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Universidade Federal de Uberlândia

FEELT – Faculdade de Engenharia Elétrica

Distribuição de Energia Elétrica

Eficiência Energética

Professor: Carlos Eduardo Tavares

Aluno: João Vitor Ambrósio Garcia Matrícula:11111EEL021

12 / Fevereiro / 2015
Sumário:

1. Introdução.......................................................................................................3
1.1 O que é energia?.........................................................................................3
1.2 O que é eficiência energética?....................................................................3

2. Objetivo...........................................................................................................4

3. Desenvolvimento.............................................................................................5
3.1 Sistemas de Automação de Redes de Distribuição (SAD)........................5
3.2 Redução das perdas técnicas......................................................................7
3.3 Bandeiras Tarifarias....................................................................................13
3.3.1 Por que foram criadas as bandeiras tarifárias?.....................................14
3.3.2 As bandeiras tarifárias são mais um custo que será incluído
à conta de energia?...............................................................................14
3.4 Baterias........................................................................................................16
3.4.1 Sistemas Isolados..................................................................................17
3.4.2 Sistemas Hibridos..................................................................................18

4. Conclusão..........................................................................................................20

5. Referencias Bibliográficas...............................................................................21

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1. Introdução:
1.1 O que é energia?
Energia é a capacidade de realizar trabalho, podendo ela tomar as mais variadas formas:
Energia mecânica, calorífica, gravitacional, elétrica, química, magnética e etc. Energia não se
cria e nem se destrói, apenas se transforma, do qual o homem pode aproveitar e extrair da
natureza e sem a qual não consegue viver. Hoje em dia os recursos energéticos são o que
quantificam a riqueza do país. No Brasil, os recursos que são mais abrangentes são: hídricos e
combustíveis fósseis (petróleo e carvão). A Matriz Energética Brasileira é composta de 90%
de recursos hídricos e 10% de energias provenientes termoelétrica, eólica ou nuclear. No
mundo 85% da energia gasta, provém do petróleo e o carvão.

1.2 O que é eficiência energética?


Qualquer atividade em uma sociedade moderna só é possível com o uso intensivo de uma
ou mais formas de energia.

Dentre as diversas formas de energia interessam, em particular, aquelas que são


processadas pela sociedade e colocadas à disposição dos consumidores onde e quando
necessárias, tais como a eletricidade, a gasolina, o álcool, óleo diesel, gás natural, etc.

A energia é usada em aparelhos simples (lâmpadas e motores elétricos) ou em sistemas


mais complexos que encerram diversos outros equipamentos (geladeira, automóvel ou uma
fábrica).
Estes equipamentos e sistemas transformam formas de energia. Uma parte dela sempre é
perdida para o meio ambiente durante esse processo. Por exemplo: uma lâmpada transforma a
eletricidade em luz e calor. Como o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua
eficiência é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada.
Da mesma forma pode-se avaliar a eficiência de um automóvel dividindo a quantidade de
energia que o veículo proporciona com o seu deslocamento pela que estava contida na
gasolina originalmente.
Outra fonte de desperdício deriva do uso inadequado dos aparelhos e sistemas. Uma
lâmpada acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, pois a luz não serve ao
seu propósito de iluminação.

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Também um veículo parado em um engarrafamento está usando mais energia do que a
necessária por conta do tempo que fica parado no congestionamento.
Outros fatores mais sutis explicam muitos desperdícios. Em uma construção um
construtor barateia a construção não isolando o "boiler" e os canos de água quente, pois quem
pagará pelo desperdício será o consumidor.
Vale notar que esses efeitos se multiplicam à medida que a energia vai migrando por todos
os setores da economia.

2. Objetivo:

O objetivo desse trabalho é mostrar as consequências do desperdício de energia elétrica no


Brasil, tanto por perdas técnicas quanto por perdas residenciais, comerciais e industriais.
Esclarecer a todos o quanto é importante um sistema energético eficiente e os benefícios
que este pode trazer ao nosso cotidiano, refletindo diretamente na economia e no meio
ambiente.
Demonstrar de forma simples e didática as diversas maneiras de trabalhar de forma
eficiente no âmbito de distribuição de energia elétrica.

