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• Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de Praças - CFAP
• Divisão de Ensino
Direção do CFAP
Diretor - Cel PM Alfredo José Souza Nascimento
Diretor Adjunto -Ten Cel PM Lucas Miguez Palma
Equipe Pedagógica
Chefe da Divisã o de Ensino: Maj PM Helena Carolina Jones da Cunha
Coordenadora dos Batalhõ es-Escola: Maj PM Karina Silva Seixas
Instrutor–Chefe: Cap PM Guttemberg Loiola de Carvalho dos Santos
Seçã o Té cnica Pedagó gica e Design: Sub Ten PM Karina da Hora Farias
Seçã o Té cnica Pedagó gica: Sub Ten PM Lindinalva Brito da Silva
I - polícia federal;
II - polícia rodoviá ria federal;
III - polícia ferroviária
federal; IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
(Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
VIDA, logo, bens jurídicos essenciais que devem ser tutelados para perpetuaçã o da
espé cie humana.
As atividades policiais devem estar fundamentadas nos valores
principioló gicos existentes na Constituiçã o Federal, na Constituiçã o Estadual, nos
princípios da Administraçã o Pú blica e demais institutos legais que visam à garantia
dos direitos humanos coletivos e individuais, com forte apelo à dignidade da pessoa
humana.
Apesar de todos os entraves ao alcance dessa missã o, é importante conscientizar-
se de que esse é o objetivo a ser buscado e alcançado pela Polícia Militar do Estado
da Bahia.
Para fins didá ticos observem que houve significativas mudanças no quadro
geral da Segurança Pú blica brasileira, tendo sido acrescentado a funçã o de Guarda
Municipal em 2014 e em 2019, a funçã o de Polícia Penitenciá ria, através da Emenda
Constitucional 104.
• LOCAL DE RISCO - É todo local que, por suas características, apresente grande
possibilidade de ocorrê ncia policial-militar.
• OCORRÊ NCIA POLICIAL MILITAR - É todo fato que exige intervençã o policial-
militar, por intermé dio de açõ es ou operaçõ es.
a) Ordem Pública:
Conjunto de regras formais, coativas, que visam estabelecer um clima de convivê ncia
harmoniosa e pacífica entre os cidadã os;
b) Segurança Pública:
A garantia que o Estado proporciona a Naçã o a fim de assegurar a Ordem Pú blica contra
violaçõ es de toda espécie;
CURSO DE FORMAÇÃ O DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 7
c) Tranquilidade Pública:
Está gio em que a comunidade se encontra em uma situaçã o de bem estar social;
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Disponível em http://www.ssp.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=41
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O nome de uma operaçã o serve a polícia para referir-se a ela sem levantar
suspeitas e, ao mesmo tempo, é utilizada pelos meios de comunicaçã o quando essa
operaçã o já é conhecida pela opiniã o pú blica, a fim de demonstrar seus resultados
junto à sociedade.
cumprimento das leis e regras sociais junto pela sociedade, coibindo desvios de
conduta, restringindo direitos em pró da coletividade, impactando de sobremodo
na vida da comunidade.
É comum ouvir acusaçõ es de abusos à s operaçõ es policiais militares por parte
de diversos segmentos da sociedade, pautada em uma tradiçã o generalista e
negativa de que a Polícia é ineficiente, corrupta e corruptível, nem sempre
verdadeiras, poré m, como modo de especializar a tropa as operaçõ es policiais
militares devem seguir os preceitos fundamentados dos direitos humanos e da
limitaçã o do uso da força, dentro da perspectiva dosriscos presentes,
proporcionalidade e razoabilidade a que estã o submetidos.
Com a Constituiçã o de 1988 a atuaçã o de uma Polícia ditatorial tornou-se
inconcebível passando a ter o respaldo legal para atuar a Polícia cidadã , logo, a
tortura (posiçã o de dor física ou psicoló gica mediante crueldade para obtençã o de
confissã o ou informaçã o), transformou-se em crime INAFIANÇÁVEL E
INSUSCETÍVEL DE GRAÇA OU ANISTIA podendo alcançar sançã o penal e
administrativa, todo e qualquer policial militar que vier a utilizá -la como meio de
trabalho, ao contrá rio senso os policiais hoje precisam estar perto da comunidade
em um processo de colaboraçã o para combater com eficiê ncia o crime organizado.
