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ALUNO: PEDRO LUCAS COSTA DOS SANTOS

INSTITUIÇÃO: PITÁGORAS
DISCIPLINA: SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA

1. RESUMO DO HISTÓRICO DA TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA

A história da transmissão de energia elétrica envolve uma disputa entre a


corrente contínua (CC) e a corrente alternada (CA). Thomas Edison foi responsável
pelo primeiro fornecimento de eletricidade em baixa tensão utilizando CC em 1897.
No entanto, a transmissão em CA de Nikola Tesla se mostrou mais viável devido ao
uso de transformadores, que permitiam a alteração da tensão e redução das perdas.
A transmissão em CA se tornou o padrão adotado na transmissão de energia em
larga escala.
A transmissão em CC enfrentou desafios na elevação do nível de tensão para
transmissão, principalmente relacionados aos custos. Por muito tempo, a
transmissão em CA foi considerada mais econômica e tecnicamente viável,
especialmente em longas distâncias.
No entanto, em 1901, a invenção da válvula de mercúrio e o retificador a
vapor de mercúrio de Hewitt possibilitaram a conversão de tensões em CC, tornando
a transmissão de energia elétrica em CC viável para longas distâncias. Isso abriu
caminho para o uso mais amplo da transmissão em CC, oferecendo uma solução
eficiente e confiável para a transmissão de energia a grandes distâncias.
O primeiro sistema de transmissão em CC comercial foi implementado em
1954, utilizando um conversor a arco de mercúrio, com o objetivo de interligar a ilha
de Gotland, na Suécia, à costa. Esse marco demonstrou o avanço da tecnologia de
transmissão em CC e sua capacidade de interligar sistemas elétricos em locais
remotos ou ilhas, permitindo o transporte eficiente de energia a longas distâncias.
Posteriormente, em 1967, uma linha CC foi implementada na ilha de
Sardenha, na Itália, garantindo um suprimento mais estável e confiável de energia.
Nos anos de 1970, ocorreu a implementação da tecnologia HVDC nos Estados
Unidos e no Canadá. A partir dos anos 1990, com o desenvolvimento dos
dispositivos semicondutores, surgiu uma nova tecnologia utilizando conversores de
fonte de tensão, possibilitando níveis de tensão ainda maiores, alcançando novos
patamares de eficiência, confiabilidade e robustez na transmissão em CC.

DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA

O avanço da eletrônica de potência e o surgimento de dispositivos


semicondutores como o Tiristor, IGCT, IGBT e MOSFET possibilitaram o
desenvolvimento dos sistemas HVDC. Esses sistemas são utilizados para transmitir
grandes quantidades de energia por longas distâncias, sendo mais econômicos do
que os sistemas de transmissão em corrente alternada. A escolha do dispositivo
semicondutor adequado depende da potência e frequência da aplicação específica.

APLICAÇÕES DO SISTEMA HVDC

O sistema HVDC é amplamente utilizado na transmissão de energia por


cabos submarinos devido à sua vantagem econômica. Além disso, é escolhido para
garantir a estabilidade do sistema de transmissão.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SISTEMA HVDC

Segundo Pinto (2018), são as principais vantagens do sistema HVDC:

O sistema HVDC possui diversas vantagens, conforme apontado por Pinto


(2018). Entre elas estão a capacidade econômica de transmitir grandes quantidades
de energia a longas distâncias, a ausência de problemas de instabilidade na linha, a
possibilidade de maior transmissão de potência por condutor, baixas perdas por
efeito corona, menor radiointerferência, facilidade de reversibilidade e
controlabilidade do fluxo de potência, melhoria da estabilidade transitória com
conexão paralela de linhas HVAC e HVDC, redução significativa da corrente em
caso de falta e dispensa de estações intermediárias.
O mesmo autor cita as desvantagens: 1. sistema HVDC apresenta algumas
desvantagens, como a necessidade de potência reativa nas estações conversoras.
2. a frequência de manutenção dos isoladores. 3. As perdas adicionais nos
transformadores. 4. o alto custo dos tiristores de alta potência. 5.A introdução de
harmônicos no sistema e a possibilidade de interferência nos sistemas de
comunicação. Esses aspectos devem ser considerados ao avaliar a implementação
do sistema HVDC.

COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CC E CA

Quando comparamos as linhas de transmissão CA com a CC, verificaremos


que o custo tem uma relação com a distância, uma vez que o cruzamento da curva
da transmissão CA com a CC ocorre em uma distância aproximada de 600 a 800
km.

2. RESUMO: MOTIVAÇÕES PARA A AUTOMAÇÃO DO SISTEMA DE


DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

ENERGIA ELÉTRICA
A energia elétrica é gerada em usinas centralizadas, transmitida por um
sistema interligado e entregue aos consumidores. A distribuição começa nas
subestações de distribuição, onde a tensão é rebaixada. Os alimentadores partem
das subestações, formando um entroncamento principal de fluxo unidirecional. A
partir desse entroncamento, as ramificações distribuem a energia em diferentes
níveis de tensão. Atualmente, há a presença de geradores em alguns pontos de
consumo.

GERADORES
A presença de geradores distribuídos na rede elétrica permite que os fluxos
de potência tenham seu sentido revertido, já que as cargas podem ser supridas
tanto pela subestação quanto pelos geradores locais. Esses geradores podem ser
compostos por diversas fontes de energia, renováveis ou não, como pequenas
centrais hidrelétricas ou sistemas fotovoltaicos residenciais.
Uma característica importante dos geradores distribuídos é a intermitência das
fontes renováveis, como eólica e fotovoltaica. Ao contrário das grandes centrais
geradoras, que têm despacho controlado e planejado, é difícil controlar a geração
das fontes distribuídas devido à sua natureza intermitente. A geração eólica, por
exemplo, depende de fatores imprevisíveis. Além disso, os dados dos geradores
distribuídos nem sempre são conhecidos devido à falta de comunicação entre os
pontos de consumo e os centros de controle. Isso apresenta desafios para o controle
e gerenciamento da geração distribuída ao longo do sistema de distribuição.

SISTEMAS ELÉTRICOS
A automação da rede elétrica é uma tendência em resposta às mudanças
estruturais e regulatórias do setor. A implementação de sistemas de gerenciamento
da distribuição em redes de distribuição tem se tornado realidade, visando aprimorar
a confiabilidade do sistema diante das novas regulamentações. A hierarquia do
controle em sistemas elétricos de potência abrange desde os consumidores finais
até o nível gerencial da empresa de energia. A automação traz benefícios diretos,
incluindo redução da necessidade de operação e manutenção, adiamento de
expansões, melhoria da confiabilidade, novos serviços ao consumidor,
aprimoramento da qualidade de energia e disponibilização de informações
detalhadas para engenharia e planejamento da distribuição. Essas melhorias
contribuem para uma rede elétrica mais eficiente e preparada para as demandas
atuais e futuras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I. INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE


TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA. Acesso em: 20 mai 2023

SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I. MOTIVAÇÕES PARA A AUTOMAÇÃO


DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA. Acesso em: 20 mai 2023

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