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EM CORRENTE CONTÍNUA EM
ALTA TENSÃO (CCAT)
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.
ÍNDICE
3/145
.
1. ESTADO DA ARTE
1.1 Histórico
• Primórdios:
- Iluminação Pública
O Sistema Thury foi idealizado no final do século XIX para, através da associação
série de várias máquinas geradoras em c.c, aumentar significativamente a f.e.m
equivalente, visando, desse modo, ampliar a capacidade de atendimento a um número
maior de consumidores. Entretanto, face à inexistência de disjuntores em corrente
contínua, à época, e devido à presença de coletores, as máquinas em corrente contínua
demandarem elevados requisitos de manutenção, aspectos quanto à confiabilidade e
disponibilidade de energia achavam-se prejudicados, tornando esta solução cara e não
confiável.
4/145
.
5/145
.
6/145
1.6 Transmissão em CCAT
Capacidade de
Tensão de Transmissão Transmissão
(por Bipolo)
% (excluindo
Custo das Conversoras
reservas)
Válvulas 40,0
Transformadores das Conversoras 15,0
Reatores de Alisamento 5,0
Chaves, Medidores, Sensores de C.C. 4,0
Controles 10,5
Filtros C.A. 5,5
Filtros C.C. 1,5
Engenharia 3,0
Treinamento e Seguro 1,5
Transporte 1,0
Instalação 12,0
Comissionamento 1,0
100,0%
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1.8 Custo das LT’s de CCAT
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Figura 1.1 – Modos de Operação do Sistema CCAT.
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Figura 1.2 – Custos Comparativos para Transmissão Aérea em CAAT e CCAT.
Figura 1.3 – Efeito da Variação de Custos na Determinação do Ponto Crítico para LT’s
CCAT em relação a LT’s de CAAT.
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Torre Metálica Estaiada Torre Metálica Autoportante
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Figura 1.6 – Eletrodo de Terra: Circular (Toroidal).
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Figura 1.7 – Eletrodo de Terra: Haste Profunda.
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1.9 Requisitos de Área para a SE Conversora
(%)
• Sala de Controle, Almoxarifado, Oficinas, Laboratório, etc 54,0
• Pátio de Corrente Alternada 28,0
• Pátio de Corrente Contínua 6,0
• Transformadores das Conversoras 3,0
• Filtros de C.A. 3,0
• Válvulas 2,5
• Filtros de C.C. 2,5
• Reator de Alisamento 1,0
100,0
1 - Ante-Projeto
4 - Fundações - Construção
6 - Comissionamento
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Figura 1.8 – Componentes Principais de uma Estação CCAT.
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Figura 1.10 – Diagrama Unifilar do Sistema Bipolar de Square Butte.
A Figura 1.11 apresenta uma Conversora a 6 Pulsos suprido por um transformador, sendo
mostrados os enrolamentos primário e secundário e as impedâncias associadas a estes
enrolamentos. Cabe assinalar, que face ao contínuo chaveamento representado por
comutações dos tiristores, as solicitações nestes enrolamentos são de tal ordem que
demandam um projeto especial do transformador para atender às solicitações resultantes.
Na Figura 1.12 são mostrados diversos tipos de arranjos de construção das válvulas de 12
Pulsos. A Figura 1.13 apresenta uma Válvula Quadrangular Típica para o Tiristor.
17/145
Figura 1.11 – Conversora a 6 Pulsos.
18/145
Figura 1.13 - Válvula Quadrangular Típica – Tiristor.
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Apenas no aspecto indicado a seguir, as Válvulas a Mercúrio apresentam uma
vantagem em relação à de Tiristores:
• Possibilidade de Condução no Sentido Inverso das Válvulas a Mercúrio.
As Figuras 1.16a e 1.16.b apresentam arranjos físicos para Estações CCAT para
Válvulas a Mercúrio e para Válvulas a Tiristores, respectivamente. Assinala-se a
redução de área face à supressão dos filtros de harmônicos de ordem 5ª e 7ª.
A Figura 1.17 mostra como são formados, a partir dos cristais de Germânio ou
Silício (elementos tetravalentes), os dispositivos semicondutores dos tiristores do
tipo P ou do tipo N, por adição de impurezas (dopagem) formados por Metais
Trivalentes (Alumínio, Boro, Índio) e Pentavalentes (Arsênio, Fósforo,
Antimônio), respectivamente.
20/145
Figura 1.14 – Projetos Comissionados em CCAT - Válvulas a Mercúrio.
21/145
Figura 1.15 - Projetos Comissionados em CCAT – Tiristores.
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Figura 1.16a – Válvulas a Mercúrio. Figura 1.16b - Válvulas a Tiristores.
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1.13 Índices de Confiabilidade de Estações a Vapor de Mercúrio / Estado Sólido
Válvulas de Tiristores (a) (b) (a) (b) (a) (b) (a) (b)
Eel River 98 98 97 97 98 98 97 97
Cabora Bassa - - - - 97 97 99 99
Vancouver - Polo II - - - - 92 92 88 88
Square Butte - - - - 81 96 97 98
Nelson River - Bipolo II - - - - - - 94 94
24/145
Figura 1.18 - Válvulas a Vapor de Mercúrio.
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Figura 1.19 - Válvulas a Vapor de Mercúrio: bloqueada.
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Figura 1.20 - Válvulas a Vapor de Mercúrio: conduzindo.
600
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1.14 Aplicações Potenciais de CCAT no Brasil
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Figura 1.21 - Possíveis Interligações CCAT.
→ Interligações Possíveis
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1.16 Bibliografia
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Capítulo 02 – Análise da Ponte Conversora
31/145
ÍNDICE
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2 Análise da Ponte Conversora
• Um Reator é instalado no Lado C.C. de modo a fazer com que a corrente seja
perfeitamente constante.
33/145
Figura 2.1 – Circuito Equivalente para a Ponte Conversora.
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2.3.1 Válvulas 1 e 2 Conduzindo
Para esta condição, as equações de correntes e tensões no Lado C.A (nas fases)
e no Lado C.C (nas válvulas) estão indicadas abaixo.