É importante salientar o papel da polícia nã o é apenas voltados para incidentes
criminais como versa Greene (2002, p.47), també m auxilia as pessoas nas mais
diversas situaçõ es, como acidentes, pessoas feridas, mordidas de animais, tentativa
de suicídio, em acidentes automobilísticos, perdidas, dentre outras; muitas vezes
bastando um aceno ou um olhar para o policial passar a servir como mediador de
conflitos sociais, intervindo em situaçõ es importantes com procedimentos de
atuaçã o devem se pautar na defesa social.
Os procedimentos policiais que impactam na vida da comunidade devem se
pautar no respeito aos direitos fundamentais constitucionais, à diversidade,
inclusive é tnica e cultural, bem como, na atençã o para causar o menor impacto
possível na vida das pessoas.
CURSO DE FORMAÇÃ O DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 12
(USO PROGRESSIVO)
A depender do tipo de ameaça por parte do cidadã o durante a abordagem, o policial
militar deverá atuar e reagir com força proporcional à conduta do agente suspeito,
logo, se o cidadã o abordado atua de modo cooperativo, mas, com resistê ncia verbal,
o PM deve atuar apenas com a verbalizaçã o. A força letal usada pelo policial deve ser
exclusivamente usada de modo excepcional para resguardar sua pró pria vida em
casos extremos.
2.2.1. IDENTIFICAÇÃ O:
O PO é a atividade de Manutençã o da Ordem Pú blica em cujo emprego a fraçã o é
identificada de relance pela farda ou formas complementares;
2.2.2. AÇÃ O PÚ BLICA:
O PO é exercido visando a preservar o interesse geral da Segurança Pú blica nas
comunidades, resguardando o bem comum em sua maior amplitude. Nã o se
confunde com zeladoria nem com segurança pessoal de indivíduos sob ameaça.
2.2.3. TOTALIDADE:
O PO deve fazer frente a toda e qualquer ocorrê ncia, quer por iniciativa pró pria,
quer por solicitaçã o, quer por determinaçã o.
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2.2.4. LEGALIDADE:
As atividades de PO desenvolvem-se dentro dos limites que a Lei estabelece. Ele é
discricioná rio, nã o arbitrá rio.
2.3. PRINCÍPIOS
Preceitos essenciais considerados no planejamento e na execuçã o visando à eficá cia
operacional.
2.3.1. UNIVERSALIDADE:
A natural, e à s vezes imposta, tendê ncia à especializaçã o nã o constitui ó bice à
preparaçã o do Policial Militar, capaz de dar tratamento adequado aos diversos tipos
de ocorrê ncias.
2.3.3. CONTINUIDADE:
O Policiamento Ostensivo é atividade imprescindível, de cará ter absolutamente
operacional, e será exercido diuturnamente.
2.3.4. APLICAÇÃ O:
O PO, por ser uma atividade facilmente identificada pela farda, exige atençã o e
atuaçã o ativas de seus executores, de forma a proporcionar o desestímulo ao
cometimento de atos antissociais, pela atuaçã o preventiva e repressiva.
2.3.5. ISENÇÃ O:
No exercício profissional, o Policial Militar, atravé s de preparo psicoló gico, deve
procurar atuar sem demonstrar emoçõ es ou concepçõ es pessoais.
2.3.6. ANTECIPAÇÃ O:
A fim de ser estabelecido e alcançado o espírito predominantemente preventivo do
PO, a iniciativa de providê ncias estraté gicas, tá ticas e té cnicas, destina-se a
minimizar a surpresa, caracterizar um clima de segurança na comunidade e fazer
frente ao fenô meno de evoluçã o da criminalidade, com maior eficiê ncia.
Suplementaçã
Processo
o
Variávei
s
Modalidad
Tempo
e
Form Circunstânc
a ia
Lugar
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2.4.2. TIPO
2.4.2.1. Policiamento Ostensivo Geral:
Visa à satisfaçã o das necessidades bá sicas de segurança inerentes a qualquer
comunidade ou cidadã o.