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3. Desenvolvimento

3.1. Sistemas de Automação de Redes de Distribuição (SAD)


Esse tópico consiste em descrever o processo de automação em redes de distribuição para
a melhoria da eficiência energética.
Ao implementar um sistema de automação para a identificação, isolamento e operações de
restauração devido a uma falta no sistema, a equipe de operação pode centralizar em serviços
mais urgentes, tais como envio de equipes de manutenção ao local da interrupção do
alimentador, melhorando a logística e otimizando o tempo de suspensão dos serviços.
Para a proteção e controle como suporte às principais aplicações e algoritmos de um
sistema o SAD utiliza IEDs (Intelligent Eletronic Devices) compromete-se a automatizar a
rede e oferecer benefícios as concessionárias de energia elétrica.
São utilizados na SAD equipamentos, tais como: relés de proteção de alimentadores,
controladores de bancos de capacitores, controladores de religadores, controladores de
reguladores de tensão, controladores de chaves e seccionalizadores. Estes dispositivos são a
base do sistema de automação e possuem facilidades como proteção, oscilografia, tele
proteção, registro de eventos, monitoramento, medição e muitas outras.
Os IEDs além de possuírem equipamentos com recursos de comunicação, são
responsáveis por fornecerem os dados em tempo real da configuração do sistema elétrico,
existem também outras medições relevantes ao Sistema de Automação de Redes de
Distribuição.

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O SAD oferece um controlador de automação em estado atual principal responsável pela
comunicação com outra subestações e com os IEDs da rede de distribuição. Este controlador
localiza o software responsável pelo automatismo da rede. O mesmo executa algoritmos no
nível do sistema elétrico automatizando procedimento de isolamento e de restauração da
energia durante momentos de curto- circuitos e algoritmos adicionais melhoram o
desempenho da rede controlando a tensão e reativos, juntamente com técnica de redução de
sobrecargas em condições anormais de operação do sistema.

Figura 1: Estrutura hierárquica do SAD


“O Sistema de Automação de Redes de Distribuição - SAD melhora o desempenho do
sistema de potência controlando banco de capacitores e reguladores de tensão nos circuitos de
distribuição mantendo a tensão dentro de uma faixa de operação normal para qualquer
configuração do circuito.
As vantagens que o SAD pode oferecer são: reduzir a duração das interrupções (DEC,
FEC, DIC, FIC, DMIC), aumentar a eficiência do trabalho das equipes de manutenção,
balanço de carga, melhorar o desempenho do sistema, entre outros.
O esquema abaixo representa como funciona o sistema de um SAD.” [2]

Figura 2: Sistema de um SAD.


Assim então explicitamos acima o quão é importante o desenvolvimento e aplicação da
automação em redes de distribuição.

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3.2. Redução das perdas técnicas

As distribuidoras registram perdas elevadas na distribuição todo ano, tanto comerciais,


quanto técnicas. Além do prejuízo de bilhões de reais ocasionado às empresas, as perdas são
impreteríveis. Nas perdas técnicas entram aquelas relacionadas ao processo de transmissão,
em que parte da energia é dissipada em forma de calor. Porém o maior desafio das empresas
do setor está relacionado com as perdas comerciais, onde se localizam os furtos, as fraudes e
os problemas de medição e faturamento. Para diminuir os efeitos desse prejuízo e atender aos
requisitos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as
concessionárias investem cada vez mais em atividades para combater furtos de energia e de
modernização tecnológica das redes.
No ano de 2012, Nelson Fonseca Leite, presidente da Associação Brasileira de
Distribuidores de Energia Elétrica, cita que as perdas na distribuição no Brasil ficaram em
16,5%, percentual menor do que as registradas no ano de 2011, que chegaram aos 17%.
O Efeito Joule é causado devido as perdas por motivos técnicos que acontecem por uma
série de motivos sendo um dos principais o aquecimento dos fios condutores, em decorrência
da própria passagem da eletricidade. Nesse quesito, portanto, a extensão das redes faz com
que o nível de perdas técnicas seja sentido pelas distribuidoras. Para reduzir esse impacto, as
empresas investem constantemente em tecnologia. Saad do Carmo Pereira Habib, Engenheiro
de Tecnologia e Normalização da Cemig menciona que além do investimento em obras
estruturais como a implantação de novas subestações, expansão e melhorias nas linhas de
transmissão e redes de distribuição, implementou também um plano de compensação reativa
na média tensão contemplando a instalação de bancos de capacitores fixos e automáticos.
Além disso, ele propõe um plano de substituição de transformadores antigos e
sobrecarregados por transformadores novos com tecnologia de núcleo amorfo associado ao
reforço dos circuitos de baixa tensão.
A Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), realiza vistorias periodicamente nas
unidades consumidoras suspeitas de estarem irregulares para reduzir as perdas não-técnicas.
No ano de 2012 foram realizadas cerca de 100 mil inspeções. Além disso, com o objetivo de
combater os furtos foi criado o Centro Integrado de Medição, que opera desde 2011 emitindo
alarmes que possibilitam o monitoramento à distância.
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O gráfico abaixo mostra um aumento das perdas técnicas em relação a energia total
injetada no sistema elétrico entre os anos de 2000 a 2012.

