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GTD – Geração, transmissão e

distribuição
PROFESSORA: ELAINE SANTOS
Aula 5 – Redes elétricas inteligentes
O aumento exponencial da população do planeta, aumentou
proporcionalmente os problemas energéticos.
Qualquer sistema elétrico de potência deve garantir o
suprimento de energia aos consumidores, de forma confiável e
ininterrupta, respeitando os limites de variação de frequência e
tensão;
A proposta de solução que vem sobressaindo nos últimos anos
é a de tornar a geração de energia mais distribuída.

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Neste contexto, os grandes desafios técnicos dos sistemas
elétricos interligados residem nas etapas de especificação,
projeto e operação, de modo a garantir sua integridade nas
mais diversas situações:
➢Na presença de variações instantâneas no consumo de
energia: conexão e desconexão de cargas;
➢Na eventualidade de distúrbios: curtos-circuitos nos
equipamentos que compõem os sistemas, perda de grandes
blocos de carga, etc.

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Em meados da década de sessenta, a indústria de energia
elétrica iniciou o uso da eletrônica analógica e digital para
efetuar o monitoramento, a automação e o controle dos
sistemas elétricos de potência.
Os avanços na tecnologia da computação permitiram a
elaboração e utilização de ferramentas computacionais para a
simulação dos sistemas elétricos de potência, de modo a
planejar sua operação durante contingências.

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Atualmente, a utilização de equipamentos e ferramentas
computacionais para esse fim é bastante difundida nas usinas
de geração de energia elétrica, bem como nos sistemas de
transmissão e, em menor escala, nas redes de distribuição.

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À medida que a indústria de energia elétrica caminha para a
mudança nas fontes de energia e direciona esforços para a
eficiência energética, as tecnologias adotadas atualmente se
tornam obsoletas.
Nas próximas décadas, a arquitetura dos sistemas elétricos
pode mudar significativamente.

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A prevalência de grandes usinas de geração de energia elétrica
e do controle centralizado deve ser sucedida pela presença de
pequenas unidades geradoras e inteligência descentralizada.
No centro dessa transformação se encontram as Redes Elétricas
Inteligentes, que devem marcar essa mudança (possivelmente
a maior mudança na indústria, desde a “Batalha das
Correntes”).

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Definição de Smart Grid:
“uma rede moderna que
permite o fluxo bidirecional
de energia, usando
comunicação nos dois
sentidos e técnicas de
controle, que possibilitará
novas funcionalidades e novas
aplicações”.

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Segundo a Agencia Internacional de Energia (IEA), o processo
de tornar o sistema elétrico mais inteligente é uma evolução e
não um evento pontual.
A smart grid deve ser interpretada mais como um conceito do
que uma tecnologia específica.
É uma rede elétrica que usa tecnologia de informação,
sensoriamento e automação de modo a fornecer energia
elétrica de forma eficiente, confiável e segura.

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Nesse contexto, redes elétricas inteligentes são redes que
utilizam extensivamente:
✓Equipamentos eletrônicos;
✓Sistemas de comunicação; e
✓Ferramentas computacionais.
O objetivo disso é de ampliar o desempenho dos sistemas
elétricos, no que se refere à produtividade, eficiência
energética, qualidade e desempenho ambiental.

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Dessa forma, ela contribui para uma convergência de
tecnologias, além de conseguir atender cenários com fontes de
energia distribuídas e intermitentes, facilitando a integração da
energia eólica, solar e outras fontes renováveis na rede
nacional.

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De acordo com a ANEEL, existem duas categorias de geração
distribuída:
Microgeração → se refere à centrais geradoras com potência
instalada menor ou igual a 100kW;

Minigeração → potência instalada entre 100 kW e 1 MW.

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O acesso dessas centrais à rede inteligente garante a
participação ativa de pessoas com fontes de energia em seus
domicílios ou empresas, geralmente painéis solares, no
mercado de energia nacional.
Além disso, temos também a integração na rede de pequenas
fontes ou reservatórios de energia, como os carros elétricos.

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Placas solares para microgeração Sistema residencial de carregamento de


energética. carros elétricos.

