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SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA: TRANSMISSÃO EM CORRENTE


CONTINUA EM COMPARAÇÃO COM A TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA

JESSE SAMPAIO SILVA - MATRICULA: 2024200628


STÉPHANO IGOR VIEIRA DE ARAÚJO - MATRICULA: 2024200584

RESUMO

Esta produção acadêmica tem por objetivo apresentar informações e conceitos sobre
sistemas de transmissão de energia elétrica de forma sucinta, tendo como foco os sistemas
de transmissão em corrente continua em comparação com os sistemas de transmissão em
corrente alternada.

Palavras-chave: Transmissão, Energia, Corrente continua.

INTRODUÇÃO

Observa-se que apesar da complexidade dos sistemas em corrente alternada, frente


os de corrente continua, há uma preferencia pelo uso da corrente alternada nos processos
de transmissão de energia. Esse fato se dá pela grande vantagem que se tem em
regulamentar os níveis de tensão, de forma mais fácil, com o uso de transformadores.
Entretanto trabalhar com os sistemas em corrente alternada requer muito mais cuido, pois
se tem uma maior quantidade de variáveis a serem consideradas, provenientes da influencia
da frequência (característica intrínseca da energia elétrica em corrente alternada).

COMPARATIVO ENTRE TRANSMISSÃO CORRENTE CONTINUA E CORRENTE ALTERNADA

Analisamos aqui duas metodologias de transmissão de eletricidade, sendo


transmissão c.a. e transmissão c.c., sendo em corrente alternada majoritariamente. Na
metodologia c.a., a energia produzida é condicionada por meio de subestações elevadoras
que tem a função de elevar o nível de tensão e diminuir o nível de corrente (consequência
do princípio da conservação de energia sobre a formulação em que a potência elétrica é o
produto de tensão pela corrente), e é conduzida por certa distancia por meio de cabos
condutores até outra subestação do tipo abaixadora (condiciona os níveis de energia
transmitidos para as características necessárias a utilização da carga jusante). Já na
metodologia c.a. como a corrente é variável, temos a incorporação da variável frequência,
que resulta em perdas referentes à natureza dos materiais submetidos à passagem de
corrente.
Já o modelo de transmissão c.c. a corrente não varia em relação ao sentido do campo
elétrico, desta forma não há o advento da frequência, que implica na isenção das perdas
provenientes de natureza oscilatória. O sistema transmissão c.c. é mais simples pois
funciona com um ou dois condutores entres os pontos de transmissão e recepção. Esta
característica implica na utilização de menos material estrutural em relação à oque deve ser
usado em um sistema de transmissão c.a.
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Oliveira (2023), revela as seguintes aplicações para Transmissão em Corrente


Contínua: Transmissão de energia elétrica a longas distancias, Ligações aéreas e marítimas e
Conexões de sistemas assíncronos.
Para transmissão c.a. a metodologia de transmissão se difere do modelo c.a. com a
inserção de diapositivos de retificação de inversores de potencia, onde na estação
conversora, montante a linda de transmissão, tem-se um retificado na etapa posterior a
elevação de tensão, e uma estação conversora, jusante a linha de transmissão, que em uma
primeira etapa faz a transformação do sinal c.c. corrente alternada que posteriormente a
energia é condicionada por meio de uma etapa com transformador de potencia.
O sistema transmissão c.c. pode ser concebido de duas formas, monopolar (mais
utilizada nas ligações marítimas) ou bipolar (mais comum para ligações aéreas), sendo
monopolar há apenas um polo da linha de transmissão e o retorno é pela terra através dos
eletrodos de terra, já na configuração bipolar tem-se dois circuitos condutores de mesma
capacidade de potencia, mas com polaridades opostas. (OLIVEIRA, 2023).
Segundo Oliveira (2023), a transmissão de energia elétrica em corrente continua
tem as seguintes vantagens e em comparação com a corrente alternada:
• O modelo é puramente resistivo (não tem frequência, desta forma não há preocupação com
reatância);
• Não sofre variação eletromagnética;
• Não sofre Efeito pelicular ou efeito Skin (fenômeno físico caracterizado pela repulsão entre
linhas de corrente elétrica);
• Não sofre Efeito Ferranti (aumento da tensão ao longo da linha de transmissão, de forma
que a tensão no final da linha é maior do que no início);
• Não existe potencia reativa (tende a ter maior transferência de potencia);
• Maior estabilidade elétrica;
• Não trabalha com números complexos;
• Não é necessária a utilização de subestações intermediarias;
• Maior economia com cabos e estruturas;
• Total controle da potência transmitida.
Segundo Oliveira (2023), a transmissão de eletricidade em c.c. tem as seguintes
desvantagens e em comparação com a corrente alternada:
• Elevado custo da estação conversora;
• Elevado consumo de potência reativa no processo de conversão (proveniente da comutação
dos dispositivos de potência), podendo chegar a 50% da potência ativa;
• Elevada geração de harmônicos (podendo ser compensado por meio de filtros de
harmônicos).
Por ocasião do elevado custo da estação conversora do, os sistemas de Transmissão
de energia elétrica em corrente continua só se torna viável nas aplicações de grandes
distancias entre os terminais de transmissão e recepção ou quando na conexão de sistemas
assíncronos (caso de transmissão entre um sistema 50Hz para um sistema 60Hz. Estudos
mostram que Transmissão de energia elétrica em corrente continua tem maior viabilidade
econômica para distancias maiores que 50 km para linhas submarinas e distancias de 700 km
para linhas aéreas. (OLIVEIRA, 2023).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que os a transmissão de eletricidade é de grande importância, pois o uso


da energia é essencial para as atividades humanas, porém há evidente complexidade na
relação de geração e consumo, considerando que a geração se dá distante do consumo.
Desta feita tem-se a transmissão de energia em corrente continua e corrente alternada,
sendo que os sistemas em c.a. são majoritários, isso pelo advento da praticidade
proporcionada pelo uso de transformadores, ressaltando que este modelo tem certas
desvantagens, em relação os sistemas em c.c., considerando perdas provenientes de sua
natureza oscilatória, porém mesmo com tais perdas ainda tem um custo mais vantajoso (a
depender da distancia). Observa-se que em certas aplicações o sistema de transmissão em
c.c. tornasse mais vantajoso, como em transmissões em grandes distancias ou ainda em
conexão de sistemas assíncronos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Andrade, Anderson L.. Sistema de Transmissão HVDC. Corrente Contínua em Alta Tensão
(Conversores Multiníveis Modulares – MMC). Disponível em <https://x.gd/6ARw8>.
Acessado em 12 de mar. de 2024.
Calçada, Caio S.; Sampaio, José L.. Física Clássica: Eletricidade. São Paulo: Editora Atual,
1998, V. 5. 583p.
Ministério de Minas e Energia Consultoria Jurídica. PORTARIA Nº 671/GM/MME, DE 25 DE
JULHO DE 2022. 2022. Disponível em <https://x.gd/zcZZH>. Acessado em 12 de mar. de
2024.
Oliveira, Cláudio. Transmissão em Corrente Contínua (HVDC). jun. de 2023. Disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=QRLMlhZ9T9Q>. Acessado em 12 de mar. de 2024.

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