Figura 3: Perdas de energia do sistema em 12 anos.


Para suprir as perdas não-técnicas no cálculo da tarifa da distribuidora é necessário que a
mesma compre energia para atender ao seu mercado, somando ainda as perdas que ela possui.
A Aneel então define, durante o processo de revisão tarifária, o mercado da distribuidora e a
perda aceitável que a agência vai aceitar repassar ao consumidor através da tarifa de energia.
A distribuidora deve perceber, conhecer e definir qual o nível máximo de perdas que a
ANEEL aceitará na tarifa, isso ocorre na trajetória da revisão tarifária. Neste período a
agência aplica alguns modelos que visam separar as perdas em técnicas e não técnicas, através
de um modelo que considera uma metodologia de cálculo, uma estimativa das perdas da
concessionária.
O percentual da perda técnica é considerado fixo durante todo o período da revisão
tarifária. Uma vez estabelecido esse valor, através da diferença da perda total e a perda
técnica, a agência chega ao número correspondente às perdas não-técnicas. Para esse número,

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existem outros modelos, que consideram as variáveis socioeconômicas da concessão e que
comparam as áreas de concessão no Brasil para definir tais trajetórias.
Na Cemig, para conscientizar a sociedade a respeito dos efeitos causados pelos furtos de
energia, são realizadas campanhas de divulgação veiculadas na mídia, nas contas de energia e
em eventos nos municípios, além de programas educativos em escolas e universidades,
construção civil e seminários, onde são realizadas palestras enfocando os riscos da utilização
irregular de energia. Durante as palestras, a empresa aponta ainda a ilegalidade destas
práticas, uma vez que o furto de energia é ilegal para quem o pratica e pode dar até oito anos
de cadeia, além da cobrança do consumo irregular e multas; e também os prejuízos na
qualidade da energia para os clientes adimplentes com a concessionária.
Uma pesquisa realizada mostra as perdas totais do sistema em 2012, segue abaixo o
gráfico das perdas por Distribuidora.

Figura 4: Perdas de energia de cada distribuidora em 2012.

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Para conter essa situação o governo brasileiro criou uma estratégia para incentivar o
aumento da eficiência energética no território nacional.
O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) promove o uso
eficiente da energia elétrica, combatendo o desperdício e reduzindo os custos e os
investimentos setoriais. Criado pelo governo federal em 1985, é executado pela Eletrobrás,
com recursos da empresa, da Reserva Global de Reversão (RGR) e de entidades
internacionais.
“O Procel, em 2013, contribuiu para uma economia de 9,74 milhões de megawatts-hora
(MWh), o equivalente a 2,1% de todo o consumo nacional de energia elétrica naquele ano. Esse
resultado representa o consumo anual de energia elétrica de aproximadamente 5 milhões de
residências brasileiras. O meio ambiente também foi favorecido com a redução de emissão de
gases de efeito estufa evitadas pela economia proporcionada em 2013 pelo programa alcançando
935 mil toneladas de CO2 equivalentes, o que corresponde às emissões de 321 mil veículos em
um ano.” [3]

Além de todos os investimentos, projetos e empreitadas adotadas pelas distribuidoras do


setor, espera-se que as perdas totais das distribuidoras sejam mínimas, mas esse mínimo não é
próximo de zero, nem nunca vai ser, segundo um dos especialistas da Aneel.
Instituído em 1993, o Selo Procel de Economia de Energia indica ao consumidor, no ato
da compra, os equipamentos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética
dentro de cada categoria. O objetivo é estimular a fabricação e a comercialização de produtos
mais eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio
ambiente.