Equações de Correntes:
Nas Fases:
ia(t)= -ic(t)= Id(t) ...(3)
ib(t) = 0
Nas Válvulas:
i1(t) = i2 (t)= Id(t) ...(4)
Equações de Tensões:
Na Inversora:
V V V 3 . Em . cos . t 30º
do c a ...(5)
Na Retificadora (Válvulas):
V (t ) V (t ) 0
1 2
V (t ) E 3 . Em . cos . t 90º
3 BA
V (t ) E 3 . Em . cos . t 150º ...(6)
4 CA
V (t ) V (t ) V (t )
5 4 d
V (t ) E 3 . Em . cos . t 150º
6 CB
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2.3.2 Válvulas 3 e 2 Conduzindo:
Equações de Correntes:
Nas Fases:
ib(t) = -ic(t) = Id(t) ...(7)
ia(t) = 0
Nas Válvulas:
i2(t) = i3(t) = Id(t) ...(8)
i1(t) = i4(t) = i5(t) = i6(t) = 0
Equações de Tensões:
Na Inversora:
V V V 3 . Em . cos . t 150º ...(9)
do b c
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Na Retificadora (Válvulas):
V (t ) E
1 BA
V ( t ) V (t ) 0
2 3
V (t ) E ...(10)
4 CA
V (t ) E
5 CB
V (t ) V (t )
6 5
37/145
i1(t)= id(t) – i3 (t) ...(12)
di (t ) di (t )
eB e A L . 3
L . 1
...(13)
c dt c dt
de (13):
di1 (t ) di3 (t )
...(14)
dt dt
de (14) em (13):
di (t )
eB e A 2 . L . 3
eB e A 3 . Em . sin . t
c dt
di (t )
sin .t . dt
I3 3 . Em t
o
3
dt
2. L /
c
As equações (15) e (16) representam as formas de ondas das correntes i1(t) e i3(t)
das correntes nas válvulas 1 e 3. Estas formas de ondas são apresentadas de forma
esquemática na Figura 2.5, tanto através de suas componentes como da composição
destas (Figura 2.6).
38/145
.
39/145
Figura 2.6 – Formas de Ondas das Correntes nas Válvulas 1 e 3 da Ponte
Conversora.
40/145
2.4 Operação Ideal
f t . dt
1 T2
V
do
T T1
2
T1
...(17)
1 0
/3
/ 3 AC
e . d
...(18)
3 3 2
V . .E 1,35 . E 2,34 E ...(19)
do 3 N
onde:
41/145
2.4.1.2 Com Controle de Ignição (α)
1 0
V
do / 3 /3
e
AC
. d
...(20)
3
/ 3
3. Em . sin . d
3. 3
V
do
Em
a / 3
sin . d
...(21)
V
do a / 3
sin . d
V V . cos ...(22)
do do
0 0 180 0 t t r 180 0
t ta 00
42/145
Do exposto, derivam-se 2 (duas) conclusões:
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Figura 2.10 – Formas de Onda ideais da Tensão na Saída do Retificador para
Diferentes Valores do Ângulo de Ignição (α).
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2.4.3 Relação entre o Ângulo de Ignição (α) e o Ângulo de Fase (desprezando a
Comutação)
Supondo a Conversora sem perdas, a Potência C.A. suprida a Conversora deve ser
igual a Potência C.C.
Em
PCC PCA Vd . Id 3. Ia1 . cos Ø ...(24)
2
- Potência Ativa: como (α) pode assumir valores maiores que 90º há reversão de
potência.
- Potência Reativa: tanto a Retificadora como a Inversora absorvem potência
reativa indutiva → Onda de Corrente atrasada da Onda de
Tensão.
45/145
Figura 2.11 – Formas de Onda da Tensão e da Corrente na Saída do Retificador
para Diferentes Valores do Ângulo de Ignição (α).
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2.4.4 Operação Real (Considerando o Controle de Ignição (α) e a Comutação (μ)
A Queda de Tensão Média é calculada dividindo esta queda de tensão pelo seu
período de ocorrência (igual ao tempo de condução ente 2 válvulas):
A
. Em . cos cos
3 3
V 2
do /3 2 .
47/145
V
V do
. cos cos ...(28)
do 2
Tem-se, pois, 3 (três) situações distintas para cálculo do Valor Final de Tensão C.C.
na Saída do Retificador, a saber:
2.4.5.1 Sem Atraso (Comutação Ideal: μ = 0) e sem Retardo - Ângulo de Disparo (α)
V V ...(29)
d do
2.4.5.2 Sem Atraso (Comutação Ideal: μ = 0) e com Retardo - Ângulo de Disparo (α)
V V . cos ...(30)
do do
2.4.5.3 Com Atraso (Comutação Real: μ ≠ 0) e com Retardo - Ângulo de Disparo (α)
V
V V . cos V do . (cos cos ) ...(31)
d do d 2
V V cos cos
V do
. cos cos do
...(32)
do 2 V
do
2
I
I I . cos cos d
cos cos ...(33)
d s2 I
s2
Vd Id
de (33) e (34) : ...(34)
Vdo 2. I s2
Vdo
Vd Vdo . cos Vd Vdo . cos .Id ...(35)
2. I s 2
3 3 . Em /
V V . cos . Id ...(36)
d do 2 3 . Em / 2 . . LC
48/145
3. . LC
V V . cos . Id ...(37)
d do
V V . cos RC . I d ...(38)
d do
sendo:
3. . LC
R - Resistência Equivalente de Comutação ...(39)
C
49/145
2.7 Equação de Regulação para o Retificador e Inversora
Retificador: Inversor:
V V . cos RC . I d V V . cos RC . I d
d do do do
... (40)
V V . cos RC . I d
do do
50/145
Os limites dos Ângulos de Comutação (α) e de Extinção (ɣ) são apresentados abaixo
para a Conversora (Retificador e Inversora).
V V . cos ...(41)
d do
V e I 0
0 < 90º d d ...(43)
2
90º < 180º 0 Vd 0 e I d 0 ...(44)
2 2
αmín – Limite mínimo para o Ângulo de Ignição (5º): Valor mínimo para α, de modo a
evitar assimetria no disparo da válvula
51/145
A Figura 2.17 apresenta, para uma melhor visualização, a variação do Ângulo de
Disparo α.
α π δ π α μ
A Figura 2.18 apresenta as formas de Onda de Tensão no Lado C.A (na entrada do
Retificador - Fase ϕa) e no Lado CC (tensão na saída do Retificador) e as formas de
Onda de corrente no Lado C.C (corrente na saída do Retificador e nos tiristores) e
no Lado C.A (na entrada da Retificadora – Fase ϕa).
A Figura 2.21 apresenta as formas de Onda de Tensão no Lado C.A (na entrada do
Retificador - Fase ϕa) e no Lado CC para a Conversora operando como Inversora
(α = 120º e µ = 15º).
52/145
A Figura 2.22 mostra a sequência de condução dos tiristores durante um ciclo
completo. As Figuras 2.23 a 2.26 apresentam as formas de Ondas de Tensão na
saída da Conversora e nos tiristores (1, 2 e 3) operando este como Retificador e as
Figuras 2.27 a 2.29, de forma análoga, porém na operação da Conversora como
Inversora.
Tensão C.A.
Neutro
Tensão C.C.
Corrente
C.C. nos
Polos
Corrente nos
Tiristores
Corrente na
Fase ϕa
Figura 2.18– Formas de Ondas de Tensão C.A e C.C e de Corrente C.A e C.C
53/145
Tensão C.A
Neutro
Tensão C.C
Corrente no
Tiristor 1
54/145
Figura 2.21 – Ondas de Tensão Lado C.A e CC - Inversora (α = 120º e µ = 15º)
55/145
Figura 2.22 – Sequência de Condução dos Tiristores durante um Ciclo Completo
56/145
Figura 2.23 – Tensão na Saída do Retificador
57/145
Figura 2.25 – Tensão no Tiristor 2
58/145
Figura 2.27 – Tensão na Saída da Inversora.
