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Apresentação
O curso de Instalações Elétricas Residenciais, aborda a teoria
dos componentes eletricos utilizados, dimensionamento, aulas praticas, procedimentos e
normas técnicas que devem ser utilizados na execução de obras novas e em reformas de
instalações elétricas residenciais.
Os participantes irão receber informações básicas necessárias para a definição de uma
instalação elétrica residencial.
Este curso é destinado à projetos, execução e reforma de instalação elétrica interna de
uma única casa residencial. Quando se tratar de mais de uma residência em um mesmo
terreno – um prédio, por exemplo, poderão ser necessárias mais informações técnicas
sobre o assunto. Neste caso, é recomendado consultar as Normas vigentes afins das
concessionarias de energia e da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas,
além de literaturas técnicas especializadas.
A instalação elétrica é uma das etapas mais importantes da construção de sua casa
Uma instalação elétrica mal planejada / executada pode acabar gerando despesas futuras
para você e até acidentes.
Portanto, toda vez que você for trabalhar com energia elétrica, faça-o com calma, com o
máximo de cuidado.
Instale a caixa de luz em lugar de fãcil acesso tanto para você, quanto para o leiturista.
(consumo de energia), isso vai facilitar tanto a sua vida como a da concessionaria de
energia.
Outro aspecto importante é a questão da escolha do material. Procure materiais de boa
qualidade, evitando reaproveitamentos ou compras em ferro-velho.
O importante é que você faça uma instalação segura e duradoura seguindo
recomendações da norma ABNT – NR10.
Introdução
Energia
Energia é a capacidade de produzir trabalho e ela pode se apresentar sob várias formas:
energia térmica, mecânica, elétrica, química, atômica e as mais recentes; solar e
aeólica.
Uma das mais importantes características da energia é a possibilidade de sua
transformação de uma forma para outra.
Por exemplo: a energia térmica pode ser convertida em energia mecânica (motores de
combustão interna), energia química em energia elétrica (pilhas) etc.
Entretanto, na maioria das formas em que a energia se apresenta, ela não pode ser
transportada, ela tem que ser utilizada no mesmo local em que é produzida.
Energia Elétrica
Introdução
Na história da sociedade, a energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre ocupou
lugar de destaque, tendo em vista a dependência da qualidade de vida e do progresso
econômico da qualidade do produto e dos serviços relacionados à energia elétrica, que
por sua vez dependem de como as empresas de eletricidade projetam, operam e mantêm
os sistemas elétricos de potência.
Energia Elétrica
A energia elétrica é uma forma de
energia que pode ser transportada
com maior facilidade. Para chegar
em uma casa, nas ruas, no comércio,
ela percorre um longo caminho a
partir das usinas geradoras de
energia.
a) Geração
A energia elétrica é produzida a partir da energia
mecânica de rotação de um eixo de uma turbina que
movimenta um gerador. Esta rotação é causada por
diferentes fontes primárias, como por exemplo, a
força da água que cai (hidráulica), a força e
velocidade dos ventos (eólica) a força do vapor
(térmica) que pode ter origem na queima do carvão, óleo combustível ou, ainda, na
fusão do urânio (nuclear).
Usina Hidroelétrica
De todas as fontes de energia do
Brasil, as hidrelétricas são as
grandes responsáveis pela
produção de energia do país: mais
de 90%. Como o Brasil tem
muitos rios de planalto, acaba
aproveitando esse potencial.
Porém, existem algumas regiões
que esse recurso não é muito bem
aproveitado. É uma energia limpa
em sua produção, mas com o
alagamento para formar as
represas, ela gera impactos
ambientais. Dentre as maiores
usinas hidrelétricas instaladas no
Brasil temos Itaipú (binacional) e Belo Monte.
As usinas hidroelétricas utilizam a força das quedas de água para colocarem em
movimento as suas turbinas, movimentando assim os geradores e conseqüentemente
gerando eletricidade. Devem se localizar próximos de rios e em lugares montanhosos, o
custo desse tipo de usina é apenas de manutenção em geral e instalação da mesma.
Apesar do elevado custo para a
construção e do impacto do
reservatório na região, as usinas não
poluem em funcionamento, e
aproveitam um recurso até bem
pouco tempo considerado
inesgotável, a água. Porém, a
energia não pode ser estocada e
exige uma complicada rede de
transmissão.
Usina Termoelétrica
As usinas termoelétricas utilizam a energia térmica para acionar os seus geradores, são
compostas basicamente de turbinas acionadas pela queima de algum tipo de
combustível, (carvão, petróleo, etc...). Devem se localizar próximo dos locais de pro
dução do combustível em regiões planas de fácil acesso, o custo desse tipo de usina é
maior do que a anterior, pois além do custo de manutenção em geral existe o custo da
aquisição do combustível.
Usinas Eólicas
A utilização eólica para geração de energia mecânica ou eletricidade é alcançada por meio da
captura da energia cinética existente no vento, que é decorrente da locomoção das massas de
ar em virtude da disparidade das camadas de temperatura presentes na atmosfera e da
irregularidade da superfície terrestre.
As Usinas Eólicas aproveitam a força da velocidade dos ventos para gerar eletricidade.
São grandes hélices instaladas em locais altos onde a ação do vento seja permanente e
intensa.
A grande vantagem da usina eólica é que não existe nenhum tipo de poluição.
A energia eólica é um bom exemplo de fonte renovável, que é poluente e pode ser
instalada em locais ermos e com vento abundante, como acontece em vários locais
da costa brasileira e em serras montanhosas. Entretanto, é um sistema intermitente,
quando não há vento não se gera energia, o que acarreta na inevitabilidadede
suplementação por outras fontes de energia. Outra vantagem do uso dessa fonte no
cenário brasileiro é sua utilização complementarem relação às hidrelétricas, uma vez
que na época das secas, quando acontecemos menores aproveitamentos hidráulicos,
os ventos sopram com maior magnitude
Usina Nuclear
As usinas nucleares
utilizam a energia
nuclear para acionar os
seus geradores, possuem
reatores nucleares onde é
depositado o material
radioatívo, que libera a
energia utilizada para
movimentar as turbinas,
que por sua vez
movimentam os
geradores, produzindo
energia elétrica.
Pode se localizar em qualquer lugar, pois o material radioativo demora a ser substituído,
(centenas de anos), seu custo principal é com manutenção geral, a segurança é um ponto
que deve ser tratado com cuidado, pois o material radioativo é muito poluente causando
vários problemas ao meio ambiente caso haja um vazamento. Somos grandes produtores
de urânio, mas não desenvolvemos técnicas para o beneficiamento. Assim, a nossa
produção nuclear é bastante limitada. Ela é produzida em Angra I e II, no Rio de
Janeiro.
