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DIDATIC TECNOLOGIA - Treinamentos e Consultoria

Eletricidade, Eletrônica e Automação Industrial

Apresentação
O curso de Instalações Elétricas Residenciais, aborda a teoria
dos componentes eletricos utilizados, dimensionamento, aulas praticas, procedimentos e
normas técnicas que devem ser utilizados na execução de obras novas e em reformas de
instalações elétricas residenciais.
Os participantes irão receber informações básicas necessárias para a definição de uma
instalação elétrica residencial.
Este curso é destinado à projetos, execução e reforma de instalação elétrica interna de
uma única casa residencial. Quando se tratar de mais de uma residência em um mesmo
terreno – um prédio, por exemplo, poderão ser necessárias mais informações técnicas
sobre o assunto. Neste caso, é recomendado consultar as Normas vigentes afins das
concessionarias de energia e da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas,
além de literaturas técnicas especializadas.

A instalação elétrica é uma das etapas mais importantes da construção de sua casa
Uma instalação elétrica mal planejada / executada pode acabar gerando despesas futuras
para você e até acidentes.
Portanto, toda vez que você for trabalhar com energia elétrica, faça-o com calma, com o
máximo de cuidado.
Instale a caixa de luz em lugar de fãcil acesso tanto para você, quanto para o leiturista.
(consumo de energia), isso vai facilitar tanto a sua vida como a da concessionaria de
energia.
Outro aspecto importante é a questão da escolha do material. Procure materiais de boa
qualidade, evitando reaproveitamentos ou compras em ferro-velho.
O importante é que você faça uma instalação segura e duradoura seguindo
recomendações da norma ABNT – NR10.

Introdução
Energia
Energia é a capacidade de produzir trabalho e ela pode se apresentar sob várias formas:
energia térmica, mecânica, elétrica, química, atômica e as mais recentes; solar e
aeólica.
Uma das mais importantes características da energia é a possibilidade de sua
transformação de uma forma para outra.
Por exemplo: a energia térmica pode ser convertida em energia mecânica (motores de
combustão interna), energia química em energia elétrica (pilhas) etc.
Entretanto, na maioria das formas em que a energia se apresenta, ela não pode ser
transportada, ela tem que ser utilizada no mesmo local em que é produzida.
Energia Elétrica
Introdução
Na história da sociedade, a energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre ocupou
lugar de destaque, tendo em vista a dependência da qualidade de vida e do progresso
econômico da qualidade do produto e dos serviços relacionados à energia elétrica, que
por sua vez dependem de como as empresas de eletricidade projetam, operam e mantêm
os sistemas elétricos de potência.

Fig. Importância da eletricidade para a sociedade

A energia elétrica proporciona à sociedade trabalho, produtividade e desenvolvimento, e


aos seus cidadãos conforto, comodidade, bem-estar e praticidade, o que torna a
sociedade moderna cada vez mais dependente de seu fornecimento e mais suscetível às
falhas do sistema elétrico. Em contrapartida esta dependência dos usuários vem se
traduzindo em exigências por melhor qualidade de serviço e do produto.
A energia elétrica é uma das mais nobres formas de energia secundária. A sua facilidade
de geração, transporte, distribuição e utilização, com as conseqüentes transformações
em outras formas de energia, atribuem à eletricidade uma característica de
universalização, disseminando o seu uso pela humanidade.
No mundo de hoje, eletricidade, como alimento e moradia, é um direito humano básico.
Eletricidade é a dominante forma de energia moderna para telecomunicações,
tecnologia da informação, e produção de bens e serviços.
Os crescimentos da população mundial e da economia nos países em desenvolvimento
implicam, necessariamente, no aumento do consumo de energia, porém a produção de
energia deve seguir os conceitos de desenvolvimento sustentável e de responsabilidade
ambiental.
O gráfico das figuras abaixo apresenta as formas de energia mais utilizadas no mundo e
no Brasil para produção de eletricidade.
A eletricidade é a forma de energia de uso final que mais cresce no período analisado
(2006-2030).
Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

Energia Elétrica
A energia elétrica é uma forma de
energia que pode ser transportada
com maior facilidade. Para chegar
em uma casa, nas ruas, no comércio,
ela percorre um longo caminho a
partir das usinas geradoras de
energia.

A energia elétrica passa por 3 principais etapas:

a) Geração
A energia elétrica é produzida a partir da energia
mecânica de rotação de um eixo de uma turbina que
movimenta um gerador. Esta rotação é causada por
diferentes fontes primárias, como por exemplo, a
força da água que cai (hidráulica), a força e
velocidade dos ventos (eólica) a força do vapor
(térmica) que pode ter origem na queima do carvão, óleo combustível ou, ainda, na
fusão do urânio (nuclear).

Tipos de usinas geradoras de energia eletrica

Usina Hidroelétrica
De todas as fontes de energia do
Brasil, as hidrelétricas são as
grandes responsáveis pela
produção de energia do país: mais
de 90%. Como o Brasil tem
muitos rios de planalto, acaba
aproveitando esse potencial.
Porém, existem algumas regiões
que esse recurso não é muito bem
aproveitado. É uma energia limpa
em sua produção, mas com o
alagamento para formar as
represas, ela gera impactos
ambientais. Dentre as maiores
usinas hidrelétricas instaladas no
Brasil temos Itaipú (binacional) e Belo Monte.
As usinas hidroelétricas utilizam a força das quedas de água para colocarem em
movimento as suas turbinas, movimentando assim os geradores e conseqüentemente
gerando eletricidade. Devem se localizar próximos de rios e em lugares montanhosos, o
custo desse tipo de usina é apenas de manutenção em geral e instalação da mesma.
Apesar do elevado custo para a
construção e do impacto do
reservatório na região, as usinas não
poluem em funcionamento, e
aproveitam um recurso até bem
pouco tempo considerado
inesgotável, a água. Porém, a
energia não pode ser estocada e
exige uma complicada rede de
transmissão.

Cada das Máquinas

As partes principais de uma usina hidroelétrica são:


• A barragem, que tem por função barrar o fluxo da água do rio, represando-a; as
comportas e o vertedouro, que controlam o nível de água da represa, evitando
transbordamentos;
• A casa de máquinas, onde estão instalados os geradores acoplados às turbinas.
Para transformar a força das águas em energia elétrica, a água represada passa por dutos
forçados, gira a turbina que, por estar interligada ao eixo do gerador, faz com que este
entre em movimento, gerando a eletricidade.

Usina Termoelétrica
As usinas termoelétricas utilizam a energia térmica para acionar os seus geradores, são
compostas basicamente de turbinas acionadas pela queima de algum tipo de
combustível, (carvão, petróleo, etc...). Devem se localizar próximo dos locais de pro
dução do combustível em regiões planas de fácil acesso, o custo desse tipo de usina é
maior do que a anterior, pois além do custo de manutenção em geral existe o custo da
aquisição do combustível.

As usinas termelétricas ou centrais térmicas, no Brasil, são acionadas com variados


combustíveis:
• Fósseis: petróleo, carvão mineral, diesel, óleo, gás natural,
• Não fósseis – madeira, bagaço de cana, carvão vegetal,
• Nuclear – urânio enriquecido.

Apesar de poluir o ambiente em funcionamento, esse tipo de usina apresenta algumas


vantagens como: não necessita de rios, aumentando a flexibilidade na localização;
quando usa o gás natural, apresenta o menor custo por hora, em relação às outras usinas;
o tempo máximo para a construção é de 2,5 anos, contrapondo-se a 5 anos das
hidrelétricas e pode funcionar com recurso renovável, como o biogás e o próprio bagaço
de cana. No caso de uma usina termelétrica, a energia é gerada
de uma forma diferente da encontrada na usina hidroelétrica, tem-se:
• A fornalha, onde é queimado o combustível;
• A caldeira, onde é produzido o vapor. O jato de vapor extraído da caldeira gira a
turbina que, por estar interligada ao eixo do gerador faz com que este entre em
movimento, gerando a eletricidade.

Usinas Eólicas
A utilização eólica para geração de energia mecânica ou eletricidade é alcançada por meio da
captura da energia cinética existente no vento, que é decorrente da locomoção das massas de
ar em virtude da disparidade das camadas de temperatura presentes na atmosfera e da
irregularidade da superfície terrestre.
As Usinas Eólicas aproveitam a força da velocidade dos ventos para gerar eletricidade.
São grandes hélices instaladas em locais altos onde a ação do vento seja permanente e
intensa.
A grande vantagem da usina eólica é que não existe nenhum tipo de poluição.

A energia eólica é um bom exemplo de fonte renovável, que é poluente e pode ser
instalada em locais ermos e com vento abundante, como acontece em vários locais
da costa brasileira e em serras montanhosas. Entretanto, é um sistema intermitente,
quando não há vento não se gera energia, o que acarreta na inevitabilidadede
suplementação por outras fontes de energia. Outra vantagem do uso dessa fonte no
cenário brasileiro é sua utilização complementarem relação às hidrelétricas, uma vez
que na época das secas, quando acontecemos menores aproveitamentos hidráulicos,
os ventos sopram com maior magnitude

Estrutura de uma Usina Eólica

Usina Nuclear

As usinas nucleares
utilizam a energia
nuclear para acionar os
seus geradores, possuem
reatores nucleares onde é
depositado o material
radioatívo, que libera a
energia utilizada para
movimentar as turbinas,
que por sua vez
movimentam os
geradores, produzindo
energia elétrica.
Pode se localizar em qualquer lugar, pois o material radioativo demora a ser substituído,
(centenas de anos), seu custo principal é com manutenção geral, a segurança é um ponto
que deve ser tratado com cuidado, pois o material radioativo é muito poluente causando
vários problemas ao meio ambiente caso haja um vazamento. Somos grandes produtores
de urânio, mas não desenvolvemos técnicas para o beneficiamento. Assim, a nossa
produção nuclear é bastante limitada. Ela é produzida em Angra I e II, no Rio de
Janeiro.

Maremotriz

Produção de energia por meio das


ondas e marés. Utilizada em áreas
com grandes amplitudes de marés,
comum no Norte e parte do Nordeste
do país.
A energia das ondas é ainda pouco
aproveitada, geralmente apenas em
escala experimental, através de
barragem flutuantes que sobem e
descem com a onda, transferindo esse
movimento oscilatório a dispositivos
de transformação de energia. Há
também flutuadores menores, que
oscilam à maneira de sistemas basculantes conectados a um sistema que capta a energia
de cada movimento oscilante; mais especificamente, essa energia é causada pela
diferença de altura entre as marés alta e baixa. Algumas pequenas instalações no Japão
já ultrapassam a simples fase experimental, produzindo energia para o abastecimento de
pequenas comunidades costeiras.
Calcula-se que ondas de 1 metro de altura, com frequência de 10 segundos, podem
produzir 10 quilowatts por metro linear de costa, o que constitui uma energia bastante
considerável, desde que possa ser convenientemente aproveitada. É claro que a
amplitude e a frequência dessas ondas, batendo contra a costa, podem variar muito
de acordo com a topografia do fundo do oceano, a força dos ventos e a altura das marés
em cada local e em dias diferentes.

Esquema de funcionamento da usina de ondas

Energia Solar
O Brasil tem grande potencial de geração de energia solar. Porém, os custos são bastantes
elevados.
Essa fonte de energia é infinita e existe duas formas de utilização da energia solar:
• Eenergia solar passiva: que constitui o uso direto, ligado a utilização doméstica,
como aquecimento de piscinas, caixas d’água e luminosidade.
• Energia solar ativa:, que pode ser térmica ou fotovoltaica.
- Térmica - de forma direta o sol aquece a água, acarretando em vapor que
movimentará os geradores.
- Fotovoltaica - em quese produz eletricidade a partir de placas coletoras, que
pode ser armazenada em baterias ou utilizada diretamente. É possível ver na figura
abaixo coletores de energia solar.

A energia solar é destacada como uma forma de energia favorável, mas seus gastos
ainda são altos. Estes custos se referem fundamentalmente aos custos de instalação,
compreendendo a compra de equipamentos.
Em contrapartida, não há custo com o combustível, que é a energia proveniente do sol,
inesgotável, de forma que somente o investimento inicial é mais dispendioso.
Uma desvantagem dessa forma de geração de energia, é a produção interrompida de
energia, que varia durante o dia, sendo baixa no início e no final do dia e tendo seu pico
nos horários em que o sol está a pino.
A quantidade de dias nublados ou chuvosos, a estação do ano ou mesmo a presença de
fumaça de queimadas, ocasiona em uma variação da produção de energia. Isto quer
dizer que, por não produzir energia durante a noite, não seria possível gerar toda a
energia essencial de uma região, a menos que se desenvolvessem acumuladores
eficazes.
Outra desvantagem é com relação a geração fotovoltaica, quando armazenada em
baterias, pode ocasionar alguns impactos pois as baterias são perigosas para o
meio ambiente devido ao processo de fabricação que utiliza materiais tóxicos como
arsênico e cádmio.

b) Transmissão

A transmissão de eletricidade significa o transporte


da energia elétrica gerada até os centros
consumidores.
A rede elétrica é pública e seu sistema de
distribuição pode ser visto através dos cabos que
estão presentes nas ruas da cidade e estradas.
Da usina até o ponto de utilização a energia se
utiliza de um sistema chamado de rede de distribuição de energia.
A eletricidade percorre longas distâncias para chegar até seu destino. Durante esse
percurso, perde-se certa quantidade de energia.
Para que seja economicamente viável a tensão gerada nos geradores trifásicos de
corrente alternada normalmente de 13,8kv deve ser elevada a valores padroniza- dos em
função da potência a ser transmitida, perdas e da distância dos centros consumidores.
As tensões mais usuais em corrente alternada para linhas de transmissão são de: 69kv,
138kv, 230kv, 400kv, 500kv.
A partir de 500kv, somente um estudo econômico vai decidir se deve ser utiliza- da
corrente alternada ou corrente contínua. Como é o caso da linha de transmissão de
Itaipu com 600kv em corrente contínua.
Neste caso, a instalação necessita de uma subestação retificadora, ou seja, transformar a
tensão alternada em contínua e próxi mo aos centros consumidores, uma subestação
inversora para transformar a tensão contínua em alternada, outra vez, antes de distribuir
aos centros consumidores.
O objetivo principal da transmissão em corrente contínua será o da diminuição
das perdas por efeito corona, que é resultante da ionização do ar em torno dos
condutores, com tensões alternadas muito elevadas.
A seguir, uma ilustração e descrição dos diversos componentes da rede de distribuição
de energia.

Estrutura de Transmissão de Energia Elétrica

Subestação Elevadora - Subestação de transmissão


Como já foi citada, a necessidade de sistemas de transmissão em tensão superior à
da geração se deve a impossibilidade de transmitir diretamente a potência elétrica
gerada nas usinas, pois as correntes seriam muito elevadas e as quedas de tensão e
perda de potência inviabilizam técnica e economicamente as transmissões. Com a
elevação da tensão, a potência gerada nas usinas pode ser transmitida em correntes
inferiores a da geração o que viabiliza as transmissões. Desse modo, utiliza-se uma
subestação elevadora junto à geração de energia para elevar a tensão elétrica.
Assim, nesse nível de tensão, a eletricidade pode percorrer longas distâncias pelas linhas
de transmissão, sustentadas por torres, até chegar às proximidades de onde será
consumida.
Subestação Elevadora de Brumado – BA
A energia trifásica (sinais de tensão e corrente CA) sai do gerador e segue para a
subestação de transmissão na usina elétrica. Essa subestação utiliza grandes
transformadores para elevar a tensão do gerador até tensões extremamente altas, para a
transmissão de longa distância através da rede de transmissão. As tensões típicas para a
transmissão de longa distância variam de 155 mil a 765 mil volts. A distância máxima
de uma transmissão típica é de aproximadamente 483 km.

Linhas de Transmissão
São enormes torres que conduzem a energia das usinas até os centros urbanos em
condições de alta tensão.
Entre a geração e a distribuição,
estão os sistemas em
distribuição em CA:
• Ultra Alta Tensão –
acima de 765KV
• Extra Alta Tensão – 345,
440 e 500 KV
• Alta Tensão – 138
ou 230 KV

Todas as torres da figura


possuem três cabos, sendo
um para cada fase. Algumas
torres possuem cabos extras
correndo ao longo de seu
topo. Estes são cabos
aterrados e tem como
função atrair raios.
Torre de Distribuição

c) Distribuição

Subestação Abaixadora ou Subestação de


Distribuição
A distribuição de eletricidade é à parte do
sistema elétrico já dentro dos sistemas
de utilização (cidades, bairros, indústrias).
Para ser distribuída pelos fios da cidade, a
eletricidade tem sua tensão reduzida em
subestações abaixadoras através de
transformadores.
A tensão de linha de transmissão é abaixada para
valores padronizados nas redes de distribuição
primária (11kv, 13,2kv, 15kv, 34,5kv, etc...).
A Rede de Distribuição recebe a energia elétrica em um nível de tensão adequado à sua
distribuição por toda a cidade, porém, inadequada para sua utilização imediata para a
maioria dos consumidores.
Nesse caso se faz o uso de transformadores. Os transformadores instalados nos postes
das cidades fornecem a energia elétrica diretamente para as residências, para o
comércio e outros locais de consumo, no nível de tensão (127/220Volts, por
exemplo), adequado à utilização.
Uma subestação de distribuição geralmente tem como características:
• Tem transformadores que reduzem a tensão de transmissão para a tensão de
Distribuição;
• Tem um "barramento" que pode direcionar a energia para várias cargas;
• Geralmente há disjuntores e chaves, visando desconectar a subestação da rede de
transmissão ou desligar linhas que saem da subestação de distribuição quando
necessário.

