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Prefeitura Municipal de Camaçari - Ano XXI - Nº 2324 - 2º Caderno de 15 de fevereiro de 2024 - Página 01 de 38

2º CADERNO

DIÁRIO Nº 2324/2024
DE 15 DE FEVEREIRO DE 2024

MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 Assinado de forma digital por MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180


Dados: 2024.02.15 16:34:13 -03'00'
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15 de fevereiro de 2024 - Ano XXI
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LEI XI - Do usuário-pagador e do poluidor-pagador;


XII – Do provedor-recebedor;
XIII - Da gestão dos ecossistemas em equilíbrio
apropriado entre a conservação e a utilização sustentável
REPUBLICADO POR INCORREÇÃO da biodiversidade, administrados dentro dos limites de seu
funcionamento.
LEI COMPLEMENTAR Nº 1876/2023
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023 Art. 4º São objetivos da Política Municipal de Meio
Ambiente:
Institui o Código de Meio Ambiente, que
dispõe sobre a Política de Meio Ambiente I- Articular e integrar as ações e atividades ambientais
do Município de Camaçari e dá outras desenvolvidas pelos diversos órgãos e entidades do
providências. Município entre si e com os órgãos federais e estaduais,
instituições públicas e privadas, além da sociedade civil,
O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAÇARI, ESTADO quando necessário;
DA BAHIA, no uso de suas atribuições, faz saber que a II- Articular e integrar as ações e atividades ambientais
Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: intermunicipais, favorecendo consórcios e outros
instrumentos de cooperação;
TÍTULO I III- Identificar e caracterizar os ecossistemas do Município,
definindo as funções específicas de seus componentes,
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE as fragilidades, as ameaças, os riscos e os usos
compatíveis;
Art. 1º Fica instituída a Política Municipal de Meio
Ambiente, visando assegurar o desenvolvimento IV- Compatibilizar o desenvolvimento econômico e social
sustentável e a manutenção do Meio Ambiente equilibrado com a preservação e conservação ambiental, a qualidade
e propício à sadia qualidade de vida, em todas as suas de vida e o uso racional dos recursos ambientais, naturais
formas, a ser implementada de forma descentralizada, ou não;
harmônica, integrada e participativa, inclusive com a V- Controlar a produção, extração, comercialização,
compatibilização de seus instrumentos e planos, transporte e o emprego de materiais, bens e serviços,
observada a legislação federal e estadual aplicável. métodos e técnicas que comportem risco para a vida ou
comprometam a qualidade de vida e o meio ambiente;
Art. 2º Os conceitos encontram-se definidos no Anexo I VI- Estabelecer normas, critérios e padrões de emissão de
desta Lei. efluentes e de qualidade ambiental, bem como, normas
relativas ao uso e manejo de recursos ambientais,
CAPÍTULO I naturais ou não, adequando-os permanentemente em
DOS PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES face da lei e de inovações tecnológicas;
VII- Estimular a aplicação da melhor tecnologia limpa
Art. 3º Ao Poder Público Municipal e à coletividade disponível para redução constante dos níveis de poluição;
incumbe defender, preservar, conservar e recuperar o VIII- Preservar e conservar as áreas protegidas no
meio ambiente, observando, dentre outros, os seguintes Município;
princípios:
IX- Estimular o desenvolvimento de pesquisas e uso
I- Da prevenção e da precaução; adequado dos recursos ambientais, naturais ou não;
X- Promover a educação ambiental formal e informal,
II - Do desenvolvimento sustentável como norteador da especialmente na rede de ensino municipal;
política socioeconômica e cultural do Município; XI- Promover o zoneamento ambiental;
III - Da racionalização do uso dos recursos ambientais,
naturais ou não; XII - Estimular atividades e práticas produtivas
agrícolas, pecuárias e florestais que privilegiem a
IV - Da proteção de áreas ameaçadas ou não de biodiversidade local de forma sustentável;
degradação; XIII - Otimizar o uso de energia, matérias-primas e
insumos visando à economia dos recursos naturais, à
V - Do direito de todos ao meio ambiente redução da geração de resíduos líquidos, sólidos e
ecologicamente equilibrado e a obrigação de defendê-lo gasosos.
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações; XIV - Incentivar a simbiose industrial como alternativa
VI - Da função social e ambiental da propriedade; para reutilização dos produtos e resíduos produzidos em
uma indústria por outra indústria.
VII - Da obrigação de recuperar áreas degradadas e
indenizar pelos danos causados ao meio ambiente; Art. 5º Constituem diretrizes gerais para a implementação
VIII - Da garantia de prestação de informações relativas da Política Municipal de Meio Ambiente:
ao meio ambiente; I- A inserção da dimensão ambiental nas políticas, planos,
programas, projetos e atos da Administração Municipal;
IX- Da participação da sociedade civil;
II- O incentivo à reciclagem e reuso dos recursos naturais,
X - Do respeito aos valores histórico-culturais e aos ao desenvolvimento de pesquisas, à utilização de
meios de subsistência das comunidades tradicionais; tecnologias mais limpas, à busca da ecoeficiência e às
ações orientadas para o uso sustentável dos recursos
ambientais;

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III- A orientação do processo de ordenamento territorial, VII - As normas e os padrões de qualidade ambiental e
respeitando as formas tradicionais de organização social, de emissão de efluentes líquidos e gasosos, de resíduos
suas técnicas de manejo ambiental, bem como, as áreas sólidos, bem como, de ruído e vibração;
de vulnerabilidade ambiental e a necessidade de VIII - O Autocontrole Ambiental;
racionalização do uso dos recursos naturais; IX- A Avaliação de Impactos Ambientais;
IV - A articulação e a integração entre as diversas esferas X - As Licenças e as Autorizações Ambientais;
de governo, bem como entre os diversos órgãos da XI - A Fiscalização Ambiental;
estrutura administrativa do Município, de modo a garantir XII - Os Instrumentos econômicos e tributários de
eficiência, eficácia, economicidade, transparência e gestão ambiental e de estímulo às atividades produtivas e
qualidade dos serviços prestados à população; socioculturais;
V - O estabelecimento de mecanismos de prevenção de XIII - A Cobrança pelo uso dos recursos ambientais;
danos ambientais e de responsabilidade socioambiental
pelos empreendedores, públicos ou privados, e o XIV - A Compensação Ambiental;
fortalecimento do autocontrole nos empreendimentos e
atividades com potencial de impacto sobre o meio XV - O Cadastro Municipal de Atividades
ambiente; Potencialmente Degradadoras ou Utilizadoras de
VI- O estímulo à incorporação da variável ambiental nas Recursos Naturais (CMAPD);
políticas setoriais de governo e pelo setor privado; XVI - A Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental
VII - O incentivo e o apoio à criação de organizações da (TCFA/Camaçari);
sociedade civil, objetivando sua efetiva participação na
gestão ambiental; XVII - Conferência Municipal de Meio Ambiente;
VIII- O fortalecimento do processo de educação ambiental
como forma de conscientização da sociedade para XVIII - O Pagamento por Serviços Ambientais;
viabilizar a proteção ambiental;
IX- A integração da gestão de meio ambiente e da Parágrafo único. Os planos, programas e projetos
biodiversidade com as políticas públicas municipais de setoriais de Meio Ambiente serão objeto de normatização
saúde, saneamento, habitação, uso do solo e específica, podendo estabelecer políticas próprias para
desenvolvimento urbano e outras de relevante interesse mudanças climáticas, remanescentes florestais,
social; arborização urbana, gerenciamento costeiro, gestão de
X - A maximização dos benefícios sociais e econômicos resíduos, saneamento ambiental, sem prejuízo de outros
resultantes do aproveitamento múltiplo e integrado do temas relacionados à gestão ambiental municipal.
meio ambiente, da biodiversidade e dos recursos hídricos;
XI- A utilização de instrumentos econômicos e tributários TÍTULO II
de estímulo ao uso racional e a conservação do meio
ambiente e da biodiversidade; DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
XII- O fortalecimento da gestão ambiental municipal; (SISMUMA) CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA
XIII - O estabelecimento de cooperação com outras
instituições, públicas e privadas, para a conservação e a Art. 7º O Sistema Municipal de Meio Ambiente
utilização sustentável da diversidade biológica; (SISMUMA), integrante do Sistema Estadual de Meio
XIV - A gestão compartilhada entre entes da esfera Ambiente (SISEMA) e do Sistema Nacional de Meio
federal, estadual e municipal; Ambiente (SISNAMA) é o conjunto de órgãos e entidades
públicas e privadas integrados para a preservação,
XV - A promoção e estímulo a celebração de convênios conservação, defesa, melhoria, recuperação, controle do
e acordos entre entidades públicas, privadas e meio ambiente e uso adequado dos recursos ambientais
organizações não governamentais, nacionais, do Município, consoante o disposto nesta Lei.
estrangeiras e internacionais, tendo em vista a
viabilização técnico-financeira visando à otimização da Art. 8º Integram o Sistema Municipal de Meio Ambiente:
gestão ambiental no município. I- Órgão Executor da Política Ambiental: órgão de
planejamento, coordenação, controle e execução da
CAPÍTULO II DOS INSTRUMENTOS Política Ambiental do Município;
II- Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM):
Art. 6º São instrumentos da Política Municipal de Meio órgão colegiado autônomo de caráter consultivo,
Ambiente: normativo, deliberativo e recursal da Política Ambiental;

I- Os Planos, Programas e Projetos Setoriais de Meio III - Outras secretarias e autarquias afins do Município,
Ambiente; definidas em ato do Poder Executivo.

II- O Sistema Municipal de Informações Ambientais; Parágrafo único. O COMAM é o órgão colegiado da
composição do SISMUMA, nos termos desta Lei.
III- A Educação Ambiental;
Art. 9º Os órgãos e entidades que compõem o SISMUMA
IV- A Avaliação e Monitoramento da Qualidade Ambiental; atuarão de forma harmônica e integrada, sob a
coordenação do órgão executor da Política Ambiental,
V - O Zoneamento Territorial Ambiental; observada a competência do COMAM.

VI - As Unidades de Conservação e outros Espaços


Especialmente Protegidos;

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CAPÍTULO II XVIII- Atuar em caráter permanente, na recuperação de


áreas e recursos ambientais poluídos ou degradados;
DO ÓRGÃO EXECUTIVO
XIX - Exercer a fiscalização de empreendimentos e
Art. 10. O órgão executor da Política Ambiental é o órgão atividades produtivas e comerciais de prestação de
de planejamento, coordenação, controle e execução da serviços e o uso de recursos ambientais de entidades
política municipal de meio ambiente, com as atribuições e pública e privada;
competência definidas nesta Lei. XX - Exercer o poder de polícia administrativa para
Parágrafo único. O órgão executor da Política Ambiental condicionar e restringir o uso e gozo dos bens, atividades
pode delegar atribuição a outro órgão do executivo, e direitos, em benefício da preservação, conservação,
sempre que for conveniente ao bom funcionamento da defesa, melhoria, recuperação e controle do meio
Política Municipal do Meio Ambiente. ambiente;
Art. 11. São atribuições do órgão executor da Política XXI - Emitir notificações e lavrar auto de infração na
Ambiental: ocorrência de irregularidades no uso dos recursos
ambientais do município;
I- Participar do planejamento das políticas públicas do XXII - Determinar a realização de estudos prévios de
Município; impacto ambiental;

II- Elaborar de forma participativa os planos e programas XXIII - Dar apoio técnico e administrativo ao Conselho
necessários para o fiel cumprimento das diretrizes e Municipal de Meio Ambiente (COMAM);
objetivos desta Lei; XXIV - Dar apoio técnico ao Ministério Público, nas
III- Coordenar as ações dos órgãos integrantes do suas ações institucionais em defesa do Meio Ambiente;
SISMUMA; XXV - Acompanhar a revisão e implementação do Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PDDU-
IV- Exercer o controle, o monitoramento e a avaliação dos S);
recursos naturais do Município; XXVI - Auxiliar na elaboração de estudos e programas de
V- Realizar o controle e o monitoramento das atividades saneamento, bem como, acompanhar implementação da
produtivas e dos prestadores de serviços quando potencial Política de Saneamento do município;
ou efetivamente poluidores ou degradadores do meio XXVII- Preservar, aproveitar e conservar as áreas verdes
ambiente; do município;
VI- Manifestar-se mediante estudos e pareceres técnicos
sobre questões de interesse ambiental para a população XXVIII - Planejar programas de reflorestamento;
do Município;
XXIX - Planejar programas de Preservação,
VII - Implementar as diretrizes da Política Ambiental conservação e uso sustentável dos recursos naturais,
municipal; dos ecossistemas e da biodiversidade.
XXX - Manter ativo e atualizado o cadastro multifinalitário
VIII - Promover a educação ambiental formal e informal; e o sistema de informações municipais;
XXXI - Executar outras atividades correlatas atribuídas
IX- Articular-se com organismos federais, estaduais, pela administração;
municipais e organizações não governamentais - ONG's,
para a execução coordenada e a obtenção de XXXII- Promover a divulgação ampla e irrestrita das
financiamentos para a implantação de programas relativos atividades do SISMUMA.
à preservação, conservação e recuperação dos recursos
ambientais, naturais ou não; CAPÍTULO III
X- Aplicar os recursos do Fundo Municipal de Meio
Ambiente, nos aspectos técnicos, administrativos e DO ÓRGÃO COLEGIADO
financeiros, segundo as diretrizes fixadas pelo COMAM;
XI- Apoiar as ações das organizações da sociedade civil Art. 12. Compete ao Conselho Municipal de Meio
que tenham a questão ambiental entre seus objetivos; Ambiente (COMAM):
XII- Propor a criação e gerenciar as unidades de
conservação, implementando os planos de manejo; I- Propor diretrizes e prioridades para elaboração da
XIII- Recomendar ao COMAM a criação de normas, Política de Meio Ambiente;
critérios, parâmetros, padrões, limites, índices e métodos
para o uso dos recursos ambientais do Município; II- Propor e apoiar programas, projetos e atividades de
XIV- Licenciar a localização, a instalação, a operação e a preservação, proteção, fiscalização e controle dos
ampliação dos empreendimentos e atividades de impacto recursos ambientais do Município;
local, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras III- Propor normas e medidas de controle, fiscalização e
ou degradadoras do meio ambiente; licenciamento das atividades com impacto direto aos
XV- Desenvolver com a participação dos órgãos e ecossistemas do Município;
entidades do SISMUMA, o zoneamento ambiental; IV- Sugerir a relocação de atividade ou empreendimento
XVI- Fixar diretrizes ambientais para elaboração de projetos utilizador de recursos ambientais considerados efetiva ou
de parcelamento do solo, bem como, para a instalação de potencialmente degradadores, quando localizados em
atividades e empreendimentos de coleta e disposição dos desconformidade com o zoneamento estabelecido;
resíduos; V- Apoiar a implementação de programas de educação
XVII- Promover as medidas administrativas e requerer as coletiva que objetivem o aumento do nível de
judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar os conscientização da comunidade acerca de temas
agentes poluidores e degradadores do meio ambiente; relacionados com o meio ambiente;

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VI- Estimular campanhas educativas e de orientação governamentais municipais, sendo obrigatória a presença
pública em assuntos de proteção, preservação e de um representante do órgão executor da Política
fiscalização do meio ambiente; Ambiental;
VII- Zelar pela observância dos padrões de controle da II - 06 (seis) representantes da sociedade civil,
qualidade ambiental estabelecidos pela legislação; escolhidos em fóruns próprios, prioritariamente:
VIII- Apurar denúncias fundamentais, relativas à a) dois representantes de entidades ambientalistas;
ocorrência de degradação do meio ambiente ou de
ameaças à qualidade de vida dos munícipes; b) um representante indicado conjuntamente por
IX- Propor critérios de identificação das áreas de riscos associações de moradores;
ambientais, especialmente nos perímetros urbanos;
X- Identificar e comunicar as agressões ambientais c) um representante indicado conjuntamente por
ocorridas no Município, diligenciando no sentido de sua entidades sindicais de trabalhadores sediadas no
apuração e sugerindo aos poderes públicos as medidas Município;
cabíveis e contribuindo, em caso de emergência, para a d) um representante da comunidade científica,
mobilização da comunidade; indicado conjuntamente pelos estabelecimentos de
XI - Propor normas técnicas para a definição de limites ensino superior público ou privado;
máximos permitidos dos parâmetros dos efluentes de e) um representante dos trabalhadores do setor de
indústrias já instaladas ou que venham a se instalar no atividades primárias.
município;
XII - Compor o órgão julgador de segunda instância no III - 06 (seis) representantes do setor produtivo,
Município. escolhidos em fóruns próprios, prioritariamente:
a) um representante do setor da agricultura;
XIII - Criar e extinguir câmaras técnicas;
b) um representante do setor de pesca;
XIV - Propor a uniformização de técnicas de trabalho a
serem adotadas no Município para o controle, preservação c) dois representantes do setor da indústria;
e proteção do meio ambiente, em colaboração com o
órgão executor da Política Municipal de Meio Ambiente; d) um representante do setor do comercio;
XV - Estimular a celebração de convênios e acordos
com entidades públicas ou privadas, nacionais ou e) um representante do setor de serviços.
estrangeiras, para o bom desenvolvimento dos seus
trabalhos; §1º Poderão participar das reuniões do COMAM, nos
XVI - Elaborar e aprovar seu Regimento Interno, termos do regulamento, com direito a voz, mas sem direito
estabelecendo competências, atribuições e forma de a voto, representantes do Ministério Público, Poder
funcionamento, dentre outras atividades, devendo ser Judiciário, Conselho Estadual de Meio Ambiente
homologado por ato do Chefe do Poder Executivo (CEPRAM), Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Municipal; Hídricos (INEMA), outros representantes do Poder
XVII - Aprovar, em conjunto com o órgão executor da Público, de Universidades e de outras entidades, sendo a
Política Ambiental, normas técnicas, visando orientar participação presencial limitada à capacidade do espaço
quanto à elaboração e execução dos Planos de físico de realização da reunião.
Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD;
XVIII - Apresentar sugestão para reformulações ou §2º Os ocupantes de cargos em comissão, na
adequações de Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Administração Pública Municipal, não poderão ser
Sustentável no que concerne às questões ambientais e ao nomeados para integrar o conselho Municipal de Meio
Patrimônio natural do Município; ambiente como representantes de entidades não
XIX - Fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo governamentais.
Municipal de Meio Ambiente (FMMA); §3º Na ausência de representantes indicados nos incisos
XX - Recomendar ao Chefe do Poder Executivo II e III, poderá ser indicado representante de outro
Municipal, por aprovação da maioria absoluta dos segmento.
conselheiros, a perda ou suspensão de benefícios e §4º Não havendo representantes em número previsto no
incentivos de natureza fiscal e econômica, por motivos de caput desse artigo, será lícita a instalação e funcionamento
infração à legislação ambiental; do Conselho com quantitativo inferior, com mínimo de 12
XXI – Aprovar, em conjunto com o órgão executor da membros, desde que mantida a paridade e se busque a
Política Ambiental, normas e diretrizes para complementação do quadro.
reconhecimento de unidades de conservação de domínio
municipal; Art. 14. O Prefeito do Município nomeará os membros
XXII - Avocar, mediante ato devidamente motivado, titulares e suplentes do COMAM, a serem escolhidos da
aprovado por maioria simples, para se manifestar sobre seguinte forma:
processos de licenciamento de atividades ou I - Os representantes do Poder Público Municipal,
empreendimentos enquadrados nas Classes 5 e 6. indicados pelos titulares das secretarias participantes;
II - Os representantes da sociedade civil, escolhidos
Art. 13. O Conselho Municipal de Meio Ambiente por seus pares, preferentemente na Conferência Municipal
(COMAM), composto por 18 (dezoito) membros e de Meio Ambiente ou em reunião especialmente
respectivos suplentes, sendo seis representantes de convocada para tal finalidade, nos termos do disposto em
entidades governamentais, seis da sociedade civil e seis regulamento;
do setor produtivo, assegurando participação tripartite e III - Os representantes do setor produtivo, indicados
paritária, assim constituído: pelas respectivas entidades que os representem, nos
I - 06 (seis) representantes das entidades termos do disposto em regulamento.

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§1º Cada representação do COMAM deverá contar com III- Celebrar convênios, acordos ou contratos, observada a
um membro titular e até dois suplentes. legislação pertinente, com entidades públicas ou privadas,
§2º Os membros do colegiado e seus suplentes terão visando à execução das atividades custeadas com o
mandato de dois anos, sendo permitida a recondução por recurso do Fundo;
igual período. IV- Ordenar despesas com recursos do Fundo, respeitada
§3º O mandato do membro do COMAM é considerado a legislação pertinente;
serviço relevante para o Município e não será V - Prestar contas dos recursos do Fundo ao
remunerado. Conselho Municipal de Meio Ambiente e aos órgãos
§4º Poderá ser disponibilizada ajuda de custo para competentes;
despesas exclusivamente relacionadas às reuniões VI - Abrir conta bancária específica para recolhimento
presenciais do Conselho ou outros eventos presenciais dos recursos do Fundo.
em que o conselho precise estar representado para o
exercício de suas funções institucionais. TÍTULO III

Art. 15. A estrutura do COMAM compreende a DA GESTÃO AMBIENTAL CAPÍTULO I


Presidência, a Vice-Presidência, o Plenário, a Secretaria DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES
Executiva e as Câmaras Técnicas e Setoriais, cujas AMBIENTAIS
atividades e funcionamento serão definidos em Regimento
Interno. Art. 20. O Sistema Municipal de Informações Ambientais
Art. 16. O órgão executor da Política Ambiental funcionará (SMIA) tem por objetivo reunir as informações sobre a
como Secretaria Executiva do COMAM, fornecendo toda qualidade, a disponibilidade, o uso, o monitoramento e a
estrutura necessária para o pleno funcionamento. conservação dos recursos ambientais, as fontes e causas
Art. 17. As deliberações do COMAM serão publicadas na de degradação ambiental, a presença de substâncias
imprensa oficial do Município. potencialmente danosas à saúde, bem como, os níveis de
poluição e as situações de risco existentes no Município
CAPÍTULO IV de Camaçari.

DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE (FMMA) §1º O SMIA será alimentado por dados e informações
produzidos pelos órgãos do Sistema Municipal de Meio
Art. 18. O Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA) de Ambiente (SISMUMA), pelos demais órgãos e entidades
Camaçari tem como objetivo custear a execução da integrantes da Administração Pública, pelas organizações
Política Municipal de Meio Ambiente, constituído das não governamentais e instituições privadas.
receitas provenientes de: §2º O SMIA também reunirá o registro e o andamento de
I- Multas administrativas; atos da fiscalização, do licenciamento e da compensação
ambiental, além da gestão dos espaços previstos no
II- Compensação ambiental oriundo do licenciamento Sistema de Áreas de Valor Ambiental (SAVAM) e dos
ambiental de empreendimentos de atividades de programas e projetos ambientais.
significativo impacto para o meio ambiente; Art. 21. As informações do SMIA serão públicas,
III- Recursos obtidos a partir da visitação ou exploração ressalvadas as protegidas por sigilo, assim demonstrado e
das Unidades de Conservação de Domínio Municipal; comprovado pelos interessados, respeitando-se as
IV- Conversão de multa, correspondente aos percentuais normas sobre direito autoral e propriedade industrial.
aplicados na suspensão ou conversão do valor de Parágrafo único. Os dados e informações produzidos por
autuações administrativas objeto de Termo de entidades privadas ou por organizações não
Compromisso Ambiental celebrado com o órgão executor governamentais, com a participação de recursos públicos,
da Política Ambiental; deverão ser disponibilizados ao SMIA, sem ônus para o
V- Doações; Poder Público.
Art. 22. Deverão constar do SMIA e ficar disponíveis para
VI - Convênios com entidades públicas ou privadas, acesso ao público, listagens e relações contendo os
nacionais ou internacionais, para implementação e seguintes dados:
manutenção da Política Municipal de Meio Ambiente; I- Pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva
VII - Participação de editais nacionais ou internacionais; concessão;

VIII - Outras receitas eventuais. II- Auto de infrações e respectivas penalidades;

Parágrafo único. Os recursos aludidos neste artigo serão III- Lavratura de termos de compromisso;
depositados na conta do Fundo Municipal de Meio
Ambiente (FMMA), geridos pelo órgão executor da Política IV- Recursos interpostos em processo administrativo
Ambiental e fiscalizados pelo COMAM. ambiental e respectivas decisões;
Art. 19. O órgão executor da Política Ambiental terá as V- O Cadastro Municipal de Atividades Potencialmente
seguintes atribuições relacionadas ao FMMA: Degradadoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais
I- Informar receitas do Fundo, com as respectivas (CMAPD).
rubricas, submetendo-os à apreciação do Conselho Art. 23. O SMIA deverá integrar o Sistema Estadual de
Municipal de Meio Ambiente, antes de seu Informações Ambientais (SEIA), bem como, o Sistema
encaminhamento às autoridades competentes; Nacional de Informações sobre Meio Ambiente (SISNIMA)
II- Organizar o cronograma de execução financeira do visando a gestão compartilhada da informação ambiental
Plano Anual de Trabalho, de acordo com os critérios e para fortalecimento do Sistema Nacional de Meio
prioridades definidas pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (SISNAMA).
Ambiente;

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Art. 24. O SMIA deverá ser integrado a outros sistemas §3º Os empreendimentos e atividades sujeitos ao
municipais que detenham dados que possam, sob atendimento de índices e padrões de qualidade ambiental
qualquer forma, auxiliar na gestão dos recursos deverão realizar o automonitoramento nos termos
ambientais do município. exigidos em lei, normas regulamentares e atos
autorizativos, devendo disponibilizar os dados gerados
CAPÍTULO II para o poder público, conforme exigido.
§4º Os dados e informações decorrentes do
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL automonitoramento poderão, a critério do poder público,
integrar o sistema municipal de informações ambientais.
Art. 25. O Poder Público implantará a Política Municipal Art. 28. Para a garantia das condições ambientais
de Educação Ambiental (PMEA), visando promover o adequadas à vida, em todas as suas formas, serão
conhecimento, o desenvolvimento de atitudes e de estabelecidos padrões de qualidade ambiental e de
habilidades necessárias à preservação ambiental e emissão de poluentes, conforme disposições
melhoria da qualidade de vida, com base nos princípios regulamentares.
da legislação estadual e federal pertinentes. Art. 29. Os padrões de qualidade ambiental são os
§1º O estabelecimento de programas, projetos e ações valores de concentrações máximas toleráveis no ambiente
contínuas e interdisciplinares, dar-se-á em todos os níveis para cada poluente, de modo a resguardar a saúde
de ensino, no âmbito formal e não formal, garantindo a humana, a fauna, a flora, as atividades econômicas e o
transversalidade da temática ambiental, na sociedade e meio ambiente em geral.
nos diversos órgãos e secretarias do Município. §1º Os padrões de qualidade ambiental deverão ser
§2º Nos empreendimentos e atividades nos quais sejam expressos, quantitativamente, indicando as concentrações
exigidos Programa de Educação Ambiental (PEA) como máximas de poluentes suportáveis em determinados
condicionante de licença, os respectivos responsáveis ambientes, devendo ser respeitados os indicadores
devem atender às orientações do Termo de Referência ambientais de condições de autodepuração do corpo
específico aprovado pelo órgão executor da Política receptor.
Ambiental.
Art. 26. Fica instituída a Comissão de Educação Ambiental §2º Os padrões de qualidade ambiental incluirão, entre
(CEA), fórum permanente de discussão da Educação outros, a qualidade do ar, das águas, do solo e a emissão
Ambiental Municipal, composta por representantes do de ruídos.
poder público, inclusive dos órgãos de gestão ambiental e §3º O controle das emissões sonoras no perímetro urbano
da secretaria de educação, tendo como missão propor as do Município será definido em atos normativos
diretrizes da Política e do Plano Municipal de Educação específicos, dispondo sobre níveis e horários permitidos.
Ambiental, coordenando e interligando as atividades Art. 30. Os padrões e parâmetros de emissão e de
relacionadas a essa temática, competindo-lhe: qualidade ambiental são aqueles estabelecidos pelos
I- Promover a Educação Ambiental a partir das Poderes Públicos Estadual e Federal, podendo o COMAM
recomendações da legislação pertinente e de deliberações estabelecer padrões próprios, mais restritivos, ou
oriundas de conferências oficiais de meio ambiente e de acrescentar padrões para parâmetros não fixados,
educação ambiental; fundamentados em parecer consubstanciado
II- Propor programas de Educação Ambiental encaminhado pelo órgão executor da Política Ambiental.
considerando a diversidade local; Art. 31. Os órgãos competentes devem monitorar as
condições do ar, do solo e dos corpos d'água para avaliar
III- Apoiar técnica, científica e institucionalmente as ações se estão sendo atendidos os padrões e metas
de Educação Ambiental. estabelecidos e exigir a adoção das providências
pertinentes.
CAPÍTULO III §1º As informações decorrentes do monitoramento
realizado pelo poder público deverão integrar o sistema
DA QUALIDADE AMBIENTAL E DO MONITORAMENTO municipal de informações ambientais.
§2º Para realizar o quanto previsto no caput, o poder
Art. 27. Ficam proibidos o lançamento, a liberação e a público poderá se valer de ferramentas tecnológicas como
disposição de poluentes no ar, no solo, no subsolo, nas monitoramento remoto, e sistemas de informação
águas interiores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas, geográfica (GIS).
e no mar territorial, em desconformidade com normas e Art. 32. É vedada a ligação de esgotos ou o lançamento
padrões estabelecidos, bem como, qualquer outra forma de efluentes de qualquer natureza à rede pública de
de degradação decorrente da utilização dos recursos águas pluviais.
ambientais. §1º Nos logradouros com rede coletora instalada, é
§1º Os empreendimentos e atividades com potencial de obrigatória a ligação dos efluentes sanitários, de qualquer
causar degradação ambiental ficam obrigados a possuir natureza, à rede de esgotamento sanitário.
equipamentos ou sistemas de controle ambiental e a adotar §2º Inexistindo rede coletora instalada, deverá ser
medidas de segurança para evitar riscos ou efetiva instalada solução individual de tratamento e disposição
degradação ambiental e outros efeitos indesejáveis ao final, que deve ser aprovada pelos órgãos competentes.
bem-estar dos trabalhadores, da comunidade, e a §3º No caso de descumprimento ao previsto neste artigo,
apresentar ao órgão ambiental competente, quando o órgão ambiental competente deverá aplicar as
exigido, planos de controle e de gerenciamento de risco. penalidades administrativas cabíveis, conforme a infração
§2º Os responsáveis pelas fontes degradadoras deverão praticada, e notificar o fato ao órgão público municipal ou
fornecer ao órgão ambiental competente, quando exigido, à concessionária.
informações sobre suas atividades e sistemas de Art. 33. O órgão ambiental competente determinará a
produção, acompanhadas dos estudos e documentos adoção de medidas emergenciais visando à redução ou à
técnicos. paralisação das atividades degradadoras, após prévia

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comunicação ao empreendedor, na hipótese de grave e CAPÍTULO IV


iminente risco à saúde, à segurança da população e ao
meio ambiente. DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Art. 34. A Política Municipal de Meio Ambiente deverá Art. 40. Os empreendimentos e atividades, públicos ou
estar integrada com as ações de saneamento ambiental privados, bem como, planos, programas, projetos e
previstas no Plano Municipal de Saneamento Básico políticas públicas setoriais, suscetíveis de causar impacto
Art. 35. As fontes geradoras de resíduos sólidos deverão no meio ambiente, devem ser objeto de avaliação de
elaborar, obrigatoriamente, o Plano de Gerenciamento de impactos ambientais.
Resíduos Sólidos (PGRS), contendo a estratégia geral Art. 41. A avaliação de impacto ambiental é resultante do
para o gerenciamento dos resíduos, abrangendo todas as conjunto de instrumentos e procedimentos à disposição do
suas etapas, inclusive aquelas referentes à Redução, Poder Público Municipal que possibilita a análise e
Reutilização e Reciclagem (3R's), especificando as ações interpretação de impactos sobre a saúde, o bem-estar da
a serem implementadas com vistas à conservação e população, a economia e o equilíbrio ambiental,
recuperação de recursos naturais, de acordo com as compreendendo:
normas pertinentes. I- A consideração da variável ambiental nas políticas,
Art. 36. Os responsáveis pelos empreendimentos e planos, programas ou projetos que possam resultar em
atividades instalados ou que venham a se instalar no impacto referido no caput;
Município respondem, independentemente de dolo ou II- A elaboração de estudo ambiental para atividades de
culpa, pelos danos causados ao meio ambiente pelo pequeno e médio impacto, para a implantação de
acondicionamento, estocagem, transporte, tratamento e empreendimentos ou atividades de significativo impacto
disposição final de resíduos, mesmo após sua ambiental, na forma da lei.
transferência a terceiros. Art. 42. É de competência do órgão executor da Política
§1º A responsabilidade do gerador não exime a do Ambiental a exigência do estudo ambiental para o
transportador e a do receptor do resíduo pelos incidentes licenciamento de empreendimentos ou atividades
ocorridos durante o transporte ou em suas instalações, potencial ou efetivamente degradadoras do meio ambiente,
que causem degradação ambiental. ou que possam causar interferência na comunidade do
§2º Desde que devidamente aprovada pelo órgão entorno, respectivamente, bem como, sua deliberação
ambiental competente, a utilização de resíduos por final, a qual se dará publicidade.
terceiros, como matéria-prima ou insumo, fará cessar a §1º A ampliação ou modificação de empreendimentos e
responsabilidade do gerador. atividades já existentes, que causarem impacto adicional
§3º O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos significativo, sujeitam-se às exigências previstas no caput
Sólidos será estabelecido em norma específica, devendo deste artigo e, quando couber, ficam obrigadas à
observar o disposto nesta Lei. correspondente Compensação Ambiental.
Art. 37. Os responsáveis pela degradação ambiental são §2º Quando a atividade ou empreendimento não for
obrigados a recuperar as áreas degradadas, sem prejuízo potencialmente causador de significativa degradação do
de outras responsabilidades administrativas legalmente meio ambiente ou interferência na comunidade do
estabelecidas, com a adoção de medidas adequadas para entorno, o órgão executor da Política Ambiental poderá
recuperação do solo, da vegetação ou das águas e à exigir outros estudos ambientais necessários à informação
redução dos riscos ambientais para que se possa dar e instrução do processo de licenciamento, se for o caso.
nova destinação à área. Art. 43. O estudo ambiental, além de observar os demais
Parágrafo único. As medidas de que trata este artigo dispositivos desta Lei, obedecerá às seguintes diretrizes
deverão constar do Plano de Recuperação de Áreas gerais:
Degradadas (PRAD) a ser submetido à aprovação da I- Contemplar as alternativas tecnológicas apropriadas;
autoridade ambiental competente.
Art. 38. São considerados responsáveis solidários pela II- Definir os limites da área geográfica a ser direta ou
prevenção e recuperação de uma área degradada: indiretamente afetada pelos impactos;
III- Realizar o diagnóstico ambiental da área de influência
I- O causador da degradação e seus sucessores; do empreendimento, com completa descrição e análise
dos recursos ambientais e suas interações, tal como
II - O adquirente, o proprietário ou o possuidor da área ou existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da
do empreendimento; região, antes da implantação do empreendimento;
IV- Identificar e avaliar sistematicamente os impactos
III - Os que aufiram benefícios econômicos, diretos ou ambientais que serão gerados pelo empreendimento nas
indiretos, decorrentes da atividade causadora da suas fases de planejamento, pesquisa, localização,
degradação ambiental e contribuam para sua ocorrência instalação, operação ou utilização de recursos ambientais;
ou agravamento. V- Considerar os planos e programas governamentais
existentes e a implantação na área de influência do
Art. 39. Sem prejuízo do disposto na legislação federal empreendimento e a sua compatibilidade;
pertinente, os empreendimentos e atividades produtoras, VI - Definir medidas mitigadoras e compensatórias para os
montadoras ou manipuladoras, bem como, as impactos negativos, bem como, medidas de maximização
importadoras, que forem elencadas nas disposições dos impactos positivos decorrentes do empreendimento;
regulamentares desta Lei, são responsáveis pela
destinação final das embalagens e produtos pós-consumo VII - Elaborar programa de acompanhamento e
perigosos, devendo destiná-los à reutilização, reciclagem monitoramento dos impactos positivos e negativos,
ou inutilização. indicando a frequência, os fatores e parâmetros a serem
considerados, que devem ser mensuráveis e ter
interpretações inequívocas.

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§1º Os impactos ambientais devem ser classificados instalados em áreas que dispõem de zoneamento
quanto à natureza, incidência, permanência, específico poderão ter procedimentos especiais de
temporalidade, reversibilidade, abrangência e magnitude. licenciamento ambiental.
§2º Poderá ser dada publicidade aos documentos Art. 50. A definição das poligonais e normas aplicáveis se
integrantes do estudo ambiental de médio impacto, que dará por lei específica, e deverá atingir os objetivos
ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do expressos neste Código.
Poder Público municipal, por qualquer interessado.
Art. 44. O órgão executor da Política Ambiental deverá CAPÍTULO VI
elaborar e aprovar os Termos de Referência em
observância com as características do empreendimento e DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
do meio ambiente a ser afetado, cujas instruções
orientarão a elaboração do estudo ambiental para Art. 51. A localização, implantação, operação e alteração
atividades de pequeno e médio impacto, contendo prazos, de empreendimentos e atividades que utilizem recursos
normas e procedimentos a serem adotados. ambientais dependerão de prévio licenciamento
Parágrafo único. Poderão ser realizadas audiências ambiental, na forma dos dispositivos desta Lei e demais
públicas para subsidiar o licenciamento ambiental de normas dela decorrentes.
empreendimentos e atividades cujos impactos justifiquem Art. 52. O procedimento de licenciamento ambiental
a sua realização, conforme avaliação do órgão executor considerará a natureza e o porte dos empreendimentos e
da Política Ambiental. atividades, as características do ecossistema e a
Art. 45. O diagnóstico ambiental, assim como, a análise capacidade de suporte dos recursos ambientais
dos impactos ambientais, deverão considerar o meio envolvidos.
ambiente da seguinte forma: Art. 53. O órgão executor da Política Ambiental expedirá
I- Meio abiótico: o solo, o subsolo, as águas, o ar e o as seguintes licenças, sem prejuízo de outras
clima, com destaque para os recursos minerais, a modalidades previstas em normas complementares a esta
topografia, a paisagem, os tipos e aptidões do solo, os Lei:
corpos d'água, o regime hidrológico, as correntes I- Licença Ambiental Prévia (LAP): concedida na fase
marinhas e as correntes atmosféricas; preliminar do planejamento do empreendimento ou
II- Meio biótico: todas as formas de vida presentes em um atividade, aprovando sua localização e concepção,
determinado local, incluindo a flora e a fauna, com atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
destaque para as espécies indicadoras da qualidade requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas
ambiental, de valor científico e econômico, raras e próximas fases de sua implementação;
ameaçadas de extinção, em extinção e os ecossistemas II- Licença Ambiental de Implantação (LAI): concedida
naturais; para a implantação do empreendimento ou atividade, de
III- Meio antrópico: ambiente natural modificado pelo ser acordo com as especificações constantes dos planos,
humano, onde ganham relevo os aspectos programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de
socioeconômicos, incluindo ainda os sítios e monumentos controle ambiental e demais condicionamentos;
arqueológicos, históricos, culturais e ambientais e a III- Licença Ambiental de Operação (LAO): concedida para
potencial utilização futura desses recursos. a operação da atividade ou empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento das exigências
Parágrafo único. No diagnóstico ambiental, os fatores constantes das licenças anteriores e estabelecimento das
ambientais devem ser analisados de forma integrada, condições e procedimentos a serem observados para
mostrando a interação entre eles e a sua essa operação;
interdependência. IV- Licença Ambiental de Alteração (LA): concedida para a
ampliação ou modificação de empreendimento, atividade
CAPÍTULO V ou processo regularmente existente;
V- Licença Ambiental Simplificada (LAS): concedida para
DO ZONEAMENTO AMBIENTAL empreendimentos classificados como pequeno porte,
excetuando-se aqueles considerados de potencial risco à
Art. 46. O Zoneamento Ambiental Municipal, elaborado saúde humana;
pelo Poder Público com a participação da sociedade civil, VI- Licença Ambiental de Regularização (LAR): concedida
tem por objetivo promover a utilização racional dos para regularização de atividades ou empreendimentos em
recursos ambientais de forma a harmonizar a Política instalação ou funcionamento, existentes até a data da
Ambiental, de proteção à biodiversidade e de recursos regulamentação desta Lei, mediante a apresentação de
hídricos, com outras políticas públicas. estudos ambiental e comprovação da recuperação e/ou
Parágrafo único. O zoneamento ambiental municipal compensação ambiental de seu passivo, caso não haja
constitui um dos instrumentos de gestão para subsidiar os risco à saúde da população e dos trabalhadores;
planos de desenvolvimento e uso do território do VII - Autorização Ambiental (AA): concedida para
Município. empreendimentos, serviços, atividades e pesquisas que
Art. 47. O zoneamento Ambiental consiste no não impliquem na implantação de estruturas permanentes.
estabelecimento de regras especiais para a ocupação, §1º A critério do órgão executor da Política Ambiental
prática de atividades, uso do solo e dos recursos poderá ser expedida a Licença Prévia de Operação (LPO),
ambientais em determinadas áreas do território do válida por 180 (cento e oitenta) dias, quando necessária a
Município, com o objetivo de propiciar a proteção e avaliação da eficiência das medidas adotadas pela
melhoria da qualidade do ambiente, considerando as atividade na fase inicial de operação.
características ou atributos das áreas. §2º Para os empreendimentos e atividades não passíveis
Art. 48. O zoneamento Ambiental deverá ser elaborado de licenciamento ambiental em virtude do seu porte, será
em consonância com o Zoneamento Territorial Municipal. exigida a obtenção de dispensa perante o órgão executor
Art. 49. Os empreendimentos e atividades a serem da Política Ambiental,

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§3º Caberá ao órgão ambiental competente, com base LAO, efetiva ou potencialmente causadores de impacto
nas disposições normativas existentes, definir os critérios ambiental, serão exigidos Estudo Ambiental de Pequeno
de exigibilidade de licenciamento, levando em Impacto – EPI ou Estudo Ambiental de Médio Impacto -
consideração as especificidades, os riscos ambientais, o EMI, respectivamente, conforme Termo de Referência a
porte e outras características do empreendimento ou ser elaborado pelo órgão executor da Política Ambiental.
atividade.
§4º A emissão de licenças, autorizações de supressão e Art. 56. Ficam estabelecidos períodos de validade
outros atos administrativos pelo poder público, constantes máximos para as licenças e autorizações ambientais:
da tabela do Anexo VI, estará sujeita ao pagamento da I- O prazo de validade da Licença Ambiental Simplificada -
taxa correspondente, nos termos da legislação municipal LAS será de até 03 (três) anos;
aplicável. II- O prazo de validade de Licença Ambiental Prévia - LAP
Art. 54. A classificação de empreendimentos e atividades deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma
obedecerá a seguinte correspondência: de elaboração dos planos, programas e projetos relativos
I- Classe 1 - pequeno porte e pequeno potencial poluidor; ao empreendimento ou atividade, não podendo ser
superior a 04 (quatro) anos;
II- Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluidor ou III- O prazo de validade da Licença Ambiental de
pequeno porte e médio potencial poluidor; Implantação - LAI deverá ser, no mínimo, o estabelecido
III- Classe 3 - médio porte e médio potencial poluidor; pelo cronograma de instalação do empreendimento ou
atividade, não podendo ser superior a 04 (quatro) anos;
IV- Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor IV- O prazo de validade da Licença Ambiental de
ou pequeno porte e alto potencial poluidor; Operação - LAO deverá considerar os planos de
V- Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou autocontrole ambiental da empresa, e será de até 05
médio porte e alto potencial poluidor; (cinco) anos;
VI- Classe 6 - grande porte e alto potencial poluidor. V- O prazo de validade da Licença de Alteração - LA
deverá ser estabelecido em consonância com o prazo de
Parágrafo único. As correspondências estabelecidas no validade da licença ambiental objeto da alteração,
caput seguem a seguinte tabela classificatória, conforme devendo ser incorporada posteriormente a próxima
tabela de enquadramento do Anexo IV desta Lei: licença ambiental;
VI- O prazo de validade da Autorização Ambiental será de
, até 03 anos.
Potencial Poluidor Geral

Art. 57. No caso de licenciamento ambiental de


P M A empreendimento abarcando duas ou mais atividades a ele
vinculadas, adotar-se-ão os seguintes critérios de
P 1 2 4 classificação, de acordo com o estabelecido pelo órgão
ambiental, diante das circunstâncias do caso concreto:
I- O enquadramento será realizado pela atividade de maior
Porte do Empreendimento M 2 3 5 classe;

G 4 5 6 II- Verificando-se que o conjunto das atividades ligadas ao


empreendimento são capazes de provocar significativo
impacto ambiental, será emitido parecer pelo órgão
executor da Política Ambiental, reenquadrando o
Art. 55. Atendendo-se às tipologias de empreendimentos empreendimento;
e atividades e os critérios pré-definidos no Anexo IV, os III- Em caso de ocorrência do previsto na alínea b deste
empreendimentos serão licenciados adotando-se as inciso, o empreendedor poderá solicitar ao órgão
seguintes regras: ambiental competente, mediante requerimento
I- Empreendimentos e atividades enquadrados nas fundamentado, a revisão do enquadramento de porte e/ou
classes 1 e 2, quando couber, serão objetos de Licença potencial poluidor do empreendimento ou atividade objeto
Ambiental Simplificada (LAS), antecedidos de Estudo do licenciamento.
Ambiental de Pequeno Impacto - EPI, conforme Termo de
Referência a ser elaborado pelo órgão executor da Política Art. 58. As licenças e autorizações ambientais disporão
Ambiental; de condicionantes com medidas para a mitigação de
II- Empreendimentos e atividades enquadrados nas impactos aferidos no licenciamento ambiental, indicando
classes 3, 4 e 5 serão objeto de licenciamento ambiental, expressamente prazos para seu atendimento.
obedecendo às etapas de LAP, LAI e LAO e antecedidos §1º As condicionantes e medidas indicadas na
de Estudo Ambiental de Médio Impacto - EMI, conforme manifestação dos órgãos e entidades públicas
Termo de Referência a ser elaborado pelo órgão executor intervenientes no processo de licenciamento ambiental,
da Política Ambiental; para cumprimento pelo empreendedor, deverão guardar
III- Empreendimentos e atividades enquadrados na classe relação direta com os impactos identificados nos estudos
6 serão objeto de licenciamento ambiental, obedecendo apresentados pelo empreendedor, decorrentes da
às etapas de LAP, LAI e LAO, antecedido de Estudo implantação da atividade ou empreendimento, e deverão
Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de ser acompanhadas de justificativa técnica.
Impacto Ambiental - EIA/RIMA, conforme Termo de §2º Serão garantidos o monitoramento contínuo e o
Referência a ser elaborado pelo órgão executor da estabelecimento de novas condicionantes pelo órgão
Política Ambiental; ambiental licenciador, sempre que necessário,
IV- Para os empreendimentos sujeitos ao licenciamento independentemente do prazo da licença.
ambiental de regularização nas fases de LAS e LAI ou §3º O requerimento de revisão de condicionantes, bem

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como de prorrogação de prazo para o seu cumprimento, hipótese, a partir do recebimento dos estudos solicitados
deverá ser feito na vigência da respectiva Autorização ou pelo órgão executor da Política Ambiental.
Licença Ambiental, acompanhado de fundamentação
técnica elaborada pela Comissão Técnica de Garantia §6º O prazo de análise é suspenso quando o
Ambiental (CTGA), quando couber. empreendedor é notificado para apresentação de
Art. 59. A Autorização Ambiental é o ato administrativo documentos e estudos ambientais necessários à
por meio do qual o órgão ambiental competente permite a continuidade da análise.
realização ou operação de empreendimentos e atividades, §7º O não atendimento injustificado das diligências
pesquisas e serviços de caráter temporário, execução de solicitadas pelo órgão executor da política ambiental em
obras que não resultem em instalações permanentes, prazo razoável poderá ensejar o arquivamento ou
bem como, aquelas que possibilitem a melhoria ambiental. indeferimento do processo de licenciamento.
Parágrafo único. Poderá ser expedida, também, a Art. 62. As licenças ou autorizações ambientais poderão
Autorização Ambiental nos casos de requalificação de ter os seus prazos de validade prorrogados pelo órgão
áreas urbanas, ainda que impliquem instalações ambiental licenciador, com base em justificativa técnica,
permanentes. uma única vez, devendo o requerimento ser
Art. 60. A Autorização para Supressão de Vegetação fundamentado pelo empreendedor no prazo mínimo de
(ASV) é o ato administrativo por meio do qual o órgão 120 (cento e vinte) dias antes do vencimento.
ambiental competente permite a realização da retirada da Art. 63. Quando for indeferido o requerimento de
vegetação natural nativa necessária à alteração do uso do Autorização ou Licença Ambiental, o interessado poderá,
solo para a implantação ou ampliação de no prazo de até 30 (trinta) dias contados da ciência do
empreendimentos ou atividades. indeferimento:
§1º Será expedida Autorização para Supressão de I- Interpor pedido de reconsideração, a ser julgado pela
Vegetação (ASV), em processos cuja competência autoridade licenciadora;
licenciatória seja do Município de Camaçari, ressalvado o
estabelecimento de competências específicas por outros II- Apresentar alterações no projeto, eliminando ou
atos normativos. modificando os aspectos que motivaram o indeferimento
§2º A Supressão de Vegetação somente será autorizada do pedido.
mediante demonstração ao órgão competente da sua Art. 64. As despesas correspondentes às etapas de
viabilidade ambiental, técnica e econômica. vistoria e análise dos requerimentos das licenças,
autorizações, laudos e vistorias serão pagas pelos
§3º Poderá o interessado demonstrar que a área objeto interessados, de acordo com os critérios estabelecidos em
de requerimento de Autorização de Supressão de regulamento.
Vegetação (ASV) não representa fragmento Art. 65. Não serão cobrados os custos de análise para a
remanescente do bioma Mata Atlântica, dada a regularização das atividades desenvolvidas pela
predominância significativa do bioma neste Município. agricultura familiar, comunidades tradicionais e
Art. 61. As licenças e autorizações de que trata esta Lei, assentamentos de reforma agrária.
serão concedidas com base em análise de projetos Art. 66. O licenciamento ambiental, a ser realizado em
específicos e levarão em conta os objetivos, critérios e processo único, compreende, além da avaliação de
normas para conservação, preservação, defesa e impactos ambientais, a outorga de direito de uso de
melhoria do ambiente, seus possíveis impactos recursos hídricos, a supressão de vegetação, a anuência
cumulativos e as diretrizes de planejamento e do órgão gestor da unidade de conservação e demais
ordenamento de uso do solo do Município. atos associados.
§1º A renovação das licenças ambientais deverá ser §1º Respeitados os prazos e procedimentos estabelecidos
solicitada pelo interessado no mínimo 120 (cento e vinte) na legislação municipal, poderão outros órgãos da
dias antes do respectivo vencimento, ficando Administração Pública, inclusive de outros entes
automaticamente prorrogadas até a manifestação federativos, manifestar-se no processo de licenciamento
definitiva do órgão ambiental licenciador. ambiental.
§2º As solicitações formuladas em descumprimento a
esse prazo caracterizarão infração administrativa, passível §2º O órgão executor da Política Ambiental dará
de multa, ficando a licença automaticamente renovada até publicidade as licenças e autorizações ambientais
a manifestação definitiva do órgão ambiental licenciador concedidas, no Diário Oficial do Município - DOM.
em caso de requerimento até o último dia de validade da
licença vigente. Seção I
§3º Em caso de solicitação após o prazo de validade da
licença, além da infração administrativa, ficará o Da Supressão de Vegetação
empreendedor sujeito à suspensão de suas atividades,
podendo, a critério do órgão ambiental, firmar Termo de Art. 67. A supressão de vegetação nativa, dependerá de
Compromisso Ambiental capaz de regularizar o seu autorização do órgão ambiental competente, aplicando-se,
funcionamento até a emissão de nova licença. quando for o caso, as normas que regulam a supressão
§4º O Termo de Compromisso Ambiental em questão de remanescentes do bioma Mata Atlântica.
poderá prever medidas compensatórias proporcionais ao Art. 68. Os projetos apresentados devem ser elaborados
período pelo qual o empreendimento eventualmente tenha de modo a conservar prioritariamente a vegetação nos
operado após o vencimento de sua licença. estágios avançado e médio de regeneração, buscando-se,
§5º O prazo para concessão das referidas licenças e ainda, sempre que possível, a integração dessas áreas às
autorizações será de até três meses, ressalvados os APP.
casos em que houver a necessidade de apresentação de Art. 69. As áreas verdes com vegetação nativa poderão
estudos ambientais de maior complexidade, quando o ser manejadas, desde que com aprovação do órgão
prazo será de até seis meses, contados, em qualquer ambiental, para o uso sustentável pela população.