59/145
Figura 2.29 – Tensão no Tiristor 2 – Conversora operando como Inversora.
60/145
2.9 Bibliografia
2 – HVDC Ground Electrode Design – Electric Power Research Institute – EPRI EL-
2020 – Project 1467-1 – Final Report – August/1981.
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Capítulo 03 – Controles para Sistemas em Corrente Contínua
CCAT
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ÍNDICE
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3. Controles para Sistemas de Corrente Contínua CCAT
A alteração da corrente por variação da tensão C.A. pode ser feita através:
• Controle da Excitação dos Geradores
• Ação dos Tapes nos Transformadores das Conversoras
64/145
3.1.2 Variações dos Ângulos (α) e (ɣ)
A variação destes ângulos ocorre por atuação no Sistema de Geração dos Pulsos.
O tempo de resposta das variações dos controles tanto da Tensão (C.A) como dos
Ângulos é apresentado abaixo:
• Controle da Excitação dos Geradores
O tempo de resposta está condicionado a constante de tempo em vazio da máquina
(T’d0).
• Tempo para mudança de Tapes: 5 a 6 segundos por estágio
Os transformadores normalmente são dotados de tapes, numa faixa de ± 10% (8
posições com variações de 1,25% cada, para cima e para baixo da tensão nominal).
• Tempo para variação dos Ângulos (α) e (γ): 1 a 10 ms
Embora exista esta diferença nos tempos de resposta, os 2 (dois) métodos são
utilizados em conjunto.
Utiliza-se o Controle de Ignição (α) para uma ação rápida seguida por variação do
tape do transformador da Conversora.
65/145
Figura 3.2 - Análise da Característica de Regulação para um Ponto P da LT CCAT.
d
V Vdr R R . I
c1 1
d
V
do(1)
. cos Rc1 R1 . I
d
...(2)
supondo-se:
Vdo , Vdo , e constantes
(1) (2)
V2(r) RETIFICADOR
V3(r)
66/145
Ocorrendo uma redução de 12,5 % na Tensão Alternada da Inversora V2(i) e
mantendo-se as demais variáveis constantes (tensão na retificadora e ângulos e
constantes), obtém-se, da Figura 3.3, o novo Ponto de Operação A, tendo-se como
resultado:
Tensão de Operação: 87,5% da Tensão Nominal Vd (n) → Consequência: Id = 1,5. Id (n)
Supondo o mesmo processo acima, só que agora a redução de 12,5 % ocorre na Tensão
Alternada da Retificadora V2 (r), obtém-se, da Figura 3.3, o novo Ponto de Operação
C, tendo-se como resultado:
Tensão de Operação: 87,5% da Tensão Nominal Vd (n) → Consequência: Id = 0,5. Id (n)
Conclusões:
A potência a ser transmitida pela LT CCAT é função da carga, sendo esta variável e
ditada por:
- ciclo diário (carga leve/intermediária/pesada);
- ciclo dia de semana/fim de semana;
- variações sazonais (estações do ano);
- natureza da carga (comercial, residencial, industrial, híbrida).
Assim, a potência a ser transmitida, para se ajustar à carga, deve ser variável. Para
obter-se esta variação pode-se:
67/145
• Manter a Corrente Constante e variar a Tensão na LT CCAT.
• Manter a Tensão Constante e variar a Corrente na LT CCAT.
• As Perdas função da Tensão (Corona e outras) seriam mais elevadas, porém este
tipo de perda é menos significativa que às funções da Corrente.
Conclusão: As limitações das Correntes nas Válvulas fazem com que o Método da
Corrente Constante seja o escolhido.
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• Limitação das flutuações de Corrente (Id) quando da ocorrência de flutuações na
Tensão (C.A.) de Alimentação Ld = constante (presença do reator de
alisamento no Sistema CCAT);
f . p cos Ø
1
cos cos ...(4)
2
• O Ângulo (α) deve ser o menor possível.
• Devido à necessidade de disparo simultâneo de todos os Tiristores de uma
Válvula Multianodo = mín 5º
f . p cos Ø
1
cos cos ...(5)
2
• De modo a evitar falha de Comutação = mín 8º
69/145
3.7 Características de um Sistema Real de Controle
Vd (α) = cte
A
CARACTERÍSTICA
DO RETIFICADOR
E
E'
V1(i) CARACTERÍSTICA DA
INVERSORA ( ) = cte
O O'
Id
REAL
IDEAL
Desta figura tem-se o Ponto E como o de Operação do Sistema CCAT, podendo ser
constatado:
- Retificadora: controla a Corrente (Sistema de Pulsos).
- Inversora: controla a Tensão (através do tapes dos transformadores das
Conversoras).
70/145
Cumpre assinalar que os Reatores de Alisamento (Ld) a serem instalados em série na
LT CCAT têm por objeto amortecer as variações rápidas das correntes nas
mesmas facilitando o trabalho dos Reguladores.
Vd
(α) = cte
RETIFICADOR
E
ΔVdi
E'
INVERSORA
ΔIi
71/145
3.7.4 Queda de Tensão Alternada na Entrada do Retificador
Supondo agora que a queda de tensão ΔVdr tenha ocorrido na Entrada no
Retificador, como indicado na Figura 3.6, a ocorrência de uma Queda de Tensão
A-A’ na Retificadora leva a uma condição operativa em que a nova Curva
Característica (A’B’O) não intercepta mais a Característica do Inversor (E’E).
A Corrente e a Tensão C.C. se anulam após um transitório definido pelos
Capacitores/Reatores. Numa condição menos crítica, grandes variações de Id
podem ocorrer.
• Conclusão: De modo a evitar uma grande variação de Corrente e Potência causada
pela Queda de Tensão Alternada, a Inversora é equipada com um
Regulador de Corrente operando a um valor menor que do
Retificador.
Vd
= mín = cte
V = V1
A
B
ΔVdr E' RETIFICADOR
E = cte
A' INVERSORA
B'
= mín
V = V2
Id
O
ΔVdi E
mín
A'
INVERSORA
E'
CORRENTE DE REFERÊNCIA
PARA O RETIFICADOR
Id
O
ΔId
CORRENTE DE REFERÊNCIA
PARA A INVERSORA
72/145
ΔId - Margem de Corrente (= 15% Id) de modo a atender eventuais erros nos
Aparelhos de Medição e Controle.
E’- novo Ponto de Operação.
Inversora: controla Corrente;
Retificador: controla Tensão.
C . Vd
T ...(8)
Id
onde:
- Vd - variação da Tensão C.C.
- Id - Margem da Corrente.