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Segue abaixo alguns trechos da reportagem feita pela revista Exame em 17 de julho de
2014, que nos mostra um parâmetro de comparação do comportamento do Brasil e de outros
países em relação a eficiência energética.
“Em um mundo assombrado pelas mudanças climáticas e de pressão crescente sobre os
recursos naturais, a busca pela eficiência energética deve ser regra. Apesar de possuir uma das
tarifas mais caras de energia e uma fonte abundante e renovável, como as hidrelétricas, o Brasil
não aproveita bem a energia que tem.
Esta é a conclusão de um estudo do Conselho Americano para uma Economia de Energia
Eficiente (Aceee), divulgado nesta quinta-feira (17). O país ocupa a 15ª posição do ranking que
avaliou a eficiência energética entre 16 importantes economias do mundo. Ganhamos apenas do
México.
A Alemanha lidera a lista. Segundo o estudo, um país que usa menos energia para atingir
um mesmo resultado, ou mesmo superá-lo, reduz custos e polui menos, criando uma economia
mais competitiva.
O levantamento avaliou o uso de energia a partir de 31 indicadores, distribuídos em quatro
áreas-chave: indústria, transporte, edificações e esforços nacionais em prol da eficiência
energética.
Ao todo, o Brasil atingiu 30 pontos de um total de 100 possíveis.
No quesito “esforços nacionais”, o Brasil fez 4 pontos de 25 possíveis. Foram avaliados, por
exemplo, esforços para criação de legislações ou políticas nacionais que estimulem o uso mais
racional de energia.
Eficiência energética nas indústrias preocupa ainda mais – o país fez 2 de 25 pontos totais.
Em “edificações”, outro setor que pressiona os recursos energéticos nos países, o Brasil
somou 10 de 25 pontos possíveis. Foram levados em conta os códigos de construção e padrões
de eficiência energética adotados, por exemplo, nos equipamentos usados.
Apenas no transporte, o país atingiu mais da metade da pontuação possível (14 de 25). O
uso de etanol pela frota automotiva ajuda a melhorar o desempenho nesse quesito.” [4]

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Outra reportagem foi retirada do site portal setor elétrico Edição 97 editada por Juliana
Iwashita.
“Estamos entrando em uma nova crise energética?

Novos “apagões” e o possível aumento do custo da energia refletem os impactos de uma nova
crise energética? Gerar energia é caro em qualquer lugar do mundo, então, por que não economizar?
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia (Abesco), o Brasil tem um
potencial de economia de energia elétrica da ordem de 46 TWh por ano. Este volume equivaleria à
metade da produção anual da hidrelétrica de Itaipu.
Implantar medidas de eficiência energética é muito mais econômico que investir na geração de
novas usinas. E é esse conceito que faz com que os países desenvolvidos engajados em eficiência
energética adotem políticas efetivas para redução do consumo. Um kW economizado significa um kW
deixado de ser produzido e, consequentemente, alguns milhares de reais economizados para aumentar
a capacidade de geração.
A redução do custo da energia elétrica no ano passado, entretanto, foi uma medida que não ajudou
as políticas de eficiência energética no país, pois aumentou os cálculos de retorno de investimento para
implantação de soluções energeticamente mais eficientes. Embora seja bom pagarmos menos, a
situação precisa ser real e duradoura. A iluminação tem um papel importante nessa área, pois é um dos
principais usos finais de energia elétrica. Aproximadamente 20% de toda a energia gerada no mundo é
consumida com iluminação. O uso de sistemas mais eficientes e tecnologias para redução do consumo
de energia, como Led, sensores de presença e sistemas de controle de luminosidade são as grandes
tendências para eficiência energética em iluminação.
Além de impactar menos o custo de operação da instalação ao longo da vida, a economia gerada
pode compensar o investimento inicial. Políticas nacionais para adoção dessas tecnologias
precisariam, porém, ser mais efetivas, como observamos em alguns países. Redução de impostos e/ou
subsídios para comercialização de equipamentos de tecnologias mais eficientes, proibições de
comercialização de equipamentos ineficientes (como vem ocorrendo com as lâmpadas incandescentes)
são apenas algumas políticas que poderiam ser adotadas.
O Brasil tem um grande potencial para práticas de eficiência energética, mas muito ainda a
aprender e a conscientizar sua população. Talvez agora seja uma boa hora para discutirmos essa
questão novamente junto às entidades pertinentes, mas também agirmos individualmente, mais
conscientes quanto ao uso dos recursos disponíveis.’
Devido a redução da tarifa de energia elétrica ano passado foi um “Sinal Verde” para toda a
população que, supostamente a grande maioria dos reservatórios das grandes usinas hidrelétricas
estariam cheios e que realmente poderia sim, diminuir a tarifa, mas, esse fato não condizia com a
realidade.
Com os reservatórios em níveis regulares de recursos hídricos, a tarifa de energia elétrica foi
reduzida, concedendo assim um “sinal verde” para o consumo de energia, embora seja bom gastar
mais e poder pagar menos, isso estimulou o consumo de mais energia. Um outo fator agravante nesses
últimos meses, foi o excessivo calor e a falta de chuva, o que também estimulou o maior consumo
devido ao maior uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores. Agrupando todos esses fatores,
falta de chuva, maior consumo e menor tarifa, hoje as concessionárias estão implementando nas contas
de luz o que chamamos de Bandeiras tarifárias, devido ao baixo nível de recursos hídricos presentes
nos reservatórios das usinas e a ativação das usinas termelétricas.” [5]

