Você está na página 1de 22

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP

ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

BRENO MATEUS LIMA - 16.1.1569

CAESAR BATISTA E SILVA- 19.1.1030

VINÍCIUS JOSÉ TEIXEIRA SILVA - 19.1.1132

VINÍCIUS AUGUSTO DA SILVA - 17.1.1162

MICROGERAÇÃO DE ENERGIA HIDRELÉTRICA

OURO PRETO - MG
2023
Sumário
1. Introdução........................................................................................................................3
2. Fundamentação teórica....................................................................................................4
2.1 O Funcionamento da microgeração de energia hidrelétrica..............................................4
2.1.1 Os tipos de microgeração................................................................................................5
2.1.2 Mecânica dos fluidos e variáveis envolvidas para desenvolver a microgeração de
energia.....................................................................................................................................6
2.1.4 Cálculo da exergia do sistema.........................................................................................9
2.1.6 Otimização da eficiência do sistema de microgeração..................................................12
2. 1. 7 Legislação e questões ambientais acerca da microgeração.........................................13
1. Introdução

A microgeração de energia hidrelétrica é uma opção promissora para a produção


de energia elétrica em pequena escala, utilizando a força da água para gerar eletricidade.
O uso de turbinas Pelton é uma das tecnologias mais eficientes para essa direção,
especialmente em regiões com alta disponibilidade de água e terrenos montanhosos,
como é o caso de muitas áreas em Minas Gerais, Brasil.
As turbinas Pelton são projetadas para captar a energia hidráulica de uma
corrente de água em movimento e convertê-la em energia mecânica. Elas consistem em
uma série de conchas em forma de meia-lua, que direcionam a água para um ou mais
jatos, que, por sua vez, impulsionam um rotor com pás que giram em alta velocidade. A
energia mecânica é então convertida em energia elétrica através de um gerador elétrico
acoplado à turbina. As turbinas Pelton são capazes de converter até 90% da energia
hidráulica disponível em energia elétrica, tornando-as uma das tecnologias mais
eficientes para microgeração de energia elétrica hidrelétrica.
Minas Gerais é um estado brasileiro com grande potencial para a microgeração
de energia hidrelétrica utilizando turbinas Pelton. Com numerosos seus rios e córregos
em regiões montanhosas, há um grande potencial para a geração de energia elétrica
descentralizada. Além disso, a microgeração de energia hidrelétrica utilizando turbinas
Pelton apresenta vantagens como a redução da dependência de fontes de energia não
renováveis, a promoção do desenvolvimento sustentável e a geração de empregos
locais.
No entanto, é importante considerar questões como a viabilidade econômica do
empreendimento, os custos envolvidos na instalação e manutenção das turbinas, os
impactos ambientais e regulatórios. A realização de estudos técnicos e análises de
viabilidade é fundamental para o planejamento e implantação de projetos de
microgeração de energia hidrelétrica utilizando turbinas Pelton em Minas Gerais.
Portanto, a microgeração de energia hidrelétrica utilizando turbinas Pelton é uma
alternativa promissora para a produção de energia elétrica em pequena escala em Minas
Gerais, Brasil. Com a utilização dessa tecnologia eficiente e sustentável, é possível
aproveitar os recursos hídricos disponíveis na região e contribuir para o
desenvolvimento socioeconômico local.

2. Fundamentação teórica
Este presente capítulo tem como objetivo apresentar uma fundamentação teórica a
respeito do objeto de estudo: Microgeração de energia hidrelétrica.

2.1 O Funcionamento da microgeração de energia hidrelétrica


A microgeração de energia hidrelétrica utilizando turbinas Pelton é uma
alternativa eficiente e sustentável para a produção de energia elétrica em pequena
escala. A tecnologia consiste em converter a energia hidráulica da água em energia
elétrica por meio da utilização das turbinas Pelton, que possuem um desempenho
excepcional em condições montanhosas e com elevada disponibilidade de água. Nesta
revisão da literatura, abordaremos o funcionamento da parte mecânica do sistema de
microgeração de energia hidrelétrica com turbinas Pelton, com base no livro "Energias
Renováveis, Geração Distribuída e Eficiência Energética", de José Roberto Simões
Moreira.
O livro de Moreira apresenta uma visão detalhada do funcionamento da parte
mecânica do sistema de microgeração de energia hidrelétrica com turbinas Pelton. O
sistema é composto por três componentes principais: a caixa de entrada, o distribuidor e
a turbina. A caixa de entrada é responsável por receber a água que será utilizada na
geração de energia, e direcioná-la para o distribuidor, que por sua vez, controla a
quantidade e direção dos jatos de água que atingem a turbina.
A turbina é o componente responsável pela conversão da energia em energia
mecânica. A turbina Pelton é composta por um rotor com pás que gira a alta velocidade,
impulsionado pelos jatos de água que são acionados para o rotor pelo distribuidor. O
rotor é acoplado a um eixo que transmite a energia mecânica gerada pela turbina para o
gerador elétrico.
O livro de Moreira também destaca a importância da escolha do tamanho e das
características da turbina para garantir um desempenho eficiente do sistema de
microgeração de energia hidrelétrica. A escolha do tamanho da turbina deve levar em
consideração a quantidade de água disponível e a demanda de energia elétrica do
sistema. Já as características da turbina, como o diâmetro do rotor e o número de pás,
podem influenciar na eficiência e na estabilidade do sistema.
Além disso, o livro de Moreira enfatiza a importância da manutenção preventiva
do sistema de microgeração de energia hidrelétrica com turbinas Pelton. A manutenção
regular dos componentes mecânicos do sistema, como o distribuidor e as pás da turbina,
é fundamental para garantir o desempenho e a longevidade do sistema.
Em conclusão, uma revisão da literatura sobre o funcionamento da parte
mecânica do sistema de microgeração de energia hidrelétrica com turbinas Pelton
destaca a importância dos componentes da caixa de entrada, do distribuidor e da turbina.
Também ressalta a importância da escolha adequada do tamanho e das características da
turbina, assim como a necessidade da manutenção preventiva do sistema para garantir
um desempenho eficiente e duradouro.