- C - Capacitância da LT CCAT.
73/145
Característica para a Conversora I Característica para a Conversora II
74/145
Figura 3.9 - Controles das Conversoras – Retificador – Inversora.
• Medição da Corrente Id
• Comparação de Id com um Valor de Referência o qual é a Corrente de Comando
Id(0).
• Amplificação do Sinal de Erro expresso por (Id(0) - Id)
• Sistema de Produção de Pulsos envia sinal para atrasar ou avançar o Ângulo (α)
de modo a aumentar ou diminuir a Tensão Vd e em consequência manter a
Corrente na Linha Id igual a Corrente de Comando.
Id - a Conversora
pode operar como
Retificadora ou
Inversora usando o
mesmo Sistema de
Controle C.C.
75/145
3.8.2 CEA - Controle de Ângulo de Extinção – Figuras 3.11 e 3.12
O instante t1 associado ao valor de αmáx é determinado com base nas seguintes deduções:
- Corrente de Comutação:
i3 t
3 . Em
. cos cos . t ...(9)
2 . . L
C
76/145
para - valor nominal para o Ângulo de Extinção
n
3 . Em
I . cos . t cos ...(12)
d 2 . . L 1 n
C
3 . Em . cos .t 1 3 . Em . cos 2. X c . I d
n
2. X
cos .t1 cos cos c .I ...(14)
n 3 . Em d
e finalmente:
.
1
t ...(15)
1
onde:
t - Tempo para o qual a Ignição da Inversora deverá ocorrer para proporcionar um
n.
1
Ângulo de Extinção igual ao desejado
77/145
3.9 – Bibliografia
2 – HVDC Ground Electrode Design – Electric Power Research Institute – EPRI EL-
2020 – Project 1467-1 – Final Report – August/1981.
78/145
Capítulo 04 – Harmônicos nos Sistemas CAAT e CCAT
79/145
ÍNDICE
80/145
4 Harmônicos nos Sistemas CAAT e CCAT
A Figura 4.1 apresenta as formas de onda de corrente nas Fases ΦA, ΦB, ΦC de
um Sistema de CCAT.
Como se podem constatar, estas formas de ondas apresentam um conteúdo
harmônico, o qual pode ser quantificado através da aplicação da Série de Fourier,
visto serem estas ondas de natureza periódica. Para este cálculo, são estabelecidas as
seguintes premissas:
Premissas de Cálculo:
Figura 4.1 – Forma de Onda da Corrente nas Fases ΦA, ΦB, ΦC. Só imprime em PDF
81/145
• Definição da Onda de Corrente i :
i I d para ...(1)
3 3
2 2
i 0 para e ...(2)
3 3 3 3
2 2
i I d para e ...(3)
3 3
. 0 F . d
1 2
A0 ...(5)
. 0 F . cos h . . d
1 2
Ah ...(6)
. 0 F . sen h . . d
1 2
Bh ...(7)
onde:
A0 - Valor Médio da Função F
Bh
h tan 1 . ...(10)
Ah
Face à forma de onda da corrente i , tem-se 2 (dois) Pulsos: o Positivo e o
Negativo.
- Análise do Pulso Positivo:
82/145
Para o pulso em questão, a função é do tipo par, logo:
Bh 0 (não há termos em senos, só cosenos) ...(11)
/ 2
F ( ) . cos h . . d 1 . cos h . . d
1 1
Ah
/2
...(12)
2
. sen h .
.h 2
A0 1 / 2
2
2 .
/2
d
2 .
...(13)
portanto:
2 2 . 3 .
F
1 1 ...(14)
. sen . cos . sen . cos 2 . . sen . cos 3. ...
4 2 2 2 3 2
para o período de condução ( ) de 2 válvulas:
2 . 3 2 . ...(15)
sen . sen . 0
3 2 3
Não há Harmônicos de 3ª ordem nem seus múltiplos!
Para o 2ª Método:
2 2 . 3 .
F
1 1
. sen . cos . sen . cos 2 . . sen . cos 3. ... ...(18)
4 2 2 2 3 2
83/145
4 3. 5.
F F F
1 1
. sen . cos . sen . cos 3. . sen . cos 5. ... ...(19)
2 3 2 5 2
2 . 3 2 .
como sen ( ) . ( ) sen . 0 ...(20)
3 2 3
As Figuras 4.2 a 4.9 apresentam os conteúdos harmônicos de ordem 5, 7, 11, 13, 17,
19, 23 e 25, respectivamente, em função dos Ângulos de Ignição ( ) e de
Comutação . Como se pode constatar destas figuras, para cada ordem h de
harmônico, à medida que os ângulos notáveis ( ) e aumentam, o conteúdo
harmônico diminui, visto a onda se assemelhar cada vez mais a uma função do tipo
senoidal.
84/145
Ângulo de Comutação (Graus)
Figura 4.3 – 7º Harmônico - Conversora de 6 Pulsos
Função dos Ângulos Notáveis [1].
85/145
Ângulo de Comutação (Graus)
Figura 4.5 – 13º Harmônico - Conversora de 6 ou 12 Pulsos
Função dos Ângulos Notáveis [1].
86/145
Ângulo de Comutação (Graus)
Figura 4.8 – 23º Harmônico - Conversora de 6 ou 12 Pulsos
Função dos Ângulos Notáveis [1].
87/145
4.2 Harmônicos Característicos no Lado CCAT
ah 2 bh 2
Vd h ...(22)
2
.{ h 1 . sin h 1. . sin h 1.
Vdo
bh
h 1
2
2 2
...(24)
h 1 . sin (h 1). . sin h 1. }
2 2
88/145
Figura 4.10 - Forma de Onda da Tensão C.C na Saída do Retificador.
a) Arranjo Físico:
b) Circuito Equivalente:
89/145
4.2.5 Harmônicos de Tensão C.C.
Figura 4.12 – 6º Harmônico - Conversora de 6 Pulsos Função dos Ângulos Notáveis [1].
90/145
Ângulo de Comutação (Graus)
Figura 4.14 – 18º Harmônico - Conversora de 6 Pulsos Função dos Ângulos Notáveis [1].
4.3.1 Causas
Os harmônicos não característicos são múltiplos não inteiros da frequência
fundamental, sendo as principais causas de geração dos harmônicos não
característicos listadas abaixo:
91/145
• Presença de Correntes Harmônicas no Sistema CAAT de 3º harmônicos e seus
múltiplos ímpares.
92/145
4.5 Interação entre Conversoras e o Sistema CAAT
• Utilização mais efetiva das Conversoras fazendo uso das Potências Nominais das
Válvulas.
• Redução dos efeitos de Esforços nas Válvulas e no Sistema de Amortecimento
Elétrico.
• Minimização da Corrente Nominal e das Perdas no Sistema de Transmissão de
energia para a Conversora.