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3.3. Bandeiras Tarifarias
As contas de energia terão uma novidade: o Sistema de Bandeiras Tarifárias. As
bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função
das condições de geração de eletricidade.
Para facilitar a compreensão das bandeiras tarifárias, 2013 e 2014 serão Anos Testes. Em
caráter educativo, a ANEEL divulga mês a mês as bandeiras que estariam em funcionamento.
Consulte ao lado quais bandeiras estariam valendo agora em cada um dos subsistemas que
compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Além disso, as distribuidoras de energia divulgarão, na conta de energia, a simulação da
aplicação das bandeiras para o subsistema de sua região. O consumidor poderá compreender
então qual bandeira estaria valendo no mês atual, se as bandeiras tarifárias já estivessem em
funcionamento. O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha – as mesmas cores
dos semáforos - e indicam o seguinte:
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum
acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$
1,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos;
Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo de R$
3,00 para cada 100 kWh consumidos.
Veja a qual subsistema o seu estado pertence:
Subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO):Regiões Sudeste e Centro-Oeste, Acre e
Rondônia;
Subsistema Sul (S): Região Sul;
Subsistema Nordeste (NE):Região Nordeste, exceto o Maranhão;
Subsistema Norte (N): Pará, Tocantins e Maranhão. [6]

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3.3.1 Por que foram criadas as bandeiras tarifárias?
O Brasil possui majoritariamente, em sua produção e energia, usinas hidrelétricas.
Para o bom funcionamento desse sistema, é necessário altos níveis pluviométricos afim de
estabelecer uma reserva de água. No entanto, se o nível de água armazenada diminui, é
imprescindível o a atuação de usinas auxiliares, por exemplo, as termelétricas, para supri a
demanda energética. Porém, o uso destas usinas gera aumento de custos financeiros, pois
estas são movidas a gás natural, óleo, combustível etc.
Porém, quando há um bom nível de água nos reservatórios, a utilização dessas usinas
secundaria não é necessária, barateando os custos na distribuição de energia.

3.3.2 As bandeiras tarifárias são mais um custo que será incluído à conta de energia?
As bandeiras tarifárias representam uma configuração diferente na apresentação dos custos
que atualmente já estão na conta de energia, no entanto, usualmente desconhecidas pelos
clientes.
Na época atual, no cálculo de reajuste das tarifas, estão inclusos os custos com compra de
energia pelas distribuidoras. Sendo estes somente repassados aos consumidores um ano após
as mudanças, quando as novas tarifas passam a valer.
Com as bandeiras, mensalmente os custos de geração da energia elétrica serão indicados e
cobrados do consumidor, com acréscimo das bandeiras amarela e vermelha. Essa sinalização
possibilita o consumidor a adequar seu consumo de acordo com sua necessidade.

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Abaixo segue a situação atual da maioria dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Dados
foram extraídos do site do ONS.

Figura 5: Situação dos reservatórios do Sudeste/ Centro-Oeste.

Figura 6: Situação dos reservatórios no Norte/Nordeste.

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3.4. Baterias:
Na atualidade, as baterias estão sendo amplamente utilizadas em sistemas de distribuição
elétrica de pequeno porte. Principalmente em geração de energia renovável, como, a eólica e a
solar (energia fotovoltaica).
O armazenamento de carga é de suma importância para a viabilização de energias
renováveis ou complementares, pois garante o suprimento de energia em qualquer hora de
uso.