As etapas de Geração, Transmissão, Distribuição e da utilização da energia elétrica,


podem ser assim representadas:

Os tipos de fornecimento de energia elétrica, seus limites e os valores de tensão podem


ser diferentes, conforme a região Essas informações são obtidas com a distribuidora de
energia de sua cidade.

Substação Abaixadora
Redes de Distribuição
Das subestações distribuição primária (alta tensão), partem as redes de distribuição
secundária (baixa tensão). Finalmente, a energia elétrica é transformada novamente
para os padrões de consumo local e chega às residências e outros estabelecimentos,
tensão 230/127V.
No Brasil há cidades onde a tensão fase neutro é de 220V. Região Norte, Nordeste e
outras em 110, 120 ou 127V como região sul, São Paulo, Rio de janeiro. As redes de
distribuição nos centros urbanos também podem ser aéreas ou subterrâneas. Nas redes
aéreas os transformadores são montados nos próprios postes ou em subestações
abrigadas. A entrada de energia nas edificações é chamada de ramal de entrada.
Como vimos as redes de distribuição são trifásicas, mas as ligações para consumo
podem ser monofásicas, bifásicas ou trifásicas de acordo com a carga necessária:
• Até 15 KW – monofásica (um fase e um neutro)
• De 15 KW a 25 KW – bifásica (dois fases e um neutro)
• Maior que 25 KW – trifásica (três fases e um neutro)

Subestação de Distribuição

Na figura anterior vê-se um grande equipamento em primeiro


plano, esse é o transformador. À direita está o barramento de
distribuição e seus reguladores de tensão. A energia segue do
transformador para o barramento de distribuição que distribui a
energia para dois conjuntos separados de linhas de distribuição
em duas tensões diferentes. A partir daí segue por postes de
transmissão.

Na figura ao lado os três cabos no alto dos postes são os três


cabos para a energia trifásica. O quarto cabo mais abaixo é
o fio terra. Muitas vezes vê-se cabos extras, normalmente fios
de telefone ou de TV a cabo que utilizam os mesmos postes.
Como já mencionado, essa subestação em particular produz
dois níveis de tensão. A tensão mais alta precisa ser reduzida
novamente, o que geralmente acontecerá em outra subestação
ou em transformadores menores em algum lugar da linha.
Em

alguns postes, vemos também transformadores cuja função é diminuir ainda mais a
tensão, de modo que a energia possa ser usada nas edificações, chegando a tensão de
127/230 volts.

Terminais
Uma casa precisa de apenas uma das três fases; então, é comum terminais para uma ou
duas das fases escoarem pelas ruas laterais. Na figura a seguir, vê-se um terminal
trifásico para um bifásico,
com duas fases sendo
derivadas para a direita.
Poste de Ligação

Na Residência

Construção do Transformador

E, finalmente, estamos no cabo que leva a energia até sua casa! Fora de uma casa
comum existe um conjunto de postes com um condutor fase e um fio condutor terra
(embora às vezes haja duas ou três fases no poste, dependendo de onde a casa está
localizada na rede de distribuição). Em cada casa, ou trecho de rua, há um
transformador.
O trabalho do transformador é reduzir a voltagem de transmissão para os 230 ou
127 volts usados nas instalações elétricas residenciais normais.
Os 230 ou 127 volts entram em sua casa através de um típico wattímetro como este:
Medidor de Consumo de Energia

Sistema Elétrico de Potência

Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência


O objetivo de um sistema elétrico de potência (SEP) é gerar, transmitir e distribuir
energia elétrica atendendo a determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade,
qualidade, segurança e custos, com o mínimo impacto ambiental e o máximo de
segurança pessoal.
Confiabilidade e disponibilidade são duas importantes e distintas características que os
SEPs devem apresentar. Ambos são expressos em %.

• Confiabilidade representa a probabilidade de componentes, partes e sistemas


realizarem suas funções requeridas por um dado período de tempo sem falhar.
Confiabilidade representa o tempo que o componente, parte ou sistema levará para
falhar. A confiabilidade não reflete o tempo necessário para a unidade em reparo
retornar à condição de trabalho.

• Disponibilidade é definida como a probabilidade que o sistema esteja operando


adequadamente quando requisitado para uso. Em outras palavras, é a probabilidade
de um sistema não estar com falha ou em reparo quando requisitado para uso.

Estrutura basica de um Sistema Eletrico de Potencia

O sistema atual de energia elétrica é baseado em grandes usinas de geração que


transmitem energia através de sistemas de transmissão de alta tensão, que é então
distribuída para sistemas de distribuição de média e baixa tensão.
Em geral o fluxo de energia é unidirecional e a energia é despachada e controlada por
centro(s) de despacho com base em requisitos pré-definidos.
Normalmente os sistemas de distribuição são gerenciados por monopólios empresariais,
enquanto o setor de geração e de transmissão apresenta certa competitividade em um
sistema desverticalizado.

Geração de Energia Elétrica


Na geração de energia elétrica uma tensão alternada é produzida, a qual é expressa por
uma onda senoidal, com freqüência fixa e amplitude que varia conforme a modalidade
do atendimento em baixa, média ou alta tensão. Essa onda senoidal propaga-se pelo
sistema elétrico mantendo a freqüência constante e modificando a amplitude à medida
que trafegue por transformadores.
Os consumidores conectam-se ao sistema elétrico e recebem o produto e o serviço de
energia elétrica.

Rede de Transmissão
A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo.
Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são
conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas.
A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. Qualquer falta
neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um grande número de
consumidores.
A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de
controle. O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão
estabelecido está entre 220 kV e 765 kV.

Rede de Sub-Transmissão
A rede de sub-transmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo de
transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores industriais.
O nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV. Em geral, o arranjo das redes de sub-
transmissão é em anel para aumentar a segurança do sistema.
A estrutura dessas redes é em geral em linhas aéreas, por vezes cabos subterrâneos
próximos a centros urbanos fazem parte da rede. A permissão para novas linhas aéreas
está cada vez mais demorada devido ao grande número de estudos de impacto ambiental
e oposição social. Como resultado, é cada vez mais difícil e caro para as redes de sub-
transmissão alcançar áreas de alta densidade populacional.
Os sistemas de proteção são do mesmo tipo daqueles usados para as redes de
transmissão e o controle é regional.

Redes de Distribuição
As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte,
consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais.
Os níveis de tensão de distribuição são assim classificados:
• Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou
superior a 69kV e inferior a 230kV.
• Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é
superior a 1kV e inferior a 69kV.
• Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual
ou inferior a 1kV.
De acordo com a Resolução No456/2000 da ANEEL a tensão de fornecimento para a
unidade consumidora se dará de acordo com a potência instalada:
• Tensão secundária de distribuição inferior a 2,3kV: quando a carga instalada na
unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW;
• Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na
unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo
interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW;
• Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda
contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500
kW.

As tensões de conexão padronizadas para AT e MT são: 138 kV (AT), 69 kV (AT),


34,5 kV (MT) e 13,8 kV (MT). O setor terciário, tais como hospitais, edifícios
administrativos, pequenas indústrias, etc, são os principais usuários da rede MT. A rede
BT representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Um grande número
de consumidores, setor residencial, é atendido pelas redes em BT. Tais redes são em
geral operadas manualmente.

Tabela 1 Tensões Nominais Padronizadas de Baixa Tensão

A Figura mostra um diagrama com a representação dos vários segmentos de um sistema de


potência com seus respectivos níveis de tensão.
Corrente Contínua e Corrente Alternada
A energia elétrica é transportada sob a forma de corrente elétrica e pode
apresentar-se sob duas formas:

• Corrente Contínua (CC)


• Corrente Alternada (CA)

- Corrente Contínua (CC) é aquela que mantém sempre a mesma polaridade,


fornecendo uma tensão elétrica (ou corrente elétrica) com uma forma de onda constante
(sem oscilações), como é o caso da energia fornecida pelas pilhas e baterias. Tem-se um
polo positivo e outro negativo.
- Corrente Alternada (CA) tem a sua polaridade invertida um certo número de
vezes por segundo, isto é, a forma de onda oscilação diversas vezes em cada segundo.
O número de oscilações (ou variações) que a tensão elétrica (ou corrente elétrica)
faz por segundo é denominado de Freqüência.
A sua unidade é Hertz e o seu símbolo é Hz. Um Hertz corresponde a um ciclo
completo de variação da tensão elétrica durante um segundo. No caso da energia
elétrica fornecida pelas concessionarias de energia no Brasil, a freqüência é de 60 Hz.
A grande maioria dos equipamentos elétricos funciona em corrente alternada (CA),
como os motores de indução, os eletrodomésticos, lâmpadas de iluminação, etc.
A corrente contínua (CC) é menos utilizada. Como exemplo, tem-se: os sistemas
automatizados (PLC’s, sensores, eletrovalvulas, I/O’s etc), comandos de acionamento
da potencia de motores,transformadores, resistências etc.

Resistência Elétrica - Lei de Ohm


É chamada de Resistência Elétrica (R) a oposição que o circuito oferece à
circulação da corrente elétrica. A unidade da Resistência Elétrica é o Ohm e o seu
símbolo é o Ω (letra grega chamada de ômega).
Essa Lei estabelece que: se for aplicado em um circuito elétrico, uma tensão
de 1V, cuja resistência elétrica seja de 1 Ω , a corrente que circulará pelo circuito, será
de 1A.

Com isso tem-se:


I=U
R

Desta relação pode-se tirar outras, como:

U=RxIeR=U
I
Onde:
U: Tensão Elétrica;
I: Corrente Elétrica;
R: Resistência Elétrica
Tem-se que: P = U x I (Watts)

Como U = R x I e I = U (do subitem 1.4),


R

pode-se calcular também a Potência (P) através dos seguintes modos:

P = (R x I) x I ou P = R x I2

Então tem-se: P = U x U ou P = U2
R R
Onde:
P: Potência Elétrica;
U: Tensão Elétrica;
I: Corrente Elétrica;
R: Resistência Elétrica.
Cálculo da Energia Elétrica
A Energia Elétrica (E) é a Potência Elétrica (P) vezes o tempo de utilização (em
horas, por exemplo) do qual o fenômeno elétrico acontece (uma lâmpada acesa, por
exemplo).

E = (U x I) x t ou E = P x t

Onde:
E: Energia Elétrica;
P: Potência Elétrica;
U: Tensão Elétrica;
I: Corrente Elétrica;
t: Tempo normalmente nesse caso, é adotado em horas (h).
A unidade de Energia Elétrica (E) é o Watt-hora e o seu símbolo é Wh.

Cálculos de Grandezas Elétricas: I, R e E


Um chuveiro elétrico com uma potência de 4.400 Watts, 127 Volts, funcionando
durante 15 minutos. Calcular a corrente, resistência e a energia elétrica consumida.

a) Corrente Elétrica I=P


U

4.400W = 34,6 A (Ampères)


127V

b) Resistência Elétrica R=U


I
127V = 3,7 Ω (Ohms)
34,6A

c) Energia Elétrica E = P x t

Primeiramente, deverá ser transformado o tempo dos 15 minutos em horas.


Fazendo uma “regra de três”, tem-se: 60 minutos 1 hora
15 minutos x
x = 15 minutos = 0,25 h ou 1 h
60 minutos 4

4.400 W x 0,25 h = 1.100 Wh


Fator de Potência
Conceitos Básicos
A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa indutiva, tais
como: motores, transformadores, reatores para lâmpadas de descarga, fornos de
indução, entre outros. As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético
para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de potência:

Potência Ativa: é aquela que é usada no equipamento para realizar trabalho, gerando
calor, luz, movimento, etc. É medida em kW (quilo Watts). A figura abaixo mostra uma
ilustração disto.

Potência Reativa: potência usada apenas para criar e manter os campos


eletromagnéticos das cargas indutivas, como motores de indução. Sua unidade de
medida é o kVAr (quilo Volt-Ampere Reativo). A figura seguinte ilustra esta definição.

Quando cargas indutivas são acionadas com alimentação por corrente alternada, ocorre
um fenômeno de defasagem entre as ondas da tensão e da corrente, causando o
surgimento da Potência Reativa. Esta defasagem é quantificada pelo chamado Fator de
Potência (FP).
Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a
potência reativa, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de
alimentação, ocupando um espaço no sistema elétrico que poderia ser utilizado
para fornecer mais energia ativa.
Definição: O Fator de Potência (FP)
é a razão entre a potência ativa e a
potência aparente. Ele indica a
eficiência do uso da energia. Um
alto fator de potência indica uma
eficiência alta e inversamente, um
fator de potência baixo indica baixa
eficiência energética. Um triângulo
retângulo é frequentemente utilizado para representar as relações entre kW, kvar e kVA,
conforme a Fig. 3.

Potência Aparente: é a potência instantânea medida multiplicando a tensão pela


corrente, medida em kVA (quilo Volt-Ampere)

Uma analogia muito usada para compreender melhor a relação entre as potências é um
copo de cerveja com colarinho. Pode-se dizer que a Potência Aparente é a altura inteira
do copo. Essa é a potência que se mede com os medidores convencionais. A Potência
Reativa é a espuma, ou seja, ocupa espaço no copo mas não mata a sede; e a Potência
Ativa é o líquido, que é o mais importante e mata a sede, como mostra a imagem a
seguir:

Logo, de uma forma resumida, o Fator de Potência (FP) nada mais é que uma
medida de quanto da potência elétrica consumida está de fato sendo convertido em
trabalho útil.
Segundo a Legislação Brasileira o Fator de Potência mínimo permitido para as
contas de energia é de 0,92. Abaixo deste valor, a Concessionária deve cobrar multa na
fatura de energia sobre o consumo de Potência Reativa além dos 8% máximos
permitidos.
As principais cargas que causam baixo FP são lâmpadas fluorescentes, transformadores
em vazio (sem carga) ou com baixa carga e motores de indução (motores mais usados
na indústria).
A forma de compensar o baixo Fator de Potência é a instalação de bancos de
capacitores em paralelo na entrada de energia ou no próprio equipamento com carga
indutiva. Esses bancos introduzem na instalação uma carga capacitiva, que tem o efeito
contrário da carga indutiva. Isso compensa o baixo Fator de Potência e ajusta o valor
para mais próximo de 1, evitando as multas.

Conseqüências e Causas de um Baixo Fator de Potência / Perdas na Instalação


As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao
quadrado da corrente total (I2.R). Como essa corrente cresce com o excesso de
energia reativa, estabelece-se uma relação entre o incremento das perdas e o baixo
fator de potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e
equipamentos.

Quedas de Tensão
O aumento da corrente devido ao excesso de energia reativa leva a quedas de tensão
acentuadas, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a
sobrecarga em certos elementos da rede. As quedas de tensão podem provocar
ainda, a diminuição da intensidade luminosa das lâmpadas e aumento da corrente nos
motores.

Vantagens da Correção do Fator de Potência / Melhoria da Tensão


As desvantagens de tensões abaixo da nominal em qualquer sistema elétrico são
bastante conhecidas. Embora os capacitores elevem os níveis de tensão, é raramente
econômico instalá-los em estabelecimentos industriais apenas para esse fim. A melhoria
da tensão deve ser considerada como um benefício adicional dos capacitores. A tensão
em qualquer ponto de um circuito elétrico é igual a da fonte geradora menos a queda de
tensão até aquele ponto.
Vantagens da Empresa
Redução significativa do custo de energia elétrica;
Aumento da eficiência energética da empresa;
Melhoria da tensão;
Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra;
Aumento da vida útil das instalações e equipamentos;
Redução do efeito Joule;
Redução da corrente reativa na rede elétrica.

Vantagens da Concessionária
O bloco de potência reativa deixa de circular no sistema de transmissão e distribuição;
Evita as perdas pelo efeito Joule;
Aumenta a capacidade do sistema de transmissão e distribuição para conduzir o bloco
de potência ativa;
Aumenta a capacidade de geração com intuito de atender mais consumidores;
Diminui os custos de geração.