Maremotriz
Energia Solar
O Brasil tem grande potencial de geração de energia solar. Porém, os custos são bastantes
elevados.
Essa fonte de energia é infinita e existe duas formas de utilização da energia solar:
• Eenergia solar passiva: que constitui o uso direto, ligado a utilização doméstica,
como aquecimento de piscinas, caixas d’água e luminosidade.
• Energia solar ativa:, que pode ser térmica ou fotovoltaica.
- Térmica - de forma direta o sol aquece a água, acarretando em vapor que
movimentará os geradores.
- Fotovoltaica - em quese produz eletricidade a partir de placas coletoras, que
pode ser armazenada em baterias ou utilizada diretamente. É possível ver na figura
abaixo coletores de energia solar.
A energia solar é destacada como uma forma de energia favorável, mas seus gastos
ainda são altos. Estes custos se referem fundamentalmente aos custos de instalação,
compreendendo a compra de equipamentos.
Em contrapartida, não há custo com o combustível, que é a energia proveniente do sol,
inesgotável, de forma que somente o investimento inicial é mais dispendioso.
Uma desvantagem dessa forma de geração de energia, é a produção interrompida de
energia, que varia durante o dia, sendo baixa no início e no final do dia e tendo seu pico
nos horários em que o sol está a pino.
A quantidade de dias nublados ou chuvosos, a estação do ano ou mesmo a presença de
fumaça de queimadas, ocasiona em uma variação da produção de energia. Isto quer
dizer que, por não produzir energia durante a noite, não seria possível gerar toda a
energia essencial de uma região, a menos que se desenvolvessem acumuladores
eficazes.
Outra desvantagem é com relação a geração fotovoltaica, quando armazenada em
baterias, pode ocasionar alguns impactos pois as baterias são perigosas para o
meio ambiente devido ao processo de fabricação que utiliza materiais tóxicos como
arsênico e cádmio.
b) Transmissão
Linhas de Transmissão
São enormes torres que conduzem a energia das usinas até os centros urbanos em
condições de alta tensão.
Entre a geração e a distribuição,
estão os sistemas em
distribuição em CA:
• Ultra Alta Tensão –
acima de 765KV
• Extra Alta Tensão – 345,
440 e 500 KV
• Alta Tensão – 138
ou 230 KV
c) Distribuição
Substação Abaixadora
Redes de Distribuição
Das subestações distribuição primária (alta tensão), partem as redes de distribuição
secundária (baixa tensão). Finalmente, a energia elétrica é transformada novamente
para os padrões de consumo local e chega às residências e outros estabelecimentos,
tensão 230/127V.
No Brasil há cidades onde a tensão fase neutro é de 220V. Região Norte, Nordeste e
outras em 110, 120 ou 127V como região sul, São Paulo, Rio de janeiro. As redes de
distribuição nos centros urbanos também podem ser aéreas ou subterrâneas. Nas redes
aéreas os transformadores são montados nos próprios postes ou em subestações
abrigadas. A entrada de energia nas edificações é chamada de ramal de entrada.
Como vimos as redes de distribuição são trifásicas, mas as ligações para consumo
podem ser monofásicas, bifásicas ou trifásicas de acordo com a carga necessária:
• Até 15 KW – monofásica (um fase e um neutro)
• De 15 KW a 25 KW – bifásica (dois fases e um neutro)
• Maior que 25 KW – trifásica (três fases e um neutro)
Subestação de Distribuição
alguns postes, vemos também transformadores cuja função é diminuir ainda mais a
tensão, de modo que a energia possa ser usada nas edificações, chegando a tensão de
127/230 volts.
Terminais
Uma casa precisa de apenas uma das três fases; então, é comum terminais para uma ou
duas das fases escoarem pelas ruas laterais. Na figura a seguir, vê-se um terminal
trifásico para um bifásico,
com duas fases sendo
derivadas para a direita.
Poste de Ligação
Na Residência
Construção do Transformador
E, finalmente, estamos no cabo que leva a energia até sua casa! Fora de uma casa
comum existe um conjunto de postes com um condutor fase e um fio condutor terra
(embora às vezes haja duas ou três fases no poste, dependendo de onde a casa está
localizada na rede de distribuição). Em cada casa, ou trecho de rua, há um
transformador.
O trabalho do transformador é reduzir a voltagem de transmissão para os 230 ou
127 volts usados nas instalações elétricas residenciais normais.
Os 230 ou 127 volts entram em sua casa através de um típico wattímetro como este:
Medidor de Consumo de Energia
Rede de Transmissão
A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo.
Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são
conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas.
A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. Qualquer falta
neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um grande número de
consumidores.
A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de
controle. O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão
estabelecido está entre 220 kV e 765 kV.
Rede de Sub-Transmissão
A rede de sub-transmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo de
transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores industriais.
O nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV. Em geral, o arranjo das redes de sub-
transmissão é em anel para aumentar a segurança do sistema.
A estrutura dessas redes é em geral em linhas aéreas, por vezes cabos subterrâneos
próximos a centros urbanos fazem parte da rede. A permissão para novas linhas aéreas
está cada vez mais demorada devido ao grande número de estudos de impacto ambiental
e oposição social. Como resultado, é cada vez mais difícil e caro para as redes de sub-
transmissão alcançar áreas de alta densidade populacional.
Os sistemas de proteção são do mesmo tipo daqueles usados para as redes de
transmissão e o controle é regional.
Redes de Distribuição
As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte,
consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais.
Os níveis de tensão de distribuição são assim classificados:
• Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou
superior a 69kV e inferior a 230kV.
• Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é
superior a 1kV e inferior a 69kV.
• Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual
ou inferior a 1kV.
De acordo com a Resolução No456/2000 da ANEEL a tensão de fornecimento para a
unidade consumidora se dará de acordo com a potência instalada:
• Tensão secundária de distribuição inferior a 2,3kV: quando a carga instalada na
unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW;
• Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na
unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo
interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW;
• Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda
contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500
kW.
U=RxIeR=U
I
Onde:
U: Tensão Elétrica;
I: Corrente Elétrica;
R: Resistência Elétrica
Tem-se que: P = U x I (Watts)
P = (R x I) x I ou P = R x I2
Então tem-se: P = U x U ou P = U2
R R
Onde:
P: Potência Elétrica;
U: Tensão Elétrica;
I: Corrente Elétrica;
R: Resistência Elétrica.
