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Faculdade Unyleya

Engenharia Elétrica e de Sistemas de Energia


Públio Galane Braz e Souza
Sumário
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................................................3
2.3 Demanda Energética no Brasil ................................................................................................................5
3 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................6
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ...............................................................................................................7
1. INTRODUÇÃO
Muitos países estão enfrentando dificuldades para suprir a demanda crescente de energia de
suas populações e, ao mesmo tempo, fornecer recursos energéticos para suprir seu crescimento
econômico. Cabe, cada vez mais, ao poder público conhecer o comportamento dos
consumidores para criar mecanismos que promovam o uso racional de energia nos diferentes
setores e, assim, otimizar o uso de energia pela sociedade. Mecanismos legais de incentivo à
conservação de energia têm sido empregados por vários países para reduzir o consumo de
energia e as emissões de gases de efeito estufa. Os Estados Unidos, por exemplo, formularam
suas primeiras normas de eficiência energética na década de 1970, quando ocorreu a crise de
suprimento de petróleo. A União Europeia também começou a formular seus instrumentos legais
na mesma época, fixando metas de redução da demanda de energia e de emissão de poluentes,
a serem atingidas pelos estados-membros.
O Brasil começou a formular suas legislações de incentivo à eficiência energética na década de
1980. Segundo políticas nacionais para aumentar a geração de energia por fontes renováveis e
a oferta interna de petróleo têm se mostrado bem-sucedidas. Enquanto políticas nacionais para
promover o uso de medidas de eficiência energética, por sua vez, foram moderadamente bem-
sucedidas. Há muito espaço para ampliar a gestão governamental na área de conservação de
energia no Brasil, principalmente quanto à criação de instrumentos legais de incentivo à geração
descentralizada de energia por fontes renováveis e de incentivo à eficiência energética.
Objetivou-se com este trabalho discutir as atuais políticas brasileiras de eficiência energética,
bem como desafios e oportunidades associados.

2 DESENVOLVIMENTO
A Eficiência energética é uma atividade que procura melhorar o uso das fontes de energia. A
utilização racional de energia, às vezes chamada simplesmente de eficiência energética,
consiste em usar de modo eficiente a energia para se obter um determinado resultado.
O fantástico avanço da tecnologia vem acompanhado pelo imenso consumo de energia, ou seja,
grande parte dos avanços tecnológicos demanda de energia para funcionar e isso obviamente é
transmitido para seu consumo que tem crescido de maneira exponencial nos últimos tempos.
Basicamente, uma empresa ou então qualquer moradia pode reduzir seu consumo energético
através da escolha certa e bom uso de seus equipamentos elétricos.

2.1 Ações que podemos promover para contribuir com a eficiência energética
no Brasil.
À medida que o consumo de energia elétrica aumenta, um maior suprimento de energia nas
atividades deve ser considerado. Para isso, investimentos em geração, distribuição e
transmissão devem ser realizados, de forma que a demanda industrial, comercial e residencial,
seja atendida com confiabilidade. Devido a esse fato, a implantação e incentivos à programas e
projetos de uso eficiente da energia devem ser estimulados pelo país, uma vez que os desafios
no setor energético crescem gradativamente no Brasil.

2.1.1 Eficiência Energética nas residências, empresas e Indústrias

A Eficiência energética no sistema elétrico no Brasil pode ser distribuído de diversas maneiras,
de modo que seja escolhido e organizado em função de uma série de questões, evitando fugas
de corrente e com emendas feitas corretamente, além de respeitar o equilíbrio de fases.

2.1.1.1 Motores elétricos


No mercado, existem motores com um alto rendimento, que reduzem as perdas de energia,
sendo esses mais caros que os modelos antigos. Entretanto, a longo prazo, o uso desse tipo
motor pode se tornar rentável, uma vez que a massa do material ativo, cobre e chapas metálicas
principalmente, foi aumentada, reduzindo as perdas, por exemplo.

2.1.1.2 Transformadores

Caso os transformadores não estiverem funcionando em uma faixa desejável de sua potência
nominal, um rendimento útil não é obtido. Além disso, entre outras questões ligadas aos
transformadores, é importante ressaltar que, quando estão mantidos sob tensão, não fornecem
potência, de modo que as perdas no cobre tendem a ser nulas. Entretanto, nessas situações,
acabam ocorrendo perdas no ferro, na maioria das vezes.

