrões
relacionados à preservação e conservação dos recursos naturais, competindo-lhe:
II - manifestar-se sobre planos, programas, políticas e projetos dos órgãos e entidades do Poder Público Municipal, que
possam interferir na preservação, conservação e melhoria do meio ambiente;
III - estabelecer diretrizes, normas, critérios e padrões relativos ao uso, controle e manutenção da qualidade do meio
ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA e pelo Conselho Estadual
de Meio Ambiente - CEPRAM;
V - propor temas prioritários para a pesquisa aplicada à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais;
VI - estabelecer diretrizes sobre cooperação técnica entre o Município, o Estado e a União para o exercício da competência
comum de proteção ao meio ambiente;
VII - avocar, mediante ato devidamente motivado, aprovado por maioria simples, para se manifestar sobre licenças
ambientais;
VIII - recomendar a perda ou restrição de incentivos e de benefícios fiscais, concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou
condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos públicos de crédito;
IX - definir diretrizes para aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA);
X - decidir, em grau de recurso, como última instância administrativa, sobre as penalidades impostas pelo órgão executor da
Política Municipal de Meio Ambiente;
XII - decidir, mediante ato devidamente motivado, aprovado por maioria simples dos seus membros, em grau de recurso,
como última instância administrativa, sobre o licenciamento ambiental e as penalidades administrativas impostas pelo órgão
executor da Política Municipal de Meio Ambiente;
XV - apresentar sugestões para a reformulação do Plano Diretor Urbano no que concerne às questões ambientais;
XVI - propor e incentivar ações de caráter educativo, para a formação da consciência pública, visando à proteção, conservação
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melhoria do meio ambiente;
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XVII - analisar a proposta de projetos de lei de relevância ambiental de iniciativa do Poder Executivo, antes de ser submetida à
deliberação da Câmara Municipal.
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VIII - Um representante da comunidade científica, com atuação no Município de Cairu, com ações em ensino, pesquisa e
extensão;
§ 1º Cada representação acima citada será constituída por membro titular e suplente devendo os mesmos ser indicados
através de ofício dirigido a SEDES;
§ 3º Os representantes do terceiro setor, sediadas no Município e legalmente constituídas, deverão ser escolhidos em
assembléia geral para esse fim, com prioridade para as que possuam em seu estatuto, objetivos de cunho ambiental e ou atuação
social comprovada no município.
§ 4º Os membros do COMAM e seus respectivos suplentes serão livremente indicados pelas entidades nele representadas e
designadas por ato meramente declaratório do Prefeito Municipal, para mandato de 02 (dois) anos, sendo permitida a recondução
por igual período.
§ 5º O mandato para membro do COMAM será gratuito e considerado serviço relevante para o Município.
§ 6º No caso de substituição de algum representante, a (s) entidade (s) representada (s) deve (m) encaminhar nova indicação,
devidamente formalizada.
§ 7º O não comparecimento de um conselheiro a três reuniões consecutivas ou a cinco alternadas, durante doze meses,
implica na sua exclusão do COMAM.
I - Presidência;
II - Secretaria Executiva;
III - Plenário;
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IV - Câmaras
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Art. 10. Aos representantes do Terceiro Setor fica assegurado, para o comparecimento às reuniões ordinárias ou extraordinárias,
fora do seu Distrito, pagamento de despesas para deslocamento, alimentação e estadia.
Art. 11. Os atos do COMAM são de domínio público e deverão ser amplamente divulgados pelo Órgão Ambiental Municipal,
através de resoluções.
Art. 12. As Sessões Plenárias do COMAM serão públicas, sendo permitida a manifestação oral de representantes de órgãos,
entidades e empresas ou autoridades, quando convidados pelo seu Presidente ou pela maioria dos conselheiros.
a) as reuniões ordinárias ocorrerão em intervalos de até 60 (sessenta) dias, com data, horário, duração e local, previamente
estabelecidos na reunião anterior;
b) as reuniões extraordinárias, ocorrerão quando necessárias; podendo ser convocadas pela Entidade Administradora, por 2/5
de suas representações ou por uma das Câmaras Setoriais, com 05 (cinco) dias de antecedência.
Parágrafo único. As reuniões do COMAM serão presididas pelo representante do Órgão Ambiental Municipal.
CAPÍTULO III
(Informação Portal LeisMunicipais: texto incompleto no Art. 14, conforme arquivo original disponibilizado no final da página).
XIII - desenvolver e coordenar um sistema de informações da qualidade dos recursos ambientais do Município;
XIV - fixar diretrizes ambientais para elaboração de projetos de parcelamento do solo urbano;
XV - promover as medidas administrativas e judiciais cabíveis para punir e responsabilizar os agentes poluidores e
degradadores do meio ambiente;
XVII - fiscalizar as atividades produtivas e comerciais de prestação de serviços e o uso de recursos ambientais pelo Poder
Público e pelo particular;
XVIII - exercer o poder de polícia administrativa para disciplinar e restringir o uso dos recursos ambientais, atividades e
direitos, em benefício da preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente;
XIX - acompanhara realização de EIA e seu respectivo RIMA, solicitado pelo órgão licenciador competente;
XX - dar apoio técnico, administrativo e financeiro ao COMAM, por se constituir na sua Secretaria Executiva;
XXI - coordenar as atividades de licenciamento ambiental, devendo cadastrar, licenciar, monitorar e fiscalizar a implantação e
funcionamento de empreendimentos no território do município.
CAPÍTULO IV
DOS ÓRGÃOS SETORIAIS
Art. 15. São órgãos setoriais do SIMMA todos os órgãos da administração municipal cujas atividades estão ligadas a Política
Ambiental Municipal, competindo-lhes:
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II - realizar outras competências que lhe forem atribuídas pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável - SEDES.
TÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA
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I - zoneamento urbano-ambiental;
V - licenciamento ambiental;
VI - monitoramento ambiental;
CAPÍTULO II
DO ZONEAMENTO URBANO-AMBIENTAL
Art. 17. O Zoneamento Urbano-Ambiental é um instrumento que tem por objetivo o disciplinamento do uso e ocupação do solo, o
manejo racional dos recursos ambientais, indicando as atividades a serem estimuladas, toleradas e proibidas, em cada Zona, de
modo a garantir a preservação dos ecossistemas frágeis, indicando atividades econômicas compatíveis com o desenvolvimento
ambientalmente sustentado.
CAPÍTULO III
DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOS
Art. 18. Os espaços territoriais protegidos estão sujeitos a regime jurídico especial, e são classificados em:
II - Unidades de Conservação;
IV - Corredor ecológico;
Seção I
Das áreas de Preservação Permanente
Art. 19. Consideram-se de Preservação Permanente, as formas de vegetação e as áreas mencionadas nas normas federais e
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e especialmente, as abaixo especificadas:
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I - ao longo dos rios, desde o seu nível mais alto, em cada margem cuja largura mínima, medida horizontalmente, seja de:
a) 30 (trinta) metros, para curso d`água com menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para curso d`água de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para curso d`água de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros para curso d`água de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) de largura.