2.1.1 Os tipos de microgeração


Existem basicamente dois tipos de microgeração de energia hidrelétrica com
turbinas Pelton: a primeira é a microcentral hidrelétrica (MCH), que é uma unidade
geradora com potência nominal de até 1000 kW, e a segunda é a mini central
hidrelétrica (PCH), que é uma unidade geradora com potência nominal de até 5 MW.
No Brasil, há vários fabricantes que operam turbinas Pelton para microgeração
de energia hidrelétrica. Entre os principais fabricantes, destacam-se a Hidreo Energy,
Weg, a Voith Hydro, a Andritz Hydro, a General Electric, a Siemens, a Alstom, a
IMMA e a Indar. Cada fabricante tem suas próprias características e especificidades,
que podem influenciar o desempenho e a eficiência do sistema de microgeração de
energia hidrelétrica.
A Weg, por exemplo, possui uma linha de turbinas Pelton com potência nominal
de até 2 MW, adequada para aplicações de microgeração de energia hidrelétrica em
regiões montanhosas. Já a Voith Hydro possui turbinas Pelton com potência nominal de
até 20 MW, que podem ser utilizadas em aplicações de geração distribuída em PCHs. A
Andritz Hydro, por sua vez, possui turbinas Pelton com potência nominal de até 150
MW, que são adequadas para aplicações de geração centralizada em MCHs.
Além disso, cada fabricante pode oferecer diferentes tecnologias e soluções para
melhorar o desempenho e a eficiência do sistema de microgeração de energia
hidrelétrica com turbinas Pelton. A Siemens, por exemplo, oferece sistemas de
automação e controle que permitem o gerenciamento remoto do sistema de
microgeração de energia hidrelétrica, enquanto a Alstom possui tecnologias de
otimização do desempenho da turbina que podem melhorar a eficiência energética do
sistema.
Neste trabalho, abordaremos a fabricante Hidreo Energy, brasileira, que oferece
soluções para microgeração de energia hidrelétrica com turbinas Pelton. A empresa
oferece turbinas Pelton com potência nominal de até 1 MW, adequadas para aplicações
de microgeração em regiões montanhosas.
As turbinas da Hidreo Energy possuem uma série de características que as
tornam adequadas para aplicações de microgeração de energia hidrelétrica. A empresa
utiliza tecnologias de ponta para maximizar a eficiência energética das turbinas,
incluindo o uso de materiais de alta qualidade na fabricação das peças, a utilização de
sistemas de automação e controle avançado e o uso de design otimizado para maximizar
o desempenho hidráulico.
A Hidreo Energy também oferece serviços de consultoria e assistência técnica
para ajudar seus clientes a otimizar o desempenho e a eficiência de seus sistemas de
microgeração de energia hidrelétrica com turbinas Pelton. Além disso, a empresa
oferece garantias de longo prazo para suas turbinas, o que dá aos clientes a tranquilidade
de saber que seus investimentos estão protegidos.

2.1.2 Mecânica dos fluidos e variáveis envolvidas para desenvolver a microgeração


de energia
A energia hidráulica é uma das formas de energia renovável mais utilizadas no
mundo, e a partir de rios e correntezas é possível gerar energia elétrica de forma
sustentável. O aproveitamento da energia hidráulica de uma correnteza envolve
conceitos fundamentais da mecânica dos fluidos, como vazão, altura e velocidade da
água.
A energia das quedas d'água e dos fluxos dos rios é aproveitada pela ação das
turbinas hidráulicas, dispositivos mecânicos que convertem a energia cinética da água
em energia mecânica que pode ser utilizada para girar geradores elétricos. O princípio
básico de funcionamento das turbinas hidráulicas é baseado na apresentação da
conservação da energia, que estabelece que a energia total do sistema é constante.
Assim, a energia cinética da água é transformada em energia mecânica no eixo da
turbina, que é conectada a um gerador elétrico.
Na Mecânica dos Fluidos, o fluxo de água é caracterizado por suas propriedades
físicas, como densidade, vazão, pressão e velocidade. A vazão de um rio ou correnteza é
a quantidade de água que passa por uma seção transversal do canal em um determinado
intervalo de tempo. A altura da água em relação à base do canal é chamada de carga ou
altura de queda e é um parâmetro importante para o aproveitamento da energia
hidráulica. A velocidade da água em um determinado ponto é medida através de um
medidor de velocidade, como o molinete hidráulico, que converte a energia cinética da
água em rotação de uma hélice.
A eficiência do aproveitamento da energia hidráulica depende da escolha do tipo
de turbina hidráulica adequada para as condições de operação. Existem diversos tipos de
turbinas hidráulicas, como as turbinas Francis, Kaplan e Pelton, que apresentam
diferentes características de funcionamento e aplicação. A escolha da turbina mais
adequada para um determinado projeto depende das características do fluxo de água,
como vazão, altura e velocidade.
No livro "Energias Renováveis, Geração Distribuída e Eficiência Energética", de
José Roberto Simões Moreira, são desenvolvidas diversas aplicações da energia
hidráulica, incluindo a microgeração de energia em comunidades rurais e geração de
energia em pequenas centrais hidrelétricas. O autor também discute a importância da
utilização de tecnologias eficientes de geração e distribuição de energia elétrica, com o
objetivo de minimizar as perdas e aumentar a eficiência do sistema.
Além disso, outros livros sobre hidrologia e mecânica dos fluidos abordam
conceitos importantes para a análise do fluxo de água em rios e correntezas, como a
prescrição de Bernoulli, que relaciona a pressão, a velocidade e a altura da água em um
ponto específico do canal. A aplicação desses conceitos permite o dimensionamento
adequado das turbinas hidráulicas e a maximização da eficiência do aproveitamento da
energia hidráulica em rios e correntezas.
No entanto, a instalação de usinas hidrelétricas em rios pode gerar impactos
ambientais, como a mudança do fluxo da água e a consequente interferência nos
ecossistemas aquáticos e terrestres, além de afetar as comunidades locais que dependem
do rio para suas atividades culturais. Por isso, é importante considerar cuidadosamente
os aspectos ambientais e sociais antes de instalar uma usina hidrelétrica em um rio.
Se você alterar o número de jatos de água que estão acionando o rotor de uma
turbina hidrelétrica, isso afetará a velocidade de rotação da turbina. Quando você altera
o número de jatos de água, você está alterando a quantidade de energia hidráulica que
está sendo conectada para o rotor, e isso afeta diretamente a velocidade de rotação da
turbina.
Se você reduzir o número de jatos de água, a velocidade de rotação
provavelmente diminuirá, pois a quantidade de energia que está sendo hidraulica para o
rotor é menor. Isso pode ter um impacto na eficiência da turbina e, em última análise, na
quantidade de energia elétrica gerada.
Por outro lado, se você aumentar o número de jatos de água, a velocidade de
rotação provavelmente aumentará, pois a quantidade de energia hidráulica direcionada
para o rotor será aumentada proporcionalmente.
A principal diferença entre uma hidrelétrica acionada por quatro jatos d'água no
rotor e uma hidrelétrica acionada por apenas um jato d'água no rotor está na quantidade
de energia hidráulica está sendo ligada para o rotor.
Quando uma hidrelétrica é acionada por quatro jatos d'água no rotor, a
quantidade de energia hidráulica que está sendo fornecida é maior do que quando é
acionada por apenas um jato d'água. Isso significa que, em geral, a velocidade de
rotação da turbina será maior e a quantidade de energia elétrica gerada será maior.
No entanto, é importante lembrar que o número de jatos d'água não é o único
fator que afeta a quantidade de energia hidráulica que está sendo enviada para o rotor.
Outros fatores incluem a pressão da água, a velocidade e a vazão que é considerada
constante por número de jatos, a título de comparação, além da seção transversal da
turbinada e a densidade do fluído.
A turbina Pelton é uma turbina hidráulica que é acionada por jatos de água
direcionados contra pás cônicas montadas no rotor da turbina. O princípio de
funcionamento da turbina Pelton é baseado na conversão da energia cinética da água em
energia mecânica no rotor da turbina.
A formulação que envolve a turbina Pelton é a seguinte:
η=(Q∗H) /(η∗ρ∗g∗A)