Cálculo da Energia Elétrica
A Energia Elétrica (E) é a Potência Elétrica (P) vezes o tempo de utilização (em
horas, por exemplo) do qual o fenômeno elétrico acontece (uma lâmpada acesa, por
exemplo).
E = (U x I) x t ou E = P x t
Onde:
E: Energia Elétrica;
P: Potência Elétrica;
U: Tensão Elétrica;
I: Corrente Elétrica;
t: Tempo normalmente nesse caso, é adotado em horas (h).
A unidade de Energia Elétrica (E) é o Watt-hora e o seu símbolo é Wh.
c) Energia Elétrica E = P x t
Potência Ativa: é aquela que é usada no equipamento para realizar trabalho, gerando
calor, luz, movimento, etc. É medida em kW (quilo Watts). A figura abaixo mostra uma
ilustração disto.
Quando cargas indutivas são acionadas com alimentação por corrente alternada, ocorre
um fenômeno de defasagem entre as ondas da tensão e da corrente, causando o
surgimento da Potência Reativa. Esta defasagem é quantificada pelo chamado Fator de
Potência (FP).
Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a
potência reativa, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de
alimentação, ocupando um espaço no sistema elétrico que poderia ser utilizado
para fornecer mais energia ativa.
Definição: O Fator de Potência (FP)
é a razão entre a potência ativa e a
potência aparente. Ele indica a
eficiência do uso da energia. Um
alto fator de potência indica uma
eficiência alta e inversamente, um
fator de potência baixo indica baixa
eficiência energética. Um triângulo
retângulo é frequentemente utilizado para representar as relações entre kW, kvar e kVA,
conforme a Fig. 3.
Uma analogia muito usada para compreender melhor a relação entre as potências é um
copo de cerveja com colarinho. Pode-se dizer que a Potência Aparente é a altura inteira
do copo. Essa é a potência que se mede com os medidores convencionais. A Potência
Reativa é a espuma, ou seja, ocupa espaço no copo mas não mata a sede; e a Potência
Ativa é o líquido, que é o mais importante e mata a sede, como mostra a imagem a
seguir:
Logo, de uma forma resumida, o Fator de Potência (FP) nada mais é que uma
medida de quanto da potência elétrica consumida está de fato sendo convertido em
trabalho útil.
Segundo a Legislação Brasileira o Fator de Potência mínimo permitido para as
contas de energia é de 0,92. Abaixo deste valor, a Concessionária deve cobrar multa na
fatura de energia sobre o consumo de Potência Reativa além dos 8% máximos
permitidos.
As principais cargas que causam baixo FP são lâmpadas fluorescentes, transformadores
em vazio (sem carga) ou com baixa carga e motores de indução (motores mais usados
na indústria).
A forma de compensar o baixo Fator de Potência é a instalação de bancos de
capacitores em paralelo na entrada de energia ou no próprio equipamento com carga
indutiva. Esses bancos introduzem na instalação uma carga capacitiva, que tem o efeito
contrário da carga indutiva. Isso compensa o baixo Fator de Potência e ajusta o valor
para mais próximo de 1, evitando as multas.
Quedas de Tensão
O aumento da corrente devido ao excesso de energia reativa leva a quedas de tensão
acentuadas, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a
sobrecarga em certos elementos da rede. As quedas de tensão podem provocar
ainda, a diminuição da intensidade luminosa das lâmpadas e aumento da corrente nos
motores.
Vantagens da Concessionária
O bloco de potência reativa deixa de circular no sistema de transmissão e distribuição;
Evita as perdas pelo efeito Joule;
Aumenta a capacidade do sistema de transmissão e distribuição para conduzir o bloco
de potência ativa;
Aumenta a capacidade de geração com intuito de atender mais consumidores;
Diminui os custos de geração.
Definições
Potência: Capacidade de produzir trabalho na unidade de tempo;
Energia: Utilização da potência num intervalo de tempo;
Potência Ativa (kW): É a que realmente produz trabalho útil;
Energia Ativa (kWh): Uso da potência ativa num intervalo de tempo;
Potência Reativa (kvar): É a usada para criar o campo eletromagnético das cargas
indutivas;
Energia Reativa (kvarh): Uso da potência reativa num intervalo de tempo;
Potência Aparente (kVA):
Soma vetorial das potências ativa e
reativa, ou seja, é a potência total
absorvida pela instalação.
Fator de Potência: Razão
entre Potência Ativa e Potência
Aparente.
Aparelhos para testar e Aparelhos para medir Energia Elétrica
É muito importante ler com muita atenção o manual do aparelho antes da utilizá lo.
É através do manual do aparelho, que se pode ter as informações corretas de como
utilizá-lo com precisão e segurança, o que o aparelho pode ou não medir e em quais
condições. Deve ser feito aferições/calibrações no aparelho, seguindo as recomendações
do fabricante.
Sempre na utilização desses aparelhos, deve-se ter o cuidado de não fechar um curto-
circuito em circuitos energizados.
O aparelho deverá ser sempre bem acondicionado e ter cuidados no transporte e na
utilização.
Qualquer equipamento ou mesmo a fiação deste aparelho, pode danificar de uma hora
para outra. Com isso é importante conferir se o aparelho de medição ou teste está
funcionando ou não.
É recomendável que ao testar a existência de uma grandeza elétrica em um circuito
desenergizado, deve-se conferir em seguida, se o aparelho de medir/testar está
funcionando ou não, em um circuito que esteja energizado. Nesta condição pode-se
certificar que o aparelho está funcionando, ou não.
Em caso de dúvidas, deve-se repetir os testes, pois é importante que se tenha segurança
nas medições e testes das grandezas elétricas efetuadas.
Aparelhos de Teste
Os aparelhos de testes não medem os valores das
grandezas elétricas, testam simplesmente a existência
ou não, das mesmas. Podem, por exemplo, auxiliar na
identificação do fio Fase energizado de um circuito
elétrico.
Lâmpada Néon
Trata-se de uma lâmpada que tem a característica de acender quando um dos
seus terminais é posto em contato com um elemento energizado e outro é posto em
contato com o “terra”. Normalmente, é apresentada sob a forma de uma caneta ou
chave de parafusos, onde um dos terminais é a ponta da caneta (ou da chave) e o outro
faz o “terra” através do próprio corpo da pessoa.
Devido a grande resistência interna da lâmpada, a corrente circulante não
é suficiente para produzir a sensação de choque nas pessoas. Entretanto,
seu uso é restrito a circuito de baixa tensão, como nas instalações elétricas
residenciais.
