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2º CADERNO
DIÁRIO Nº 2324/2024
DE 15 DE FEVEREIRO DE 2024
III- A orientação do processo de ordenamento territorial, VII - As normas e os padrões de qualidade ambiental e
respeitando as formas tradicionais de organização social, de emissão de efluentes líquidos e gasosos, de resíduos
suas técnicas de manejo ambiental, bem como, as áreas sólidos, bem como, de ruído e vibração;
de vulnerabilidade ambiental e a necessidade de VIII - O Autocontrole Ambiental;
racionalização do uso dos recursos naturais; IX- A Avaliação de Impactos Ambientais;
IV - A articulação e a integração entre as diversas esferas X - As Licenças e as Autorizações Ambientais;
de governo, bem como entre os diversos órgãos da XI - A Fiscalização Ambiental;
estrutura administrativa do Município, de modo a garantir XII - Os Instrumentos econômicos e tributários de
eficiência, eficácia, economicidade, transparência e gestão ambiental e de estímulo às atividades produtivas e
qualidade dos serviços prestados à população; socioculturais;
V - O estabelecimento de mecanismos de prevenção de XIII - A Cobrança pelo uso dos recursos ambientais;
danos ambientais e de responsabilidade socioambiental
pelos empreendedores, públicos ou privados, e o XIV - A Compensação Ambiental;
fortalecimento do autocontrole nos empreendimentos e
atividades com potencial de impacto sobre o meio XV - O Cadastro Municipal de Atividades
ambiente; Potencialmente Degradadoras ou Utilizadoras de
VI- O estímulo à incorporação da variável ambiental nas Recursos Naturais (CMAPD);
políticas setoriais de governo e pelo setor privado; XVI - A Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental
VII - O incentivo e o apoio à criação de organizações da (TCFA/Camaçari);
sociedade civil, objetivando sua efetiva participação na
gestão ambiental; XVII - Conferência Municipal de Meio Ambiente;
VIII- O fortalecimento do processo de educação ambiental
como forma de conscientização da sociedade para XVIII - O Pagamento por Serviços Ambientais;
viabilizar a proteção ambiental;
IX- A integração da gestão de meio ambiente e da Parágrafo único. Os planos, programas e projetos
biodiversidade com as políticas públicas municipais de setoriais de Meio Ambiente serão objeto de normatização
saúde, saneamento, habitação, uso do solo e específica, podendo estabelecer políticas próprias para
desenvolvimento urbano e outras de relevante interesse mudanças climáticas, remanescentes florestais,
social; arborização urbana, gerenciamento costeiro, gestão de
X - A maximização dos benefícios sociais e econômicos resíduos, saneamento ambiental, sem prejuízo de outros
resultantes do aproveitamento múltiplo e integrado do temas relacionados à gestão ambiental municipal.
meio ambiente, da biodiversidade e dos recursos hídricos;
XI- A utilização de instrumentos econômicos e tributários TÍTULO II
de estímulo ao uso racional e a conservação do meio
ambiente e da biodiversidade; DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
XII- O fortalecimento da gestão ambiental municipal; (SISMUMA) CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA
XIII - O estabelecimento de cooperação com outras
instituições, públicas e privadas, para a conservação e a Art. 7º O Sistema Municipal de Meio Ambiente
utilização sustentável da diversidade biológica; (SISMUMA), integrante do Sistema Estadual de Meio
XIV - A gestão compartilhada entre entes da esfera Ambiente (SISEMA) e do Sistema Nacional de Meio
federal, estadual e municipal; Ambiente (SISNAMA) é o conjunto de órgãos e entidades
públicas e privadas integrados para a preservação,
XV - A promoção e estímulo a celebração de convênios conservação, defesa, melhoria, recuperação, controle do
e acordos entre entidades públicas, privadas e meio ambiente e uso adequado dos recursos ambientais
organizações não governamentais, nacionais, do Município, consoante o disposto nesta Lei.
estrangeiras e internacionais, tendo em vista a
viabilização técnico-financeira visando à otimização da Art. 8º Integram o Sistema Municipal de Meio Ambiente:
gestão ambiental no município. I- Órgão Executor da Política Ambiental: órgão de
planejamento, coordenação, controle e execução da
CAPÍTULO II DOS INSTRUMENTOS Política Ambiental do Município;
II- Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM):
Art. 6º São instrumentos da Política Municipal de Meio órgão colegiado autônomo de caráter consultivo,
Ambiente: normativo, deliberativo e recursal da Política Ambiental;
I- Os Planos, Programas e Projetos Setoriais de Meio III - Outras secretarias e autarquias afins do Município,
Ambiente; definidas em ato do Poder Executivo.
II- O Sistema Municipal de Informações Ambientais; Parágrafo único. O COMAM é o órgão colegiado da
composição do SISMUMA, nos termos desta Lei.
III- A Educação Ambiental;
Art. 9º Os órgãos e entidades que compõem o SISMUMA
IV- A Avaliação e Monitoramento da Qualidade Ambiental; atuarão de forma harmônica e integrada, sob a
coordenação do órgão executor da Política Ambiental,
V - O Zoneamento Territorial Ambiental; observada a competência do COMAM.
II- Elaborar de forma participativa os planos e programas XXIII - Dar apoio técnico e administrativo ao Conselho
necessários para o fiel cumprimento das diretrizes e Municipal de Meio Ambiente (COMAM);
objetivos desta Lei; XXIV - Dar apoio técnico ao Ministério Público, nas
III- Coordenar as ações dos órgãos integrantes do suas ações institucionais em defesa do Meio Ambiente;
SISMUMA; XXV - Acompanhar a revisão e implementação do Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PDDU-
IV- Exercer o controle, o monitoramento e a avaliação dos S);
recursos naturais do Município; XXVI - Auxiliar na elaboração de estudos e programas de
V- Realizar o controle e o monitoramento das atividades saneamento, bem como, acompanhar implementação da
produtivas e dos prestadores de serviços quando potencial Política de Saneamento do município;
ou efetivamente poluidores ou degradadores do meio XXVII- Preservar, aproveitar e conservar as áreas verdes
ambiente; do município;
VI- Manifestar-se mediante estudos e pareceres técnicos
sobre questões de interesse ambiental para a população XXVIII - Planejar programas de reflorestamento;
do Município;
XXIX - Planejar programas de Preservação,
VII - Implementar as diretrizes da Política Ambiental conservação e uso sustentável dos recursos naturais,
municipal; dos ecossistemas e da biodiversidade.
XXX - Manter ativo e atualizado o cadastro multifinalitário
VIII - Promover a educação ambiental formal e informal; e o sistema de informações municipais;
XXXI - Executar outras atividades correlatas atribuídas
IX- Articular-se com organismos federais, estaduais, pela administração;
municipais e organizações não governamentais - ONG's,
para a execução coordenada e a obtenção de XXXII- Promover a divulgação ampla e irrestrita das
financiamentos para a implantação de programas relativos atividades do SISMUMA.
à preservação, conservação e recuperação dos recursos
ambientais, naturais ou não; CAPÍTULO III
X- Aplicar os recursos do Fundo Municipal de Meio
Ambiente, nos aspectos técnicos, administrativos e DO ÓRGÃO COLEGIADO
financeiros, segundo as diretrizes fixadas pelo COMAM;
XI- Apoiar as ações das organizações da sociedade civil Art. 12. Compete ao Conselho Municipal de Meio
que tenham a questão ambiental entre seus objetivos; Ambiente (COMAM):
XII- Propor a criação e gerenciar as unidades de
conservação, implementando os planos de manejo; I- Propor diretrizes e prioridades para elaboração da
XIII- Recomendar ao COMAM a criação de normas, Política de Meio Ambiente;
critérios, parâmetros, padrões, limites, índices e métodos
para o uso dos recursos ambientais do Município; II- Propor e apoiar programas, projetos e atividades de
XIV- Licenciar a localização, a instalação, a operação e a preservação, proteção, fiscalização e controle dos
ampliação dos empreendimentos e atividades de impacto recursos ambientais do Município;
local, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras III- Propor normas e medidas de controle, fiscalização e
ou degradadoras do meio ambiente; licenciamento das atividades com impacto direto aos
XV- Desenvolver com a participação dos órgãos e ecossistemas do Município;
entidades do SISMUMA, o zoneamento ambiental; IV- Sugerir a relocação de atividade ou empreendimento
XVI- Fixar diretrizes ambientais para elaboração de projetos utilizador de recursos ambientais considerados efetiva ou
de parcelamento do solo, bem como, para a instalação de potencialmente degradadores, quando localizados em
atividades e empreendimentos de coleta e disposição dos desconformidade com o zoneamento estabelecido;
resíduos; V- Apoiar a implementação de programas de educação
XVII- Promover as medidas administrativas e requerer as coletiva que objetivem o aumento do nível de
judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar os conscientização da comunidade acerca de temas
agentes poluidores e degradadores do meio ambiente; relacionados com o meio ambiente;
VI- Estimular campanhas educativas e de orientação governamentais municipais, sendo obrigatória a presença
pública em assuntos de proteção, preservação e de um representante do órgão executor da Política
fiscalização do meio ambiente; Ambiental;
VII- Zelar pela observância dos padrões de controle da II - 06 (seis) representantes da sociedade civil,
qualidade ambiental estabelecidos pela legislação; escolhidos em fóruns próprios, prioritariamente:
VIII- Apurar denúncias fundamentais, relativas à a) dois representantes de entidades ambientalistas;
ocorrência de degradação do meio ambiente ou de
ameaças à qualidade de vida dos munícipes; b) um representante indicado conjuntamente por
IX- Propor critérios de identificação das áreas de riscos associações de moradores;
ambientais, especialmente nos perímetros urbanos;
X- Identificar e comunicar as agressões ambientais c) um representante indicado conjuntamente por
ocorridas no Município, diligenciando no sentido de sua entidades sindicais de trabalhadores sediadas no
apuração e sugerindo aos poderes públicos as medidas Município;
cabíveis e contribuindo, em caso de emergência, para a d) um representante da comunidade científica,
mobilização da comunidade; indicado conjuntamente pelos estabelecimentos de
XI - Propor normas técnicas para a definição de limites ensino superior público ou privado;
máximos permitidos dos parâmetros dos efluentes de e) um representante dos trabalhadores do setor de
indústrias já instaladas ou que venham a se instalar no atividades primárias.
município;
XII - Compor o órgão julgador de segunda instância no III - 06 (seis) representantes do setor produtivo,
Município. escolhidos em fóruns próprios, prioritariamente:
a) um representante do setor da agricultura;
XIII - Criar e extinguir câmaras técnicas;
b) um representante do setor de pesca;
XIV - Propor a uniformização de técnicas de trabalho a
serem adotadas no Município para o controle, preservação c) dois representantes do setor da indústria;
e proteção do meio ambiente, em colaboração com o
órgão executor da Política Municipal de Meio Ambiente; d) um representante do setor do comercio;
XV - Estimular a celebração de convênios e acordos
com entidades públicas ou privadas, nacionais ou e) um representante do setor de serviços.
estrangeiras, para o bom desenvolvimento dos seus
trabalhos; §1º Poderão participar das reuniões do COMAM, nos
XVI - Elaborar e aprovar seu Regimento Interno, termos do regulamento, com direito a voz, mas sem direito
estabelecendo competências, atribuições e forma de a voto, representantes do Ministério Público, Poder
funcionamento, dentre outras atividades, devendo ser Judiciário, Conselho Estadual de Meio Ambiente
homologado por ato do Chefe do Poder Executivo (CEPRAM), Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Municipal; Hídricos (INEMA), outros representantes do Poder
XVII - Aprovar, em conjunto com o órgão executor da Público, de Universidades e de outras entidades, sendo a
Política Ambiental, normas técnicas, visando orientar participação presencial limitada à capacidade do espaço
quanto à elaboração e execução dos Planos de físico de realização da reunião.
Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD;
XVIII - Apresentar sugestão para reformulações ou §2º Os ocupantes de cargos em comissão, na
adequações de Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Administração Pública Municipal, não poderão ser
Sustentável no que concerne às questões ambientais e ao nomeados para integrar o conselho Municipal de Meio
Patrimônio natural do Município; ambiente como representantes de entidades não
XIX - Fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo governamentais.
Municipal de Meio Ambiente (FMMA); §3º Na ausência de representantes indicados nos incisos
XX - Recomendar ao Chefe do Poder Executivo II e III, poderá ser indicado representante de outro
Municipal, por aprovação da maioria absoluta dos segmento.
conselheiros, a perda ou suspensão de benefícios e §4º Não havendo representantes em número previsto no
incentivos de natureza fiscal e econômica, por motivos de caput desse artigo, será lícita a instalação e funcionamento
infração à legislação ambiental; do Conselho com quantitativo inferior, com mínimo de 12
XXI – Aprovar, em conjunto com o órgão executor da membros, desde que mantida a paridade e se busque a
Política Ambiental, normas e diretrizes para complementação do quadro.
reconhecimento de unidades de conservação de domínio
municipal; Art. 14. O Prefeito do Município nomeará os membros
XXII - Avocar, mediante ato devidamente motivado, titulares e suplentes do COMAM, a serem escolhidos da
aprovado por maioria simples, para se manifestar sobre seguinte forma:
processos de licenciamento de atividades ou I - Os representantes do Poder Público Municipal,
empreendimentos enquadrados nas Classes 5 e 6. indicados pelos titulares das secretarias participantes;
II - Os representantes da sociedade civil, escolhidos
Art. 13. O Conselho Municipal de Meio Ambiente por seus pares, preferentemente na Conferência Municipal
(COMAM), composto por 18 (dezoito) membros e de Meio Ambiente ou em reunião especialmente
respectivos suplentes, sendo seis representantes de convocada para tal finalidade, nos termos do disposto em
entidades governamentais, seis da sociedade civil e seis regulamento;
do setor produtivo, assegurando participação tripartite e III - Os representantes do setor produtivo, indicados
paritária, assim constituído: pelas respectivas entidades que os representem, nos
I - 06 (seis) representantes das entidades termos do disposto em regulamento.