Onde:
η é a eficiência da turbina Pelton Q é a vazão da água (em litros por segundo) H
é a altura da queda da água (em metros) ρ é a densidade da água (em kg/m³) g é a
aceleração da gravidade ( 9,8 m/s²) A é a área da seção transversal da turbina (em m²)
A observação acima mostra que a eficiência da turbina Pelton é diretamente
proporcional à vazão da água, à altura da queda da água e à área da seção transversal da
turbina, e inversamente proporcional à densidade da água.
O rendimento de uma turbina Pelton é a relação entre a energia mecânica gerada
pelo rotor da turbina e a energia cinética da água que está alimentando uma turbina. Em
termos matemáticos, pode ser representado pela apresentação:

η=(Potência mecânica gerada)/( Potência cinéticada água)

A potência mecânica gerada pela turbina pode ser contínua como:

Pot . mecânica gerada=Vazão da água∗Altura da queda da água∗Eficiência da turbina

A potência cinética da água pode ser contínua como:

Potência cinética da água=0,5∗Densidade da água∗Vazão da água∗Vazão da água∗Altura da queda da águ

Substituindo as expressões acima na demonstração do rendimento, obtemos:

η=(Vazão da água∗Altura da queda da água∗Eficiência da turbina)/(0,5∗Densidade da água∗Vazão da ág

η=Eficiênciada turbina /(2∗ρ∗g)


Onde:
ρ é a densidade da água (em kg/m³) g é a aceleração da gravidade (9,8 m/s²)
Portanto, o rendimento de uma turbina Pelton depende da eficiência da turbina e
da densidade da água. Quanto maior a eficiência da turbina e menor a densidade da
água, maior será o rendimento da turbina.
Simular o rendimento de uma turbina Pelton envolve conhecer as variáveis
envolvidas na apresentação, como a vazão da água, a altura da queda da água, a
densidade da água e a eficiência da turbina. Uma vez que essas variáveis são
conhecidas, é possível calcular o rendimento da turbina.

2.1.4 Cálculo da exergia do sistema


O aproveitamento exergético de uma hidrelétrica é a relação entre a energia útil
produzida pela usina e a energia externa fornecida para o sistema. Em termos
matemáticos, pode ser representado pela apresentação:

ηex=( Energia útil produzida)/( Energia externa fornecida)

A energia útil produzida pela usina é a energia elétrica que é gerada e enviada à
rede elétrica. A energia externa fornecida para o sistema inclui a energia cinética da
água, a energia térmica devido ao atrito das partes da usina e a energia mecânica usada
para movimentar as turbinas.
Para calcular o aproveitamento exergético de uma micro central hidrelétrica, é
preciso conhecer a quantidade de energia elétrica gerada pela usina, a quantidade de
energia cinética da água, a quantidade de energia térmica devido ao atrito das partes
móveis da usina e a quantidade de energia mecânica usada para movimentar as turbinas.
Uma vez que essas variáveis são conhecidas, é possível calcular o aproveitamento
exergético da micro central hidrelétrica.
Observe que o aproveitamento exergético pode ser usado como uma medida da
eficiência energética da usina, pois considera tanto a energia útil produzida quanto a
energia externa fornecida para o sistema. Valores mais altos de aproveitamento
exergético indicam uma usina mais eficiente, enquanto valores mais baixos indicam
uma usina menos eficiente.
O aproveitamento energético de um fluxo de água é uma medida da eficiência da
conversão da energia cinética da água em energia útil. Em termos matemáticos, pode ser
representado pela apresentação:

η=(Energia útil produzida)/( Energia cinética da água)