2.4.2.2. Policiamento Ostensivo de Trâ nsito Urbano ou Rodoviá rio:
Visa à execuçã o do PO nas vias terrestres abertas à livre circulaçã o objetivando
disciplinar o pú blico no cumprimento e respeito à s normas e regras de trâ nsito.
• Montado;
• Aé reo;
• Em embarcação;
• Em bicicleta.
2.4.5. MODALIDADES:
2.4.5.1. Patrulhamento:
Atividade mó vel de observaçã o, fiscalizaçã o, proteçã o, reconhecimento ou emprego
de força.
2.4.5.2. Permanência:
Atividade predominantemente está tica de observaçã o, fiscalizaçã o, proteçã o,
emprego de força ou custó dia, realizada pelo PM no Posto;
2.4.5.4. Escolta:
Atividade destinada à custó dia de pessoas ou bens em deslocamento.
2.4.6.3. Especial:
Emprego temporá rio de meios operacionais em eventos previsíveis que exijam
esforço específico.
2.4.7. Lugar:
Urbano;
Rural.
2.4.8.2. Escalonamento:
Grau de responsabilidade dos sucessivos e distintos níveis da Cadeia de Comando,
no seu espaço físico.
2.4.11. DESEMPENHO
2.5.1. CONCEITO:
Sã o comportamentos padronizados que proporcionam à s condiçõ es bá sicas para o
pleno exercício das funçõ es policiais militares e, por isso, refletem o nível de
qualificaçã o profissional do homem e da Corporaçã o. Compreendem os requisitos
bá sicos, as formas de empenho em ocorrê ncias, os fundamentos legais e as té cnicas
mais usuais.
a) CONHECIMENTO DA MISSÃ O
O desempenho da atividade de Policiamento Ostensivo impõ e como condiçã o
essencial para eficiê ncia operacional, o completo conhecimento da missã o, que tem
origem na tomada da informaçã o real em tempo há bil, no preparo té cnico-
profissional e se completa com o interesse do indivíduo;
c) RELACIONAMENTO
Compreende o estabelecimento de contatos com os integrantes da comunidade,
proporcionando a familiarizaçã o com seus há bitos, costumes e rotinas, de forma a
criar uma empatia entre o Policial Militar e a comunidade, para que juntos possam
trabalhar por uma melhor segurança;
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d) POSTURA E COMPOSTURA
A atitude, compondo a apresentaçã o pessoal, bem como a correçã o de maneiras no
trato com as pessoas, influi decisivamente no grau de confiabilidade do pú blico em
relaçã o à Corporaçã o e manté m elevado o grau de autoridade do Policial Militar,
facilitando-lhe o desempenho operacional;
a) CONCEITO:
Tipo de policiamento que visa a satisfazer as necessidades basilares de segurança
pú blica, inerentes à comunidade ou qualquer cidadã o.
b) MISSÃ O:
A missã o do policiamento é atuar sistemá tica e permanentemente na preservaçã o da
ordem e da segurança pú blica através da circulaçã o dos prepostos PM de modo a
desestimular o cometimento de atos antissociais, preservando, desse modo, o
patrimô nio pú blico e privado e a integridade física dos indivíduos, garantindo o
cumprimento dos dispositivos legais que compõ em o ordenamento jurídico.
c) APRESENTAÇÃ O:
d) EXECUÇÃ O:
A execuçã o do policiamento ostensivo geral é feita a partir de postos. Estes por sua
vez, sã o constituídos por ponto base (PB) ou vá rios PB, interligando itinerá rio.