§1º Cada representação do COMAM deverá contar com III- Celebrar convênios, acordos ou contratos, observada a
um membro titular e até dois suplentes. legislação pertinente, com entidades públicas ou privadas,
§2º Os membros do colegiado e seus suplentes terão visando à execução das atividades custeadas com o
mandato de dois anos, sendo permitida a recondução por recurso do Fundo;
igual período. IV- Ordenar despesas com recursos do Fundo, respeitada
§3º O mandato do membro do COMAM é considerado a legislação pertinente;
serviço relevante para o Município e não será V - Prestar contas dos recursos do Fundo ao
remunerado. Conselho Municipal de Meio Ambiente e aos órgãos
§4º Poderá ser disponibilizada ajuda de custo para competentes;
despesas exclusivamente relacionadas às reuniões VI - Abrir conta bancária específica para recolhimento
presenciais do Conselho ou outros eventos presenciais dos recursos do Fundo.
em que o conselho precise estar representado para o
exercício de suas funções institucionais. TÍTULO III
DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE (FMMA) §1º O SMIA será alimentado por dados e informações
produzidos pelos órgãos do Sistema Municipal de Meio
Art. 18. O Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA) de Ambiente (SISMUMA), pelos demais órgãos e entidades
Camaçari tem como objetivo custear a execução da integrantes da Administração Pública, pelas organizações
Política Municipal de Meio Ambiente, constituído das não governamentais e instituições privadas.
receitas provenientes de: §2º O SMIA também reunirá o registro e o andamento de
I- Multas administrativas; atos da fiscalização, do licenciamento e da compensação
ambiental, além da gestão dos espaços previstos no
II- Compensação ambiental oriundo do licenciamento Sistema de Áreas de Valor Ambiental (SAVAM) e dos
ambiental de empreendimentos de atividades de programas e projetos ambientais.
significativo impacto para o meio ambiente; Art. 21. As informações do SMIA serão públicas,
III- Recursos obtidos a partir da visitação ou exploração ressalvadas as protegidas por sigilo, assim demonstrado e
das Unidades de Conservação de Domínio Municipal; comprovado pelos interessados, respeitando-se as
IV- Conversão de multa, correspondente aos percentuais normas sobre direito autoral e propriedade industrial.
aplicados na suspensão ou conversão do valor de Parágrafo único. Os dados e informações produzidos por
autuações administrativas objeto de Termo de entidades privadas ou por organizações não
Compromisso Ambiental celebrado com o órgão executor governamentais, com a participação de recursos públicos,
da Política Ambiental; deverão ser disponibilizados ao SMIA, sem ônus para o
V- Doações; Poder Público.
Art. 22. Deverão constar do SMIA e ficar disponíveis para
VI - Convênios com entidades públicas ou privadas, acesso ao público, listagens e relações contendo os
nacionais ou internacionais, para implementação e seguintes dados:
manutenção da Política Municipal de Meio Ambiente; I- Pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva
VII - Participação de editais nacionais ou internacionais; concessão;
Parágrafo único. Os recursos aludidos neste artigo serão III- Lavratura de termos de compromisso;
depositados na conta do Fundo Municipal de Meio
Ambiente (FMMA), geridos pelo órgão executor da Política IV- Recursos interpostos em processo administrativo
Ambiental e fiscalizados pelo COMAM. ambiental e respectivas decisões;
Art. 19. O órgão executor da Política Ambiental terá as V- O Cadastro Municipal de Atividades Potencialmente
seguintes atribuições relacionadas ao FMMA: Degradadoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais
I- Informar receitas do Fundo, com as respectivas (CMAPD).
rubricas, submetendo-os à apreciação do Conselho Art. 23. O SMIA deverá integrar o Sistema Estadual de
Municipal de Meio Ambiente, antes de seu Informações Ambientais (SEIA), bem como, o Sistema
encaminhamento às autoridades competentes; Nacional de Informações sobre Meio Ambiente (SISNIMA)
II- Organizar o cronograma de execução financeira do visando a gestão compartilhada da informação ambiental
Plano Anual de Trabalho, de acordo com os critérios e para fortalecimento do Sistema Nacional de Meio
prioridades definidas pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (SISNAMA).
Ambiente;
Art. 24. O SMIA deverá ser integrado a outros sistemas §3º Os empreendimentos e atividades sujeitos ao
municipais que detenham dados que possam, sob atendimento de índices e padrões de qualidade ambiental
qualquer forma, auxiliar na gestão dos recursos deverão realizar o automonitoramento nos termos
ambientais do município. exigidos em lei, normas regulamentares e atos
autorizativos, devendo disponibilizar os dados gerados
CAPÍTULO II para o poder público, conforme exigido.
§4º Os dados e informações decorrentes do
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL automonitoramento poderão, a critério do poder público,
integrar o sistema municipal de informações ambientais.
Art. 25. O Poder Público implantará a Política Municipal Art. 28. Para a garantia das condições ambientais
de Educação Ambiental (PMEA), visando promover o adequadas à vida, em todas as suas formas, serão
conhecimento, o desenvolvimento de atitudes e de estabelecidos padrões de qualidade ambiental e de
habilidades necessárias à preservação ambiental e emissão de poluentes, conforme disposições
melhoria da qualidade de vida, com base nos princípios regulamentares.
da legislação estadual e federal pertinentes. Art. 29. Os padrões de qualidade ambiental são os
§1º O estabelecimento de programas, projetos e ações valores de concentrações máximas toleráveis no ambiente
contínuas e interdisciplinares, dar-se-á em todos os níveis para cada poluente, de modo a resguardar a saúde
de ensino, no âmbito formal e não formal, garantindo a humana, a fauna, a flora, as atividades econômicas e o
transversalidade da temática ambiental, na sociedade e meio ambiente em geral.
nos diversos órgãos e secretarias do Município. §1º Os padrões de qualidade ambiental deverão ser
§2º Nos empreendimentos e atividades nos quais sejam expressos, quantitativamente, indicando as concentrações
exigidos Programa de Educação Ambiental (PEA) como máximas de poluentes suportáveis em determinados
condicionante de licença, os respectivos responsáveis ambientes, devendo ser respeitados os indicadores
devem atender às orientações do Termo de Referência ambientais de condições de autodepuração do corpo
específico aprovado pelo órgão executor da Política receptor.
Ambiental.
Art. 26. Fica instituída a Comissão de Educação Ambiental §2º Os padrões de qualidade ambiental incluirão, entre
(CEA), fórum permanente de discussão da Educação outros, a qualidade do ar, das águas, do solo e a emissão
Ambiental Municipal, composta por representantes do de ruídos.
poder público, inclusive dos órgãos de gestão ambiental e §3º O controle das emissões sonoras no perímetro urbano
da secretaria de educação, tendo como missão propor as do Município será definido em atos normativos
diretrizes da Política e do Plano Municipal de Educação específicos, dispondo sobre níveis e horários permitidos.
Ambiental, coordenando e interligando as atividades Art. 30. Os padrões e parâmetros de emissão e de
relacionadas a essa temática, competindo-lhe: qualidade ambiental são aqueles estabelecidos pelos
I- Promover a Educação Ambiental a partir das Poderes Públicos Estadual e Federal, podendo o COMAM
recomendações da legislação pertinente e de deliberações estabelecer padrões próprios, mais restritivos, ou
oriundas de conferências oficiais de meio ambiente e de acrescentar padrões para parâmetros não fixados,
educação ambiental; fundamentados em parecer consubstanciado
II- Propor programas de Educação Ambiental encaminhado pelo órgão executor da Política Ambiental.
considerando a diversidade local; Art. 31. Os órgãos competentes devem monitorar as
condições do ar, do solo e dos corpos d'água para avaliar
III- Apoiar técnica, científica e institucionalmente as ações se estão sendo atendidos os padrões e metas
de Educação Ambiental. estabelecidos e exigir a adoção das providências
pertinentes.
CAPÍTULO III §1º As informações decorrentes do monitoramento
realizado pelo poder público deverão integrar o sistema
DA QUALIDADE AMBIENTAL E DO MONITORAMENTO municipal de informações ambientais.
§2º Para realizar o quanto previsto no caput, o poder
Art. 27. Ficam proibidos o lançamento, a liberação e a público poderá se valer de ferramentas tecnológicas como
disposição de poluentes no ar, no solo, no subsolo, nas monitoramento remoto, e sistemas de informação
águas interiores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas, geográfica (GIS).
e no mar territorial, em desconformidade com normas e Art. 32. É vedada a ligação de esgotos ou o lançamento
padrões estabelecidos, bem como, qualquer outra forma de efluentes de qualquer natureza à rede pública de
de degradação decorrente da utilização dos recursos águas pluviais.
ambientais. §1º Nos logradouros com rede coletora instalada, é
§1º Os empreendimentos e atividades com potencial de obrigatória a ligação dos efluentes sanitários, de qualquer
causar degradação ambiental ficam obrigados a possuir natureza, à rede de esgotamento sanitário.
equipamentos ou sistemas de controle ambiental e a adotar §2º Inexistindo rede coletora instalada, deverá ser
medidas de segurança para evitar riscos ou efetiva instalada solução individual de tratamento e disposição
degradação ambiental e outros efeitos indesejáveis ao final, que deve ser aprovada pelos órgãos competentes.
bem-estar dos trabalhadores, da comunidade, e a §3º No caso de descumprimento ao previsto neste artigo,
apresentar ao órgão ambiental competente, quando o órgão ambiental competente deverá aplicar as
exigido, planos de controle e de gerenciamento de risco. penalidades administrativas cabíveis, conforme a infração
§2º Os responsáveis pelas fontes degradadoras deverão praticada, e notificar o fato ao órgão público municipal ou
fornecer ao órgão ambiental competente, quando exigido, à concessionária.
informações sobre suas atividades e sistemas de Art. 33. O órgão ambiental competente determinará a
produção, acompanhadas dos estudos e documentos adoção de medidas emergenciais visando à redução ou à
técnicos. paralisação das atividades degradadoras, após prévia
Art. 34. A Política Municipal de Meio Ambiente deverá Art. 40. Os empreendimentos e atividades, públicos ou
estar integrada com as ações de saneamento ambiental privados, bem como, planos, programas, projetos e
previstas no Plano Municipal de Saneamento Básico políticas públicas setoriais, suscetíveis de causar impacto
Art. 35. As fontes geradoras de resíduos sólidos deverão no meio ambiente, devem ser objeto de avaliação de
elaborar, obrigatoriamente, o Plano de Gerenciamento de impactos ambientais.
Resíduos Sólidos (PGRS), contendo a estratégia geral Art. 41. A avaliação de impacto ambiental é resultante do
para o gerenciamento dos resíduos, abrangendo todas as conjunto de instrumentos e procedimentos à disposição do
suas etapas, inclusive aquelas referentes à Redução, Poder Público Municipal que possibilita a análise e
Reutilização e Reciclagem (3R's), especificando as ações interpretação de impactos sobre a saúde, o bem-estar da
a serem implementadas com vistas à conservação e população, a economia e o equilíbrio ambiental,
recuperação de recursos naturais, de acordo com as compreendendo:
normas pertinentes. I- A consideração da variável ambiental nas políticas,
Art. 36. Os responsáveis pelos empreendimentos e planos, programas ou projetos que possam resultar em
atividades instalados ou que venham a se instalar no impacto referido no caput;
Município respondem, independentemente de dolo ou II- A elaboração de estudo ambiental para atividades de
culpa, pelos danos causados ao meio ambiente pelo pequeno e médio impacto, para a implantação de
acondicionamento, estocagem, transporte, tratamento e empreendimentos ou atividades de significativo impacto
disposição final de resíduos, mesmo após sua ambiental, na forma da lei.
transferência a terceiros. Art. 42. É de competência do órgão executor da Política
§1º A responsabilidade do gerador não exime a do Ambiental a exigência do estudo ambiental para o
transportador e a do receptor do resíduo pelos incidentes licenciamento de empreendimentos ou atividades
ocorridos durante o transporte ou em suas instalações, potencial ou efetivamente degradadoras do meio ambiente,
que causem degradação ambiental. ou que possam causar interferência na comunidade do
§2º Desde que devidamente aprovada pelo órgão entorno, respectivamente, bem como, sua deliberação
ambiental competente, a utilização de resíduos por final, a qual se dará publicidade.
terceiros, como matéria-prima ou insumo, fará cessar a §1º A ampliação ou modificação de empreendimentos e
responsabilidade do gerador. atividades já existentes, que causarem impacto adicional
§3º O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos significativo, sujeitam-se às exigências previstas no caput
Sólidos será estabelecido em norma específica, devendo deste artigo e, quando couber, ficam obrigadas à
observar o disposto nesta Lei. correspondente Compensação Ambiental.