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A utilização das baterias de carros elétricos poderiam ser feitas
de forma que, quando a oferta energética estivesse maior que
a demanda, as baterias seriam carregadas, e quando a
demanda estivesse maior que a oferta, as baterias se
descarregariam, oferecendo a energia armazenada para
suavizar a demanda da rede.

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(AMI) Infraestrutura Avançada de Medição
Para que haja interconexão entre o usuário da rede e o
fornecedor dos serviços, é necessário implementar uma
arquitetura computacional, designada por Infraestrutura
Avançada de Medição (AMI), de forma a criar uma
comunicação automática e bidirecional entre o consumidor e a
concessionária dos serviços através do uso de medidores
inteligentes.

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Medidores Inteligentes
São dispositivos utilizados para medir o consumo de energia
elétrica regularmente.
A diferença desses medidores com os mais simples é que os
medidores inteligentes permitem o fluxo bidirecional de
energia, além de coletar uma quantidade de informações sobre
o consumo muito maior do que os medidores comuns.
Assim, pode ser feita uma monitoração e tarifação mais
detalhada da energia, e a integração da rede elétrica como um
todo é facilitada pelo grande fluxo de informações.
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Medidor inteligente utilizado comercialmente.

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Estrutura da Infraestrutura Avançada de Medição (AMI)
A estrutura do AMI é composta por basicamente três redes:
→HAN: Rede doméstica de área local.
→NAN: Rede de área vizinha.
→WAN: Rede de área ampla.

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Cada domicílio possui uma rede própria (HAN), que conecta os
dispositivos inteligentes (consumidores de energia) e as
microgerações, se existirem.
Todas essas informações de consumo elétrico, ocorrência de
apagões e qualidade geral da utilização energética são
armazenadas em um medidor inteligente.

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Fluxograma de uma AMI contendo redes HAN, NAN e WAN.

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Protocolos
Para integrar inúmeros tipos de dispositivos em diversas redes,
é necessário algum tipo de padrão para a comunicação entre
eles fluir, algo como um idioma em que todos estão de acordo
para falar.
Assim como nas redes de computadores, é necessário algum
tipo de protocolo para a comunicação ser bem sucedida.

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As fontes de energia renováveis que contribuem para a geração
distribuída são:

➢Energia Solar
➢Energia Eólica
➢Energia Geotérmica
➢Energia Maremotriz

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Existem projetos-piloto em quase todas as regiões do Brasil,
devido ao projeto de pesquisa e desenvolvimento de redes
inteligentes dado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia
Elétrica).
O país também investe na pesquisa de redes inteligentes
enviando alunos custeados por bolsas para universidades do
exterior que possuem projetos de pesquisa sobre esse assunto
com a finalidade de trazer para o país as tecnologias atuais em
tal área de pesquisa.

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Os projetos-piloto de smart grid no país são apoiados por 36
concessionárias de distribuição energética.
Esses projetos estão espalhados nas regiões sul, sudeste, norte
e nordeste.
O projeto com maior número de consumidores, tendo no
planejamento atual 400 mil deles, é o projeto-piloto realizado
pela LIGHT na Área Metropolitana do Rio de Janeiro.
Esse projeto contempla essencialmente a parte de medição,
feito com a implantação de AMI e representa ainda os
primeiros passos rumo a uma rede inteligente.
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O segundo projeto em número de consumidores atingidos pela
rede é a realizada pela Eletropaulo, com 84 mil consumidores,
envolvendo os municípios de Barueri, Vargem Grande e Caucaia
do Norte.

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Mapa do Brasil destacando os estados que possuem projetos piloto de Redes Inteligentes e a quantidade
relativa de consumidores.

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Segurança cibernética
Há uma preocupação crescente em permitir que equipamentos
instalados nos consumidores de energia elétrica se
comuniquem diretamente com os centros de operação, devido
aos ataques cibernéticos.

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Vantagens das redes inteligentes
Flexibilidade: Smart Grid é flexível, facilita o gerenciamento de
variações no consumo.
Confiança: Como as informações são enviadas sempre em
tempo real ao gerenciamento remoto da rede, há poucos riscos
de falhas de energia ou qualquer outro incidente, tornando-o
mais confiável.