Componentes de um sistema fotovoltaico:


Um sistema fotovoltaico pode ser classificado em três categorias:
a) Sistema isolado;
b) Sistema hibrido;
c) Sistema conectado à rede.
Todos os sistemas citados obedecem a uma configuração básica em que esses deverão ter
uma unidade de controle de potência e também uma unidade de armazenamento.

Figura 7: Sistema fotovoltaico.

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3.4.1 Sistema isolado
Os sistemas isolados comumente usam baterias para armazenar a energia produzida
diariamente, podendo esta ser utilizada em aparelhos elétricos ou armazenada em forma de
energia gravitacional (para bombear agua em tanques de sistemas de abastecimento, por
exemplo).
No entanto, nem todos os sistemas isolados necessitam de armazenagem, como na
irrigação, assim as baterias acabam sendo desnecessárias.
Para a utilização de baterias nestes sistemas de distribuição, é necessário estabelecer
necessidades de demanda e tipo de energia. Para obtenção de tensão e corrente (CC), é
necessário o uso de um dispositivo denominado Controlador de Carga, responsável,
principalmente, por impossibilitar possíveis danos à bateria por sobrecarga ou descarga
profunda. Este controlador somente é utilizado em sistemas pequenos, em que os valores de
tensão e corrente (CC) são baixos.
No entanto, para a obtenção de energia por corrente alternada (CA) é necessária uma
transição. Para uma alimentação (CA) advinda das baterias, é necessário a aplicação de outro
dispositivo denominado Inversor, que tem o objetivo de fazer a transição de (CC) para (CA).
Com o inversor CC-CA, o uso de bateria bem como de energias alternativas se tornou
viável e atraente para os consumidores residenciais e pequenas indústrias.

Figura 8: Esquema de um sistema isolado.

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3.4.2 Sistema hibrido
O sistema hibrido pode ser implementado em sistemas simples, como por exemplo em um
poste.
A utilização de técnicas alternativas para a iluminação pública já está acontecendo no
Brasil.
O poste híbrido, com nome técnico de Produtor Independente de Energia (PIE), tem
modelos com 12 e 18 metros de altura.
O avião colocado sobre o equipamento é feito de fibra de carbono e alumínio especial,
tendo nas asas células solares que captam os raios ultravioletas por meio do silício,
armazenando a energia produzida em uma bateria localizada na parte inferior.
O uso do avião é por conta de ele ter uma aerodinâmica favorável, observa o empresário.
Neste caso o nível de geração de energia é de até 400 watts. As hélices do avião, a assim
como uma pá de eólica, podem gerar até 1 mil watts.
Um quilômetro de poste hibrido com avião independente de energia é menor que o
convencional, e se computar o custo indireto da transmissão de energia e das subestações, ele
fica ainda menor em comparação com o convencional.

Figura 9: Poste hibrido.

18
Figura 10: Outro tipo de poste hibrido.

Com este fato evidenciamos a necessidade de baterias para armazenar cargas geradas por
fontes alternativas. Tornando assim o projeto viável e eficiente, garantindo a o fornecimento
continuo de energia.
“As baterias do poste hibrido tem autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e
sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a
humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar.” [7]

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4. Conclusão:

Portanto, com base nas pesquisas realizadas e estudos, conclui-se que o assunto
abordado nos remete ao tamanho da importância da eficiência energética na vida de todo
cidadão seja no âmbito social, ambiental e econômico. É de suma importância que a
sociedade aprenda a conviver com as mudanças que a eficiência proporciona, é necessário
também mais investimentos e incentivos do governo nessa área, como por exemplo: a
implementação do sistema de automação de redes de distribuição para que aumente a
qualidade da energia elétrica fornecida aos consumidores, bem como a redução das perdas
técnicas e não técnicas, e também a utilização de baterias no seus diversos usos e aplicações
como veículos elétricos e híbridos e também na utilização de armazenamento de energia.

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5. Referências bibliográficas:

[1] http://www.inee.org.br/eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia

[2] http://www.selinc.com.br/distribuicao.aspx

[3] http://www.eletrobras.com/ELB/data/Pages/LUMIS0389BBA8PTBRIE.htm

[4]http://exame.abril.com.br/economia/noticias/os-paises-lideres-em-eficiencia-
energetica-brasil-e-15o

[5]http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas/juliana-iwashita/1262-estamos-
entrando-em-uma-nova-crise-energetica.html

[6] http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=758

[7]http://www.fiec.org.br/portalv2/sites/revista/home.php?st=interna3&conteudo_id=3540
4&start_date=2010-03-28

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