Havendo vá rios PB, a fraçã o que atua no posto obedecerá a um cartã o programa,
que é um roteiro destinado a distribuir no tempo e no espaço o trabalho de rondas
do PM.
e) PONTO BASE:
Espaço físico limitado que exige a presença real ou potencial, por ser local de risco. É
conveniente que possua iluminaçã osuficiente para que à noite, a fraçã o seja
facilmente localizada, quando o processo for motorizado, deve ser instalado de
forma a permitir o deslocamento imediato em duas direçõ es no mínimo.
f) CARTÃ O-PROGRAMA:
É a representaçã o grá fica do posto, indicando a localizaçã o dos PB, os itinerá rios a
obedecer e os horá rios a serem observados. O cumprimento do horá rio do cartã o
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h) EXTENSÃ O DO POSTO:
A extensã o do posto com mais de um PM varia em funçã o do processo a ser adotado
e deve proporcionar a possibilidade de serempercorridos preferencialmente entre
três a seis vezes, pela fraçã o, em cada turno, estes limites se justificam porque, aquém
do mínimo, o posto pode estar sendo escassamente policiado, e se acima do limite
má ximo, pode estar havendo uma supervalorizaçã o de um ponto em detrimento de
outros espaços que também devam ser cobertos. Para delimitaçã o dos postos devem
ser utilizados os índices de ocorrência. Estes fatores determinam, também, a
prioridade de cobertura.
a açã o. O tipo do terreno a ser progredido pela tropa será elemento determinante da
técnica a ser adotada na conduta da guarniçã o, podendo ser á rea edificada ou de
mato.
b) Zona Rural:
É o espaço compreendido no campo, sendo uma regiã o nã o urbanizada.
b) Área de Mato
Denomina-se toda á rea ou localidade onde possa ser observada vegetaçã o
abundante e podendo possuir construçõ es esparsas ou isoladas. Pode-se observar
Á rea de Mato na zona urbana.
3.2. PO A PÉ
3.2.1. PECULIARIDADES DO P.O. A PÉ
a) EMPREGO:
Nas á reas urbanas, o policiamento ostensivo geral é empregado em postos situados
em zonas residê ncias de elevada densidade demográ fica ou maciça concentraçã o
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b) RESTRIÇÕ ES:
À noite, nã o é recomendá vel a utilizaçã o de PM isolado, sendo o efetivo mínimo de
02 (dois) PMs o indicado para o posto, por proporcionar apoio mú tuo e maior
flexibilidade operacional.
c) ELEMENTOS DE APOIO:
Em determinadas situaçõ es, seu rendimento será aumentado quando apoiado pelo
processo motorizado, dada a capacidade adicional de transporte de pessoas e de
material. A utilizaçã o de rá dio transceptor aumenta consideravelmente a eficiê ncia
do processo.
d) DURAÇÃ O:
O turno de 06(seis) horas se apresenta como o mais indicado para o policiamento a
pé , tendo em vista o ajustamento fisioló gico (regularidade entre horas de descanso e
de trabalho), à atividade profissional.
3.3. MOTORIZADO
b) EFETIVO:
Deve ser composta de no mínimo dois patrulheiros, sendo um deles o motorista,
dar- se o nome de guarniçã o PM.
c) JORNADA:
O turno de serviço da RP nã o pode ser superior a 12 (doze) horas por guarniçã o PM.
f) USO DA SIRENE:
A sirene é um sinal sonoro regulamentar de trâ nsito, para proporcionar prioridade
de trâ nsito, devendo ser utilizado apenas em casos de emergê ncia.
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[...]
3.4. PO EM BICICLETAS
3.4.1. PECULIARIADES DO POLICIAMENTO EM BICICLETAS
a) VANTAGENS:
1- DISCRETA: Todas as polícias destacam o fato de serem veículos silenciosos, quase
“invisíveis”. Podem-se surpreender grupos de criminosos surgindo por onde eles
menos esperam, sobretudo por rotas de fuga onde nã o dá para passar um carro.
5- SAUDÁ VEL: Bicicletas mantê m os policiais em boa forma física. Alé m de melhorar
a autoestima pessoal, a corporaçã o e a cidade ganham porque as faltas ao trabalho
por motivo de doença sã o reduzidas drasticamente.