Definições
Potência: Capacidade de produzir trabalho na unidade de tempo;
Energia: Utilização da potência num intervalo de tempo;
Potência Ativa (kW): É a que realmente produz trabalho útil;
Energia Ativa (kWh): Uso da potência ativa num intervalo de tempo;
Potência Reativa (kvar): É a usada para criar o campo eletromagnético das cargas
indutivas;
Energia Reativa (kvarh): Uso da potência reativa num intervalo de tempo;
Potência Aparente (kVA):
Soma vetorial das potências ativa e
reativa, ou seja, é a potência total
absorvida pela instalação.
Fator de Potência: Razão
entre Potência Ativa e Potência
Aparente.
Aparelhos para testar e Aparelhos para medir Energia Elétrica
É muito importante ler com muita atenção o manual do aparelho antes da utilizá lo.
É através do manual do aparelho, que se pode ter as informações corretas de como
utilizá-lo com precisão e segurança, o que o aparelho pode ou não medir e em quais
condições. Deve ser feito aferições/calibrações no aparelho, seguindo as recomendações
do fabricante.
Sempre na utilização desses aparelhos, deve-se ter o cuidado de não fechar um curto-
circuito em circuitos energizados.
O aparelho deverá ser sempre bem acondicionado e ter cuidados no transporte e na
utilização.
Qualquer equipamento ou mesmo a fiação deste aparelho, pode danificar de uma hora
para outra. Com isso é importante conferir se o aparelho de medição ou teste está
funcionando ou não.
É recomendável que ao testar a existência de uma grandeza elétrica em um circuito
desenergizado, deve-se conferir em seguida, se o aparelho de medir/testar está
funcionando ou não, em um circuito que esteja energizado. Nesta condição pode-se
certificar que o aparelho está funcionando, ou não.
Em caso de dúvidas, deve-se repetir os testes, pois é importante que se tenha segurança
nas medições e testes das grandezas elétricas efetuadas.

Aparelhos de Teste
Os aparelhos de testes não medem os valores das
grandezas elétricas, testam simplesmente a existência
ou não, das mesmas. Podem, por exemplo, auxiliar na
identificação do fio Fase energizado de um circuito
elétrico.

Lâmpada Néon
Trata-se de uma lâmpada que tem a característica de acender quando um dos
seus terminais é posto em contato com um elemento energizado e outro é posto em
contato com o “terra”. Normalmente, é apresentada sob a forma de uma caneta ou
chave de parafusos, onde um dos terminais é a ponta da caneta (ou da chave) e o outro
faz o “terra” através do próprio corpo da pessoa.
Devido a grande resistência interna da lâmpada, a corrente circulante não
é suficiente para produzir a sensação de choque nas pessoas. Entretanto,
seu uso é restrito a circuito de baixa tensão, como nas instalações elétricas
residenciais.
A vantagem deste instrumento é o fato de indicar, de maneira simples, a
presença de tensão no local pesquisado: a lâmpada acende quando a
ponta do aparelho encosta no fio fase energizado. Quando se encosta no fio
neutro, não acende.
Existem alguns tipos de aparelhos com lâmpada de neon, com os
mesmos princípios de funcionamento, que possibilitam identificar também,
além do fio fase e o fio neutro, o valor aproximado da tensão, se é 127V,
220V ou 380Volts.

Importante: Não se deve usar uma lâmpada de néon individualmente (sem o


invólucro), pois ela poderá estourar, causando algum acidente.

Teste com uma Lâmpada


A identificação dos fios: fase (energizado) e o neutro, de uma instalação elétrica
interna, pode ser feita com uma lâmpada incandescente de 220 Volts, colocada em um
receptáculo com 2 fios terminais.
Um dos seus terminais é posto em contato com um dos fios que se deseja testar e o
outro terminal é posto em contato com um condutor devidamente aterrado (uma haste
de terra cravada no chão). Se a lâmpada acender, significa que o fio que se deseja
identificar é o fio Fase. Caso contrário, se a lâmpada permanecer apagada, significa que
o fio utilizado é o Neutro.

Atenção: a lâmpada incandescente a ser utilizada, tem que ser fabricada para a
tensão de 220 Volts, pois pode ser que os dois fios que deseja identificar, sejam fase-
fase (220 Volts) ou que o transformador que alimenta a instalação elétrica seja de 220
Volts entre fase e neutro. Daí, se a lâmpada for de 127 Volts, ela poderá estourar no
teste, provocando um acidente com a pessoa. É recomendável que a lâmpada esteja
protegida com um anteparo e poderá ser de uma potência baixa, por exemplo: 15 ou
25 Watts.

Lâmpada em “Série”
A Lâmpada em “Série” possibilita verificar a continuidade de um circuito ou
equipamento elétrico.
A lâmpada utilizada deve ser de baixa potência (15 Watts) a fim de limitar os valores
da corrente, evitando danos ao equipamento sob teste.
A lâmpada é colocada em série, com o equipamento a ser testado. Ao ligar o
aparelho, se a lâmpada acender, significa que o aparelho está com “continuidade”
(poderá não estar “queimado”) no circuito elétrico.

Aparelhos de Medição
Os aparelhos de medição são instrumentos que, através de escalas, gráficos ou dígitos,
fornecem os valores numéricos das grandezas que estão sendo medidas.
Como foi ressaltado anteriormente, é sempre preferível a utilização desses aparelhos, ao
invés dos aparelhos de teste.
Os aparelhos de medição, segundo a maneira de indicar os valores medidos, podem ser:

a) Indicadores: - são aparelhos que, através do movimento de um ponteiro em


uma escala ou de uma tela digital, fornecem os valores instantâneos das grandezas
medidas.

b) Registradores: - têm o princípio de funcionamento semelhante ao dos instrumentos


indicadores, sendo que, é adaptado à extremidade do ponteiro, uma pena, onde se coloca
tinta. Sob a pena corre uma tira de papel com graduação na escala conveniente. A
velocidade do papel é constante, através de um mecanismo de relojoaria.
Deste modo, tem-se os valores da grandeza medida a cada instante e durante o tempo
desejado.
Alguns instrumentos deste tipo utilizam um disco ao invés de tira (rolo) de papel, nesse
caso, o tempo da medição é limitado a uma volta do disco.

c) Integradores: - São aparelhos que somam os valores instantâneos e fornecem


a cada instante os resultados acumulados. O aparelho integrador pode ser de ponteiros
ou de ciclômetro ou dígitos. Um exemplo, são os medidores de energia elétrica das
residências.

Amperímetro e Voltímetro
O Amperímetro é utilizado para medir a corrente elétrica de um circuito e deve ser
ligado em série com a carga.
O Voltímetro é utilizado para medir a tensão elétrica de um circuito e deve ser
ligado em paralelo com a carga.
Wattímetro
A medição de potência elétrica (W) é feita por um aparelho, o Wattímetro, que
associa as funções do Voltímetro e do Amperímetro. No Wattímetro, é indicado o
terminal comum que deve ser ligado ao lado da carga.

ALICATE VOLTÍMETRO AMPERÍMETRO

Alicate Amperímetro
Criado a princípio como uma ferramenta de teste de objetivo único para eletricistas, o
Alicate Amperímetro é um testador elétrico que combina um voltímetro (unidade
de medida da tensão - volts) com um medidor de corrente (alternada - CA; contínua
- CC) do tipo alicate.
Além destas unidades de medição, os modelos mais atuais podem medir a resistência
em OHM (ohmímetro) dos equipamentos. A troca das escalas de mediação ocorre
através da chave seletora central e, dependendo do equipamento, a faixa de seleção pode
ser manual ou automática.

Função Voltimetro
Para medir a tensão, esse equipamento possui dois terminais (bornes) nos quais são
conectados as pontas de prova, um vermelho (tensão e corrente) e outro preto (comum),
que serão colocados em paralelo com o local a ser medido.
Por exemplo, com essa função você pode medir qual é a tensão de uma tomada ou de uma
corrente contínua de uma bateria ou pilha.

Função Amperimetro
Para medir a corrente elétrica em uma fiação, utilizamos o alicate. Esse acessório
medirá a intensidade da corrente elétrica em amperes, cuja a qual, estará alimentando
um equipamento, podendo ele ser um motor, painel elétrico de uma casa ou indústria,
sempre prestando atenção aos limites do equipamento.
Atenção: nunca faça a medição com mais de um condutor elétrico, pois você não terá o
resultado correto. Realize o teste com os cabos elétricos separados.

Função Ohmimetro
Serve para medir a resistência (ohm) de um motor de um refrigerador, máquina de
lavar, Ar Condicionado, entre outros equipamentos. Uma das características desta
função é o sinal sonoro produzido no momento da medição.
Por exemplo, quando os cabos elétricos estão em perfeitas condições, ao utilizar as
pontas de testes para realizar a medição, um sinal sonoro será produzido. Caso o cabo
esteja danificado (rompido, por exemplo) o sinal não é disparado.
DICAS DE SEGURANÇA
• Não utilizar o amperímetro em objetos com alto nível de tensão. Fique atento a
especificação de cada aparelho e a sua necessidade no trabalho.
• Fique atento a Categoria do produto (CAT I, II, III ou IV). A sua segurança depende
da escolha certa.
• Use os equipamentos de proteção corretos. Sempre utilize óculos de proteção e
luvas de borracha específicas (que ofereça proteção contra circuitos energizados).

Megôhmetro
O Megôhmetro é um gerador de corrente continua (instrumento de
medição do fluxo de corrente elétrica). É utilizado para a medir altas
resistências. Servem para identificar (teste de isolamento), a
integridade dos enrolamentos ou cabos em motores de
transformadores e de mecanismos de distribuição e instalações
elétricas.
O aparelho é capaz de indicar possíveis pontos de fuga de corrente
elétrica.

Principo de Funcionamento
Seu principio de funcionamento consiste em geração e aplicação de uma tensão que
pode variar de 500 até 15000V em um equipamento. A partir da geração e aplicação de
tensão elétrica, a principal função desse instrumento é medir valores elevados de
resistência (a resistência é a oposição de um corpo à corrente elétrica que passa por ele),
fazendo então a leitura do fluxo de corrente entre as duas partes do equipamento (ex. a
carcaça do motor e seu bobinado).
O tempo para medir a isolação de um motor é de 15s, com esse tempo podemos
verificar as condições do bobinado do motor.

Megômetro: Teste de isolação


É importante entender como todo o processo
ocorre e como identificar possíveis problemas
nas correntes testadas. Entenda, passo a passo,
como é feita a medição utilizando este aparelho.

1. O primeiro passo é se certificar de que a


alimentação elétrica dos fios ou circuitos que
você vai utilizar estão desligadas. Isso garante
que não exista qualquer tensão e a segurança seja
mantida!
2. Após, conecte um dos bornes do megômetro ao
quadro elétrico ou ao fio terra do sistema elétrico
que você irá testar. Para o teste em motor, o cabo deve ser ligado à estrutura de
metal deste.
3. Conecte o outro borne do megômetro na extremidade do fio de cobre que esteja sem
revestimento. Se for o caso do motor, conecte a um dos terminais de alimentação
trifásica do motor.
4. Ligar o aparelho, selecionar a escala da tensão a ser aplicada e pressionar o botão liga
(start). Se for analógico, movimentar a manivela. O teste deve gerar a alta tensão em
um tempo de 2 a 5 segundos.
5. Por fim, se faz a análise de resistência de
isolamento com base na leitura do
aparelho. Leituras de resistência que
apontem valores menores a 1,5 megaomhs,
demonstram que há algum problema nos
fios ou no motor que foi testado. A
resistência de isolamento ideal tem valores
acima de 999 megaomhs.

Multímetro
Destinado a medir e avaliar grandezas elétricas, um Multímetro ou Multiteste
(Multimeter ou DMM – digital multi meter em inglês) é um instrumento que pode ter
mostrador analógico (de ponteiro) ou digital.
Um multímetro é um aparelho utilizado para medir grandezas elétricas:

- Corrente Elétrica (Amperes)


- Tensão Elétrica (Volts);
- Resistência elétrica (Ohms)
- Frequência (Hertz)
- Capacitância (Microfarads)
- Temperatura (Graus Celsius)

Como usar um multímetro básico?


Aqui vamos explicar como funciona o multímetro
TRDT830B da marca RONTEK. É um multímetro
básico, de baixíssimo custo e que permite medir:

- Tensão Elétrica (volts) em corrente contínua e


alternada;
- Resistência elétrica (ohms);
- Corrente Elétrica (ampéres) em corrente contínua.

Este multímetro tem 3 partes:


- Display (Visor)
- Chave Seletora
- Bornes onde são conectadas as Pontas de Prova
(Ponteiras)

O display é onde são mostrados os resultados das


medidas.
A maioria dos multímetros possui 3 ½ ou 4 ½ dígitos. O ½ dígito é usado para mostrar o
sinal da medida ( + ou - )

A chave seletora serve para selecionar a função que se quer utilizar.


O multímetro é desligado, escolhendo-se a posição correspondente na chave seletora.

Deve-se selecionar a escala imediatamente superior ao valor esperado da grandeza que


se quer medir.
Por exemplo, se você quer medir a tensão numa tomada, e espera que o valor esteja em
torno de 220 volts, deverá selecionar a escala imediatamente superior a esse valor, ou
seja, 750 volts (tensão alternada)

O multímetro vem acompanhado por duas


pontas de prova ou ponteiras sendo uma na cor
vermelha, normalmente usada na polaridade
positiva e outra na cor preta, normalmente
usada na polaridade negativa.

O multímetro possui 3 bornes de conexão para as


ponteiras, que devem ser utilizados conforme a
grandeza que se deseja medir.
A ponta de prova preta deve ser ligada sempre ao borne COM (Terra/Negativo) e a
ponta de prova vermelha deve ser ligada ao borne do meio..
A ponta de prova vermelha deve ser ligada sempre ao borne do meio, exceto quando se
deseja medir corrente contínua acima de 200 mili-ampéres.
Quando se deseja medir corrente contínua acima de 200 mili-ampéres, deve-se conectar
a ponta de prova vermelha no borne de cima.
Depois de conectar as pontas de prova aos bornes adequados é necessário colocar a
chave seletora na posição adequada.

Como medir a tensão elétrica numa tomada


de 127V?
- Ponteira vermelha no borne do meio
- Ponteira preta no borne COM
- Colocar a chave seletora na posição 750 volts
tensão alternada.

Se a tomada é de 127 volts pode-se usar também


a escala de 200 V.
Se você não tem certeza qual é a tensão da
tomada, usar a escala de maior valor, ou seja,
750 volts.
Como medir uma resistência elétrica,
por exemplo, 33 ohms?

- Ponteira vermelha no borne do meio


- Ponteira preta no borne COM
- Chave seletora na posição 200 Ohms
- Resistência

Caso você não saiba o valor da


resistência, colocar a chave seletora na
escala de maior valor 2000K ( 2 mega-
ohms ).
Vá deslocando a chave seletora para
escalas de menor valor, até obter a
leitura com maior numero de dígitos
possível antes do ponto decimal.

Como saber se um fio está


interrompido?

- Ponteira vermelha no borne do meio


- Ponteira preta no borne COM
- Chave seletora na posição -
Continuidade

A resistência de um fio elétrico é


bastante baixa. Se o fio não está
interrompido, deve-se obter um valor de
resistência bem baixo, da ordem de
alguns ohms.
Caso o fio esteja interrompido, a
resistência elétrica é muito alta da ordem de alguns mega-ohms.
Se o fio estiver interrompido valor obtido no multímetro será 1 no primeiro digito da
esquerda e os demais dígitos apagados.
Esse valor aparece no display sempre que o valor medido é superior ao limite máximo
permitido pela escala.
Medidor de Energia Elétrica

O medidor monofásico do consumo


energia elétrica (kWh) compõe-se
de duas bobinas: uma de tensão,
ligada em paralelo com a carga e
uma de corrente, ligada em série
com a carga. As duas bobinas são
enroladas sobre o mesmo núcleo de
ferro.
Um disco colocado junto ao núcleo,
que por força dos campos
magnéticos
formados (da tensão e da corrente),
quando a carga está ligada, passa a
girar com velocidade proporcional à
energia consumida. Através de um sistema de engrenagens, a rotação do disco é
transportada a um mecanismo integrador.
No medidor de consumo energia elétrica (kWh), o valor da energia relativa a um
certo período de tempo a ser medida, corresponde à diferença entre as duas leituras
realizadas, uma no final e outra no início do respectivo período. A leitura destes
medidores é feita seguindo a seqüência natural dos algarismos, ou seja, se forem quatro
ou cinco ponteiros, ou quatro ou cinco janelas, o primeiro à esquerda indica os milhares,
o segundo as centenas e assim por diante.
Deve-se ter cuidado ao fazer uma leitura nos medidores de ponteiro, pois cada ponteiro
gira em sentido inverso ao de seus vizinhos.

Nota: Ao ler os valores de energia em um medidor de kWh, o número que se deve


considerar é aquele pelo qual o ponteiro acabou de passar, isto é, quando o ponteiro está
entre dois números, considera-se o número de menor valor.
Para se efetuar a leitura, deve-se iniciar pelo primeiro ponteiro a direita.
Iluminação
Os aparelhos de Iluminação- Lâmpadas, Luminárias, Reatores, etc, estão
em constante evolução, surgindo a cada dia equipamentos mais
eficientes. É importante sempre utilizar os aparelhos de iluminação mais
eficientes.

Conceitos sobre Grandezas Fotométricas


É necessário conhecer alguns conceitos de Grandezas Fotométricas das
características das lâmpadas que serão definidas a seguir, pois serão
muito importantes para a escolha das lâmpadas adequadas.

Fluxo luminoso (Φ)


O fluxo luminoso e a quantidade de claridade (luz)
emitida por uma fonte
luminosa, considerada igual em todas as direcoes. Ele e
um dado caracteristico
da lampada que nos fornece a percepcao de que ela e
forte ou fraca.
A unidade de medidada do fluxo luminoso: lumen
(lm). Lampada forte emite muitos
lumens, lampada fraca, poucos lumens.