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II - ao redor das lagoas ou reservatórios, d`água naturais ou artificiais, desde o seu nível mais alto, em faixa marginal, cuja
largura mínima, medida horizontalmente, seja de:
(Informação Portal LeisMunicipais: texto incompleto no Art. 20, 21, 22 conforme arquivo original disponibilizado no final da página).
Parágrafo único. Deverá constar no ato do Poder Público Municipal, por ocasião da criação de uma Unidade de Conservação
referida no caput deste artigo, diretrizes para a regularização fundiária, demarcação e fiscalização adequada, bem como a indicação
da respectiva área do entorno.
Art. 23. As Unidades de Conservação e os Corredores Ecológicos constituem o Sistema Municipal de Unidades de Conservação, o
qual deve ser integrado aos sistemas estadual e federal.
§ 1º O relatório que acompanha a Lei do Plano Diretor Urbano define as ações e programas de preservação e recuperação
ambiental a serem promovidos no Município.
Art. 24. O Poder Público poderá reconhecer, na forma da Lei, Unidades de Conservação de Domínio Público ou Privado, conforme
estabelecido em lei federal especifica.
Seção III
Do Patrimônio Natural e Construído
Art. 25. O patrimônio natural e construído do Município, definido no inventário constante do Anexo I desta Lei, receberá proteção
específica, através de lei especial, visando seu tombamento, proteção e recuperação, além de definir parâmetros de uso e
ocupação e visitação.
CAPÍTULO IV
DAS NORMAS E PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL
Art. 26. Os padrões de qualidade ambiental são os valores de concentrações máximas toleráveis no ambiente para cada poluente,
de modo a resguardar a saúde humana, a fauna, a flora, as atividades econômicas e o meio ambiente em geral.
Parágrafo único. O Município na esfera de sua competência e visando atender sua realidade local, elaborará normas e fixará
padrões relativos ao meio ambiente, observando-se as legislações estadual e federal, em especial as Resoluções do Conselho
Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM) e do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
CAPÍTULO V
DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Art. 27. A avaliação de impacto ambiental é resultante do conjunto de instrumentos e procedimentos à disposição do Poder
Público Municipal que possibilita a análise e a interpretação de impactos ambientais sobre a saúde, o bem-estar da população, a
economia e o equilíbrio ambiental.
Art. 28. A variável ambiental deverá ser considerada no processo de planejamento das políticas, planos, programas e projetos do
Poder Público Municipal.
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experiência neste Ambiental
Portal. Ao clicar Municipal
em “Aceitaro todos”,
acompanhamento e fiscalização
você concorda do cumprimento
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respectivo RIMA, requerido pelo órgão licenciador competente, para o licenciamento de atividade potencial ou efetivamente
degradadora do meio ambiente no Município de Cairu.
§ 1º Os Estudos Ambientais relativos ao EIA e seu respectivo RIMA serão acompanhados e examinados pela SEDES em
conjunto com o COMAM.
CAPÍTULO VI
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DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Art. 30. A implantação e o exercício das atividades de empreendimentos, privados ou públicos, considerados efetiva ou
potencialmente poluidores, ou capazes, de qualquer forma, de causar degradação ambiental, em nível local, que não sejam de
competência estadual ou federal, dependerão de prévio licenciamento ambiental municipal, nos termos do art. 9º a Lei Federal
Complementar nº 140/2011.
Art. 31. A emissão da Licença de atividades ou empreendimentos será fundamentada em análise técnica do Órgão Ambiental
Municipal, ouvindo o Conselho Municipal de Meio Ambiente para os licenciamentos de empreendimentos de médio e grande
porte, ou quando couber.
Art. 33. Nas licenças concedidas deverão constar as condicionantes a serem cumpridas com o cronograma correspondente.
Art. 34. Os pedidos de renovação da licença deverão ser publicados, com ônus para o empreendedor, em periódico local ou outro
meio idôneo de comunicação.
Art. 35. O Licenciamento Ambiental se processa em um único nível de Governo, quando for o caso, serão necessárias às
autorizações específicas emitidas por órgãos de origem federal ou estadual competentes.
Parágrafo único. O Licenciamento que trata o Caput deste Artigo, deverá observar em sua analise os parâmetros do
Zoneamento Econômico Ecológico das Unidades de
Conservação, instituído através de Resolução do CEPRAM, assim como seu plano de manejo.
Art. 37. A LMP será requerida pelo proponente do empreendimento ou atividade na fase preliminar do planejamento observados
os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo e dos recursos ambientais, conforme procedimentos previstos em
regulamento.
Art. 38. A LMI será requerida ao Órgão Ambiental Municipal com base no projeto básico da atividade ou empreendimento para
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seja autorizado o início da implantação, de acordo com as especificações constantes de Projeto Executivo aprovado.
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Parágrafo único. A LMI conterá o cronograma aprovado pelo Órgão Ambiental Municipal para implantação dos equipamentos
e sistemas de controle, monitoramento, mitigação ou reparação dos possíveis danos ambientais.
Art. 39. A LMO, ou a sua respectiva Renovação, será requerida ao Órgão Ambiental Municipal com base na fase de conclusão das
obras civis e instalação dos equipamentos para que sejam autorizados, após as verificações necessárias, o início da atividade
licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição e da degradação ambiental, de acordo com o previsto
nas Licenças Prévias e de Implantação.
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§ 1º A LMO será concedida após concluída a instalação, verificada a adequação da obra e o cumprimento de todas as
condições previstas na LI.
§ 2º Os empreendimentos que já estejam em operação sem as devidas licenças ambientais, deveram regularizar-se, mediante
o requerimento da Licença Municipal de Regularização - LMR. Mediante os seguintes critérios:
I - O processo será único, sem que sejam exigidas as etapas de licenças prévia, instalação e operação, todavia as
documentações a serem apresentadas, devem contemplar todas as documentações pertinentes as três etapas do processo, LMP,
LMI e LMO;
II - o prazo para a análise do processo de LMR pela SEDES, deverá ser equivalente ao necessário para as três etapas de
licenciamento, acrescido de 1/3 do mesmo prazo;
III - os empreendimentos que se implantarem sem atender as etapas do licenciamento ambiental deverão ser autuados
segundo a legislação ambiental vigente.
Art. 40. A revisão da LMO, independente do prazo de validade, ocorrerá sempre que:
I - a atividade colocar em risco a saúde ou a segurança da população, para além daquele normalmente considerado quando do
licenciamento;
II - a continuidade da operação, comprometer, de maneira irremediável, recursos ambientais não inerentes à própria
atividade;
Art. 41. A renovação da LMO deverá considerar o disposto no Zoneamento Urbano - Ambiental, bem como a concessão de prazo
para a adaptação para às novas condições estabelecidas entre as condicionantes determinadas.
Art. 42. A Licença Municipal de Alteração será requerida quando houver ampliação da capacidade nominal de produção ou de
prestação de serviço acima de 20% do valor fixado na respectiva Licença de Operação, diversificação da prestação do serviço
dentro do mesmo objeto da atividade original, alteração do processo produtivo ou substituição de equipamentos que provoquem a
alteração das características qualitativas e quantitativas das emissões líquidas, sólidas ou gasosas, previstas no respectivo Processo
da Licença de Operação.