A energia cinética da água é a energia presente na água devido a sua velocidade.
Essa energia é flexível para uma turbina, que a converte em energia elétrica. A energia
elétrica gerada é a energia útil produzida.
Para calcular o aproveitamento energético de um fluxo de água, é preciso
conhecer a quantidade de energia elétrica gerada pela usina, a velocidade da água que
alimenta a turbina e a altura de queda da água. A partir daí, é possível calcular a energia
cinética da água e, em seguida, o aproveitamento energético.
A fórmula para calcular a energia cinética da água é:
Energia cinética = (massa da água) * (altura de queda) * (gravidade)
Onde "massa da água" é a quantidade de água que passa pela turbina por unidade
de tempo, "altura de queda" é a diferença de altura entre o ponto de captação da água e
o ponto de liberação da água após passar pela turbina e "gravidade " é a aproximação
devido à gravidade (9,8 m/s^2).
Observe que o aproveitamento energético pode ser usado como uma medida da
eficiência energética da usina, pois considera apenas a energia cinética da água e a
energia útil produzida. Valores mais altos de aproveitamento energético indicam uma
usina mais eficiente, enquanto valores mais baixos indicam uma usina menos eficiente.
A viabilidade de aproveitar um fluxo de água para gerar energia elétrica por uma
turbina Pelton depende de vários fatores, incluindo:
Quantidade de água disponível: A quantidade de água disponível para alimentar
a turbina é um fator crítico na experiência da viabilidade. Uma falta de água suficiente
para alimentar a turbina limitará a quantidade de energia elétrica que pode ser gerada.
Altura de queda da água: A altura de queda da água é outro fator importante. A
altura de queda é diretamente proporcional à energia cinética da água e, portanto, à
quantidade de energia elétrica que pode ser gerada.
Vazão: A vazão, ou seja, a quantidade de água que passa pela turbina por
unidade de tempo, também afeta a quantidade de energia elétrica que pode ser gerada.
Custo de instalação: O custo de instalação e manutenção de uma usina
hidrelétrica, incluindo uma turbina Pelton, também é um fator importante na viabilidade
da viabilidade.
Condições climáticas: As condições climáticas, incluindo períodos de seca,
também podem afetar a quantidade de água disponível para alimentar a turbina e,
consequentemente, a viabilidade de aproveitar o fluxo de água para gerar energia
elétrica.
Em geral, o aproveitamento de um fluxo de água para gerar energia elétrica por
uma turbina Pelton será viável enquanto houver uma quantidade adequada de água com
uma altura de queda suficiente, uma vazão adequada e um custo de instalação e
manutenção aceitável. Além disso, a viabilidade também pode ser submetida a questões
ambientais e regulatórias.
A exergia é uma função termodinâmica que pode ser definida como o potencial
de energia disponível de um sistema para realizar o trabalho em um ambiente
termodinamicamente ideal, como uma fonte de calor a uma temperatura uniforme. A
exergia é contínua a partir da entalpia e da entropia de um sistema, e sua unidade de
medida é o joule (J).
No caso de turbinas hidráulicas, a exergia pode ser dispensada através da
aprovação:
Ex=(h−h 0)−T 0(s−s 0)
Onde:
Ex é a exergia disponível (J)
h é a entalpia específica da água na entrada da turbina (J/kg)
h0 é a entalpia específica da água na saída da turbina, que corresponde à pressão
atmosférica (J/kg)
T0 é a temperatura de referência, que geralmente é a temperatura ambiente (K)
s é a entropia específica da água na entrada da turbina (J/kg.K)
s0 é a entropia específica da água na saída da turbina, que corresponde à pressão
atmosférica (J/kg.K)
A exergia pode ser utilizada para medir a eficiência do processo de geração de
energia hidrelétrica, comparando a exergia disponível na entrada da turbina com a
exergia perdida no processo. As perdas de exergia ocorrem principalmente devido a
turbulências no fluxo de água, atrito nas paredes da turbina, e variações na temperatura
e pressão do fluido.
Para maximizar a exergia disponível no processo, é importante selecionar as
turbinas adequadas para as condições hidrológicas do local, ajustar a vazão de água de
acordo com a demanda de energia, e minimizar as perdas de energia mecânica e
térmica. Além disso, a manutenção regular das turbinas e dos equipamentos de controle
de fluxo de água também é fundamental para garantir o desempenho do sistema.
É importante destacar que o calculado da exergia é uma ferramenta importante
para avaliar a eficiência energética dos processos de microgeração de energia elétrica
hidrelétrica, mas não deve ser utilizado de forma fundamentada para avaliar o impacto
ambiental do processo. Para isso, é necessário considerar outros fatores como a emissão
de gases de efeito estufa, o impacto na biodiversidade e nos ecossistemas aquáticos, e a
utilização dos recursos naturais.
O aproveitamento de exergia em microgeração de energia hidrelétrica em
turbinas Pelton é uma técnica utilizada para aumentar a eficiência do sistema. A exergia
é uma medida termodinâmica que indica a qualidade da energia disponível em um
sistema, ou seja, a quantidade de trabalho que pode ser produzida a partir de uma
determinada fonte de energia.
A otimização do aproveitamento da exergia em sistemas de microgeração
hidrelétrica com turbinas Pelton é alcançada através da maximização da eficiência de
conversão de energia cinética da água em energia mecânica, e em seguida, em energia
elétrica. A eficiência de conversão está diretamente relacionada à eficiência das turbinas
e geradores elétricos.