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b) DESVANTAGEM:
É inviá vel para transportar pessoas presas, sendo necessá rio apoio de viatura 04
rodas.
c) KIT BIKE
Esse kit consta fardamento específico (bermuda, capas, faixas/coletes fluorescentes,
luvas, sapatos, etc), bem como equipamentosde proteçã o individual (capacetes,
trancas, sirenes e outros opcionais). Em alguns lugares, bicicletas podem usar as
luzes piscantes que identificam os veículos da polícia, mas isto depende de cada
legislaçã o.
d) DURAÇÃ O:
O turno de 06(seis) horas se apresenta como o mais indicado para o PO BIKE, tendo
em vista o ajustamento fisioló gico (regularidade entre horas de descanso e de
trabalho), à atividade profissional.
5.1. INTRODUÇÃ O
Como o pró prio nome indica que é visível, marcado por uniformes, símbolos,
veículos caracterizados e desenvolve tá ticas que propiciem a maior visibilidade
possível e a demonstraçã o de força (exibiçã o de armamento, verbalizaçã o,
posicionamento na abordagem, etc).
PREVENTIVA X REPRESSIVA
É aquela que resulta de prisã o em flagrante delito ou por ordem judicial, ou mesmo
em decorrência de situaçã o de “fundada suspeita”, à luz do que estabelece o art. 244,
do Có digo de Processo Penal (CPP):
“A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisã o ou quando houver
fundada suspeita de que a pessoa esteja na pose de arma proibida ou de objetos ou
papeis que ou quando a medida for determinada no curso da busca domiciliar (grifo
nosso)”.
Essa modalidade de abordagem, exceto no que diz respeito à noçã o de fundada
suspeita, geralmente, nã o causa grandes entreveros jurídicos, pois retrata uma
situaçã o em que há uma imperiosa necessidade de atuaçã o estatal.
5.3. CONCEITO
5.4.1. PRINCÍPIOS:
• Preservaçã o da vida
• Legalidade
• Dignidade da pessoa humana
• Isonomia
• Interesse pú blico
• Proporcionalidade no uso da força
b) Unidade de Comando:
É a atividade dinâ mica de prever, dirigir, coordenar, fiscalizar a açã o de uma tropa a
cargo de uma pessoa dentro de uma linha de comando verticalizada. A
responsabilidade da açã o será proporcional ao nível de comando.
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c) Flexibilidade:
Condiçã o de realizar manobras diversificadas com viaturas ou efetivos, buscando
atingir o objetivo da abordagem policial. Para este fundamento deve ser observada a
RAPIDEZ como uma atitude a ser adotada durante a açã o, buscando executar
corretamente as té cnicas com velocidade e eficiê ncia.
d) Ação Vigorosa:
É a atitude firme e resoluta dos componentes da açã o policial que darã o ordens claras
e precisas ao abordado, caracterizadoras do conhecimento técnico profissional.
Jamais deverá confundir-se com arbítrio ou violência.
e) Vigilância:
Capacidade de perceber a existê ncia de ameaças, estando o PM sempre alerta ao
perigo.
a) Aproximação:
Consiste na té cnica de aproximar-se do alvo a ser abordado, identificando possíveis
pontos de perigo iminente, bem como prová veis desdobramentos no cená rio da
abordagem. Deve se atentar para a SURPRESA como um elemento a ser utilizado na
execuçã o desta conduta, haja vista ser o ato de aparecer inopinadamente diante de
uma pessoa, visando evitar sua reaçã o.
b) Contenção:
Técnica utilizada para controlar o ambiente e/ou pessoa a ser abordada impedindo
qualquer reaçã o contra a fraçã o de tropa. Visa estabelecer a Zona de Segurança (Setor
de Busca, Setor de Custó dia) e a estabilizaçã o para a açã o policial.
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c) Busca:
É o procedimento técnico operacional que tem como objetivo a localizaçã o e a
identificaçã o de objetos ilícitos.
d) Identificação:
É o procedimento té cnico de verificaçã o de documentos e/ou caracteres que visa a
identificaçã o pessoal e/ou veicular.
5.5.3. EXECUÇÃ O
A execuçã o consiste na aplicaçã o prá tica do plano de açã o, aplicando as Condutas da
Abordagem Policial (Aproximaçã o, Contençã o, Busca e Identificaçã o).