Lâmpada incandescente emitindo seu fluxo luminoso

Os lumens emitidos por uma lampada dependem da tensao de funcionamento


da rede eletrica. Uma lampada incandescente de 100 W/127 V emite cerca de
1500 lumens que aumentam para tensoes maiores ou diminuem para tensoes
menores.

Eficiência Luminosa: é a razão entre o Fluxo Luminoso emitido e a Potência


Elétrica absorvida. Esta relação expressa o rendimento de uma lâmpada. Quanto
maior for a Eficiência Luminosa, mais vantajosa e econômica será a lâmpada, isto é,
gasta-se menos Watts para iluminar uma determinada area. A unidade de medida da
Eficiência Luminosa é Lúmen por Watt (lm/W).
Fazendo uma analogia com a hidráulica pode-se ter: é a relação entre a quantidade de
água que sai de uma bomba indo até uma determinada altura e a potência elétrica
necessária para isso.

Temperatura de Cor (K): A iluminação com um tom mais avermelhado, é


denominada de luz “quente”. Se o tom é mais azulado, a iluminação é denominada de
luz “fria”.
Do nascer, ao por do sol, poderá ter todas as variações de iluminação: do avermelhado
ao azul. Essas variações são as Temperaturas de Cor.
A Temperatura de Cor é medida em graus Kelvin (K). Quanto maior for o
número, mais fria é a cor da lâmpada. Por exemplo: uma lâmpada de temperatura de
cor de 2.700 K tem tonalidade quente, uma de 6.500 K tem tonalidade fria. O
recomendável para uma residência, é que a iluminação varie entre 2.700 K e 5.000 K,
de acordo com o tipo de ambiente. Nos quartos, por exemplo, a iluminação mais
“quente”, poderá tornar o ambiente mais aconchegante. Existem no mercado diversos
tipos de lâmpadas com diversas Temperaturas de Cor.

Índice de Reprodução de Cor (IRC): Quanto mais próximo for esse índice de 100,
mais eficiente será a reprodução de cor, da lâmpada. A cor vermelha será enxergada
vermelha e a cor branca, será vista branca, como por exemplo.
Em uma residência, é recomendável que se utilize lâmpadas com IRC acima de 80, de
modo a ter uma boa reprodução de cores.

Nota: O Índice de Reprodução de Cor de uma lâmpada, para reproduzir corretamente as


cores (IRC) independe de sua Temperatura de Cor (K). Poderá existir um tipo de
lâmpada com mais de Temperatura de Cor diferente, mas com o mesmo IRC.

Tipos de Lâmpadas mais usuais em Residências

a) Incandescentes
As Lâmpadas Incandescentes são os tipos mais utilizados nas residências, apesar de
ter uma baixa Eficiência Luminosa (lm/W). Elas produzem luz pelo aquecimento, a
uma temperatura muito alta, de um filamento de tungstênio, quando passa uma
corrente elétrica. Cerca de 80 % da energia elétrica (kWh) consumida é
transformada em calor, sendo que apenas 15 %, gera luz.
Alguns tipos dessas lâmpadas, podem ser utilizadas com o Interruptor tipo “dimmer”.

Os tipos mais comuns de Lâmpadas Incandescentes, são:


• Incandescente comum: é a mais usual nas residências. As lâmpadas incandescentes
comuns quando fabricadas para funcionarem na tensão de 124 Volts, terão uma
vida média em torno de 1.000 horas. Se esta lâmpada funcionar em 127 Volts, a
vida média cai para em torno de 750 horas.
As lâmpadas incandescentes comuns quando fabricadas para funcionarem na tensão de
220 Volts, terão uma vida média em torno de 1.000 horas.

Nota: Na embalagem de uma lâmpada incandescente, está discriminado aos valores de


tensão de funcionamento, com a respectiva vida média.

Essas Lâmpadas podem ter o bulbo em diversas formas e cores, sendo que cada tipo de
lâmpada tem uma aplicação própria.
A Temperatura de Cor das lâmpadas incandescentes comuns é em torno de 2.700K.
O funcionamento dessas lâmpadas pode ser feito através de “dimmers” A tensão e a
potência destas lâmpadas podem ser identificadas conforme desenho a seguir:

As potências mais usuais das lâmpadas incandescentes para uso doméstico, nas diversas
tensões, são de 40, 60, 100 e 150 watts.
• Lâmpadas Halógenas: são lâmpadas incandescentes construídas num tubo de
quartzo com vapor de metal halógeno no bulbo, o que permite ao filamento
atingir temperaturas mais elevadas, sem diminuição da vida útil, resultando em
eficiência luminosa maior do que a das incandescentes comuns.

São usadas principalmente para destacar algum objeto,


quadros, etc.
A vida média destas lâmpadas, dependendo do tipo, pode
ser de 2.000 ou 4.000 horas.
Elas são utilizadas diretamente na Baixa Tensão de 127
ou 220 Volts, nas potências de 50, 75, 90 Watts.

Utilizadas com um dispositivo auxiliar (transformador


abaixador de tensão), pois a tensão na lâmpada é de 12 Volts, nas potências de 20 e 50
Watts. Essas lâmpadas são de dimensões reduzidas e normalmente necessitam de
luminária especial para a sua fixação.

b) Lâmpadas Fluorescentes
São lâmpadas que utilizam descarga elétrica através de um gás. Consistem em um
bulbo cilíndrico de vidro revestido de material fluorescente (cristais de fósforo),
contendo vapor de mercúrio a baixa pressão em seu interior e portando em suas
extremidades, eletrodos de tungstênio.
A Temperatura de Cor pode ter diversas tonalidades, dependendo do fabricante. Dessa
forma, conforme a finalidade, deverá ser usada a lâmpada com a Temperatura de Cor
adequada.
As lâmpadas fluorescentes emitem menos calor e iluminam mais, se comparadas com as
lâmpadas incandescentes comuns. Os tipos mais usados na residência as Lâmpadas
Fluorescentes Tubulares e as Lâmpadas Fluorescentes Compactas.

Nota: Deve-se evitar o liga/desliga desnecessário dessas lâmpadas, pois elas queimam
mais rapidamente.

Essas lâmpadas fluorescentes necessitam para funcionar de um equipamento auxiliar,


denominado de Reator. Ele é necessário para produzir a sobretensão necessária ao
início da descarga e para limitar a corrente.

Existem reatores dos seguintes tipos: Convencional, o de Partida Rápida e o Eletrônico.

• Reator do tipo Convencional é magnético


e necessita de um dispositivo auxiliar
denominado de “Starter”. É usado para
ligar e desligar os eletrodos da lâmpada.
• Reator do tipo Partida Rápida é também magnético. A lâmpada fluorescente é
acesa mais rapidamente, do que quando é utilizado
o reator tipo convencional.
• Reator do tipo Eletrônico é muito eficiente. O
acendimento da lâmpada fluorescente, é quase de
imediato.

O funcionamento dessas lâmpadas pode ser feito


através de “dimmers” especiais e com reatores
eletrônicos que podem ser utilizados com esses
“dimmers” especiais.
O funcionamento de uma Lâmpada Fluorescente, com um Reator do tipo Convencional,
com o diagrama a seguir, é da seguinte forma:

Starter

Lâmpada

Filamento Filamento

Reator Interruptor

Ao ser fechado o interruptor S, o “Starter” fecha e abre rapidamente. Quando ele está
fechado os filamentos são aquecidos ionizando o vapor de mercúrio (gás) existente
dentro do tubo e ao abrir é dada a partida na lâmpada, ou seja, passa a circular corrente
entre os filamentos e a lâmpada emite a luz. Depois que a lâmpada está acesa, “pode- se
retirar” o “Starter” do circuito, uma vez que não circula corrente pelo mesmo.
O Reator tem a função de provocar uma sobretensão durante a partida e depois
evitar que a corrente atinja valores elevados.
A função do capacitor ligado em paralelo com o “Starter” é evitar o faiscamento
entre seus terminais durante a partida.
Devido as grandes vantagens da iluminação fluorescente, como maior rendimento
luminoso, menor perda em forma de calor, luz mais branca, etc, as Lâmpadas
Fluorescentes Tubulares são muito utilizadas, principalmente nas áreas copa,
cozinha, área de serviço, etc, de uma residência. Nestes locais é melhor utilizar
Lâmpadas Fluorescentes Tubulares, pois elas duram e iluminam mais do que as
incandescentes.
Uma Lâmpada Fluorescente tem uma vida média de até 7.500 horas, ou seja, dura
cerca de 7,5 vezes mais que a incandescente. Inicialmente tem-se um gasto maior, mas,
em compensação, não é necessário trocá-la tantas vezes, além disso economiza energia
elétrica e, portanto, reduz o valor da Fatura de Energia Elétrica.
Existe um tipo de lâmpada fluorescente especial, que são mais eficientes do que as
lâmpadas fluorescentes tradicionais. Elas têm o tubo mais fino e de menor comprimento
e duram cerca de 16.000 horas. Ela utiliza para o seu funcionamento, um tipo de reator
eletrônico especial.
As Lâmpadas Fluorescentes Compactas são mais utilizadas nos restantes dos
cômodos da residência, tais como: Sala, Quartos, Corredores, etc.
Estas Lâmpadas são de pequenas dimensões e de baixa potência, variando de 5 a 26
Watts, encontrando-se nos mais diversos tipos e modelos. A vida média pode variar
de 3.000 a 8.000 horas, dependendo o modelo ou do fabricante.
As mais práticas são aquelas com reator acoplado com a lâmpada, pois normalmente, a
depender do tipo de luminária, substituem diretamente uma lâmpada incandescente. O
Reator pode ser eletrônico ou magnético.
Apesar das lâmpadas fluorescentes compactas serem mais caras que as incandescentes,
elas são bem mais econômicas e sua utilização se justifica quando são utilizadas por
mais de 3 horas por dia.

Lâmpada de Vapor Metálico


As lâmpadas de vapor metálico surgiram de uma evolução das
lâmpadas de mercúrio. A diferença entre as duas lâmpadas consiste
em adicionar uma mistura de metais no tubo de descarga da lâmpada,
esses metais adicionados são índio, tálio e sódio, juntos eles
proporcionaram uma melhora significativa na emissão de cores
através do fluxo luminoso da lâmpada.
As lâmpadas de vapor metálico proporcionam um fluxo luminoso de
excelente reprodução de cores, sendo assim, consegue iluminar o
ambiente com grande qualidade, muito superior às lâmpadas de
mercúrio.
Hoje no mercado podemos encontrar no as lâmpadas de vapor
metálico com variadas potências de 400 W a 2.000W.

Aplicações da Lâmpada de Vapor Metálico


As lâmpadas de vapor metálico, por possuírem um excelente fluxo luminoso, são
indicadas para aplicações em áreas de pátios e estacionamentos, também são
utilizadas para iluminação pública e áreas abertas, além de quadras esportivas,
campos de futebol e galpões destinados à exposição ou em áreas onde-se requer uma
excelente resolução de imagem.
Sua aplicação também é muito utilizada em áreas indústrias, onde é necessário um
controle visual de produção para garantir a qualidade.,

Funcionamento das lâmpadas de vapor metálico


As lâmpadas de vapor metálico são constituídas de um pequeno tubo de quartzo onde
geralmente são instalados nas extremidades dois eletrodos principais e um elétrodo
auxiliar, eles são ligados em série em uma resistência de um valor elevado.
Dentro do tubo é colocada à mistura de metais, juntamente com algumas gotas de
mercúrio, também é inserido algum gás inerte geralmente argônio, para facilitar a
formação da descarga inicial.
Quando aplicamos uma tensão aos terminais da lâmpada a vapor metálico, cria-se um
campo elétrico entre os elétrodos auxiliar e o principal, o que provoca a formação de um
arco elétrico entre os mesmos, por sua vez o calor emitido do arco elétrico aquece as
substâncias emissoras de luz, resultando na ionização do gás e consequentemente a
formação do vapor metálico na lâmpada.
Lampada Vapor de Sodio
Lâmpada de vapor de sódio é a designação dada
a um tipo de lâmpada em meio gasoso que utiliza
um plasma de vapor de sódio para produzir luz.
Lâmpadas de vapor de sódio emitem uma luz
quase perfeitamente monocromática. O resultado
deste monocromatismo é os objetos iluminados
adquirirem uma luminosidade incomum e cores
dificilmente distinguíveis, resultado da reflexão
da pequena largura de banda de luz amarelada
emitida pela lâmpada.
A eficiência de produção de luz das lâmpadas de
vapor de sódio faz delas uma ótima escolha quando
se pretende iluminar com um mínimo de consumo energético, mas a sua estreita banda
de emissão apenas permite o seu uso para iluminação exterior e para iluminação de
segurança em circunstâncias em que a distinção das cores não seja importante.
São constituídas de um tubo de descarga, contendo um excesso de sódio que
vaporiza durante o período de acendimento em condições de saturação. É utilizado o gás
de xenônio em alta pressão, para se obter uma baixa tensão de ignição.
São lâmpadas que proporcionam maior eficiência, e, portanto maior economia
para Iluminação Industrial.
Com os formatos Ovóide ou Tubular entre os mais comuns e em várias potências
disponíveis, de 70 a 400W.

Aplicações:
Com aparência de cor branco-dourada, são ideais para iluminação de grandes
avenidas, estradas, túneis, pontes, fachadas, monumentos, pátios e terminais de
transporte, entre outras aplicações.

Lâmpadas LED
LED (Light Emitting Diode) é um componente eletrônico
que gera luz com baixo consumo. As lâmpadas LED
necessitam de uma menor quantidade de potencia para gerar o
mesmo fluxo luminoso de uma lâmpada incandescente, e não
utiliza reator. Estes são alguns dos benefícios que as lâmpadas
LED apresentam:

• Qualidade de luz visivelmente confortável;


• Baixa geração de calor;
• Não emite raios ultravioleta e infravermelho;
• Possibilidade de troca de lâmpada incandescente por
LED, pois as bases das lâmpadas são do mesmo
tamanho;
• Economia de até 80% em comparação com as lâmpadas incandescente
• Maior durabilidade em comparação com outras lâmpadas;
• Fácil descarte e reciclagem por não conter chumbo ou mercúrio;

Como as lâmpadas LED funcionam


Diferente das lâmpadas comuns, as lâmpadas LED não possuem filamento, o que faz
com que elas durem mais por não produzirem tanto calor quanto as lâmpadas que usam
estes filamentos. Por dentro dessa lâmpada existe uma fita de LED que produz luz
quando por ela é percorrido energia elétrica.
Existe também um circuito eletrônico que ajusta a tensão para 12 V, que é o necessário
para funcionamento da lâmpada.

Modelos de lâmpadas LED


Existem modelos como tipo tubular, bolinha, bulbo, milho,
vela e rosca. Estas variações são para facilitar a troca de
lâmpadas mais comuns por estas, que estão tomando espaço
no mercado, atendo as necessidades do consumidor. Mas a
maior vantagem continua sendo a economia e durabilidade

Comparação entre as lâmpadas


Uma lâmpada LED de 3 W, por exemplo, pode substituir uma lâmpada fluorescente de
6 W e uma incandescente de 20 W por ser mais eficiente, além da grande durabilidade
que chega até 25 mil horas. Ao usar uma lâmpada LED os benefícios não se restringem
apenas a quem consume, mas também ao meio ambiente. A constituição das lâmpadas
LED é 95% feita de materiais reciclagens, o que torna o descarte desta lâmpada fácil,
além de que por ela não emitir calor, reduz os gastos com ar condicionado. A estimativa
é que futuramente as lâmpadas LED estejam presentes nas residências para que os
benefícios sejam vistos a longo e médio prazo.
Chaves Seccionadoras
São dispositivos destinados a realizar
manobras de seccionar e isolar um
circuito elétrico.
Em condições normais e com seus
contatos fechados, elas devem manter a
condução de sua corrente nominal,
inclusive de curto-circuito até a abertura
do disjuntor, sem sobreaquecimento.
Basicamente a seccionadora é uma
extensão do condutor que, se desloca
quando acionado, abrindo e fechando
através dos contatos fixo e móvel.
Seccionadores são dispositivo de
manobra que assegura, na posição aberta,
uma distância de isolamento que satisfaz requisitos de segurança. A finalidade principal
dessa abertura é a manutenção da instalação desligada. A chave seccionadora deve
suportar, com margem de segurança, a tensão e corrente nominais da instalação.
A seccionadora tem, por norma, seu estado ligado ou desligado visível externamente
com clareza e segurança. Esse dispositivo de comando é construído de modo a ser
impossível que se ligue (feche) por vibrações ou choques mecânicos, só podendo
portanto ser ligado ou desligado pelos meios apropriados para tais manobras. No caso
de chave seccionadora tripolar, esta deve garantir o desligamento simultâneo das três
fases.