2.1.6 Otimização da eficiência do sistema de microgeração


Uma das principais estratégias para o aumento da eficiência do sistema é a
utilização de turbinas Pelton com múltiplos jatos. Essa técnica permite que a energia
cinética da água seja distribuída de forma mais uniforme nas pás da turbina,
aumentando a eficiência de conversão da energia hidráulica em energia mecânica.
Além disso, é importante que a turbina seja dimensionada corretamente para o
fluxo de água disponível, evitando perdas de energia mecânica e maximizando a
eficiência do sistema. É necessário também realizar manutenções periódicas nas
turbinas e nos geradores elétricos, visando garantir o aproveitamento máximo da energia
disponível.
Outra forma de aumentar a eficiência do sistema é através da utilização de
dispositivos de controle de fluxo de água, como comportas e válvulas. Esses
dispositivos permitem controlar a vazão de água que passa pela turbina, maximizando a
eficiência do sistema de acordo com as condições hidrológicas.
Portanto, para garantir o máximo aproveitamento da exergia em sistemas de
microgeração de energia hidrelétrica em turbinas Pelton, é necessário adotar estratégias
que visem maximizar a eficiência do sistema de conversão de energia, através da
utilização de turbinas múltiplas com jatos múltiplos, dimensionamento correto da
turbina, manutenções periódicas e uso de dispositivos de controle de fluxo de água.
Os dispositivos de controle de fluxo de água, como comportas e válvulas, são
ferramentas importantes para aumentar a eficiência dos sistemas de microgeração de
energia hidrelétrica com turbinas Pelton. Isso ocorre porque esses dispositivos permitem
controlar a quantidade de água que passa pela turbina em um determinado momento,
maximizando a eficiência do sistema de acordo com as condições hidrológicas.
Quando se trata de microgeração de energia hidrelétrica, é importante maximizar
a produção de energia elétrica, garantindo o uso mais eficiente possível do recurso
hídrico. As condições hidrológicas, como a vazão de água no rio ou o volume de
chuvas, podem variar bastante ao longo do ano, o que pode afetar significativamente a
produção de energia.
Os dispositivos de controle de fluxo de água permitem ajustar a quantidade de
água que passa pela turbina de acordo com as condições hidrológicas, garantindo que a
turbina opere sempre em sua faixa ideal de eficiência. Se a vazão de água estiver muito
alta, a turbina pode ser danificada ou pode operar com uma eficiência menor do que o
ideal. Se a vazão estiver muito baixa, a produção de energia elétrica pode ser reduzida,
evoluindo em uma menor eficiência do sistema.
Além disso, os dispositivos de controle de fluxo de água permitem que a turbina
seja controlada ou reduza sua operação durante períodos de baixa demanda por energia
elétrica, economizando recursos hídricos e minimizando os impactos ambientais. Isso é
especialmente importante em áreas onde os recursos hídricos são escassos e a demanda
por energia elétrica é alta.
As condições ideais para aproveitar o fluxo d'água na microgeração de energia
hidrelétrica variam de acordo com a capacidade da turbina instalada e a demanda
energética do local. Em geral, para turbinas Pelton, as condições ideais de operação
envolvem uma queda d'água de pelo menos 30 metros e uma vazão de 5 a 25 litros por
segundo, dependendo do diâmetro e do número de jatos da turbina.
Porém, é importante lembrar que as condições hidrológicas são variáveis ao
longo do ano e podem afetar diretamente a geração de energias. Assim, para minimizar
os efeitos dessas variações, é recomendado que a capacidade instalada da turbina seja
adequada à vazão mínima do rio, de modo que a geração de energia possa ser mantida
mesmo em períodos de seca.