• Limitação do valor de Regulação de Tensão junto ao Barramento C.A. das
Conversoras
93/145
4.6 Harmônicos Característicos nos Lados CAAT e CCAT
Para o segundo harmônico (ordem h = 2), tem-se que, visto do mesmo referencial
citado acima (Eixo Y): inicialmente passa a onda da Fase ΦA, depois a onda da
Fase ΦC e após a onda da Fase ΦB. Ou seja, ocorre a inversão das Fases ΦB e ΦC
para o caso do 2º harmônico (e seus afins 5, 8,...).
94/145
Figura 4.16 - Forma de Onda do 2º Harmônico.
95/145
Figura 4.17 - Forma de Onda do 3º Harmônico.
96/145
barramento onde se acha conectado o transformador da Conversora é suposta
capacitiva, igualando-se à impedância indutiva desse transformador a essa dada
frequência.
97/145
Figura 4.19 – Resposta Típica em Frequência de um Sistema Elétrico Z(ω) para uma
dada condição operativa do Sistema Elétrico em estudo [1].
98/145
existente entre estes. Em relação ao custo, o capacitor é responsável por 60% do
valor dos Filtros de Harmônicos, sendo o seu correto dimensionamento bastante
relevante.
(a) (b)
(a) (b)
Figura 4.20a) Tipos de Filtros “Shunt” de Harmônicos- Sintonia Única/Sintonia Dupla.
b) Resposta em Frequência dos Filtros – Z(ω) [1].
99/145
fixados pelas Concessionárias, os seguintes parâmetros que espelham a qualidade
da energia transmitida:
- Distorção Harmônica Individual Df e Total DT da Onda de Tensão:
Considerando-se todo o espectro de harmônicos gerados, seu cálculo é dado por:
DT Df ...(27)
f 0
f 0
(k f . p f .V f ) 2
TIF ...(28)
2
f 1
V f
sendo:
kf – Fator de Acoplamento (5.f para o Fator C-Message e f/800 para o Psofométrico)
f – frequência, em Hz.
- Produto I.T:
I .T f 1
(T f . LIf ) 2 ...(29)
sendo:
T f – valor do TIF para a frequência f
I f – valor eficaz da corrente a frequência f
100/145
Nos estudos de penetração de harmônicos, os diversos componentes do Sistema
Elétrico, listados abaixo, são representados como:
- LT´s: por modelos de parâmetros distribuídos, sendo as reatâncias capacitiva e
indutiva variáveis segundo as ordens dos harmônicos e os parâmetros
internos da resistência e da indutância calculados considerando o Efeito
Pelicular nos Condutores;
- Transformadores: pela reatância de dispersão variável segundo as ordens dos
harmônicos, e um fator que possa corrigir o efeito da
distribuição da corrente nos enrolamentos função da frequência;
- Geradores: pela reatância subtransitória da máquina, variável segundo as ordens
dos harmônicos.
- Cargas: não são consideradas nos estudos iniciais, visando à maximização dos
resultados dos estudos, sob uma ótica conservativa.
1 1
Y e Y ...(30)
hF Z hS Z
hF hS
Z .Z
V hF hS
.I ...(31)
h Z Z hC
hF hS
V Z
I h
hF
. I
hS Z Z Z hC ...(32)
hS hF hS
V Z
I h
hS
.I ...(33)
hF Z Z Z hC
hF hF hS
101/145
4.10 Bibliografia
102/145
Capítulo 05 – Utilização do Retorno pela Terra ou pelo Mar em
LT’s CCAT
103/145
ÍNDICE
104/145
5. Utilização do Retorno pela Terra ou pelo Mar em LT’s CCAT
As principais razões técnicas para utilização do retorno pela Terra (ou pelo Mar)
em LT’s CCAT são listadas a seguir:
• O custo de 2 (dois) Eletrodos de Aterramento nas 2 (duas) SE's Terminais
acrescido do custo da LT entre a SE e o Eletrodo é menor que o custo de um
retorno metálico.
• Para transmissão em longas distâncias, a resistência dos 2 (dois) Eletrodos
Terminais é maior que a resistência longitudinal do retorno metálico, o que
reduz as perdas Joule.
• Os investimentos com as Instalações podem ser feitos em Estágios:
- No Primeiro Estágio utiliza-se a instalação monopolar com retorno pela terra;
- No Segundo Estágio instala-se a 2a LT passando-se a operar na forma
Homopolar.
- No Terceiro e último Estágio a circulação da corrente nas 2 (duas) LT’s
CCAT é feita em sentido contrário (Modo Bipolar) de modo que a corrente
que circula pela Terra é desprezível. A Figura 5.1 apresenta os 3 (três) modos
de operação acima descritos.
• Em caso de perda de uma LT, o Sistema de CCAT volta a operar no estágio
Monopolar mantendo a metade de sua capacidade transmissora.
• Um Sistema de CCAT com apenas 2 (dois) condutores tem a mesma capacidade
que uma Linha CAAT de Circuito Duplo com 6 (seis) condutores.
5.3 Problemas Criados pelo Sistema de CCAT utilizando Retorno pela Terra
105/145
• Ressecamento do solo por Aquecimento ou Eletrosmose o que pode aumentar a
resistência do Eletrodo de Terra e, por consequência, as perdas Joule.
• Influência na sinalização de estradas de ferro.
• No caso de LT’s CCAT com retorno pelo mar, leituras de bússolas magnéticas
podem ser influenciadas em condições especificas.
• Saturação dos Núcleos dos Transformadores nas SE’s de C.A., devido à
circulação de correntes C.C. pelos seus neutros, causando perdas e geração de
harmônicos.
- O Local de Instalação do Eletrodo de Terra deve ser de fácil acesso para que se
consiga realizar uma manutenção a custos razoáveis. A Figura 5.2 mostra as
Áreas de Influência do Sistema de Transmissão em CCAT.
106/145
5.5 Características das Correntes de Retorno pela Terra em C.A. e em C.C.
A corrente C.A. que retorna pelo solo segue exatamente o trajeto da LT CAAT,
com as seguintes características:
este retorno se restringe a um volume que pode ser visualizado como uma superfície
cilíndrica de eixo na superfície do solo e raio (De) com algumas centenas de metros.
para frequências industriais e áudio, o valor de (De) pode ser calculado como se
segue:
De 659 ...(1)
f
• como o campo magnético das Linhas CCAT não é variável pode-se dizer que a
corrente se difunde no solo de modo a tornar mínima a resistência de
aterramento.
107/145
potencial transferido via Blindagem de um Cabo Subterrâneo Aterrado numa
SE sob Defeito.
A d.d.p. entre 2 (Duas) SE’s conectadas via Fio-Piloto acha-se indicada na
Figura 5.11. Cumpre assinalar que esta d.d.p deve ser, no máximo, igual a 1,6 kV,
visando a não acarretar danos aos cabos/equipamentos instalados nestas SE’s.
108/145
Figura 5.4 - Transmissão em CCAT nos Modos de Operação Homopolar e Monopolar.