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Dados: 2024.02.15 16:39:18 -03'00'
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Art. 70. A erradicação de indivíduos arbóreos isolados ou Licenciamento Ambiental (ALA), como parte integrante do
espécies exóticas com DAP superior a 8 cm, dependerão processo de renovação da Licença Ambiental de
de autorização de corte, conforme tabela do Anexo VII. Operação, conforme Termo de Referência do órgão
Art. 71. A compensação pela erradicação de indivíduos executor da Política Ambiental.
isolados ou espécies exóticas será realizada na forma de
plantio de mudas de árvores de espécies nativas, com CAPÍTULO VIII
altura mínima de 1,20 m, em local e especificações
indicadas pelo órgão ambiental, incluindo a proteção com DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
gradil.
Art. 72. A compensação pela erradicação de indivíduos Art. 77. Nos casos de licenciamento de empreendimentos
isolados ou espécies exóticas será feita no caso de e atividades de relevante impacto para o meio ambiente,
árvores nativas, pela relação de 1:15, quando o DAP for assim considerado pelo órgão ambiental competente,
até 15 cm e 1:20 quando o DAP for maior que 15 cm, e no poderá ser exigida do empreendedor a Compensação
caso de árvores exóticas, 1:3. Ambiental com fundamento em Estudo Ambiental de
Art. 73. Poderá o poder público avaliar, no caso de Médio Impacto (EMI).
solicitação para corte de múltiplos indivíduos isolados, a §1º O empreendedor deverá destinar até 0,3% (três
adequação do requerimento, podendo reenquadrá-lo décimos por cento) do custo previsto para a implantação
como pedido de Autorização de Supressão de Vegetação, do empreendimento, calculado conforme disposto no
mediante fundamentação técnica. regulamento, que será depositado na conta-corrente do
Fundo Municipal de Meio Ambiente.
CAPÍTULO VII §2º A atividade ou empreendimento submetidos à Licença
Ambiental de Regularização, considerados como
DO AUTOCONTROLE AMBIENTAL causadores de significativa degradação ambiental, ficam
sujeitos ao pagamento da compensação ambiental
Art. 74. As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou correspondente a 0,3% (três por cento) do custo de
privadas, que exerçam atividades que utilizem recursos implantação do empreendimento, independentemente da
ambientais ou consideradas efetiva ou potencialmente apresentação de EMI.
degradadoras do meio ambiente, deverão adotar o Art. 78. Serão definidos em regulamento a metodologia
autocontrole ambiental por meio de sistemas que de gradação de impacto ambiental para fins de
minimizem, controlem e monitorem seus impactos, Compensação Ambiental.
garantindo a qualidade ambiental.
Art. 75. Para a implementação do autocontrole ambiental, CAPÍTULO IX
em empreendimentos enquadrados nas classes 5 e 6,
deverá ser constituída nas instituições públicas e privadas DO CADASTRO MUNICIPAL DE ATIVIDADES
a Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA), com DEGRADADORAS OU UTILIZADORAS DE RECURSOS
o objetivo de coordenar, executar, acompanhar, avaliar e NATURAIS
pronunciar-se sobre os programas, planos, projetos,
empreendimentos e atividades potencialmente Art. 79. Fica instituído o Cadastro Municipal de Atividades
degradadoras desenvolvidas no âmbito de sua área de Potencialmente Degradadoras ou Utilizadoras de
atuação. Recursos Naturais (CMAPD), para fins de controle e
Parágrafo único. A CTGA irá analisar, avaliar e fiscalização das atividades capazes de causar impacto
pronunciar-se sobre o desempenho ambiental do ambiental local.
empreendimento ou atividade, apresentando ao órgão §1º São obrigadas a se inscrever no CMAPD as pessoas
ambiental licenciador, anualmente, até o último dia do físicas ou jurídicas que se dediquem a atividades
mês de março, o Relatório Técnico de Garantia Ambiental potencialmente degradadoras ou utilizadoras de recursos
(RTGA), contendo: ambientais.
I- Resumo das principais ações da CTGA;
§2º Compete ao órgão executor da Política Ambiental o
II- Resultados obtidos na área ambiental, de saúde controle e a fiscalização das atividades capazes de
ocupacional, de higiene e de segurança; provocar a degradação ambiental, bem como, coordenar e
III- Demonstrativos do desempenho ambiental da manter atualizado o CMAPD, suprindo de informações,
atividade e situação das condicionantes das Licenças permanentemente, os sistemas de informações
Ambientais; ambientais de que participe.
IV- Registro dos acidentes porventura ocorridos, suas Art. 80. As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam
causas e medidas adotadas; atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do
meio ambiente e utilizadoras de recursos naturais,
V - Política ambiental; descritas no Anexo II desta Lei, consideradas de impacto
ambiental local, ficam obrigadas a inscrição no CMPAD.
VI - Apresentar documentação comprobatória da §1º A inscrição no CMPAD é gratuita.
criação da CTGA;
§2º As pessoas físicas ou jurídicas a que se refere o
VII - Outras informações relevantes. “caput” deste artigo serão registradas no CMPAD segundo
os potenciais de poluição (PP) ou graus de utilização (GU)
Art. 76. Os responsáveis por empreendimentos e de recursos naturais de atividade preponderante e a
atividades efetiva ou potencialmente degradadoras do classificação do porte do respectivo estabelecimento, na
meio ambiente, enquadrados nas classes 5 e 6 ficam forma do disposto nos Anexos II e IV desta Lei.
obrigados a elaborar e apresentar ao órgão ambiental Art. 81. Para fins de inscrição ou registro no CMPAD e
competente, para análise, a Autoavaliação para o respectivas taxas, consideram- se:

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I- Empresas de Categoria 1, as pessoas jurídicas com (DAM), até o quinto dia útil do mês subsequente ao do
receita bruta anual inferior ou igual a R$ 144.000,00 vencimento, de acordo com os valores estabelecidos no
(cento e quarenta e quatro mil reais); Anexo III desta Lei.
II- Empresas de Categoria 2, as pessoas jurídicas com Art. 85. O recolhimento da TCFA/Camaçari deverá ser
receita bruta anual superior a R$ 144.000,00 (cento e feito pelos empreendimentos ou atividades passíveis de
quarenta e quatro mil reais), ou igual a R$ 720.000,00 licenciamento ambiental, de acordo com os procedimentos
(setecentos e vinte mil reais); disciplinados em Ato Normativo próprio.
III- Empresas de Categoria 3, as pessoas jurídicas com §1º São isentas de pagamento da TCFA/Camaçari
receita bruta anual superior a R$ 144.000,00 (cento e entidades públicas federais, distritais, estaduais,
quarenta e quatro mil reais), ou igual a R$ 2.400.000,00 municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que
(dois milhões e quatrocentos mil reais); praticam agricultura familiar e as populações tradicionais.
IV- Empresas de Categoria 4, as pessoas jurídicas §2º A TCFA/Camaçari não recolhida nos prazos e nas
com receita bruta superior a R$ 2.400.000,00 (dois condições estabelecidas no § 2º do art. 84, ficará sujeita à
milhões e quatrocentos mil reais) e inferior ou igual inscrição na dívida ativa e cobrança dos encargos legais
a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais). conforme definido na legislação tributária.
Art. 82. Constitui infração à legislação ambiental, punível §3º Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa
com as multas a seguir indicadas, a falta de inscrição no de mora.
CMPAD pelas pessoas físicas ou jurídicas:
I- 11 (onze) UFM, se pessoa física; §4º Os débitos relativos à TCFA/Camaçari poderão ser
parcelados de acordo com os critérios fixados na
II– 34 (trinta e quatro) UFM, se Empresas de categoria 1; legislação tributária.
Art. 86. A fiscalização tributária da TCFA/Camaçari
III– 200 (duzentos) UFM, se Empresas de categoria 2; compete à SEFAZ, cabendo ao órgão executor da Política
Ambiental, no exercício de suas atribuições legais, exigir a
IV- 400 (quatrocentos) UFM, se Empresas de categoria 3; comprovação de seu pagamento.

V - 2.000 (dois mil) UFM, se Empresas de categoria 4. CAPÍTULO XI

CAPÍTULO X DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

DA TAXA DE CONTROLE DE FISCALIZAÇÃO Art. 87. Entende-se por Conferência Municipal de Meio
AMBIENTAL (TCFA) Ambiente (CMMA) o instrumento de gestão ambiental com
ampla participação da sociedade do Município de
Art. 83. Fica criada a Taxa de Controle de Fiscalização Camaçari.
Ambiental (TCFA/Camaçari), cujo fato gerador é o Art. 88. A CMMA tem por finalidade promover a
exercício regular do poder de polícia conferido ao órgão transversalidade das questões relacionadas ao meio
executor da Política Ambiental, para o controle e ambiente entre o Poder Público e os administrados.
fiscalização das atividades potencialmente poluidoras, Art. 89. A Comissão Organizadora Municipal (COM) da
degradadoras ou utilizadoras de recursos naturais, CMMA será instituída por ato do Executivo Municipal
consideradas de impacto ambiental local, conforme como órgão colegiado permanente de coordenação,
estabelece a Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de monitoramento e interlocução contínua entre o Poder
1981, e suas alterações. Público, os participantes e suas respectivas
§1º De acordo com o Art. 17-P, da Lei Federal nº 6.938 de representações.
1981, com as alterações introduzidas pela Lei Federal nº §1º A coordenação será exercida de forma compartilhada,
10.165, de 27 de dezembro de 2000, constitui crédito para garantindo assento paritário às representações do
compensação com o valor devido a título de TCFA junto COMAM, do Poder Público, da sociedade civil e do setor
ao IBAMA, até o limite de 60% (sessenta por cento) e privado.
relativamente ao mesmo ano, o montante efetivamente §2º A Conferência Municipal de Meio Ambiente deverá ser
pago pelo estabelecimento ao Estado, ao Município e ao um canal permanente e democrático de interlocução entre
Distrito Federal em da taxa de fiscalização ambiental. Poder Público e sociedade em geral.
§2º O pagamento da TCFA/Camaçari não isenta o Art. 90. São objetivos da Conferência Municipal de Meio
empreendedor do correspondente pagamento ao IBAMA Ambiente (CMMA):
no montante de 40% (quarenta por cento) da referida
TCFA. I- Constituir um fórum representativo e legítimo de apoio à
Art. 84. É sujeito passivo da TCFA/Camaçari todo aquele formulação da Política Municipal de Meio Ambiente;
que exerça as atividades potencialmente poluidoras ou II- Fortalecer a capacidade articuladora, coordenadora e
degradadoras do meio ambiente ou utilizadoras de executora dos órgãos do Sistema Nacional de Meio
recursos naturais, consideradas de impacto local, Ambiente (SISNAMA), Sistema Estadual de Meio Ambiente
constantes no Anexo II desta Lei. (SISEMA) e Sistema Municipal de Meio Ambiente
§1º A TCFA/Camaçari levará em conta a receita bruta e (SISMUMA);
os potenciais de poluição (PP) ou graus de utilização (GU) III- Consolidar o controle social sobre as diversas políticas
dos recursos naturais, de acordo com o estabelecido nos públicas.
Anexos II e IV desta Lei.
§2º A TCFA/Camaçari será devida no último dia de cada Art. 91. A convocação da CMMA será realizada por de ato
trimestre do ano civil e o seu recolhimento deverá ser do Chefe do Executivo Municipal, com periodicidade a
efetuado por meio de Documento de Arrecadação cada dois anos, e anteriormente às Conferências
Municipal Territorial e Estadual de Meio Ambiente.

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TÍTULO IV relevância ecológica e da beleza cênica;


VIII - Estudos e pesquisas científicas para divulgação
DA PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE CAPÍTULO I do conhecimento sobre as dinâmicas dos ecossistemas
DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES e dos recursos naturais;
IX- Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados.
Art. 92. A formulação da política municipal de gestão,
proteção e valorização da biodiversidade fundamentar-se- Seção II
á no conhecimento técnico-científico e em instrumentos e Das Unidades de Conservação Instituídas pelo
ações de preservação e de conservação ambiental, de Município
desenvolvimento florestal, de proteção à flora e à fauna e
de uso sustentável dos recursos naturais. Art. 96. A criação de uma Unidade de Conservação
mediante Lei Municipal específica deve ser precedida de
Art. 93. A política municipal ambiental tem por objetivo estudos técnicos, que permitam identificar a localização,
garantir a perpetuidade do seu patrimônio genético e a os principais atributos a serem protegidos, a dimensão e os
repartição equitativa dos benefícios derivados da sua limites mais adequados para a unidade.
utilização e dos conhecimentos tradicionais a eles §1º Para criação de uma Unidade de Conservação torna-
associados. se necessária a realização de consulta pública, de modo a
promover ampla participação da comunidade local,
CAPÍTULO II ficando dispensada a referida consulta no caso de criação
de Reserva Particular do Património Natural, Estação
DOS BENS E ESPAÇOS TERRITORIAIS Ecológica e Reserva Biológica.
ESPECIALMENTE PROTEGIDOS §2º A ampliação, desafetação, redução ou alteração dos
limites originais de uma Unidade de Conservação só
Seção I poderá ser feita mediante lei específica.
Das Disposições Gerais Art. 97. As Unidades de Conservação instituídas pelo
município integram o Sistema Estadual de Unidades de
Art. 94. Compete ao Poder Público Municipal instituir, Conservação (SEUC) e o Sistema Nacional de Unidades
implantar e administrar, na forma da legislação pertinente, de Conservação (SNUC), e dividem-se em dois grupos,
espaços territoriais e seus componentes representativos com características específicas:
de todos os ecossistemas originais a serem protegidos, I- Unidades de Proteção Integral, objetivando a
com vistas à manutenção e utilização racional do preservação da natureza, sendo admitido apenas o uso
patrimônio biofísico e cultural de seu território, vedada indireto dos seus recursos naturais;
qualquer utilização que comprometa a integridade dos II- Unidades de Uso Sustentável, com o objetivo básico de
atributos que justifiquem sua proteção. compatibilizar a conservação da natureza com o uso
§1º O planejamento do uso e da conservação da sustentável dos recursos ambientais.
biodiversidade contemplará medidas e mecanismos para a
viabilização de Corredores Ecológicos e Parques Lineares §1º As categorias dos incisos I e II deste artigo encontram
e Urbanos no Município de Camaçari. -se regidas pela legislação federal que institui o Sistema
§2º O Poder Executivo destinará recursos específicos para Nacional de Unidades de Conservação.
a implantação e gestão de espaços territoriais §2º As Unidades de Conservação instituídas pelo
especialmente protegidos. município integram o Sistema Estadual do Meio Ambiente
§3º A implantação desses espaços também poderá ser (SISEMA), cabendo ao órgão executor da Política
objeto de compensação, contrapartida, Termo de Municipal do Meio Ambiente compartilhar as ações
Compromisso Ambiental e/ ou condicionantes do relacionadas à criação, implantação e gestão das
licenciamento ambiental. unidades de conservação com órgão executor da Política
Art. 95. Os objetivos que justificam a criação de Unidades Estadual do Meio Ambiente, bem como, elaborar e
de Conservação (UC), envolvendo o ambiente natural ou implementar seus Planos de Manejo de forma articulada
o patrimônio histórico-cultural, são de caráter científico, com o Estado, na forma a ser definida em regulamento.
educacional, turístico, recreacional ou de beleza cênica, Art. 98. As Unidades de Conservação devem possuir uma
destacando-se: zona de amortecimento, exceto a Área de Proteção
I- Preservação do patrimônio genético e conservação de Ambiental (APA) e a Reserva Particular do Patrimônio
amostras de ecossistemas em estado natural; Natural (RPPN).
II- Proteção de espécies raras em perigo ou ameaçadas Art. 99. As Unidades de Conservação deverão dispor de
de extinção; Plano de Manejo elaborado e implementado de forma
participativa, abrangendo a totalidade de sua área e da sua
III- Proteção de mananciais para conservação da sua zona de amortecimento, promovendo formas de
produção hídrica; compatibilizá-las com outras unidades ou áreas
protegidas, incluindo medidas que possibilitem a sua
IV- Criação de espaços para atividades educacionais, integração à vida econômica e social das comunidades
turísticas e recreativas; vizinhas.
Parágrafo único. São proibidas nas Unidades de
V - Proteção de locais de herança cultural, Conservação quaisquer alterações, atividades ou
histórica, geológica, arqueológica, espeleológica e modalidades de utilização em desacordo com os seus
paleontológica; objetivos e com o seu Plano de Manejo.
VI - Proteção dos recursos ambientais necessários à Art. 100. As Unidades de Conservação instituídas pelo
subsistência de comunidades tradicionais, de valorização município poderão ser geridas por organizações da
do conhecimento e sua cultura; sociedade civil, mediante instrumento a ser firmado com o
VII - Preservação dos ecossistemas naturais de grande órgão responsável pela sua gestão.

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Art. 101. Os proprietários de imóvel rural ficam obrigados


a averbar no cartório competente as áreas integrantes de VII - No topo de morros e montanhas, em áreas
Reserva Particular do Património Natural (RPPN). delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3
Art. 102. A exploração comercial de produtos, subprodutos (dois terços) da altura mínima da elevação em relação à
ou serviços obtidos a partir dos recursos naturais, cênicos base;
e culturais ou da exploração da imagem de Unidades de VIII - Os estuários, em toda sua extensão, respeitados a
Conservação de Domínio Municipal, dependerá de prévia linha de preamar máxima de 60 (sessenta) metros, os
autorização pelo órgão executor da Política Ambiental e limites do manguezal e áreas de apicum associadas;
remuneração pelo interessado. IX- As dunas;
Art. 103. A visitação em Unidades de Conservação de X - As praias e recifes costeiros;
Domínio Municipal poderá ser cobrada.
§1º Não será exigida Área de Preservação Permanente
Art. 104. Os recursos obtidos pela visitação ou exploração no entorno de reservatórios artificiais de água que não
das Unidades de Conservação de Domínio Municipal decorram de barramento ou represamento de cursos
serão depositados no Fundo Municipal de Meio Ambiente d’água naturais.
e aplicados na implementação, manutenção e §2º Nas acumulações artificiais originadas de barramento
regularização fundiária das respectivas Unidades de ou represamento de cursos d’água naturais, cuja
Conservação. superfície seja inferior a 1 (um) hectare, é dispensada a
reserva da faixa de proteção prevista no inciso II do caput,
Seção III vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa,
De Outros Bens e Espaços Especialmente Protegidos salvo autorização do órgão ambiental competente.
§3º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos
Subseção I fiscais, é admitida, nas áreas de que tratam os incisos I e
Das Áreas de Preservação Permanente II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a
infraestrutura física diretamente a ela associada, desde
Art. 105. Considera-se Área de Preservação Permanente, que:
em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei, em
consonância com a legislação federal: I- Sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de
I - As faixas marginais situadas ao longo dos cursos solo e água e de recursos hídricos, garantindo sua
d’água perenes ou intermitentes, desde o seu leito regular, qualidade e quantidade, de acordo com norma dos
em cada margem, cuja largura mínima medida Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
horizontalmente seja de: II- Esteja de acordo com os respectivos planos de bacia
a) 30,00m (trinta metros), para curso d’água com ou planos de gestão de recursos hídricos;
menos de 10,00m (dez metros) de largura; III- Seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental
b) 50,00m (cinquenta metros), para curso d’água de competente;
10,00m (dez metros) a 50,00m (cinquenta metros) de
largura; IV- O imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural
c) 100,00m (cem metros), para o curso d’água de (CAR);
50,00m (cinquenta metros) a 200,00m (duzentos metros)
de largura; V - Não implique novas supressões de vegetação
d) 200,00m (duzentos metros), para o curso d’água de nativa.
200,00m (duzentos metros) a 600,00m (seiscentos
metros) de largura; §4º Na implantação de reservatório d’água artificial
e) 500,00m (quinhentos metros), para o curso destinado à geração de energia ou abastecimento público,
d’água com mais de 600,00m (seiscentos metros) de é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de
largura. servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de
II - As faixas marginais situadas ao redor de lagos e Preservação Permanente criadas em seu entorno,
lagoas ou reservatórios d’água naturais ou artificiais, conforme estabelecido no licenciamento ambiental,
desde o seu leito regular, cuja largura mínima medida observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e
horizontalmente seja de: máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa
a) 30,00m (trinta metros), para os que estejam situados mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta)
em áreas urbanas; metros em área urbana.
§5º Consideram-se, ainda, de preservação permanente,
b) 100,00m (cem metros), para os que estejam em área quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do
rural, exceto os corpos d’água com até 20ha (vinte Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas, ou
hectares) de superfície, cuja faixa marginal será de outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais
50,00m (cinquenta metros). das seguintes finalidades:
III- As áreas no entorno de nascentes e dos olhos d’água I- Conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e
perenes e intermitentes, qualquer que seja a sua situação deslizamentos de terra e de rocha;
topográfica, em um raio mínimo de 50,00m (cinquenta II- Proteger as restingas;
metros);
IV - As encostas ou partes destas com declividade superior III- Proteger várzeas;
a 45º, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de
maior declive; IV- Abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de
V - As restingas em qualquer localização ou extensão, extinção, bem como, nos locais de pouso ou reprodução
quando recoberta por vegetação com função fixadora de de espécies migratórias;
dunas ou estabilizadora de mangues; V- Proteger sítios de excepcional beleza ou de valor
VI - Os manguezais, em toda a sua extensão; científico, cultural ou histórico;

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residentes até a data da promulgação desta Lei em área