2. 1. 7 Legislação e questões ambientais acerca da microgeração


Um dos principais impactos ambientais associados à microgeração de energia
hidrelétrica é a mudança do fluxo da água. A instalação de turbinas hidrelétricas em um
rio ou queda d'água pode reduzir o fluxo de água, afetando a qualidade da água e o
ecossistema aquático. A diminuição do fluxo de água pode levar à sedimentação do leito
do rio, o que pode afetar a flora e a fauna presentes e prejudicar a qualidade da água.
Além disso, a construção de pequenas usinas hidrelétricas pode afetar a fauna
terrestre que habita as margens dos rios. A alteração do fluxo de água e a construção de
barragens e outras estruturas podem afetar a migração de peixes, o que pode levar a uma
redução na população de peixes e outras espécies que dependem da água para sua
sobrevivência.
A construção de pequenas usinas hidrelétricas também pode afetar as
comunidades locais que dependem do rio para suas atividades culturais. A modificação
do fluxo de água pode afetar a agricultura, a pesca, o turismo e outras atividades que
dependem da água. Além disso, a construção de barragens e outras estruturas pode
afetar a paisagem natural e cultural, que pode ser importante para a identidade e a
cultura das comunidades locais.
Para minimizar os impactos ambientais associados à microgeração de energia
hidrelétrica, é importante realizar estudos gerais de impacto ambiental e social. Esses
estudos devem levar em consideração os aspectos ambientais, sociais e culturais
relacionados à implantação da usina hidrelétrica, e devem ser realizados com a
participação das comunidades locais e demais partes interessadas.
Além disso, é importante realizar a mitigação dos impactos ambientais durante a
fase de construção da usina hidrelétrica. Isso pode ser feito por meio da utilização de
tecnologias mais limpas e eficientes, da minimização da supressão de vegetação e da
preservação dos habitats naturais.
Por fim, é importante considerar a possibilidade de implantar sistemas de
geração distribuída de energia, que permitem a produção de energia elétrica em pequena
escala, sem a necessidade de construir grandes usinas hidrelétricas. Essa alternativa
pode reduzir os impactos ambientais e sociais associados à implantação de grandes
usinas hidrelétricas.
Uma das maneiras de minimizar esses impactos é desenvolver o fluxo de água
para os rios após a geração de energia. A devolução do fluxo de água para os rios é uma
prática que permite que a água volte ao seu curso natural. Isso ajuda a manter a
biodiversidade, garantindo a sobrevivência de animais e plantas que dependem do fluxo
regular de água. Além disso, a água devolvida ao rio também ajuda a manter a
qualidade da água, garantindo que ela esteja disponível para uso humano e animal.
Outra vantagem de devolver o fluxo de água para os rios é a redução do impacto
ambiental causado pelas usinas hidrelétricas. Quando a água é desviada para a geração
de energia elétrica, ela pode afetar o fluxo natural do rio, atendendo a quantidade de
água disponível para outros usos, como irrigação e consumo humano. Isso pode levar à
degradação do ecossistema aquático, causando perda de habitat e redução na
biodiversidade.
Além disso, a água desviada para a geração de energia elétrica também pode ter
sua temperatura alterada, o que pode afetar a vida aquática. A água quente pode causar
mudanças no comportamento dos animais, afetando a reprodução, a alimentação e a
migração. Isso pode levar à diminuição da população de espécies e à perda da
diversidade genética.
Por outro lado, a devolução do fluxo de água para os rios permite que a água
mantenha sua temperatura natural, garantindo um ambiente adequado para a vida
aquática. Isso é especialmente importante em rios que abrigam espécies sensíveis à
temperatura, como salmão e truta.
Além disso, a devolução do fluxo de água para os rios pode ajudar a minimizar o
impacto de enchentes e secas. Quando a água é desenvolvida ao rio após a geração de
energia elétrica, ela pode ajudar a aumentar o nível do rio em períodos de seca. Da
mesma forma, quando há excesso de água na hidrelétrica, a devolução do fluxo de água
para o rio pode ajudar a reduzir o impacto das enchentes.
A implantação e o funcionamento de uma microgeração de energia hidrelétrica
em Minas Gerais, Brasil, envolvem questões legais importantes que precisam ser
consideradas. O objetivo é garantir que a geração de energia elétrica seja feita de forma
sustentável, sem causar danos ao meio ambiente e à saúde humana, e de acordo com as
normas legais protegidas.
Uma das principais leis envolvidas é a Lei Federal nº 9.433/1997, que instituiu a
Política Nacional de Recursos Hídricos e estabeleceu as diretrizes para a gestão
integrada e participativa dos recursos hídricos. Essa lei define uma bacia hidrográfica
como unidade territorial para o gerenciamento dos recursos hídricos e estabelece a
necessidade de se garantir o uso múltiplo e sustentável da água.
Outra legislação importante é a Lei Estadual nº 21.972/2016, que estabeleceu a
Política Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais. Essa lei criou o Sistema
Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos e definiu as competências dos órgãos
gestores e dos usuários de recursos hídricos.
Além disso, a instalação de microgeração de energia hidrelétrica em Minas
Gerais também está sujeita à legislação ambiental, especialmente à Lei Federal nº
12.651/2012, que instituiu o Novo Código Florestal. Essa lei estabeleceu normas para a
proteção da vegetação nativa e dos recursos hídricos, e define como Áreas de
Preservação Permanente (APPs) e como Reservas Legais.
É importante ressaltar que a implantação de uma microgeração de energia
hidrelétrica em Minas Gerais deve seguir todas as normas e procedimentos ambientais
pelos órgãos ambientais competentes. É necessário obter as licenças ambientais
requeridas, que incluem a Licença Prévia, a Licença de Instalação e a Licença de
Operação.
A Licença Prévia é a primeira etapa do processo de licenciamento ambiental e
autorização para realização de estudos e levantamentos necessários para a definição do
local e do projeto de microgeração de energia hidrelétrica. Já a Licença de Instalação
autoriza a construção e a implantação do empreendimento, enquanto a Licença de
Operação permite a operação da microgeração de energia hidrelétrica, desde que sejam
cumpridas todas as condições protegidas nas licenças acima.
A implantação de uma microgeração de energia hidrelétrica em Minas Gerais
também pode estar sujeita à legislação de proteção do patrimônio cultural,
especialmente se o empreendimento estiver localizado em áreas de interesse histórico,
arqueológico ou cultural.
O objetivo é garantir a proteção ambiental e a segurança da operação do
empreendimento, bem como a conformidade com as exigências legais.
O primeiro passo para a implantação da microgeração de energia hidrelétrica é a
obtenção da licença ambiental, que é regulamentada pela Resolução CONAMA nº
237/1997. A licença ambiental é concedida pelo órgão ambiental competente e tem
como objetivo avaliar o impacto ambiental do empreendimento, definir medidas
mitigadoras e compensatórias, bem como monitorar a operação do empreendimento ao
longo do tempo.
Além disso, é necessário seguir as normas e regulamentações do setor elétrico,
como a Resolução Normativa nº 482/2012 da ANEEL, que estabelece as condições
gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de
distribuição de energia elétrica. Essa resolução define os requisitos técnicos para a
conexão de geradores de energia elétrica à rede elétrica de distribuição, além de
estabelecer as condições para a distribuição da energia gerada.
Outra legislação relevante é a Lei nº 9.427/1996, que dispõe sobre a organização
do setor elétrico brasileiro e as competências da ANEEL. A agência é responsável por
regular e fiscalizar as atividades relacionadas à geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica, incluindo a microgeração hidrelétrica.
Além disso, é importante observar as legislações estaduais e municipais que
podem ter impacto na implantação e operação da microgeração hidrelétrica. Em Minas
Gerais, por exemplo, a legislação estadual que regula o uso do solo pode estabelecer
restrições quanto à instalação de empreendimentos em determinadas áreas.