§ 1º Concluída a alteração da operação, o interessado deverá requerer ao Órgão Ambiental Municipal a competente Licença
de Operação da Alteração - LOA, que deverá ser incorporada na próxima Renovação da Licença de Operação da atividade.
Art. 43. A Licença Municipal Simplificada será expedida pelo Órgão Ambiental Municipal, obedecendo aos seguintes
procedimentos:
I - expedição de única licença com os efeitos, das licenças prévia, implantação e operação, para atividades enquadradas nas
classes I e II de acordo com a RESOLUÇÃO CEPRAM Nº 4.327, de 31 de outubro de 2013, disposto na seção II, parágrafo único.
Art. 44. O início de instalação, operação ou ampliação de obra ou atividade sujeita ao licenciamento ambiental, sem a expedição
da licença respectiva, implicará na aplicação das penalidades administrativas previstas nesta Lei e a adoção das medidas judiciais
cabíveis, sob pena de responsabilização funcional do órgão fiscalizador do SIMMA.
Art. 45. A Autorização Ambiental é o ato administrativo por meio do qual o Órgão Ambiental Municipal permite a realização ou
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operação de empreendimentos e atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário, execução de obras que não resultem em
instalações permanentes, bem como aquelas que possibilitem a melhoria ambiental, conforme definidos em regulamento.
Parágrafo único. Será expedida, também, a Autorização Ambiental nos casos de requalificação de áreas urbanas subnormais,
ainda que impliquem instalações permanentes.
Art. 46. Os empreendimentos ou atividades que possuam passivos e pendências ambientais podem celebrar Termos de
Compromisso com o Órgão Ambiental Municipal para o funcionamento da atividade durante o processo de regularização.
§ 1º O Termo de Compromisso de que trata o caput poderá preceder a concessão de licença ambiental, constituindo-se em
documento hábil de regularização ambiental.
Art. 47. As Licenças e as Autorizações Ambientais terão prazos determinados, podendo ser prorrogados ou renovados, de acordo
com a natureza dos empreendimentos e atividades.
Parágrafo único. Será garantido o monitoramento contínuo e o estabelecimento de novas condicionantes pelo órgão executor
da Política Ambiental do Município, sempre que necessário, independentemente do prazo da licença.
Art. 48. As despesas correspondentes às etapas de vistoria e análise de requerimentos do licenciamento ambiental serão pagas
pelos interessados, de acordo com os critérios estabelecidos em regulamento.
CAPÍTULO VII
DO MONITORAMENTO
Art. 49. O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento da qualidade e disponibilidade dos recursos ambientais, com o
objetivo de:
III - avaliar os efeitos de planos, políticas e programas de gestão ambiental e de desenvolvimento econômico e social;
IV - acompanhar o estágio populacional de espécies da flora e fauna, especialmente as que se encontram em extinção e as
ameaçadas de extinção;
V - subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou episódios críticos de poluição;
VII - subsidiar a tomada de decisão para o Planejamento de Planos, Programa e Projetos Municipais e a definição de políticas
públicas.
CAPÍTULO VIII
DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES E CADASTROS AMBIENTAIS (SICA)
Art. 50. O Sistema Municipal de Informações e Cadastros Ambientais (SICA) e o banco de dados de interesse do SIMMA, serão
organizados, mantidos e atualizados sob responsabilidade do Órgão Ambiental Municipal para uso do Poder Público e da sociedade
civil.
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aprimorar objetivos do SICA,
experiência entre
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II - organizar dados e informações de origem multidisciplinar de interesse ambiental, para uso do Poder Público e da
sociedade;
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Art. 52. O SICA será organizado e administrado pelo Órgão Ambiental Municipal que proverá os recursos orçamentários, materiais
e humanos necessários ao desenvolvimento de suas atividades.
Art. 53. O Órgão Ambiental Municipal fornecerá certidões, relatório ou cópia dos dados e proporcionará consulta às informações
de que dispõe, observados os direitos individuais e o sigilo industrial, conforme disposições legais específicas.
Art. 54. As pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as empresas e entidades públicas da administração indireta, cujas atividades
sejam potencial ou efetivamente poluidoras ou degradadoras, ficam obrigadas ao cadastro no SICA.
CAPÍTULO IX
DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE-FMMA
Art. 55. Fica instituído o Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA), que a missão de contribuir, como agente financiador, para a
implementação da Política Municipal do Meio Ambiente.
§ 1º O Fundo de que trata este artigo terá plano de aplicação e contabilidade próprios.
§ 2º O sistema de funcionamento do Fundo será regido em regulamento próprio, provado por Decreto.
I - dotações orçamentárias e créditos orçamentários que lhe forem consignados pelo Orçamento Geral do Município;
II - recursos oriundos da arrecadação de multas administrativas e seus acessórios, previstos na legislação ou oriundos de
decisão judicial,
V - os recursos provenientes de acordos, convênios, contratos ou consórcios, de termos de ajuste de conduta ou similares;
VII - outras Receitas que, por sua natureza, possam ser destinados ao FMMA.
§ 1º Os recursos financeiros citados neste artigo serão depositados na conta do FMMA que serão geridos pelo Órgão
Ambiental Municipal.
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VII - projetos e estudos para melhoria da qualidade do meio ambiente, das atividades de controle, manutenção e operação
rotineira do Órgão Ambiental Municipal cujas prioridades serão estabelecidas em Plano de Gestão elaborado pelo Órgão Ambiental
Municipal e aprovado pelo COMAM.
IX - Projetos de ecoturismo.
§ 1º O Órgão Ambiental Municipal poderá utilizar os recursos do FMMA para contratação de consultoria especializada e
aquisição de equipamentos de controle e monitoramento, ou implementos necessários ao desenvolvimento de programas ou de
ações de assistência, proteção, preservação e recuperação do meio ambiente.
§ 2º Fica vedada a realização de quaisquer despesas enquadradas como subversões sociais (Elementos de despesas
3.3.90.43).
Art. 58. O Órgão Ambiental Municipal elaborará e disponibilizará à sociedade civil, anualmente, relatório financeiro do FMMA.
CAPÍTULO X
DOS PLANOS E PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 59. A educação ambiental, em todos os níveis de ensino da rede municipal, e a conscientização pública para a preservação e
conservação do meio ambiente, são instrumentos essenciais e imprescindíveis para a garantia do equilíbrio ecológico e da sadia
qualidade de vida da população.
Art. 60. O Poder Público, no que diz respeito à Educação Ambiental formal e não formal, deverá:
I - promover e executar ações voltadas para introdução da educação ambiental em todos os níveis de ensino e na educação
não formal;
II - fornecer suporte técnico/conceituai nos projetos ou estudos interdisciplinares das escolas da rede municipal voltados para
a questão ambiental;
III - articular-se com entidades governamentais e não governamentais para o desenvolvimento de ações educativas na área
ambiental no Município;
Parágrafo único. O Poder Público Municipal, através de regulamento, estabelecerá os mecanismos para operacionalizar as
ações previstas nos incisos deste artigo.
TÍTULO IV
DA QUALIDADE AMBIENTAL E DO CONTROLE DA POLUIÇÃO
CAPÍTULO I
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Art. 61. É vedado o lançamento ou a liberação nas águas, no ar ou no solo, de toda e qualquer forma de matéria ou energia, que
cause comprovada poluição ou degradação ambiental, ou acima dos padrões estabelecidos pela legislação.
