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Organizadora:
Colaboradores:
Professores:
Amauri Barcelos
Amilcar Barum
PELOTAS, 2015
ÍNDICE
1. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
uso do petróleo que se tornou a fonte de energia dominante até os dias atuais.
O uso do gás natural e da energia nuclear cresceu rapidamente nos últimos 25
anos, representando o dinamismo da importância das fontes de energéticos
(CAMACHO, 2009).
Eficiência energética é aperfeiçoar o uso de energia com o objetivo de
produzir a mesma capacidade de trabalho num equipamento não eficiente.
Desta forma, com ela visa-se aperfeiçoar o uso das fontes de energia,
gastando menos e produzindo a mesma quantidade de trabalho (NETO et al.,
2011).
Conforme Sola (2006), em sistemas de conversão, defini-se eficiência
energética a relação de ligação à minimização de perdas na conversão de
energia primária em energia útil, que realiza trabalho. As perdas são
intrínsecas a processos de conversão de energia e ocorrem, em maior ou
menor escala, em qualquer tipo de energia disponibilizada, seja térmica,
mecânica ou elétrica. Uma parte importante das perdas deve-se aos
equipamentos e processos obsoletos utilizados em transportes, residências ou
indústrias, que foram desenvolvidos em uma época onde os recursos
energéticos eram fartos, baratos e as questões ambientais eram menos
importantes (KOVALESKI; SOLA, 2004). A matriz energética de um país,
representada pela estratificação da oferta interna de energia, é obtida pela
soma das perdas e do consumo final (SOLA 2006).
7
2. CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
3. ENERGIAS RENOVÁVEIS
3.1 INTRODUÇÃO
4. ENERGIA HÍDRICA
4.1 INTRODUÇÃO
4.3.1 TURBINAS
Conforme citado
Figura por SILVA
1- Turbina (2010),
hidráulica tipicamente
acoplada a gerador.turbinas
Fonte modernas
(HTTP://WWW.DEE.UFC.BR/~RLEAO/GTD/IIGeracao%20I%20-%20Geracao%20%Hidroeletrica.pdf
possuem eficiência entre 85% e 99%, que varia conforme a vazão de água e a
queda líquida. Sendo as principais perdas de energia: hidráulica, mecânica,
micro central (potência menor ou igual a 0,1 MW), micro central (entre 0,1 e 1,0
MW), pequena central (entre 1,0 e 30 MW), média central (30 a 100 MW) e
grande central (maior que 100MW). A geração de energia elétrica é,
geralmente, produzida por geradores síncronos movidos por uma máquina
primária chamada de turbina hidráulica do tipo Pelton, Francis, Kaplan ou
Bulbo.
4.4 EQUAÇÕES
, onde:
Velocidade angular em rpm
Freqüência de rotação em Hz
Número de pólos
, onde:
Potência em KW
Densidade da água em Kg/m³
Figura 7- Geração de energia elétrica no mundo por tipo de combustível nos anos de
1973 e 2006.
5. ENERGIA EÓLICA
5.1 INTRODUÇÃO
1
Carro a vela
23
Figura 1 – O zeylwagen.
(Imagem:
Keransanddaly.com, 2009)
Figura 2 - Processo
de formação dos
ventos no litoral e
em zonas
montanhosas.
(a) (b)
a) Direção e sentido
Os ventos são denominados de acordo com a direção e o sentido de onde
provém. Assim, por exemplo, o vento que sopra da região sul para a região
norte será chamado de vento sul.
A indicação do sentido dos ventos é dada pela chamada rosa-dos-
ventos, mostrada na Figura 4 e pode ser especificada por letras que
representam as direções geográficas (Tabela 1).