Art. 37. Os responsáveis pela degradação ambiental são §2º Quando a atividade ou empreendimento não for
obrigados a recuperar as áreas degradadas, sem prejuízo potencialmente causador de significativa degradação do
de outras responsabilidades administrativas legalmente meio ambiente ou interferência na comunidade do
estabelecidas, com a adoção de medidas adequadas para entorno, o órgão executor da Política Ambiental poderá
recuperação do solo, da vegetação ou das águas e à exigir outros estudos ambientais necessários à informação
redução dos riscos ambientais para que se possa dar e instrução do processo de licenciamento, se for o caso.
nova destinação à área. Art. 43. O estudo ambiental, além de observar os demais
Parágrafo único. As medidas de que trata este artigo dispositivos desta Lei, obedecerá às seguintes diretrizes
deverão constar do Plano de Recuperação de Áreas gerais:
Degradadas (PRAD) a ser submetido à aprovação da I- Contemplar as alternativas tecnológicas apropriadas;
autoridade ambiental competente.
Art. 38. São considerados responsáveis solidários pela II- Definir os limites da área geográfica a ser direta ou
prevenção e recuperação de uma área degradada: indiretamente afetada pelos impactos;
III- Realizar o diagnóstico ambiental da área de influência
I- O causador da degradação e seus sucessores; do empreendimento, com completa descrição e análise
dos recursos ambientais e suas interações, tal como
II - O adquirente, o proprietário ou o possuidor da área ou existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da
do empreendimento; região, antes da implantação do empreendimento;
IV- Identificar e avaliar sistematicamente os impactos
III - Os que aufiram benefícios econômicos, diretos ou ambientais que serão gerados pelo empreendimento nas
indiretos, decorrentes da atividade causadora da suas fases de planejamento, pesquisa, localização,
degradação ambiental e contribuam para sua ocorrência instalação, operação ou utilização de recursos ambientais;
ou agravamento. V- Considerar os planos e programas governamentais
existentes e a implantação na área de influência do
Art. 39. Sem prejuízo do disposto na legislação federal empreendimento e a sua compatibilidade;
pertinente, os empreendimentos e atividades produtoras, VI - Definir medidas mitigadoras e compensatórias para os
montadoras ou manipuladoras, bem como, as impactos negativos, bem como, medidas de maximização
importadoras, que forem elencadas nas disposições dos impactos positivos decorrentes do empreendimento;
regulamentares desta Lei, são responsáveis pela
destinação final das embalagens e produtos pós-consumo VII - Elaborar programa de acompanhamento e
perigosos, devendo destiná-los à reutilização, reciclagem monitoramento dos impactos positivos e negativos,
ou inutilização. indicando a frequência, os fatores e parâmetros a serem
considerados, que devem ser mensuráveis e ter
interpretações inequívocas.
§1º Os impactos ambientais devem ser classificados instalados em áreas que dispõem de zoneamento
quanto à natureza, incidência, permanência, específico poderão ter procedimentos especiais de
temporalidade, reversibilidade, abrangência e magnitude. licenciamento ambiental.
§2º Poderá ser dada publicidade aos documentos Art. 50. A definição das poligonais e normas aplicáveis se
integrantes do estudo ambiental de médio impacto, que dará por lei específica, e deverá atingir os objetivos
ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do expressos neste Código.
Poder Público municipal, por qualquer interessado.
Art. 44. O órgão executor da Política Ambiental deverá CAPÍTULO VI
elaborar e aprovar os Termos de Referência em
observância com as características do empreendimento e DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
do meio ambiente a ser afetado, cujas instruções
orientarão a elaboração do estudo ambiental para Art. 51. A localização, implantação, operação e alteração
atividades de pequeno e médio impacto, contendo prazos, de empreendimentos e atividades que utilizem recursos
normas e procedimentos a serem adotados. ambientais dependerão de prévio licenciamento
Parágrafo único. Poderão ser realizadas audiências ambiental, na forma dos dispositivos desta Lei e demais
públicas para subsidiar o licenciamento ambiental de normas dela decorrentes.
empreendimentos e atividades cujos impactos justifiquem Art. 52. O procedimento de licenciamento ambiental
a sua realização, conforme avaliação do órgão executor considerará a natureza e o porte dos empreendimentos e
da Política Ambiental. atividades, as características do ecossistema e a
Art. 45. O diagnóstico ambiental, assim como, a análise capacidade de suporte dos recursos ambientais
dos impactos ambientais, deverão considerar o meio envolvidos.
ambiente da seguinte forma: Art. 53. O órgão executor da Política Ambiental expedirá
I- Meio abiótico: o solo, o subsolo, as águas, o ar e o as seguintes licenças, sem prejuízo de outras
clima, com destaque para os recursos minerais, a modalidades previstas em normas complementares a esta
topografia, a paisagem, os tipos e aptidões do solo, os Lei:
corpos d'água, o regime hidrológico, as correntes I- Licença Ambiental Prévia (LAP): concedida na fase
marinhas e as correntes atmosféricas; preliminar do planejamento do empreendimento ou
II- Meio biótico: todas as formas de vida presentes em um atividade, aprovando sua localização e concepção,
determinado local, incluindo a flora e a fauna, com atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
destaque para as espécies indicadoras da qualidade requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas
ambiental, de valor científico e econômico, raras e próximas fases de sua implementação;
ameaçadas de extinção, em extinção e os ecossistemas II- Licença Ambiental de Implantação (LAI): concedida
naturais; para a implantação do empreendimento ou atividade, de
III- Meio antrópico: ambiente natural modificado pelo ser acordo com as especificações constantes dos planos,
humano, onde ganham relevo os aspectos programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de
socioeconômicos, incluindo ainda os sítios e monumentos controle ambiental e demais condicionamentos;
arqueológicos, históricos, culturais e ambientais e a III- Licença Ambiental de Operação (LAO): concedida para
potencial utilização futura desses recursos. a operação da atividade ou empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento das exigências
Parágrafo único. No diagnóstico ambiental, os fatores constantes das licenças anteriores e estabelecimento das
ambientais devem ser analisados de forma integrada, condições e procedimentos a serem observados para
mostrando a interação entre eles e a sua essa operação;
interdependência. IV- Licença Ambiental de Alteração (LA): concedida para a
ampliação ou modificação de empreendimento, atividade
CAPÍTULO V ou processo regularmente existente;
V- Licença Ambiental Simplificada (LAS): concedida para
DO ZONEAMENTO AMBIENTAL empreendimentos classificados como pequeno porte,
excetuando-se aqueles considerados de potencial risco à
Art. 46. O Zoneamento Ambiental Municipal, elaborado saúde humana;
pelo Poder Público com a participação da sociedade civil, VI- Licença Ambiental de Regularização (LAR): concedida
tem por objetivo promover a utilização racional dos para regularização de atividades ou empreendimentos em
recursos ambientais de forma a harmonizar a Política instalação ou funcionamento, existentes até a data da
Ambiental, de proteção à biodiversidade e de recursos regulamentação desta Lei, mediante a apresentação de
hídricos, com outras políticas públicas. estudos ambiental e comprovação da recuperação e/ou
Parágrafo único. O zoneamento ambiental municipal compensação ambiental de seu passivo, caso não haja
constitui um dos instrumentos de gestão para subsidiar os risco à saúde da população e dos trabalhadores;
planos de desenvolvimento e uso do território do VII - Autorização Ambiental (AA): concedida para
Município. empreendimentos, serviços, atividades e pesquisas que
Art. 47. O zoneamento Ambiental consiste no não impliquem na implantação de estruturas permanentes.
estabelecimento de regras especiais para a ocupação, §1º A critério do órgão executor da Política Ambiental
prática de atividades, uso do solo e dos recursos poderá ser expedida a Licença Prévia de Operação (LPO),
ambientais em determinadas áreas do território do válida por 180 (cento e oitenta) dias, quando necessária a
Município, com o objetivo de propiciar a proteção e avaliação da eficiência das medidas adotadas pela
melhoria da qualidade do ambiente, considerando as atividade na fase inicial de operação.
características ou atributos das áreas. §2º Para os empreendimentos e atividades não passíveis
Art. 48. O zoneamento Ambiental deverá ser elaborado de licenciamento ambiental em virtude do seu porte, será
em consonância com o Zoneamento Territorial Municipal. exigida a obtenção de dispensa perante o órgão executor
Art. 49. Os empreendimentos e atividades a serem da Política Ambiental,
§3º Caberá ao órgão ambiental competente, com base LAO, efetiva ou potencialmente causadores de impacto
nas disposições normativas existentes, definir os critérios ambiental, serão exigidos Estudo Ambiental de Pequeno
de exigibilidade de licenciamento, levando em Impacto – EPI ou Estudo Ambiental de Médio Impacto -
consideração as especificidades, os riscos ambientais, o EMI, respectivamente, conforme Termo de Referência a
porte e outras características do empreendimento ou ser elaborado pelo órgão executor da Política Ambiental.
atividade.
§4º A emissão de licenças, autorizações de supressão e Art. 56. Ficam estabelecidos períodos de validade
outros atos administrativos pelo poder público, constantes máximos para as licenças e autorizações ambientais:
da tabela do Anexo VI, estará sujeita ao pagamento da I- O prazo de validade da Licença Ambiental Simplificada -
taxa correspondente, nos termos da legislação municipal LAS será de até 03 (três) anos;
aplicável. II- O prazo de validade de Licença Ambiental Prévia - LAP
Art. 54. A classificação de empreendimentos e atividades deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma
obedecerá a seguinte correspondência: de elaboração dos planos, programas e projetos relativos
I- Classe 1 - pequeno porte e pequeno potencial poluidor; ao empreendimento ou atividade, não podendo ser
superior a 04 (quatro) anos;
II- Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluidor ou III- O prazo de validade da Licença Ambiental de
pequeno porte e médio potencial poluidor; Implantação - LAI deverá ser, no mínimo, o estabelecido
III- Classe 3 - médio porte e médio potencial poluidor; pelo cronograma de instalação do empreendimento ou
atividade, não podendo ser superior a 04 (quatro) anos;
IV- Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor IV- O prazo de validade da Licença Ambiental de
ou pequeno porte e alto potencial poluidor; Operação - LAO deverá considerar os planos de
V- Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou autocontrole ambiental da empresa, e será de até 05
médio porte e alto potencial poluidor; (cinco) anos;
VI- Classe 6 - grande porte e alto potencial poluidor. V- O prazo de validade da Licença de Alteração - LA
deverá ser estabelecido em consonância com o prazo de
Parágrafo único. As correspondências estabelecidas no validade da licença ambiental objeto da alteração,
caput seguem a seguinte tabela classificatória, conforme devendo ser incorporada posteriormente a próxima
tabela de enquadramento do Anexo IV desta Lei: licença ambiental;
VI- O prazo de validade da Autorização Ambiental será de
, até 03 anos.
Potencial Poluidor Geral
como de prorrogação de prazo para o seu cumprimento, hipótese, a partir do recebimento dos estudos solicitados
deverá ser feito na vigência da respectiva Autorização ou pelo órgão executor da Política Ambiental.
Licença Ambiental, acompanhado de fundamentação
técnica elaborada pela Comissão Técnica de Garantia §6º O prazo de análise é suspenso quando o
Ambiental (CTGA), quando couber. empreendedor é notificado para apresentação de
Art. 59. A Autorização Ambiental é o ato administrativo documentos e estudos ambientais necessários à
por meio do qual o órgão ambiental competente permite a continuidade da análise.
realização ou operação de empreendimentos e atividades, §7º O não atendimento injustificado das diligências
pesquisas e serviços de caráter temporário, execução de solicitadas pelo órgão executor da política ambiental em
obras que não resultem em instalações permanentes, prazo razoável poderá ensejar o arquivamento ou
bem como, aquelas que possibilitem a melhoria ambiental. indeferimento do processo de licenciamento.