A vantagem deste instrumento é o fato de indicar, de maneira simples, a
presença de tensão no local pesquisado: a lâmpada acende quando a
ponta do aparelho encosta no fio fase energizado. Quando se encosta no fio
neutro, não acende.
Existem alguns tipos de aparelhos com lâmpada de neon, com os
mesmos princípios de funcionamento, que possibilitam identificar também,
além do fio fase e o fio neutro, o valor aproximado da tensão, se é 127V,
220V ou 380Volts.
Atenção: a lâmpada incandescente a ser utilizada, tem que ser fabricada para a
tensão de 220 Volts, pois pode ser que os dois fios que deseja identificar, sejam fase-
fase (220 Volts) ou que o transformador que alimenta a instalação elétrica seja de 220
Volts entre fase e neutro. Daí, se a lâmpada for de 127 Volts, ela poderá estourar no
teste, provocando um acidente com a pessoa. É recomendável que a lâmpada esteja
protegida com um anteparo e poderá ser de uma potência baixa, por exemplo: 15 ou
25 Watts.
Lâmpada em “Série”
A Lâmpada em “Série” possibilita verificar a continuidade de um circuito ou
equipamento elétrico.
A lâmpada utilizada deve ser de baixa potência (15 Watts) a fim de limitar os valores
da corrente, evitando danos ao equipamento sob teste.
A lâmpada é colocada em série, com o equipamento a ser testado. Ao ligar o
aparelho, se a lâmpada acender, significa que o aparelho está com “continuidade”
(poderá não estar “queimado”) no circuito elétrico.
Aparelhos de Medição
Os aparelhos de medição são instrumentos que, através de escalas, gráficos ou dígitos,
fornecem os valores numéricos das grandezas que estão sendo medidas.
Como foi ressaltado anteriormente, é sempre preferível a utilização desses aparelhos, ao
invés dos aparelhos de teste.
Os aparelhos de medição, segundo a maneira de indicar os valores medidos, podem ser:
Amperímetro e Voltímetro
O Amperímetro é utilizado para medir a corrente elétrica de um circuito e deve ser
ligado em série com a carga.
O Voltímetro é utilizado para medir a tensão elétrica de um circuito e deve ser
ligado em paralelo com a carga.
Wattímetro
A medição de potência elétrica (W) é feita por um aparelho, o Wattímetro, que
associa as funções do Voltímetro e do Amperímetro. No Wattímetro, é indicado o
terminal comum que deve ser ligado ao lado da carga.
Alicate Amperímetro
Criado a princípio como uma ferramenta de teste de objetivo único para eletricistas, o
Alicate Amperímetro é um testador elétrico que combina um voltímetro (unidade
de medida da tensão - volts) com um medidor de corrente (alternada - CA; contínua
- CC) do tipo alicate.
Além destas unidades de medição, os modelos mais atuais podem medir a resistência
em OHM (ohmímetro) dos equipamentos. A troca das escalas de mediação ocorre
através da chave seletora central e, dependendo do equipamento, a faixa de seleção pode
ser manual ou automática.
Função Voltimetro
Para medir a tensão, esse equipamento possui dois terminais (bornes) nos quais são
conectados as pontas de prova, um vermelho (tensão e corrente) e outro preto (comum),
que serão colocados em paralelo com o local a ser medido.
Por exemplo, com essa função você pode medir qual é a tensão de uma tomada ou de uma
corrente contínua de uma bateria ou pilha.
Função Amperimetro
Para medir a corrente elétrica em uma fiação, utilizamos o alicate. Esse acessório
medirá a intensidade da corrente elétrica em amperes, cuja a qual, estará alimentando
um equipamento, podendo ele ser um motor, painel elétrico de uma casa ou indústria,
sempre prestando atenção aos limites do equipamento.
Atenção: nunca faça a medição com mais de um condutor elétrico, pois você não terá o
resultado correto. Realize o teste com os cabos elétricos separados.
Função Ohmimetro
Serve para medir a resistência (ohm) de um motor de um refrigerador, máquina de
lavar, Ar Condicionado, entre outros equipamentos. Uma das características desta
função é o sinal sonoro produzido no momento da medição.
Por exemplo, quando os cabos elétricos estão em perfeitas condições, ao utilizar as
pontas de testes para realizar a medição, um sinal sonoro será produzido. Caso o cabo
esteja danificado (rompido, por exemplo) o sinal não é disparado.
DICAS DE SEGURANÇA
• Não utilizar o amperímetro em objetos com alto nível de tensão. Fique atento a
especificação de cada aparelho e a sua necessidade no trabalho.
• Fique atento a Categoria do produto (CAT I, II, III ou IV). A sua segurança depende
da escolha certa.
• Use os equipamentos de proteção corretos. Sempre utilize óculos de proteção e
luvas de borracha específicas (que ofereça proteção contra circuitos energizados).
Megôhmetro
O Megôhmetro é um gerador de corrente continua (instrumento de
medição do fluxo de corrente elétrica). É utilizado para a medir altas
resistências. Servem para identificar (teste de isolamento), a
integridade dos enrolamentos ou cabos em motores de
transformadores e de mecanismos de distribuição e instalações
elétricas.
O aparelho é capaz de indicar possíveis pontos de fuga de corrente
elétrica.
Principo de Funcionamento
Seu principio de funcionamento consiste em geração e aplicação de uma tensão que
pode variar de 500 até 15000V em um equipamento. A partir da geração e aplicação de
tensão elétrica, a principal função desse instrumento é medir valores elevados de
resistência (a resistência é a oposição de um corpo à corrente elétrica que passa por ele),
fazendo então a leitura do fluxo de corrente entre as duas partes do equipamento (ex. a
carcaça do motor e seu bobinado).
O tempo para medir a isolação de um motor é de 15s, com esse tempo podemos
verificar as condições do bobinado do motor.
Multímetro
Destinado a medir e avaliar grandezas elétricas, um Multímetro ou Multiteste
(Multimeter ou DMM – digital multi meter em inglês) é um instrumento que pode ter
mostrador analógico (de ponteiro) ou digital.
Um multímetro é um aparelho utilizado para medir grandezas elétricas:
Índice de Reprodução de Cor (IRC): Quanto mais próximo for esse índice de 100,
mais eficiente será a reprodução de cor, da lâmpada. A cor vermelha será enxergada
vermelha e a cor branca, será vista branca, como por exemplo.