Seccionador Fusível
Este tipo de seccionador se compõe do
dispositivo de comando propriamente
dito, que é igual à chave-faca, e de um
conjunto de fusíveis, um por pólo
normalmente associado á própria parte
móvel da chave
Os seccionadores fusíveis são bastante
práticos, pois associam em um só
elemento a função de cortando sem carga,
com a de proteção contra curto-circuito, e
a própria condição abertura pré-via do
sistema antes de troca do fusível é feita
manualmente, no ato da abertura do seccionador para as troca do fusível queimado.
Os seccionadores não possuem mecanismo de desligamento rápido (mola) atuando
sobre seus contatos. A velocidade de abertura depende exclusiva-mente do operador
(Sendo essa a causa principal da indefinição da sua capacidade de ruptura). Ao se
abrirem os contatos por onde circule corrente de uma certa intensidade (circuito com
carga) com velocidade baixa. O meio gasoso que se interpõe entre os contatos, vai-se
ionizando sucessivamente, criando um caminho de baixa resistência elétrica por onde se
desenvolve o arco voltaico. Este, persistindo, permite o fluxo de corrente pelo circuito,
mesmo com as facas abertas , provocando a fusão dos contatos e vaporizando-os sob
forte explosão.
Eletrodutos

Eletrodutos e Quadros de Distribuição em


Instalações Prediais
Eletrodutos, também conhecidos como
conduítes, são responsáveis
pela proteção da fiação elétrica contra
certas influências externas (ex. choques
mecânicos, agentes químicos, etc.), de
uma construção, seja de uma casa, uma
empresa ou indústria.
Além disso, eles também protegem o
ambiente externo (o seu ambiente) de
possíveis incêndios, que podem ser
causados pela falta de isolamento da
eletricidade ou durante um curto-circuito, por exemplo.
São tubos que abrigam os condutores (fios e cabos elétricos), e ficam escondidos
dentro das paredes ou pisos, podendo ficar visíveis em alguns casos.
Os Eletrodutos tem como função de ser o percurso pelo qual os fios e cabos serão
instalados para interligarem os componentes elétricos da instalação.
Os eletrodutos, que, em função do material usado podem ser metálicos ou isolantes
(plástico), classificam-se, segundo a IEC, em rígidos, curváveis, transversalmente
elásticos e flexíveis. Os rígidos são mais indicados para lajes e superfícies concretadas.
Na maior parte das instalações os mais usados são os flexíveis, justamente por serem de
mais fácil instalação; porém, deve-se evitar executar curvas com ângulos muito
fechados pois podem impedir a passagem dos fios ou cabos.
O PVC é usado na fabricação de eletrodutos flexíveis e rígidos. Possui propriedades de
isolação térmica, elétrica e à umidade, além de ser um material antichama quando
formulado adequadamente.

1. Nos eletrodutos só devem ser


instalados condutores isolados, cabos
unipolares ou cabos multipolares,
admitindo-se a utilização de condutor nu
em eletroduto isolante exclusivo, quando
tal condutor destinar-se a aterramento.
Um cuidado importante que se deve
tomar é não carregar demais a quantidade
de fios e cabos dentro de um conduíte ou
eletroduto.
2. As dimensões internas dos eletrodutos
e respectivos acessórios de ligação
devem permitir instalar e retirar
facilmente os condutores ou cabos após a instalação dos eletrodutos e acessórios. Para
isso, é necessário que: a taxa máxima de ocupação em relação à área da seção
transversal dos eletrodutos não seja superior a 40% no caso de três condutores ou cabos
e que não haja trechos contínuos (sem interposição de caixas ou equipamentos)
retilíneos de tubulação maiores que 15 m, sendo que, nos trechos com curvas, essa
distância deve ser reduzida de 3 m para cada curva de 90º.
3. Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas, entre extremidades, ou extremidade e
caixa, podem ser previstas no máximo três curvas de 90º ou seu equivalente até no
máximo 270º. Em nenhuma hipótese devem ser previstas curvas com deflexão superior
a 90º.

4. As curvas feitas diretamente nos


eletrodutos não devem reduzir
efetivamente seu diâmetro interno.
5. Devem ser empregadas caixas de
derivação: em todos os pontos de entrada
ou saída dos condutores da tubulação,
exceto nos pontos de transição ou
passagem de linhas abertas para linhas em
eletrodutos, os quais, nestes casos, devem
ser rematados com buchas; em todos os
pontos de emenda ou derivação de
condutores; para dividir a tubulação em
trechos não maiores do que o especificado em 2.b.
6. As caixas devem ser colocadas em lugares facilmente acessíveis e ser providas de
tampas. As caixas que contiverem interruptores, tomadas de corrente e congêneres
devem ser fechadas pelos espelhos que completam a instalação desses dispositivos. As
caixas de saída para alimentação de equipamentos podem ser fechadas pelas placas
destinadas à fixação desses equipamentos.

7. Os condutores devem formar trechos


contínuos entre as caixas de derivação; as
emendas e derivações devem ficar
colocadas dentro das caixas. Condutores
emendados ou cuja isolação tenha sido
danificada e recomposta com fita isolante
ou outro material não devem ser enfiados
em eletroduto.
8. Os eletrodutos embutidos em concreto
armado devem ser colocados de modo a
evitar deformação durante a concretagem,
devendo ainda ser fechadas as caixas e
bocas dos eletrodutos com peças apropriadas para impedir a entrada de argamassas ou
nata de concreto durante a concretagem.
9. As junções dos eletrodutos embutidos
devem ser efetuadas com auxílio de
acessórios estanques em relação aos
materiais de construção.
10. Os eletrodutos só devem ser cortados
perpendicularmente ao seu eixo. Deve ser
retirada toda rebarba susceptível de
danificar as isolações dos condutores.
11. Nas juntas de dilatação, os eletrodutos
rígidos devem ser seccionados, devendo
ser mantidas as características necessárias
à sua utilização (por exemplo, no caso de eletrodutos metálicos, a continuidade elétrica
deve ser sempre mantida).
13. Os condutores somente devem ser enfiados depois de estar completamente
terminada a rede de eletrodutos e concluídos todos serviços de construção que os
possam danificar. A enfiação só deve ser iniciada após a tubulação ser perfeitamente
limpa.
14. Para facilitar a enfiação dos condutores, podem ser utilizados: guias de puxamento
que, entretanto, só devem ser introduzidos no momento da enfiação dos condutores e
não durante a execução das tubulações, talco, parafina ou outros lubrificantes que não
prejudiquem a isolação dos condutores.
15. Só são admitidos em instalação aparente eletrodutos que não propaguem a chama.

Todas as instalações
elétricas de moradias e
comércios contam com um
ou mais quadros de
distribuição, sendo estes os
encarregados de alojar os
dispositivos de proteção,
segurança e de onde partem
os diferentes circuitos que
fornecem a energia elétrica
a toda a instalação.
A função destes dispositivos
de alta sensibilidade é
proporcionar uma proteção às
pessoas em caso de contato
com a energia elétrica; tanto
de forma direta com um
condutor vivo ou indireta, por
falha ou por derivar a uma
massa metálica alguma parte
ativa da instalação e ainda de
proteger os condutores contra
sobrecargas e curtos-
circuitos.
Nas moradias, o quadro de
distribuição normalmente
está localizado onde se concentra a maior quantidade de circuitos, com fácil acesso
para sua manobra. Nestes quadros são instalados os disjuntores termomagnéticos,
o interruptor diferencial e o disjuntor geral.
É necessário ter uma barra de conexão a terra conectada ao aterramento da
instalação.
Os quadros podem ser de diferentes tamanhos em função da quantidade de dispositivos
de proteção. As principais funções de um quadro de distribuição são:
• Distribuir a energia elétrica a diversos circuitos ou ramais, conforme as necessidades
do usuário;
• Proteger de maneira independente cada circuito ou ramal contra curtos-circuitos
e/ou sobrecargas;
• Prover a cada instalação elétrica de circuitos independentes para sua conexão ou
desconexão, sem que o outro circuito da mesma rede ou instalação seja afetado.

Os quadros são compostos pelos seguintes elementos:

1. Um disjuntor
termomagnético geral,
para proteção contra
sobrecarga e curto-
circuito.
2. Um interruptor
diferencial de alta
sensibilidade para
proteção contra contatos
indiretos.
3. Disjuntores
automáticos para
proteção contra
sobrecarga e curto-circuito, conforme a quantidade de circuitos a proteger como:
iluminação, tomadas, fogão elétrico, bombas de água, aquecedor de água, etc. Do
quadro de cada um destes dispositivos devem sair condutores para as diferentes cargas.
As seções dos condutores devem ser dimensionadas de acordo com a potência dos
aparelhos alimentados, respeitando a NBR 5410:2004.
4. Barramento de cobre eletrolítico de alta condutividade, devendo dimensionar-se com
o critério do nível de curto-circuito necessário. Estas barras são instaladas na estrutura
do quadro com isoladores auto-suportados. Podem ser nuas ou pintadas.
5. Barramento de cobre para aterramento, onde devem conectar-se os diferentes
condutores de proteção dos circuitos e o condutor de aterramento.

Nas figuras estão descritos


os circuitos de uma
instalação elétrica em um
quadro de distribuição.
Para selecionar um quadro
de uso residencial ou
comercial será necessário
levar em conta:
Quantidade de circuitos a
controlar, sendo suficiente
determinar a quantidade
de pólos dos dispositivos
de proteção, monofásicos
e trifásicos, e com este
valor ir às tabelas de
fabricantes onde
selecionamos o modelo e
tamanho. Em outros
casos, a seleção realiza-se definindo a quantidade de dispositivos monofásicos, bifásicos
e trifásicos, definindo depois nas tabelas o número de polos totais.
O tamanho dos disjuntores a utilizar, conforme a sua capacidade. Deixar espaço para reserva.
Tipos de Eletrodutos
Os eletrodutos podem ser classificados
de acordo com o seu material e com o
seu formato.
Em relação ao material utilizado em sua
fabricação, eles podem ser:
• Metálicos (magnéticos) - para
evitar corrosões a proteção desse
material é feita com cobertura de
esmalte, galvanização ou capa externa plástica, por exemplo.
• Isolantes (não magnéticos) - feitos de materiais como o PCV, que tem como
característica a isolação térmica, elétrica e à umidade, podendo ser também anti-
chamas (recomendado).
Já em relação ao formato, os tipos de eletrodutos mais comuns de se encontrar são
os rígidos e os flexíveis. Veja as características de cada um deles:

Eletroduto Rígido
Os eletrodutos rígidos podem ser fabricados
em tubos de aço galvanizados (material
metálico) ou em PVC (material isolante). Os
rígidos metálicos são mais comuns que os de
PVC e são esses modelos que normalmente
ficam aparentes na decoração de estilo
industrial.
Esse modelo de eletroduto (rígidos metálicos)
é mais utilizado em pisos, lajes e superfícies concretadas, uma vez que são bastante
resistentes à colisões externas. Também são usados em linhas subterrâneas, podendo
estar em contato direto com a terra ou envolto em concreto. São indicados tanto para
instalações elétricas residenciais, como para industriais. Por serem resistentes, eles
podem ser difíceis no manuseio para instalação, uma vez que não podem ser dobrados.
Os eletrodutos rígidos podem ser também soldável, roscável e em curva. O modelo
roscável, como o nome sugere, permite que você rosqueie um eletroduto ao outro,
é o mais recomendado para fazer a conexão entre eles. Acabam ainda sendo mais
resistentes que os soldáveis, em que é preciso basicamente encaixar um ao outro e usar
um tipo de adesivo (cola), para que eles permaneçam encaixados. Já os modelos em
curva permitem que os eletrodutos e condutores acompanhem a estrutura da construção
quando precisar.
Eletroduto Flexível Corrugado e Plano
Esse tipo de eletroduto pode ser
considerado o mais popular e usado na
maior parte das instalações. Normalmente
feito em PVC, é recomendado para ser
usado em paredes, pois devido à sua
flexibilidade é possível de ser curvado,
acompanhando facilmente a estrutura da
construção. Mesmo que o manuseio
do eletroduto flexível corrugado seja mais fácil do que o rígido, é preciso tomar cuidado
para não achatar esses eletrodutos, o que pode impedir a passagem da fiação!

Já o eletroduto flexível plano é “irmão” do


corrugado. Possui as mesmas características.
Enquanto o outro tem uma textura mais “enrugada”,
esse modelo tem a superfície interna e externa lisa,
semelhante a uma mangueira, o que pode
facilitar a passagem dos fios e cabos.

Instalação elétrica aparente e embutida


Na obra ou em projetos elétricos, com certeza você
já deve ter ouvido falar em: instalação aparente e
embutida.
Agora qual tipo de eletroduto usar em cada um desses tipos de instalação elétrica?

Eletroduto de polietileno flexível corrugado (cor amarelo): Usado geralmente em


instalações elétricas embutidas em alvenaria, laje ou no forro. Pode ser instalado em
ambientes residenciais e comerciais .

Eletroduto polietileno flexível corrugado reforçado (laranja): Usado geralmente em


instalações elétricas embutidas principalmente na laje ou no piso. Utilizado
principalmente em ambientes residenciais.

Eletroduto de Ferro Galvanizado: Usados geralmente em instalações elétricas


aparentes: galpões, industrias, estacionamentos, alguns ambientes comerciais. Possui
fabricação de curvas nos ângulos de 45º e 90º.
Eletroduto de PVC Rígido: Aplicações similares ao eletroduto de ferro galvanizado.
Sem necessidade de prever aterramento ao longo da instalação. Usado geralmente entre
forro e laje.

Eletroduto tipo PEAD (Polietileno de Alta Densidade): Vendido na cor preta, é


destinado para cabeamento subterrâneo de energia e telecomunicações. Geralmente
utilizado em industrias, ferrovias, rodovias, aeroportos, shopping centers (regiões onde
há grandes distâncias de alimentação de forma subterrânea).

Considerações Importantes
Não podemos esquecer das eletrocalhas que possuem basicamente a função de
transportar uma maior quantidade de cabos em instalações como: galpões, industrias,
aeroportos e ambientes comerciais em geral, onde há necessidade de readequações e
manutenções constantes.
Nota: Toda ou qualquer parte metálica de uma instalação elétrica deve ser aterrada,
logo, isto inclui: eletroduto de ferro galvanizado e eletrocalhas.

Cuidados no momento da compra


São dois os fatores mais importantes na escolha do modelo ideal para seu projeto.
Fique atento à curvatura que o seu projeto exige, ou seja, se os eletrodutos terão a
flexibilidade necessária para que não obstruam a passagem dos condutores elétricos –
não devem ser feitas curvas superiores a 90°. Além disso, leve em conta a resistência
deles contra impactos. Lembre-se: os tipos de eletrodutos com o melhor custo benefício
são aqueles que são os mais adequados para o seu projeto.
Ao encontrar o modelo mais adequado, não esqueça também de checar as características
básicas de segurança! Certifique-se de que o produto que você está comprando é
resistente ao calor e fogo, e se não apresenta fissuras visíveis. Cuidado também com
produtos muito baratos, aqueles abaixo da média, que podem sinalizar o uso de
materiais sem boas características de segurança. Na dúvida, opte por marcas já
consagradas no mercado.

Cuidados no momento da instalação


Dentro dos eletrodutos e conduítes devem ir apenas condutores isolados. Apenas em
caso de aterramento devem ser usados condutores nus, mas aí com eletrodutos isolantes.
Tome cuidado também para não exagerar na quantidade de cabos e fios que vão dentro
da tubulação. É possível instalar mais de um cabo no interior dos eletrodutos, mas o
ideal é que a taxa de ocupação em relação à sua área transversal não seja superior a:

53% preenchido no caso de 1 condutor


31% preenchido no caso de 2 condutores
40% preenchido no caso de três ou mais condutores, como você pode ver no exemplo:

Condulete
O condulete é uma caixa que tem como finalidade proteger os cabos elétricos e dar
acesso à algumas partes dos cabos que estão dentro de eletrodutos em instalações
elétricas. Os conduletes mais usados para a instalação são de sobrepor e de alumínio,
divididos em dois tipos, o fixo e o múltiplo.
• Conduletes fixos: tem um o local para encaixe dos eletrodutos na qual é fixo ao
corpo do condulete, portando deve-se usar conduletes diferentes de acordo com a
instalação que será feita. Podem ter dois tipos de encaixe para os eletrodutos, o
encaixe fixo sem rosca, na qual o encaixe é feito por parafuso e o encaixe fixo com
rosca, onde o próprio eletroduto vai rosqueado ao condulete.

Existem vários modelos de conduletes fixos, sendo eles, B, C, E, LB, LL, LR, T e X,
com tampas de diferentes aberturas de acesso a interruptores e tomadas e por diversas
conexões como luvas lisas e com rosca, redução, transição bolsa/rosca e curva de 90°,
todos disponíveis nos diâmetros ½” , ¾” , 1” indo até 4”.
- fixo tipo B é usado para finalização de uma tubulação com o condulete na posição
horizontal.
- fixo tipo E que também é usado para finalização de uma tubulação, porém com o
condulete na posição vertical.
- fixo tipo C tem 2 posições para encaixe de eletroduto.
- fixo LL tem 2 posições para encaixe de eletroduto formando um L para a esquerda.
- fixo LR tem 2 posições para encaixe de eletroduto formando um L, mas para a direita.
- fixo LB tem 2 posições para encaixe de eletroduto também formando um L, porém um
dos encaixes do eletroduto é na parte traseira do condulete.
- fixo T tem 3 posições para encaixe de eletroduto.
- fixo TB tem 3 posições para encaixe de eletroduto, mas um dos encaixes de eletroduto
é na parte traseira.
- fixo X tem 4 posições para encaixe de eletroduto.
Conduletes múltiplos: são mais prático de se utilizar, pois nele os encaixes para
eletrodutos não são fixos. Existem cinco furos com rosca onde é possível rosquear
conectores para colocação dos eletrodutos e para os furos que não forem ser usados,
existem os tampões. É indicado para projetos que preveem expansão futura, com
disponibilidade nos modelos X e L.

