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APLICAÇÕES

Uma usina hidrelétrica ou central hidroeléctrica é um complexo arquitetônico,


um conjunto de obras e de equipamentos, que tem por finalidade
produzir energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico
existente em um rio, Hidrelétricas antigamente chamavam se Deposito elétrico.

As centrais hidrelétricas geram, como todo empreendimento energético, alguns


tipos de impactos ambientais como o alagamento das áreas vizinhas, aumento
no nível dos rios, em algumas vezes pode mudar o curso do rio represado,
podendo, ou não, prejudicar a fauna e a flora da região. Todavia, é ainda um
tipo de energia mais barata do que outras como a energia nuclear e menos
agressiva ambientalmente do que a do petróleo ou a do carvão, por exemplo. A
viabilidade técnica de cada caso deve ser analisada individualmente por
especialistas em engenharia ambiental e especialista em engenharia hidráulica,
que geralmente para seus estudos e projetos utilizam
modelos matemáticos, modelos físicos e modelos geográficos.

O cálculo da potência instalada de uma usina é efetuado através de estudos de


energéticos que são realizados por engenheiros mecânicos, eletricistas e civis.
Para o funcionamento de uma hidrelétrica, cria-se uma barragem num rio,na
finalidade de represar uma grande quantidade de água, que é desvia para
tubos de grande diâmetro, chamadas tubos de carga, através dos quais desce
até chegar às turbinas, cujas paletas ela irá movimentar. As turbinas em geral
são montadas no mesmo eixo do dínamo, de forma que o movimento
provocado pela energia mecânica de água no rotor da turbina resultará em
eletricidade no gerador. A água depois volta ao rio, através dos canais de
descarga.

A energia elétrica transmitida para uma ou mais linhas de transmissão que é


interligada à rede de distribuição. Uma vez produzida, a eletricidade tem que
ser distribuída aos consumidores, a muitos quilômetros de distância. É
conduzida através de cabos, em linhas de transmissão. Nessa rede estão
ligadas as cargas (pontos de consumo de energia) e os geradores (pontos de
produção de energia). No condutor, que é um cabo nu, suspenso de grandes
estruturas metálicas, parte da energia se perde, transformando-se em calor.
Assim utilizam-se elevados valores de tensão, chegando até 500 000 volts. Os
alternadores das usinas, contudo, por limitações de tamanho, em geral,
produzem cerca de 10 000 volts. Faz-se necessário, portanto, elevar a tensão,
o que se consegue por meio de transformadores estáticos. Ao aproximar-se
dos locais de consumo, a tensão é novamente rebaixada, ainda através de
transformadores.

Uma central hidrelétrica é uma instalação ligada à rede de transporte que injeta
uma porção da energia solicitada pelas cargas.

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Rio Tocantins), por exemplo, constitui-se de


uma das maiores obras da engenharia mundial e é a maior usina 100%
brasileira em potência instalada com seus 8.000 MW, já que a Usina de Itaipu é
binacional.
As usinas hidrelétricas produzem um total de 930 mil megawatts, energia
equivalente a cerca de 5 bilhões de barris de petróleo.

No Brasil operam cerca de 160 usinas hidrelétricas, que produzem um total


de 74.438.695 kW (maio/2007). Um dos destaques é a Usina Hidrelétrica de
Itaipu Binacional, maior produtora de energia no mundo, e um empreendimento
binacional - desenvolvido pelo Brasil e pelo Paraguai no rio Paraná. A potência
da usina chega a 13.300 Mw (megawatts), com 19 unidades geradoras de 700
Mw. Conforme dados da Itaipu Binacional, a usina atingiu em 2006 a segunda
maior produção de energia de sua história, cerca de 92.689.936 MWh.

Como já mencionado, o Sistema Elétrico Nacional é fortemente dependente de


energia hidráulica, e os melhores potenciais hidrelétricos do país não estão
localizados próximos dos grandes centros consumidores. Outros fatores
importantes são a grande extensão territorial e as variações climáticas e
hidrológicas do país, o que tende a gerar excedentes de produção hidrelétrica
em determinadas regiões e períodos do ano. Dessa forma, a transmissão de
grandes quantidades de energia elétrica e a interligação do sistema são
fundamentais para o suprimento de eletricidade no país.

O sistema nacional de transmissão de energia elétrica tem por finalidade a


distribuição espacial da energia gerada, conectando as usinas geradoras às
subestações de distribuição. Visando à otimização temporal e econômica da
geração, isto é, a alocação eficiente e racional da energia gerada, o Sistema
Elétrico Nacional opera de forma interligada. Assim, o déficit na geração de
energia de uma região pode ser compensado pelo excesso de capacidade de
geração em outra(s).

Tradicionalmente, o sistema de transmissão é dividido em redes de


transmissão e subtransmissão, em razão do nível de desagregação do
mercado consumidor. A rede primária é responsável pela transmissão de
grandes "blocos" de energia, visando ao suprimento de grandes centros
consumidores e à alimentação de eventuais consumidores de grande porte. A
rede secundária – subtransmissão – é basicamente uma extensão da
transmissão, objetivando o atendimento de pequenas cidades e consumidores
industriais de grande porte. 
A subtransmissão faz a realocação dos grandes blocos de energia, recebidos
de subestações de transmissão, entre as subestações de distribuição
[Eletrobrás, 2000 b].

No entanto, a distinção entre as referidas redes é dificultada pelas


características do sistema, que apresenta vários níveis de tensão e está
sempre em evolução. A rede de transmissão é caracterizada pelas linhas de
tensão igual ou superior a 230 kV, e a de subtransmissão, por linhas de tensão
entre 69 kV, e 138 kV. Essa classificação não é rígida, de forma que há linhas
de transmissão de 138 kV, buscando dar continuidade de fluxo, no caso de
contingências em linhas de tensão superior paralelas a elas [Eletrobrás, 2000
b].

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