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INTRODUÇÃO
Á PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA
• De entre os diferentes tipo de energia que o homem utiliza, a energia eléctrica tem, sem sombra
de dúvida, uma preponderância acentuada.
• A maior quantidade da energia eléctrica é produzida em instalações próprias para o efeito a que
se dá o nome de centrais de produção de energia eléctrica.
• Uma central eléctrica é uma instalação capaz de converter energia mecânica obtida a partir de
outras fontes de energia primária em energia eléctrica.
• A energia primária pode advir da energia armazenada na água, (potencial gravítica e cinética), da
combustão de carvão, gás natural, fuel, resíduos florestais, ou qualquer outro combustível
adequado, do vento, do mar, do sol, da fissão nuclear…
• A produção da energia eléctrica fica a cargo de geradores eléctricos, que podem ser de corrente
contínua ou de corrente alternada. De entre os últimos, temos as máquinas síncronas e as
máquinas de indução.
• Sem dúvida que a grande maioria da energia eléctrica produzida no mundo é produzida pelas
máquinas síncronas.
• Existem diversos tipos de centrais produtoras de energia eléctrica, umas mais convencionais,
outras de tecnologia mais recente e que procuram aproveitar novas formas de produzir energia
de forma mais económica e/ou mais ecológica que a queima de combustíveis fósseis.
• O aproveitamento de outras formas de energia prende-se também com problemas ligados com a
diversificação e redução da dependência energética de determinados países bem como com o
futuro desaparecimento dos combustíveis fósseis.
• Moçambique é um país que tem em vista muitos recursos energético, tais como hídricos,
minerais (carvão), gás natural, cte. Neste momento cerca de 98% consome energia eléctrica
produzida via hídrica.
CENTRAIS HIDROELÉCTRICAS
• Nas centrais com grandes albufeiras, a energia potencial gravítica da água é transformada em energia
cinética a qual por sua vez é transformada nas turbinas hidroeléctricas em energia mecânica que
finalmente será transformada em energia eléctrica nos geradores.
• As albufeiras das centrais hidroeléctricas são construídas sobre o leito de rios, mas o edifício onde se
instalam os equipamentos produtores de energia podem estar mais ou menos afastados da albufeira.
• A albufeira que pode ter maior ou menor capacidade de armazenamento de água a qual será depois
turbinada.
• Note-se que, para que se possa instalar uma central hidroeléctrica para a produção de energia é
necessário que se encontrem as condições geográficas ideais, e ainda que se respeitem certas
condições ambientais e outras como por exemplo conservação de património.
• Este procedimento, justifica-se pela necessidade de aumentar a queda útil da água, a qual
directamente influência a quantidade de energia que se pode produzir, como veremos.
• Obviamente, a distância entre os grupos geradores e a albufeira pode assumir um qualquer valor
de entre aqueles que são técnico-economicamente aceitáveis.
• Não podemos esquecer-nos que a abertura de um túnel para condução da água até aos grupos
geradores representa custos muito elevados, que têm de ser compensados pelo aumento da
energia contida na água resultante de uma maior queda.
• A albufeira de uma central hidroeléctrica é um sistema de armazenamento de energia, uma vez que a
água só será turbinada consoante as necessidades do sistema a que a central se interliga.
• Por vezes a albufeira funciona também como reserva estratégica, não só de energia como também de
água para regas e consumo humano.
• Estas centrais são dotadas de duas albufeiras a cotas distintas tais que aquela que possui menor cota armazena parte da
água que sai da albufeira de maior cota, a qual já foi turbinada, para mais tarde ser bombeada de novo para esta. Nas
horas de maior solicitação de energia, a água da bacia superior é turbinada e depois retida na albufeira inferior e nas
horas de vazio bombeada para a bacia superior usando a turbina como motor, se esta for reversível, ou então o próprio
alternador.
APROVEITAMENTO HIDROELÉCTRICA DE CAHORA BASSA
Curso de Água Zambeze
Tipo de Aproveitamento Albufeira
Ano de entrada em serviço 1974
Área da Bacia (km2) 2.700
Altura Média da Queda (m) 171
Largura na Parte superior (m) 303
Profundidade Média (m) 20,9
Capacidade máxima de armazenamento (m3): 65x10 9
Capacidade Útil da Albufeira (m3): 52x109
GWh 18.000
Comprimento de Albufeira (km):
Máximo 270
Largura 30
Números de grupos 5
Potência Instalada MW 1.920 Com possibilidade de aumentar para 3.600 MW
implicando a revisão do nível de isolamento das linhas
MVR de transmissão.