Acessórios
• Curvas
• Luvas

• Bucha e Arruela

2. Caixas estampadas
São caixas utilizadas para colocação de interruptores e tomadas. Servem ainda para
conter derivações e emendas e como caixas de passagem. Podem ser de 5x10cm (2x4
pol):

3. Caixa octogonal (ponto de luz)


São caixas próprias para a utilização como pontos de luz. Algumas delas possuem fundo
móvel, possibilitando a fixação de eletrodutos. Servem ainda como caixas de passagens
e para conter emendas e derivações.
Para Raios
Antes de abordarmos o “Para Raio” vamos entender como é formado o raio.

Formação dos raios


Uma nuvem eletrizada que esteja passando nas proximidades de um para-raios interage
com ele e provoca indução eletrostática. Cargas elétricas de sinal contrário ao da nuvem
são induzidas nas pontas metálicas do para-raios e um forte campo elétrico forma-se em
suas vizinhanças.
O campo elétrico fica cada vez mais intenso até ultrapassar a rigidez dielétrica do ar (3 x
106 V/m). Uma vez atingido o limite, o ar ioniza-se, formando um caminho condutor
até as nuvens. A partir desse momento, ocorrem as descargas elétricas.

O para-raios foi construído por Benjamin


Franklin. Um para-raios é uma haste metálica
pontiaguda, comumente de cobre, alumínio,
aço inoxidável ou aço galvanizado ligada ao
chão por meio de um fio terra. Em sua
extremidade superior existe uma coroa de
quatro pontas coberta por platina para
suportar o forte calor gerado pela descarga
elétrica.
A incidência das descargas elétricas pode causar
danos a estruturas, equipamentos e, até mesmo, a
pessoas e animais. Costumam ser posicionados
em lugares elevados, como no alto dos edifícios,
a fim de proteger-lhes dos possíveis danos
causados por raios.
A função básica de um para-raios é proporcionar um caminho seguro para
a descarga elétrica e proteger a estrutura de construções, como edifícios, casas,
etc., contra as descargas elétricas atmosféricas. Entretanto, eles não evitam a queima
de equipamentos domésticos, como computadores, televisores, aparelhos
eletrodomésticos, etc.
Os para-raios são conectados à terra por
fios condutores, que oferecem um
caminho de baixa resistência para
as descargas elétricas atmosféricas (raios).
Quando o fio está ligado à terra, o para-
raios faz com que a descarga seja
conduzida até o solo.
O objetivo do para-raios, entretanto, não é
o de atrair os raios para si, apenas oferecem
um caminho para chegar ao solo com
pouca resistividade de modo a produzir a
menor quantidade de danos
possível.
Como funcionam os para-raios
Em razão da enorme corrente elétrica transportada pelas descargas atmosféricas, os
para-raios e os fios que os ligam à terra devem ser feitos de metais condutores de baixa
resistência elétrica, como cobre ou o alumínio, uma vez que, ao serem atravessados por
grandes intensidades de corrente elétrica, os materiais dielétricos (isolantes elétricos),
que são dotados de alta resistência elétrica, sofrem enormes danos em razão do efeito
joule, podendo queimar ou até mesmo derreter.

O raio é uma descarga elétrica bem


visível que ocorre, principalmente, em
dias de tempestade. O raio acontece
quando a diferença de potencial entre
as nuvens ou mesmo entre as nuvens e
o solo é capaz de ionizar o ar, assim os
átomos do ar perdem elétrons dando
origem às descargas elétricas. Essas
descargas são muito perigosas, pois
tem alto poder de descarga elétrica,
podendo tanto queimar um
equipamento eletrônico como também
matar uma pessoa.
Benjamin Franklin foi o inventor do
para raios. Em um dia de chuva ele
empinou uma pipa que tinha em sua
ponta uma fita de cetim e uma chave
de metal. A consequência desse
experimento foi a formação de uma
faísca quando o raio atingiu a ponta da pipa.

O poder das pontas


Em um pára-raios eletricamente
carregado, as cargas elétricas se
localizam, em sua grande maioria, na
ponta, o que faz gerar um campo elétrico
mais intenso nessa região do que no
restante do pára-raios. Em razão desse
campo elétrico, surgem forças de repulsão
entre as cargas elétricas, fazendo com que
elas se empurrem até que algumas sejam
lançadas fora do condutor e fiquem livres
no meio ambiente.
Tipos de para-raios

 Para-raios de Franklin: são compostos de três hastes metálicas pontiagudas em


sua extremidade, ligadas a um fio condutor conectado ao solo. É o tipo de para-
raios mais usado em razão de sua grande eficiência em dissipar as descargas
elétricas para o solo. Os para-raios do tipo Franklin são os mais comuns.

 Para-raios de Melsens: apesar de ter a mesma finalidade dos para-raios de Franklin,


esse tipo de para-raios funciona também como uma gaiola de Faraday, envolvendo
as construções com uma malha de fios dotada de hastes metálicas, aterrada ao chão.

Os para-raios de Melsen envolvem as estruturas, formando uma gaiola de Faraday.


 Para-raios radioativo: foram usados no Brasil entre 1970 e 1989, quando foram
proibidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), uma vez que sua
eficácia não pôde ser comprovada, nada justificava o uso de fontes radioativas.
como o radioisótopo amerício-241, que emite radiação alfa e gama.
Instalação de para-raios
A instalação de para-raios visa à segurança de edificações residenciais, comerciais,
industriais e agrícolas. Para tanto, no Brasil, existe uma norma que define o
dimensionamento e as regras para a instalação de para-raios, a NBR 5419. Em regiões
em que há muitas chuvas, altos índices de raios e grande fluxo de pessoas, o uso de
proteções contra as descargas elétricas é especialmente necessário.
De acordo com a NBR 5419, os para-raios devem atender a rigorosas especificações de
corrente elétrica de descarga máxima suportada, corrente elétrica eficaz, tempo de
descarga, tensão nominal, tensão máxima suportada, estabilidade térmica, entre outros.
Os para-raios podem ser classificados com base em três
parâmetros: corrente de descarga nominal, classe de serviço e características de proteçã
o.
Qual é a altura mínima para instalar para-raios?
Os Sistemas de Proteção contra as Descargas Elétricas (SPDA) seguem diversas
orientações de acordo com a NBR 5419, inclusive a altura mínima para a instalação dos
para-raios. Tais orientações diferenciam-se de acordo com diversas características de
cada estrutura. Dentre essas características, destacam-se:

 Tipo de ocupação da estrutura: casas, indústrias, edifícios, escolas, hospitais.


 Tipo de construção da estrutura: estrutura em aço, madeira, alvenaria, aço e
outras.
 Conteúdo da estrutura e efeitos indiretos das descargas
atmosféricas: residências, subestações de energia, monumentos, escolas,
hospitais.
 Localização da estrutura: estruturas próximas de árvores mais altas, estruturas
isoladas e mais altas que as árvores ao redor .
 Topografia da região: planícies, colinas, montanhas.

Unindo-se às características acima, é possível obter o nível de proteção adequado à


estrutura, que pode ir de I a V. Na NBR 5419, há uma fórmula que é utilizada para
calcular a média anual previsível de descargas elétricas a cada tipo de estrutura. O
resultado indica a necessidade, ou não, da instalação de um SPDA.
Por fim, a altura de instalação dos captadores (pontas dos para-raios) deve estar de
acordo com o nível de proteção calculado para a estrutura, variando de I a V, de acordo
com a tabela mostrada abaixo:

Nível de proteção Altura (em metros)


I 20

II 30

III 45

IV 60
Quantos metros o para-raios protege?
Os para-raios instalados em residências ou em quaisquer construções menores que 30 m
de altura são capazes de proteger uma grande área em formato de cone, cujo raio
é aproximadamente igual à sua altura. Nessa região, as chances de ser atingido por um
raio são mínimas.
Em estruturas mais altas, como em torres e prédios, a proteção contra os raios é efetiva
somente até a altura de 30 m a partir do solo. Nesse último caso, a área protegida tem o
formato próximo ao de um cone com altura e raio similares, de aproximadamente 30 m.
Os para-raios têm de serem colocados em lugares bem altos, pois o raio tende a atingir o
ponto mais alto de uma área. Geralmente eles são colocados em topos de edifícios, em
topos de antenas de transmissões de televisões, rádios, etc.
Para sabermos o raio de abrangência de um para-raios devemos pegar a altura da
ponta do para-raios até o solo e multiplicar pela raiz quadrada de três: r = √3 . h
Transformador
Transformador é um dispositivo que, por meio da
indução eletromagnética, transfere energia elétrica
de um ou mais circuitos (primário) para outro, ou
outros, circuitos (secundários), usando a mesma
frequência, mas geralmente com tensões e
intensidades de corrente diferentes.
Como o próprio nome nos fala os transformadores,
transformam a tensão elétrica de entrada em outra
tensão elétrica de saída, de intensidade diferente da
entrada. Para realizar está transformação os trafos
utilização o magnetismo para gerar uma tensão
induzida na saída do transformador.

Os transformadores dependem da variação do fluxo magnético, logo só funcionam em


correntes alternadas. Normalmente, estes transformadores são utilizados para elevar
ou reduzir a tensão, ou simplesmente como isolamento galvânico (isolamento elétrico)

Transformador de Comando
O transformador de comando tem como objetivo principal
compatibilizar a tensão da rede com a tensão de
comando.
O transformador de comando, tanto os trifásicos como os
monofásicos são aplicados na adaptação de tensão nos
circuitos de comando como sinalização, iluminação,
controle e partida de motores.
Funcionamento do Transformador de Comando

Os Transformadores de comando possuem uma faixa de


potência de 50 a 5000VA religáveis para tensões primárias
110/220VCA/380VCA/440VVCa e 24VCA. Aplicados na
alimentação de circuitos de comando oferecem isolação
galvânica, limitação de capacidade de curto-circuito,
redução de tensão em relação aos circuitos de potência
Estes transformadores possuem terminais de ligação em
bloco frontal com proteção ao toque acidental, proporciona
uma montagem simples com fixação pela base em estrutura metálica.

Formas de Instalação

Em redes trifásicas sem neutro Em rede trifásicas com neutro

Transformadores para 110 E 220 V


Nesta categoria temos os modelos com três fios no primário (um primário só) ou
quatro fios no primário (na verdade são dois primários). Abaixo vemos os dois modelos
e a maneira correta de ligá-los na chave 110/220 V do aparelho:
SIMBOLOGIA GRÁFICA
Os Símbolos são muito úteis para representação dos pontos e demais elementos que
constituem os circuitos de um Projeto Elétrico. Sabendo as quantidades de pontos de
luz, tomadas e o tipo de fornecimento, o projetista pode dar início ao desenho do projeto
elétrico na planta residencial, utilizando-se de uma simbologia gráfica.
Portanto, na planta baixa devemos no mínimo representar:
• a localização dos pontos de consumo de energia elétrica, seus comandos e
indicações dos circuitos a que estão ligados;
• a localização dos quadros e centros de distribuição;
• o trajeto dos condutores (inclusive dimensões dos condutos e caixas);
• um diagrama unifilar discriminando os circuitos, seção dos condutores, dispositivos
de manobra e proteção; indicar o material a ser utilizado
A Norma da ABNT, a NBR 5444 - “Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas
Prediais” da ABNT, estabelece os símbolos gráficos referentes às instalações
elétricas prediais.

Símbolos
Seria muito complicado reproduzir exatamente os componentes de uma instalação,
por isso, utiliza-se de símbolos gráficos onde todos os componentes estão representados.
Existem muitos padrões para simbologia de projeto de instalações elétricas: ABNT,
Dim, ANSI, JIS. No Brasil a NBR 5444 especifica os símbolos padrões que ficam
estampados nas legendas. A simbologia apresentada nesta norma é baseada em figuras
geométricas simples para uma representação dos dispositivos elétricos. Os símbolos
utilizados baseiam-se em quatro elementos geométricos básicos: o traço, o círculo, o
triângulo eqüilátero e o quadrado.

• Círculo - Representa o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer


dispositivo embutido no teto. Nesse ponto, particularmente, recomendo não seguir a
norma. Costumo utilizar o símbolo S para interruptor para não confundir o
desenho.
• Triângulo Eqüilátero - Representa tomada em geral. Variações acrescentadas a ela
indicam mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo),
bem como modificações em sua altura na instalação (baixa, média e alta).
• Quadrado - Representa qualquer tipo de elemento no piso.
• Traço - O traço representa o eletroduto, os diâmetros devem ser anotados em
milímetros e seguem a tabela de conversão ao lado.
Dutos
Tabela - Símbolo de Dutos
Levantamento de Cargas
Os conceitos vistos anteriormente possibilitarão
o entendimento do próximo assunto: levantamento das potências (cargas) a serem
instaladas na residência.
Para determinar a carga de uma instalação elétrica residencial, deve-se somar todas as
cargas elétricas previstas para: as tomadas de uso geral, a potência das lâmpadas e dos
demais equipamentos elétricos.
NOTA: a NBR 5410 não estabelece critérios para
iluminação de áreas externas em residências, ficando a decisão por conta do projetista e
do cliente.
Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de
dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das
lâmpadas. O número de pontos de luz deve ser tal que haja uma distribuição uniforme
em cada cômodo, devendo, para destaques específicos, pontos de luz complementares.

Prevendo a carga de iluminação da planta residencial utilizada para o exemplo, temos:


Recomendações da NBR 5410 para o Levantamento da Carga de Tomadas
As tomadas são caracterizadas como sendo de uso geral, TUG’s ou de uso específico,
TUE’s. Entende-se por tomada de uso específico aquelas utilizadas para alimentar
equipamentos cuja corrente nominal é superior a 10A. Segundo a NBR 5410, “todo
ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente
dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10A deve constituir um
circuito independente”. O projeto deve prever o nú mero, a localizaçã o e o tipo das
TUE’s em funçã o do layout da instalaçã o e das necessidades do usuá rio. Tais tomadas
devem estar no má ximo a 1,50m de distâ ncia do aparelho.
A previsão do número e da carga das demais tomadas, TUG’s, deverá ser determinada de
acordo com o esquema a seguir
NOTA: quando usamos o termo “tomada” de uso específico, não necessariamente
queremos dizer que a ligação do equipamento à instalação elétrica irá utilizar uma
tomada. Em alguns casos, a ligação poderá ser feita, por exemplo, por ligação
direta (emenda) de fios ou por uso de conectores.

Deve-se, ainda, observar que um ponto de tomada pode conter mais de uma
tomada de corrente. No entanto, em cada tomada de corrente, não devem ser
ligados dois aparelhos simultaneamente. É vedada a utilização de derivadores
(benjamins), pois estes podem gerar aquecimento devido a mau contato e/ou
sobrecorrente no dispositivo ou tomada.
Fornecimento de Energia nas Edificações
Quem fornece energia as edificacoes e a concessionaria, disponibilizando tensão eletrica
atraves de ligacoes que podem ser classificadas, basicamente, como:

• Provisórias – ligacoes que serao substituidas posteriormente por ligações definitivas.


Sao ligacoes para obras que estao em fase inicial de construcao.
• Definitivas – ligacoes de carater permanente. Podem ser em tensao secundaria
(residencial) ou tensao primaria (industrial/residencial, predial/ comercial).

Para se obter ligacao definitiva, e necessario conhecer os regulamentos das


concessionarias antes da execucao dos servicos, pois, se em desacordo com suas
prescricoes normativas, elas podem nao atender ao pedido de ligacao.
A ligacao se dara por um ramal de ligacao que compreende, basicamente, duas partes:
uma externa, nos limites publicos (da rede na rua, ate a entrada da propriedade); outra
interna, nos limites privados, (dentro da propriedade, ate o equipamento de medicao).
Ambas podem ser aereas ou subterraneas em funcao da estetica ou conveniencia da
edificacao ou da rede.
Na Figura abaixo observa-se um padrao trifasico no poste particular da residencia da
esquerda (tres fases e o neutro) onde os fios no ramal de ligacao estao trancados no seu
suporte.

Figura: Alturas mínimas do ramal de ligação ao solo

Abaixo pegamos cono exemplo o tipo de fornecimento da Consecionaria ELEKTRO


para que possa facilitar o entendimento.
Padrão de Ligação ou Padrão de Entrada?
Os dois termos servem para designar o conjunto componentes (quadro, pontalete,
isolador, roldana, haste de aterramento, disjuntor, etc.) estrategicamente montados, onde
a concessionaria instala o potenciometro (aparelho medidor – relogio que acusara a
energia consumida atraves do produto tensao × corrente eletrica × tempo),
efetivando a ligacao da rede eletrica publica com a residencia. Sua instalação deve ser
configurada de acordo com a energia a ser utilizada pelo cliente final.