Outro aspecto importante é a regularização fundiária do terreno onde será
implantada a microgeração hidrelétrica. A propriedade deve estar regularizada junto ao
órgão competente e deve ser compatível com a finalidade do empreendimento.
Por fim, é fundamental que a operação da microgeração hidrelétrica esteja em
conformidade com as normas de segurança e saúde no trabalho, bem como com as
legislações ambientais e de conservação dos recursos hídricos. O não cumprimento
dessas normas pode resultar em processos administrativos e penais.
Para caracterizar uma microgeração de energia hidrelétrica em Minas Gerais, é
necessário observar as condições protegidas pelas normas e leis cumulativas, tais como
a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 e a Lei Estadual de Minas Gerais nº
20.824/2013.
A Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 estabelece as condições gerais
para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de
energia elétrica, enquanto a Lei Estadual de Minas Gerais nº 20.824/2013 estabelece as
normas para o uso de fontes renováveis de energia não Estado.
De acordo com a ANEEL, a microgeração de energia é caracterizada por
sistemas com potência instalada de até 75 kW, conectados à rede de distribuição de
energia elétrica, e cuja energia produzida é consumida predominantemente no próprio
local. Além disso, a geração de energia deve ser proveniente de fontes renováveis, como
a energia hidrelétrica.
Já a Lei Estadual de Minas Gerais nº 20.824/2013 estabelece que o uso de fontes
renováveis de energia deve ser incentivado no Estado, sendo que a microgeração de
energia hidrelétrica é uma das formas de produção de energia renovável incentivada.
Para a implantação e o funcionamento de uma microgeração de energia
hidrelétrica em Minas Gerais, é necessário seguir os procedimentos conduzidos pela
ANEEL, tais como a solicitação de acesso à rede de distribuição, a instalação de
equipamentos em conformidade com as normas técnicas e de segurança, e concedida a
autorização para geração de energia elétrica.
Além disso, é necessário observar as normas e leis ambientais, como a Lei
Federal nº 12.651/2012 (Código Florestal), que estabelece as regras para a proteção e
conservação das áreas de preservação permanente e de reserva legal, e a Lei Estadual de
Minas Gerais nº 20.922/2013, que existe sobre a política estadual de recursos hídricos.
A implantação e o funcionamento de uma microgeração de energia hidrelétrica
em Minas Gerais também devem seguir as normas de segurança do trabalho, protegidas
pela NR-10 (Norma Regulamentadora nº 10) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Para obter a outorga de uso dos recursos hídricos, é necessário apresentar um
projeto detalhado da microgeração de energia hidrelétrica, que deve incluir estudos
sobre o impacto ambiental, social e econômico do empreendimento, bem como a
identificação das áreas de influência direta e indireta do projeto . Além disso, é preciso
demonstrar que o projeto está em conformidade com as leis e normas ambientais e de
segurança do trabalho.
Vale ressaltar que o uso dos recursos hídricos deve ser feito de forma sustentável
e responsável, de modo a minimizar os impactos ambientais e garantir a disponibilidade
de água para outros usos e para as gerações futuras. Assim, é importante que as
empresas que atuam nesse segmento adotem práticas de gestão ambiental e social
executadas, incluindo o monitoramento dos impactos do projeto e a adoção de medidas
de mitigação e compensação.
Além disso, é importante cumprir as normas e regulamentações locais para o uso
dos recursos hídricos. No Brasil, a Agência Nacional de Águas (ANA) é o órgão
responsável por regulamentar a outorga de uso dos recursos hídricos, que é um
documento que autoriza o uso da água para fins específicos, incluindo a geração de
energia hidrelétrica.
A Agência Nacional de Águas (ANA) é uma agência reguladora responsável
pela gestão dos recursos hídricos no Brasil. A ANA tem como objetivo principal
promover o uso sustentável e integrado da água, garantindo sua disponibilidade e
qualidade para as presentes e futuras gerações. Para alcançar este objetivo, a ANA
estabelece normas e diretrizes para a gestão dos recursos hídricos no país, incluindo a
regulamentação da utilização da água dos rios para a geração de energia hidrelétrica,
incluindo a microgeração.
A ANA estabelece critérios e procedimentos para a utilização da água dos rios
para a geração de energia hidrelétrica. Esses critérios são definidos com base em
estudos hidrológicos e ambientais que avaliam a disponibilidade hídrica, a demanda dos
usos da água e os impactos ambientais associados ao uso da água para a geração de
energia elétrica.
O regulamento da ANA estabelece que o uso da água para a geração de energia
hidrelétrica deve ser realizado de forma a garantir a disponibilidade hídrica e a
qualidade da água para os diversos usos, como abastecimento humano, irrigação,
navegação, entre outros. Além disso, a ANA estabelece critérios para a operação das
usinas hidrelétricas, incluindo a definição de curvas de restrição de vazão que devem ser
respeitadas pelos empreendimentos.
No caso da microgeração de energia hidrelétrica, a ANA estabelece que as
usinas com capacidade de até 1 MW devem seguir os mesmos critérios e procedimentos
de licenciamento ambiental e outorga de direito de uso da água que as usinas maiores.
Isso significa que os empreendedores que desejam instalar uma microgeração
hidrelétrica devem obter a autorização da ANA para o uso da água do rio, seguindo os
mesmos procedimentos dos empreendimentos maiores.
Para obter a autorização da ANA, os empreendedores devem apresentar um
projeto que demonstre a viabilidade técnica, econômica e ambiental da microgeração
hidrelétrica. Esse projeto deve incluir estudos hidrológicos e ambientais que avaliam a
disponibilidade hídrica do rio, a demanda dos usos da água e os impactos ambientais
associados à utilização da água para a geração de energia elétrica. Além disso, o projeto
deve ser compatível com as políticas e diretrizes de gestão dos recursos hídricos
protegidos pela ANA.
.
Aqui estão alguns artigos científicos que abordam a microgeração de energia
hidrelétrica no Brasil:
Oliveira, AC, Carvalho, RN, Fernandes, AP, & Pereira, MVF (2016).
Microgeração de energia elétrica a partir de pequenas quedas d'água. Revista de
Engenharia e Tecnologia, 8(1), 1-10
O artigo "Microgeração de energia elétrica a partir de pequenas quedas d'água"
apresenta uma revisão bibliográfica sobre as tecnologias utilizadas para a microgeração
de energia hidrelétrica, tendo como foco as pequenas quedas d'água. O trabalho discute
as principais características e vantagens dessas tecnologias, bem como as limitações
definidas pelo ambiente no qual elas são utilizadas.
O estudo começa apresentando uma breve introdução sobre as vantagens da
microgeração de energia elétrica, destacando sua importância para o desenvolvimento
sustentável e a redução das emissões de gases de efeito estufa. Em seguida, são
suspensas as principais tecnologias utilizadas para a microgeração de energia
hidrelétrica, com destaque para as turbinas Pelton, Banki-Michell e Cross-Flow.
Na sequência, são abordadas as principais características dessas tecnologias,
incluindo seus princípios de funcionamento, eficiência, capacidade de geração de
energia e custos de implantação e manutenção. Além disso, o artigo apresenta alguns
exemplos de projetos de microgeração de energia hidrelétrica, demonstrando como
diferentes tecnologias podem ser aplicadas em diferentes situações.
O estudo também destaca as restrições impostas pelo ambiente no qual as
tecnologias são utilizadas, como as variações na disponibilidade de água e presença de
sedimentos e outros materiais que podem afetar o desempenho das turbinas. Por fim, o
artigo conclui destacando a importância da microgeração de energia hidrelétrica para o
desenvolvimento sustentável e apresentando algumas considerações sobre os desafios
enfrentados na implantação dessas tecnologias.
Em resumo, o artigo apresenta uma revisão bibliográfica completa e atualizada
sobre as tecnologias utilizadas para a microgeração de energia hidrelétrica a partir de
pequenas quedas d'água, destacando suas principais características, vantagens e
limitações, bem como exemplos de projetos já aperfeiçoados.