Parágrafo único. Poderá ser expedida, também, a Art. 62. As licenças ou autorizações ambientais poderão
Autorização Ambiental nos casos de requalificação de ter os seus prazos de validade prorrogados pelo órgão
áreas urbanas, ainda que impliquem instalações ambiental licenciador, com base em justificativa técnica,
permanentes. uma única vez, devendo o requerimento ser
Art. 60. A Autorização para Supressão de Vegetação fundamentado pelo empreendedor no prazo mínimo de
(ASV) é o ato administrativo por meio do qual o órgão 120 (cento e vinte) dias antes do vencimento.
ambiental competente permite a realização da retirada da Art. 63. Quando for indeferido o requerimento de
vegetação natural nativa necessária à alteração do uso do Autorização ou Licença Ambiental, o interessado poderá,
solo para a implantação ou ampliação de no prazo de até 30 (trinta) dias contados da ciência do
empreendimentos ou atividades. indeferimento:
§1º Será expedida Autorização para Supressão de I- Interpor pedido de reconsideração, a ser julgado pela
Vegetação (ASV), em processos cuja competência autoridade licenciadora;
licenciatória seja do Município de Camaçari, ressalvado o
estabelecimento de competências específicas por outros II- Apresentar alterações no projeto, eliminando ou
atos normativos. modificando os aspectos que motivaram o indeferimento
§2º A Supressão de Vegetação somente será autorizada do pedido.
mediante demonstração ao órgão competente da sua Art. 64. As despesas correspondentes às etapas de
viabilidade ambiental, técnica e econômica. vistoria e análise dos requerimentos das licenças,
autorizações, laudos e vistorias serão pagas pelos
§3º Poderá o interessado demonstrar que a área objeto interessados, de acordo com os critérios estabelecidos em
de requerimento de Autorização de Supressão de regulamento.
Vegetação (ASV) não representa fragmento Art. 65. Não serão cobrados os custos de análise para a
remanescente do bioma Mata Atlântica, dada a regularização das atividades desenvolvidas pela
predominância significativa do bioma neste Município. agricultura familiar, comunidades tradicionais e
Art. 61. As licenças e autorizações de que trata esta Lei, assentamentos de reforma agrária.
serão concedidas com base em análise de projetos Art. 66. O licenciamento ambiental, a ser realizado em
específicos e levarão em conta os objetivos, critérios e processo único, compreende, além da avaliação de
normas para conservação, preservação, defesa e impactos ambientais, a outorga de direito de uso de
melhoria do ambiente, seus possíveis impactos recursos hídricos, a supressão de vegetação, a anuência
cumulativos e as diretrizes de planejamento e do órgão gestor da unidade de conservação e demais
ordenamento de uso do solo do Município. atos associados.
§1º A renovação das licenças ambientais deverá ser §1º Respeitados os prazos e procedimentos estabelecidos
solicitada pelo interessado no mínimo 120 (cento e vinte) na legislação municipal, poderão outros órgãos da
dias antes do respectivo vencimento, ficando Administração Pública, inclusive de outros entes
automaticamente prorrogadas até a manifestação federativos, manifestar-se no processo de licenciamento
definitiva do órgão ambiental licenciador. ambiental.
§2º As solicitações formuladas em descumprimento a
esse prazo caracterizarão infração administrativa, passível §2º O órgão executor da Política Ambiental dará
de multa, ficando a licença automaticamente renovada até publicidade as licenças e autorizações ambientais
a manifestação definitiva do órgão ambiental licenciador concedidas, no Diário Oficial do Município - DOM.
em caso de requerimento até o último dia de validade da
licença vigente. Seção I
§3º Em caso de solicitação após o prazo de validade da
licença, além da infração administrativa, ficará o Da Supressão de Vegetação
empreendedor sujeito à suspensão de suas atividades,
podendo, a critério do órgão ambiental, firmar Termo de Art. 67. A supressão de vegetação nativa, dependerá de
Compromisso Ambiental capaz de regularizar o seu autorização do órgão ambiental competente, aplicando-se,
funcionamento até a emissão de nova licença. quando for o caso, as normas que regulam a supressão
§4º O Termo de Compromisso Ambiental em questão de remanescentes do bioma Mata Atlântica.
poderá prever medidas compensatórias proporcionais ao Art. 68. Os projetos apresentados devem ser elaborados
período pelo qual o empreendimento eventualmente tenha de modo a conservar prioritariamente a vegetação nos
operado após o vencimento de sua licença. estágios avançado e médio de regeneração, buscando-se,
§5º O prazo para concessão das referidas licenças e ainda, sempre que possível, a integração dessas áreas às
autorizações será de até três meses, ressalvados os APP.
casos em que houver a necessidade de apresentação de Art. 69. As áreas verdes com vegetação nativa poderão
estudos ambientais de maior complexidade, quando o ser manejadas, desde que com aprovação do órgão
prazo será de até seis meses, contados, em qualquer ambiental, para o uso sustentável pela população.
Art. 70. A erradicação de indivíduos arbóreos isolados ou Licenciamento Ambiental (ALA), como parte integrante do
espécies exóticas com DAP superior a 8 cm, dependerão processo de renovação da Licença Ambiental de
de autorização de corte, conforme tabela do Anexo VII. Operação, conforme Termo de Referência do órgão
Art. 71. A compensação pela erradicação de indivíduos executor da Política Ambiental.
isolados ou espécies exóticas será realizada na forma de
plantio de mudas de árvores de espécies nativas, com CAPÍTULO VIII
altura mínima de 1,20 m, em local e especificações
indicadas pelo órgão ambiental, incluindo a proteção com DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
gradil.
Art. 72. A compensação pela erradicação de indivíduos Art. 77. Nos casos de licenciamento de empreendimentos
isolados ou espécies exóticas será feita no caso de e atividades de relevante impacto para o meio ambiente,
árvores nativas, pela relação de 1:15, quando o DAP for assim considerado pelo órgão ambiental competente,
até 15 cm e 1:20 quando o DAP for maior que 15 cm, e no poderá ser exigida do empreendedor a Compensação
caso de árvores exóticas, 1:3. Ambiental com fundamento em Estudo Ambiental de
Art. 73. Poderá o poder público avaliar, no caso de Médio Impacto (EMI).
solicitação para corte de múltiplos indivíduos isolados, a §1º O empreendedor deverá destinar até 0,3% (três
adequação do requerimento, podendo reenquadrá-lo décimos por cento) do custo previsto para a implantação
como pedido de Autorização de Supressão de Vegetação, do empreendimento, calculado conforme disposto no
mediante fundamentação técnica. regulamento, que será depositado na conta-corrente do
Fundo Municipal de Meio Ambiente.
CAPÍTULO VII §2º A atividade ou empreendimento submetidos à Licença
Ambiental de Regularização, considerados como
DO AUTOCONTROLE AMBIENTAL causadores de significativa degradação ambiental, ficam
sujeitos ao pagamento da compensação ambiental
Art. 74. As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou correspondente a 0,3% (três por cento) do custo de
privadas, que exerçam atividades que utilizem recursos implantação do empreendimento, independentemente da
ambientais ou consideradas efetiva ou potencialmente apresentação de EMI.
degradadoras do meio ambiente, deverão adotar o Art. 78. Serão definidos em regulamento a metodologia
autocontrole ambiental por meio de sistemas que de gradação de impacto ambiental para fins de
minimizem, controlem e monitorem seus impactos, Compensação Ambiental.
garantindo a qualidade ambiental.
Art. 75. Para a implementação do autocontrole ambiental, CAPÍTULO IX
em empreendimentos enquadrados nas classes 5 e 6,
deverá ser constituída nas instituições públicas e privadas DO CADASTRO MUNICIPAL DE ATIVIDADES
a Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA), com DEGRADADORAS OU UTILIZADORAS DE RECURSOS
o objetivo de coordenar, executar, acompanhar, avaliar e NATURAIS
pronunciar-se sobre os programas, planos, projetos,
empreendimentos e atividades potencialmente Art. 79. Fica instituído o Cadastro Municipal de Atividades
degradadoras desenvolvidas no âmbito de sua área de Potencialmente Degradadoras ou Utilizadoras de
atuação. Recursos Naturais (CMAPD), para fins de controle e
Parágrafo único. A CTGA irá analisar, avaliar e fiscalização das atividades capazes de causar impacto
pronunciar-se sobre o desempenho ambiental do ambiental local.
empreendimento ou atividade, apresentando ao órgão §1º São obrigadas a se inscrever no CMAPD as pessoas
ambiental licenciador, anualmente, até o último dia do físicas ou jurídicas que se dediquem a atividades
mês de março, o Relatório Técnico de Garantia Ambiental potencialmente degradadoras ou utilizadoras de recursos
(RTGA), contendo: ambientais.
I- Resumo das principais ações da CTGA;
§2º Compete ao órgão executor da Política Ambiental o
II- Resultados obtidos na área ambiental, de saúde controle e a fiscalização das atividades capazes de
ocupacional, de higiene e de segurança; provocar a degradação ambiental, bem como, coordenar e
III- Demonstrativos do desempenho ambiental da manter atualizado o CMAPD, suprindo de informações,
atividade e situação das condicionantes das Licenças permanentemente, os sistemas de informações
Ambientais; ambientais de que participe.
IV- Registro dos acidentes porventura ocorridos, suas Art. 80. As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam
causas e medidas adotadas; atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do
meio ambiente e utilizadoras de recursos naturais,
V - Política ambiental; descritas no Anexo II desta Lei, consideradas de impacto
ambiental local, ficam obrigadas a inscrição no CMPAD.
VI - Apresentar documentação comprobatória da §1º A inscrição no CMPAD é gratuita.
criação da CTGA;
§2º As pessoas físicas ou jurídicas a que se refere o
VII - Outras informações relevantes. “caput” deste artigo serão registradas no CMPAD segundo
os potenciais de poluição (PP) ou graus de utilização (GU)
Art. 76. Os responsáveis por empreendimentos e de recursos naturais de atividade preponderante e a
atividades efetiva ou potencialmente degradadoras do classificação do porte do respectivo estabelecimento, na
meio ambiente, enquadrados nas classes 5 e 6 ficam forma do disposto nos Anexos II e IV desta Lei.
obrigados a elaborar e apresentar ao órgão ambiental Art. 81. Para fins de inscrição ou registro no CMPAD e
competente, para análise, a Autoavaliação para o respectivas taxas, consideram- se:
I- Empresas de Categoria 1, as pessoas jurídicas com (DAM), até o quinto dia útil do mês subsequente ao do
receita bruta anual inferior ou igual a R$ 144.000,00 vencimento, de acordo com os valores estabelecidos no
(cento e quarenta e quatro mil reais); Anexo III desta Lei.
II- Empresas de Categoria 2, as pessoas jurídicas com Art. 85. O recolhimento da TCFA/Camaçari deverá ser
receita bruta anual superior a R$ 144.000,00 (cento e feito pelos empreendimentos ou atividades passíveis de
quarenta e quatro mil reais), ou igual a R$ 720.000,00 licenciamento ambiental, de acordo com os procedimentos
(setecentos e vinte mil reais); disciplinados em Ato Normativo próprio.
III- Empresas de Categoria 3, as pessoas jurídicas com §1º São isentas de pagamento da TCFA/Camaçari
receita bruta anual superior a R$ 144.000,00 (cento e entidades públicas federais, distritais, estaduais,
quarenta e quatro mil reais), ou igual a R$ 2.400.000,00 municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que
(dois milhões e quatrocentos mil reais); praticam agricultura familiar e as populações tradicionais.
IV- Empresas de Categoria 4, as pessoas jurídicas §2º A TCFA/Camaçari não recolhida nos prazos e nas
com receita bruta superior a R$ 2.400.000,00 (dois condições estabelecidas no § 2º do art. 84, ficará sujeita à
milhões e quatrocentos mil reais) e inferior ou igual inscrição na dívida ativa e cobrança dos encargos legais
a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais). conforme definido na legislação tributária.
Art. 82. Constitui infração à legislação ambiental, punível §3º Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa
com as multas a seguir indicadas, a falta de inscrição no de mora.
CMPAD pelas pessoas físicas ou jurídicas:
I- 11 (onze) UFM, se pessoa física; §4º Os débitos relativos à TCFA/Camaçari poderão ser
parcelados de acordo com os critérios fixados na
II– 34 (trinta e quatro) UFM, se Empresas de categoria 1; legislação tributária.
Art. 86. A fiscalização tributária da TCFA/Camaçari
III– 200 (duzentos) UFM, se Empresas de categoria 2; compete à SEFAZ, cabendo ao órgão executor da Política
Ambiental, no exercício de suas atribuições legais, exigir a
IV- 400 (quatrocentos) UFM, se Empresas de categoria 3; comprovação de seu pagamento.
DA TAXA DE CONTROLE DE FISCALIZAÇÃO Art. 87. Entende-se por Conferência Municipal de Meio
AMBIENTAL (TCFA) Ambiente (CMMA) o instrumento de gestão ambiental com
ampla participação da sociedade do Município de
Art. 83. Fica criada a Taxa de Controle de Fiscalização Camaçari.
Ambiental (TCFA/Camaçari), cujo fato gerador é o Art. 88. A CMMA tem por finalidade promover a
exercício regular do poder de polícia conferido ao órgão transversalidade das questões relacionadas ao meio
executor da Política Ambiental, para o controle e ambiente entre o Poder Público e os administrados.
fiscalização das atividades potencialmente poluidoras, Art. 89. A Comissão Organizadora Municipal (COM) da
degradadoras ou utilizadoras de recursos naturais, CMMA será instituída por ato do Executivo Municipal
consideradas de impacto ambiental local, conforme como órgão colegiado permanente de coordenação,
estabelece a Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de monitoramento e interlocução contínua entre o Poder
1981, e suas alterações. Público, os participantes e suas respectivas
§1º De acordo com o Art. 17-P, da Lei Federal nº 6.938 de representações.