Art. 62. Sujeitam-se ao disposto nesta Lei todas as atividades, empreendimentos, processos, operações, dispositivos móveis ou
imóveis, meios de transportes, que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar poluição ou degradação do meio ambiente.
Art. 63. O Órgão Ambiental Municipal, é o órgão competente do Poder Executivo Municipal para o exercício do poder de polícia
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Art. 64. Para fins de Licenciamento Ambiental, obrigatoriamente o requerente deverá apresentar Certidão Negativa de Débitos
Municipais, inclusive dos decorrentes da aplicação de penalidades por infrações à legislação ambiental.
Seção I
Da Flora e da Fauna
Art. 65. A cobertura vegetal é considerada de interesse social do Município e o seu uso e/ou supressão será feito de acordo com a
legislação federal, estadual e municipal.
Art. 66. É proibida a utilização, mutilação, destruição, caça ou captura dos animais de quaisquer espécies da fauna silvestre, em
qualquer fase do seu desenvolvimento.
Art. 67. É proibido o comércio, sob quaisquer formas, de espécimes da fauna silvestre.
Parágrafo único. A licença para o comércio de espécimes e produtos provenientes de criadouros devidamente legalizados, só
poderá ser expedida após autorização do órgão ambiental competente.
I - nos cursos d`água nos períodos em que ocorrem fenômenos migratórios para reprodução, e, em água parada, nos períodos
de desova, de reprodução ou de defeso;
II - espécies que devam ser preservadas ou indivíduos com tamanhos inferiores aos estabelecidos em legislação específica;
§ 1º Ficam excluídas da proibição prevista no item III, alínea "c", deste artigo, os pescados artesanais e amadores que utilizem
para o exercício da pesca, linha de mão ou vara e anzol.
Seção III
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Art. 69. Na implementação da política municipal de controle da poluição atmosférica, deverão ser observadas as seguintes
diretrizes:
I - adoção das melhores tecnologias de processo industrial e de controle de emissão, de forma a assegurar a redução
progressiva dos níveis de poluição;
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IV - adoção de sistema de monitoramento periódico ou contínuo das fontes por parte das empresas responsáveis;
V - seleção de áreas mais propícias a dispersão atmosférica para a implantação de fontes de emissão, quando do processo de
licenciamento, e a manutenção de distâncias mínimas em relação a outras instalações urbanas, em particular hospitais, creches,
escolas, residências e áreas naturais protegidas.
I - a queima ao ar livre de materiais que comprometam, de alguma forma, o meio ambiente ou a sadia qualidade de vida;
II - a emissão visível de poeiras, névoas e gases, excetuando-se o vapor d`água, em qualquer operação de britagem, moagem e
estocagem;
V - a transferência de materiais que possam provocar emissões de poluentes atmosféricos acima dos padrões estabelecidos
pela legislação.
Art. 71. O armazenamento de material fragmentado ou articulado deverá ser feito em silos adequados, vedados, ou em outro
sistema que controle a poluição do ar, com eficiência tal que impeça o arraste do respectivo material pela ação dos ventos.
Art. 72. Em áreas cujo uso preponderante for residencial ou comercial, ficará a critério do Órgão Ambiental Municipal especificar o
tipo de combustível a ser utilizado por equipamentos ou dispositivos de combustão.
Parágrafo único. Incluem-se nas disposições deste artigo os fomos de panificação e de restaurantes e caldeiras para qualquer
finalidade.
Art. 73. O Executivo Municipal desestimulará novas atividades que utilizem a madeira como combustível básico, exigindo outras
alternativas de uso de combustíveis.
Art. 74. O Órgão Ambiental Municipal proporá ao COMAM, os parâmetros de emissão, respeitando as normas federais e estaduais
vigentes.
Art. 75. São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassados, possam afetar a saúde, a
segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e fauna, aos materiais e ao meio ambiente.
Art. 76. Ficam estabelecidos para o município de Cairu, os padrões de qualidade do ar determinados pela Resolução nº 03, de
28/06/90, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, até que outros estudos técnico-científicos sejam realizados em
substituição a essa resolução.
Parágrafo único. São padrões de emissão as medidas de intensidade de concentração e as quantidades máximas de poluentes,
cujo lançamento no ar seja permitido.
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emissão determinados
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Ambiente - CONAMA, bem como pelos respectivos Conselhos Estadual e Municipal.
Art. 78. Fica obrigatório o uso do tubo de descarga externa nos veículos que trafeguem no município de Cairu.
Art. 79. Nas situações de emergência, a Vigilância Sanitária, juntamente com os órgãos de proteção ao meio ambiente, poderão
determinar a redução das atividades das fontes poluidoras fixas ou móveis.
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Art. 80. Toda fonte de poluição atmosférica deverá ser provida de sistema de ventilação local, exaustor ou outro sistema de
controle de poluente de eficiência igual ou superior.
Seção IV
Da água
II - proteger e recuperar os ecossistemas aquáticos, com especial atenção para as áreas de nascentes, os estuários e outras
relevantes para a manutenção dos ciclos biológicos;
III - reduzir, progressivamente, a toxicidade e as quantidades dos poluentes lançados nos corpos d`água;
IV - compatibilizar e controlar os usos efetivos e potenciais da água, tanto qualitativa quanto quantitativamente;
V - controlar os processos erosivos que resultem no transporte de sólidos, no assoreamento dos corpos d`água e da rede
pública de drenagem;
VI - assegurar o acesso e o uso público às águas superficiais e subterrâneas, apoiando o órgão estadual de gestão dos recursos
hídricos;
VII - garantir o adequado tratamento dos efluentes líquidos, visando preservar a qualidade dos recursos hídricos.
Art. 82. A utilização da água far-se-á em observância aos critérios ambientais e normas referentes a saúde, levando-se em conta
seus usos preponderantes, garantindo-se sua perenidade, tanto no que se refere aos aspectos qualitativos como quantitativos.
Parágrafo único. Os usos preponderantes são aqueles definidos na legislação federal segundo a qual serão enquadradas na
Classificação das Águas do Território Nacional, as águas superficiais doces, salobras e salgadas.
Art. 83. São considerados como usos legítimos da água, conforme legislação estadual vigente:
II - irrigação;
IV - abastecimento industrial;
V - aquicultura;
VI - mineração;
Art. 85. Os resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, provenientes de atividades agropecuárias, industriais, comerciais ou de qualquer
outra natureza, somente poderão ser conduzidos ou lançados de forma a não contaminarem as águas superficiais e subterrâneas.
Art. 86. Os lançamentos de efluentes líquidos não poderão conferir aos corpos receptores características em desacordo com os
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Art. 87. Todo e qualquer sistema de abastecimento de água, seja público ou privado, estará sujeito à fiscalização dos órgãos
competentes integrantes do Sistema Municipal de Vigilância Sanitária e do Sistema Municipal de Meio Ambiente, em todos os
aspectos que possam afetar a saúde pública e o meio ambiente.