Em uma residência, é recomendável que se utilize lâmpadas com IRC acima de 80, de
modo a ter uma boa reprodução de cores.
a) Incandescentes
As Lâmpadas Incandescentes são os tipos mais utilizados nas residências, apesar de
ter uma baixa Eficiência Luminosa (lm/W). Elas produzem luz pelo aquecimento, a
uma temperatura muito alta, de um filamento de tungstênio, quando passa uma
corrente elétrica. Cerca de 80 % da energia elétrica (kWh) consumida é
transformada em calor, sendo que apenas 15 %, gera luz.
Alguns tipos dessas lâmpadas, podem ser utilizadas com o Interruptor tipo “dimmer”.
Essas Lâmpadas podem ter o bulbo em diversas formas e cores, sendo que cada tipo de
lâmpada tem uma aplicação própria.
A Temperatura de Cor das lâmpadas incandescentes comuns é em torno de 2.700K.
O funcionamento dessas lâmpadas pode ser feito através de “dimmers” A tensão e a
potência destas lâmpadas podem ser identificadas conforme desenho a seguir:
As potências mais usuais das lâmpadas incandescentes para uso doméstico, nas diversas
tensões, são de 40, 60, 100 e 150 watts.
• Lâmpadas Halógenas: são lâmpadas incandescentes construídas num tubo de
quartzo com vapor de metal halógeno no bulbo, o que permite ao filamento
atingir temperaturas mais elevadas, sem diminuição da vida útil, resultando em
eficiência luminosa maior do que a das incandescentes comuns.
b) Lâmpadas Fluorescentes
São lâmpadas que utilizam descarga elétrica através de um gás. Consistem em um
bulbo cilíndrico de vidro revestido de material fluorescente (cristais de fósforo),
contendo vapor de mercúrio a baixa pressão em seu interior e portando em suas
extremidades, eletrodos de tungstênio.
A Temperatura de Cor pode ter diversas tonalidades, dependendo do fabricante. Dessa
forma, conforme a finalidade, deverá ser usada a lâmpada com a Temperatura de Cor
adequada.
As lâmpadas fluorescentes emitem menos calor e iluminam mais, se comparadas com as
lâmpadas incandescentes comuns. Os tipos mais usados na residência as Lâmpadas
Fluorescentes Tubulares e as Lâmpadas Fluorescentes Compactas.
Nota: Deve-se evitar o liga/desliga desnecessário dessas lâmpadas, pois elas queimam
mais rapidamente.
Starter
Lâmpada
Filamento Filamento
Reator Interruptor
Ao ser fechado o interruptor S, o “Starter” fecha e abre rapidamente. Quando ele está
fechado os filamentos são aquecidos ionizando o vapor de mercúrio (gás) existente
dentro do tubo e ao abrir é dada a partida na lâmpada, ou seja, passa a circular corrente
entre os filamentos e a lâmpada emite a luz. Depois que a lâmpada está acesa, “pode- se
retirar” o “Starter” do circuito, uma vez que não circula corrente pelo mesmo.
O Reator tem a função de provocar uma sobretensão durante a partida e depois
evitar que a corrente atinja valores elevados.
A função do capacitor ligado em paralelo com o “Starter” é evitar o faiscamento
entre seus terminais durante a partida.
Devido as grandes vantagens da iluminação fluorescente, como maior rendimento
luminoso, menor perda em forma de calor, luz mais branca, etc, as Lâmpadas
Fluorescentes Tubulares são muito utilizadas, principalmente nas áreas copa,
cozinha, área de serviço, etc, de uma residência. Nestes locais é melhor utilizar
Lâmpadas Fluorescentes Tubulares, pois elas duram e iluminam mais do que as
incandescentes.
Uma Lâmpada Fluorescente tem uma vida média de até 7.500 horas, ou seja, dura
cerca de 7,5 vezes mais que a incandescente. Inicialmente tem-se um gasto maior, mas,
em compensação, não é necessário trocá-la tantas vezes, além disso economiza energia
elétrica e, portanto, reduz o valor da Fatura de Energia Elétrica.
Existe um tipo de lâmpada fluorescente especial, que são mais eficientes do que as
lâmpadas fluorescentes tradicionais. Elas têm o tubo mais fino e de menor comprimento
e duram cerca de 16.000 horas. Ela utiliza para o seu funcionamento, um tipo de reator
eletrônico especial.
As Lâmpadas Fluorescentes Compactas são mais utilizadas nos restantes dos
cômodos da residência, tais como: Sala, Quartos, Corredores, etc.
Estas Lâmpadas são de pequenas dimensões e de baixa potência, variando de 5 a 26
Watts, encontrando-se nos mais diversos tipos e modelos. A vida média pode variar
de 3.000 a 8.000 horas, dependendo o modelo ou do fabricante.
As mais práticas são aquelas com reator acoplado com a lâmpada, pois normalmente, a
depender do tipo de luminária, substituem diretamente uma lâmpada incandescente. O
Reator pode ser eletrônico ou magnético.
Apesar das lâmpadas fluorescentes compactas serem mais caras que as incandescentes,
elas são bem mais econômicas e sua utilização se justifica quando são utilizadas por
mais de 3 horas por dia.
Aplicações:
Com aparência de cor branco-dourada, são ideais para iluminação de grandes
avenidas, estradas, túneis, pontes, fachadas, monumentos, pátios e terminais de
transporte, entre outras aplicações.
Lâmpadas LED
LED (Light Emitting Diode) é um componente eletrônico
que gera luz com baixo consumo. As lâmpadas LED
necessitam de uma menor quantidade de potencia para gerar o
mesmo fluxo luminoso de uma lâmpada incandescente, e não
utiliza reator. Estes são alguns dos benefícios que as lâmpadas
LED apresentam:
Seccionador Fusível
Este tipo de seccionador se compõe do
dispositivo de comando propriamente
dito, que é igual à chave-faca, e de um
conjunto de fusíveis, um por pólo
normalmente associado á própria parte
móvel da chave
Os seccionadores fusíveis são bastante
práticos, pois associam em um só
elemento a função de cortando sem carga,
com a de proteção contra curto-circuito, e
a própria condição abertura pré-via do
sistema antes de troca do fusível é feita
manualmente, no ato da abertura do seccionador para as troca do fusível queimado.
Os seccionadores não possuem mecanismo de desligamento rápido (mola) atuando
sobre seus contatos. A velocidade de abertura depende exclusiva-mente do operador
(Sendo essa a causa principal da indefinição da sua capacidade de ruptura). Ao se
abrirem os contatos por onde circule corrente de uma certa intensidade (circuito com
carga) com velocidade baixa. O meio gasoso que se interpõe entre os contatos, vai-se
ionizando sucessivamente, criando um caminho de baixa resistência elétrica por onde se
desenvolve o arco voltaico. Este, persistindo, permite o fluxo de corrente pelo circuito,
mesmo com as facas abertas , provocando a fusão dos contatos e vaporizando-os sob
forte explosão.