1981, com as alterações introduzidas pela Lei Federal nº §1º A coordenação será exercida de forma compartilhada,
10.165, de 27 de dezembro de 2000, constitui crédito para garantindo assento paritário às representações do
compensação com o valor devido a título de TCFA junto COMAM, do Poder Público, da sociedade civil e do setor
ao IBAMA, até o limite de 60% (sessenta por cento) e privado.
relativamente ao mesmo ano, o montante efetivamente §2º A Conferência Municipal de Meio Ambiente deverá ser
pago pelo estabelecimento ao Estado, ao Município e ao um canal permanente e democrático de interlocução entre
Distrito Federal em da taxa de fiscalização ambiental. Poder Público e sociedade em geral.
§2º O pagamento da TCFA/Camaçari não isenta o Art. 90. São objetivos da Conferência Municipal de Meio
empreendedor do correspondente pagamento ao IBAMA Ambiente (CMMA):
no montante de 40% (quarenta por cento) da referida
TCFA. I- Constituir um fórum representativo e legítimo de apoio à
Art. 84. É sujeito passivo da TCFA/Camaçari todo aquele formulação da Política Municipal de Meio Ambiente;
que exerça as atividades potencialmente poluidoras ou II- Fortalecer a capacidade articuladora, coordenadora e
degradadoras do meio ambiente ou utilizadoras de executora dos órgãos do Sistema Nacional de Meio
recursos naturais, consideradas de impacto local, Ambiente (SISNAMA), Sistema Estadual de Meio Ambiente
constantes no Anexo II desta Lei. (SISEMA) e Sistema Municipal de Meio Ambiente
§1º A TCFA/Camaçari levará em conta a receita bruta e (SISMUMA);
os potenciais de poluição (PP) ou graus de utilização (GU) III- Consolidar o controle social sobre as diversas políticas
dos recursos naturais, de acordo com o estabelecido nos públicas.
Anexos II e IV desta Lei.
§2º A TCFA/Camaçari será devida no último dia de cada Art. 91. A convocação da CMMA será realizada por de ato
trimestre do ano civil e o seu recolhimento deverá ser do Chefe do Executivo Municipal, com periodicidade a
efetuado por meio de Documento de Arrecadação cada dois anos, e anteriormente às Conferências
Municipal Territorial e Estadual de Meio Ambiente.
Parágrafo único. Será obrigatória a apresentação do DOS BENS E ESPAÇOS DE PROTEÇÃO HISTÓRICA,
Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD) e as ARTÍSTICA E CULTURAL
propostas de uso futuro das áreas recuperadas, bem
como, o cronograma físico-financeiro de sua execução. Art. 135. Constituem patrimônio cultural do Município, os
bens de natureza material e imaterial, tomados
Art. 130. A exploração de substâncias minerais somente individualmente ou em conjunto, portadores de referência
será licenciada quando: à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da identidade deste local, nos quais se
I - A área explorada não estiver em local considerado de incluem:
atração turística, de valor ambiental e de beleza
paisagística; I - As formas de expressão;
II - Não constitua ameaça ao equilíbrio ecológico; II - Os modos de criar, fazer e viver;
III - As criações científicas, artísticas e tecnológicas;
III - não constitua ameaça à segurança da população nem
comprometa o desenvolvimento urbano da região; IV - As obras, objetos, documentos, edificações e demais
IV - Não prejudique o funcionamento regular de escolas, espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
hospitais, ambulatórios, casas de saúde, de repouso ou V - Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
similares; paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
V - Fique assegurada a existência de faixa de segurança ecológico e científico.
para exploração da atividade. §1º O Município tomará medidas para a preservação e
conservação do patrimônio espeleológico existente no seu
Art. 131. O Poder Público Municipal poderá, a qualquer território, de modo a permitir estudos e pesquisas de
tempo, determinar a execução de medidas de controle nos ordem técnico-científica, bem como atividades de cunho
locais onde são desenvolvidas atividades de extração espeleológico, étnico- cultural, turístico, recreativo e
mineral, com a finalidade de proteger os cursos e educativo, e assegurar que a utilização das cavidades
mananciais de águas e de evitar a sua obstrução, bem naturais subterrâneas e de sua área de influência deva
como, de recompor as áreas degradadas, inclusive em fazer-se consoante a legislação específica, observadas as
caso de descomissionamento da atividade. condições que garantam a sua integridade física e a
manutenção do respectivo equilíbrio ecológico.
§2º O Poder Público Municipal, com a colaboração da
comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural
Art. 136. As condutas e atividades consideradas lesivas c) perda ou restrição de benefícios e incentivos fiscais;
ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, d) perda ou suspensão da participação em linhas de
independentemente da obrigação de reparar os danos financiamento em estabelecimentos públicos de crédito;
causados. e) proibição de licitar e contratar com a administração
I - Será considerado infrator, a pessoa física ou jurídica, de pública pelo período de até três anos.
direito público ou privado, responsável, direta ou §1º As penalidades previstas neste artigo poderão ser
indiretamente, por atividade causadora de degradação impostas isoladas ou cumulativamente.
ambiental; §2º Caso o infrator venha a cometer, simultaneamente,
II - Constatada que a infração ambiental também constitui duas ou mais infrações de natureza diferente, poderão ser-
crime, deverá o fato ser informado ao Ministério Público lhe aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas
para providências penais cabíveis; correspondentes.
III - São corresponsáveis pela recuperação ambiental, o Art. 143. A penalidade de advertência será aplicada, a
infrator e o possuidor ou proprietário do imóvel onde critério da autoridade fiscalizadora, quando se tratar de
ocorreu o dano. infração de natureza leve e grave, fixando-se, quando for o
Art. 137. Considera-se infração administrativa ambiental caso, prazo para que sejam sanadas as irregularidades
toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, apontadas.
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente. Art. 144. A multa poderá ser convertida na prestação de
Parágrafo único. As infrações a esta Lei e as normas dela serviços de preservação, melhoria e recuperação da
decorrentes são de natureza formal e material e, quando qualidade do meio ambiente, por meio da celebração de
constatadas, serão objeto de lavratura de Auto de Termo de Compromisso Ambiental a ser firmado com o
Infração. órgão ambiental competente, após a aprovação do projeto
Art. 138. Caberá ao órgão executor da Política Ambiental dos serviços em referência, a ser proposto pelo
exercer a fiscalização ambiental no município, sem interessado.
prejuízo das competências comuns estabelecidas na Art. 145. Nos casos de infração continuada poderá ser
legislação. aplicada multa diária de 115 (cento e quinze) até 115.000
Art. 139. A autoridade competente que tiver conhecimento (cento e quinze mil) UFM, sem prejuízo da multa prevista
de infração administrativa é obrigada a promover a sua no art. 142, inciso II.
apuração imediata, mediante processo administrativo Parágrafo único. A multa diária será devida até que o
próprio. infrator adote medidas eficazes para a cessação das
Art. 140. Qualquer pessoa poderá, e o servidor público irregularidades constatadas ou dos efeitos da ação
deverá, quando constatado ato ou fato que se caracterize prejudicial, podendo ser suspensa, a critério da autoridade
como infração ambiental, dirigir representação às competente.
autoridades competentes. Art. 146. O valor da multa será corrigido, periodicamente,
Art. 141. As infrações administrativas serão apuradas em pelo Poder Executivo com base em índices oficiais.
processo administrativo, assegurado o contraditório e a Art. 147. As infrações decorrentes desta Lei serão
ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes. classificadas como leves, graves e gravíssimas, conforme
Art. 142. Sem prejuízo das sanções penais e civis, aos definidas no Anexo V, observando-se a seguinte gradação:
infratores das disposições desta Lei e normas dela I - Infrações leves: até R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
decorrentes, serão aplicadas as seguintes penalidades,
independentemente de sua ordem de enumeração: II - Infrações graves: até R$ 200.000,00 (duzentos mil
reais);
I - Advertência;
III - Infrações gravíssimas: até R$ 50.000.000,00
II - Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ (cinquenta milhões de reais).
50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais);
III - Interdição temporária ou definitiva; Art. 148. Para gradação e aplicação das penalidades
previstas nesta Lei serão observados os seguintes
IV - Embargo temporário ou definitivo; critérios:
I - As circunstâncias atenuantes e agravantes;
V - Demolição;
II - Causar danos permanentes ao meio ambiente ou à §2º Não será considerada reincidência se, entre a infração
saúde humana; cometida e a anterior, houver decorrido o prazo de 05
(cinco) anos.
III - A infração ter ocorrido em unidades de conservação Art. 151. Responderá também pela infração quem
de proteção integral ou em área de preservação contribuir para sua prática ou dela se beneficiar.
permanente; §1º Quando a infração for cometida por menores ou
IV - A infração atingir espécies raras, endêmicas, incapazes, responderá por ela quem juridicamente os
vulneráveis, de importância econômica ou em perigo de representar.
extinção; §2º A celebração de Termo de Compromisso Ambiental
V - A infração atingir espécies nativas de estágio avançado poderá implicar redução de até 50% (cinquenta por cento)
de regeneração; do valor da multa imposta, ficando o órgão competente
obrigado a motivar e circunstanciar o ato no competente
VI - Atingir espécimes da fauna silvestre; processo.
§3º Em caso de celebração de Termo de Compromisso
VII - A infração ter ocorrido em unidades de após o julgamento de primeira instância, o valor máximo
conservação de uso sustentável ou reserva legal; de desconto será de 30% (trinta por cento) do valor da
VIII - Causar a necessidade de evacuar a população, multa imposta.
ainda que momentaneamente; Art. 152. No exercício da ação fiscalizadora, fica
assegurado aos agentes credenciados, na forma da lei, o
IX - A infração expor ao perigo a saúde pública ou o meio acesso às instalações públicas ou privadas.
ambiente; Parágrafo único. No caso de resistência, a ação da
fiscalização e a execução das penalidades previstas nesta
X - A infração ter ocorrido à noite, em sábados, domingos Lei serão efetuadas com a requisição de força policial.
ou feriados; Art. 153. O processo administrativo para apuração de
infração ambiental deverá observar os seguintes prazos
XI - Ter o infrator cometido o ato coagindo outrem para máximos:
execução material da infração; I - 20 (vinte) dias para o infrator apresentar defesa ou
impugnação contra o auto de infração, contados da data
XII - Ser o infrator reincidente ou cometer a infração de da ciência da autuação;
forma continuada; II - 20 (vinte) dias para o infrator interpor recurso
administrativo ao órgão julgador de 2ª instância, contados
XIII - A tentativa dolosa de se eximir da do recebimento da notificação da decisão referente à
responsabilidade; defesa apresentada;
III - 60 (sessenta) dias para a autoridade competente julgar
XIV - A infração atingir espécies nativas de estágio o auto de infração, contados da data do recebimento da
médio de regeneração. defesa ou recurso, conforme o caso, podendo ser
prorrogado;
XV - Ter a infração atingido propriedades de terceiros; IV - 30 (trinta) dias para o pagamento de multa, contados
da notificação do julgamento de primeira instância.
XVI - Ter a infração acarretado danos em bens §1º O prazo de que trata o inciso I poderá ser prorrogado
materiais; uma única vez, mediante requerimento fundamentado ao
órgão executor da Política Ambiental.
XVII - Ter o infrator cometido o ato para obter vantagem §2° O requerimento disposto no §1º deste artigo deverá
pecuniária. ser formulado antes do esgotamento do prazo previsto
para defesa.
§2º São atenuantes as seguintes circunstâncias: §3º O órgão julgador de segunda instância, na apreciação
do recurso, poderá, mediante ato devidamente motivado,
§1º A decisão sobre o pedido de redução ou conversão é auxílio financeiro para a execução de projetos de interesse
discricionária, podendo a administração, em decisão ambiental.
motivada, deferir ou não o pedido formulado, concedendo
desconto de até 50% do valor total corrigido da multa. Parágrafo único. Respeitados os objetivos e diretrizes da
§2º Em caso de acatamento do pedido de redução ou Política Municipal de Meio Ambiente, poderão ser
conversão, deverá a autoridade julgadora emitir a Ata de instituídos, por ato normativo, instrumentos econômicos
Julgamento e o setor responsável notificará o autuado diversos dos previstos neste capítulo, desde que em
para que compareça à sede da respectiva unidade consonância com a legislação de responsabilidade fiscal
administrativa para a assinatura de Termo de em vigor.
Compromisso Ambiental.
Art. 170. O Município poderá celebrar convênio, consórcio
§3º O deferimento do pedido de redução ou conversão ou outros ajustes para os fins de repasse ou concessão de
suspende o prazo para a interposição de recurso durante o auxílio financeiro a instituições públicas ou privadas sem
prazo definido pelo órgão ou entidade ambiental para a fins lucrativos, para a execução de serviços de relevante
celebração do Termo de Compromisso Ambiental. interesse ambiental, assim declarados pelo órgão executor
Art. 164. Independentemente do valor da multa aplicada, da Política Ambiental.
fica o autuado obrigado a reparar integralmente o dano
que tenha causado. Art. 171. O Município, através dos órgãos da sua estrutura
Art. 165. A assinatura do Termo de Compromisso administrativa ou por meio de convênios com instituições
Ambiental implicará renúncia ao direito de recorrer públicas, iniciativa privada e entidades do terceiro setor,
administrativamente. promoverá ações para a prestação de assistência técnica
§1º A celebração do Termo de Compromisso Ambiental visando a capacitação e a educação ambiental destinada à
não põe fim ao processo administrativo, devendo a promoção dos objetivos desta lei, na forma definida em
autoridade competente monitorar e avaliar, se as regulamento.
obrigações assumidas estão sendo cumpridas.
