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Universidade de Brasília
Faculdade do Gama
Gestão Ambiental
Professor Fernando de Paiva Scardua
Cadeia Produtiva
Energia Eólica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2 CUSTO................................................................................................................. 7
5 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 15
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1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas foi levantada uma preocupação com o meio ambiente e
com as futuras gerações. De que maneira o planeta iria aguentar a mesma exploração
e emissão de gás carbônico por mais 50 anos? Dentre as inúmeras áreas industriais
foi levantado a preocupação de estabelecer novas maneiras de produzir energia. A
matriz elétrica brasileira é exemplo de energias renováveis há muito tempo. De acordo
com a EPE, em 2019, a fonte hidráulica de energia representa 64,9% da matriz total
elétrica do Brasil, seja por grandes usinas ou pequenas centrais hidrelétricas, também
conhecidas como PCHs. No Brasil, a energia hidrelétrica é altamente usada e, de
certa forma, está saturada. Conseguimos observar isso mais facilmente com a ligação
das termelétricas para ajudar o abastecimento de energia durante o período da seca,
que prejudica bastante a produção das hidrelétricas.
Energias alternativas e limpas, estão cada vez mais entrando em cena para um
aumento considerável de energia eficiente, limpa e barata no mercado. Uma
alternativa que se mostrou extremamente eficaz é a energia eólica. O Brasil está hoje
em 7° lugar no Ranking Mundial de capacidade instalada de energia eólica. Em 2012,
éramos o 15° colocado (Dados internacionais - GWEC), e a evolução da capacidade
instalada no país, em MW, é de aumentar cada vez mais. O cenário atual do país
conta com a indústria de 19,1 GW de capacidade instalada, atualmente com 726
parques eólicos, 8.585 aerogeradores em operação em 12 estados diferentes, sendo
80% desses parques no Nordeste, por ser a região que contém os melhores ventos
do mundo para a produção da energia eólica. Essa quantidade de energia representa
até o momento cerca de 8,6% da matriz elétrica brasileira. A previsão é que o Brasil
terá mais de 30 GW de capacidade eólica instalada até 2024, sendo considerado um
mercado com muita potência de crescimento e investimento.
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A energia eólica utiliza da força do vento para gerar energia, de maneira que,
para um parque eólico ser erguido, diversos fatores devem ser considerados, entre
eles, os mais importantes são: a força do vento e sua constância ao longo do ano.
Essas duas características essenciais da localização para um parque eólico
distinguem uma boa de uma má região para essa fonte de energia.
A rotação das pás não é em alta velocidade e nem deve ser por diversos motivos
mecânicos, mas para um gerador elétrico produzir energia, é necessária uma rotação
numa velocidade bem superior à das pás, por isso o eixo na velocidade das pás irá
passar por um multiplicador de rotação, um conjunto de engrenagens responsáveis
por aumentar a velocidade do eixo ao chegar no gerador. Ele se localiza logo atrás do
rotor e viabiliza a geração de energia. Essa energia irá ser transmitida por dentro da
torre através de cabos, em média tensão, para as subestações onde será convertida
a alta tensão e assim ser transmitida e imersa no SIN (Sistema Interligado Nacional).
A torre que sustenta a turbina geralmente é uma estrutura de aço, apesar de que
hoje já existem modelos feitos a partir do concreto. Essa torre é oca para a passagem
de cabos e de engenheiros e operadores caso precisem subir até o topo para
manutenção.
Essa torre fica fixada em uma base circular larga subterrânea de aço e concreto
para dar a sustentação necessária ao aerogerador.
Figura 4 - Montagem da fundação de aço para em sequência ser preenchida por concreto e assim ser enterrada.
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2 CUSTO
Por fim, com a maior parcela de custo, entre 45% e 65%, está o pacote de
conversão eletromecânica, que exige um alto nível de sofisticação tecnológica. Esse
pacote, quando bem desenvolvido, pode aumentar a eficiência da conversão de
energia, a capacidade de geração e ainda uma redução de peso e tamanho dos
equipamentos incluídos neste pacote.
Esse é mais um ponto que tem atraído investidores para essa fonte, uma boa
capacidade geradora a um custo inferior. Se torna mais atraente por não possuir esse
perigo apresentado pelas fontes hídricas, a falta de água. Nas regiões estudadas para
suportar um parque eólico, existem ventos fortes o tempo todo.
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3 CADEIA PRODUTIVA
3.2 MANUFATURA
Além dos aerogeradores, têm a fabricação das torres que podem ser de
materiais diferentes, a Engebasa por exemplo é uma fabricante originalmente nacional
de torres de aço, assim como a Torrebras, já a empresa Cassol é fabricante de torres
de concreto.
A construção das pás se dá com materiais como plástico, poliéster, resina epóxi
e fibra de vidro. Requer um alto nível de desenvolvimento e podem ser comparadas a
asas de aviões, além disso, são feitas como peças únicas, por isso seu transporte não
é tão simples, como pode ser visto na figura 10.
Cada pá é feita a partir de duas conchas e uma viga no meio. Ao passar por um
forno, toda a estrutura fica presa e se torna uma lâmina firme e resistente. Todas as
pás passam por uma revisão antes de saírem para seu destino.
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A nacele chega pronta ao parque eólico e é erguida por meio de guindastes até
o topo da torre para ser encaixada e fixada. Logo em seguida, é encaixado o rotor que
receberá todas as 3 pás do aerogerador.
3.5 DISTRIBUIÇÃO
4 CONSUMIDOR FINAL
Feita as transações de compra e venda, o uso final dessa energia fica com as
empresas privadas, empresas públicas municipais, estaduais e federais oferecendo o
serviço de energia elétrica nas residências, comércios e indústrias de pequeno porte
de acordo com a necessidade e cada região é atendida por uma empresa, com valores
correspondentes aos estipulados.
Em 2020 foram gerados 57 TWh de energia eólica, 10% de toda essa geração
foi injetada no Sistema Interligado Nacional (SIN). Toda essa geração significa mais
de 28,8 milhões de residências abastecidas por mês e com mais de 86,4 milhões de
habitantes beneficiados, que são os consumidores finais dessa cadeia produtiva.
5 REFERÊNCIAS
“Atlas eólico, Tecnologias no Brasil e Bahia” Fonte: Atlas eólico da Bahia. Disponível
em: http://www2.secti.ba.gov.br/atlasWEB/tecnologia_p2.html
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Redação. “Custo final da energia eólica é o mais baixo entre as fontes renováveis”.
Fonte: ENGiE. Disponível em: https://www.alemdaenergia.com.br/custo-final-da-
energia-eolica-e-o-mais-baixo-entre-as-fontes-renovaveis/
Bekaert, Belgo. “Entenda como são construídas as torres de energia eólica”. Fonte:
Belgo Bekaert Arames. Disponível em: https://blog.belgobekaert.com.br/construcao-
civil/energia-eolica/