VI - Formar faixas de proteção ao longo de rodovias e de preservação permanente às margens dos corpos
ferrovias, assim como o Anel Florestal do Polo Industrial d’água, desde que a área venha sendo utilizada em
do município; atividades de subsistência e seja garantida a função
VII - Assegurar condições de bem-estar público; protetora do ecossistema e dos recursos hídricos e
adotados métodos conservacionistas.
VIII - Auxiliar a defesa do território nacional, a critério §3º No intuito de preservar os recursos hídricos, o
das autoridades militares; Município poderá exigir, para fins de aprovação do
parcelamento do solo, a implantação dos parques lineares,
IX- As reservas da flora apícola, compreendendo suas urbanos ou corredores ecológicos, previstos no SAVAM,
espécies vegetais e enxames silvestres; inseridos na área do parcelamento, às expensas do
X - Assegurar condições de sobrevivência, tradições e empreendedor, a partir de um projeto básico aprovado no
rituais religiosos de comunidades tradicionais; processo de licenciamento.
XI - As áreas consideradas de valor paisagístico, com alta §4º Os Planos Diretores de Bacias Hidrográficas deverão
conservação da biodiversidade ou com presença de identificar as áreas de que trata o parágrafo anterior e
muitas espécies endêmicas. propor medidas e providências que atendam ao disposto
Art. 106. A intervenção ou a supressão de vegetação neste artigo.
nativa em Área de Preservação Permanente somente
ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse Seção IV
social ou de baixo impacto ambiental definidas em lei.
§1º A supressão de vegetação nativa protetora de Da Reserva Legal
nascentes, dunas e restingas somente poderá ser
autorizada em caso de utilidade pública. Art. 111. Todo imóvel rural deve manter área, de no
§2º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em mínimo 20% (vinte por cento), a título de Reserva Legal,
Área de Preservação Permanente de que tratam os em conformidade com o estabelecido na legislação federal
incisos V e VI do caput do Art. 105 poderá ser autorizada, e estadual.
excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do Parágrafo único. A Reserva Legal destina-se ao uso
manguezal esteja comprometida, para execução de obras sustentável dos recursos naturais, à conservação e
habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da
regularização fundiária de interesse social, em áreas biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora,
urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa não sendo permitido o corte raso da vegetação.
renda. Art. 112. A localização da área de Reserva Legal no
§3º É dispensada a autorização do órgão ambiental imóvel rural deverá levar em consideração os seguintes
competente para a execução, em caráter de urgência, de estudos e critérios:
atividades de segurança nacional e obras de interesse da I- O plano de bacia hidrográfica;
defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de
acidentes em áreas urbanas. II- O zoneamento ecológico e econômico;
Art. 107. É permitido o acesso de pessoas e animais às
Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água III- A formação de corredores ecológicos com outra
e para realização de atividades de baixo impacto Reserva Legal, Área de Preservação Permanente,
ambiental. Unidades de Conservação ou outra área legalmente
Art. 108. A Área de Preservação Permanente (APP), e em protegida;
especial a vegetação que a reveste, deve ser mantida ou IV - Áreas de maior importância para conservação da
recomposta para garantir ou recuperar suas funções biodiversidade;
ambientais.
Art. 109. A supressão das espécies nativas, a alteração V - Áreas de maior fragilidade ambiental.
total ou parcial das florestas e demais formas de
vegetação nativa, bem como, a ocupação total ou parcial Parágrafo único. Ao órgão executor da Política
ou qualquer tipo de interferência antrópica nas áreas de Ambiental, mediante expressa delegação de competência
preservação permanente, só será permitida nas do órgão ambiental estadual, poderá aprovar a localização
condições estabelecidas na legislação federal pertinente, da Reserva Legal proposta pelo interessado, após a
nesta Lei e em suas normas regulamentares. análise da documentação apresentada.
Parágrafo único. A competência para Autorização de Art. 113. As áreas do município consideradas de maior
Supressão de Vegetação (ASV) e a interferência antrópica relevância ambiental comporão o Sistema de Áreas de
em Áreas de Preservação Permanente (APP’s) Valor Ambiental (SAVAM), sujeitando-se a regras
obedecerão ao disposto na legislação federal e estadual específicas estabelecidas em lei.
pertinente.
Art. 110. Nas Áreas de Preservação Permanente (APP’s) CAPÍTULO III
situadas em áreas com ocupação antrópica de caráter
permanente, já consolidadas, o órgão competente deverá DA FLORA E DA FAUNA
realizar estudos de forma a delimitar a área degradada,
avaliar a viabilidade da sua recomposição e definir Seção I Da Vegetação
critérios técnicos para sanar as irregularidades existentes.
§1º Esgotadas as possibilidades de reversão da área Art. 114. As florestas existentes no território municipal e
ocupada à sua condição original, deverão ser previstas as demais formas de vegetação reconhecidas de utilidade
medidas compensatórias e de controle ambiental. às atividades humanas, às terras que revestem, à
§2º Poderá ser admitida, excepcionalmente, a biodiversidade, à qualidade e à regularidade de vazão das
permanência das comunidades tradicionais ribeirinhas já águas, à paisagem, ao clima e aos demais elementos do

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ambiente, são bens de interesse comum a todos, as seguintes diretrizes:


exercendo-se o direito de propriedade com as limitações I- Exigência da adoção das melhores tecnologias de
estabelecidas pela legislação. processo industrial e de controle de emissão, de forma a
Art. 115. A todo produto e subproduto de origem florestal assegurar a redução progressiva dos níveis de poluição;
cortado, colhido ou extraído, na forma permitida em lei, II- Melhoria na qualidade ou substituição dos combustíveis
deve ser dado aproveitamento socioeconômico ou e otimização da eficiência do balanço energético;
ambiental. III- Implantação de procedimentos operacionais
Art. 116. É proibido o uso de fogo nas florestas e demais adequados, incluindo a implantação de programas de
formas de vegetação, tolerando-se, excepcionalmente, o manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos de
seu emprego em práticas agropastoris ou florestais, controle da poluição;
através de queima controlada, mediante prévia
autorização do órgão competente, que circunscreverá as IV- Adoção de sistema de monitoramento periódico ou
áreas e estabelecerá as normas de precaução. contínuo das fontes de emissão por parte das empresas
Parágrafo único. Fica proibida a utilização de espécies responsáveis, sem prejuízo das atribuições de fiscalização
nobres, protegidas por lei, para produção de lenha ou do órgão executor da Política Ambiental;
carvoejamento. V- Integração dos equipamentos de monitoramento da
Art. 117. É vedado, sem prejuízo de outras hipóteses qualidade do ar, públicos e privados, numa única rede, de
legalmente previstas, o corte, a supressão ou a forma a manter um sistema adequado de informações;
exploração das espécies vegetais: VI- Proibição de implantação ou expansão de atividades
I- Raras, em perigo ou ameaçadas de extinção; que possam resultar em violação dos padrões fixados;
VII- Seleção de áreas mais propícias à dispersão
II- Necessárias à subsistência das populações atmosférica para a implantação de fontes de emissão,
extrativistas; quando do processo de licenciamento, e a manutenção de
distâncias mínimas em relação a outras instalações
III- Endêmicas; urbanas, em particular: hospitais, creches, escolas,
residências e áreas protegidas.
IV - Com a função de proteger espécies raras da fauna ou Art. 125. Deverão ser respeitados, entre outros, os
ameaçadas de extinção. seguintes procedimentos gerais para o controle de
emissão de material particulado:
Art. 118. A exploração florestal somente poderá ser I - Na estocagem a céu aberto de materiais que
deferida pelo órgão competente mediante comprovação possam gerar emissão por transporte eólico:
do cumprimento das disposições legais relativas às áreas a) Disposição das pilhas feita de modo a tornar mínimo
de preservação permanente e de reserva legal. o arraste eólico;

Seção II Da Fauna b) Umidade mínima da superfície das pilhas, ou


cobertura das superfícies por materiais ou substâncias
Art. 119. Ficam sob especial proteção, os animais selantes ou outras técnicas comprovadas que impeçam a
silvestres em vida livre ou mantidos em cativeiro, e que emissão visível de poeira por arraste eólico;
utilizam o território municipal em qualquer etapa do c) A arborização das áreas circunvizinhas compatível
seu ciclo biológico, seus ninhos e abrigos, bem como, os com a altura das pilhas, de modo a reduzir a velocidade
ecossistemas ou partes destes que lhe sirvam de habitat. dos ventos incidentes sobre as mesmas.
Art. 120. É vedada a introdução de espécies exóticas no II- As vias de tráfego interno das instalações comerciais e
território municipal, sem a prévia e expressa autorização e industriais deverão ser pavimentadas, ou lavadas, ou
controle do órgão competente. umectadas com a frequência necessária para evitar
Art. 121. A licença e as autorizações ambientais de acúmulo de partículas sujeitas a arraste eólico;
empreendimentos, obras ou atividades, com áreas III- as áreas adjacentes às fontes de emissão de
sujeitas à supressão de vegetação e/ou alagamento, poluentes atmosféricos, quando descampadas, deverão
deverão contar com autorização do órgão competente para ser objeto de programa de reflorestamento e arborização,
pesquisa, resgate, afugentamento, monitoramento, por espécies e manejos adequados.
soltura, reintrodução, reabilitação e outras ações relativas Art. 126. Ficam vedadas:
ao manejo da fauna silvestre, sempre que for necessário.
Art. 122. Dentre as ações a serem desenvolvidas pelo I- A queima ao ar livre de materiais que comprometam de
empreendedor, no sentido de garantir o adequado manejo alguma forma o meio ambiente ou a sadia qualidade de
da fauna silvestre, deverão estar previstos os locais de vida;
recepção dos animais silvestres e a sua manutenção, II- A emissão de fumaça preta acima de 20% (vinte por
enquanto perdurar o processo de reintegração ao seu cento) da Escala Ringelman, em qualquer tipo de
habitat, correndo os custos por conta do empreendedor. processo de combustão, exceto durante os 2 (dois)
Art. 123. As infrações administrativas contra a fauna serão primeiros minutos de operação, para os veículos
estabelecidas no Anexo V desta Lei, sujeitando-se às automotores, e até 5 (cinco) minutos de operação para
penalidades cabíveis. outros equipamentos;
III- A emissão de odores que possam criar incômodos à
CAPÍTULO IV população;

Do Ar e do Solo Seção I IV- A emissão de substâncias tóxicas, conforme enunciado


Do Ar em legislação específica;
V - A transferência de materiais que possam provocar
Art. 124. Na implementação da política municipal de emissões de poluentes atmosféricos acima dos padrões
controle da poluição atmosférica, deverão ser observadas estabelecidos pela legislação.

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Parágrafo único. O período de 5 (cinco) minutos, referido CAPÍTULO V


no inciso II, poderá ser ampliado até o máximo de 10
(dez) minutos, nos casos de justificada limitação DO GERENCIAMENTO COSTEIRO
tecnológica dos equipamentos.
Art. 132. A Zona Costeira do município de Camaçari
Seção II Do Solo abrange uma faixa terrestre e outra marítima de acordo
Art. 127. A proteção do solo no Município visa: com as normas estabelecidas no Plano Nacional de
Gerenciamento Costeiro - PNGC.
I- Garantir o uso racional do solo urbano, através dos Art. 133. O Gerenciamento Costeiro visará a proteção dos
instrumentos de gestão competentes, observadas as ecossistemas costeiros e a melhoria da qualidade de vida
diretrizes ambientais; das populações situadas nessa faixa, devendo ser
II- Garantir a utilização do solo cultivável, através do estabelecidas metas, ações e diretrizes que possam:
adequado planejamento, desenvolvimento, fomento e I - Subsidiar ações de planejamento governamental e não-
disseminação de tecnologias e manejos ecologicamente governamental capazes de conduzir ao aproveitamento,
adequados; manutenção e recuperação da qualidade ambiental e do
III- Priorizar o controle da erosão, a contenção de potencial produtivo;
encostas e o reflorestamento das áreas degradadas; II - Orientar o desenvolvimento dos planos de gestão de
IV- Priorizar a utilização de controle biológico de pragas. forma integrada com órgãos setoriais do Município em
articulação com o Estado e a União.
Art. 128. O Município deverá implantar adequado sistema Art. 134. As praias são bens públicos de uso comum do
de coleta, tratamento e destinação dos resíduos sólidos povo, devendo ser assegurado, sempre, livre acesso a
urbanos, incluindo coleta seletiva, segregação, elas e ao mar, em qualquer direção e sentido.
reciclagem, compostagem e outras técnicas que promovam Parágrafo único. O Poder Público Municipal se articulará
a redução do volume total dos resíduos sólidos gerados com o Estado e a União para assegurar o acesso às
em conformidade com Plano Municipal de Gestão de praias e ao mar, ressalvadas as áreas protegidas por
Resíduos Sólidos, a ser implementado por lei específica. legislação específica, considerando os seguintes critérios:
I - Nos projetos urbanísticos serão identificados os locais
Seção III de acesso público à praia, mantendo-se preferencialmente
os já existentes, se adequados ou suficientes, ou
Da Exploração de Recursos Minerais apresentando novas alternativas;
II - Nas áreas já ocupadas à beira-mar, sem acesso
Art. 129. A atividade de extração de areia, cascalho, público à praia, deverão ser identificadas e
argila e correlatos depende de prévio licenciamento implementadas, sempre que possível, as alternativas de
ambiental, qualquer que seja o regime de aproveitamento acesso.
do bem mineral, conforme estabelece legislação
ambiental vigente. TÍTULO V

Parágrafo único. Será obrigatória a apresentação do DOS BENS E ESPAÇOS DE PROTEÇÃO HISTÓRICA,
Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD) e as ARTÍSTICA E CULTURAL
propostas de uso futuro das áreas recuperadas, bem
como, o cronograma físico-financeiro de sua execução. Art. 135. Constituem patrimônio cultural do Município, os
bens de natureza material e imaterial, tomados
Art. 130. A exploração de substâncias minerais somente individualmente ou em conjunto, portadores de referência
será licenciada quando: à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da identidade deste local, nos quais se
I - A área explorada não estiver em local considerado de incluem:
atração turística, de valor ambiental e de beleza
paisagística; I - As formas de expressão;
II - Não constitua ameaça ao equilíbrio ecológico; II - Os modos de criar, fazer e viver;
III - As criações científicas, artísticas e tecnológicas;
III - não constitua ameaça à segurança da população nem
comprometa o desenvolvimento urbano da região; IV - As obras, objetos, documentos, edificações e demais
IV - Não prejudique o funcionamento regular de escolas, espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
hospitais, ambulatórios, casas de saúde, de repouso ou V - Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
similares; paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
V - Fique assegurada a existência de faixa de segurança ecológico e científico.
para exploração da atividade. §1º O Município tomará medidas para a preservação e
conservação do patrimônio espeleológico existente no seu
Art. 131. O Poder Público Municipal poderá, a qualquer território, de modo a permitir estudos e pesquisas de
tempo, determinar a execução de medidas de controle nos ordem técnico-científica, bem como atividades de cunho
locais onde são desenvolvidas atividades de extração espeleológico, étnico- cultural, turístico, recreativo e
mineral, com a finalidade de proteger os cursos e educativo, e assegurar que a utilização das cavidades
mananciais de águas e de evitar a sua obstrução, bem naturais subterrâneas e de sua área de influência deva
como, de recompor as áreas degradadas, inclusive em fazer-se consoante a legislação específica, observadas as
caso de descomissionamento da atividade. condições que garantam a sua integridade física e a
manutenção do respectivo equilíbrio ecológico.
§2º O Poder Público Municipal, com a colaboração da
comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural

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em seu território, por meio de inventários, registros,


vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras VI - Apreensão dos animais, produtos e subprodutos
formas de acautelamento e preservação a serem definidos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos
e regulamentados em legislação própria. ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
§3º O Município deverá promover educação patrimonial, VII - Suspensão parcial ou total de atividades;
ampliando junto com a população o seu conhecimento
sobre os seus bens e espaços a serem protegidos. VIII - Suspensão de venda e fabricação do produto;
§4º Todo o processo de patrimonialização dos bens
deverá observar a participação da sociedade. IX - Destruição ou inutilização de produto;
§5º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão
punidos, na forma da lei. X - Perda ou restrição de direitos consistentes em:

TÍTULO VI a) suspensão de registro, licença ou autorização;

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES b) cancelamento de registro, licença e autorização;

Art. 136. As condutas e atividades consideradas lesivas c) perda ou restrição de benefícios e incentivos fiscais;
ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, d) perda ou suspensão da participação em linhas de
independentemente da obrigação de reparar os danos financiamento em estabelecimentos públicos de crédito;
causados. e) proibição de licitar e contratar com a administração
I - Será considerado infrator, a pessoa física ou jurídica, de pública pelo período de até três anos.
direito público ou privado, responsável, direta ou §1º As penalidades previstas neste artigo poderão ser
indiretamente, por atividade causadora de degradação impostas isoladas ou cumulativamente.
ambiental; §2º Caso o infrator venha a cometer, simultaneamente,
II - Constatada que a infração ambiental também constitui duas ou mais infrações de natureza diferente, poderão ser-
crime, deverá o fato ser informado ao Ministério Público lhe aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas
para providências penais cabíveis; correspondentes.
III - São corresponsáveis pela recuperação ambiental, o Art. 143. A penalidade de advertência será aplicada, a
infrator e o possuidor ou proprietário do imóvel onde critério da autoridade fiscalizadora, quando se tratar de
ocorreu o dano. infração de natureza leve e grave, fixando-se, quando for o
Art. 137. Considera-se infração administrativa ambiental caso, prazo para que sejam sanadas as irregularidades
toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, apontadas.
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente. Art. 144. A multa poderá ser convertida na prestação de
Parágrafo único. As infrações a esta Lei e as normas dela serviços de preservação, melhoria e recuperação da
decorrentes são de natureza formal e material e, quando qualidade do meio ambiente, por meio da celebração de
constatadas, serão objeto de lavratura de Auto de Termo de Compromisso Ambiental a ser firmado com o
Infração. órgão ambiental competente, após a aprovação do projeto
Art. 138. Caberá ao órgão executor da Política Ambiental dos serviços em referência, a ser proposto pelo
exercer a fiscalização ambiental no município, sem interessado.
prejuízo das competências comuns estabelecidas na Art. 145. Nos casos de infração continuada poderá ser
legislação. aplicada multa diária de 115 (cento e quinze) até 115.000
Art. 139. A autoridade competente que tiver conhecimento (cento e quinze mil) UFM, sem prejuízo da multa prevista
de infração administrativa é obrigada a promover a sua no art. 142, inciso II.
apuração imediata, mediante processo administrativo Parágrafo único. A multa diária será devida até que o
próprio. infrator adote medidas eficazes para a cessação das
Art. 140. Qualquer pessoa poderá, e o servidor público irregularidades constatadas ou dos efeitos da ação
deverá, quando constatado ato ou fato que se caracterize prejudicial, podendo ser suspensa, a critério da autoridade
como infração ambiental, dirigir representação às competente.
autoridades competentes. Art. 146. O valor da multa será corrigido, periodicamente,
Art. 141. As infrações administrativas serão apuradas em pelo Poder Executivo com base em índices oficiais.
processo administrativo, assegurado o contraditório e a Art. 147. As infrações decorrentes desta Lei serão
ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes. classificadas como leves, graves e gravíssimas, conforme
Art. 142. Sem prejuízo das sanções penais e civis, aos definidas no Anexo V, observando-se a seguinte gradação:
infratores das disposições desta Lei e normas dela I - Infrações leves: até R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
decorrentes, serão aplicadas as seguintes penalidades,
independentemente de sua ordem de enumeração: II - Infrações graves: até R$ 200.000,00 (duzentos mil
reais);
I - Advertência;
III - Infrações gravíssimas: até R$ 50.000.000,00
II - Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ (cinquenta milhões de reais).
50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais);
III - Interdição temporária ou definitiva; Art. 148. Para gradação e aplicação das penalidades
previstas nesta Lei serão observados os seguintes
IV - Embargo temporário ou definitivo; critérios:
I - As circunstâncias atenuantes e agravantes;
V - Demolição;

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II - A gravidade do fato, tendo em vista suas I - Baixo grau de escolaridade do infrator;


consequências para o meio ambiente;
II - Renda do infrator até cinco salários-mínimos;
III - Os antecedentes do infrator;
III - Decorrer, a infração, da prática de ato costumeiro de
IV - O porte do empreendimento; população tradicional à qual pertença o infrator;

V - O grau de compreensão e escolaridade do infrator; IV - Colaboração com os técnicos encarregados da


fiscalização e do controle ambiental;
VI - Tratar-se de infração formal ou material. V - Espontânea contenção ou reparação da degradação
ambiental pelo infrator;
Art. 149. As penalidades ambientais estão previstas no
Anexo V desta lei, e o valor da multa será definido após VI - Comunicação imediata do infrator às autoridades
aplicação das circunstâncias agravantes e atenuantes. competentes.

Art. 150. Nos casos de reincidência, a multa será aplicada


§1º São agravantes as seguintes circunstâncias: pelo equivalente ao dobro da multa correspondente à
infração cometida.
I - Tornar a área, urbana ou rural, imprópria para ocupação §1º Constitui reincidência à prática de nova infração da
humana; mesma natureza.

II - Causar danos permanentes ao meio ambiente ou à §2º Não será considerada reincidência se, entre a infração
saúde humana; cometida e a anterior, houver decorrido o prazo de 05
(cinco) anos.
III - A infração ter ocorrido em unidades de conservação Art. 151. Responderá também pela infração quem
de proteção integral ou em área de preservação contribuir para sua prática ou dela se beneficiar.
permanente; §1º Quando a infração for cometida por menores ou
IV - A infração atingir espécies raras, endêmicas, incapazes, responderá por ela quem juridicamente os
vulneráveis, de importância econômica ou em perigo de representar.
extinção; §2º A celebração de Termo de Compromisso Ambiental
V - A infração atingir espécies nativas de estágio avançado poderá implicar redução de até 50% (cinquenta por cento)
de regeneração; do valor da multa imposta, ficando o órgão competente
obrigado a motivar e circunstanciar o ato no competente
VI - Atingir espécimes da fauna silvestre; processo.
§3º Em caso de celebração de Termo de Compromisso
VII - A infração ter ocorrido em unidades de após o julgamento de primeira instância, o valor máximo
conservação de uso sustentável ou reserva legal; de desconto será de 30% (trinta por cento) do valor da
VIII - Causar a necessidade de evacuar a população, multa imposta.
ainda que momentaneamente; Art. 152. No exercício da ação fiscalizadora, fica
assegurado aos agentes credenciados, na forma da lei, o
IX - A infração expor ao perigo a saúde pública ou o meio acesso às instalações públicas ou privadas.
ambiente; Parágrafo único. No caso de resistência, a ação da
fiscalização e a execução das penalidades previstas nesta
X - A infração ter ocorrido à noite, em sábados, domingos Lei serão efetuadas com a requisição de força policial.
ou feriados; Art. 153. O processo administrativo para apuração de
infração ambiental deverá observar os seguintes prazos
XI - Ter o infrator cometido o ato coagindo outrem para máximos:
execução material da infração; I - 20 (vinte) dias para o infrator apresentar defesa ou
impugnação contra o auto de infração, contados da data
XII - Ser o infrator reincidente ou cometer a infração de da ciência da autuação;
forma continuada; II - 20 (vinte) dias para o infrator interpor recurso
administrativo ao órgão julgador de 2ª instância, contados
XIII - A tentativa dolosa de se eximir da do recebimento da notificação da decisão referente à
responsabilidade; defesa apresentada;
III - 60 (sessenta) dias para a autoridade competente julgar
XIV - A infração atingir espécies nativas de estágio o auto de infração, contados da data do recebimento da
médio de regeneração. defesa ou recurso, conforme o caso, podendo ser
prorrogado;
XV - Ter a infração atingido propriedades de terceiros; IV - 30 (trinta) dias para o pagamento de multa, contados
da notificação do julgamento de primeira instância.
XVI - Ter a infração acarretado danos em bens §1º O prazo de que trata o inciso I poderá ser prorrogado
materiais; uma única vez, mediante requerimento fundamentado ao
órgão executor da Política Ambiental.
XVII - Ter o infrator cometido o ato para obter vantagem §2° O requerimento disposto no §1º deste artigo deverá
pecuniária. ser formulado antes do esgotamento do prazo previsto
para defesa.
§2º São atenuantes as seguintes circunstâncias: §3º O órgão julgador de segunda instância, na apreciação
do recurso, poderá, mediante ato devidamente motivado,

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cancelar a penalidade imposta, reduzir seu valor ou Compromisso Ambiental;


transformá-la em outro tipo de penalidade, inclusive em V - Multa a ser aplicada em decorrência do não-
prestação de serviços relacionados à proteção de recursos cumprimento das obrigações nele pactuadas, que não
ambientais. poderá ser inferior ao valor da multa convertida, nem
§4º Em caso de alteração da penalidade aplicada, o superior ao dobro desse valor e;
autuado poderá se manifestar nos autos no prazo de 10 VI - Foro competente para dirimir litígios entre as partes.
(dez) dias.
Art. 154. O pagamento das multas previstas nesta Lei §1º O Termo de Compromisso Ambiental fixará o valor dos
poderá ser parcelado na forma prevista em regulamento. custos dos serviços de preservação, melhoria e
Art. 155. Sem prejuízo das penalidades aplicáveis, poderá recuperação da qualidade do meio ambiente, que não
o órgão ambiental competente determinar a redução das poderá ser inferior ao valor da multa convertida, já
atividades geradoras de degradação ambiental, a fim de deduzido o desconto a que se refere o §2º do Art. 151.
que as mesmas se enquadrem nas condições e limites §2º Na hipótese de o valor dos custos dos serviços de
estipulados na licença ambiental concedida. recuperação dos danos ambientais decorrentes da própria
Art. 156. Sem obstar à aplicação das penalidades infração ser inferior ao valor da multa convertida, o Termo
previstas nesta Lei, é o degradador, obrigado, de Compromisso Ambiental definirá que a diferença seja
independentemente da existência de culpa, a indenizar e/ aplicada em outros serviços de preservação, melhoria e
ou reparar os danos causados ao meio ambiente. recuperação da qualidade do meio ambiente.
Parágrafo único. Cabe ao fabricante, transportador, §3º O Termo de Compromisso Ambiental será firmado no
importador, expedidor ou destinatário do material, produto âmbito do processo administrativo de licenciamento
ou substância adotar todas as medidas necessárias para o ambiental, de regularização, ou no processo administrativo
controle da degradação ambiental com vistas a minimizar fiscal de apuração de penalidades decorrentes de
os danos à saúde e ao meio ambiente, bem como, para a infrações ambientais.
recuperação das áreas impactadas, de acordo com as Art. 160. O Termo de Compromisso Ambiental firmado no
condições e procedimentos estabelecidos pelo órgão âmbito do processo administrativo de licenciamento
competente. ambiental de regularização do empreendimento/atividade,
Art. 157. Os custos decorrentes do cumprimento das deverá se dar mediante a apresentação de estudo
penalidades previstas nesta Lei correrão por conta do ambiental, conforme classificação segundo porte e
infrator. potencial poluidor definida na legislação aplicável.
§1º Os estudos a serem apresentados ao órgão ambiental
TÍTULO VII deverão ser realizados por profissionais legalmente
habilitados, sendo obrigatória apresentação da respectiva
DO TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL (TCA) Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do
Conselho de Classe ou equivalente.
Art. 158. São considerados serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, §2º O empreendedor e os profissionais que subscrevem os
para fins do Art. 144: estudos ambientais serão responsáveis pelas informações
I - Execução de obras ou atividades de reparação de apresentadas, sujeitando-se a sanções administrativas e
danos decorrentes da própria infração; penais, além de responsabilização civil.
II - Implementação de obras ou atividades de recuperação §3º O projeto de recuperação dos danos ambientais será
de áreas degradadas, bem como de preservação e apresentado pelo interessado no âmbito do processo
melhoria da qualidade do meio ambiente; administrativo de licença ambiental de regularização e no
III - Custeio ou execução de programas e de projetos âmbito do processo administrativo fiscal de apuração de
ambientais desenvolvidos por entidades públicas de penalidades decorrentes de infrações ambientais.
proteção e conservação do meio ambiente; Art. 161. Constatado o cumprimento das obrigações
IV - Custeio ou realização de ações, programas e projetos, fixadas no Termo de Compromisso Ambiental, será
para a regularização e implementação de unidades de concedida a autorização ambiental ou a Licença adequada
conservação; e ao empreendimento.
V - Manutenção de espaços públicos que tenham como §1º O Termo de Compromisso Ambiental de que trata este
objetivo a preservação do meio ambiente. artigo, ao preceder a concessão da licença ou autorização
Art. 159. O Termo de Compromisso Ambiental é um ambiental, constitui-se em documento hábil de
instrumento com efeito de título executivo extrajudicial, que regularização ambiental, durante a sua vigência até a
estabelece os termos da vinculação do autuado ou do concessão do ato autorizativo.
responsável pelo não cumprimento da legislação §2º Constatado o não atendimento de qualquer das
ambiental, e deverá conter as seguintes cláusulas obrigações fixadas no Termo de Compromisso Ambiental
obrigatórias: no prazo estabelecido, o licenciamento ambiental de
I - Nome, qualificação e endereço das partes regularização poderá ser indeferido, assegurando ao
compromissadas e dos respectivos representantes legais; compromissário a oportunidade do pleno cumprimento da
II - Prazo de vigência do compromisso, que, em função da obrigação não cumprida em tempo razoável, contado a
complexidade das obrigações nele fixadas, poderá variar partir de notificação.
entre o mínimo de trinta dias e o máximo de seis meses; Art. 162. Para os empreendimentos/atividades não
III - Descrição detalhada de seu objeto ou projeto técnico, passíveis de licenciamento ambiental, o Termo de
valor do investimento previsto e cronograma físico de Compromisso Ambiental será firmado no âmbito do
execução e de implantação das obras e serviços exigidos, processo administrativo fiscal.
com metas a serem atingidas; Art. 163. Por ocasião do julgamento da defesa ou recurso
IV - Obrigação de reparação dos danos decorrentes da do auto de infração, a autoridade julgadora deverá, numa
infração ambiental, caso existentes, e se não única decisão, julgar o pedido de redução ou conversão de
contemplados no projeto objeto do Termo de multa.