§2º O órgão ambiental poderá solicitar relatórios ou poderá Art. 172. O Município poderá utilizar dos instrumentos
realizar, a qualquer tempo, vistoria ou outro ato de previstos neste Capítulo para a execução de programas
fiscalização, a fim de verificar o atendimento dos objetivos que tenham como finalidade promover ações integradas
e metas estabelecidos no Termo de Compromisso para recuperação do bioma Mata Atlântica, dos
Ambiental. ecossistemas associados e da cobertura vegetal nas áreas
§3º O descumprimento do Termo de Compromisso urbanas e periurbanas.
Ambiental implica:
CAPÍTULO II
I - Na esfera administrativa, a imediata inscrição do débito
em Dívida Ativa para cobrança da multa resultante do auto DO PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PSA)
de infração em seu valor integral; e
II - Na esfera civil, a imediata execução judicial das Seção I
obrigações assumidas, tendo em vista seu caráter de título
executivo extrajudicial. Da Política Municipal de Pagamento por Serviços
§4º O Termo de Compromisso Ambiental poderá conter Ambientais
cláusulas relativas às demais sanções aplicadas em
decorrência do julgamento do auto de infração. Art. 173. Fica instituída a Política Municipal de Pagamento
por Serviços Ambientais – PMPSA, cujos objetivos são:
Art. 166. Após a assinatura, deverá ser dada publicidade I - Orientar a atuação do poder público, das organizações
ao Termo de Compromisso Ambiental. da sociedade civil e dos agentes privados, em relação ao
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) de forma a
Art. 167. O Termo de Compromisso Ambiental para manter, recuperar ou melhorar os serviços ecossistêmicos
recuperação integral de danos ambientais mediante o em todo o território municipal;
benefício de suspensão parcial de multa deverá ser II - Promover a conservação de importantes fragmentos da
precedido de Plano de Recuperação de Áreas Degradadas mata atlântica existentes no território municipal, bem como
(PRAD). a restauração de áreas degradadas, por meio da criação
de incentivos econômicos e fiscais para geração de
Art. 168. A conversão parcial de multa não poderá ser serviços ambientais;
concedida novamente ao mesmo infrator durante o III - Evitar a perda de vegetação nativa, a fragmentação de
período de cinco anos, contados da data da assinatura do habitats, a desertificação e outros processos de
Termo de Compromisso. degradação dos ecossistemas nativos e fomentar a
conservação sistêmica da paisagem;
TÍTULO VIII IV - Estimular a conservação dos ecossistemas, do solo,
dos recursos hídricos, da biodiversidade, do patrimônio
DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS CAPÍTULO I genético e do conhecimento tradicional associado;
CONSIDERAÇÕES GERAIS V - Valorizar, econômica, social e culturalmente os
serviços ecossistêmicos;
Art. 169. O Município poderá instituir instrumentos de
estímulo a empreendimentos e atividades que visem a VI - Reconhecer iniciativas individuais e coletivas que
proteção, manutenção e recuperação do meio ambiente e favoreçam a manutenção, a recuperação e/ou o
a utilização sustentável dos recursos ambientais, melhoramento dos serviços ecossistêmicos por meio de
especialmente na forma de Pagamento por Serviços remuneração financeira ou outra forma de incentivo
Ambientais, incentivos fiscais, construtivos e programas de econômico;
de recursos, monetários ou não, públicos ou privados, vegetal prioritariamente nas áreas que integram o SAVAM,
dirigidos ao Pagamento por Serviços Ambientais; sem prejuízo da identificação de novas áreas prioritárias,
V - Incentivos econômicos para a conservação da desde que assim reconhecidas por ato normativo.
vegetação nativa, restauração florestal e recuperação de Parágrafo único. A implantação do PRO-PSA far-se-á por
áreas degradadas mediante a implantação de Sistemas meio de projetos cuja coordenação compete ao órgão
Agroflorestais (SAF), dentre outras modalidades: executor da Política Ambiental.
a) pagamento monetário; Art. 178. Podem ser objeto do PRO-PSA:
b) selos, certificações e premiações;
c) assistência técnica e extensão rural; I - As áreas integrantes do Sistema de Áreas de Valor
d) fornecimento de sementes e mudas de espécies Ambiental – SAVAM, conforme disposição do Plano
nativas, bem como de espécies exóticas produtivas para a Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável,
implantação de sistemas agroflorestais; composto pelos seguintes subsistemas:
e) fornecimento de insumos e mão de obra; a) Subsistema de Unidades de Conservação do
f) incentivos fiscais; SAVAM, conforme definido no Plano Diretor de
g) fornecimento de atividades relacionadas à educação Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município;
ambiental; b) Subsistema de Áreas de Proteção de Recursos
h) prestação de melhorias sociais a comunidades Hídricos – APRH;
rurais e urbanas;
i) compensação vinculada a certificado de redução de c) Subsistema de Áreas de Relevância Ambiental e
emissões por desmatamento e degradação; Cultural;
j) Cota de Reserva Ambiental (CRA), instituída pela
Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012; d) Subsistema de Áreas Especialmente Protegidas.
k) Títulos Verdes (greenbonds);
l) Comodato. II - Outras áreas que integram paisagens de grande beleza
cênica, prioritariamente em áreas especiais de interesse
VI - Incentivos fiscais para o desenvolvimento de turístico;
atividades relacionadas ao Programa Municipal de
Pagamento por Serviços Ambientais; III - Outras áreas prioritárias para a conservação da
VII - A assistência técnica, a capacitação e a educação biodiversidade, assim definidas por ato normativo.
ambiental destinada à promoção dos serviços ambientais IV - Outras áreas cobertas com vegetação nativa, nos
e ecossistêmicos; termos da legislação em vigor.
VIII - O Sistema de Informação da Política Municipal de
Pagamento por Serviços Ambientais; Parágrafo único. As Áreas de Preservação Permanente,
IX - A Plataforma de Fomento ao Mercado de Pagamento Reserva Legal e outras sob limitação administrativa nos
por Serviços Ambientais; termos da legislação ambiental serão elegíveis para
pagamento por serviços ambientais através do PRO-PSA,
X - A pesquisa e o desenvolvimento das ações com preferência para aquelas localizadas no entorno de
relacionadas aos objetivos desta Lei. nascentes, localizadas em bacias hidrográficas
consideradas críticas para o abastecimento público de
§1° Os instrumentos listados no art. 175, inciso V desta Lei água, assim definidas pelo órgão competente, ou em
serão objeto de regulamentação por ato do Chefe do áreas prioritárias para conservação da diversidade
Executivo Municipal. biológica em processo de desertificação ou de avançada
§2° Os incentivos fiscais a que se refere a alínea f deste fragmentação.
artigo serão objeto de regulamentação e poderão Art. 179. São requisitos gerais para a participação no PRO
abranger, dentre outros: -PSA:
I - isenção de tributos; I - A inscrição voluntária no programa por parte do
interessado;
II - redução de alíquota. II - A adequação do projeto às diretrizes estabelecidas
pelo Comitê Gestor do PRO- PSA;
Art. 176. As atividades de manutenção e de recuperação III - A comprovação da propriedade ou posse do imóvel,
das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal, exceto no caso de Povos e Comunidades Tradicionais,
de uso restrito ou de imóveis rurais situados em unidades agricultores familiares e microempreendedores rurais,
de conservação são elegíveis para quaisquer pagamentos cujos requisitos específicos serão estabelecidos em
ou incentivos por serviços ambientais, podendo configurar Regulamento;
adicionalidade para fins de mercados nacionais e IV - A comprovação de que as atividades de manutenção,
internacionais de reduções de emissões certificadas de preservação, recuperação, conservação, restauração ou
gases de efeito estufa. melhoria dos ecossistemas fornecem contribuições reais,
mensuráveis e de longo prazo, sobre os serviços
Seção III ecossistêmicos, sempre que executadas, conforme
definido em Regulamento;
Do Programa Municipal de Pagamento por Serviços V - A formalização de contrato específico, disciplinando os
Ambientais direitos e obrigações decorrentes da participação no PRO-
PSA;
Art. 177. Fica criado o Programa Municipal de Pagamento VI - O enquadramento e habilitação em projeto específico
por Serviços Ambientais – PRO-PSA com o objetivo de com atividades humanas de preservação, conservação,
implementar, no âmbito do município, o pagamento pelos manutenção, restauração e recuperação dos ecossistemas
serviços de preservação, conservação, manutenção, que geram serviços ecossistêmicos.
restauração e recuperação ou melhoria da cobertura §1º A aprovação pelo órgão executor do PRO-PSA de
descontínua ao longo da costa brasileira, entre os XXXV - Proteção: procedimentos integrantes das práticas
Estados do Amapá e de Santa Catarina. de conservação e preservação da natureza.
XXIII - Meio ambiente: o conjunto de condições, leis, XXXVI - Provedor de serviços ambientais: pessoa
influências e interações de ordem física, química e física ou jurídica, de direito público ou privado, ou grupo
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as familiar ou comunitário que, preenchidos os critérios de
suas formas. elegibilidade, mantém, recupera ou melhora as condições
ambientais dos ecossistemas.
XXIV - Morro: elevação do terreno com cota do topo em
relação a base entre cinquenta e trezentos metros e XXXVII - Recursos ambientais: a atmosfera, as
encostas com declividade superior a trinta por cento águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários,
(aproximadamente dezessete graus) na linha de maior o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da
declividade. biosfera, a fauna e a flora.
XXV - Nascente: afloramento natural do lençol freático XXXVIII - Restinga: depósito arenoso paralelo à linha
que apresenta perenidade e dá início a um curso d'água. da costa, de forma geralmente alongada, produzido por
processos de sedimentação, onde se encontram
XXVI - Nível mais alto: nível alcançado por ocasião da diferentes comunidades que recebem influência marinha,
cheia sazonal do curso d`água perene ou intermitente. com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias,
cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de
XXVII - Olho d'água: afloramento natural do lençol acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo,
freático, mesmo que intermitente. arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado.
XXVIII - Padrão de emissão: é o limite máximo XXXIX - Salgado ou marismas tropicais hipersalinos:
estabelecido para lançamento de poluente por fonte áreas situadas em regiões com frequências de inundações
emissora que, ultrapassado, poderá afetar a saúde, a intermediárias entre marés de sizígias e de quadratura,
segurança e o bem estar da população, bem como, com solos cuja salinidade varia entre 100 (cem) e 150
ocasionar danos à fauna, à flora, às atividades (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode
econômicas e ao meio ambiente em geral. ocorrer a presença de vegetação herbácea específica.
XXIX - Pagador de serviços ambientais: poder público, XL - Serviços ambientais: atividades individuais ou
organização da sociedade civil ou agente privado, pessoa coletivas que favorecem a manutenção, a recuperação ou
física ou jurídica, de âmbito nacional ou internacional, que a melhoria dos serviços ecossistêmicos.
provê o pagamento dos serviços ambientais.
XLI - Serviços ecossistêmicos: benefícios relevantes para
XXX - Pagamento por Serviços Ambientais (PSA): a sociedade gerados pelos ecossistemas, em termos de
transação de natureza voluntária, mediante a qual um manutenção, recuperação ou melhoria das condições
pagador de serviços ambientais transfere a um provedor ambientais, nas seguintes modalidades:
desses serviços recursos financeiros ou outra forma de
remuneração, nas condições acertadas, respeitadas as a) serviços de provisão: os que fornecem bens ou
disposições legais e regulamentares pertinentes. produtos ambientais utilizados pelo ser humano para
consumo ou comercialização, tais como água, alimentos,
XXXI - Poluição: a degradação da qualidade ambiental madeira, fibras e extratos, entre outros;
resultante de atividades que direta ou indiretamente: b) serviços de suporte: os que mantêm a perenidade da
a)prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da vida na Terra, tais como a ciclagem de nutrientes, a
população; decomposição de resíduos, a produção, a manutenção ou
a renovação da fertilidade do solo, a polinização, a
b) criem condições adversas às atividades sociais e dispersão de sementes, o controle de populações de
econômicas; potenciais pragas e de vetores potenciais de doenças
humanas, a proteção contra a radiação solar ultravioleta e
c) afetem desfavoravelmente a biota; a manutenção da biodiversidade e do patrimônio genético;
c) serviços de regulação: os que concorrem para a
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio manutenção da estabilidade dos processos
ambiente; ecossistêmicos, tais como o sequestro de carbono, a
purificação do ar, a moderação de eventos climáticos
e)lancem matérias ou energia em desacordo com os extremos, a manutenção do equilíbrio do ciclo hidrológico,
padrões ambientais estabelecidos. a minimização de enchentes e secas e o controle dos
XXXII - Poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito processos críticos de erosão e de deslizamento de
público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, encostas;
por atividade causadora de degradação ambiental. d) serviços culturais: os que constituem benefícios não
XXXIII - Preservação: proteção integral do atributo materiais providos pelos ecossistemas, por meio da
natural, admitindo apenas seu uso indireto. recreação, do turismo, da identidade cultural, de
XXXIV - Produção mais limpa: processo que utiliza experiências espirituais e estéticas e do desenvolvimento
medidas tecnológicas e gerenciais orientadas para o uso intelectual, entre outros.
sustentável dos recursos naturais, a redução do consumo
de matérias-primas, água e energia, minimizando a XLII - Várzea de inundação ou planície de inundação:
produção de resíduos na origem e os riscos operacionais, áreas marginais a cursos d'água sujeitas a enchentes e
assim como outros aspectos ambientais adversos inundações periódicas.
existentes ao longo de todo o processo de produção.