Art. 88. Não será permitido o acúmulo de água em vasilhames sem tampa ou qualquer outro que possa causar a disseminação do
mosquito da dengue.
Art. 89. A perfuração de poços ou cisternas no município ficará sob fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e
Vigilância Sanitária, que poderão interditá-los quando não atenderem às condições de saúde pública.
Art. 90. Não será permitida a criação de animais nas proximidades de fontes de água e rios que atendam às necessidades de
consumo da população.
Art. 91. Não será permitida a utilização de água não tratada em estabelecimentos que lidam com alimentos e hospedagem,
devendo o proprietário ter o seu estabelecimento fechado e responder com multa a ser estabelecida pelo setor competente da
Prefeitura Municipal.
Art. 92. A construção de fossas deve atender a uma distância de 20m de poços ou cisternas em posição que não contamine a
água*
Seção V
Do Solo
I - garantir o uso racional do solo urbano, através dos instrumentos de gestão competentes, observadas as diretrizes
ambientais contidas no Plano Diretor Urbano;
II - garantir a utilização do solo cultivável, através de adequados planejamento, desenvolvimento, fomento e disseminação de
tecnologias e manejos ambientalmente adequados;
Art. 95. O Município deverá implantar adequado sistema de coleta, tratamento e destinação dos resíduos sólidos urbanos,
incluindo coleta seletiva, segregação, reciclagem, compostagem e outras técnicas que promovam a redução do volume total dos
resíduos sólidos gerados de acordo a Legislação pertinente.
Art. 96. A disposição de quaisquer resíduos no solo, sejam líquidos, gasosos ou sólidos, só será permitida pelo Órgão Ambiental
Municipal competente mediante comprovação de sua degradabilidade e da capacidade do solo de auto depurar-se, levando-se em
conta os seguintes aspectos:
I - capacidade de percolação;
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II - garantia
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Art. 97. Considera-se resíduo sólido qualquer lixo, refugo, Iodos, lamas e borras nos estados sólidos e semissólidos, resultantes de
atividades da comunidade, bem como determinados líquidos que pelas suas particularidades não podem ser tratados em sistema
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de tratamento convencional, tomando inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água.
Art. 98. Considera-se resíduo perigoso àquele que apresentam periculosidade e características como inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, em razão de sua quantidade, concentração, características físicas, químicas
ou biológicas, possam:
I - causar, ou contribuir, de forma significativa para mortalidade ou incidência de doenças irreversíveis ou impedir a
reversibilidade das demais;
II - apresentar perigo imediato ou potencial à saúde pública ou ao ambiente quando transportados, armazenados, tratados ou
dispostos de forma inadequada.
Art. 102. Os resíduos sólidos ou semissólidos de qualquer natureza não devem ser dispostos ou incinerados a céu aberto,
tolerando-se apenas:
I - a acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza, em locais previamente aprovados, desde que isso não ofereça
riscos à saúde pública e ao meio ambiente, a critério das autoridades de controle da poluição e de preservação ambiental ou de
saúde pública;
II - a incineração de resíduos sólidos ou semissólidos de qualquer natureza, a céu aberto, em situações de emergência
sanitária, com autorização expressa do Órgão Ambiental do Município.
Art. 103. O gerenciamento de rejeitos radioativos obedecerá à legislação específica estabelecida pela Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN).
Art. 104. A responsabilidade pela execução de medidas adequadas para se evitar ou corrigir a poluição ambiental decorrente do
derramamento, vazamento ou disposição acidental será:
III - do proprietário das instalações de armazenagem, tratamento e disposição de resíduos, quando o derramamento,
vazamento ou disposição acidental ocorre no local de armazenamento, tratamento e disposição.
Art. 105. Todos os resíduos portadores de agentes patogênicos, inclusive os de estabelecimentos hospitalares e congêneres, assim
como alimentos e outros produtos de consumo humano condenados, não poderão ser dispostos no solo sem controle e deverão
ser adequadamente acondicionados e conduzidos em transporte especial, definidos em projetos específicos nas condições
estabelecidas pelo Órgão Ambiental Municipal.
Art. 106. O solo somente poderá ser utilizado para destino final de resíduos de qualquer natureza, conforme Licença Ambiental
pelo Órgão Ambiental Municipal, desde que sua disposição seja feita de forma adequada, estabelecida em projetos específicos,
ficando vedada a simples descarga ou depósito.
Parágrafo único. Quando a disposição final mencionada neste Artigo exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser
tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo-se às normas federais, estaduais e
municipais.
Art. 107. Os resíduos sólidos de natureza tóxica, bem como os que contêm substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas,
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privacidadee outras consideradas prejudiciais, deverão sofrer, antes de sua disposição final, tratamento ou acondicionamento
adequado,
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Art. 108. A coleta, transporte, o manejo, tratamento e destino final dos resíduos sólidos e semissólidos serão resultantes de
solução técnica e organizacional que importem na coleta diferenciada e sistema de tratamento integrado, com base na Lei Federal
Nº 12.305/2010.
§ 1º Entende-se por coleta diferenciada para os resíduos a sistemática que propicia a redução do grau de heterogeneidade dos
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mesmos na origem da sua produção, permitindo o transporte de forma separada para cada um dos diversos componentes em que
forem organizados.
CAPÍTULO II
DO CONTROLE DA POLUIÇÃO
Seção I
Do Controle da Emissão de Ruídos
Art. 112. Nos logradouros públicos e particulares são expressamente proibidos anúncios, pregões ou propaganda comercial, por
meio de aparelhos ou instrumentos, produtores ou amplificadores de som ou ruído, individuais ou coletivos, que desrespeitem as
normas específicas.
Art. 113. A emissão de som ou ruído por veículos automotores e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho obedecerão
às normas expedidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e pelos órgãos competentes do Ministério do Trabalho.
Seção II
Do Controle da Poluição Visual
Art. 114. São considerados veículos de divulgação, ou simplesmente veículos, quaisquer equipamentos de comunicação visual ou
audiovisual utilizados para transmitir anúncios ao público, segundo a classificação que estabelecer a Resolução do COMAM.
Art. 115. A exploração ou utilização de veículos de divulgação presentes na paisagem urbana e visíveis dos logradouros públicos,
poderá ser promovida por pessoas físicas ou jurídicas, desde que autorizadas pelo Órgão Ambiental Municipal
Parágrafo único. Todas as atividades que industrializem, fabriquem ou comercializem veículos de divulgação ou seus espaços,
devem ser cadastradas no Órgão Ambiental Municipal.
Seção III
Do Controle Das Atividades Perigosas
Art. 116. É dever do Poder Público controlar e fiscalizar a produção a estocagem, o transporte, a comercialização e a utilização de
substâncias ou produtos perigosos, bem como as técnicas, os métodos e as instalações que comportem risco efetivo ou potencial
para a sadia qualidade de vida e do meio ambiente.
III - a utilização de metais pesados em quaisquer processos de extração, produção e beneficiamento que possam resultar na
contaminação do meio ambiente natural;
Art. 118. As operações de transporte, manuseio e armazenagem de cargas perigosas, no território do Município, serão reguladas
pelas disposições desta Lei e das normas ambientais competentes.