2.1.1.3 Sistemas de Iluminação

Na definição, o sistema de iluminação abrange todos os componentes necessários para atender


a demanda da iluminação. Posto isso, o bom desempenho de tal sistema está associado aos
cuidados no início do projeto elétrico, por exemplo, de forma que envolva informações relevantes
sobre luminárias e perfil de utilização, assim garantindo a eficiência energética para indústrias.

2.1.1.4 Fornos Elétricos e Estufas

Os fornos elétricos e as estufas são equipamentos que consomem uma quantidade expressiva
de energia durante o processo de aquecimento nas instalações industriais. Por mais que sejam
considerados máquinas eficientes, algumas perdas significativas costumam ser observadas no
carregamento e transporte do material aquecido, além das operações de aquecimento e fusão.

2.1.1.5 Ar-Condicionado e Ventilação

O uso indevido do ar-condicionado é extremamente relevante na perda de energia elétrica.


Sendo assim, utilizá-lo nas faixas de temperaturas apropriadas para o ambiente e instalar
cortinas de ar são algumas medidas importante para evitar o desperdício no dia a dia. Além
disso, é válido ressaltar que, na operação de compressores e chillers, por exemplo, a utilização
à plena carga é indicada, em vez duas ou mais máquinas com carga parcial.

2.1.1.6 Sistema de Ar Comprimido

A existência de compressores vazamentos internos é frequente, ao passo que isso acontece


devido ao desgaste excessivo em anéis de segmento ou nas válvulas, consumindo mais energia,
além de produzir menores quantidades de ar que a capacidade nominal do próprio compressor.
Além disso, no que diz respeito à distribuição e utilização do gás, é importante verificar se está
havendo perda de pressão entre os reservatórios e os pontos de uso dos fluidos. Esses são
apenas alguns exemplos dentre as inúmeras ações para aprimorar a eficiência do sistema de ar
comprimido, de acordo com a especificidade do caso.

2.1.1.7 Sistema de Refrigeração

Manter o isolamento térmico das tubulações de líquido e gás é importante para evitar a trocar de
calor entre o meio interno com o externo, sobretudo, por exemplo, em câmaras frigoríficas
e chillers, a fim de reduzir o gasto indevido de energia nesses tipos de atividade.

2.1.1.8 Bombeamento de Água

Antes de tudo, é primordial que o conjunto motor-bomba presente no ambiente industrial é


adequado, ou seja, se possui a altura manométrica e a vazão requerida. Essa relação é muito
importante, pois essas variáveis estão diretamente relacionadas entre si e, consequentemente,
com a potência da bomba.

2.1.1.9 Elevadores e Escadas Rolantes


Nos horários de pico, não é necessário que todos os elevadores sejam utilizados
simultaneamente e, além disso, controladores de tráfego são essenciais, a fim de evitar que dois
elevadores sejam deslocados após uma chamada. Entre outros exemplos relacionados com tal
situação, também é válido destacar a necessidade de evitar sobrecargas, de modo que não haja
risco de uso desnecessário de energia e riscos para a estrutura.

2.2 Eficiência Energética no sistema interligado nacional


No que diz respeito à eficiência energética, segundo um estudo realizado pelo Conselho
Americano por uma Economia com mais Eficiência Energética (ACEEE, na sigla em inglês), o
Brasil está em 15º lugar entre as dezesseis maiores economia do mundo. No ranking, o qual tem
a Alemanha como o país mais eficiente no âmbito mundial, o pior desempenho brasileiro foi na
indústria, recebendo apenas 2 dentre os 25 pontos possíveis. A Eficiência Energética é
recomendada não só para Indústrias como também para as empresas e residências no geral!