Produtividade Anual (GWh):
Máxima 18.000
Média -
Ano Seco -
Fonte: Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A, HCB – Songo, Moçambique, 2008
Produção de Energia Eléctrica
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Fernando Hausse Chachaia_2012
Classificação das centrais hidroeléctricas
Queda aproveitada
Alta queda h > 250 m
Média queda 50 ≤ h ≤ 250 m
Baixa queda h < 50 m
Caudal
Grande caudal Q > 100 m3/s
Médio caudal 10 ≤ Q ≤ 100 m3/s
Pequeno caudal Q < 10 m3/s
Tipo de aproveitamento
Centrais de fio de água Centrais de fio de Duração de esvaziamento < 100 horas
Serviço desempenhado
Centrais de ponta Quando funcionam para cobrir as necessidades energéticas de
certas pontas de consumo.
Centrais de base Quando funcionam em modo continuo
Fonte: http://www.fe.up.pt/~leec2002/cadeiras/see1/see.html
Produção de Energia Eléctrica
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Centrais Hidroeléctricas:
Diferentes tipos de retenção de água...
TURBINAS
• CLASSIFICAÇÃO
Fonte: http://www.fe.up.pt/~leec2002/cadeiras/see1/see.html
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• Idem mas com turbina Francis.
Fonte: http://www.fe.up.pt/~leec2002/cadeiras/see1/see.html
Fonte: http://www.fe.up.pt/~leec2002/cadeiras/see1/see.html
• Mas afinal como se pode estimar a quantidade de energia de uma determinada quantidade de
água?
• Por outro lado, a potência a instalar depende do valor da queda, ou desnível topográfico
conseguido na implantação da obra, e do caudal, o qual, como é óbvio varia com o tempo.
• Deve-se assim estudar com adequado rigor a conjugação destas duas variáveis, de forma a
garantir que a sua combinação proporcione valores de potência e de energia úteis que justificam,
do ponto de vista económico a construção de um determinado aproveitamento hidroeléctrico.
• Como sabemos das leis da física, uma massa de água m, situada a uma altura h, possuí, uma
energia potencial gravítica dada pela expressão:
Ep = m*g*h
Produção de Energia Eléctrica
1.0
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A equação de potência a instalar numa central
hidroeléctrica
onde m é a massa de água, g a aceleração da gravidade e h a altura bruta da queda de água.
d (E p ) d ( m * g * h) dV
Pt g *h*r * 1.1
dt dt dt
• Claro que a potência útil não é igual ao valor da potência teórica, uma vez que o sistema tem
perdas de energia no circuito hidráulico (nas condutas, grelhas, e nas turbinas), as quais são
expressas através da diminuição do valor da queda bruta, obtendo-se um novo valor de queda a
que se designa por queda útil.
E p Pu dt r * g * hu * * Qdt 1.4
Pt (WP ) m g H b g H b Q
d d 1.7
dt dt
QH QH
Pu 735.5 [kW ] 1.10
75 1000 102
• O fluxo (Potência) da duração da curva pode também ser
convertido de HP para kW respectivamente. Se assumirmos a
H = 30 m e O rendimento do grupo for 85 % a equação acima
pode ser escrita:
0.85 1000 Q 30
Pu 340Q HP 1.11
75
E a potência e kW será obtida:
0.85 1000 Q 30
Pu 735.5 250.07Q 1.12
75 1000
V Vm C
cons tan te
U U m Cu 1.13
Vf V fm
C f cons tan te
U Um
Vr Vr m
cons tan te
U Um
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A equação de potência a instalar numa central
hidroeléctrica
• Onde
D
2
Q V ou Q D 2V 1.17
4k
DN
U ou U DN 1.18
60
• Considerando as equações das razões de velocidades dadas
em cima temos:
Q Qm
2 1.19
D 2 Dm cons tan te
DN Dm N m
ou
Q Qm 1.20
3
3
Cons tan te
D N Dm N m
Q D 2V 1.23
F V ou U , também F Área p
2 2 1.24
Q H H 1.30
• Onde H´ é unidade, então Q´ é também unidade representada
por Qu dado por seguinte equação
Q
Qu
H 1.31
• Agora considere o comportamento da potência no ponto de
vista da equação (1.9) para uma frequência constante teremos
a seguinte equação:
P QH 1.32
• De novo, tendo em conta a equação (1.17):
Q D2 H H 1.33
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A equação de potência a instalar numa central
hidroeléctrica
P' P
3
3
1.35
'
2 2
H H
• Onde H´ é 1 metro, então P´ é unidade de potência
representada por Pu
P
Pu 3
1.36
2
H
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A equação de potência a instalar numa central
hidroeléctrica
Velocidade específica
• Na discussão anterior sobre a semelhança das turbinas, foi
provado que as duas equações básicas (1.20) e (1.26)
permanecem iguais para todo tipo de turbinas.