Art. 119. São consideradas cargas perigosas, para os efeitos desta Lei, aquelas constituídas por produtos ou substâncias com
características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogeni cidade que são efetiva ou potencialmente
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nocivas à população, aos bens e ao meio ambiente, assim definidas e classificadas pela legislação federal, estadual, sem prejuízo
das demais normas estabelecidas pelo COMAM.
Art. 120. Os veículos, as embalagens e os procedimentos de transporte de cargas perigosas devem seguir as normas pertinentes da
ABNT e a legislação em vigor, e encontrar-se em perfeito estado de conservação, manutenção e regularidade e sempre
devidamente sinalizados.
Art. 121. É vedado o transporte de cargas perigosas dentro do Município, sem a devida autorização expedida por Órgão Ambiental
Municipal.
Parágrafo único. O transporte de carga perigosa no Município será precedido de autorização expressa do Órgão Ambiental
Municipal, que estabelecerá os critérios especiais de identificação e as medidas de segurança que se fizerem necessárias em
função da periculosidade.
Art. 122. O Órgão Municipal de Meio Ambiente orientará o uso das vias para os veículos que transportem produtos perigosos,
assim como, indicará as áreas para estacionamento e pernoite dos mesmos.
Art. 123. O uso das vias urbanas por veículos transportadores de produtos e/ou resíduos perigosos obedecerá aos critérios e
diretrizes ambientais. Devendo ser consideradas como merecedoras de especial proteção as áreas densamente povoadas ou de
proteção dos mananciais e os espaços territoriais especialmente protegidos.
Art. 124. As empresas transportadoras de cargas perigosas e os transportadores autônomos, ou os receptadores destas cargas
ficam obrigados a requerer ao Órgão Ambiental Municipal, através de exposição de motivos, licença para cargas, descargas e
trânsito nas vias urbanas devendo estar explicitado o roteiro e horário a ser seguido rigorosamente, sujeitando-se, entretanto, e
prioritariamente, aos horários determinados pelo Município.
Parágrafo único. A licença de trânsito de cargas perigosas, será expedida por produto transportado individualmente, misturas
de resíduos não classificados devem ser previamente avaliados pelo Órgão Ambiental Competente.
Art. 125. Os veículos transportadores de produtos e/ou resíduos perigosos só poderão pernoitar em áreas especialmente
autorizadas pelo Órgão Ambiental Municipal.
§ 1º As áreas referidas neste artigo deverão dispor de infraestrutura adequada, notadamente para controlar incêndios e
vazamentos dos veículos mencionados.
§ 2º Os estacionamentos ou áreas mencionadas no caput deste artigo não poderão estar localizados em espaços urbanos
densamente povoados, em áreas de proteção de mananciais ou próximos a hospitais, patrimônio histórico.
Art. 126. Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização do veículo transportando a carga perigosa, o
condutor adotará as medidas indicadas na ficha de emergência para o transporte correspondente a cada produto transportado,
dando conhecimento imediato às autoridades com jurisdição sobre as vias pelo meio disponível mais rápido, detalhando as
condições da ocorrência, local, classe e riscos e quantidades envolvidas.
Art. 127. A limpeza dos veículos transportadores de produtos e/ou resíduos perigosos só poderá ser feita em instalações
adequadas para este fim, devidamente autorizadas pelo Órgão Municipal de Meio Ambiente.
Seção V
Das Atividades de Exploração de Recursos Minerais
Art. 129. A extração e o beneficiamento de minérios não poderão se realizar em lagos, rios ou qualquer corpo d`água.
Art. 130. A atividade de extração mineral será interditada total ou parcialmente se ocorrerem fatos que acarretem perigo ou dano
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direto ou indireto a pessoas ou a bens públicos ou privados, devendo o detentor do título de pesquisa ou qualquer outro de
extração mineral responder pelos danos causados ao meio ambiente e à população afetada.
Art. 131. Para exploração de minérios no Município, os responsáveis terão que satisfazer as seguintes exigências:
I - adotar providências determinadas pela Prefeitura Municipal, visando a segurança dos operários e da população em geral;
II - declarar expressamente a qualidade e a quantidade de explosivos e o local onde os mesmos são armazenados;
III - não prejudicar o funcionamento de escola, hospital, creche, ambulatório, casa de saúde, de repouso ou similares;
IV - assegurar a existência de faixa de segurança mínima de 100 metros para exploração da atividade.
Art. 132. A instalação de olarias nas zonas urbanas e suburbanas do Município deverá ser feita com observância das seguintes
normas:
I - as chaminés serão construídas de modo a evitar que a fumaça ou emanações nocivas incomodem a vizinhança, de acordo
com estudos técnicos;
II - quando as instalações facilitarem a formação de depósitos de água, o explorador está obrigado a fazer o devido
escoamento ou a aterrar as cavidades com material não poluente, na medida em que for retirado o barro.
Art. 133. O Órgão Municipal de Meio Ambiente poderá, a qualquer tempo, determinar a execução de medidas de controle no local
de exploração das pedreiras e cascalheiras e outras atividades de mineração, com a finalidade de proteger propriedades públicas e
particulares, de evitar a obstrução das galerias de águas e de recompor as áreas degradadas, inclusive em caso de desativação
destas atividades.
Seção VI
Das Atividades de Exploração de Gás Natural
Art. 134. A exploração de gás natural, considerada efetiva e potencialmente poluidora e capaz de causar degradação ambiental,
depende de licenciamento ambiental, qualquer que seja seu regime de aproveitamento, dependendo a sua autorização do
cumprimento de todas as normas desta Lei, das leis estaduais e federais pertinentes, além de prévia consulta popular.
Parágrafo único. Medidas compensatórias, com o objetivo de minimizar ou compensar os impactos da atividade devem ser
estabelecidas por lei especial, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contatos a partir do início da exploração, contendo, no
mínimo:
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VII - Projeto de Acompanhamento e Capacitação Econômica e Organizacional dos Grupos Ligados à Pesca e ao Turismo;
IX - Fundo de Recuperação Ambiental, a ser criado por lei especial, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados a partir
do início da atividade de exploração;
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X - Programa de aplicação dos dividendos públicos (royalties), pagos pela atividade de exploração de gás natural, na
implementação das medidas compensatórias de que trata o presente artigo.
Seção VI
Do Controle da Poluição Causada Por Agrotóxicos
Art. 135. No uso de seu poder de polícia, o Município através do seu Órgão Ambiental, fiscalizará o cumprimento da aplicação da
legislação federal e estadual de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Art. 136. As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins,
ou que os produzam ou comercializem, ficam obrigadas a promover seus respectivos registros junto ao Órgão Municipal de Meio
Ambiente.
§ 1º São prestadores de serviços as pessoas físicas ou jurídicas que executam trabalhos de prevenção, destruição e controle de
seres vivos considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins.
§ 2º É vedada a venda ou armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins em estabelecimentos que comercializem
alimentos de origem animal ou vegetal, para o consumo humano ou animal, que comercializem produtos farmacêuticos, salvo
quando forem criadas áreas específicas separadas das demais por divisórias, totalmente vedadas e impermeáveis.