5.5.4. CONCLUSÃ O
Apó s a abordagem, o PM procederá a orientaçã o, assistê ncia e em caso de necessitar
realizar a busca pessoal e verificando-se o cometimento de um ilícito, o abordado
deverá ser conduzido a uma delegacia de polícia. Em caso de realizar a busca
pessoal
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ESTADOS DE ALERTA
ESTADOS DE ALERTA DESCRIÇÃO
Quando a condiçã o ou o local em que se encontra permite o
BRANCO relaxamento, devido ao cansaço ou notó ria ausência de perigo. Neste
estado o policial nã o está pronto para o enfrentamento.
Quando a condiçã o ou o local em que se encontra nã o provoca tensã o
nem desestabiliza a calma, mas requer atenção multidirecional,
AMARELO devendo estar precavido e em constante vigilância. A agressã o é
possível e exige atenção a sinais que possam indicar uma ameaça
potencial.
Quando a condiçã o ou o local em que se encontra apresenta
probabilidade de confronto, momento em que sã o identificadas
LARANJA
pessoas que possam apresentar ameaça, avaliando-se a postura de
segurança adequada.
Quando a condiçã o ou o local apresenta suspeita confirmada, sendo o
VERMELHO risco real, exigindo do policial postura má xima afim de controlar a
situaçã o conforme as circunstâ ncias.
Quando a condiçã o ou o local em que se encontra apresenta-se como
ameaça para a qual nã o está preparado ou, devido ao período de
PRETO
tensã o prolongada, há sobrecarga física e emocional de seu organismo
gerando estado de pânico.
POSTURA DESCRIÇÃO
Com a arma de porte o PM tomará a posição diagonal em relação ao abordado,
BÁSICA ficando a arma no coldre no lado oposto ao abordado. Arma portá til voltada
para baixo engajada com o cano para local seguro.
Arma de porte e/ou portá til engajada à 45º para baixoem posição de
RELATIVA
segurança.
Arma de porte e/ou portá til engajada em condiçõ es de disparo, um pouco
SEMIPRONTA abaixo da linha de visada, com o objetivo de ampliar a visã o periférica do
policial.
MÁXIMA Arma de porte e/ou portá til engajada em condições plenas de disparo.
Postura BÁSICA
Postura RELATIVA
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Postura SEMIPRONTA
Postura MÁXIMA
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Lembre-se que a postura máxima sempre vai ocorrer somente quando a situaçã o de risco
alcançar o nível máximo. Nã o obstante, se utiliza o princípio da progressividade no uso da
força para agir nessa condiçã o, é importante considerar os aspectos da necessidade,
legalidade, conveniência e proporcionalidade.
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6. TÉCNICAS DE BUSCA
6.1. BASE LEGAL
Legislação Artigo Tipificação Descrição
Proceder-se-á à busca pessoal quando
Busca Pessoal houver fundada suspeita de que alguém
Có digo de
240- §2º (Fundada oculte consigo arma proibida ou objetos
Processo Penal
Suspeita) mencionados nas letras b a f e h do
pará grafo anterior.
A busca pessoal independerá de mandado,
no caso de prisã o ou quando houver
fundada suspeita de que a pessoa esteja na
Có digo de Busca Pessoal e
244 posse de arma proibida ou de objetos ou
Processo Penal Busca Domiciliar
papé is que constituam corpo de delito, ou
quando a medida for determinada no curso
de busca domiciliar.
A busca em mulher será feita por outra
Có digo de Busca Pessoal em
249 mulher se nã o importar retardamento ou
Processo Penal Mulher
prejuízo da diligê ncia.
Sã o condiçõ es de acesso e permanência no
Revista Pessoal de recinto esportivo, sem prejuízo de outras
Estatuto do
13A- III Prevençã o e condiçõ es previstas em lei: III- consentir
Torcedor
Segurança com a revista pessoal de prevençã o e
segurança.
Ajoelhado – é aquela que será utilizada em suspeita confirmada e o tipo de guarnição não
dispuser de todos os elementos para suprir todas as funções requeridas na abordagem, em
relaçã o aos abordados. Aqueles serã o postos na posiçã o de joelhos, afastados, pés cruzados à
retaguarda, braços elevados, mã os sobre a região da nuca e dedos entrelaçados.
c) Recomendações:
- Havendo objetos (mochilas, sacolas, pochetes) com os abordados, esta busca deve
ser realizada em um segundo momento priorizando a busca nas pessoas.