Figura 4- Rosa-dos-Ventos
SSE 14 Sul-sudeste
S 16 Sul
SSW 18 Sul-sudoeste
SW 20 Sudoeste
WSW 22 Oeste-sudoeste
W 24 Oeste
WNW 26 Oeste-noroeste
NW 28 Noroeste
NNW 30 Nor-nororeste
Figura 5 – Equipamentos para a determinação do sentido dos ventos: (a) biruta; (b) o “galo-
dos-ventos”; (c) monitor de direção do vento (MILINK II INTERNATIONAL LTD.)
b) Velocidade
Os instrumentos destinados à medida da velocidade dos ventos são
chamados anemômetros, que podem ser analógicos ou digitais. Os
anemômetros analógicos indicam a velocidade indiretamente, via de regra,
através da posição de um ponteiro sobre uma escala graduada, enquanto que
30
(d) (e)
Figura 6 – Instrumentos de medida de vento: (a) anemômetro digital tipo “ventoinha” IMPAC
IP720; (b) anemômetro digital de fio quente ANEMOMASTER Lite; (c) anemômetro de canecas
LUFT 8368.03; (d) anemógrafo mecânico com rotor “de canecas”; (e) moderna estação
meteorológica AG SOLVE.
Rugosidade do solo N
Alta 0,143
Média 0,091
Baixa 0,067
ln h
vh vr 0
z
lnh r z 0
onde hr é a altura de referência, para a qual se tem a velocidade de referência
vr e zo é o chamado comprimento da rugosidade (Tabela 3)
acidentada.
0,8 Grandes cidades com altos edifícios
1,6 Metrópoles com altos edifícios e arranha-céus.
5.3.1 ROTORES
b) Rotor Savonius: os rotores Savonius ou rotores "S": são REVs muito usados,
devido a facilidade de construção e baixo custo. Sua estrutura básica pode
ser descrita como "um tonel cortado ao meio e soldado em torno de um eixo",
como se vê na Figura 8(a). Possuem alto torque de partida, o que os torna
apropriados para tarefas como bombeamento de água ou moagem de grãos;
por outro lado, trabalham com baixa velocidade e não possuem alto
rendimento, sendo desaconselhados para a geração de energia elétrica.
35
Figura 8– Rotor Savonius: (a) forma básica; (b) Savonius de 2 camadas; (c) Savonius de 3
camadas;
c) Rotor Darrieus
(a) (b)
36
Figura 9– Rotores Darrieus: (a) de duas lâminas; (b) de três lâminas, com dois rotores
Savonius acoplados para aumentar o torque de partida.
e) Rotor Multipás
a) b)
(Figura 11). Se, num passado recente havia divergência sobre o melhor
desempenho de rotores de 2 ou de 3 pás, atualmente quase todas as indústrias
de aerogeradores de grande porte adotam este último modelo.
m
V
têm-se m = V = (Ad), onde A é a área útil do rotor (isto é, aquela sobre a
qual atua o vento) e x é a distância percorrida pelo vento na unidade de tempo.
Então,
1
(Ax) v 2v
2
A potência disponível no vento incidente (P v) será a "velocidade" com
que esta energia é fornecida, isto é:
1 Ax 2
Pv vv
t 2 t
Note-se que a razão entre a distância x percorrida pelo vento e o tempo t
gasto para percorrê-la é a própria velocidade do vento, ou seja:
1 d 2 1
Pv A v v Av v v 2v
2 t 2
Portanto:
1
Pv Av 3v
2
Esta equação pode também ser expressa através da relação:
Pv KAv 3v
onde K é uma constante cujo valor, dado na Tabela 4, dependerá das unidades
com que as demais grandezas são expressas.
41
318.644
369.597
283.132
350.000
238.435
197.943
300.000
159.079
250.000
120.715
200.000
93.901
73.949
150.000
59.091
47.620
39.431
31.100
23.900
17.400
13.600
10.200
100.000
7.600
50.000
0
Figura 16 – Capacidade de potência eólica instalada cumulativamente (MW), por ano. (Fonte:
GWEC, 2015).
60.000
44.929
40.943
38.989
38.478
35.692
50.000
26.952
40.000
20.286
30.000
14.701
11.531
8.207
8.133
20.000
7.270
6.500
3.760
3.440
2.520
1.530
10.000
Figura 17- Aumento global da capacidade de energia eólica (MW), por ano
(Fonte: GWEC, 2014)
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Figura 19 – Custo de geração de energia elétrica a partir de fontes primárias (em R$ por MWh
gerado). Fonte: Brasil Economia e Governo, 2012).