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Acessibilidade: Como todos os tipos de fontes de energia
podem ser integrados à rede, os consumidores podem dispor
de energia renovável.
Essa energia, por sua vez, é gerada em grande quantidade em
regiões distantes, quando não há o bastante em uma única
localidade, gerando melhor acessibilidade de consumo.
Economia: Uma gestão melhor de consumo automaticamente
leva a custos menores.

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Em contrapartida, é possível citar algumas desvantagens na
integração da geração distribuída, como:
→ o aumento na complexidade de operação da rede devido ao
fluxo bidirecional;
→ necessidade de mudanças nos procedimentos de segurança
das distribuidoras;
→ dificuldade de controle da tensão nos períodos de carga
leve;

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→ aumento da distorção harmônica na rede;
→ intermitência de geração devido às fontes estocásticas ou à
disponibilidade de insumo energético primário;
→ custo de implantação.

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Perguntas
1) Quais seriam os benefícios de utilizar uma rede inteligente
ao invés da rede de distribuição clássica?
Resposta: Com a existência de medidores inteligentes na rede,
é possível conhecer melhor as ofertas e demandas de energia
em cada região e suas respectivas variações com o tempo e
com essas informações é possível melhor distribuir a energia
evitando que haja pouca oferta para regiões que possuem
muita demanda.

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2) Por que o conceito de smart grid ainda não foi
implementado completamente em alguma cidade do Brasil?
Quais são os desafios?
Resposta: A implementação da smart grid ainda é um processo
lento, custoso e ainda está em desenvolvimento. Possui alto
custo de instalação de sua infraestrutura e alto custo dos
equipamentos que o usuário deve ter acesso para conseguir os
benefícios da rede inteligente, como painéis solares.

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3) Como a bateria de carros elétricos poderiam ajudar a
estabilizar a rede elétrica de uma smart grid?
Resposta: A bateria de um carro elétrico ligada na rede
inteligente serve como armazenador de energia para todo o
sistema elétrico. Dessa forma, essa energia da bateria pode ser
vendida e enviada para estabilizar a rede em períodos de alta
demanda. Isso descarregaria a bateria do carro até um certo
limite imposto pelo usuário. Do mesmo modo, em períodos de
baixa demanda e portanto, tarifas mais baixas, a bateria seria
carregada de forma que o usuário pague mais barato por isso,
novamente auxiliando na estabilidade da rede elétrica.
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4) Por que a presença de dispositivos inteligentes em uma
smart grid pode afetar a segurança da rede?
Resposta: Devido ao fato da quantidade de tais dispositivos na
rede ser grande, acarreta um imenso crescimento do fluxo de
dados, que é constante, criando assim mais oportunidades para
fraudes e ataques cibernéticos, sendo necessário um maior
investimento nessa área.

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5) Como é garantida a robustez de uma Smart Grid?
Resposta: A robustez de uma rede elétrica inteligente se deve à
utilização de sensores inteligentes e MSCs (comutação de
comunicações entre estações móveis), Mechanical Switched
Capacitors (capacitores mecânicos comutados), que
possibilitam a reformulação da rota se alguma instabilidade é
detectada.

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6) Qual o fator principal para a comunicação de uma Smart
Grid?
Resposta: A adoção de um padrão, como sensores, chips e
protocolos. Se partes integrantes não conseguirem se
comunicar, isso causa uma falha na rede.

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7) Cite e comente sobre os três setores de operação de uma
Smart Grid?
Resposta: Os setores são:
Produção, que é responsável pela produção da energia elétrica;
Distribuição, quando a energia gerada chega às linhas de
transmissão;
Gestão, etapa onde as tomadas de decisões para a distribuição
e análise de consumo da energia ocorrem graças aos sensores
nas linhas de transmissão.
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8) A Smart Grid possui recursos que permitem um atendimento
ao consumidor mais proativo. Por quê?
Resposta:
Porque ela monitora o funcionamento de toda a rede e,
portanto, caso seja notada alguma instabilidade ou falha, a
própria rede pode tentar contornar o problema e notificar os
envolvidos sobre essas falhas em tempo real.

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