- A busca em objetos deverá ser realizada pelo policial permanecendo o abordado a
uma distâ ncia de segurança, mas que possibilite a visualizaçã o de seus pertences.
- Salienta-se que a busca ajoelhado ou deitado ocorrerá em situaçõ es de suspeita
confirmada, colocando os abordados ajoelhados (suspeita confirmada com ilícito) ou
em decú bito ventral (suspeita confirmada com arma).
- É importante salientar que apó s a busca na posiçã o do abordado ajoelhado e
deitado, o mesmo será colocado de pé , quando deverá ser realizada uma nova busca
pessoal, visando proporcionar maior segurança no procedimento.
- Vale ressaltar, que independente da posiçã o empregada, durante a busca pessoal,
se o abordado apresentar resistê ncia, o agente deverá provocar o desequilíbrio
do mesmo e afastar-se facilitando a atuaçã o do segurança de busca e adotar postura
de segurança condizente com a situaçã o.
- Ao aproximar-se para executar a busca pessoal o Homem Busca a realizará com a
arma de porte coldreada e a portá til travada evitando que esteja a frente do corpo.
domiciliar utiliza-se o termo fundadas razõ es. É vá lido ressaltar que nem toda
edificaçã o será um domicílio, poré m o policial deverá saber em que situaçõ es ele
poderá realizar a sua intervençã o.
7. USO DE ALGEMAS
7.1. BASE LEGAL
A algema será empregada antes, durante ou apó s a busca pessoal, dependendo das
circunstâ ncias da ocorrência, estando o abordado na posiçã o em pé, ajoelhado ou
deitado, devendo ser observado pelo policial os aspectos legais que respalda esta
açã o.
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c) Algemação Ajoelhado
Procederá de forma aná loga a algemaçã o em pé sem anteparo, porém, devendo atentar para
a altura que estará o abordado e a sua colocaçã o em pé.
d) Algemação Deitado
O abordado será posto na posição de decú bito ventral, as pernas afastadas, braços abertos e
estendidos horizontalmente, com a cabeça virada para um dos lados, o PM se aproximará
pelo lado oposto ao rosto do abordado, posicionando ambos os joelhos nas costas do mesmo
(sendo um na região cervical e outro na região dorsal), imobilizando um dos braços entre as
pernas, realizando a algemaçã o deste, em seguida levará o braço algemado à s costas, será
determinado que o abordado leve a outra mã o à suas costas.
Lembrete: quando for necessá rio o emprego de algemas plá sticas (tipo lacre), o
abordado estará , preferencialmente, com à s mã os para trá s e o procedimento será o
seguinte: 1) colocar as mã os do preso à s costas, com um pulso sobre o outro, com as
palmas da mã o voltada para cima; 2) passar a algema plá stica em volta dos pulsos,
fixando-a, sem exagerar, para nã o provocar a interrupçã o do fluxo sanguíneo.
(ARANHA, 1995. ADAPTADO)
II – A postura de segurança do armamento dos policiais deverá ser compatível com o nível
de segurança da abordagem.
III – O Comandante deve fornecer todas as orientaçõ es para que o abordado tome a posição
de busca pessoal evitando, nesse instante, o contato físico.
Lembrete: diante da inexistência de um anteparo para ser feita a custó dia, esta deverá ser
executada colocando-se o(s) suspeito(s) com as mã os sobre a cabeça e os dedos entrelaçados.
Excepcionalmente será utilizada a posiçã o de joelhos ou em decú bito ventral quando a
situaçã o assim o exigir.
II – Havendo mais de uma pessoa, inicialmente, o enquadramento dos abordados deverá ser
realizado por todos os policiais da guarnição sendo que, completada a aproximaçã o e a
contençã o, o Patrulheiro nº 2 acumulará a funçã o de Segurança de Custó dia e Segurança
Externa.