ANEXO II
03 Indústria de Papel e Fabricação de celulose e pasta mecânica; Alto 14 Indústria de Beneficiamento, moagem, torrefação e Médio
Celulose fabricação de papel e papelão; fabricação Produtos fabricação de produtos alimentares;
de artefatos de papel, papelão, cartolina, Alimentares e matadouros, abatedouros, frigoríficos,
cartão e fibra prensada. Bebidas charqueadas e derivados de origem
animal; fabricação de conservas;
preparação de pescados e fabricação de
04 Indústria de Couros e Secagem e salga de couros e peles, Alto conservas de pescados; beneficiamento e
Peles curtimento e outras preparações de couros industrialização de leite e derivados;
e peles; fabricação de artefatos diversos fabricação e refinação de açúcar; refino e
de couros e peles; fabricação de cola preparação de óleo e gorduras vegetais;
animal. produção de manteiga, cacau, gorduras de
origem animal para alimentação;
fabricação de fermentos e leveduras;
05 Indústria Química Produção de substâncias e fabricação de Alto fabricação de rações balanceadas e de
produtos químicos; fabricação de produtos alimentos preparados para animais;
derivados do processamento de petróleo, fabricação de vinhos e vinagre; fabricação
de rochas betuminosas e da madeira; de cervejas, chopes e maltes; fabricação
fabricação de combustíveis não derivados de bebidas nãoalcoólicas,
de petróleo; produção de óleos, gorduras,
ceras, vegetais e animais, óleos
essenciais, vegetais e produtos similares,
CÓDIGO CATEGORIA DESCRIÇÃO PP/GU
da destilação da madeira; fabricação de
resinas e de fibras e fios artificiais e
sintéticos e de borracha e látex sintéticos; bem como engarrafamento e gaseificação
fabricação de pólvora, explosivos, de águas minerais; fabricação de bebidas
detonantes, munição alcoólicas.
UNIDADE DE POTENCIAL
ANEXO IV CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
de Agregados e
TIPOLOGIAS E PORTES SUJEITOS AO Beneficiamento
LICENCIAMENTO AMBIENTAL B3.4 Associado
(Britamento)
Ardósia, Dioritos,
UNIDADE DE MEDIDA
POTENCIAL Granitos, Pequeno < 50.000
CÓDIGO TIPOLOGIA PORTE POLUIDOR Mármores, Produção Médio ≥ 50.000 <
Quartzos, Sienitos, Bruta de 150.000
DIVISÃO A: AGRICULTURA E FLORESTAS B3.5 Dentre Outras Minério (t/Ano) Grande ≥ 150.000 A
Utilizadas Para
GRUPO A2: CRIAÇÃO DE ANIMAIS Revestimento
A2.2 CRIAÇÕES CONFINADAS Grupo B4: Minerais Utilizados na Indústria
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
C1.3 Laticínios
Pequeno ≥ 2.000 < Pequeno ≥ 0,5 < 1
Pasteurização e Capacidad 25.000 C1.9.5 Restaurante Área Total (ha) Médio ≥ 1 < 5 P
C1.3.1 Derivados do Leite e Instalada Médio ≥ 25.000 < P Grande ≥ 5
(l de Leite/ 250.000 Grupo C2: Produtos do Fumo
Dia) Grande ≥ 250.000
Conservas, Enlatados e Congelados de Frutas e Vegetais Processamento
C1.4 e Fabricação de Capacidade Pequeno ≥ 5.000 <
Industrialização C2.1Cigarros, Instalada (t/Ano) 50.000 P
de Frutas, Capacidade Pequeno ≥ 10 < 50 Cigarrilhas, Médio ≥ 50.000 <
C1.4.1 Verduras e Instalada (t de Médio ≥ 50 < 100 P Charutos e 200.000
Legumes Matéria Prima/ Grande ≥ 100 Assemelhados Grande ≥ 200.000
(Compotas, Dia) Grupo C3: Produtos Têxteis
Geléias, Polpas,
Doces, etc) Pequeno ≥ 10 <
Beneficiamento, Capacidade 100
C1.5 Cereais C3.1 Fiação ou Instalada Médio ≥ 100 < P
Fabricação de Tecelagem de (t de 1.000
Farinhas, Amidos, Capacidade Pequeno ≥ 5 < 100 Fibras Têxteis Produto/ Grande ≥ 1.000
C1.5.1 Féculas de Instalada (t de Médio ≥ 100 < 300 P Dia)
Cereais, Produto/Dia) Grande ≥ 300 Fabricação de artigos têxteis
Macarrão, C3.2
Biscoitos, pães e
Assemelhados Capacidade Pequeno ≥ 1.000 <
Capacidade Pequeno ≥ 5 < 50 Fabricação de Instalada (nº 10.000
C1.5.2 Instalada (t de Médio ≥ 50 < 500 M C3.2.1 Artigos Têxteis de Unidades Médio ≥ 10.000 < M
Industrialização da
Produto/Dia) Grande ≥ 500 com Lavagem e/ Processadas/ 100.000
Mandioca
ou Pintura Di a) Grande ≥ 100.000
Açúcar e Confeitaria Capacidade Pequeno ≥ 5.000 <
C1.6
Fabricação de Instalada (nº 20.000
Pequeno ≥ 1 < C3.3
Absorventes e de Unidades Médio ≥ 20.000 < P
Capacidade 250 Fraldas Processadas/ 300.000
C1.6.2 Fabricação de instalada Médio ≥ 250 <
balas, produtos de Descartáveis Dia) Grande ≥ 300.000
(t de Produto/dia) 500 P
açúcar, confeitaria Grande ≥ 500 Grupo C4: Madeira e Mobiliário
e assemelhados
Pequeno ≥ 1 < Desdobramento
Fabricação de Capacidade 250 (Pranchas,
C1.6.3 chocolate ede instalada Médio ≥ 250 < Dormentes e Pequeno ≥ 1.000
outros produtos de (t de Produto/dia) 500 P Pranchões), <10.000
cacau Grande ≥ 500 Fabricação de Capacidade Médio ≥ 10.000 <
C4.1 Madeira Instalada (m³/ 50.000 P
Óleos e Gorduras Vegetais
C1.7 Compensada, Ano) Grande ≥ 50.000
*Fabricação de Capacidade Pequeno ≥ 10 < Folheada e
C1.7.1 Óleos, Margarina Instalada (t de 250 A Laminada
e Outras Matéria Médio ≥ 250 < Fabricação de Artefatos de Madeira
Gorduras C4.2
Fabricação de Pequeno ≥ 500
Artefatos de Capacidade <10.000
C4.2.1 Madeira com Instalada (m³/ Médio ≥ 10.000 < M
Tratamento Ano) 50.000
(Pintura, Verniz, Grande ≥ 50.000
Capacidade Pequeno < Fabricação de Artefatos de Barro e Cerâmica, Refratários, Pisos e Azulejos ou
Mistura deTintas, Instalada 200.000 C10.4 Semelhantes
Vernizes, Esmaltes, (l/Mês)
C6.8.1 Lacas, Solventes e Médio > 200.000 < M Fabricação de
C10.4.1 Capacidade Pequeno ≥ 1 < 100 M
Produtos 800.000 Artefatosde Barro e Instalada Médio ≥ 100 < 500
Cerâmica (t de Argila/Dia) Grande ≥ 500
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA DE PORTE POLUIDOR
MEDI Pequeno <
DA Fabricação de Capacidade 250.000
Correlatosa base de Grande > 800.000 C10.4.2 Refratários, Pisos Instalada (m²/Mês) Médio ≥ 250.000 < A
C6.8.1 água e Azulejos ou 1.000.000
Semelhantes Grande ≥
Pequeno ≥ 10 <
1.000.000
C6.9 Velas Capacid 100 P
ade Médio ≥ 100 < 500 Capacidade
Instalad Grande ≥ 500 Fabricação de Instalada Pequeno ≥ 5 < 100
a (t/ C10.5 Gesso, Produtose (t deMatéria Prima/ Médio ≥ 100 < 500 M
Mês) Artefatos Dia) Grande ≥ 500
Grupo C7: Refino do Petróleo, Produção de Biodiesel e Produtos Relacionados
Pequeno <10.000 Capacidade
C7.2 Usina de Asfalto e Capacid Médio ≥ 10.000 < P Aparelhamento de Instalada Pequeno ≥ 5 < 30
Emulsão Asfáltica ade 100.000 C10.6 Mármore, Ardósia, (t deMatéria Prima/ Médio ≥ 30 < 200 M
Instalad Grande ≥ 100.000 Granito e Outras Dia) Grande ≥ 200
a (t/
Mês)
Capacidade Pequeno < 5.000
Pequeno ≥ 10 <
C7.3 ÓleoseGraxas Instalada de Médio ≥ 5.000 < M C10.7 M
Produção de Argamassa Volume de Produção 200
Lubrificantes Processamento 20.000
(t/Dia) Médio ≥ 200 < 600
(m³/Mês) Grande ≥ 20.000
Grande ≥ 600
Pequeno < 50.000
C7.4 Biocombustível Capacidade Médio ≥ 50.000 < A Capacidade
Instalada (m³/ 500.000 C10.8 *Fabricação de Cal e Instalada (t/dia) Pequeno ≥ 3 < 100 A
Ano) Grande ≥ 500.000 Assemelhados Médio ≥ 100 < 500
Grupo C8: Materiais de Borracha, de Plástico ou Sintéticos Grande ≥ 500
Pequeno < 5.000
C8.1 Beneficiamento de Médio ≥ 5.000 < A Grupo C11: Metalurgia de Metais Ferrosos e Não-Ferrosos e Fabricação e Acabamento de Produtos
Capacid
Borracha Natural 50.000 Metálicos
ade
Instalad Grande ≥ 50.000
a (t/Ano) Capacidade Instalada
Fabricação e Recondicionamento de Pneus e Câmaras de Ar Metalurgia e (t de Produto/Ano) Pequeno < 10.000
C8.2 C11.1 Fundição de Médio ≥ 10.000 < A
Metais 120.000
Pequeno < 10.000
Ferrosos Grande ≥ 120.000
C8.2.1 Fabricação de Capacidade Médio ≥ 10.000 < A
Pneuse Câmaras Instalada 280.000 Capacidade Instalada
de Ar (un/Mês) Grande ≥ 280.000 Metalurgia e (t de Produto/Ano) Pequeno < 10.000
Pequeno < 10.000 C11.2 Fundição de Metais Médio ≥ 10.000 < A
Recondicionamento Capacidade Médio ≥ 10.000 < Não Ferrosos 120.000
C8.2.2 de Pneus Instalada 280.000 M Grande ≥ 120.000
(Unidade/Mês) Grande ≥280.000 Capacidade Instalada
Metalurgia de (t de Produto/Ano) Pequeno < 5
C11.3 MetaisPreciosos Médio ≥ 5 <10 A
Fabricação de Artefatos Capacidade Instalada Grande ≥ 10
de Borracha ou Plástico (t/Ano) Pequeno < 5.000 M
(Baldes, PET, Elástico e Médio ≥ 5.000<
Assemelhados) 50.000 Capacidade Instalada
C8.3 Grande ≥ 50.000 Fabricação de (t de Produto/Ano) Pequeno < 10.000
C11.4 Soldase Anodos Médio ≥ 10.000 < A
30.000
Grande ≥ 30.000
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
Grupo E2: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia
Equipamentosde
Informática Construção de
Linhas de Pequeno ≥ 20 <
Pequeno ≥ E2.3 Distribuição de Extensão (Km) M
150
100.000 < 20.000.000 Energia Elétrica> Médio ≥ 150 < 750
Fabricação de Mídias Capacidade Médio ≥ 20.000.000 69 Kv Grande ≥ 750
C14.3 Virgens, Magnéticas e Instalada (un/Ano) < 100.000.000 M
Ópticas Grande ≥ 100.000.000
Geração de Área total Pequeno ≥ 1< 50
E2.7 Energia Solar da Usina Médio ≥ 50 <200 P
Grupo C15: Equipamentos e Materiais de Comunicação Fotovoltaica Solar Grande ≥ 200
instalada (ha)
Fabricação de
Centrais Telefônicas,
Equipamentos e Pequeno ≥ 1.000 < Grupo E3: Estocagem e Distribuição de Produtos
Acessórios de Radio Capacidade Instalada 50.000
C15.1 Telefonia e (un/Mês) Médio ≥ 50.000 < M Pequeno < 50.000
Fabricação e 400.000 Terminaisde minério Médio ≥ 50.000 <
E3.1 Capacidade de M
Montagem de Grande ≥ 400.000 100.000