Rescrevendo estas equações numa pequena diferença
temos:
Q ND3 1.36
N P N m Pm
5
5
1.39
H 4 Hm 4
Problema 1
Um rio tem um caudal de 400 l/seg com uma altura de provável
queda de 80 metros. Será aconselhável o uso de uma simples
turbina jet Pelton que tem uma velocidade do rotor de 700 r.p.m?
Caso não seja possível, qual será a sua recomendação? Assume
87 % como o rendimento da máquina
Resolução
QH 0.87 400 80
P 371.2 H .P
75 75
Considerando a equação (1.40).
N P 700 371.2 700 19.27
Ns 5
5
56.36 r. p.m
4 4
239.3
H (80)
Problema 3
• Uma turbina modelo tem dimensões de 1/10 da turbina real e
quando testada a uma altura máxima de queda das águas de
7,5 metros, desenvolvem uma potência de 30 HP a uma
velocidade de 450 r.p.m. Se a turbina real operar a 50 m de
altura, qual será a velocidade de rotação e potência em HP ?.
Problema 4
• Uma central hidroeléctrica opera com altura máxima de queda das
águas de 30m. A albufeira desta central tem uma área de 4 x104
hectares. A média da precipitação da chuva na região é 125cm por
ano. Determine a capacidade da central para qual poderá ser
projectada. Assume que 30% da precipitação da chuva é perdida na
evaporação, 5% da é perdida devido a altura de queda, o rendimento
da turbina e do alternador é de 85% e 90% respectivamente e o factor
de carga é de 50%.
Problema 4 (Resolução)
• Total da quantidade de água disponível para todo ano é dada:
Area quadra A precipitação da chuva região
A precentagem da precipitação real da chuva disponivel
4 108 125 10 2 0,70
3,5 108 m 3
Problema 1
• Uma turbina modelo com a escala de 1/8 é construído como a
implementação do projecto da turbina de Kaplan projectado
para desenvolver uma potência de 8000 H.P para uma altura de
queda 10 metros quando opera a uma velocidade de 100 r.p.m.
Se altura disponível no laboratório é de 5 metros, calcule:
a) A velocidade do modelo;
b) O caudal requerido no laboratório;
c) A velocidade específica do modelo e da turbina real;
d) A potência em H.P da turbina modelo.
Assume 85% como o rendimento da turbina modelo
Problema 2
• Se 5500 litros de água está disponível para uma altura de
queda de 85 metros e são usadas duas turbina jet de Pelton a
uma velocidade de rotação das pás de 660 r.p.m. Determine a
velocidade específica da máquina. Assume 86% como o
rendimento da máquina.
Problema 3
• Os seguintes resultados de teste foram obtidos na turbina
Francis
• H = 5 metros, P = 125 HP, Q = 3,2 metros cúbicos por
segundos, velocidade de rotação N = 200 r.p.m e o diâmetro do
rotor D = 0,10 metros.
• Se a turbina opera a uma altura de 25 metros, calcule a nova
velocidade, o caudal e a potência.
• Como sabe das leis da termodinâmica, o calor migra das zonas mais
quentes (fontes) para as mais frias (sorvedouros), sendo tanto maior a
transferência de energia associada a esta migração quanto maior for a
diferença de temperatura entre a fonte e o sorvedouro.
• Portanto, uma central térmica que possui uma potência de 330 MW, na
realidade a sua potência térmica é de aproximadamente 1000 MW.
Produtos Efeitos
SO2 Chuva ácida. Edemas pulmonares. Morte com alta
exposição
NOx Problemas respiratórios e pulmonares
Partículas Problemas respiratórios, renais, e ósseos
CO2 Alterações climáticas.
Para o caso das turbinas a gás, existem desde pequenas potências como 600
kW até as grandes, de 300 MW.
Uma compacta central térmica bem projectada pode ser muito eficiente e ao
mesmo tempo ser uma fonte de electricidade muito importante.