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§1º A decisão sobre o pedido de redução ou conversão é auxílio financeiro para a execução de projetos de interesse
discricionária, podendo a administração, em decisão ambiental.
motivada, deferir ou não o pedido formulado, concedendo
desconto de até 50% do valor total corrigido da multa. Parágrafo único. Respeitados os objetivos e diretrizes da
§2º Em caso de acatamento do pedido de redução ou Política Municipal de Meio Ambiente, poderão ser
conversão, deverá a autoridade julgadora emitir a Ata de instituídos, por ato normativo, instrumentos econômicos
Julgamento e o setor responsável notificará o autuado diversos dos previstos neste capítulo, desde que em
para que compareça à sede da respectiva unidade consonância com a legislação de responsabilidade fiscal
administrativa para a assinatura de Termo de em vigor.
Compromisso Ambiental.
Art. 170. O Município poderá celebrar convênio, consórcio
§3º O deferimento do pedido de redução ou conversão ou outros ajustes para os fins de repasse ou concessão de
suspende o prazo para a interposição de recurso durante o auxílio financeiro a instituições públicas ou privadas sem
prazo definido pelo órgão ou entidade ambiental para a fins lucrativos, para a execução de serviços de relevante
celebração do Termo de Compromisso Ambiental. interesse ambiental, assim declarados pelo órgão executor
Art. 164. Independentemente do valor da multa aplicada, da Política Ambiental.
fica o autuado obrigado a reparar integralmente o dano
que tenha causado. Art. 171. O Município, através dos órgãos da sua estrutura
Art. 165. A assinatura do Termo de Compromisso administrativa ou por meio de convênios com instituições
Ambiental implicará renúncia ao direito de recorrer públicas, iniciativa privada e entidades do terceiro setor,
administrativamente. promoverá ações para a prestação de assistência técnica
§1º A celebração do Termo de Compromisso Ambiental visando a capacitação e a educação ambiental destinada à
não põe fim ao processo administrativo, devendo a promoção dos objetivos desta lei, na forma definida em
autoridade competente monitorar e avaliar, se as regulamento.
obrigações assumidas estão sendo cumpridas.
§2º O órgão ambiental poderá solicitar relatórios ou poderá Art. 172. O Município poderá utilizar dos instrumentos
realizar, a qualquer tempo, vistoria ou outro ato de previstos neste Capítulo para a execução de programas
fiscalização, a fim de verificar o atendimento dos objetivos que tenham como finalidade promover ações integradas
e metas estabelecidos no Termo de Compromisso para recuperação do bioma Mata Atlântica, dos
Ambiental. ecossistemas associados e da cobertura vegetal nas áreas
§3º O descumprimento do Termo de Compromisso urbanas e periurbanas.
Ambiental implica:
CAPÍTULO II
I - Na esfera administrativa, a imediata inscrição do débito
em Dívida Ativa para cobrança da multa resultante do auto DO PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PSA)
de infração em seu valor integral; e
II - Na esfera civil, a imediata execução judicial das Seção I
obrigações assumidas, tendo em vista seu caráter de título
executivo extrajudicial. Da Política Municipal de Pagamento por Serviços
§4º O Termo de Compromisso Ambiental poderá conter Ambientais
cláusulas relativas às demais sanções aplicadas em
decorrência do julgamento do auto de infração. Art. 173. Fica instituída a Política Municipal de Pagamento
por Serviços Ambientais – PMPSA, cujos objetivos são:
Art. 166. Após a assinatura, deverá ser dada publicidade I - Orientar a atuação do poder público, das organizações
ao Termo de Compromisso Ambiental. da sociedade civil e dos agentes privados, em relação ao
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) de forma a
Art. 167. O Termo de Compromisso Ambiental para manter, recuperar ou melhorar os serviços ecossistêmicos
recuperação integral de danos ambientais mediante o em todo o território municipal;
benefício de suspensão parcial de multa deverá ser II - Promover a conservação de importantes fragmentos da
precedido de Plano de Recuperação de Áreas Degradadas mata atlântica existentes no território municipal, bem como
(PRAD). a restauração de áreas degradadas, por meio da criação
de incentivos econômicos e fiscais para geração de
Art. 168. A conversão parcial de multa não poderá ser serviços ambientais;
concedida novamente ao mesmo infrator durante o III - Evitar a perda de vegetação nativa, a fragmentação de
período de cinco anos, contados da data da assinatura do habitats, a desertificação e outros processos de
Termo de Compromisso. degradação dos ecossistemas nativos e fomentar a
conservação sistêmica da paisagem;
TÍTULO VIII IV - Estimular a conservação dos ecossistemas, do solo,
dos recursos hídricos, da biodiversidade, do patrimônio
DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS CAPÍTULO I genético e do conhecimento tradicional associado;
CONSIDERAÇÕES GERAIS V - Valorizar, econômica, social e culturalmente os
serviços ecossistêmicos;
Art. 169. O Município poderá instituir instrumentos de
estímulo a empreendimentos e atividades que visem a VI - Reconhecer iniciativas individuais e coletivas que
proteção, manutenção e recuperação do meio ambiente e favoreçam a manutenção, a recuperação e/ou o
a utilização sustentável dos recursos ambientais, melhoramento dos serviços ecossistêmicos por meio de
especialmente na forma de Pagamento por Serviços remuneração financeira ou outra forma de incentivo
Ambientais, incentivos fiscais, construtivos e programas de econômico;

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VII - Contribuir para o desenvolvimento territorial em Pagamento por Serviços Ambientais:


bases sustentáveis, fomentando o estabelecimento de I - A integração do pagamento por serviços ambientais em
cadeias produtivas baseadas no respeito e integridade dos relação aos instrumentos de comando e controle
valores ambientais e culturais das populações; relacionados à conservação do meio ambiente;
VIII - Promover alternativas de trabalho e renda para II - O reconhecimento de que a manutenção, a
populações em situação de vulnerabilidade recuperação e a melhoria dos serviços ecossistêmicos
socioeconômica; contribuem para a qualidade de vida da população;
IX - Incentivar a geração de serviços ecossistêmicos III - A implantação do Programa Municipal de Pagamento
produzidos pela conservação das matas nativas e por Serviços Ambientais em áreas prioritárias para a
restauração florestal no território municipal, transformando conservação e de maior risco socioambiental;
os mesmos em ativos para clientes nacionais e IV - O reconhecimento de que a manutenção, a
internacionais, remunerando as famílias e proprietários recuperação e a melhoria dos serviços ecossistêmicos
rurais responsáveis pela manutenção desses serviços. contribuem para a qualidade de vida da população;
V - A formação, melhoria e manutenção de corredores
X - Promover e estimular a conservação da beleza ecológicos para a conectividade de áreas naturais e de
cênica natural; relevante importância ecológica;
VI - A integração do Programa Municipal de Pagamento
XI - Contribuir com a regulação do clima e a redução por Serviços Ambientais aos sistemas em âmbito nacional
de emissões advindas de desmatamento e degradação e estadual, objetivando a criação de um mercado de
florestal; serviços ambientais;
XII - Estabelecer mecanismos de gestão de dados e VII - O aprimoramento constante dos métodos de
informações de PSA necessárias à implantação e ao monitoramento, verificação, avaliação e certificação dos
monitoramento de ações para a plena execução dos serviços ecossistêmicos que sejam susceptíveis de serem
serviços ambientais; remunerados nos termos desta Lei e de seu Regulamento;
XIII - Incentivar o setor privado a incorporar a medição VIII - A articulação institucional com órgãos e entidades
das perdas ou ganhos dos serviços ecossistêmicos nas governamentais, instituições financeiras, instituições
cadeias produtivas vinculadas aos seus negócios; públicas e privadas de ensino técnico e superior,
XIV - Incentivar a criação de um mercado de serviços empresas e o Terceiro Setor com vistas ao financiamento,
ambientais; execução e aprimoramento do Programa Municipal de
Pagamento por Serviços Ambientais;
XV - Fortalecer a identidade e o respeito a diversidade IX - A priorização da realização de pagamentos ou
cultural, combate à pobreza e elevação da qualidade de incentivos condicionados aos serviços ambientais
vida da população; prestados em áreas integrantes do Sistema de Áreas de
XVI - Reconhecer a contribuição de toda atividade Valor Ambiental - SAVAM;
agrícola que promova a proteção ou conservação
ambiental; X - A priorização, para o recebimento de recursos públicos
XVII - Utilizar incentivos econômicos objetivando o advindos de programas de PSA, das áreas próximas a
fortalecimento da economia de base florestal sustentável; nascentes e as bacias hidrográficas críticas ao
XVIII - Incentivar medidas para garantir a segurança fornecimento público de água, assim designadas por ato
hídrica em regiões submetidas à escassez de água para do Poder Executivo Municipal, ou espaços relevantes para
consumo humano e a processos de desertificação; a preservação da biodiversidade e áreas prioritárias da
XIX - Estimular a elaboração e a execução de projetos Mata Atlântica;
privados voluntários de provimentos e pagamento por XI – A destinação prioritária de recursos do Programa
serviços ambientais, que envolvam iniciativas de Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais aos
empresas, de Organizações da Sociedade Civil de agricultores familiares como definidos no inciso V do art. 3º
Interesse Público - OSCIP e de outras organizações não da Lei Federal nº 12.651/12;
governamentais; XII - A garantia aos Povos e Comunidades Tradicionais,
XX - Estimular a pesquisa científica relativa à valoração agricultores familiares e empreendedores familiares rurais
dos serviços ecossistêmicos e ao desenvolvimento de do acesso à informação em linguagem acessível, às
metodologias de execução, de monitoramento, de ações, aos serviços, aos produtos e aos créditos
verificação e de certificação de projetos de pagamentos resultantes da implementação da Política Municipal de
por serviços ambientais; Pagamento por Serviços Ambientais.
XXI - Assegurar a transparência das informações
relativas à prestação de serviços ambientais, permitindo a Seção II
participação da sociedade;
XXII - Estabelecer mecanismos de gestão de dados e Dos Instrumentos da Política Municipal de Pagamento
informações necessárias à implantação e ao por Serviços Ambientais
monitoramento de ações para a plena execução dos
serviços ambientais; Art. 175. São instrumentos da Política Municipal de
Pagamento por Serviços Ambientais:
XXIII - Fomentar o desenvolvimento sustentável; I - O Programa Municipal de Pagamento por Serviços
Ambientais - PRO-PSA;
XXIV - Propor, analisar e incentivar iniciativas de PSA;
II - Os projetos privados de Pagamento por Serviços
XXV - Assegurar o fortalecimento da gestão ambiental Ambientais executados no território do município;
municipal. III - As metodologias de valoração econômica
ecológica dos serviços ambientais e ecossistêmicos;
Art. 174. São diretrizes para a Política Municipal de IV - O incentivo, a captação, a gestão e a transferência

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de recursos, monetários ou não, públicos ou privados, vegetal prioritariamente nas áreas que integram o SAVAM,
dirigidos ao Pagamento por Serviços Ambientais; sem prejuízo da identificação de novas áreas prioritárias,
V - Incentivos econômicos para a conservação da desde que assim reconhecidas por ato normativo.
vegetação nativa, restauração florestal e recuperação de Parágrafo único. A implantação do PRO-PSA far-se-á por
áreas degradadas mediante a implantação de Sistemas meio de projetos cuja coordenação compete ao órgão
Agroflorestais (SAF), dentre outras modalidades: executor da Política Ambiental.
a) pagamento monetário; Art. 178. Podem ser objeto do PRO-PSA:
b) selos, certificações e premiações;
c) assistência técnica e extensão rural; I - As áreas integrantes do Sistema de Áreas de Valor
d) fornecimento de sementes e mudas de espécies Ambiental – SAVAM, conforme disposição do Plano
nativas, bem como de espécies exóticas produtivas para a Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável,
implantação de sistemas agroflorestais; composto pelos seguintes subsistemas:
e) fornecimento de insumos e mão de obra; a) Subsistema de Unidades de Conservação do
f) incentivos fiscais; SAVAM, conforme definido no Plano Diretor de
g) fornecimento de atividades relacionadas à educação Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município;
ambiental; b) Subsistema de Áreas de Proteção de Recursos
h) prestação de melhorias sociais a comunidades Hídricos – APRH;
rurais e urbanas;
i) compensação vinculada a certificado de redução de c) Subsistema de Áreas de Relevância Ambiental e
emissões por desmatamento e degradação; Cultural;
j) Cota de Reserva Ambiental (CRA), instituída pela
Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012; d) Subsistema de Áreas Especialmente Protegidas.
k) Títulos Verdes (greenbonds);
l) Comodato. II - Outras áreas que integram paisagens de grande beleza
cênica, prioritariamente em áreas especiais de interesse
VI - Incentivos fiscais para o desenvolvimento de turístico;
atividades relacionadas ao Programa Municipal de
Pagamento por Serviços Ambientais; III - Outras áreas prioritárias para a conservação da
VII - A assistência técnica, a capacitação e a educação biodiversidade, assim definidas por ato normativo.
ambiental destinada à promoção dos serviços ambientais IV - Outras áreas cobertas com vegetação nativa, nos
e ecossistêmicos; termos da legislação em vigor.
VIII - O Sistema de Informação da Política Municipal de
Pagamento por Serviços Ambientais; Parágrafo único. As Áreas de Preservação Permanente,
IX - A Plataforma de Fomento ao Mercado de Pagamento Reserva Legal e outras sob limitação administrativa nos
por Serviços Ambientais; termos da legislação ambiental serão elegíveis para
pagamento por serviços ambientais através do PRO-PSA,
X - A pesquisa e o desenvolvimento das ações com preferência para aquelas localizadas no entorno de
relacionadas aos objetivos desta Lei. nascentes, localizadas em bacias hidrográficas
consideradas críticas para o abastecimento público de
§1° Os instrumentos listados no art. 175, inciso V desta Lei água, assim definidas pelo órgão competente, ou em
serão objeto de regulamentação por ato do Chefe do áreas prioritárias para conservação da diversidade
Executivo Municipal. biológica em processo de desertificação ou de avançada
§2° Os incentivos fiscais a que se refere a alínea f deste fragmentação.
artigo serão objeto de regulamentação e poderão Art. 179. São requisitos gerais para a participação no PRO
abranger, dentre outros: -PSA:
I - isenção de tributos; I - A inscrição voluntária no programa por parte do
interessado;
II - redução de alíquota. II - A adequação do projeto às diretrizes estabelecidas
pelo Comitê Gestor do PRO- PSA;
Art. 176. As atividades de manutenção e de recuperação III - A comprovação da propriedade ou posse do imóvel,
das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal, exceto no caso de Povos e Comunidades Tradicionais,
de uso restrito ou de imóveis rurais situados em unidades agricultores familiares e microempreendedores rurais,
de conservação são elegíveis para quaisquer pagamentos cujos requisitos específicos serão estabelecidos em
ou incentivos por serviços ambientais, podendo configurar Regulamento;
adicionalidade para fins de mercados nacionais e IV - A comprovação de que as atividades de manutenção,
internacionais de reduções de emissões certificadas de preservação, recuperação, conservação, restauração ou
gases de efeito estufa. melhoria dos ecossistemas fornecem contribuições reais,
mensuráveis e de longo prazo, sobre os serviços
Seção III ecossistêmicos, sempre que executadas, conforme
definido em Regulamento;
Do Programa Municipal de Pagamento por Serviços V - A formalização de contrato específico, disciplinando os
Ambientais direitos e obrigações decorrentes da participação no PRO-
PSA;
Art. 177. Fica criado o Programa Municipal de Pagamento VI - O enquadramento e habilitação em projeto específico
por Serviços Ambientais – PRO-PSA com o objetivo de com atividades humanas de preservação, conservação,
implementar, no âmbito do município, o pagamento pelos manutenção, restauração e recuperação dos ecossistemas
serviços de preservação, conservação, manutenção, que geram serviços ecossistêmicos.
restauração e recuperação ou melhoria da cobertura §1º A aprovação pelo órgão executor do PRO-PSA de

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projetos a serem realizados em imóveis rurais dependerá, Seção V


além do atendimento dos requisitos previstos nesta Lei, da Da Transparência e Comunicação
regular inscrição do imóvel no Cadastro Estadual Florestal
de Imóveis Rurais (CEFIR). Art. 185. O Sistema Municipal de Informações Ambientais
§2º A assinatura do instrumento a que se refere o inciso V - SMIA de Camaçari deverá conter as informações, nos
deste artigo não exime o beneficiário do programa do termos desta lei, consideradas relevantes para a PMPSA,
cumprimento das demais obrigações previstas na sendo elas:
legislação ambiental e florestal. I - Informações sobre os projetos públicos e autônomos
§3º O contrato de pagamento por serviços ambientais desenvolvidos no âmbito do PRO-PSA;
pode ocorrer por termo de adesão, a ser regulamentado II - Banco de áreas com potencial para PSA;
por ato normativo do Poder Executivo Municipal. III - Áreas prioritárias para conservação, especialmente
§4º Os requisitos específicos de participação no PRO- para formação de corredores ecológicos;
PSA, bem como as condições para a sua implantação, IV - Inventário de projetos de PSA;
monitoramento e avaliação serão definidos pelo órgão V - Cadastro municipal de provedores e pagadores;
executor da Política Ambiental, atendidas as VI - Dados sobre os instrumentos jurídicos
disponibilidades orçamentárias. formalizados no âmbito do PRO-PSA, descrevendo, no
Art. 180. Para o financiamento do PRO-PSA, ressalvados mínimo, os beneficiários do Programa, as áreas objeto de
os recursos advindos do FMMA ou de programas públicos pagamento por serviços ambientais e os respectivos
de PSA, poderão ser captados recursos de pessoas físicas serviços ambientais e ecossistêmicos fornecidos;
ou jurídicas de direito privado, preferencialmente sob a VII - Informações relacionadas à efetiva execução do
forma de doações ou sem ônus para o Município, exceto pagamento, ou do incentivo condicionado ao serviço
nos casos em que houver autorização do Poder Legislativo ambiental ou ecossistêmico, prestado no âmbito do PRO-
Municipal. PSA;
Parágrafo único. As atividades e ações do PRO-PSA VIII - Informações relativas às áreas que tenham
serão custeadas pelos recursos do Fundo Municipal do potencial para desenvolver projetos de pagamento por
Meio Ambiente (FMMA), dentro dos critérios estabelecidos serviços ambientais ou ecossistêmicos, de acordo com a
nesta Lei e em seu Regulamento. avaliação do órgão executor da Política Ambiental no
Art. 181. A metodologia para a valoração econômica dos município;
serviços ambientais, objeto desta Lei, assim como as IX – Informações relativas às áreas contaminadas;
fórmulas de cálculo dos valores monetários a serem pagos X - Informações sobre os contratos de pagamento por
pelo município, será gerenciada pelo órgão responsável serviços ambientais ou ecossistêmicos firmados entre
pela execução da Política Ambiental no município. particulares, indicando, no mínimo, as partes, a área
objeto do projeto e os serviços ambientais e
Seção IV ecossistêmicos envolvidos.
Parágrafo Único. O Gestor responsável pela PMPSA
Do Comitê Gestor do PRO-PSA deverá, a cada sessenta dias, encaminhar as informações
citadas nos incisos I a IX, para que seja atualizado o
Art. 182. Fica instituído, no âmbito do órgão a que Sistema Municipal de Informações Ambientais - SMIA de
compete a gestão ambiental e a execução da Política Camaçari.
Ambiental, o Comitê Gestor do Programa Municipal de
Pagamento por Serviços Ambientais, que terá como CAPÍTULO III
atribuição acompanhar a implementação e propor
aperfeiçoamentos ao PRO-PSA, bem como avaliar e DOS INCENTIVOS FISCAIS
monitorar o cumprimento das metas estabelecidas,
composto por: Art. 186. Aos serviços diretamente relacionados ao PRO-
I - 05 (cinco) representantes titulares, e os seus PSA ou a projetos privados de pagamento por serviços
respectivos suplentes, das entidades governamentais ambientais reconhecidos pelo poder público municipal e
municipais, sendo obrigatória a presença de 03 (três) executados no âmbito de seu território, será aplicada a
representantes do órgão executor da Política Ambiental; alíquota mínima legal, em especial os seguintes serviços:
II - 02 (dois) representantes, titular e respectivo suplente, I - A produção de sementes e mudas de espécies nativas;
da sociedade civil do Conselho Municipal de Meio II - O plantio de espécies nativas em imóveis rurais
Ambiente de Camaçari (COMAM); beneficiados pelo PRO-PSA ou por projetos privados de
Parágrafo único. As competências do Comitê Gestor do pagamento por serviços ambientais reconhecidos pelo
PRO-PSA serão definidas no regulamento desta Lei. poder público municipal e executados no âmbito de seu
Art. 183. O município de Camaçari poderá desenvolver território.
termo de cooperação com órgãos do Governo Federal, Parágrafo Único. O sujeito passivo do imposto deverá
Estadual e Municipal, bem como com entidades comprovar que o serviço está diretamente relacionado ao
internacionais públicas e privadas, para implementação PRO-PSA ou por projetos privados de pagamento por
das ações previstas neste Capítulo. serviços ambientais reconhecidos pelo poder público
Art. 184. A composição, organização e funcionamento do municipal e executados no âmbito de seu território.
Comitê Gestor; o desenvolvimento do PRO-PSA; o
cumprimento de requisitos gerais apontados nesta Lei; e Art. 187. Os terrenos não edificáveis, assim entendidos na
os critérios para utilização do FMPSA, bem como outros forma da Lei Municipal e da legislação ambiental vigente, e
que se fizerem necessários, serão objetos de que não sejam objeto de exploração econômica, poderão
regulamentação própria. obter o benefício de redução de valor venal previsto
legislação tributária do município para fins de cálculo de
IPTU.
§1º Aplicam-se as disposições do caput às áreas que:

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I - Possuam cobertura vegetal do bioma Mata Atlântica nos IV - Unidades de Conservação;


estágios médio e avançados de regeneração não sujeita à
supressão; V - Fauna.
II - Estejam inseridas em Unidades de Conservação,
quando zoneadas, nas áreas em que o respectivo TÍTULO X
zoneamento proibir edificações;
III - Sejam classificadas como Áreas de Preservação DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Permanente – APP, após verificação e comprovação, em
procedimento administrativo próprio, pelo órgão executor Art. 193. As fontes degradantes ou poluidoras, já em
da Política Ambiental. funcionamento ou em fase de implantação à época de
§2º O incentivo previsto no caput, assim como os promulgação desta Lei, ficam obrigadas a se cadastrarem
respectivos critérios e procedimentos de verificação do no órgão executor da Política Ambiental no prazo máximo
atendimento aos requisitos do §1º, serão objeto de de 180 (cento e oitenta dias), com vistas ao seu
regulamento pelo Poder Executivo Municipal. enquadramento ao estabelecido neste Documento Legal.
Art. 194. Os empreendimentos e atividades existentes na
TÍTULO IX data de publicação desta Lei, que apresentarem passivos
ambientais, ficam obrigados a sanar as irregularidades
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS existentes, conforme as exigências técnicas necessárias à
recuperação dos passivos e, no caso de impossibilidade
Art. 188. O encerramento de atividade, empresa ou de técnica, ficam sujeitos à execução de medidas
firma individual utilizadora de recursos ambientais, compensatórias.
consideradas efetiva ou potencialmente degradadoras, Art. 195. A implantação e operação de atividades com
dependerá da apresentação, ao órgão competente, do utilização de materiais nucleares ou radioativos, no
plano de encerramento de atividades que deverá território de Camaçari, deverá obedecer à legislação
contemplar as medidas de controle ambiental aplicáveis ao federal que disciplina a matéria.
caso. Art. 196. Para a realização das atividades decorrentes do
Parágrafo único. O plano a que se refere o caput deverá disposto nesta Lei, o Município poderá utilizar, além dos
ser apresentado pelo empreendedor ao órgão licenciador recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso
com antecedência mínima de 180 (cento e oitenta) dias da de outros órgãos ou entidades públicas ou privadas,
expiração da respectiva licença. mediante convénios, contratos e credenciamentos de
agentes.
Art. 189. A publicidade resumida dos pedidos de licenças Art. 197. Os bens adquiridos com os recursos do Fundo
ambientais e suas renovações, através dos meios de Municipal de Meio Ambiente, passam a integrar o
comunicação de massa, será providenciada pelos patrimônio do Município.
interessados, correndo as despesas às suas expensas. Art. 198. A recomposição das áreas de preservação
Art. 190. As concessões das licenças e autorizações permanente e de Reserva Legal dos imóveis rurais, deverá
ambientais serão publicadas no Diário Oficial do Município. obedecer à legislação federal que disciplina a matéria.
Art. 191. Os atos autorizativos do Poder Público Municipal Art. 199. O Poder Público Municipal, a título de estímulo à
poderão ser alterados, suspensos ou cancelados, a regularização ambiental, e mediante o comparecimento
qualquer tempo, se assim recomendar o interesse público, espontâneo do interessado, reduzirá em até 50%
mediante decisão motivada, quando ocorrer: (cinquenta por cento), pelo período de 24 (vinte e quatro)
I - Violação ou inadequação de condicionantes ou normas meses, contado a partir da publicação desta Lei, o valor da
legais; multa devida em razão da implantação e operação de
empreendimentos e atividades sem o atendimento aos
II - Omissão significativa ou falsa descrição de procedimentos de licenciamento ambiental, ressalvadas as
informações relevantes; sanções aplicáveis por eventuais danos causados ao meio
ambiente.
III - Superveniência de graves riscos ambientais e à saúde Art. 200. As matérias objeto deste código poderão, se
pública; necessário, ser objeto de regulamentação posterior por ato
do Poder Executivo.
IV - Superveniência de conhecimentos científicos que Art. 201. Esta Lei entra em vigor após 60 (sessenta) dias
indiquem a ocorrência de graves efeitos sobre a saúde da data da sua publicação, ficando revogadas as
humana e o meio ambiente; disposições em contrário, especialmente a Lei
V - Superveniência de normas, mediante definição de Complementar nº 913/2008, Lei nº 895/2008, Lei nº
prazo para ajustamento às novas exigências legais. 1.342/2014, Lei nº 985/2009, Lei nº 614/2003, Lei nº
Art. 192. Integram esta Lei as disposições da legislação 723/2006.
federal e estadual pertinente à fauna, florestas e demais
formas de vegetação, no que não forem alteradas ou GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE
complementadas por esta Lei e demais normas dela CAMAÇARI, ESTADO DA BAHIA, EM 15 DE
decorrentes, em razão da competência constitucional DEZEMBRO DE 2023.
concorrente e supletiva do Município, em especial, no que
se refere a:
I - Vegetação Nativa e Áreas de Preservação Permanente; ANTÔNIO ELINALDO ARAÚJO DA SILVA
PREFEITO
II - Reserva Legal;

III - Mata Atlântica;

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atividades que possam afetar a qualidade de vida da


ANEXO I população residente na área ou nas proximidades.
XII- Estudos ambientais: são todos e quaisquer estudos
CONCEITOS apresentados como subsídio para análise de licenças ou
autorizações, a exemplo de: relatório de caracterização de
I - Apicum: áreas de solos hipersalinos situadas nas empreendimento, plano e projeto de controle ambiental,
regiões entre marés superiores, inundadas apenas pelas relatório técnico da qualidade ambiental, plano de manejo,
marés de sizígias, que apresentam salinidade superior a plano de recuperação de área degradada, análise de
150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), desprovidas risco, estudo prévio de impacto ambiental e relatório de
de vegetação vascular. impacto ambiental, dentre outros estudos necessários ao
II - Área urbana consolidada: parcela da área urbana acompanhamento e cumprimento dos condicionantes
com densidade demográfica superior a 50 (cinquenta) estabelecidos.
habitantes por hectare e malha viária implantada e que XIII - Faixa de passagem de inundação: área de várzea
tenha, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos ou planície de inundação adjacente a cursos d'água que
de infraestrutura urbana implantados: permite o escoamento da enchente.
a) drenagem de águas pluviais urbanas; XIV - Gestão ambiental: tarefa de administrar e controlar
os usos sustentados dos recursos ambientais, naturais ou
b) esgotamento sanitário; não, por instrumentação adequada - regulamentos,
normatização e investimentos públicos ou privados -
c) abastecimento de água potável; assegurando racionalmente o conjunto do
desenvolvimento produtivo social e econômico em
d) distribuição de energia elétrica; ou benefício do meio ambiente.
XV - Impacto ambiental: qualquer alteração das
e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
sólidos. ambiente, podendo ser caracterizado como negativo ou
positivo.
III - Área verde urbana: espaços, públicos ou privados, XVI - Impacto de vizinhança: é a alteração no meio
com predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, ambiente ou em algum de seus componentes por
natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis determinada ação ou atividade humana, que possa
de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, interferir no adensamento populacional, sobre a geração
destinados preferpddencialmente aos propósitos de de tráfego, demanda por transporte público, ventilação e
recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, iluminação, alterações na paisagem urbana e patrimônio
proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria natural e cultural.
paisagística, proteção de bens e manifestações culturais. XVII - Intermediário: agente público ou privado que
IV - Áreas de Preservação Permanente (APP): área desempenha atividades de desenvolvimento, gestão,
protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a pesquisa, consultoria, intermediação ou qualquer outra
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a atividade relacionada a programas de serviços
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, ambientais.
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e XVIII - Leito regular: a calha por onde correm
assegurar o bem-estar das populações humanas. regularmente as águas do curso d'água durante o ano.
V - Áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres XIX - Licença ambiental: é o ato administrativo pelo qual
cobertas de forma periódica por águas, cobertas o órgão ambiental, estabelece as condições, restrições e
originalmente por florestas ou outras formas de vegetação medidas de controle ambiental que deverão ser
adaptadas à inundação. obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica,
VI - Base de morro ou montanha: plano horizontal para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos
definido por planície ou superfície de lençol d`água ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota da consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
depressão mais baixa ao seu redor. daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
VII - Conservação: uso sustentável dos recursos degradação ambiental.
naturais, tendo em vista a sua utilização sem colocar em XX - Licenciamento ambiental: é o procedimento
risco a manutenção dos ecossistemas existentes, administrativo pelo qual o órgão ambiental licencia a
garantindo-se a biodiversidade. localização, instalação, ampliação e a operação de
VIII - Degradação ambiental: a alteração adversa das empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
características do meio ambiente. ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
IX- Ecoeficiência: o resultado da produção de bens e poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma,
serviços gerados através de processos que busquem possam causar degradação ambiental, considerando as
reduzir progressivamente os impactos ecológicos disposições legais e regulamentares e as normas técnicas
negativos e a conversão dos resíduos em novas matérias- aplicáveis ao caso.
primas, produtos e fontes de energia, ao tempo em que XXI - Manejo: técnica de utilização racional e controlada
satisfaçam, a preços competitivos, as necessidades de recursos ambientais mediante a aplicação de
humanas visando à melhoria da qualidade de vida. conhecimentos científicos e técnicos, visando atingir os
X - Ecossistemas: conjunto integrado de fatores físicos, objetivos de conservação da natureza.
bióticos e abióticos, que caracterizam um determinado XXII - Manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em
espaço de dimensões variáveis. terrenos baixos, sujeitos à ação das marés, formado por
XI - Estudo de impacto de vizinhança: documento técnico vasas lodosas recentes ou arenosas, às quais se associa,
urbanístico a ser exigido, com base em lei municipal, para predominantemente, a vegetação natural conhecida como
a concessão de licenças e autorizações de construção, mangue, com influência fluviomarinha, típica de solos
ampliação ou funcionamento de empreendimentos ou limosos de regiões estuarinas e com dispersão

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descontínua ao longo da costa brasileira, entre os XXXV - Proteção: procedimentos integrantes das práticas
Estados do Amapá e de Santa Catarina. de conservação e preservação da natureza.
XXIII - Meio ambiente: o conjunto de condições, leis, XXXVI - Provedor de serviços ambientais: pessoa
influências e interações de ordem física, química e física ou jurídica, de direito público ou privado, ou grupo
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as familiar ou comunitário que, preenchidos os critérios de
suas formas. elegibilidade, mantém, recupera ou melhora as condições
ambientais dos ecossistemas.
XXIV - Morro: elevação do terreno com cota do topo em
relação a base entre cinquenta e trezentos metros e XXXVII - Recursos ambientais: a atmosfera, as
encostas com declividade superior a trinta por cento águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários,
(aproximadamente dezessete graus) na linha de maior o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da
declividade. biosfera, a fauna e a flora.

XXV - Nascente: afloramento natural do lençol freático XXXVIII - Restinga: depósito arenoso paralelo à linha
que apresenta perenidade e dá início a um curso d'água. da costa, de forma geralmente alongada, produzido por
processos de sedimentação, onde se encontram
XXVI - Nível mais alto: nível alcançado por ocasião da diferentes comunidades que recebem influência marinha,
cheia sazonal do curso d`água perene ou intermitente. com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias,
cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de
XXVII - Olho d'água: afloramento natural do lençol acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo,
freático, mesmo que intermitente. arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado.

XXVIII - Padrão de emissão: é o limite máximo XXXIX - Salgado ou marismas tropicais hipersalinos:
estabelecido para lançamento de poluente por fonte áreas situadas em regiões com frequências de inundações
emissora que, ultrapassado, poderá afetar a saúde, a intermediárias entre marés de sizígias e de quadratura,
segurança e o bem estar da população, bem como, com solos cuja salinidade varia entre 100 (cem) e 150
ocasionar danos à fauna, à flora, às atividades (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode
econômicas e ao meio ambiente em geral. ocorrer a presença de vegetação herbácea específica.

XXIX - Pagador de serviços ambientais: poder público, XL - Serviços ambientais: atividades individuais ou
organização da sociedade civil ou agente privado, pessoa coletivas que favorecem a manutenção, a recuperação ou
física ou jurídica, de âmbito nacional ou internacional, que a melhoria dos serviços ecossistêmicos.
provê o pagamento dos serviços ambientais.
XLI - Serviços ecossistêmicos: benefícios relevantes para
XXX - Pagamento por Serviços Ambientais (PSA): a sociedade gerados pelos ecossistemas, em termos de
transação de natureza voluntária, mediante a qual um manutenção, recuperação ou melhoria das condições
pagador de serviços ambientais transfere a um provedor ambientais, nas seguintes modalidades:
desses serviços recursos financeiros ou outra forma de
remuneração, nas condições acertadas, respeitadas as a) serviços de provisão: os que fornecem bens ou
disposições legais e regulamentares pertinentes. produtos ambientais utilizados pelo ser humano para
consumo ou comercialização, tais como água, alimentos,
XXXI - Poluição: a degradação da qualidade ambiental madeira, fibras e extratos, entre outros;
resultante de atividades que direta ou indiretamente: b) serviços de suporte: os que mantêm a perenidade da
a)prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da vida na Terra, tais como a ciclagem de nutrientes, a
população; decomposição de resíduos, a produção, a manutenção ou
a renovação da fertilidade do solo, a polinização, a
b) criem condições adversas às atividades sociais e dispersão de sementes, o controle de populações de
econômicas; potenciais pragas e de vetores potenciais de doenças
humanas, a proteção contra a radiação solar ultravioleta e
c) afetem desfavoravelmente a biota; a manutenção da biodiversidade e do patrimônio genético;
c) serviços de regulação: os que concorrem para a
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio manutenção da estabilidade dos processos
ambiente; ecossistêmicos, tais como o sequestro de carbono, a
purificação do ar, a moderação de eventos climáticos
e)lancem matérias ou energia em desacordo com os extremos, a manutenção do equilíbrio do ciclo hidrológico,
padrões ambientais estabelecidos. a minimização de enchentes e secas e o controle dos
XXXII - Poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito processos críticos de erosão e de deslizamento de
público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, encostas;
por atividade causadora de degradação ambiental. d) serviços culturais: os que constituem benefícios não
XXXIII - Preservação: proteção integral do atributo materiais providos pelos ecossistemas, por meio da
natural, admitindo apenas seu uso indireto. recreação, do turismo, da identidade cultural, de
XXXIV - Produção mais limpa: processo que utiliza experiências espirituais e estéticas e do desenvolvimento
medidas tecnológicas e gerenciais orientadas para o uso intelectual, entre outros.
sustentável dos recursos naturais, a redução do consumo
de matérias-primas, água e energia, minimizando a XLII - Várzea de inundação ou planície de inundação:
produção de resíduos na origem e os riscos operacionais, áreas marginais a cursos d'água sujeitas a enchentes e
assim como outros aspectos ambientais adversos inundações periódicas.
existentes ao longo de todo o processo de produção.

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ANEXO II

CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU

POTENCIALMENTE DEGRADADORAS 07 Indústria de Beneficiamento de minerais não- Médio


OU UTILIZADORAS DE RECURSOS Produtos Minerais metálicos, não associados à extração;
Não- Metálicos fabricação e elaboração de produtos
NATURAIS PARA FINS DA TCFA/ minerais não-metálicos, tais como:
CAMAÇARI produção de material cerâmico, cimento,
gesso, amianto, vidro e similares.

08 Indústria Mecânica Fabricação de máquinas, aparelhos, Médio


CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU
peças, utensílios e acessórios com e sem
tratamento térmico ou de superfície.

09 Indústria de Fabricação de pilhas, baterias e outros Médio


Material Elétrico, acumuladores; fabricação de material
Eletrônico e elétrico, eletrônico e equipamentos para
01 Extração e Tratamentode Pesquisa mineral com guia de utilização; lavra a Alto Comunicações telecomunicação e informática; fabricação
Minerais céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem
beneficiamento; lavra subterrânea com ou sem
de aparelhos elétricos e eletrodomésticos.
beneficiamento; lavra garimpeira; perfuração de
poços e produção de petróleo e gás natural. 10 Indústria de Material Fabricação e montagem de veículos Médio
de Transporte rodoviários e ferroviários, peças e
02 Indústria Metalúrgica Fabricação de aço e de produtos siderúrgicos; Alto acessórios; fabricação e montagem de
produção de fundidos de ferro e aço; forjados; aeronaves; fabricação e reparo de
arames; relaminados com ou sem tratamento de embarcações e estruturas flutuantes.
superfície, inclusive galvanoplastia; metalurgia dos
metais não-ferrosos, em formas primárias e
secundárias, inclusive ouro; produção de 11 Indústria de Madeira Serraria e desdobramento de madeira; Médio
laminados, ligas, artefatos de metais não-ferrosos preservação de madeira; fabricação de
com ou sem tratamento de superfície, inclusive chapas, placas de madeira aglomerada,
galvanoplastia; relaminação de metais não-ferrosos,
inclusive ligas, produção de soldas e anodos;
prensada e compensada; fabricação de
metalurgia de metais preciosos; metalurgia do pó, estruturas de madeira e de móveis.
inclusive peças moldadas; fabricação de estruturas
metálicas com ou sem tratamento de superfície,
inclusive galvanoplastia; fabricação de artefatos

CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU

12 Indústria Têxtil, de Beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, Médio


Vestuário, Calçados e de origem animal e sintéticos; fabricação e
Artefatos de Tecidos acabamento de fios e tecidos; tingimento,
estamparia e outros acabamentos em
CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU
peças do vestuário e artigos diversos de
tecidos; fabricação de calçados e
de ferro, aço e de metais nãoferrosos com componentes para calçados.
ou sem tratamento de superfície, inclusive
galvanoplastia, têmpera e cementação de
aço, recozimento de arames, tratamento 13 Indústria do Fumo Fabricação de cigarros, charutos, Médio
de superfície. cigarrilhas e outras atividades de
beneficiamento do fumo.

03 Indústria de Papel e Fabricação de celulose e pasta mecânica; Alto 14 Indústria de Beneficiamento, moagem, torrefação e Médio
Celulose fabricação de papel e papelão; fabricação Produtos fabricação de produtos alimentares;
de artefatos de papel, papelão, cartolina, Alimentares e matadouros, abatedouros, frigoríficos,
cartão e fibra prensada. Bebidas charqueadas e derivados de origem
animal; fabricação de conservas;
preparação de pescados e fabricação de
04 Indústria de Couros e Secagem e salga de couros e peles, Alto conservas de pescados; beneficiamento e
Peles curtimento e outras preparações de couros industrialização de leite e derivados;
e peles; fabricação de artefatos diversos fabricação e refinação de açúcar; refino e
de couros e peles; fabricação de cola preparação de óleo e gorduras vegetais;
animal. produção de manteiga, cacau, gorduras de
origem animal para alimentação;
fabricação de fermentos e leveduras;
05 Indústria Química Produção de substâncias e fabricação de Alto fabricação de rações balanceadas e de
produtos químicos; fabricação de produtos alimentos preparados para animais;
derivados do processamento de petróleo, fabricação de vinhos e vinagre; fabricação
de rochas betuminosas e da madeira; de cervejas, chopes e maltes; fabricação
fabricação de combustíveis não derivados de bebidas nãoalcoólicas,
de petróleo; produção de óleos, gorduras,
ceras, vegetais e animais, óleos
essenciais, vegetais e produtos similares,
CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU
da destilação da madeira; fabricação de
resinas e de fibras e fios artificiais e
sintéticos e de borracha e látex sintéticos; bem como engarrafamento e gaseificação
fabricação de pólvora, explosivos, de águas minerais; fabricação de bebidas
detonantes, munição alcoólicas.

15 Serviços de Utilidade Produção de energia termoelétrica; Médio


tratamento e destinação de resíduos
industriais líquidos e sólidos; disposição
de resíduos especiais, tais como: de
CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU agroquímicos e suas embalagens usadas,
e de serviço de saúde e similares;
para caça e desporto, fósforo de segurança e destinação de resíduos de esgotos
artigos pirotécnicos; recuperação e refino de sanitários e de resíduos sólidos urbanos,
solventes, óleos minerais, vegetais e animais; inclusive aqueles provenientes de fossas;
fabricação de concentrados aromáticos naturais, dragagem e derrocamentos em corpos
artificiais e sintéticos; fabricação de preparados d’água; recuperação de áreas
para limpeza e polimento, desinfetantes,
inseticidas, germicidas e fungicidas; fabricação de contaminadas ou degradadas.
tintas, esmaltes, lacas, vernizes,
impermeabilizantes, solventes e secantes;
fabricação de fertilizantes e agroquímicos; 16 Uso de Recursos Silvicultura; exploração econômica da Médio
fabricação de produtos farmacêuticos e Naturais madeira ou lenha e subprodutos florestais;
veterinários; fabricação de sabões, detergentes e importação ou exportação da fauna e flora
velas; fabricação de perfumarias e cosméticos; nativas brasileiras; atividade de criação e
produção de álcool etílico, metanol e similares. exploração econômica de fauna exótica e
de fauna silvestre; utilização do patrimônio
06 Transporte, Terminais, Transporte de cargas perigosas, transporte por Alto genético natural; exploração de recursos
Depósitos e Comércio dutos, marinas, portos e aeroportos; terminais de aquáticos vivos; introdução de espécies
minério, petróleoe derivados e produtos químicos; exóticas ou geneticamente modificadas;
depósitos de produtos químicos e produtos
perigosos; comércio de combustíveis, derivados de uso da diversidade biológica pela
petróleo e produtos químicos e produtos perigosos. biotecnologia.

17 Indústria de Borracha Beneficiamento de borracha natural, Pequeno


fabricação de câmara de ar, fabricação e

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CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU UNIDADE DE POTENCIAL


CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
Piscicultura Marinha
recondicionamento de pneumáticos; em Tanques-Rede, Volume (m³) Pequeno < 5.000
fabricação de laminados e fios de A2.3.3 Raceway ou Similar Médio ≥ 5.000 < P
borracha; fabricação de espuma de 10.000
borracha e de artefatos de espuma de Grande ≥ 10.000
borracha, inclusive látex.
CARCINICULTURA
A2.4
Carcinicultura Pequeno < 10
18 Indústria de Produtos Fabricação de laminados plásticos e Pequen A2.4.2 em Viveiros Área (ha) Médio ≥ 10 < 50 M
de Matéria Plástica. fabricação de artefatos de material o Escavados Grande ≥ 50
plástico.
Pequeno < 0,04
A2.5 Ranicultura Área (ha) Médio ≥ 0,04 < P
0,12
19 Indústrias Diversas Usinas de produção de concreto e de Pequen
Grande ≥ 0,12
asfalto. o
Pequeno > 1 < 10
A2.6 Algicultura Área (ha) Médio ≥ 10 < 40 P
Grande ≥ 40
Pequeno > 1 < 5
20 Turismo Complexos turísticos e de lazer, inclusive Pequen A2.7 Malacocultura Área (ha) Médio ≥ 5 < 30 P
parques temáticos. o Grande ≥ 30
DIVISÃO B: MINERAÇÃO

Grupo B3: Minerais Utilizados na Construção Civil, Ornamentos e Outros


ANEXO III
VALORES, EM UFM, DEVIDOS A TÍTULOS DE TCFA/ Areias, Arenoso, Produção
Pequeno <
150.000
CAMAÇARI POR ESTABELECIMENTO POR B3.1 Cascalhos, Filitos e Bruta de Médio ≥ 150.000 < M
Saibro Minério (t/Ano) 500.000
TRIMESTRE (EQUIVALE A 60% da TCFA) Grande ≥ 500.000
Pequeno < 75.000
B3.2 Areias em Produção Médio ≥ 75.000 < M
Recursos Hídricos Bruta de 150.000
Potencial Pessoa Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4 Minério (t/Ano) Grande ≥ 150.000
de Física Pequeno <
Poluição (receita bruta (receita bruta anual (receita bruta anual Produção 100.000
anual igual ou superior a R$ superior a
inferior a 144.000,00 e igual R$ 2.400.000,00 e B3.3 Caulim Bruta de Médio ≥ 100.000 < A
R$ 144.000,00) ou inferior a R$ igual ou inferior a R$ Minério (t/Ano) 500.000
2.400.000,00) 12.000.000,00) Grande ≥ 500.000
Basalto,
Calcários,
Pequeno - - Gnaisses, Pequeno <
15,00 31,00 62,00
Granitos, 100.000
Granulitos, Produção Médio ≥ 100.000 <
B3.4 Metarenitos, Bruta de 500.000 M
Médio - - 25,00 50,00 124,00
Quartzitos, Minério (t/Ano) Grande ≥ 500.000
Sienitos, Dentre
Outras Utilizadas
Grande - 7,00 31,00 62,00 311,00 Para a Produção

UNIDADE DE POTENCIAL
ANEXO IV CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR

de Agregados e
TIPOLOGIAS E PORTES SUJEITOS AO Beneficiamento
LICENCIAMENTO AMBIENTAL B3.4 Associado
(Britamento)
Ardósia, Dioritos,
UNIDADE DE MEDIDA
POTENCIAL Granitos, Pequeno < 50.000
CÓDIGO TIPOLOGIA PORTE POLUIDOR Mármores, Produção Médio ≥ 50.000 <
Quartzos, Sienitos, Bruta de 150.000
DIVISÃO A: AGRICULTURA E FLORESTAS B3.5 Dentre Outras Minério (t/Ano) Grande ≥ 150.000 A
Utilizadas Para
GRUPO A2: CRIAÇÃO DE ANIMAIS Revestimento
A2.2 CRIAÇÕES CONFINADAS Grupo B4: Minerais Utilizados na Indústria