Art. 137. O Poder Executivo desenvolverá ações educativas de forma sistemática, visando atingir os produtores rurais e usuários de
agrotóxicos, seus componentes e afins, divulgando a utilização de métodos alternativos de combate a pragas e doenças, com
objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais sobre os seres humanos e meio ambiente.
Art. 138. A Secretaria Municipal de Saúde adotará providências para definir as intoxicações e doenças ocupacionais decorrentes
das exposições a agrotóxicos, seus componentes e afins.
Art. 139. As embalagens que acondicionam ou acondicionaram agrotóxicos, seus componentes e afins, não poderão ser
comercializadas, devendo ter destinação final adequada, conforme a legislação vigente.
Parágrafo único. É proibido o fracionamento ou reembalagem de agrotóxicos, seus componentes e afins com o objetivo de
comercialização, salvo quando realizados nos estabelecimentos produtores dos mesmos.
Art. 140. As entidades públicas e/ou privadas que possuam estoques de agrotóxicos deverão apresentar ao Órgão Ambiental
Municipal o inventário destes estoques, na forma definida na legislação vigente.
Seção VII
Das Queimadas
Art. 141. Para evitar propagação de incêndio, observar-se-ão, nas queimadas, as medidas preventivas necessárias.
Art. 142. A ninguém é permitido atear fogo em roçados, palhadas ou matos que limitem com terras de outrem:
I - sem tomar as devidas precauções, inclusive o preparo de aceiros, que terão sete metros de largura, sendo dois e meio
capinados e varridos e o restante, roçado; e
II - sem mandar aos confinantes, com antecedência mínima de 72 horas, um aviso escrito e testemunhado marcando o dia,
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e lugar para lançamento do fogo.
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Art. 143. A ninguém é permitido, sob qualquer pretexto, atear fogo em matas, capoeiras ou campos alheios.
TÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO E DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
CAPÍTULO I
DOS CONCEITOS
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I - advertência: é a intimação do infrator para fazer cessar a irregularidade sob pena de imposição de outras sanções;
II - apreensão: ato material decorrente do poder de polícia e que consiste na prerrogativa do Poder Público de assenhorear-se
de objeto ou de produtos da fauna ou da flora silvestre, que estejam sendo obtidos de forma ilegal;
III - auto: instrumento de assentamento que registra, mediante termo circunstanciado, os fatos que interessam ao exercício do
poder de polícia;
IV - auto de infração: registra o descumprimento de norma ambiental e estabelece a sanção pecuniária cabível;
VII - fiscalização: toda e qualquer ação de agente fiscal credenciado visando ao exame e verificação do atendimento às
disposições contidas nesta Lei e nas demais normas dela decorrentes;
VIII - infração: é o ato ou omissão contrário a esta Lei e às normas dele decorrentes;
IX - infrator: é a pessoa física ou jurídica cujo ato ou omissão, de caráter material ou intelectual, provocou ou concorreu para o
descumprimento da norma ambiental;
XI - intimação: é a ciência ao administrado da infração cometida, da sanção imposta e das providências exigidas;
XII - multa: é a imposição pecuniária, diária ou cumulativa, de natureza objetiva a que se sujeita o administrado em
decorrência da infração cometida;
XIII - poder de polícia: é a atividade da administração que, limitando ou disciplinando direito, interesse, atividade ou
empreendimento, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à proteção, controle ou
conservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida no Município;
XIV - reincidência: é a realização de infração da mesma natureza, pelo agente anteriormente autuado por infração ambiental.
CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 145. No exercício da ação fiscalizadora serão assegurados aos agentes fiscais credenciados o livre acesso e a permanência,
pelo tempo necessário, nos estabelecimentos públicos ou privados.
§ 1º A entidade fiscalizada deve dar acesso aos técnicos credenciados além de todas as informações necessárias bem como
promover os meios adequados à perfeita execução da atividade fiscalizadora.
§ 2º Mediante requisição do Órgão Ambiental Municipal, o agente credenciado poderá ser acompanhado por força policial no
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da ação fiscalizadora, quando necessária.
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Parágrafo único. O Órgão Ambiental Municipal poderá firmar convênios com a Polícia Militar da Bahia, através de Comando
especializados em Meio Ambiente, para o exercício de poder de polícia administrativa ambiental.
Art. 148. A autoridade competente que tiver conhecimento de infração administrativa é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante processo administrativo próprio.
Art. 149. Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá, quando constatado ato ou fato que se caracterize como infração
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Art. 150. As infrações administrativas serão apuradas em processo administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa
com os meios e recursos a ela inerentes.
Art. 151. Sem prejuízo das sanções penais e civis, aos infratores das disposições desta Lei e normas dela decorrentes, serão
aplicadas as seguintes penalidades, independentemente de sua ordem de enumeração:
I - advertência;
a) infrações leves;
b) infrações graves;
c) infrações gravíssimas.
V - demolição;
VI - apreensão dos animais produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de
qualquer natureza utilizados na infração;
§ 2º Caso o infrator venha a cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações de natureza diferente, poderão ser-lhe
aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas correspondentes.
§ 3º Todas as despesas decorrentes da aplicação das penalidades correrão por conta do infrator, sem prejuízo da indenização
relativa aos danos a que der causa.
Art. 152. A penalidade de advertência será aplicada, a critério da autoridade fiscalizadora, quando se tratar de infração de natureza
leve ou grave.
ambiente,
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§ 1º A autoridade competente aplicará o desconto de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da multa consolidada.
§ 2º O Termo de Compromisso fixará o valor dos custos dos serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do
meio ambiente, que não poderá ser inferior ao valor da multa convertida, já deduzido o desconto a que se refere o § 1º deste
artigo.
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§ 3º Na hipótese de o valor dos custos dos serviços de recuperação dos danos ambientais decorrentes da própria infração ser
inferior ao valor da multa convertida, o Termo de Compromisso definirá que a diferença seja aplicada em outros serviços de
preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.
Art. 154. Nos casos de infração continuada, poderá ser aplicada multa diária mínima de R$ 50,00 (cinquenta reais) e máxima de
600 (seiscentos) salários mínimos, de acordo com a gradação da infração, na forma do regulamento, e será corrigida
periodicamente pelo Poder Executivo, com base no aumento anual do salário mínimo.
Art. 155. O valor da multa será corrigido, periodicamente, pelo Poder Executivo com base no aumento anual do salário mínimo.
Art. 156. O valor da multa simples será fixado no regulamento desta Lei, de acordo com a gradação da infração, e será corrigido
periodicamente pelo Poder Executivo, com base no aumento anual do salário mínimo, sendo o mínimo de R$ 500,00 (quinhentos
reais) e o máximo de 1.000 (um mil) salários mínimos.
Art. 157. Para gradação e aplicação das penalidades previstas nesta Lei serão observados os seguintes critérios:
IV - o porte do empreendimento;
Parágrafo único. Será considerado agravante, aquele que apresentar ou elaborar no licenciamento, ou em qualquer outro
procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão.
Art. 158. Responderá também pela infração quem contribuir para sua prática ou dela se beneficiar.
§ 1º Quando a infração for cometida por menores ou incapazes, responderá por ela quem juridicamente os representar.