Eletrodutos
Todas as instalações
elétricas de moradias e
comércios contam com um
ou mais quadros de
distribuição, sendo estes os
encarregados de alojar os
dispositivos de proteção,
segurança e de onde partem
os diferentes circuitos que
fornecem a energia elétrica
a toda a instalação.
A função destes dispositivos
de alta sensibilidade é
proporcionar uma proteção às
pessoas em caso de contato
com a energia elétrica; tanto
de forma direta com um
condutor vivo ou indireta, por
falha ou por derivar a uma
massa metálica alguma parte
ativa da instalação e ainda de
proteger os condutores contra
sobrecargas e curtos-
circuitos.
Nas moradias, o quadro de
distribuição normalmente
está localizado onde se concentra a maior quantidade de circuitos, com fácil acesso
para sua manobra. Nestes quadros são instalados os disjuntores termomagnéticos,
o interruptor diferencial e o disjuntor geral.
É necessário ter uma barra de conexão a terra conectada ao aterramento da
instalação.
Os quadros podem ser de diferentes tamanhos em função da quantidade de dispositivos
de proteção. As principais funções de um quadro de distribuição são:
• Distribuir a energia elétrica a diversos circuitos ou ramais, conforme as necessidades
do usuário;
• Proteger de maneira independente cada circuito ou ramal contra curtos-circuitos
e/ou sobrecargas;
• Prover a cada instalação elétrica de circuitos independentes para sua conexão ou
desconexão, sem que o outro circuito da mesma rede ou instalação seja afetado.
1. Um disjuntor
termomagnético geral,
para proteção contra
sobrecarga e curto-
circuito.
2. Um interruptor
diferencial de alta
sensibilidade para
proteção contra contatos
indiretos.
3. Disjuntores
automáticos para
proteção contra
sobrecarga e curto-circuito, conforme a quantidade de circuitos a proteger como:
iluminação, tomadas, fogão elétrico, bombas de água, aquecedor de água, etc. Do
quadro de cada um destes dispositivos devem sair condutores para as diferentes cargas.
As seções dos condutores devem ser dimensionadas de acordo com a potência dos
aparelhos alimentados, respeitando a NBR 5410:2004.
4. Barramento de cobre eletrolítico de alta condutividade, devendo dimensionar-se com
o critério do nível de curto-circuito necessário. Estas barras são instaladas na estrutura
do quadro com isoladores auto-suportados. Podem ser nuas ou pintadas.
5. Barramento de cobre para aterramento, onde devem conectar-se os diferentes
condutores de proteção dos circuitos e o condutor de aterramento.
Eletroduto Rígido
Os eletrodutos rígidos podem ser fabricados
em tubos de aço galvanizados (material
metálico) ou em PVC (material isolante). Os
rígidos metálicos são mais comuns que os de
PVC e são esses modelos que normalmente
ficam aparentes na decoração de estilo
industrial.
Esse modelo de eletroduto (rígidos metálicos)
é mais utilizado em pisos, lajes e superfícies concretadas, uma vez que são bastante
resistentes à colisões externas. Também são usados em linhas subterrâneas, podendo
estar em contato direto com a terra ou envolto em concreto. São indicados tanto para
instalações elétricas residenciais, como para industriais. Por serem resistentes, eles
podem ser difíceis no manuseio para instalação, uma vez que não podem ser dobrados.
Os eletrodutos rígidos podem ser também soldável, roscável e em curva. O modelo
roscável, como o nome sugere, permite que você rosqueie um eletroduto ao outro,
é o mais recomendado para fazer a conexão entre eles. Acabam ainda sendo mais
resistentes que os soldáveis, em que é preciso basicamente encaixar um ao outro e usar
um tipo de adesivo (cola), para que eles permaneçam encaixados. Já os modelos em
curva permitem que os eletrodutos e condutores acompanhem a estrutura da construção
quando precisar.
Eletroduto Flexível Corrugado e Plano
Esse tipo de eletroduto pode ser
considerado o mais popular e usado na
maior parte das instalações. Normalmente
feito em PVC, é recomendado para ser
usado em paredes, pois devido à sua
flexibilidade é possível de ser curvado,
acompanhando facilmente a estrutura da
construção. Mesmo que o manuseio
do eletroduto flexível corrugado seja mais fácil do que o rígido, é preciso tomar cuidado
para não achatar esses eletrodutos, o que pode impedir a passagem da fiação!
Considerações Importantes
Não podemos esquecer das eletrocalhas que possuem basicamente a função de
transportar uma maior quantidade de cabos em instalações como: galpões, industrias,
aeroportos e ambientes comerciais em geral, onde há necessidade de readequações e
manutenções constantes.
Nota: Toda ou qualquer parte metálica de uma instalação elétrica deve ser aterrada,
logo, isto inclui: eletroduto de ferro galvanizado e eletrocalhas.
Condulete
O condulete é uma caixa que tem como finalidade proteger os cabos elétricos e dar
acesso à algumas partes dos cabos que estão dentro de eletrodutos em instalações
elétricas. Os conduletes mais usados para a instalação são de sobrepor e de alumínio,
divididos em dois tipos, o fixo e o múltiplo.
• Conduletes fixos: tem um o local para encaixe dos eletrodutos na qual é fixo ao
corpo do condulete, portando deve-se usar conduletes diferentes de acordo com a
instalação que será feita. Podem ter dois tipos de encaixe para os eletrodutos, o
encaixe fixo sem rosca, na qual o encaixe é feito por parafuso e o encaixe fixo com
rosca, onde o próprio eletroduto vai rosqueado ao condulete.
Existem vários modelos de conduletes fixos, sendo eles, B, C, E, LB, LL, LR, T e X,
com tampas de diferentes aberturas de acesso a interruptores e tomadas e por diversas
conexões como luvas lisas e com rosca, redução, transição bolsa/rosca e curva de 90°,
todos disponíveis nos diâmetros ½” , ¾” , 1” indo até 4”.
- fixo tipo B é usado para finalização de uma tubulação com o condulete na posição
horizontal.
- fixo tipo E que também é usado para finalização de uma tubulação, porém com o
condulete na posição vertical.
- fixo tipo C tem 2 posições para encaixe de eletroduto.
- fixo LL tem 2 posições para encaixe de eletroduto formando um L para a esquerda.
- fixo LR tem 2 posições para encaixe de eletroduto formando um L, mas para a direita.