2.2.1 Aumentar a capacidade e a Segurança do sistema interligado nacional para evitar apagão

O sistema interligado nacional é uma grande rede que se estende por boa parte do país
congregando sistemas de geração e uma malha de transmissão de energia elétrica que
movimenta a energia entre seus subsistemas. Atualmente, o SIN é divido em 4 subsistemas:
Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. A maior parte de nossa matriz energética dentro
do SIN é composta por usinas hidroelétricas, seguidas por usinas térmicas e mais recentemente
as eólicas, modal que tem ganhado força nos últimos anos, principalmente na região Nordeste
do País. A existência da malha de quase 135 mil Km e do controle que interliga as fontes dentro
doSIN traz diversos benefícios, como exemplo:
· A minimização dos riscos de interrupção (gerando segurança);
· O melhor balanço de uso das fontes de geração, aumentando a eficiência do sistema e
reduzindo os custos de geração;
Como tínhamos citado acima, existem também partes do sistema que – por conta das distâncias
continentais que o país possui e dificuldades de acesso -, estão fora do Sistema Interligado
Nacional. São regiões principalmente no Norte do país, mas também incluem outros locais, como
Fernando de Noronha e até o Mato Grosso. No total são 246 localidades. A demanda destas
localidades não é alta se comparada com o restante do país, representando menos de 1% do
consumo total que é suprido principalmente por usinas termelétricas a óleo diesel.
O sistema elétrico brasileiro envolve uma grande infra-estrutura e muita organização para que
funcione. Mesmo assim, o setor continua sendo um dos mais conservadores do país e grandes
mudanças/avanços em sua estrutura são difíceis de ocorrer. A lentidão e conservadorismo do
setor faz com que a eficiência do mercado como um todo seja prejudicada, pois novas práticas
(que muitas vezes já são comuns em outros países) não ocorrem por aqui. Um exemplo é o
acesso à energia do mercado livre para pequenos consumidores, onde pessoas físicas poderiam
fazer uma escolha na hora de contratar sua fonte de geração de energia. O mercado livre (onde
pode-se escolher quem é o gerador) hoje no Brasil movimenta cerca de 25% da energia
comercializada, porém é restrito para os grandes consumidores de energia do país.

2.3 Demanda Energética no Brasil


O Brasil superou o racionamento de energia principalmente devido a mecanismos de gestão do
lado da demanda, como mudança de hábitos de consumo e substituição de equipamentos menos
eficientes. Portanto, é necessário que o poder público crie um planejamento energético
estratégico, para que possa atuar de forma efetiva na geração, fornecimento e consumo de
energia no país de forma contínua, e não apenas em momento de crises.
De acordo com o Plano Nacional de Energia 2030, existe um potencial médio de aplicação de
medidas de eficiência energética na faixa de 2,9% a 7,3% para 2020 e 4,4% a 10,9% para 2030,
em relação a 2010, considerando diferentes setores e cenários macroeconômicos nacionais.
Portanto, o potencial de eficiência energética pode variar bastante conforme o desenvolvimento
econômico; em geral, quanto maior o crescimento da economia, tanto maior o potencial de
aplicações de medidas de conservação de energia. O setor industrial foi o que apresentou maior
consumo de energia e o segundo maior potencial médio de economia caso medidas de eficiência
energética sejam aplicadas. Existem várias ações que podem ser adotadas para aumentar o uso
racional de energia na indústria, como a utilização de processos e equipamentos mais eficientes.
Um dos possíveis modos de implementar essas mudanças é por meio de realização de auditorias
energéticas, as quais consistem em analisar as condições de uso de insumos energéticos e
identificar oportunidades de melhoria. Em países europeus, como Alemanha e França, os
governos oferecem incentivos fiscais para a realização de auditoras energéticas no setor
industrial. Tal modelo poderia ser estudado e implementado no Brasil, de modo a promover a
conservação de energia em diferentes segmentos produtivos.
2.3.1 Programas de incentivo em redução de consumo
O Plano Nacional de Eficiência Energética, PNEf, descreve ações diversas que podem ser
desenvolvidas para aumentar a conservação de energia nos setores industrial, transportes,
edificações, iluminação pública, saneamento, educação, entre outros.
Entre as medidas apontadas pelo PNEf para o setor das indústrias está a criação de mecanismos
que estimulem os empreendedores a contratar serviços de consultoria em eficiência energética.
Além disso, é ressaltado no Plano Nacional de Eficiência Energética a necessidade de
modernizar a indústria nacional por meio da adoção de incentivos fiscais para a substituição de
equipamentos ineficientes. Outra medida interessante citada é a expansão dos sistemas de
cogeração, para aumentar o rendimento dos processos e diminuir os custos financeiros, como o
reaproveitamento de resíduos de biomassa e gases de coqueria.
Em relação ao uso de energia em edificações, segundo o Plano Nacional de Eficiência
Energética, é necessário investir em capacitação técnica de profissionais da construção civil na
área da eficiência energética. Outro ponto fundamental citado é a incorporação de conceitos de
eficiência energética nos estudos de planejamento urbano e nos códigos de obras dos municípios
brasileiros. Além disso, é abordada a importância de tornar obrigatória a certificação de eficiência
energética de edifícios. Em 2014, a certificação tornou-se de caráter mandatório para edifícios
públicos federais, estando em caráter voluntário para os edifícios públicos estaduais e
municipais, comerciais e residenciais.
Para a iluminação pública, o PNEf aborda a necessidade de maior aplicação do Programa
Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficientes (Procel Reluz), o qual tem
como objetivo implementar medidas de eficiência energética em sistemas de iluminação pública
diversos, como rodovias, parques, praças, entre outros.