Koenigkan, LV, Hartmann, RD, & Bazzo, E. (2019). Microgeração hidrelétrica:


análise econômica e ambiental de uma usina em escala experimental. Ambiente
Construído, 19(1), 139-153.
O artigo "Microgeração hidrelétrica: análise econômica e ambiental de uma
usina em escala experimental" publicado na revista Ambiente Construído em 2019 tem
como objetivo avaliar a viabilidade econômica e ambiental de uma micro usina
hidrelétrica instalada em uma escala experimental na Universidade Regional de
Blumenau (FURB) ), Santa Catarina, Brasil.
Para a conclusão do estudo, foram coletados dados sobre a vazão e altura de
queda da água utilizada para a geração de energia, bem como informações sobre os
custos de instalação e manutenção da usina. Também foram realizadas análises de ciclo
de vida e de impacto ambiental.
Os resultados surpreenderam que uma micro usina hidrelétrica foi capaz de gerar
uma média de 39,8 kWh/mês, com uma produção de energia mensal variando entre 12,5
e 74,4 kWh/mês. Além disso, foi possível observar uma redução de 5,5% na emissão de
gases de efeito estufa em comparação com a geração de energia elétrica convencional.
Quanto à viabilidade econômica, os autores destacam que, embora o custo de
instalação tenha sido relativamente alto, o tempo de retorno do investimento foi
estimado em 7,4 anos. Além disso, considerando um cenário de aumento do preço da
energia elétrica, uma micro usina hidrelétrica pode se tornar ainda mais vantajosa em
termos financeiros.
No que diz respeito aos impactos ambientais, foi observado que o uso da
microgeração de energia hidrelétrica pode contribuir significativamente para a redução
das emissões de gases de efeito estufa, bem como para a preservação dos recursos
naturais.
Em conclusão, o estudo demonstra que a microgeração hidrelétrica pode ser uma
alternativa viável e sustentável para a geração de energia elétrica em pequena escala,
com benefícios sanitários e ambientais importantes.

Abreu, SL, de Moura, MM, & Barbosa, PSF (2018). Potencial de microgeração
hidrelétrica no Brasil: estudo de caso em um campus universitário. Revista Brasileira de
Energias Renováveis, 7(2), 173-183.
O artigo "Potencial de microgeração hidrelétrica no Brasil: estudo de caso em
um campus universitário" tem como objetivo analisar o potencial de geração de energia
hidrelétrica em pequena escala no campus de uma universidade brasileira, considerando
as condições hidrológicas locais e a demanda energética do campus.
Para isso, foram medidos medições de vazão do córrego que atravessam o
campus e análises de viabilidade técnica, econômica e ambiental da instalação de uma
micro usina hidrelétrica. Os resultados agradaram que, apesar da baixa vazão do
córrego, a instalação de uma micro usina hidrelétrica é viável e poderia suprir cerca de
30% da demanda energética do campus.
Os autores destacam que a microgeração hidrelétrica pode ser uma alternativa
interessante para a geração distribuída de energia no Brasil, principalmente em áreas
rurais e remotas, onde o acesso à energia elétrica ainda é limitado. No entanto, ressaltam
a importância de avaliar cuidadosamente as condições locais e considerar aspectos
técnicos, biológicos e ambientais na implementação de projetos de microgeração
hidrelétrica.
Campos, LP, Taveira, RR, & Bezerra, UH (2019). Análise da geração de energia
elétrica a partir de microcentrais hidrelétricas em pequenos rios do semiárido brasileiro.
Revista de Energia da Bahia, 2( 2), 28-40.
O artigo "Análise da geração de energia elétrica a partir de microcentrais
hidrelétricas em pequenos rios do semiárido brasileiro" investigou o potencial de
microgeração de energia hidrelétrica em rios pequenos no semiárido brasileiro. Os
autores realizaram um levantamento de dados de 17 rios em duas regiões distintas do
semiárido, com a finalidade de estimar o potencial de geração de energia elétrica a partir
de microcentrais hidrelétricas em cada rio. A metodologia utilizada envolveu a análise
de dados de vazão, queda bruta e área de contribuição de cada rio, e calculado o
potencial de energia elétrica a partir da aplicação da fórmula de potência hidráulica.
Os resultados observados que o potencial de geração de energia elétrica a partir
de microcentrais hidrelétricas em pequenos rios do semiárido brasileiro é significativo,
com valores que variam de 0,11 kW a 142,89 kW por rio, dependendo das
características hidrológicas de cada região. Os autores destacam que o uso de
microcentrais hidrelétricas pode ser uma alternativa viável e sustentável para a geração
de energia elétrica em regiões remotas e isoladas, garantido para o desenvolvimento
econômico e social dessas áreas. Além disso, foi discutido sobre os desafios e
oportunidades de implementação de microcentrais hidrelétricas em pequenos rios do
semiárido, incluindo questões regulatórias, tecnológicas e socioambientais.

Veja a fabricante Hidreo Energy Solutions (https://hidreo.com.br);

Fonte: Hidreo
Parte molhada:

Parte seca:
Adicionar toda a descrição dos dois fabricantes;
Fazer os cálculos conforme sugerimos;
Inserir a fórmula dos jatos e todas as fórmulas que são necessárias para os cálculos do
rotor e da geração;
Porque 4 jatos é o mais eficiente?
Adicionar um tópico com artigos e trabalhos sobre MCH;

Você também pode gostar