- fixo LB tem 2 posições para encaixe de eletroduto também formando um L, porém um
dos encaixes do eletroduto é na parte traseira do condulete.
- fixo T tem 3 posições para encaixe de eletroduto.
- fixo TB tem 3 posições para encaixe de eletroduto, mas um dos encaixes de eletroduto
é na parte traseira.
- fixo X tem 4 posições para encaixe de eletroduto.
Conduletes múltiplos: são mais prático de se utilizar, pois nele os encaixes para
eletrodutos não são fixos. Existem cinco furos com rosca onde é possível rosquear
conectores para colocação dos eletrodutos e para os furos que não forem ser usados,
existem os tampões. É indicado para projetos que preveem expansão futura, com
disponibilidade nos modelos X e L.
Acessórios
• Curvas
• Luvas
• Bucha e Arruela
2. Caixas estampadas
São caixas utilizadas para colocação de interruptores e tomadas. Servem ainda para
conter derivações e emendas e como caixas de passagem. Podem ser de 5x10cm (2x4
pol):
II 30
III 45
IV 60
Quantos metros o para-raios protege?
Os para-raios instalados em residências ou em quaisquer construções menores que 30 m
de altura são capazes de proteger uma grande área em formato de cone, cujo raio
é aproximadamente igual à sua altura. Nessa região, as chances de ser atingido por um
raio são mínimas.
Em estruturas mais altas, como em torres e prédios, a proteção contra os raios é efetiva
somente até a altura de 30 m a partir do solo. Nesse último caso, a área protegida tem o
formato próximo ao de um cone com altura e raio similares, de aproximadamente 30 m.
Os para-raios têm de serem colocados em lugares bem altos, pois o raio tende a atingir o
ponto mais alto de uma área. Geralmente eles são colocados em topos de edifícios, em
topos de antenas de transmissões de televisões, rádios, etc.
Para sabermos o raio de abrangência de um para-raios devemos pegar a altura da
ponta do para-raios até o solo e multiplicar pela raiz quadrada de três: r = √3 . h
Transformador
Transformador é um dispositivo que, por meio da
indução eletromagnética, transfere energia elétrica
de um ou mais circuitos (primário) para outro, ou
outros, circuitos (secundários), usando a mesma
frequência, mas geralmente com tensões e
intensidades de corrente diferentes.
Como o próprio nome nos fala os transformadores,
transformam a tensão elétrica de entrada em outra
tensão elétrica de saída, de intensidade diferente da
entrada. Para realizar está transformação os trafos
utilização o magnetismo para gerar uma tensão
induzida na saída do transformador.
Transformador de Comando
O transformador de comando tem como objetivo principal
compatibilizar a tensão da rede com a tensão de
comando.
O transformador de comando, tanto os trifásicos como os
monofásicos são aplicados na adaptação de tensão nos
circuitos de comando como sinalização, iluminação,
controle e partida de motores.
Funcionamento do Transformador de Comando
Formas de Instalação
Símbolos
Seria muito complicado reproduzir exatamente os componentes de uma instalação,
por isso, utiliza-se de símbolos gráficos onde todos os componentes estão representados.
Existem muitos padrões para simbologia de projeto de instalações elétricas: ABNT,
Dim, ANSI, JIS. No Brasil a NBR 5444 especifica os símbolos padrões que ficam
estampados nas legendas. A simbologia apresentada nesta norma é baseada em figuras
geométricas simples para uma representação dos dispositivos elétricos. Os símbolos
utilizados baseiam-se em quatro elementos geométricos básicos: o traço, o círculo, o
triângulo eqüilátero e o quadrado.
Deve-se, ainda, observar que um ponto de tomada pode conter mais de uma
tomada de corrente. No entanto, em cada tomada de corrente, não devem ser
ligados dois aparelhos simultaneamente. É vedada a utilização de derivadores
(benjamins), pois estes podem gerar aquecimento devido a mau contato e/ou
sobrecorrente no dispositivo ou tomada.
Fornecimento de Energia nas Edificações
Quem fornece energia as edificacoes e a concessionaria, disponibilizando tensão eletrica
atraves de ligacoes que podem ser classificadas, basicamente, como:
Conclusão:
O importante é saber que ao contratar um profissional eletricista para montagem de um
padrão de entrada adequado, você economiza tempo e dinheiro a médio prazo e garante
sua segurança a longo prazo.
É fundamental que você não arrisque contratando curiosos. Instalação elétrica é serviço
técnico que exige conhecimento e experiência, tendo em vista que uma instalação mal
feita pode resultar em desastres.
O “Quadro de Distribuição” deve estar localizado:
Diagrama Unifilar.
É o que comumente vimos nas plantas de instalações elétricas prediais. Define as
principais partes do sistema elétrico permitindo identificar o tipo de instalação, sua
dimensão, ligação, o número de condutores, modelo do interruptor, e dimensionamento
de eletrodutos, condutores, lâmpadas e tomadas. Esse tipo de diagrama localiza todos os
componentes da instalação. O diagrama a abaixo indica a ligação de um ponto de luz no
teto com 1 lâmpada de 100 watts ligado por um interruptor simples e pertencente ao
circuito 2.
O trajeto dos condutores é representado por um único traço. Esse tipo de diagrama
geralmente representa a posição física dos componentes da instalação, porém não
representa com clareza o funcionamento e a seqüência funcional dos circuitos. Também
pode ser representado da forma ao lado quando indicar uma única instalação.
O diagrama unifilar deve indicar para cada carga (ponto de luz, tomada, ou aparelho
específico), os seguintes elementos básicos:
Estes e outros símbolos são normalizados pela ABNT através de normas específicas.
Este esquema unifilar é somente representado em plantas baixas, mas o eletricista
necessita de um outro tipo de esquema chamado multifilar, onde se mostram detalhes de
ligações e funcionamento, representando todos os seus condutores, assim como
símbolos explicativos do funcionamento.
Diagrama Funcional.
É mais utilizado para fins didáticos pois representa o esquema funcional de forma clara e acessível.
Figura 3.6 – Ilustração de Representação do Diagrama Funcional.
Diagrama de Ligação.
Representa exatamente como uma instalação é executada na prática. Também é
utilizado para fins didáticos.
Diagrama Unifilar
Ainda de acordo com a NBR 5410 define que o neutro nunca deve ser seccionado
(em circuitos de iluminação).
Ligação de pontos de tomadas
Comandos de Iluminação
1. Comando simples
Diagrama esquemático:
2. Comando de duas seções
Dois interruptores acionando dois conjuntos de um ou mais pontos de luz. Deve-se
observar a corrente máxima suportada pelos interruptores para acionamento de vários
pontos.