O quadro de medicao que sera parte


integrante do padrao ficara na
entrada da casa, em local de facil
acesso ao leiturista da
concessionaria. Nele sera instalado
pela concessionaria, o relogio, que
pode ser analogico ou digital

Com o objetivo de padronizar os


sistemas construtivos de energia, a
ELETROPAULO (Companhia
Elétrica de São Paulo) criou 4
padrões de entrada que precisam ser
seguidos em São Paulo e Regiões.
Devem ser observadas rigorosamente esses procedimentos, caso contrário a liberação
pode não ser concedida pela concessionária, causando um grande transtorno.

Figura: Aparelho medidor – relogio

Os itens que compõem o Padrão de Entrada


são:
 Poste
 Caixa para Medidor
 Sistema de Aterramento
 Eletrodutos
 Fios e Condutores
 Disjuntor

Importante: Para ligações bifásicas até 100A


podem ser utilizadas as caixas tipo “P” ou
“E”. Para ligações trifásicas apenas tipo “E”

Modelos de Padrão de Entrada


Além de observar todos esses itens é fundamental que a equipe de serviços eétricos que
vá realizar esse trabalho tenha conhecimento técnico e siga, além das normas técnicas
da ELETROPAULO , as normas de segurança e proteção da ABNT, observando as
necessidades específicas do imóvel e o layout arquitetônico de cada ambiente.
Se você precisa de Eletricista em São Paulo para instalação de Padrão de Entrada é
importante que, antes de contratar uma empresa, conheça os tipos exigidos pela
concessionária:
 Entrada de Serviço para medição em poste – saída subterrânea, com tubulação
para telefone.
 Entrada de Serviço para medição em poste – saída aérea.
 Entrada de Serviço para duas medições em poste – saída aérea / subterrânea.
 Entrada de Serviço para três medições em poste – saída aérea / subterrânea.
Ramal de Ligação

Conclusão:
O importante é saber que ao contratar um profissional eletricista para montagem de um
padrão de entrada adequado, você economiza tempo e dinheiro a médio prazo e garante
sua segurança a longo prazo.
É fundamental que você não arrisque contratando curiosos. Instalação elétrica é serviço
técnico que exige conhecimento e experiência, tendo em vista que uma instalação mal
feita pode resultar em desastres.
O “Quadro de Distribuição” deve estar localizado:

A Norma NBR 5410/97 estabelece que deverá ser prevista em


cada QDC, uma capacidade de reserva (espaço), que permita
ampliações futuras da instalação elétrica interna, compatível
com a quantidade e tipo de circuitos efetivamente
previstos inicialmente, conforme a seguir:
• QDC com até 6 circuitos, prever espaço de reserva para o
mínimo 2 circuitos;
• QDC de 7 a 12 circuitos, prever espaço de reserva para o mínimo 3 circuitos;
• QDC de 13 a 30 circuitos, prever espaço de reserva para o mínimo de
4 circuitos;
• QDC acima de 30 circuitos, prever espaço de reserva para o mínimo de 15%
dos circuitos.
No Quadro de Distribuição de Circuitos – QDC, deverão ser instalados os
dispositivos de proteção para os respectivos circuitos (um para cada circuito).
O QDC deverá conter/possibilitar a instalação de:
• Barramentos para os condutores das Fases;
• Terminal para ligação do condutor Neutro;
• Terminal para ligação do condutor de Proteção
(PE);
• Disjuntores Termomagnéticos;
• Dispositivos Diferencial-Residual – DR;
• Dispositivos contra sobretensões, etc.
O Quadro de Distribuição de Circuitos – QDC
deve ser bem fechado, com o objetivo de evitar que
as pessoas acidentem ao encostar acidentalmente ou
manusear
os dispositivos de segurança. Também deve possibilitar
o enclausuramento das partes energizadas (conexões
dos cabos com os dispositivos de proteção e de
segurança, barramentos, etc).

IMPORTANTE: O Quadro de Distribuição de Circuitos - QDC é o centro de


distribuiçã o de energia de toda a instalaçã o elétrica de uma residência.
Diagramas
Os diagramas representam a instalação elétrica como um todo. Possuem diversos
modelos. Os mais utilizados são: Unifilar e a Multifilar.

Diagrama Unifilar.
É o que comumente vimos nas plantas de instalações elétricas prediais. Define as
principais partes do sistema elétrico permitindo identificar o tipo de instalação, sua
dimensão, ligação, o número de condutores, modelo do interruptor, e dimensionamento
de eletrodutos, condutores, lâmpadas e tomadas. Esse tipo de diagrama localiza todos os
componentes da instalação. O diagrama a abaixo indica a ligação de um ponto de luz no
teto com 1 lâmpada de 100 watts ligado por um interruptor simples e pertencente ao
circuito 2.

Figura Ilustração de Representação do Diagrama Unifilar.

O trajeto dos condutores é representado por um único traço. Esse tipo de diagrama
geralmente representa a posição física dos componentes da instalação, porém não
representa com clareza o funcionamento e a seqüência funcional dos circuitos. Também
pode ser representado da forma ao lado quando indicar uma única instalação.
O diagrama unifilar deve indicar para cada carga (ponto de luz, tomada, ou aparelho
específico), os seguintes elementos básicos:

 fonte (ponto de suprimento ou quadro de distribuição);


 circuito ao que pertence;
 pontos de comando (interruptores e chaves associados);
 condutores associados.
No exemplo ao lado ligação de uma lâmpada a um interruptor:
O Condutor com função retorno e ora está no potencial do neutro quando a lâmpada esta
desligada, ora está no potencial da fase quando a lâmpada estiver acesa.
Figura Ilustração de Representação do Diagrama Unifilar.

Estes e outros símbolos são normalizados pela ABNT através de normas específicas.
Este esquema unifilar é somente representado em plantas baixas, mas o eletricista
necessita de um outro tipo de esquema chamado multifilar, onde se mostram detalhes de
ligações e funcionamento, representando todos os seus condutores, assim como
símbolos explicativos do funcionamento.

3.1.2.2 Diagrama Multifilar


Representa todo o sistema elétrico, indicando todos os condutores detalhadamente. Cada
condutor é representado por um traço que será utilizado na ligação dos componentes.

Figura Ilustração de Representação do Diagrama Multifilar.

Diagrama Funcional.

É mais utilizado para fins didáticos pois representa o esquema funcional de forma clara e acessível.
Figura 3.6 – Ilustração de Representação do Diagrama Funcional.

Diagrama de Ligação.
Representa exatamente como uma instalação é executada na prática. Também é
utilizado para fins didáticos.

Figura: Ilustração de Representação do Diagrama de Ligação


Comparativo

Diagrama Multililar Diagrama Funcional

Diagrama Unifilar

Figura: Ilustração de todos os Diagramas

Ligação de tomadas e comandos de iluminação


O padrão de cor utilizado para identificação dos condutores é descrito na NBR 5410.

Ainda de acordo com a NBR 5410 define que o neutro nunca deve ser seccionado
(em circuitos de iluminação).
Ligação de pontos de tomadas
Comandos de Iluminação
1. Comando simples

Um único interruptor acionando um ou mais pontos de luz. Deve-se observar a corrente


máxima suportada pelo interruptor para o acionamento de mais de um ponto.

Diagrama esquemático:
2. Comando de duas seções
Dois interruptores acionando dois conjuntos de um ou mais pontos de luz. Deve-se
observar a corrente máxima suportada pelos interruptores para acionamento de vários
pontos.

Diagrama esquemático:

3. Comando Three-Way
Comando que utiliza dois interruptores de modo a acionar um ponto ou conjunto de
pontos de locais distintos. Usualmente utilizado em escadas, corredores de tamanho
médio, salas compridas, etc. Deve-se atentar ao fato de que este tipo de comando é feito
utilizando-se interruptores específicos. Não é raro encontrar instalações onde há
tentativa de implementar este tipo de comando utilizando interruptores simples.
Obviamente, o resultado não é satisfatório.

Diagrama esquemático:

4. Comando Four-Way
O comando four-way é utilizado de maneira similar ao three-way. Entretanto, é possível
acionar um mesmo ponto ou um conjunto de pontos de luz a partir de n locais. A
configuração para este circuito de comando utiliza 2 interruptores three-way e n – 2
interruptores four-way.

Diagrama esquemático:
Recomendações da NBR 5410 para o Levantamento da carga de Iluminação

1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz.

Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação.

A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência.

NOTA: A NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em
residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente.

O Projeto Elétrico
Projetar a instalacao eletrica numa edificacao consiste em:
• Determinar as quantidades necessarias de lampadas e tomadas e suas localizacoes.
• Criar e dimensionar os circuitos eletricos com suas respectivas fiacoes, lampadas e
tomadas.
• Definir o tipo e a localizacao dos dispositivos de protecao (disjuntores), e comando
(interruptores), bem como os demais acessorios (quadro de distribuicao e medicao de
energia).

Passos para a elaboração de um projeto elétrico


Montaremos nosso projeto eletrico executando, passo a passo as seguintes etapas:
a) Planta baixa – apropriacao do projeto arquitetonico com cortes e detalhes
construtivos.
b) Objetivos – compreensao da finalidade do projeto, disponibilidade econômica do
construtor, exigencias da concessionaria.
c) Determinacao da potencia a instalar – definicao do tipo de padrao.
d) Marcacao dos pontos – localizacao das lampadas, interruptores e tomadas.
Posicionamento do Quadro de Distribuicao (QD) e do Quadro de Medicao (QM –
relogio).
e) Criacao dos circuitos – divisao da potencia instalada em circuitos. Distribuicao
dos eletrodutos e construcao do quadro de circuitos.
f) Dimensionamento dos circuitos – determinacao da fiacao, dos elementos de
protecao e dos eletrodutos.
g) Elaboracao do quadro de cargas e montagem dos diagramas.
h) Apresentacao da planta completa.
i) Materiais – especificacoes e orcamento.
j) Elaboracao do manual do proprietario.

Projeto Eletrico
Objetivos
Estabelecer parametros para calculo de projeto eletrico residencial com iluminacao
fluorescente.
Distribuir lampadas e tomadas pela planta baixa. Criar os circuitos de um projeto
eletrico residencial.

Planta baixa
No de pavimentos – 1
Area construida – 110 m2 (PE – 1)
Custos estimativos:
• Calculo – de 0,5 a 1,5%, do valor da edificacao.
• Material eletrico – de 3,0 a 5,0% do valor da edificacao.
• Mao de obra para execucao – de 2,0 a 3,0% do valor da edificacao.
Figura: PE – 1 – planta baixa arquitetônica
Objetivos
De posse da planta baixa, procura-se compreender a expectativa e o nivel de
exigencia do proprietario e/ou usuarios, alem da funcionabilidade da propria
instalacao.
E necessario conhecer o grau de compatibilidade com a rede publica e as
normas da concessionaria no que diz respeito a distribuicao de energia eletrica
e aos detalhes de instalacao, porque pode nao haver possibilidade de ligacao
de padrao trifasico, por exemplo.
Nessa hora e importante compreender e prever futuras instalacoes para novos
e modernos equipamentos e circuitos, como TV a cabo, rede de computador
telefone, entre outros, cujo planejamento deve ser feito de acordo com o
projeto eletrico, embora, muitas vezes, feito a parte.
Procedimentos como “deixar espaco” para disjuntores no quadro de distribuicao
de energia e eletrodutos de reserva, evitam futuros incomodos em expansoes,
sem que isso leve ao aumento no custo da instalacao. Uma “arrumacao”
posterior, alem de nao ficar bem feita, comprometera um trabalho serio e
criterioso anteriormente desenvolvido.

Para obras novas principalmente, nao se deve desprezar a possibilidade de


construir rede de agua quente para chuveiros e/ou pias por aquecimento
solar. Ainda que o orcamento possa elevar o custo no momento, no futuro,
havera beneficios com esse sistema, tanto financeira como ecologicamente.
b) Outras formas de aquecimento de agua, como o uso de aquecedores a gas,
por exemplo, devem ser avaliadas juntamente com o proprietario, pois essa
possibilidade pode se tornar mais vantajosa que o aquecimento eletrico.

Determinação da potência a instalar


Determinar a potencia eletrica a ser instalada numa edificacao consiste em
calcular a soma das potencias das lampadas e tomadas necessarias aos diversos
comodos. Isso equivale a determinar as cargas nos pontos uteis de utilizacao
de energia eletrica. Essas cargas sao classificadas em cargas de iluminacao e
cargas de tomadas.
Iniciaremos o levantamento da potencia a ser instalada, montando o quadro
de potencia que esta dividido em duas partes: Quadro 4.1 (iluminacao) e
Quadro 4.5 (tomadas).
4.3.1 Determinação das cargas de iluminação
Acompanhe o preenchimento de cada uma das oito colunas do Quadro 4.1
com tantas linhas quanto o numero de comodos a iluminar
Coluna 1 – nome dos comodos a serem iluminados.
Coluna 2 – area dos comodos em m2 obtida na planta baixa.
Coluna 3 – iluminamento adotado. (Conforme opcao do projetista e recomendacao
da ABNT/NBR-5413/92).
A ABNT/NBR-5413/92 detalha, conforme o apresentado no Quadro 4.2, valores
de iluminamentos (E, em lux) para ambientes especificos. Tem a vantagem de
um calculo de iluminacao funcional de acordo com a utilizacao do ambiente.
Para a iluminacao de interiores residenciais, a referencia inicial e o nivel medio
para a maioria dos casos.

a) O valor de maximo iluminamento sera utilizado quando a tarefa se apresentar


com refletancias e contrastes baixos. O trabalho visual e critico,
e os erros sao de dificil correcao. Alta produtividade ou precisao sao de
grande importancia. A capacidade visual do observador esta abaixo da
media. O valor de minimo iluminamento, quando as refletancias ou contrastes
sao relativamente altos, velocidades e/ou precisao da tarefa nao
sao importantes. A tarefa e executada ocasionalmente.
Como exemplo de precisao, pode-se comparar a leitura simples de um
jornal com a leitura de uma receita medica; a primeira sem importancia; a
segunda critica. Refletancias dizem respeito a cor das paredes e pisos. Se
claras, apresentam refletancias altas; se escuras, refletancias baixas que
exigem iluminamentos mais altos.
c) Lembre-se que com o tempo as lampadas fluorescentes perdem seu poder
de emissao de lumens e que os reatores apresentam, na maioria
dos casos, ffl < 1,00 o que quer dizer menor iluminamento. Tambem a
possibilidade de uso de luminaria com protetor de acrilico ou de iluminacao
indireta vai requerer um valor de iluminamento para calculo de 20 a
50% maior. Portanto, pode ser bom trabalhar com um valor ligeiramente
acima dos valores medios dados na tabela para o calculo no projeto, sem
deixar de observar que alguns dos valores apresentados na coluna “maximo”,
sao relativamente altos.
d) Como nao ha estabelecimento normativo sobre iluminacao de ambientes
externos em residencias, a definicao cabera ao projetista e ao cliente.
Lembre-se de que o bom senso sempre deve estar presente.

Coluna 4 – calculo do fluxo luminoso necessario (coluna 2 × coluna 3).


O fluxo luminoso para cada ambiente sera obtido, conforme o item 2.1.2,
pelo produto do iluminamento adotado e pela area deste ambiente.

Coluna 5 – definicao do numero (quantidade) de lampadas necessarias.


Nesta coluna definiremos as lampadas que serao usadas em cada ambiente
e suas quantidades.
A escolha das lampadas sera feita nos catalogos dos fabricantes analisando
o fluxo luminoso por ela emitido, sua TCC e seu IRC.
Para iluminacao dos comodos de uma residencia, uma boa indicacao pode
ser a escolha de lampadas fluorescentes de TCC entre 4000 e 5000 K, (luz
neutra) e IRC acima de 85%. Tambem podem dar melhor efeito decorativo as
lampadas tubulares de menores diametros (< 33 mm), observando sempre que
as luminarias, alem de embelezar o ambiente, sao responsaveis pelo melhor
aproveitamento do fluxo luminoso emitido.
Para o nosso projeto, partamos das opcoes apresentadas no Quadro 4.3, obtidas
nos catalogos dos fabricantes, entre muitas outras existentes no mercado.
Como vimos no subitem a) do item 2.2.2, em toda iluminacao fluorescente,
ha que se considerar o fator de potencia (ϕ) do reator.
O fator de potencia dos equipamentos e sempre fornecido pelo fabricante, direta
ou indiretamente, informando o valor da corrente absorvida na rede eletrica.

Nao se sabendo o valor do fator de potencia ϕ do sistema, podemos adotar


valores entre 0,60 a 0,80 que minimizarao erros possiveis. Quanto mais baixo
o valor de ϕ, pior o sistema, o que exigira a instalacao de uma fiacao mais
grossa para o circuito.
Selecionamos para nosso projeto, do Quadro 4.3, as seguintes lampadas e seus
respectivos reatores cujos fatores de potencia adotamos;

Interior
• Lampada fluorescente 2 + reator: P = 36 W; ϕ = 0,65 (adotado).
• Lampada fluorescente 1 + reator: P = 18 W; ϕ = 0,65 (adotado).