Pequeno ≥ 50 < Argilas, Pequeno < 60.000


*Bovinos, Capacidade 500 B4.1 Caulinita, Produção Médio ≥ 60.000 < M
A2.2.1 Bubalinos, Instalada Médio ≥ 500 < A Diatomita, Ilita, Bruta de 150.000
Muares e (Número de 2.000 Caulim Dentre Minério (t/Ano) Grande ≥ 150.000
Equinos Animais) Grande ≥ 2.000 Outros
Pequeno ≥ 12.000 Cianita, Feldspato,
Capacidade < 60.000 Leucita, Moscovita,
A2.2.2 Instalada Médio ≥ 60.000 < M Nefelina, Quartzo e
Aves e Pequenos (Número de 400.000 Turmalina, Dentre Produção
Mamíferos Animais) Grande ≥ 400.000 B4.2 Outros, Para Bruta de Pequeno < 20.000 M
Manufatura de Minério (t/Ano) Médio ≥ 20.000 <
Capacidade Pequeno ≥ 500 < Vidro/Vitrificaçã 200.000
A2.2.3 Caprinos e Instalada 1.000 Médio ≥ M o, Esmaltação e Grande ≥ 200.000
Ovinos (Número de 1.000 < 5.000 Indústria óptica,
Animais) Grande ≥ 5.000 Eletrônica, etc.
Pequeno ≥ 300 < Apatita, Calcário
Capacidade 1.000 Dolomítico, Calcita,
A2.2.4 *Suínos Instalada Médio ≥ 1.000 < A Carnalita, Dolomita,
(Número de 5.000 Fosfatos, Minerais de
Animais) Grande ≥ 5.000 Borato, Potássio,
Pequeno ≥ 1.000 < Salgema, Salitre, Pequeno <
Produção 100.000
Capacidade 8.000 B4.3 Silvita e Sódio, Dentre A
Bruta de Médio ≥ 100.000 <
A2.2.5 Creche de Instalada Médio ≥ 8.000 < M Outros, Para Minério (t/Ano) 500.000
Suínos (Número de 30.000 Produção de
Animais) Grande ≥ 30.000 Fertilizantes e Grande ≥ 500.000
AQUICULTURA Corretivos Agrícolas,
A2.3 etc.
Piscicultura em Pequeno ≥ 1 < 10 Andalusita, Anfibólios,
A2.3.1 Viveiros Área (ha) Médio ≥ 10 < 50 M Caulinita, Coríndon, Produção Pequeno <
Escavados Grande > 50 Feldspato, Grafita, Bruta de 100.000 M
Moscovita, Minério (t/Ano) Médio ≥ 100.000 <
Piscicultura B4.4 500.000
Continental em Volume (m³) Pequeno ≤ 1.000 Grande ≥ 500.000
A2.3.2 Tanques-Rede, Médio>1.000 < P
Raceway ou 5.000
Similar Grande ≥ 5.000

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UNIDADE DE POTENCIAL UNIDADE DE POTENCIAL


CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR

Pegmatito, Vegetais Prima/Dia) 5.000


Quartzito Grande ≥ 5.000
Serpentinito, Silex,
Vermiculita, Produção e Envase de Bebidas
Wollastonita, Xisto C1.8
B4.4 e Zirconita, Dentre Pequeno ≥ 500 <
Outros, Para Uso Destiladas Capacidade 5.000
Industrial Não C1.8.1 (Aguardente, Instalada (l/Dia) Médio ≥ 5.000 < M
Especificado Whisky e 50.000
Anteriormente Outros) Grande ≥ 50.000
Anidrita, Barita, Pequeno ≥ 1.000 <
Bentonita, Calcário Pequeno < Fermentadas Capacidade 25.000
Conchífero, Produção 100.000 C1.8.2 (Vinhos, Instalada (l/Dia) Médio ≥ 25.000 < M
Calcário Calcitico, Bruta de Médio ≥ 100.000 < Cervejas e 500.000
B4.5 Calcita, Diatomita, Minério (t/Ano) 500.000 A
Outros) Grande ≥ 500.000
Gipsita, Magnesita Grande ≥ 500.000
e Talco Pequeno ≥ 10.000
Não Alcoólicas Capacidade < 100.000
DIVISÃO C: INDÚSTRIAS
C1.8.3 (Refrigerantes, Instalada (l/Dia) Médio ≥ 100.0000 P
Chá, Sucos e < 500.000
Grupo C1: Produtos Alimentícios e Assemelhados Assemelhados) Grande ≥ 500.000
Carne e Derivados Pequeno ≥ 10.000
C1.1
Capacidade < 100.000
C1.8.4 Água Mineral Instalada (l/Dia) Médio ≥ 100.0000 P
Pequeno ≥ 10 <
< 500.000
*Frigorífico e/ou 100 A
Grande ≥ 500.000
Abate de Bovinos, Médio ≥ 100 < 500
Equinos, Muares. Capacidade Grande ≥ 500 Alimentos diversos
C1.9
C1.1.1 Instalada Pequeno ≥ 50 <
*Frigorífico e/ou (Cabeças/ 300 Pequeno ≥ 50 <
Abate de Caprinos, Dia) Médio ≥ 300 < A Fabricação de Capacidade 500
Suinos. 1.000 C1.9.1 Ração Animal Instalada Médio ≥ 500 < P
Grande ≥ 1.000 (t de 5.000
Pequeno ≥ 1.000 < Produto/ Grande ≥ 5.000
Capacidade 10.000 Dia)
C1.1.2 *Abate de Aves Instalada Médio ≥ 10.000 < A Capacidade
(Cabeças/ 50.000 C1.9.2 Produção de gelo Instalada Pequeno ≥ 5 < 30 P
Dia) Grande ≥ 50.000 (t de Médio ≥ 30 < 60
Produto/Dia) Grande ≥ 60
Capacidade Pequeno ≥ 10 < 50
C1.2 Beneficiamento de Instalada (t de Médio ≥ 50 < 200 P Capacidade
Carnes Produto/Dia) Grande ≥ 200 C1.9.3 Torrefação de café Instalada Pequeno ≥ 1 < 10 P
(t de Médio ≥ 10 < 50
Capacidade Produto/Dia) Grande ≥ 50
Instalada Pequeno ≥ 10 < Aditivos p/
C1.2.1 Beneficiamento de (t de Produto/dia) 50 Médio ≥ 50 < P panificação Capacidade
Pescado 200 Grande ≥ 200 C1.9.4 (fermentos, Instalada Pequeno ≥ 1 < 30 P
leveduras, etc) e (t de Médio ≥ 30 < 100
misturas Produto/ Grande ≥ 100
Dia)

UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
C1.3 Laticínios
Pequeno ≥ 2.000 < Pequeno ≥ 0,5 < 1
Pasteurização e Capacidad 25.000 C1.9.5 Restaurante Área Total (ha) Médio ≥ 1 < 5 P
C1.3.1 Derivados do Leite e Instalada Médio ≥ 25.000 < P Grande ≥ 5
(l de Leite/ 250.000 Grupo C2: Produtos do Fumo
Dia) Grande ≥ 250.000
Conservas, Enlatados e Congelados de Frutas e Vegetais Processamento
C1.4 e Fabricação de Capacidade Pequeno ≥ 5.000 <
Industrialização C2.1Cigarros, Instalada (t/Ano) 50.000 P
de Frutas, Capacidade Pequeno ≥ 10 < 50 Cigarrilhas, Médio ≥ 50.000 <
C1.4.1 Verduras e Instalada (t de Médio ≥ 50 < 100 P Charutos e 200.000
Legumes Matéria Prima/ Grande ≥ 100 Assemelhados Grande ≥ 200.000
(Compotas, Dia) Grupo C3: Produtos Têxteis
Geléias, Polpas,
Doces, etc) Pequeno ≥ 10 <
Beneficiamento, Capacidade 100
C1.5 Cereais C3.1 Fiação ou Instalada Médio ≥ 100 < P
Fabricação de Tecelagem de (t de 1.000
Farinhas, Amidos, Capacidade Pequeno ≥ 5 < 100 Fibras Têxteis Produto/ Grande ≥ 1.000
C1.5.1 Féculas de Instalada (t de Médio ≥ 100 < 300 P Dia)
Cereais, Produto/Dia) Grande ≥ 300 Fabricação de artigos têxteis
Macarrão, C3.2
Biscoitos, pães e
Assemelhados Capacidade Pequeno ≥ 1.000 <
Capacidade Pequeno ≥ 5 < 50 Fabricação de Instalada (nº 10.000
C1.5.2 Instalada (t de Médio ≥ 50 < 500 M C3.2.1 Artigos Têxteis de Unidades Médio ≥ 10.000 < M
Industrialização da
Produto/Dia) Grande ≥ 500 com Lavagem e/ Processadas/ 100.000
Mandioca
ou Pintura Di a) Grande ≥ 100.000
Açúcar e Confeitaria Capacidade Pequeno ≥ 5.000 <
C1.6
Fabricação de Instalada (nº 20.000
Pequeno ≥ 1 < C3.3
Absorventes e de Unidades Médio ≥ 20.000 < P
Capacidade 250 Fraldas Processadas/ 300.000
C1.6.2 Fabricação de instalada Médio ≥ 250 <
balas, produtos de Descartáveis Dia) Grande ≥ 300.000
(t de Produto/dia) 500 P
açúcar, confeitaria Grande ≥ 500 Grupo C4: Madeira e Mobiliário
e assemelhados
Pequeno ≥ 1 < Desdobramento
Fabricação de Capacidade 250 (Pranchas,
C1.6.3 chocolate ede instalada Médio ≥ 250 < Dormentes e Pequeno ≥ 1.000
outros produtos de (t de Produto/dia) 500 P Pranchões), <10.000
cacau Grande ≥ 500 Fabricação de Capacidade Médio ≥ 10.000 <
C4.1 Madeira Instalada (m³/ 50.000 P
Óleos e Gorduras Vegetais
C1.7 Compensada, Ano) Grande ≥ 50.000
*Fabricação de Capacidade Pequeno ≥ 10 < Folheada e
C1.7.1 Óleos, Margarina Instalada (t de 250 A Laminada
e Outras Matéria Médio ≥ 250 < Fabricação de Artefatos de Madeira
Gorduras C4.2
Fabricação de Pequeno ≥ 500
Artefatos de Capacidade <10.000
C4.2.1 Madeira com Instalada (m³/ Médio ≥ 10.000 < M
Tratamento Ano) 50.000
(Pintura, Verniz, Grande ≥ 50.000

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UNIDADE POTENCIAL UNIDADE DE POTENCIAL


CÓDIGO TIPOLOGIA DE MEDIDA PORTE POLUIDOR CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR

Cola e Pequeno ≥ 500 <


Assemelhados) Fabricação de Número de Unidades 5.000
C8.4 Calçados, Bolsas, Produzidas (un/Dia) Médio ≥ 5.000 < P
Pequeno ≥ 700
Acessórios e 20.000
Fabricação de Capacidade <10.000
Semelhantes Grande ≥
C4.2.2 Artefatos de Instalada (m³/ Médio ≥ 10.000 < P 20.000
Madeira sem Ano) 50.000
Grande ≥ 50.000 Fabricação de
Tratamento Equipamentos e Número de Unidades Pequeno ≥ 500 <
Grupo C5: Papel e Produtos Semelhantes Acessórios para Produzidas (un/Dia) 5.000
Segurança e Médio ≥ 5.000 <
Pequeno < 10.000 C8.5 Proteção Pessoal 20.000 P
C5.2 Fabricação de Papel Capacid Médio ≥ 10.000 < A e Profissional Grande ≥
ade 50.000 20.000
Instalad Grande ≥ 50.000
a (t/Ano)
Grupo C9: Couro e Produtos de Couro
Fabricação de
Produtos de Papel Beneficiamento de
Ondulado, Cartolina, Capacidade Instalada Couros e Peles Sem
Papelão, Papel (t/Ano) Número de Unidades Pequeno < 500
C9.2 Uso de Produto Processadas (un/Dia) Médio ≥ 500 < 2000 M
Cartão ou Pequeno ≥ 200 < Químico (Salgadeira)
Semelhantes, Papel Grande ≥ 2.000
15.000
C5.3 Higiênico, Produtos Médio ≥ 15.000 < P
Para Uso Doméstico, 70.000 Pequeno ≥ 500 <
Bem Como Grande ≥ 70.000 Fabricação de 5.000
Embalagens. Número de Unidades
C9.3 Artigosde Couro Produzidas (un/Dia) Médio ≥ 5.000 < P
Grupo C6: Fabricação de Produtos Químicos 20.000
Grande ≥ 20.000
C6.6 Produtos de Limpeza, Polimento e Para Uso Sanitário
Grupo C10: Vidro, Pedra, Argila, Gesso, Mármore e Concreto
Fabricação e
Mistura de Capacid Pequeno ≥ 10 < Pequeno ≥ 50 <
C6.6.1 Produtos de ade 100 M Fabricação do Vidro Capacidade 200
Limpeza, Instalad Médio ≥ 100 < C10.1 Instalada (t/Dia) Médio ≥ 200 < M
Polimento ePara a (t/ 1.000 1.000
Uso Sanitário. Mês) Grande ≥ 1.000 Grande ≥ 1.000
Perfumes, Cosméticos e Preparados Para Higiene Pessoal
C6.7 Fabricação de Artefatos de Cimento, Fibroamianto, Fibra de vidro, Pó de Mármore e
C10.3 concreto
Fabricação e
Mistura de Capacid Pequeno ≥ 10 < Fabricação
C6.7.1 Perfumes, ade 100 M de Artefatos Capacidade Pequeno ≥ 10 <
Cosméticos e Instalad Médio ≥ 100 < C10.3.1 de Cimento, Instalada 100 P
PreparadosPara a (t/ 1.000 Pó de (t deMatéria Prima/ Médio ≥ 100 < 400
Higiene Pessoal Mês) Grande ≥ 1.000 Mármore e Dia) Grande ≥ 400
Concreto

Capacidade Pequeno < Fabricação de Artefatos de Barro e Cerâmica, Refratários, Pisos e Azulejos ou
Mistura deTintas, Instalada 200.000 C10.4 Semelhantes
Vernizes, Esmaltes, (l/Mês)
C6.8.1 Lacas, Solventes e Médio > 200.000 < M Fabricação de
C10.4.1 Capacidade Pequeno ≥ 1 < 100 M
Produtos 800.000 Artefatosde Barro e Instalada Médio ≥ 100 < 500
Cerâmica (t de Argila/Dia) Grande ≥ 500

UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA DE PORTE POLUIDOR
MEDI Pequeno <
DA Fabricação de Capacidade 250.000
Correlatosa base de Grande > 800.000 C10.4.2 Refratários, Pisos Instalada (m²/Mês) Médio ≥ 250.000 < A
C6.8.1 água e Azulejos ou 1.000.000
Semelhantes Grande ≥
Pequeno ≥ 10 <
1.000.000
C6.9 Velas Capacid 100 P
ade Médio ≥ 100 < 500 Capacidade
Instalad Grande ≥ 500 Fabricação de Instalada Pequeno ≥ 5 < 100
a (t/ C10.5 Gesso, Produtose (t deMatéria Prima/ Médio ≥ 100 < 500 M
Mês) Artefatos Dia) Grande ≥ 500
Grupo C7: Refino do Petróleo, Produção de Biodiesel e Produtos Relacionados
Pequeno <10.000 Capacidade
C7.2 Usina de Asfalto e Capacid Médio ≥ 10.000 < P Aparelhamento de Instalada Pequeno ≥ 5 < 30
Emulsão Asfáltica ade 100.000 C10.6 Mármore, Ardósia, (t deMatéria Prima/ Médio ≥ 30 < 200 M
Instalad Grande ≥ 100.000 Granito e Outras Dia) Grande ≥ 200
a (t/
Mês)
Capacidade Pequeno < 5.000
Pequeno ≥ 10 <
C7.3 ÓleoseGraxas Instalada de Médio ≥ 5.000 < M C10.7 M
Produção de Argamassa Volume de Produção 200
Lubrificantes Processamento 20.000
(t/Dia) Médio ≥ 200 < 600
(m³/Mês) Grande ≥ 20.000
Grande ≥ 600
Pequeno < 50.000
C7.4 Biocombustível Capacidade Médio ≥ 50.000 < A Capacidade
Instalada (m³/ 500.000 C10.8 *Fabricação de Cal e Instalada (t/dia) Pequeno ≥ 3 < 100 A
Ano) Grande ≥ 500.000 Assemelhados Médio ≥ 100 < 500
Grupo C8: Materiais de Borracha, de Plástico ou Sintéticos Grande ≥ 500
Pequeno < 5.000
C8.1 Beneficiamento de Médio ≥ 5.000 < A Grupo C11: Metalurgia de Metais Ferrosos e Não-Ferrosos e Fabricação e Acabamento de Produtos
Capacid
Borracha Natural 50.000 Metálicos
ade
Instalad Grande ≥ 50.000
a (t/Ano) Capacidade Instalada
Fabricação e Recondicionamento de Pneus e Câmaras de Ar Metalurgia e (t de Produto/Ano) Pequeno < 10.000
C8.2 C11.1 Fundição de Médio ≥ 10.000 < A
Metais 120.000
Pequeno < 10.000
Ferrosos Grande ≥ 120.000
C8.2.1 Fabricação de Capacidade Médio ≥ 10.000 < A
Pneuse Câmaras Instalada 280.000 Capacidade Instalada
de Ar (un/Mês) Grande ≥ 280.000 Metalurgia e (t de Produto/Ano) Pequeno < 10.000
Pequeno < 10.000 C11.2 Fundição de Metais Médio ≥ 10.000 < A
Recondicionamento Capacidade Médio ≥ 10.000 < Não Ferrosos 120.000
C8.2.2 de Pneus Instalada 280.000 M Grande ≥ 120.000
(Unidade/Mês) Grande ≥280.000 Capacidade Instalada
Metalurgia de (t de Produto/Ano) Pequeno < 5
C11.3 MetaisPreciosos Médio ≥ 5 <10 A
Fabricação de Artefatos Capacidade Instalada Grande ≥ 10
de Borracha ou Plástico (t/Ano) Pequeno < 5.000 M
(Baldes, PET, Elástico e Médio ≥ 5.000<
Assemelhados) 50.000 Capacidade Instalada
C8.3 Grande ≥ 50.000 Fabricação de (t de Produto/Ano) Pequeno < 10.000
C11.4 Soldase Anodos Médio ≥ 10.000 < A
30.000
Grande ≥ 30.000

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UNIDADE DE POTENCIAL UNIDADE DE POTENCIAL


CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR

Fabricação de Equipamentos de Transporte Aeroviário


C16.4
Grupo C12: Fabricação de Produtos Metálicos, Exceto Máquinas e Equipamentos Industriais e Comerciais
Fabricação e
C16.4.1 Montagem de Área Total (ha) Pequena < 50 M
Fabricação de Aeronaves Média ≥ 50 < 500
Tubos de Ferro e Capacidade Pequeno < 35.000 Grande ≥ 500
C12.1 Aço, Tonéis, instalada (t de Médio ≥ 35.000 < M
Estruturas Produto/Ano) 140.000
Metálicas e Grande ≥ 140.000 DIVISÃO D: TRANSPORTE
Semelhantes Grupo D1: Bases Operacionais
Bases Operacionais
Fabricação de Telas de Transporte
e Outros Artigos de Ferroviários, Aéreo
Arame, Ferragens, Capacidade Instalada de Cargas, Pequeno < 50
D1.1 Transportadora de Área Total (ha) Médio ≥ 50 < 500 M
Ferramentas de (t de Produto/Ano) Pequeno < 5000 Médio
Corte, Fios Metálicos ≥ 5.000 < 100.000 Passageiros e Grande ≥ 500
e Trefilados, Pregos, Grande ≥ 100.000 Cargas Não
C12.2 Tachas, Latas e M Perigosas
Tampas e
Semelhantes
Grupo D2: Transporte Aéreo
Bases Operacionais
de Transportadora
Grupo C13: Máquinas e Equipamentos Industriais e Comerciais de Produtos e/ou
Motores e Resíduos Área Total (ha)
Turbinas, Capacidade Perigosos, com Pequeno < 50
Pequeno < 20.000 D2.1 Lavagem Interna e/ M
C13.1 Máquinas, Peças, Instalada (un/mês) M Médio ≥ 50 < 500
Médio ≥ 20.000 < ou Externa
Acessórios e Grande ≥ 500
150.000
equipamentos Grande ≥ 150.000
DIVISÃO E: SERVIÇOS
Grupo C14: Equipamentos e Componentes Elétricos e Eletrônicos Grupo E1: Produção, Compressão, Estocagem e Distribuição de Gás Natural e GLP
Pequeno ≥ 1.000 < Pequeno < 10.000
Equipamentos Para Capacidade 5.000 E1.1 Estocagem de Gás Capacidade de Médio ≥ 10.000 < A
C14.1 Transmissão e Instalada (un/Mês) Médio ≥ 5.000 < M Natural Armazenament 100.000
Distribuição de 50.000 o (m3) Grande ≥ 100.000
Energia Elétrica Grande ≥ 50.000
Pequeno <
Estação de Custódia 1.000.000
E1.3 (Ponto de Entrega) Médio ≥ 1.000.000 A
Equipamentos Vazão (m3/dia) < 8.000.000
Elétricos Industriais, Grande ≥
Aparelhos 8.000.000
Eletrodomésticos,
Fabricação de Pequeno ≥ 5.000<
MateriaisElétricos, Pequeno ≥ 1.000 <
Capacidade Instalada 50.000 Estocagem de GLP Vasilhame 50.000
C14.2 Computadores, M E1.5 (unid.) Médio ≥ 50.000 < M
(un/Mês) Médio ≥ 50.000 <
Acessórios e 150.000 >
Equipamentos De 400.000
Grande ≥ 400.000 Grande ≥ 150.000
Escritório, Fabricação
de Componentes e
Acessórios
Eletrônicos ou

UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
Grupo E2: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia
Equipamentosde
Informática Construção de
Linhas de Pequeno ≥ 20 <
Pequeno ≥ E2.3 Distribuição de Extensão (Km) M
150
100.000 < 20.000.000 Energia Elétrica> Médio ≥ 150 < 750
Fabricação de Mídias Capacidade Médio ≥ 20.000.000 69 Kv Grande ≥ 750
C14.3 Virgens, Magnéticas e Instalada (un/Ano) < 100.000.000 M
Ópticas Grande ≥ 100.000.000
Geração de Área total Pequeno ≥ 1< 50
E2.7 Energia Solar da Usina Médio ≥ 50 <200 P
Grupo C15: Equipamentos e Materiais de Comunicação Fotovoltaica Solar Grande ≥ 200
instalada (ha)
Fabricação de
Centrais Telefônicas,
Equipamentos e Pequeno ≥ 1.000 < Grupo E3: Estocagem e Distribuição de Produtos
Acessórios de Radio Capacidade Instalada 50.000
C15.1 Telefonia e (un/Mês) Médio ≥ 50.000 < M Pequeno < 50.000
Fabricação e 400.000 Terminaisde minério Médio ≥ 50.000 <
E3.1 Capacidade de M
Montagem de Grande ≥ 400.000 100.000
Televisores Rádios e Armazenamento
(t) Grande ≥ 100.000
Sistemas de Som
Pequeno < 10.000
Grupo C16: Equipamentos de Transporte E3.3 Terminais de Capacidade de Médio ≥ 10.000 < P
produtosagrícolas Armazenamento 40.000
Fabricação de Veículos e Equipamentos de Transporte Rodoviário industrializados Grande ≥ 40.000
C16.3 (t)
Fabricação de
Montagem de Capacidade Pequeno <50.000
C16.3.1 Veículos Instalada (un/ Médio ≥ 50.000 M
Automotores, Ano) <300.000 Capacidade de
Trailers e Grande ≥ 300.000 Armazenamento
Postosde Venda de Pequeno < 600 m3
Semelhantes de Combustíveis
Gasolina e Outros Médio ≥ 600m³ < 900
Combustíveis Líquidos (m3) e m3
E3.4 de Combustíveis Grande ≥ 900 m3 M
C16.3.2 Fabricação de Triciclos e Motocicletas
LíquidosMais
Pequeno < GNV ou GNC
Fabricação e/ou Capacidade 100.000
C16.3.2.1 Montagem de Instalada (un/ Médio ≥ 100.000 < P Entrepostos
Motocicletas e Ano) 800.000 Aduaneiros de
Triciclos Grande ≥ 800.000 Produtos Não
Perigosos, Pequeno < 50
Pequeno < E3.5 Terminais de Médio ≥ 50 < 500 P
Fabricação de Bicicletas Capacidade 100.000 Estocagem e Área Total (ha) Grande ≥ 500
C16.3.3 Instalada (un/ Médio ≥ 100.000 < P Distribuição de
Ano) 800.000 Produtos Não
Grande ≥ 800.000 Perigosose Não
Classificados
Pequeno < 1000 Médio Grupo E4: Serviços de Abastecimento de Água
C16.3.4 Fabricação de Capacidade ≥ 1.000 < 8.000 P
Carrocerias Instalada (un/ Grande ≥ 8.000
Construção ou
Ano) Ampliação de Pequeno ≥ 0,5 <50
Sistema de Vazão Média (l/s) Médio ≥ 50 < 600
Abastecimento Grande ≥ 600
E4.1 Público de Água P
(Captação, Adução,
Tratamento,
Reservação)

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UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA DE MEDIDA PORTE POLUIDOR
Grupo E5: Serviços de esgotamento sanitário coleta, transporte, tratamento e disposição de esgotos Serviços de
domésticos (inclusive interceptores e emissários) Lavagem, Pequeno < 1
E11.6 Descontaminação e Área Total (ha) Médio ≥ 1 < 5 M
*Construção ou Manutenção de Grande ≥ 5
Ampliação de Tanques e
Sistema de Isotanques
Esgotamento Serviços de Pequeno <
Sanitário Pequeno ≥ 0,5 < 50 Britagem, Resíduos Capacidade 180.000
(Redes de Vazão Média (l/s) Médio ≥ 50 < 600 E11.7 da Construção Civil Instalada (t/ano) Médio ≥ 180.000 < M
Coleta, Grande ≥ 600 e Outros 720.000
E5.1 A
Interceptores, Grande ≥ 720.000
Tratamento e Serviços de
Disposição Manutenção; Pequeno ≥ 0,3 < 5
Final de E11.8 Lubrificação; Troca de Área Total (ha) Médio ≥ 5 < 10 P
Esgotos Óleo; Lavagem; Grande ≥ 10
Domésticos) Funilaria e Pintura
Grupo E6: Serviços de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos (coleta, transporte, Veicular
tratamento e disposição final) Número Pequeno ≥ 1000 Médio
E11.9 Lavanderias Doméstica de ≥ 3.000 < 8.000 P
Usinas de Unidades Grande ≥ 8.000
Compostagem e Quantidad Pequeno ≥ 5 < 30 Processad
E6.1 Triagem de e Operada Médio ≥ 30 < 200 M as (un/Dia)
Materiais e (t/dia) Grande ≥ 200 Pequeno ≥ 0,5 <
ResíduosUrbanos E11.10 Supermercados, Área Total (ha) 30 P
Reciclagem de Restaurante Médio ≥ 30 < 100
Materiais Metálicos, Grande ≥ 100
Triagem de Materiais Grupo E12: Serviços de Saúde
Recicláveis (Que Capacidade de Pequeno ≥ 2 < 6
E6.2 Inclua Pelo Menos Processamento Médio ≥ 6 < 20 P Pequeno ≥ 10 <
Uma Etapa do (t/Dia) Grande ≥ 20 100
Processo de E12.1 Hospitais/Clínicas Nº de Leitos Médio ≥ 100 < 200 M
Industrialização) Grande ≥ 200