Diagrama esquemático:
3. Comando Three-Way
Comando que utiliza dois interruptores de modo a acionar um ponto ou conjunto de
pontos de locais distintos. Usualmente utilizado em escadas, corredores de tamanho
médio, salas compridas, etc. Deve-se atentar ao fato de que este tipo de comando é feito
utilizando-se interruptores específicos. Não é raro encontrar instalações onde há
tentativa de implementar este tipo de comando utilizando interruptores simples.
Obviamente, o resultado não é satisfatório.
Diagrama esquemático:
4. Comando Four-Way
O comando four-way é utilizado de maneira similar ao three-way. Entretanto, é possível
acionar um mesmo ponto ou um conjunto de pontos de luz a partir de n locais. A
configuração para este circuito de comando utiliza 2 interruptores three-way e n – 2
interruptores four-way.
Diagrama esquemático:
Recomendações da NBR 5410 para o Levantamento da carga de Iluminação
NOTA: A NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em
residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente.
O Projeto Elétrico
Projetar a instalacao eletrica numa edificacao consiste em:
• Determinar as quantidades necessarias de lampadas e tomadas e suas localizacoes.
• Criar e dimensionar os circuitos eletricos com suas respectivas fiacoes, lampadas e
tomadas.
• Definir o tipo e a localizacao dos dispositivos de protecao (disjuntores), e comando
(interruptores), bem como os demais acessorios (quadro de distribuicao e medicao de
energia).
Projeto Eletrico
Objetivos
Estabelecer parametros para calculo de projeto eletrico residencial com iluminacao
fluorescente.
Distribuir lampadas e tomadas pela planta baixa. Criar os circuitos de um projeto
eletrico residencial.
Planta baixa
No de pavimentos – 1
Area construida – 110 m2 (PE – 1)
Custos estimativos:
• Calculo – de 0,5 a 1,5%, do valor da edificacao.
• Material eletrico – de 3,0 a 5,0% do valor da edificacao.
• Mao de obra para execucao – de 2,0 a 3,0% do valor da edificacao.
Figura: PE – 1 – planta baixa arquitetônica
Objetivos
De posse da planta baixa, procura-se compreender a expectativa e o nivel de
exigencia do proprietario e/ou usuarios, alem da funcionabilidade da propria
instalacao.
E necessario conhecer o grau de compatibilidade com a rede publica e as
normas da concessionaria no que diz respeito a distribuicao de energia eletrica
e aos detalhes de instalacao, porque pode nao haver possibilidade de ligacao
de padrao trifasico, por exemplo.
Nessa hora e importante compreender e prever futuras instalacoes para novos
e modernos equipamentos e circuitos, como TV a cabo, rede de computador
telefone, entre outros, cujo planejamento deve ser feito de acordo com o
projeto eletrico, embora, muitas vezes, feito a parte.
Procedimentos como “deixar espaco” para disjuntores no quadro de distribuicao
de energia e eletrodutos de reserva, evitam futuros incomodos em expansoes,
sem que isso leve ao aumento no custo da instalacao. Uma “arrumacao”
posterior, alem de nao ficar bem feita, comprometera um trabalho serio e
criterioso anteriormente desenvolvido.
Interior
• Lampada fluorescente 2 + reator: P = 36 W; ϕ = 0,65 (adotado).
• Lampada fluorescente 1 + reator: P = 18 W; ϕ = 0,65 (adotado).
Exterior
• Lampadas incandescentes: P = 100 W; ϕ = 1,00.
Colocaremos em cada ambiente, o numero de lampadas que cubra os lumens
necessarios, observando a estetica e ou possibilidade de iluminacao parcial do
ambiente. Assim, para a sala, precisaremos de duas lampadas (2500 lm) para
atender aos 4800 lm que consideramos necessarios.
PAG 68 etec
Exercícios
Depois elabore uma segunda tabela incluindo mais itens que considerem necessários.
Isso pressupõe que, para uma instalação predial residencial, tem-se, no mínimo, três
circuitos terminais: um para iluminação, um para uso geral e um para uso específico
(chuveiro).
No entanto,um bom projeto de circuitos terminais levará em conta:
Recomenda-se para os circuitos de iluminação, separá-los em:
• Área Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
• Área de Serviço: copa, cozinha, área de serviço e área externa.
Com relação aos circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter um circuito
independente para cada carga que possua uma corrente nominal superior a 10 A,
portanto um disjuntor para cada tomada que alimentará o equipamento específico. Nas
instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as
fases de modo que se obtenha o maior equilíbrio possível.
Exemplo : cada caso é um caso, mas segue um pequeno exemplo: Para uma casa básica
com sala, cozinha, dois dormitórios, uma área de serviço e um banheiro, para o qual
faremos um projeto dentro da Norma técnica , sem preocupação com economias que
trazem prejuízos futuros.
Solicitações:
• Nos dormitórios haverá um aparelho de ar condicionado em cada um (220V, 5A) e
um computador (127V, 4A) em um deles.
• Na sala não haverá nenhuma tomada de uso específico.
• Na cozinha haverá uma geladeira (127V, 4A), um forno de microondas (127V, 6A)
e uma torneira elétrica (220V, 15A).
• Na área de serviço serão instaladas uma lavadora (127V, 6A) e uma secadora
(127V, 12A).
• No banheiro haverá um aquecedor para a torneira da pia (220V, 20A) e um chuveiro
(220V, 25A).
Com relação às tomadas de uso específico, a NBR 5410, prevê um circuito para cada
equipamento que possua corrente acima de 10A, ou seja, no exemplo têm-se:
• Circuito 1 - Torneira elétrica da cozinha (15A);220V
• Circuito 2 - Chuveiro elétrico no banheiro (25A);220V
• Circuito 3 - Aquecedor para a torneira da pia do banheiro (20A);220V
• Circuito 4 - Secadora (12A);
Projeto
Exercicio
Estabelecer parametros para calculo de projeto eletrico residencial
com iluminacao fluorescente.
Distribuir lampadas e tomadas pela planta baixa.
Criar os circuitos de um projeto eletrico residencial
Planta baixa
No de pavimentos – 1
Area construida – 110 m2 (PE – 1)
Custos estimativos:
• Calculo – de 0,5 a 1,5%, do valor da edificacao.
• Material eletrico – de 3,0 a 5,0% do valor da edificacao.
• Mao de obra para execucao – de 2,0 a 3,0% do valor da edificacao.