I – Deve ser observado o quanto disposto no Item anterior, salientando que cada um dos
policiais assumirá uma funçã o específica, a saber: Homem Busca, Segurança de Busca,
Segurança de Custó dia e Segurança Externa, sendo que havendo necessidade da funçã o de
Segurança de Custó dia 2, esta será acumulada com a Segurança Externa.
Lembrete:
VIABILIDADE DA OUTRAS
TIPO DE NÍVEL DA ABORDAGEM CONDUTAS
POSTURA DE POSICIONAMENT
GUARNIÇÃ ABORDAGE SITUAÇAO POLICIAL TÁTICAS A
SEGURANÇA O DO ABORDADO
O M (RISCO SEREM
CONTROLÁVEL) ADOTADAS
COLOCAR NO OBSERVAR /
FUNDADA ANTEPARO SOLICITAR
03 SEMIPRONTA NÃO
SUSPEITA OU EM REFORÇO/APOI
PÉ/JOELHO O
9. IMUNIDADES
9.1. CONCEITO:
Sã o privilé gios atribuídos a certas pessoas, em vista dos cargos ou funçõ es que
exercem. Imune quer dizer isentoou livre.Assim, a pessoa que gozar de imunidade,
ficará isenta do cumprimento da lei nacional, quanto aos seus atos pessoais.
Admitimos suas classes de imunidades: Diplomá tica e Parlamentar.
a) Os agentes diplomáticos:
1. Embaixadores;
2. Legados;
5. Ministros plenipotenciários,
6. Internú ncios,
7. Ministros residentes
Se o vereador for criminalmente condenado, pode perder o cargo que ocupa, nos
termos do art.92doCP(mas não se trata de pena automática). Também é possível
acassaçãodo seu mandato, nos termos do art.7.ºdo Dec.-lei201/67 (não se trata
de responsabilidade penal, e sim, administrativa ou político-administrativa).
CURSO DE FORMAÇÃ O DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 64
[...]
[...]
ALei Orgâ nica Nacional do Ministé rio Pú blico (LONMP), Lei8.265/93, determina
em seu artigo 40, inciso III, que o este servidor també m somente será preso
mediante ordem judicial escrita ou em flagrante por crime inafiançá vel, ex atamente
igual à s prerrogativas dos juízes, no tocante a prisã o.
[...]
O có digo foné tico visa evitar que pessoas estranhas ao serviço policial saiba
quais as açõ es que as guarniçõ es de á rea estã o realizando no combate a
criminalidade, ele pode salvar vidas se bem utilizado e, ao contrá rio, pode colocar os
policiais em grande risco, quando desconhecidos interceptam a comunicaçã o.
Quando pessoas estranhas a atividade policial sabem do significado dos
có digos estes podem chegar de surpresa a um local ou interceptar fisicamente uma
guarniçã o em deslocamento com o fator surpresa, logo, sob qualquer hipó tese deve-
se divulgar a correlaçã o entre os có digos, pois colocará em risco a sua pró pria vida.
CURSO DE FORMAÇÃ O DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 67
ALFABETO
A ALFA N NOVEMBER
B BRAVO O OSCAR
C CHARLIE P PAPA
D DELTA Q QUEBEC
E ECO R ROMEU
F FOX S SIERRA
G GOLF T TANGO
H HOTEL U UNIFORM
I INDIA V VICTOR
J JULIETE W WHISKEY
L LIMA Y YANKEE
M MIKE Z ZULU
PRONÚNCIA
CURSO DE FORMAÇÃ O DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 68
NUMÉRICO
0 NEGATIVO
1 PRIMO
2 SEGUNDO
3 TERCEIRO
4 QUARTO
5 QUINTO
6 SEXTO
7 SÉTIMO
8 OITAVO
9 NONO
10 DÉCIMO
OBS: quando houver numeral repetido, por duas vezes consecutivas, utiliza-se o termo
DOBRADO. Exemplo: 22 = SEGUNDO DOBRADO e 11 = PRIMO DOBRADO
ALFA – DETERMINAÇÕES
BETA – SITUAÇÕES
BETA – SITUAÇÕES
BETA 22 NEGATIVO
BETA 23 POSITIVO