Reciclagem de Pequeno ≥ 0,5< 2


Papel, Papelão e Capacidade Pequeno ≥ 2 < 50 Área Total (ha)
E6.3 Similares, Vidrose Instalada (t/dia) Médio ≥ 50 < 150 P P
de Materiais Grande ≥ 150 E12.2 Laboratórios Médio ≥ 2 < 5
Plásticos
Pequeno < 100
E6.4 Aterros Sanitários Médio ≥ 100 < 500 A Grande ≥ 5
Produção (t/dia)
Grande ≥ 500
Pequeno ≥ 5 < 20 DIVISÃO F: OBRAS CIVIS
E6.5 Áreasde Bota- Fora Área Total (ha) Médio ≥ 20 < 100 P Grupo F1: Infraestrutura de Transporte
Grande ≥ 100
ComplexosViários
(Implantação ou Pequeno < 100
Aterro de inertes Pequeno < 20 F1.1 Ampliação de Extensão (Km) Médio ≥ 100 < 500 A
E6.6 (Resíduos da Área Total (ha) Médio ≥ 20 < 100 P estradas, pontes e Grande ≥ 500
Construção Civil) Grande ≥ 100 afins)

UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
CÓDIGO TIPOLOGIA UNIDADE DE PORTE POTENCIAL
MEDIDA POLUIDOR
Grupo E9: Telefonia Celular Extensão (Km) Pequeno < 100
Pequeno < 1000 Médio F1.2 Ferrovias Médio ≥ 100 < 500 A
E9.1 Estações Rádio- Potência do ≥ 1.000 < 10.000 P Grande ≥ 500
Base de Telefonia Transmissor (W) Grande ≥ 10.000
Marinas,
Celular Atracadouros, Pequeno < 10
F1.5 Píer, Instalações Área Total (ha) Médio ≥ 10 < 50 M
Infraestrutura de de Manutenção Grande ≥ 50
Suporte de Rede Pequeno ≥ 5 < 150 de Embarcações
E9.2 de Extensão (Km) Médio ≥ 150 < 750 P e Similares
Telecomunições- Grande ≥ 750
MND Pequeno <
Área Total (ha) 100 Médio:
F1.6 Aeroportos ≥ 100 < 500 A
Grande ≥ 500
Infraestrutura de Pequeno ≥ 0,5 <
E9.3 Suporte de Rede Extensão (Km) 150 P Área Total Pequeno < 10
de Médio ≥ 150 < 750 F1.7 Autódromos e construída (ha) Médio ≥ 10 < 50 M
Telecomunições Grande ≥ 750 Aeródromos Grande ≥ 50
Pequeno < 20
Grupo E10: Serviços Funerários F1.8 Metrôs Extensão Médio ≥ 20 < 50 M
(Km) Grande ≥ 50
Pequeno < 5
E10.1 Cemitérios Área Útil (ha) Médio ≥ 5 < 30 P Pequeno < 100
Grande ≥ 30 F1.9 BRT/VLT Extensão Médio ≥ 100 < 500 A
(Km) Grande ≥ 500
Grupo E11: Outros Serviços Grupo F2: Barragens e Diques
Tinturaria e Número Pequeno < 3000 Médio Pequeno < 200
E11.1 Lavanderias de ≥ 3.000 < 8.000 M Barragens e Diques Área de Médio ≥ 200 <
Industrial/ Hospitalar Unidades Grande ≥ 8.000
Processad F2.1 Inundação (ha) 1.000 A
as (un/Dia) Grande ≥ 1.000
Grupo F3: Canais
Manutenção
Industrial, Área Construída (ha) Pequeno < 0,5
Pequeno < 2,0
E11.2 Jateamento, Pintura Médio ≥ 0,5< 5 M F3.1 Canais Vazão (m³/s) Médio ≥ 2,0 < 6,0 M
e Correlatos Grande ≥ 5 Grande ≥ 6,0
Grupo F4: Retificação de Cursos D´Água
Serviços de
calderaria, Pequeno < 0,5 Pequeno < 10
E11.3 usinagem, solda, Área utilizada (ha) Médio ≥ 0,5 < 40 M F4.1 Retificação de Extensão (Km) Médio ≥ 10 < 30 M
tratamento, e Grande ≥ 40 Cursos d´Água Grande ≥ 30
revestimento em Grupo F6: Uso da água
metais
Reservatórios e Área de Pequeno ≥ 1 ≤ 10
Serviços de Pequeno < F6.1 Aguadas inundação (ha) Médio > 10 < 40 M
Descontaminação Capacidade 220.000 Grande ≥ 400
E11.4 de Lâmpadas Instalada (un/Mês) Médio ≥ 220.000 < M
Fluorescentes ou 400.000
Reciclagem Grande ≥ 400.000
Pequeno ≥ 50 <
200
Concreto e Volume de Médio ≥ 200 <
Argamassa Produção 1.000
E11.5 (t/dia) Grande ≥ 1.000 P

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UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR ANEXO V
Pequeno ≥ 3.000 <

F6.2
Dragagem/
Desassoreamento
Volume
do
8.000
Médio ≥ 8.000 < M
INFRAÇÕES E PENALIDADES (UFM)
material 20.000
sólido Grande ≥ 20.000
(m³)
Grupo F7: Uso do solo
Pequeno ≥ 3.000 < VALOR
Terraplenagem, Volume 8.000 EM UFM
Nº INFRAÇÃO GRAU INCIDÊNCIA
F7.1 Escavações e do Médio ≥ 8.000 < M
Aterros material 20.000
sólido Grande ≥ 20.000
(m³) 1 Contra a Administração Ambiental
Grupo F8: Galpões e Canteiros de Obra
Pequeno ≥ 0,5 < Obstar ou dificultar a ação do Poder
F8.1 Galpões Área total (ha) 30 M 1.1 Público no exercício de atividades Grave
Médio ≥ 30 < 100 de fiscalização ambiental 230 a 11.536
Grande ≥ 100
Canteiros de
Obra Área de Descumprir embargo de obra ou
trabalho fixa e/ou 1.2 atividade por desatendimento da Gravíssima 2
legislação ambiental por m³ a cada
temporária, onde ocorrência
se desenvolvam Pequeno ≥ 0,5 <
as operações de Área total (ha) 30
Elaborar ou apresentar informação,
F8.2 apoio e execução Médio ≥ 30 < 100 P estudo, laudo ou relatório ambiental 230 a 23.072
de Grande ≥ 100
grandes obras, total ou parcialmente falso, enganoso
ou omisso, seja nos sistemas oficiais
desde que, essa
estrutura de controle, seja no licenciamento, na Grave
concessão florestal ou em qualquer
perpasse os
limites do 1.3 outro procedimento administrativo
empreendimento ambiental
DIVISÃO G: EMPREENDIMENTOS URBANÍSTICOS, TURÍSTICOS E DE LAZER
Grupo G1: Artes, Cultura, Esporte e Recreação
Deixar de cumprir compensação 1.153 a
Estádios de ambiental determinada por lei, na
Futebol, Parques Pequeno ≥ 0,5 < 115.362
1.4 forma e no prazo exigidos Gravíssima
G1.1 Temáticos, de Área Total (ha) 10 P pela
Diversão e de Médio ≥ 10 < 50 autoridade ambiental
Exposição, Grande ≥ 50
Jardins Botânicos
Grupo G2: Empreendimentos Urbanísticos Descumprir prazos para o atendimento
1.5 de exigências, esclarecimentos ou Leve 115 a
*Complexos condicionantes 1.153
G2.1 Turísticos e Área total (ha) Pequeno ≥ 5 < 100 A
Empreendimento Médio ≥ 100 < 500
s Hoteleiros Grande ≥ 500
Descumprir obrigações
Pequeno ≥ 1,0 < estabelecidas em termo de 230 a 11.536
G2.2 Parcelamento do Área total (ha) 50 M 1.6 compromisso firmado com o órgão Grave
Solo Médio ≥ 50 < 200 executor da Política Ambiental
Grande ≥ 200

UNIDADE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA DE MEDIDA PORTE POLUIDOR

Pequeno ≥ 0,5 <


Conjuntos Área total (ha) 50
G2.3 Habitacionais Médio ≥ 50 < 200 M VALOR EM
Grande ≥ 200
Nº INFRAÇÃO GRAU UFM INCIDÊNCIA

Pequeno ≥ 0,5 <


G2.4 Habitação de Área total 30 M 1 Contra a Administração Ambiental
Interesse Social (ha) Médio ≥ 30 < 100
Grande ≥ 100
Deixar de adotar, quando assim o exigir a
autoridade competente, medidas de
1.7 restauração, precaução Gravíssima 1,00 por m²/dia
Empreendimento ou contenção
Comercial, Área Total (ha) Pequeno ≥ 0,5 <
G2.5 Turístico, 30 M Causar danos grave ou irreverssível ao meio
Institucional ou Médio ≥ 30 < 100 ambiente decorrente da implantação do 2.307 a
Pluriresidencial 1.8 empreendimento ou Gravíssima
Grande ≥ 100 da realização da atividade 2.307.240
Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer
Conjunto de Pequeno ≥ 0,5 <
funcionar estabelecimentos, atividades, obras,
G2.6 lojas, Shopping Área Total (ha) 30 M empreendimentos ou serviços utilizadores de
Center, Casas de Médio ≥ 30 < 100 recursos ambientais, considerados efetiva ou
Shows e Grande ≥ 100 potencialmente poluidores, sem licença ou Grave
Espetáculos autorização dos órgãos ambientais 1.153 a
competentes, em desacordo com a licença por m²
obtida ou contrariando as normas legais 115.362
e regulamentos pertinentes
1.9

Desrespeitar diretrizes específicas de outros


órgãos ou entidades vinculados à gestão
ambiental, não isentando a aplicação de
1.10 outras penalidades previstas dos Leve 115 a 1.153
órgãos competentes
* Os empreendimentos e atividades com alto (A) potencial
poluidor, nos casos em que o porte for inferior ao pequeno,
deverão ser enquadrados na tipologia de licença
ambiental simplificada.

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Dados: 2024.02.15 16:49:29 -03'00'
Quinta-feira
15 de fevereiro de 2024 - Ano XXI
Nº 2324 - 2º Caderno - Página 36 de 38

Nº INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA


2 POLUIÇÃO
N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA
Deixar, aquele que tem obrigação, de dar
destinação ambientalmente adequada a 4 RECURSOS HÍDRICOS
produtos, subprodutos, embalagens, 230 a
2.1 resíduos ou substâncias quando Grave 115.362 Causar poluição hídrica de qualquer natureza 230 a
assim determinar a lei ou ato normativo
4.1 Gravíssima 115.362
Queimar resíduos sólidos ou rejeitos a céu
aberto ou em recipientes, instalações e 115 a Causar poluição hídrica que torne
2.2 equipamentos não licenciados para a Grave 23.072 necessária a interrupção do abastecimento 2.307 a
atividade 4.2 público de água de uma comunidade Gravíssima
Produzir, processar, embalar, importar, 230.724
exportar, comercializar, fornecer,
transportar, armazenar, guardar, ter em Promover a contaminação de água 11.536 a
depósito, usar, descartar ou abandonar 230 a subterrânea
produto ou substância tóxica, nociva ou Grave 115.362 4.3 Gravíssima 230.724
2.3 perigosa em desacordo com as exigências Contribuir de forma direta ou indireta para
estabelecidas em leis ou entupimento de bueiro ou de rede coletora,
em seus regulamentos alagamento de via e assoramento de
2.4 Realizar queimada de vegetação Gravíssima 2.307 a canais de drenagens e de rios
sem autorização. 23.072 4.4 Grave 69 a 2.307

2.7 Causar poluição atmosférica de Gravíssima 230 a


qualquer natureza 23.072

Promover o lançamento de poluentes no ar


sem o devido sistema de controle ou
2.8 contrariando as normas legais e Gravíssima 230 a
regulamentos pertinentes 230.724

N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNC


IA

4 RECURSOS HÍDRICOS
Nº INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA

2 POLUIÇÃO Lançar efluentes líquidos mesmo


Importar resíduos sólidos perigosos e 4.5 que tratado na rede de drenagem Gravíssim 138,00 por m³
rejeitos, bem como os resíduos sólidoscujas pluvial a
características causem dano ao meio
ambiente, à saúde pública e animal e à Lançar efluentes líquidos em
sanidade vegetal, ainda que para 115 a
2.9 tratamento, reforma, reuso, Gravíssima 4.6 desacordo com o exigido na Gravíssim 138,00 por m³
reutilização ou recuperação 2.307.240
legislação ambiental vigente a

Direcionar água pluvial para a rede


pública de esgotamento sanitário
4.7 Grave 138,00 por m³
Provocar pela emissão de efluentes
ou carreamento de materiais o 229 a
4.8 perecimento de espécimes Gravíssim
N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA da biodiversidade a 115.362
Cometer Infração que dificulte ou
3 SOLO/SUBSOLO 4.9 impeça o uso público das águas, Gravíssim
como praias, rios, lagos, lagoas a 230 a
Executar pesquisa, lavra ou
extração de minerais sem a 115.362
competente autorização, permissão, Promover aterro ou outras alterações
3.1 concessão ou licença da autoridade Grave 4.10 que causem danos aos corpos Gravíssim 138,00 por m²
ambiental competente ou 230 a
hídricos a
em desacordo com a obtida
11.536 Promover retificação, canalização e
Deixar de recuperar a área barramentos de corpos hídricos sem 230 a
pesquisada ou explorada, nos 4.11 autorização do órgão Grave
termos da autorização, permissão, por ambiental 115.362
licença, concessão ou determinação hectare competente
3.2 do órgão ambiental competente Grave 2.307,00 ou fração
Ocupar, modificar, edificar em áreas de 4.614 a por hectare
relevante interesse ambiental ou fração N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA
3.3 Gravíssim
23.724
a
Derramar no solo produto químico 5 FAUNA
classificado como não perigoso Praticar ato de maus-tratos contra
3.4 Leve 1,00 por m² ou m³ animais, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos,
Derramar no solo produto químico sendo entendido como toda e
classificado como perigoso
3.5 Grave 2,00 por m² ou m³ qualquer ação decorrente de Grave 115 a
imprudência, imperícia ou ato 2.307
5.1 voluntário e intencional, que atente
contra a saúde e necessidade
naturais, físicas e mentais, ferir
ou mutilar animais
N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA
Vender, capturar, através da
utilização de quaisquer métodos,
ainda que não seja para fins de 230 a
3 SOLO/SUBSOLO comercialização, animais silvestres
5.2 em todo território municipal Leve 11.536 por indivíduo
Comercializar produtos, instrumentos
Descartar, lançar resíduos sólidos, e objetos, sem autorização, Leve
entulho, líquidos ou detritos, em utilizados para a caça, perseguição, 115 a
desacordo com as exigências destruição ou apanha
estabelecidas em leis ou 5.3 de espécimes da fauna silvestre 11.536
3.6 atos normativos Grave 1,00 por m² ou m³
Apresentar em espetáculo circense
Jogar lixo em logradouros públicos, ou similar e festas urbanas que
ou espaços reconhecidos tenha como atrativo a exibição de
oficialmente pela administração do 5.4 animais de qualquer espécie que Leve 230 a por indivíduo
município, destinados ao uso possa ser caracterizada como maus 1.153
3.7 Leve 23 a 1.153
comum dos cidadãos e à circulação tratos
de veículos
5.5 Permanecer, manter, em clínicas Leve 115 a por indivíduo
veterinárias, animais com a função 2.307

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Quinta-feira
15 de fevereiro de 2024 - Ano XXI
Nº 2324 - 2º Caderno - Página 37 de 38

N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA

5 FAUNA N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA


de doar sangue para clientes que dele
necessitem
6 FLORA
Conduzir o animal em vias públicas sem o
uso de coleiras e guias adequadas ao seu Transformar madeira oriunda de floresta ou
tamanho e porte, comandado sempre por demais formas de vegetação nativa em
5.6 pessoa com idade e força Leve 115 a 692 por indivíduo carvão, para fins industriais, energéticos ou
suficiente para controlar seus para qualquer outra exploração, econômica por m³ de
movimentos ou não, sem licença ou em carvão(mdc)
6.12 desacordo com as Grave 184,00
determinações legais
Construir alojamento que possibilite a fuga
de animais gerando agressão a terceiros, Receber ou adquirir, para fins comerciais ou
bem como, deixar de afixar em local visível industriais, vender, expor a venda, ter em
5.7 ao público placa indicativa da Leve 230 a 2.307 depósito, transportar, ou guardar, madeira
existência de animal bravio no imóvel serrada ou em tora, lenha, carvão ou outros por unidade,
produtos de origem vegetal, desacobertado estéreo, quilo,
Utilizar qualquer método considerado cruel da licença outorgada pela autoridade mdcou m³
para o abate, como emprego de marreta, competente ou em desacordo com a aferido pelo
picada no bulbo (choupa), facada no mesma, e sem munir-se da via que deverá método
coração ou mutilação, bem como, abater 6.13 acompanhar o produto até final Grave 115,00 geométrico
fêmeas em período de gestação e de beneficiamento, viagem ou do
5.8 nascituros até a idade Gravíssima 115 a 2.307 por indivíduo armazenamento
de três meses de vida
Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por
Causar degradação em viveiros, qualquer modo ou meio, plantas de Leve 23 a 230 por unidade
5.9 açudesou estação de aquicultura de domínio Gravíssima ornamentação de logradouros públicos
público 1.153 a ou em propriedade privada alheia
115.362
6.14

6.15 Grave 2.307,00


Fazer uso de fogo em áreas agropastoris por hectare ou
sem autorização do fração
N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA

5 FAUNA

Pescar mediante a utilização de explosivos


ou substâncias que, em contato com a
água, produzam efeitos semelhantes, ou
N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA
5.10 substâncias tóxicas, ou ainda, por Gravíssima 230 a 6.921
outro meio proibido pela autoridade
competente

Realizar intervenção em área coberta por 6 FLORA


vegetação em desatendimento às normas
5.11 sobre o resgate e afugentamento de fauna. Gravíssima 2,00 por m²
órgão competente ou em desacordo com a
obtida

Realizar supressão de vegetação em


estágio médio e avançado de regeneração, 5.000 a por hectare ou
6.16 sem autorização do órgão responsável Gravíssima 100.000 fração

N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA


por unidade
6.17 Leve 115 a 1.153 ou metro
6 FLORA Comercializar vegetação nativa ou exótica cúbico
sem autorização
Destruir ou danificar florestas ou demais
formas de vegetação natural ou utilizá-las Gravíssima
sem autorização do órgão competente, 2.300 a por hectare ou
quando exigível, ou em desacordo com a fração
6.1 obtida 115.362
Impedir ou dificultar a regeneração natural
de florestas ou demais formas de vegetação 2.300 a11.536 N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA
nativa em regeneração que tenham sido
6.2 indicadas pela autoridade ambiental Grave 7 ORDENAMENTO URBANO E PATRIMÔNIO
competente. por hectare CULTURAL
ou fração Destruir, inutilizar ou deteriorar bem
Adquirir, intermediar, transportar ou 7.1 especialmente protegido por lei, ato Grave
6.3 comercializar produto ou subproduto de Grave administrativo ou decisão judicial 2.300 a
origem animal ou vegetal 230 a Por hectare ou 23.070
fração Destruir, inutilizar ou deteriorar arquivo,
11.536 registro, museu, biblioteca, pinacoteca,
instalação científica ou similar protegido 2.300 a
por lei, ato administrativo ou 23.070
7.2 decisão judicial Grave

N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA

6 FLORA N° INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA


Produzido sobre área objeto de embargo.
7 ORDENAMENTO URBANO E PATRIMÔNIO CULTURAL

Comercializar produtos que impliquem na Alterar o aspecto ou estrutura de edificação


6.4 destruição ou apanha de espécimes da flora Leve 70,00 por unidade ou local especialmente protegido por lei, ato
silvestre administrativo ou decisão judicial, em razão
de seu valor paisagístico, ecológico,
Corte não autorizado, derrubada ou morte turístico, artístico, histórico, cultural, Grave
provocada de árvore com DAP inferior por árvore, m³ ou religioso, arqueológico, etnográfico ou
6.5 a 08 cm (oito centímetros) Leve 115 a 800 fração 2.300 a46.144
7.3 monumental, sem autorização da autoridade
Corte não autorizado, derrubada ou morte competente ou em
provocada de árvore com DAP de 8 a 14 por árvore, m³ ou desacordo com a concedida
6.6 cm (oito a quatorze centímetros) Leve 150 a 1000 fração Pichar, grafitar ou por outro meio
7.4 Conspurcar edificação alheia ou Grave
Corte não autorizado, derrubada ou morte monumento urbano 230 a11.536
provocada de árvore com DAP superior a por árvore, m³ ou
6.7 14 cm (quatorze centímetros) Leve 180 a 1200 fração

Poda não autorizada pelo órgão gestor por árvore, m³ ou


competente fração
6.8 Leve 115 a 400

6.9
Agressão de árvore e utilização destas
para suporte de objetos, instalações e Leve 115,00
*O valor da multa considerará a classificação do
material publicitário por árvore, m³ ou
fração
empreendimento/atividade segundo porte e potencial
6.10
Plantar espécies arbóreas em área
Leve 115,00
poluidor.
pública sem autorização do órgão
competente por árvore, m³ ou
fração
Corte não autorizado de espécime imune por árvore, m³ ou
fração
6.11 Gravíssima 115,00

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ANEXO VI
ANEXO VII
ATOS ADMINISTRATIVOS SUJEITOS AO
PAGAMENTO DE TAXA
ENQUADRAMENTO PARA AUTORIZAÇÃO
SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO
N° Descrição Tipo Valores (R$)*

1 Alteração de Razão Social Fixo

2 Atendimento/Prorrogação/Revisão de Condicionantes Fixo


CÓDIGO TIPOLOGIA UNIDADE DE PORTE POTENCIAL
MEDIDA POLUIDOR
3 Autorização Fixo

4 Autorização Ambiental Fixo

5 Autorização para Poda ou Corte de Árvores Fixo


DIVISÃO A: SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO
6 Autorização para Supressão de Vegetação (ASV) – por metro cúbico ou Variável
hectare
Pequeno < 50
7 Baixa de Licença/Autorização Fixo A1 Supressão de Volume (m3) Médio ≥ 50 < 150
Vegetação Nativa Grande ≥ 300
8 Certidão Ambiental Fixo

9 Inexigibilidade de Licenciamento Ambiental Fixo


Supressão de Pequeno < 5
A2 Vegetação Nativa Área de supressão Médio ≥ 5 < 50
10 Licença Ambiental de Alteração (LA) – porte x potencial poluidor Variável sem (ha) Grande ≥ 50
rendimento
lenhoso
11 Licença Ambiental de Implantação (LAI) - porte x potencial poluidor Variável

12 Licença Ambiental de Operação (LAO) - porte x potencial poluidor Variável DIVISÃO B: ERRADICAÇÃO DE INDIVÍDUOS VEGETAIS

Erradicação de Pequeno < 20


B1 Indivíduos Número de Médio ≥ 20 ≤ 60
Vegetais Isolados indivíduos Grande < 60 ≤ 100

N° Descrição Tipo Valores (R$)*

13 Licença Ambiental Prévia (LAP) - porte x potencial poluidor Variável

14 Licença Ambiental Simplificada (LAS) - porte x potencial poluidor Variável

15 Licença Ambiental de Regularização - porte x potencial poluidor Variável


* Observadas as disposições da Lei Federal nº
16 Licença Específica para Exploração de Substâncias Minerais - por hectare Variável
11.428/2006 – Lei da Mata Atlântica.

17 Prorrogação de Licença/Autorização - porte x potencial poluidor Variável

18 Renovação de Licença Ambiental (RLA) - porte x potencial poluidor Variável

19 Transferência de Titularidade Fixo

20 Outros Serviços (2 Via de Certificado de LA, Retificação de LA, ASV, AA) Fixo

Diário Oficial Publicação da SEGOV

Destinado à publicação dos atos do Poder Executivo do Município de


Camaçari, Estado da Bahia. Antônio Elinaldo Araújo da Silva
Endereço: Rua Francisco Drumond, S/N - Centro Administrativo Prefeito
CEP: 42800-500 Camaçari - Bahia - Brasil
Tel.: (71) 3621-6685 / 6909 Textos - Editoração Eletrônica:
Edições on-line: www.camacari.ba.gov.br/arquivos/diario-oficial/
Assessoria de Atos e Documentação - SEGOV

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