109/145
Figura 5.7 - Elevação de Potencial de Terra numa SE sob Defeito.
110/145
Figura 5.11 - d.d.p. entre 2 (Duas) SE’s conectadas via Fio Piloto.
Da Figura 5.12, extraída da Norma IEC- 479, para a corrente C.A com frequências de 50/60
Hz é possível caracterizar 4 (quatro) Zonas para Correntes de Choque entre mão e pé:
Zona 1: não há nenhuma Reação;
Zona 2: não há nenhum Efeito Fisiológico perigoso;
Zona 3: não acontece, em geral, nenhum Dano Orgânico. Para tempos longos, ocorrem
contrações musculares, dificuldade de respiração e perturbações reversíveis no
coração (sendo limitada pelas Curvas b e c);
Zona 4: ocorrem os Efeitos referidos na Zona 3, no entanto, a probabilidade de fibrilação
ventricular aumenta cerca de 5% (Curva 2) à 50% (Curva 3), e acima de 50%
além da Curva 4.
Figura 5.12 - Zonas de Efeito de C.A. (50/60 Hz) em Adultos - Norma IEC – 479.
A análise das curvas da Figura 5.13 para corrente elétrica x frequência, permite inferir as
seguintes conclusões:
- Curva 1: apresenta o limite convencional das intensidades da corrente elétrica do choque
que não resulta em nenhuma percepção;
- Curva 2: apresenta o início da percepção para 50,0% das Pessoas;
- Curva 3: apresenta o início da percepção para 99,5% das Pessoas;
- Curva 4: apresenta a corrente de largar (“let-go current”) para 99,5% das Pessoas;
- Curva 5: apresenta a corrente de largar (“let-go current”) para 50,0% das Pessoas;
- Curva 6: apresenta a corrente de largar (“let-go current”) para 0,50% das Pessoas.
111/145
Figura 5.13 – Efeito de Baixas Correntes em Função da Frequência.
g 1 Ti , j ,l (t )
2Ti , j ,l (t ) .
kT t ...(2)
sendo:
112/145
5.6.1.2 Análises Simplificadas (em regime estacionário) elaboradas por terceiros [1,2,3]
As seguintes hipóteses foram feitas em análises simplificadas por terceiros [1, 2, 3] para
cálculo do Aquecimento do Solo ao redor de um Eletrodo de Terra.
• No cálculo da temperatura final é suposto o campo térmico paralelo e proporcional ao
elétrico (desprezada transmissão de calor solo-ar).
• A taxa inicial de elevação da temperatura junto ao Eletrodo de Terra é suposta igual à
taxa de produção de calor dividida pela capacidade térmica do solo.
• Admitida a elevação da temperatura junto ao Eletrodo de Terra traduzida por uma
função do tipo exponencial.
113/145
Da equação de Aquecimento, pode-se obter, como indicado na Figura 5.15, a
expressão para cálculo do Aquecimento para um Nó Interior:
g 1 Ti , j ,l (t )
2Ti , j ,l (t ) .
kT t
...(3)
onde:
Ti , j ,l t t Ti , j ,l t t Ti , j ,l t
...(4)
t t
tem-se:
A Figura 5.16 mostra a Região de Interesse para cálculo da Eletrosmose. A Figura 5.17
representa Elementos infinitesimais de amostras do solo. A Figura 5.18 indica a relação entre a
quantidade de vapor de água escoada x tempo. A Figura 5.19 mostra as variações com
temperaturas de valores de vapor saturado de água. Na Figura 5.20, acha-se indicado, de forma
esquemática, a umidade u no solo junto ao Eletrodo de Terra em função da distância x à
superfície do Anodo e do tempo t.
114/145
Figura 5.16 - Região de Interesse para cálculo da Eletrosmose [4].
115/145
Figura 5.17 – Elementos infinitesimais
de amostras do solo. Figura 5.18 – Relação entre a quantidade de
vapor de água escoada x tempo.
F ma (t ).a ma (t ).v
p ...(6)
S S S. t
onde:
p - Diferença de pressão entre 2(dois) nós
consecutivos
(i e i+1), em bar.
F - Força exercida sobre a superfície de água, em N.
S - Área infinitesimal, em m².
ma(t) - Massa de água a um dado instante (t), em kg.
a - Aceleração do fluxo de água, em m/s².
v - Velocidade do fluxo de água, em m/s.
t - Tempo, em s.
a - Massa específica da água, em kg/m³.
Va(t) - Volume de água disponível no instante t, em m³.
Curva 1 – Pressão de vapor saturado de água em (mb) vd /ve - Relação entre viscosidades dinâmica e
Curva 2 – Densidade de vapor saturado água em kg/m³ cinemática da água.
116/145
5.6.2.1 Curvas Temporais de Distribuições Espaciais da Umidade [2,3]
Em cada caso base foram investigadas a influência das seguintes variáveis no fenômeno
em causa:
Caso Base 1 - Solo Homogêneo sem Influência da Eletrosmose
Influência da Condutividade Térmica do Solo (kT) - Caso 1A.
Influência da Difusividade Térmica do Solo () - Caso 1B.
Influência do Coeficiente de Convecção do Ar (hc) - Caso 1C.
Influência da Temperatura Ambiente do Ar (Tar) - Caso 1D.
Influência Transmissão do Calor do Solo para o Ar - Caso 1E.
Influência do Aquecimento do Solo por Radiação - Caso 1F.
Solar e Troca de Calor por Irradiação
117/145
Influência da componente de Pressão de Vapor de Água.
25
Tem peratura ( oC )
20
15
10
0
0 240 480 720 960
P e r f il d e G r a d ie n t e d e P o t e n c ia l P e rfi s d e D e n si d a d e s d e C o rre n te
S o lo Ho m o g ê n e o : = 1 0 0 .m S o lo H o m o g ê n e o : = 100 .m
7 0 ,0
0 ,8
Gr adie nte (V /m )
6 0 ,0
0 ,7 Z=3, 05m
5 0 ,0 Z=3, 1 0m
0 ,6
Z=3, 20m
4 0 ,0 0 ,5
J (A/m 2 )
Z=3, 30m
3 0 ,0 Z = 3 m 0 ,4
Z=3, 40m
Z=3, 50m
2 0 ,0 0 ,3 Z=3, 60m
1 0 ,0 0 ,2
Z=3, 70m
Z=3, 80m
0 ,0 0 ,1 Z=3, 90m
Z=4, 00m
2 8 0 ,0 2 9 4 ,8 2 9 9 ,8 3 0 4 ,8 3 0 9 ,8 3 3 8 ,0 0 ,0
296 297 298 299 300 301 302 303 304
X ( m e tr o s )
X (m e tr o s )
118/145
Figura 5.23 - Caso Base 1 - Perfil de Gradiente de Potencial e Densidades
de Corrente na Vizinhança do Eletrodo de Terra.