Art. 159. O órgão executor da Política Municipal de Meio Ambiente poderá celebrar Termo de Compromisso com os responsáveis
pelas fontes de degradação ambiental, visando a adoção de medidas específicas para a correção das irregularidades constatadas.
§ 1º O termo de que trata este artigo terá efeito de título executivo extrajudicial e deverá conter, obrigatoriamente, a
descrição de seu objeto, as medidas a serem adotadas, o cronograma físico estabelecido para o cumprimento das obrigações e as
penalidades a serem impostas, no caso de inadimplência.
§ 2º O Termo de Compromisso de que trata este artigo, poderá, em casos específicos, preceder a concessão da licença ou
autorização ambiental, constituindo-se em documento hábil de regularização ambiental, durante a sua vigência.
Art. 160. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deverá observar os seguintes prazos máximos:
I - 20 (vinte) dias para o infrator apresentar defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da ciência da
autuação;
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II - 20 (vinte)
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decisão referente à defesa apresentada;
III - 60 (sessenta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data do recebimento da defesa ou
recurso, conforme o caso;
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Art. 161. Os recursos não terão efeitos suspensivos.
§ 1º O COMAM, na apreciação do recurso, poderá, mediante ato devidamente motivado, cancelar a penalidade imposta,
reduzir seu valor ou transformá-la em outro tipo de penalidade, inclusive em prestação de serviços relacionados à proteção de
recursos ambientais.
Art. 162. O pagamento das multas previstas nesta Lei poderá ser parcelado na forma prevista em regulamento.
Parágrafo único. O pagamento da multa poderá se dar mediante dação em pagamento, de bens móveis e imóveis, cuja
aceitação dar-se-á a critério do Órgão Ambiental Municipal.
Art. 163. Sem prejuízo das penalidades aplicáveis, poderá o Órgão Ambiental Municipal determinar a redução das atividades
geradoras de degradação ambiental, a fim de que as mesmas se enquadrem nas condições e limites estipulados na licença
ambiental concedida.
Art. 164. Sem obstar à aplicação das penalidades previstas nesta Lei, é o degradador, obrigado, independentemente da existência
de culpa, a indenizar e/ou reparar os danos causados ao meio ambiente.
Parágrafo único. Cabe ao fabricante, transportador, importador, expedidor ou destinatário do material, produto ou substância
adotar todas as medidas necessárias para o controle da degradação ambiental com vistas a minimizar os danos à saúde e ao meio
ambiente, bem como para a recuperação das áreas impactadas, de acordo com as condições e procedimentos estabelecidos pelo
órgão competente.
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 165. Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar a aplicação desta Lei por meio de Decreto.
Art. 166. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão a conta dos recursos orçamentários consignados em cada
exercício financeiro, ficando o Chefe do Poder Executivo, no exercício financeiro corrente, autorizado a:
II - abrir créditos especiais, até o limite de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para atendimento do disposto no mesmo inciso I deste
artigo e destinado à criação das ações indicadas nesta Lei;
III - promover a transposição de projetos e atividades, desde que necessário para a adequação autorizada neste artigo."
§ 1º O Crédito Especial autorizado por esta Lei se destina à criação da seguinte ação no Orçamento Municipal vigente:
Valor: R$ 8.000,00
§ 2º O Decreto de abertura do crédito especial autorizado, a ser editado pelo Poder Executivo na forma definida no art. 42 da
Lei nº 4.320/64, especificará os grupos de despesa, os elementos e as fontes de recursos necessários à implementação das ações
cuja criação é autorizada nesta Lei, bem como o detalhamento das anulações indicadas no §3º deste artigo.
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§ 3º Ossua
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§ 4º Com fundamento e em obediência ao disposto no artigo 7º, da Lei nº 430, de 09 de dezembro de 2013, fica acrescido ao
Plano Plurianual 2014/2017 do Município, com a mesma denominação e valores, a ação indicada nesta Lei.
Art. 167. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas disposições em contrário, especialmente a Lei Municipal nº
170/04 e a Lei 423/13, assim como seus regulamentos.
ANEXO I
PATRIMONIO AMBIENTAL
ILHA DE TINHARÉ LAGOA DO MORRO PRIMEIRA PRAIA SEGUNDA PRAIA TERCEIRA PRAIA QUARTA PRAIA FONTE DA
BIQUINHA FONTE DO CÉU PISCINAS DE MORRO DE SÃO PAULO GAMBOA DO MORRO LAGOA DE GARAPUÁ PRAIA DE
GARAPUÁ PISCINA DE GARAPUÁ
ILHA DE BOIPEBA
PISCINAS NATURAIS DE BOIPEBA PISCINAS NATURAIS DE PONTA DOS CASTELHANOS PISCINAS MORERÉ TRILHA DE VELHA
BOIPEBA-MORERÉ PRAIAS DE VELHA BOIPEBA MORRO DO QUEBRA CÚ PRAIA E VILA MORERÉ PRAIA CUEIRA - ILHA DE
BOIPEBA BURACO DA ONÇA - SÃO SEBASTIÃO TRILHA COVA DA ONÇA - SÃO SEBASTIÃO MORRO DAS MANGABAS - SÃO
SEBASTIÃO PRAIA DE CORA GRANDE BARRACÃO DOS GIZ
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
IGREJA N. S. DA LUZ
IGREJA N. S. DA PENHA
CASA DE VARANDAS
DISTRITO DE BOIPEBA IGREJA DO DIVINO ESPIRITO SANTO POVOADO DE GARAPUÁ IGREJA DE S. FRANCISCO DE ASSIS
IGREJINHA;
PATRIMÔNIO MATERIAL
REINADO
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CHEGANÇA CAPOEIRA
CARETAS MAKULELÊ
DANDOCA DORÔDORÔ
BARQUINHA
MARUJADA
TAIEIRAS
PASTORINHAS
CAPOEIRA
ZAMBIAPUNGA
SAMBA QUILOMBOLA
CHEGANÇA DE MOUROS
CAPOEIRA
BOI
TERNO DE REIS
CAPOEIRA
JANEIRO
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FESTA EM LOUVOR A SÃO FRANCISCO DE ASSIS - POVOADO DE, GARAPUÁ (ÚLTIMO FINAL DE SEMANA DO MÊS)
FEVEREIRO
PAULO/MORERÉ
MARÇO
ABRIL/MAIO
FESTA EM LOUVOR DE NOSSA SENHORA DA PENHA - DISTRITO DA GAMBOA DO MORRO (DATA MÓVEL ENTRE OS MESES DE
ABRIL E MAIO)
JUNHO
FESTA EM LOUVOR AO DIVINO ESPÍRITO SANTO - DISTRITO DE BOIPEBA (50 DIAS APÓS A PÁSCOA)
FESTA EM LOUVOR A SANTO ANTÔNIO (FESTA DA RUA DA PISTA) - SEDE MUNICIPAL/MONTE ALEGRE
FESTA EM LOUVOR A SÃO PEDRO (FESTA DA RUA NOVA BRASÍLIA) - SEDE MUNICIPAL/GAMBOA E MORERÉ
JULHO
SAMBA DOS ÍNDIOS (TRADIÇÃO POPULAR NA RUA DE CIMA) - SEDE MUNICIPAL (02/07)
AGOSTO
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