3 CONCLUSÃO
O Brasil ainda está aquém de muitos países desenvolvidos, como Estados Unidos e membros
da União Europeia, em formulação de políticas públicas de eficiência energética. Tais países
podem ser usados como referência para definição de legislações brasileiras futuras. Entre as
iniciativas nacionais de incentivo ao uso de medidas de eficiência energética, o Programa
Brasileiro de Etiquetagem tem se destacado, avaliando atualmente centenas de produtos,
incluindo eletrodomésticos, equipamentos hidrossanitários, edifícios e automóveis.
Entre as ações que precisam ser desenvolvidas para aumentar a conservação energética
ressaltam-se: a modernização da indústria, a diversificação da malha de transportes, a
implementação de políticas de combate ao desperdício de energia e de normas de eficiência
energética mais rigorosas. Aprimorar os instrumentos legais de incentivo ao uso racional de
energia no país, junto a ações que promovam o planejamento de médio e de longo prazos, a
diversificação da matriz energética nacional é imprescindível para reduzir o risco de uma
escassez de energia no país, como já ocorrido no passado.
Por fim, o PNEf enfatiza a necessidade de trabalhar o tema eficiência energética na educação,
nos diferentes níveis de ensino. São apresentados planos para promoção de ações integradas
entre escolas e comunidades sobre o combate ao desperdício de energia, de modo que o
conhecimento compartilhado na sala de aula possa ser repassado à população. Além disso, é
enfatizada a necessidade de expandir os conhecimentos sobre conservação de energia na
formação profissional de engenheiros e arquitetos, assim como consolidar a rede de laboratórios
de certificação e centros de pesquisa em eficiência energética no país

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Procedimentos de distribuição de energia
elétrica no sistema elétrico nacional – Módulo 8 – Qualidade da energia elétrica:

Revisão 6. Resolução normativa nº 414/2010


AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Procedimentos de distribuição de energia
elétrica no sistema elétrico nacional – PRODIST versão 2008

FAULKENBERRY, L. M.; COFFER, W. Electrical Power Distribution abd Transmission.


Englewood Cliffs, N.J.: Prentice Hall, 1996.
MAMEDE FILHO, JOÃO. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência Rio de Janeiro: LTC,
2013

Pesquisa sobre eficiência energética


http://www.workoutenergy.com.br/abar/cbr/Trab1102.pdf acesso 21/07/2019 as 17:22

Pesquisa sobre Eficiência Energética nas residências, empresas e Indústrias


http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dadosabertos/publicacoes/Publicacoes
Arquivos/publicacao-245/topico-270/20100809_4[1].pdf acesso 21/07/19 as 18:55

Pesquisa sobre Eficiência Energética no sistema interligado nacional


acesso 22/03/19 as 13:09

Pesquisa sobre Resolução no 456/2000 da ANEEL e o módulo 3 do Prodist


http://www.aneel.gov.br/modulo-9 acesso 23/07/19 as 17:09

Pesquisa sobre resolução normativa


http://www2.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=50&idPerfil=4 acesso as 23:08 23 /07/19

Pesquisa sobre Aumentar a capacidade e a Segurança do sistema interligado nacional para


evitar apagão
http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/RelInternac_SiqueiraCD_1. acesso 25/07/19 as 18:33

Pesquisa sobre Programas de incentivo em redução de consumo


http://grupoaterpa.com.br/blog/programa-de/ acesso as 22:08 25 /07/19

Pesquisa sobre demanda energética no Brasil


http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-
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