100
Temperatura ( oC )
80 ____
k T = 2,60
60
____
40 k T = 0,26
20 ____
k T = 4,00
0
0 2400 4800 7200 9600
Horas de Operação Contínua
Figura 5.24 - Caso 1A - Variação da Condutividade Figura 5.25 - Caso 1A - Perfis de Temperatura do
Térmica do Solo (kT) - Cenário de Solo a Diferentes Profundidades.
Longa Duração.
C)
25
25
o
___ h c = 1,50
20 __ = 7,74 * 10 -9
Temperatura (
20
15 15 ___ h c = 1,00
__ = 7,74 * 10 -8
10 10
5 ___ h c = 0,50
5 __ = 7,74 * 10 -7
0
0
0 2400 4800 7200 9600
0 2400 4800 7200 9600
Horas de Operação Contínua Horas de Operação Contínua
Figura 5.27 - Caso 1B - Influência da Difusividade Figura 5.28 - Caso 1C - Influência do Coeficiente
Térmica do Solo (). de Convecção (hc).
119/145
Perfis de Temperaturas após 9600 horas Evolução da Tem peratura no Hot-Spot
Solo Homogêneo: = 100 .m, Zh c =0,26m Solo Hom ogêneo: = 100 .m , h c = 0,5W/m 2.oC
Plano Z=0,0m
20,20 30
C)
20,15 25
Temperatura ( C)
o
20,10
o
20
Temperatura (
___ h c = 1,50 __
Zh c = 0,26m
20,05 15
___ h c = 1,00
20,00 __
___ h c = 0,50 10 Zh c = 0,00m
19,95
5
19,90
0
19,85
280,00 295,67 301,50 307,33 319,50 560,00
0 2400 4800 7200 9600
X ( metros ) Horas de Operação Contínua
Eletroosmose, Solo Homogêneo - Hot-Spot Eletroosm ose, Solo Hom ogêneo - Hot-Spot
u =18%, = 100 .m , = 7,74.10-7m 2/s,
u =18%, = 100 .m, = 7,74.10-7m 2/s,
Ke =0,5.10-9m 2/s.V - k h =10-7m /s
Ke =0,5.10-9m 2/s.V - k h =10-7m/s
100
20
Temperatura (oC)
80
Umidade (%)
15 __
s/Pvapsat 60 __
s/Pvapsat
10 40
__ __
c/Pvapsat c/Pvapsat
5 20
0 0
200 400 600 800 1000 1200
200 400 600 800 1000 1200
Horas de Operação Contínua Horas de Operação Contínua
120/145
Eletroosm ose, Solo Hom ogêneo - Hot-Spot
Eletroosmose, Solo Homogêneo - Hot-Spot u =18%, = 100 .m , = 7,74.10-7m 2/s,
u =18%, = 100 .m, = 7,74.10-7m 2/s, Ke =0,5.10-9m 2/s.V - k h =10-7m /s
Ke =0,5.10-9m 2/s.V 1000
1,2
Resistividade ( .m)
800
k h (x 10 -7 m/s)
1,0
0,8 __
600
__
s/Pvapsat s/Pvapsat
0,6
__ 400
0,4 c/Pvapsat __
c/Pvapsat
0,2 200
0,0
0
200 400 600 800 1000 1200
200 400 600 800 1000 1200
Horas de Operação Contínua Horas de Operação Contínua
Eletroosmose, Solo Homogêneo - Hot-Spot Eletroosm ose, Solo Hom ogêneo - Hot-Spot
u =18%, = 100 .m 7,74.10-7m 2/s, u =18%, = 100 .m , = 7,74.10-7m 2/s,
Ke =0,5.10-9m 2/s.V - k h =10-8m /s Ke =0,5.10-9m 2/s.V - k h =10-8m /s
20 120
Temperatura ( C)
100
15
o
Umidade (%)
__ 80
s/Pvapsat
10 60
__
s/Pvapsat
__
c/Pvapsat 40 __
c/Pvapsat
5
20
0 0
100 200 300 400 500 600 700 800 900 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Horas de Operação Contínua Horas de Operação Contínua
121/145
5.7 Corrosão Eletrolítica
- uma parte do metal é posta em contato com íons de mesmo tipo, porém em
concentrações diferentes.
Os metais em contato com o meio eletrolítico liberam íons positivos que são
arrastados pela corrente que deixa o metal. Dessa forma um Anodo perde parte
de sua massa metálica.
122/145
f. Se dois metais estão em contato apenas o de maior valor na série
eletroquímica sofre corrosão protegendo o outro.
• Proteger o Condutor com uma camada isolante que impeça sua operação como
Anodo.
Por ser possível utilizar maiores quantidades de correntes, este método pode ser
aplicado em qualquer eletrólito, incluindo os imersos em alta resistividade
elétrica.
123/145
- estabilidade química;
- resistência às ações mecânicas do meio;
- estabilidade a variações das temperaturas;
- ductilidade (absorção das tensões e esforços, principalmente os de flexão);
- durabilidade;
- fácil aplicação.
- pintura industrial:
• de polietileno;
• de esmalte de piche de carvão (“coal-tar”);
• asfáltico;
• fitas plásticas em forma helicoidal;
• espuma rígida de poliuretano;
• com epóxi piche de carvão (usado em solos de elevada resistividade elétrica).
- anodização;
- cromatização;
- fosfatização;
124/145
-revestimento com argamassa de cimento.
- Cladização:
- Lining:
- Metalização:
Deposição por meio de uma pistola, de metais de baixo ponto de fusão (zinco,
alumínio, chumbo e estanho) sobre a superfície da tubulação;
- Eletrodeposição:
125/145
Figura 5.38 - Eletrodo de Terra em Anel Circular (Toroidal) - Nelson River (EUA).
126/145
Figura 5.39 - Eletrodo de Terra em Haste Profunda - Cabora Bassa – Moçambique.
127/145
5.8 Bibliografia
3 – H.Greiss et al – HVDC Ground Electrode Heat Dissipation – IEEE Pas.– Vol. PWRD-2
Oct. 87.
5 – Calculation of Electric Field and Potential Distribution into Soil and Air Media for a
Ground Electrode of an HVDC System, IEEE Transactions on Power Delivery, vol.18, no.
3, pp. 867 -873, July,2003.
6 – Soil Heating around the Ground Electrode of a HVDC System by Interaction of Electrical,
Thermal and Electroosmotic Phenomena, José Eduardo Telles Villas and Carlos Medeiros
Portela, IEEE Transactions on Power Delivery, vol.18, no. 3, pp. 867 -873, July,2003.
7 – Common Ground Electrode Design for ± 500 kV and ± 800 kV DC Systems, Fan Chen,
Jinliang He, Bo Zhang, Rong Zeng, Jie Zhao Xiaolin Li and Jinzhuang Lv, IEEE
Transactions on Power Delivery, Manuscript received in June,11, 2008, pp. 1 - 9.