Exterior
• Lampadas incandescentes: P = 100 W; ϕ = 1,00.
Colocaremos em cada ambiente, o numero de lampadas que cubra os lumens
necessarios, observando a estetica e ou possibilidade de iluminacao parcial do
ambiente. Assim, para a sala, precisaremos de duas lampadas (2500 lm) para
atender aos 4800 lm que consideramos necessarios.

Nao escolhemos as lampadas 3 e 4 por considera-las com baixo IRC.

Coluna 6 – carga no ponto de iluminacao.


A carga (potencia) que desejamos conhecer e a potencia aparente, dada em
volt.ampere que vale a razao entre a potencia ativa, dada em watt, pelo fator
de potencia (ϕ) do equipamento.

Para a sala, temos:


E, de modo analogo para os demais ambientes, preenchemos a coluna 6.
Coluna 7 – criterios minimos de carga de iluminacao para calculos de fiacao
em locais de habitacao (ABNT/NBR-5410/04).
a) Para comodos com area ≤ 6 m2 deve ser prevista uma carga minima de
100 VA.
b) Para comodos com area > 6 m2 a carga minima prevista sera de 100 VA para
os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2, inteiro.

Assim para a nossa sala de 16 m2:

E analogamente para os demais comodos.

Os valores apurados nesta coluna 7 correspondem apenas a determinacao da


potencia minima de iluminacao para efeito de cálculo da fiação do circuito
no comodo. Nao e, necessariamente, a potencia nominal das lampadas que
serao instaladas nesse ambiente.

Coluna 8 – cargas de iluminacao (para calculo).


Se a potencia de iluminacao da lampada escolhida para o ambiente for inferior
ao minimo normativo recomendado devera ser substituida por este, para
efeito de calculo da fiacao do circuito. A coluna 8 contera o maior valor entre
as colunas 6 e 7.

Determinação das cargas nas tomadas


As tomadas sao classificadas como Tomadas de Uso
Geral (TUG) e Tomada de Uso Especifico (TUE), ambas
iguais (Figura 4.2); diferem apenas no projeto eletrico
pelo valor da potencia que lhes e atribuida.
As TUGs sao as tomadas distribuidas aleatoriamente
pela edificacao e destinadas
a atender a grande maioria dos aparelhos
eletricos/eletronicos domesticos
que, alem de possuirem menores cargas, sao portateis. A
essas tomadas sao
atribuidos valores de potencia de 100 VA ou de 600 VA.
As TUEs sao tomadas especificas para equipamentos que,
alem de possuirem
maiores cargas (geralmente acima de 1500 VA), estao mais locados
numa parte da edificacao. Sao eles: chuveiro, maquina de lavar louca/roupa,
condicionador de ar, bombas hidraulicas entre outros. Estes necessitam de
ligacoes exclusivas. A carga a considerar nessa tomada e a potencia nominal
do equipamento fornecida pelo fabricante ou a potencia que ele absorve na
rede eletrica, calculada a partir da sua tensao de funcionamento, da corrente
eletrica e do seu fator de potencia.

O Quadro 4.4 apresenta valores de potencias de alguns equipamentos eletricos


usuais em residencias.

O Quadro 4.4 de potencias tipicas dos equipamentos, apresentado, e para


voce conhecer a potencia deles e nao para anexar essa potencia a tomada.
Uma vez previsto na residencia um montante maior desses equipamentos (TV’s,
torradeira, secadora, micro-ondas) e outros de uso ja consagrado, aconselha-se
a aumentar o numero de TUGs de 600 VA, de modo a aumentar a potencia
instalada. Mas chuveiros, bombas hidraulicas e condicionador de ar, constituirao
TUEs e terao circuitos exclusivos.

Segundo a ABNT/NBR-5410/04, devemos estabelecer como minimos


recomendados
para TUG:

• Para varanda, garagem, circulacao, sotao ou subsolo e comodos com


area menor que 6 m2: uma tomada de 100 VA.
• Para salas e dormitorios: uma tomada de 100 VA para cada 5 m (ou fracao)
de perimetro, devendo esses pontos ser espacados tao uniformemente
quanto possivel.
• Para cozinhas, copas e areas de servicos: uma tomada a cada 3,5 m (ou
fracao) de perimetro. Para as tres primeiras tomadas serao atribuidos valores
de 600 VA e para as demais, se existirem, 100 VA.
• Para banheiro, lavabo: uma tomada de 600 VA junto ao lavatorio.
Convem que as tomadas de copa, cozinha e areas de servico sejam do
tipo 20 A. Estas tem orificios ligeiramente mais grossos que recebem
tanto seus respectivos plugues como os plugues de tomadas de 10 A. As
tomadas de 10 A so recebem os plugues de 10 A.
b) Na possibilidade de uma tomada ligar mais de um equipamento, disponha
no ambiente um numero adequado de tomadas, evitando a utilizacao
de derivacao em “Te” que, alem de incomodo, e antiestetico e
perigoso. Praticamente nao existe custo adicional significativo quando se
distribuem tomadas com relativa abundancia, se considerarmos o conforto,
a comodidade e a seguranca do usuario.

Completando o levantamento da potencia a instalar com as apropriacoes que


julgamos convenientes para as cargas nas tomadas, teremos no Quadro 4.5:
Coluna 9 – medida do perimetro dos comodos (obtido na planta baixa).
Coluna 10 – quantidade de tomadas em funcao dos numeros minimos
recomendados
por perimetro, anteriormente descritos.
Coluna 11 – definicao das TUEs e TUGs.
Coluna 12 – calculo das cargas nas tomadas (soma das potencias de TUG e TUE).
Coluna 13 – total geral. Soma das cargas de iluminacao e tomadas (coluna
8 + coluna 12).

A potencia cuja unidade e dada em VA e a potencia aparente. Para a definicao


da carga no padrao e sua determinacao, a CEMIG apresenta no Quadro 3.1
a potencia ativa cuja unidade e dada em W. A transformacao e obtida pela
aplicacao do coeficiente fator de potencia (ϕ) na Equacao 4.1 ja apresentada.
Para obtencao da potencia aparente (de iluminacao), o fator de potencia que
usamos foi de aplicacao exclusiva na iluminacao fluorescente (0,65). No total
da instalacao temos uma grande maioria de equipamentos residenciais que
sao motores de pequenas potencias (< 1 HP), cuja influencia no abaixamento
do fator de potencia nao e muito significativa. Como o fator de potencia e
sempre um numero abaixo da unidade, sua aplicacao na expressao acima
contribuira na diminuicao da carga instalada em VA. Adotando como fator
de potencia total de toda a instalacao, por exemplo, 0,95 obteremos uma
potencia ativa de 13186 W.

Com o valor da carga instalada e em consulta a recomendacao da concessionaria,


no nosso caso a CEMIG, temos, consultando o Quadro 3.1:

Marcação dos pontos


4.4.1 Localização de lâmpadas e interruptores
Posicionaremos na planta arquitetonica, por simbolos convencionais, as lampadas
e seus respectivos comandos, devendo ser previsto para cada comodo
pelo menos um ponto de luz fixo no teto comandado por um interruptor.
Nessa etapa destacamos a importancia de colocar esses pontos de iluminacao
em posicoes adequadas. Alem do ponto central no teto dos comodos,
outras posicoes podem ser igualmente importantes, como na cabeceira da
cama, acima do fogao, acima do espelho do banheiro, arandelas pela sala
e corredores, etc. Nao desprezar os modernos interruptores como sensores
de presença, nem mesmo os tradicionais three-way e dimer, que poderao
ainda ser utilizados por longo tempo.
A Figura 4.3 traz somente os simbolos que utilizaremos em nosso projeto.
Considerando os recursos graficos disponiveis em muitos softwares, nao
representaremos as pecas fixas (pia, tanque, lavatorio, chuveiro) e nem o
mobiliario, que poderao facilmente ser observadas na planta arquitetonica
(Figura 4.1). Entendemos que isso pode facilitar a visualizacao.
iluminação interna e externa
iluminação interna e externa
Localização das tomadas e quadros de energia
Posicionaremos as tomadas a altura conveniente do piso, observando tambem
sua distribuicao conforme o espacamento minimo recomendado em cada
comodo. Posicionaremos, tambem segundo simbologia normatizada, o Quadro
de Distribuicao (QD) e o Quadro de Medicao (QM) de energia que deverao
fi car em pontos estrategicos e de facil acesso.

Figura 4.5: Legenda 2 – quadros, tomadas e eletrodutos

O quadro de medicao que sera parte integrante do padrao fi cara na entrada da


casa, em local de facil acesso ao leiturista da concessionaria. Nele sera instalado
pela concessionaria, o relogio, que pode ser analogico ou digital (Figura 4.6).
O quadro de distribuicao (Figura 4.7) ficara no interior da residencia, em local
discreto, desobstruido, na posicao mais central possivel das cargas (centro
da construcao), fora de banheiro e distante de pias e tanques. Deve possuir
identificacao do lado externo e identificacao dos circuitos.

Nesse quadro serao instalados os disjuntores, equipamentos de seguranca


que serao estudados e detalhados na Aula 5 (5.1.3.3).

E recomendado um quadro de distribuicao para cada 150 m2 de area construida,


ou um quadro por andar, ou ainda um para cada area separada (ou
distinta) da edificacao.

Posicionemos em nosso projeto o QD à entrada da copa/cozinha, à direita.


Sendo um trabalho acadêmico e não tendo posicionamento de lote e rua,
em princípio, consideraremos o QM próximo à entrada principal, na frente.
Figura 4.8: PE – 3 – tomadas e quadros
Naturalmente, ao fazer a distribuicao das tomadas, voce o fara na mesma
planta onde ja estao distribuidas as lampadas. Adotamos esse processo de
apresentacao exclusiva de tomadas, tao somente para sua melhor compreensao.
Pelo menos, assim acreditamos.

Criação dos circuitos


Um circuito compreende um conjunto de tomadas e/ou lampadas, ligado ao
mesmo par ou trio de condutores e ao mesmo dispositivo de protecao (disjuntor).
Numa instalacao residencial distinguimos dois tipos de circuitos:
• Circuito de alimentacao.
• Circuito de distribuicao/terminal.
O circuito de alimentacao e formado pelos condutores que, ligados a rede da
concessionaria, alimentam os circuitos do quadro de distribuicao. E a fiacao
entre o QM e o QD.
O circuito de distribuicao e formado pelos condutores que alimentam outros
quadros. Sao ligacoes de um QD principal a outro QD. O circuito terminal e
formado por condutores que se ligam diretamente as lampadas e tomadas,
vindos de um quadro de distribuicao.
A Figura 4.9 apresenta estes circuitos entre os quadros de distribuicao de energia.

Figura 4.9: Circuitos de alimentação, de distribuição e circuitos terminais

Toda a instalacao eletrica sera dividida em um numero adequado de circuitos


(de distribuicao ou terminais), o que facilita a sua construcao, utilizacao e
manutencao segura.

PAG 68 etec
Exercícios

Figura Ilustração do Diagrama Unifilar em uma Residência

1. Considerando a planta anterior:


• listar os ambientes da residência e indicar quantos e quais são os componentes
instalados em cada um.
• quais são os condutores indicados a passarem pelo eletroduto indicado pela letra A?
e pela letra B?
• quais são os erros verificados no projeto?
• o que poderia ser melhorado?
• preencha a seguinte tabela:
Tabela: Potência Instalada

Considerando a planta a seguir

Dimensionar seguindo a NBR 5410/04 a quantidade e potência de pontos de


iluminação, TUGs e TUEs. Preencha a tabela seguindo modelo a seguir:
Tabela: Potência Instalada

Depois elabore uma segunda tabela incluindo mais itens que considerem necessários.

3. Seguindo a planta abaixo dimensionar seguindo a NBR 5410/04 a quantidade e


potência de pontos de iluminação, TUGs e TUEs. Preencha a tabela seguindo modelo da
página anterior.

Figura Ilustração de uma Planta Baixa de uma Residência.

Depois elabore uma nova sugestão de quantidade de pontos e potências segundo as


necessidades de uma casa de alto padrão.

Divisão dos Circuitos


Pode-se considerar circuito elétrico como o conjunto de componentes, condutores e
cabos, ligados ao mesmo equipamento de proteção (disjuntor). Então, cada circuito será
composto pôr todos os condutores, eletrodutos, tomadas, luminárias ligados a um
mesmo disjuntor.
Tem-se dois tipos básicos de circuito:
• Circuito de Distribuição – liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição.
• Circuito Terminal – é aquele que parte do quadro de distribuição e alimenta
diretamente lâmpadas, tomadas de uso geral(TUG) e tomadas de uso
específico(TUE).

Segundo a NBR 5410/04, deve-se :


• Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de TUGs, procurando limitar
a corrente total do circuito a 10A.
• Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento que possua
corrente nominal superior a 10A.
• Limitar a potência total para 1.270VA em instalações 127V e 2.200 VA em 220V.

Isso pressupõe que, para uma instalação predial residencial, tem-se, no mínimo, três
circuitos terminais: um para iluminação, um para uso geral e um para uso específico
(chuveiro).
No entanto,um bom projeto de circuitos terminais levará em conta:
Recomenda-se para os circuitos de iluminação, separá-los em:
• Área Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
• Área de Serviço: copa, cozinha, área de serviço e área externa.

E para os circuitos de tomada de uso geral, separa-los em:


• Área Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
• Área de Serviço 1: Copa.
• Área de Serviço 2: Cozinha.
• Área de Serviço 3: Área de serviço.

Com relação aos circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter um circuito
independente para cada carga que possua uma corrente nominal superior a 10 A,
portanto um disjuntor para cada tomada que alimentará o equipamento específico. Nas
instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as
fases de modo que se obtenha o maior equilíbrio possível.

Exemplo : cada caso é um caso, mas segue um pequeno exemplo: Para uma casa básica
com sala, cozinha, dois dormitórios, uma área de serviço e um banheiro, para o qual
faremos um projeto dentro da Norma técnica , sem preocupação com economias que
trazem prejuízos futuros.

Solicitações:
• Nos dormitórios haverá um aparelho de ar condicionado em cada um (220V, 5A) e
um computador (127V, 4A) em um deles.
• Na sala não haverá nenhuma tomada de uso específico.
• Na cozinha haverá uma geladeira (127V, 4A), um forno de microondas (127V, 6A)
e uma torneira elétrica (220V, 15A).
• Na área de serviço serão instaladas uma lavadora (127V, 6A) e uma secadora
(127V, 12A).
• No banheiro haverá um aquecedor para a torneira da pia (220V, 20A) e um chuveiro
(220V, 25A).
Com relação às tomadas de uso específico, a NBR 5410, prevê um circuito para cada
equipamento que possua corrente acima de 10A, ou seja, no exemplo têm-se:
• Circuito 1 - Torneira elétrica da cozinha (15A);220V
• Circuito 2 - Chuveiro elétrico no banheiro (25A);220V
• Circuito 3 - Aquecedor para a torneira da pia do banheiro (20A);220V
• Circuito 4 - Secadora (12A);

Os circuitos restantes foram assim agrupados:


• Circuito 5 - Dois aparelhos de ar condicionado para os dormitórios (2 x 5A);
• Circuito 6 - Uma geladeira (4A) e um forno de microondas (6A) na cozinha.
• Circuito 7 - Lavadora (6A), na lavanderia e demais TUGs da lavanderia
• Circuito 8 -Computador (4A) e demais TUGs dos dormitórios;
• Circuito 9 -TUGs da sala e copa.
• Circuitos 10 em diante - Iluminação

Cálculo da Corrente Elétrica dos Circuitos


Sabe-se que existe uma relação direta entre a Potência elétrica, tensão e a corrente
através da fórmula: P = V x I, onde P = Potência elétrica; V = Tensão elétrica; e
I = Corrente elétrica, isto é, para se obter a potência, é só multiplicar a tensão pela
corrente. Cada circuito é responsável pôr alimentar certa carga (potência). Normalmente
nos equipamentos, encontra-se o valor da Potência e da tensão, então para encontrar a
corrente basta inverter a fórmula _ I = P / V. Por exemplo, se o cliente tiver um
forno elétrico que consome 1100W, com tensão de 127V, a corrente elétrica será:
I = P / V = 1100 / 127 = 8,66 A. A bitola do condutor e o dispositivo de proteção
(disjuntor) são dimensionados a partir do valor da corrente. Então: soma-se a potência
de um dado circuito, divide-se pela tensão do mesmo e chega-se à corrente.

Projeto
Exercicio
Estabelecer parametros para calculo de projeto eletrico residencial
com iluminacao fluorescente.
Distribuir lampadas e tomadas pela planta baixa.
Criar os circuitos de um projeto eletrico residencial

Planta baixa
No de pavimentos – 1
Area construida – 110 m2 (PE – 1)

Custos estimativos:
• Calculo – de 0,5 a 1,5%, do valor da edificacao.
• Material eletrico – de 3,0 a 5,0% do valor da edificacao.
• Mao de obra para execucao – de 2,0 a 3,0% do valor da edificacao.

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