Televisores Rádios e Armazenamento
(t) Grande ≥ 100.000
Sistemas de Som
Pequeno < 10.000
Grupo C16: Equipamentos de Transporte E3.3 Terminais de Capacidade de Médio ≥ 10.000 < P
produtosagrícolas Armazenamento 40.000
Fabricação de Veículos e Equipamentos de Transporte Rodoviário industrializados Grande ≥ 40.000
C16.3 (t)
Fabricação de
Montagem de Capacidade Pequeno <50.000
C16.3.1 Veículos Instalada (un/ Médio ≥ 50.000 M
Automotores, Ano) <300.000 Capacidade de
Trailers e Grande ≥ 300.000 Armazenamento
Postosde Venda de Pequeno < 600 m3
Semelhantes de Combustíveis
Gasolina e Outros Médio ≥ 600m³ < 900
Combustíveis Líquidos (m3) e m3
E3.4 de Combustíveis Grande ≥ 900 m3 M
C16.3.2 Fabricação de Triciclos e Motocicletas
LíquidosMais
Pequeno < GNV ou GNC
Fabricação e/ou Capacidade 100.000
C16.3.2.1 Montagem de Instalada (un/ Médio ≥ 100.000 < P Entrepostos
Motocicletas e Ano) 800.000 Aduaneiros de
Triciclos Grande ≥ 800.000 Produtos Não
Perigosos, Pequeno < 50
Pequeno < E3.5 Terminais de Médio ≥ 50 < 500 P
Fabricação de Bicicletas Capacidade 100.000 Estocagem e Área Total (ha) Grande ≥ 500
C16.3.3 Instalada (un/ Médio ≥ 100.000 < P Distribuição de
Ano) 800.000 Produtos Não
Grande ≥ 800.000 Perigosose Não
Classificados
Pequeno < 1000 Médio Grupo E4: Serviços de Abastecimento de Água
C16.3.4 Fabricação de Capacidade ≥ 1.000 < 8.000 P
Carrocerias Instalada (un/ Grande ≥ 8.000
Construção ou
Ano) Ampliação de Pequeno ≥ 0,5 <50
Sistema de Vazão Média (l/s) Médio ≥ 50 < 600
Abastecimento Grande ≥ 600
E4.1 Público de Água P
(Captação, Adução,
Tratamento,
Reservação)
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
UNIDADE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA DE MEDIDA PORTE POLUIDOR
Grupo E5: Serviços de esgotamento sanitário coleta, transporte, tratamento e disposição de esgotos Serviços de
domésticos (inclusive interceptores e emissários) Lavagem, Pequeno < 1
E11.6 Descontaminação e Área Total (ha) Médio ≥ 1 < 5 M
*Construção ou Manutenção de Grande ≥ 5
Ampliação de Tanques e
Sistema de Isotanques
Esgotamento Serviços de Pequeno <
Sanitário Pequeno ≥ 0,5 < 50 Britagem, Resíduos Capacidade 180.000
(Redes de Vazão Média (l/s) Médio ≥ 50 < 600 E11.7 da Construção Civil Instalada (t/ano) Médio ≥ 180.000 < M
Coleta, Grande ≥ 600 e Outros 720.000
E5.1 A
Interceptores, Grande ≥ 720.000
Tratamento e Serviços de
Disposição Manutenção; Pequeno ≥ 0,3 < 5
Final de E11.8 Lubrificação; Troca de Área Total (ha) Médio ≥ 5 < 10 P
Esgotos Óleo; Lavagem; Grande ≥ 10
Domésticos) Funilaria e Pintura
Grupo E6: Serviços de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos (coleta, transporte, Veicular
tratamento e disposição final) Número Pequeno ≥ 1000 Médio
E11.9 Lavanderias Doméstica de ≥ 3.000 < 8.000 P
Usinas de Unidades Grande ≥ 8.000
Compostagem e Quantidad Pequeno ≥ 5 < 30 Processad
E6.1 Triagem de e Operada Médio ≥ 30 < 200 M as (un/Dia)
Materiais e (t/dia) Grande ≥ 200 Pequeno ≥ 0,5 <
ResíduosUrbanos E11.10 Supermercados, Área Total (ha) 30 P
Reciclagem de Restaurante Médio ≥ 30 < 100
Materiais Metálicos, Grande ≥ 100
Triagem de Materiais Grupo E12: Serviços de Saúde
Recicláveis (Que Capacidade de Pequeno ≥ 2 < 6
E6.2 Inclua Pelo Menos Processamento Médio ≥ 6 < 20 P Pequeno ≥ 10 <
Uma Etapa do (t/Dia) Grande ≥ 20 100
Processo de E12.1 Hospitais/Clínicas Nº de Leitos Médio ≥ 100 < 200 M
Industrialização) Grande ≥ 200
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR
CÓDIGO TIPOLOGIA UNIDADE DE PORTE POTENCIAL
MEDIDA POLUIDOR
Grupo E9: Telefonia Celular Extensão (Km) Pequeno < 100
Pequeno < 1000 Médio F1.2 Ferrovias Médio ≥ 100 < 500 A
E9.1 Estações Rádio- Potência do ≥ 1.000 < 10.000 P Grande ≥ 500
Base de Telefonia Transmissor (W) Grande ≥ 10.000
Marinas,
Celular Atracadouros, Pequeno < 10
F1.5 Píer, Instalações Área Total (ha) Médio ≥ 10 < 50 M
Infraestrutura de de Manutenção Grande ≥ 50
Suporte de Rede Pequeno ≥ 5 < 150 de Embarcações
E9.2 de Extensão (Km) Médio ≥ 150 < 750 P e Similares
Telecomunições- Grande ≥ 750
MND Pequeno <
Área Total (ha) 100 Médio:
F1.6 Aeroportos ≥ 100 < 500 A
Grande ≥ 500
Infraestrutura de Pequeno ≥ 0,5 <
E9.3 Suporte de Rede Extensão (Km) 150 P Área Total Pequeno < 10
de Médio ≥ 150 < 750 F1.7 Autódromos e construída (ha) Médio ≥ 10 < 50 M
Telecomunições Grande ≥ 750 Aeródromos Grande ≥ 50
Pequeno < 20
Grupo E10: Serviços Funerários F1.8 Metrôs Extensão Médio ≥ 20 < 50 M
(Km) Grande ≥ 50
Pequeno < 5
E10.1 Cemitérios Área Útil (ha) Médio ≥ 5 < 30 P Pequeno < 100
Grande ≥ 30 F1.9 BRT/VLT Extensão Médio ≥ 100 < 500 A
(Km) Grande ≥ 500
Grupo E11: Outros Serviços Grupo F2: Barragens e Diques
Tinturaria e Número Pequeno < 3000 Médio Pequeno < 200
E11.1 Lavanderias de ≥ 3.000 < 8.000 M Barragens e Diques Área de Médio ≥ 200 <
Industrial/ Hospitalar Unidades Grande ≥ 8.000
Processad F2.1 Inundação (ha) 1.000 A
as (un/Dia) Grande ≥ 1.000
Grupo F3: Canais
Manutenção
Industrial, Área Construída (ha) Pequeno < 0,5
Pequeno < 2,0
E11.2 Jateamento, Pintura Médio ≥ 0,5< 5 M F3.1 Canais Vazão (m³/s) Médio ≥ 2,0 < 6,0 M
e Correlatos Grande ≥ 5 Grande ≥ 6,0
Grupo F4: Retificação de Cursos D´Água
Serviços de
calderaria, Pequeno < 0,5 Pequeno < 10
E11.3 usinagem, solda, Área utilizada (ha) Médio ≥ 0,5 < 40 M F4.1 Retificação de Extensão (Km) Médio ≥ 10 < 30 M
tratamento, e Grande ≥ 40 Cursos d´Água Grande ≥ 30
revestimento em Grupo F6: Uso da água
metais
Reservatórios e Área de Pequeno ≥ 1 ≤ 10
Serviços de Pequeno < F6.1 Aguadas inundação (ha) Médio > 10 < 40 M
Descontaminação Capacidade 220.000 Grande ≥ 400
E11.4 de Lâmpadas Instalada (un/Mês) Médio ≥ 220.000 < M
Fluorescentes ou 400.000
Reciclagem Grande ≥ 400.000
Pequeno ≥ 50 <
200
Concreto e Volume de Médio ≥ 200 <
Argamassa Produção 1.000
E11.5 (t/dia) Grande ≥ 1.000 P
UNIDADE DE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA MEDIDA PORTE POLUIDOR ANEXO V
Pequeno ≥ 3.000 <
F6.2
Dragagem/
Desassoreamento
Volume
do
8.000
Médio ≥ 8.000 < M
INFRAÇÕES E PENALIDADES (UFM)
material 20.000
sólido Grande ≥ 20.000
(m³)
Grupo F7: Uso do solo
Pequeno ≥ 3.000 < VALOR
Terraplenagem, Volume 8.000 EM UFM
Nº INFRAÇÃO GRAU INCIDÊNCIA
F7.1 Escavações e do Médio ≥ 8.000 < M
Aterros material 20.000
sólido Grande ≥ 20.000
(m³) 1 Contra a Administração Ambiental
Grupo F8: Galpões e Canteiros de Obra
Pequeno ≥ 0,5 < Obstar ou dificultar a ação do Poder
F8.1 Galpões Área total (ha) 30 M 1.1 Público no exercício de atividades Grave
Médio ≥ 30 < 100 de fiscalização ambiental 230 a 11.536
Grande ≥ 100
Canteiros de
Obra Área de Descumprir embargo de obra ou
trabalho fixa e/ou 1.2 atividade por desatendimento da Gravíssima 2
legislação ambiental por m³ a cada
temporária, onde ocorrência
se desenvolvam Pequeno ≥ 0,5 <
as operações de Área total (ha) 30
Elaborar ou apresentar informação,
F8.2 apoio e execução Médio ≥ 30 < 100 P estudo, laudo ou relatório ambiental 230 a 23.072
de Grande ≥ 100
grandes obras, total ou parcialmente falso, enganoso
ou omisso, seja nos sistemas oficiais
desde que, essa
estrutura de controle, seja no licenciamento, na Grave
concessão florestal ou em qualquer
perpasse os
limites do 1.3 outro procedimento administrativo
empreendimento ambiental
DIVISÃO G: EMPREENDIMENTOS URBANÍSTICOS, TURÍSTICOS E DE LAZER
Grupo G1: Artes, Cultura, Esporte e Recreação
Deixar de cumprir compensação 1.153 a
Estádios de ambiental determinada por lei, na
Futebol, Parques Pequeno ≥ 0,5 < 115.362
1.4 forma e no prazo exigidos Gravíssima
G1.1 Temáticos, de Área Total (ha) 10 P pela
Diversão e de Médio ≥ 10 < 50 autoridade ambiental
Exposição, Grande ≥ 50
Jardins Botânicos
Grupo G2: Empreendimentos Urbanísticos Descumprir prazos para o atendimento
1.5 de exigências, esclarecimentos ou Leve 115 a
*Complexos condicionantes 1.153
G2.1 Turísticos e Área total (ha) Pequeno ≥ 5 < 100 A
Empreendimento Médio ≥ 100 < 500
s Hoteleiros Grande ≥ 500
Descumprir obrigações
Pequeno ≥ 1,0 < estabelecidas em termo de 230 a 11.536
G2.2 Parcelamento do Área total (ha) 50 M 1.6 compromisso firmado com o órgão Grave
Solo Médio ≥ 50 < 200 executor da Política Ambiental
Grande ≥ 200
UNIDADE POTENCIAL
CÓDIGO TIPOLOGIA DE MEDIDA PORTE POLUIDOR
4 RECURSOS HÍDRICOS
Nº INFRAÇÃO GRAU VALOR INCIDÊNCIA
5 FAUNA
6.9
Agressão de árvore e utilização destas
para suporte de objetos, instalações e Leve 115,00
*O valor da multa considerará a classificação do
material publicitário por árvore, m³ ou
fração
empreendimento/atividade segundo porte e potencial
6.10
Plantar espécies arbóreas em área
Leve 115,00
poluidor.
pública sem autorização do órgão
competente por árvore, m³ ou
fração
Corte não autorizado de espécime imune por árvore, m³ ou
fração
6.11 Gravíssima 115,00
ANEXO VI
ANEXO VII
ATOS ADMINISTRATIVOS SUJEITOS AO
PAGAMENTO DE TAXA
ENQUADRAMENTO PARA AUTORIZAÇÃO
SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO
N° Descrição Tipo Valores (R$)*
12 Licença Ambiental de Operação (LAO) - porte x potencial poluidor Variável DIVISÃO B: ERRADICAÇÃO DE INDIVÍDUOS VEGETAIS
20 Outros Serviços (2 Via de Certificado de LA, Retificação de LA, ASV, AA) Fixo