128/145
Capítulo 06 – Eletrodos de Terra em Sistemas CCAT
129/145
ÍNDICE
130/145
6 Eletrodos de Terra em Sistemas CCAT
6.1 Introdução
A fase de Projeto Preliminar consiste na seleção dos locais e dos tipos de Eletrodos
de Terra, as quais devem ser feitas concomitantemente. Eletrodos com geometria
circulares (toroidais) apresentam diversas vantagens, face à facilidade e economia na
construção e flexibilidade que apresentam para ajustes no seu projeto e concepção,
com inegáveis reflexos futuros na manutenção e controle da densidade de corrente
que circula ao longo dos mesmos.
Estes protótipos devem representar as seções dos Eletrodos de Terra finais, face às
dificuldades de realização de um modelo à escala reduzida, sendo normalmente
escolhido Eletrodos com geometrias lineares. Assinala-se que a magnitude da
corrente a ser injetada nos estudos deve estar aquém do valor de densidade de
corrente máxima a ser difundida de 1 A/m2 no solo, visando minimizar o fenômeno
da Eletrosmose. A Figura 6.1 mostra um Modelo de Protótipo para os Eletrodos de
Terra.
131/145
Quanto ao Programa de Testes, estes devem cobrir, no mínimo, os seguintes aspectos:
a- Passos Iniciais:
• seleção dos locais para o protótipo dos Eletrodos de Terra nas áreas reservadas
para os Eletrodos finais;
b- Testes:
• temperaturas do solo.
Esta fase inclui uma definição dos dados geológicos e geofísicos, especificação final
dos materiais dos Eletrodos de Terra e os métodos para as suas construções.
- corrente nominal;
132/145
6.3 Critérios de Projeto
Os 2 (dois) primeiros itens representam caráter de efeitos a longo prazo com sérios
reflexos na segurança da instalação.
133/145
- as impedâncias dos Eletrodos de Terra, devido aos harmônicos, são
substancialmente maiores que as resistências C.C. A omissão da dependência da
frequência dos Eletrodos de Terra acarreta igualmente numa estimativa errônea
dos potenciais e das elevações dos potenciais de terra;
• substituir parte do solo adjacente aos Eletrodos de Terra por outro de menor
resistividade, retirado dos mesmos locais de instalação destes;
Supondo a injeção de 3000 A com uma densidade média de 0,5 A/m2, é necessária
uma superfície de 6000 m2. No caso da seção do Eletrodo de Terra ser de 0,5 m x 0,5
m, o perímetro da seção terá 2,0 m e assim o Eletrodo deverá ter 3000 m de
perímetro e consequentemente 477 m de raio.
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efetua-se a medição da corrente que se difunde no solo. A divisão das seções é feita
pela descontinuidade do coque através de inserção de um material de relativamente
alta resistividade como, por exemplo, fibra-cimento.
E ρ.J ...(1)
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onde:
sendo:
J=I/S ...(2)
onde:
Logo:
ρ.I
E ...(3)
2. π .2
ρ.I d ρ.I
V E .d . 2 ...(4)
r
2. π r 2. π .
onde:
Pela expressão (4), pode-se observar que uma parcela expressiva do potencial (V) na
superfície do Eletrodo de Terra é causada pelo campo elétrico nas proximidades
do mesmo. Esse fato cria uma forma de se reduzir a resistência do Eletrodo, tendo
como ideia básica a de conseguir-se que, para a mesma corrente total injetada, a
superfície do Eletrodo de Terra atinja potenciais menores.
c
d
d I ρ1 ρ ρ1
I
V1 . ρ1 . ρ . . 2 ...(5)
2. π 2 2
2 2. π r c
r c
onde:
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V1 - potencial na superfície do Eletrodo de Terra, em V
I . ρ1 I . ρ1 I . ρ2
V1 Vr ρ1 Vc ρ1 Vc ρ 2 ...(6)
2. π . r 2. π .c 2. π .c
onde:
logo:
137/145
Figura 6.2 – Eletrodo de Terra do Tipo Circular Raso.
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Com base em (6), o valor de resistência do Eletrodo de Terra pode ser calculado
por:
V1 ρ1 ρ1 ρ2
R1 R r ρ1 R c ρ1 R c ρ 2 ...(7)
I 2 . π . r 2 . π .c 2 . π .c
onde:
139/145
6.10 Expressões Aproximadas de Cálculo
...(9)
...(10)
onde:
n Nn
3 0,53
4 1,45
6 3,42
sendo:
b d. h ...(11)
onde:
R - resistência do Eletrodo de Terra, em
d - diâmetro do condutor, em m
h - profundidade do Eletrodo de Terra, em m
ρ - resistividade aparente do solo, em .m
140/145
- extensão total do Eletrodo de Terra, em m.
Eletrosmose
Aquecimento
6.11.1 Eletrosmose
6.11.2 Aquecimento
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Ve - Potencial do Eletrodo de Terra em relação a Terra Remota, em V.
θ e - Elevação de temperatura do Eletrodo de Terra e do solo próximo em relação à
temperatura ambiente, em ºC
ρ - Resistividade elétrica do solo, em Ω.m
λ - Condutividade térmica do solo, em W/m.ºC
O valor de θ e máximo admissível somado à temperatura ambiente deve ser menor
que 100ºC para evitar a ebulição da água no solo.
Supondo-se ( λ ) com o valor de 1 W/m.ºC e a temperatura ambiente de 25ºC,
variando-se ( ρ ) obtém-se os valores máximos de potencial admissíveis no
Eletrodo de Terra, para evitar-se aquecimento do solo, conforme indicado na
Tabela 6.2:
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6.12 Distribuição da Corrente em Cada Seção do Eletrodo de Terra
Um Eletrodo de Terra circular raso instalado em um solo uniforme, por ser uma
superfície equipotencial, dissipa uniformemente no solo, ao longo do seu
perímetro, a corrente total injetada.
Com base nesse modelo, tem-se que a corrente numa dada seção será tanto maior
quanto menor for a resistividade elétrica do solo na região da seção em relação ao
valor médio calculado com base nos valores de resistividades elétricas locais de
todas as seções.
seja:
I
C ...(13)
L
onde:
e:
ρm
Si ..(15)
ρi
onde:
Logo:
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i i C .S i . li ...(16)
144/145
6.13 Bibliografia
3 – Calculation of Electric Field and Potential Distribution into Soil and Air Media for
a Ground Electrode of an HVDC System, IEEE Transactions on Power Delivery,
vol.18, no. 3, pp. 867 -873, July,2003.
5 – Common Ground Electrode Design for ± 500 kV and ± 800 kV DC Systems, Fan
Chen, Jinliang He, Bo Zhang, Rong Zeng, Jie Zhao Xiaolin Li and Jinzhuang Lv,
IEEE Transactions on Power Delivery, Manuscript received in June,11, 2008, pp. 1
- 9.
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