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6. ENERGIA SOLAR
6.1 INTRODUÇÃO
com um fio de ferro e submetia essa junção a uma fonte de calor, a mesma
gerava em seus terminais uma diferença de potencial. Algum tempo depois foi
descoberto que isso ocorria devida à dois fenômenos que receberam seus
nomes por causa de seus descobridores. O primeiro efeito é conhecido com
efeito Peltier. Nesse efeito, sempre que uma corrente circula por uma junção de
dois metais diferentes, calor é gerado ou absorvido no ponto da junção dos
dois metais. Essa absorção é proporcional ao valor da corrente que circula pela
junção. Esse mesmo efeito ocorre no sentido contrário. Quando aplicamos frio
ou calor em uma junção ela gera uma corrente. O segundo efeito é conhecido
como efeito Thomson. Nesse caso, quando aplicamos calor em uma
extremidade de um fio uniforme e frio na outra, surge uma diferença de
potencial nas duas extremidades desse condutor. No caso de um sistema
fotovoltaico uma junção semicondutora, quando submetida à ação dos fótons
produz uma diferença de potencial em seus terminais.
O aproveitamento da iluminação natural e do calor para aquecimento de
ambientes, denominado aquecimento solar passivo, decorre da penetração ou
absorção da radiação solar nas edificações, reduzindo-se, com isso, as
necessidades de iluminação e aquecimento. A arquitetura moderna, associada
às novas tecnologias de Engenharia, tem melhorado o planejamento e a
construção de moradias que aproveitem de forma racional a energia solar.
Ainda nesse aproveitamento térmico temos as tecnologias de
aquecimento de fluidos que são feitos com o uso de coletores ou
concentradores solares. Os coletores solares são mais usados em aplicações
residenciais e comerciais e servem para o aquecimento de água usada na
higiene pessoal, piscinas e na lavagem de utensílios e de ambientes. Por outro
lado, os concentradores solares destinam-se a aplicações que requerem
temperaturas mais elevadas, como a secagem de grãos, a produção de vapor
ou na produção de frio e gelo. No caso da produção de vapor, esse processo
gerar energia mecânica com o auxílio de uma turbina a vapor, e,
posteriormente, eletricidade, por meio de um gerador, exatamente da mesma
forma que ocorre em usinas termelétricas de combustível fóssil.
A conversão direta da energia solar em energia elétrica ocorre pelos
efeitos da radiação (calor e luz) sobre determinados materiais, particularmente
os semicondutores. Como já falamos anteriormente, entre esses processos,
51
Praticamente toda a energia recebida pela Terra vinda do Sol ocorre por
radiação, que é a única que pode atravessar o relativo vazio do espaço. O
sistema composto pela Terra e sua atmosfera está constantemente absorvendo
radiação solar e emitindo sua própria radiação para o espaço. Se fizermos uma
média entre as taxas de absorção e emissão de radiação na Terra, veremos
que em um período de longo prazo esses valores se aproximam. Sendo assim
podemos dizer que todo o sistema esta quase em equilíbrio radioativo. Essa
radiação também tem papel importante na transferência de calor entre a
superfície da Terra e a atmosfera e entre diferentes camadas da atmosfera.
A forma como a radiação solar atinge o planeta em cada latitude e em
um dia especifico do ano pode ser visto na figura 2.
Figura 4 - Distância percorrida pela radiação solar na atmosfera até atingir a superficie da Terra -
(fonte:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.aspx?id_projeto=27&ID_OBJETO=58852&tipo=
ob&cp=000000&cb=&n2=Desenvolvimento%20Profissional&n3=Minicursos&)
Onde: d – declinação
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(adimensional)
- Ângulo de declinação solar
- Latitude do local
H – Ângulo horário do por do sol
(Cooper – 1969)
ou
(Pereira et al – 2002)
Simplificando temos:
Figura 9 - Heliógrafo –
(fonte: http://www.sapiensman.com/ESDictionary/H/Technical_vocabulary_Spanish(H5-
A).htm)
62
Gráfico 1 - Temperaturas
de uso da Energia Solar -
(fonte: (FARIA, 2010)
Torre solar – Essa tecnologia aproveita a energia térmica para gerar energia
elétrica a partir de vapor a alta pressão. Um conjunto de espelhos que recebem
o nome de heliostatos, que são instalados de forma que podem acompanhar o
movimento do Sol durante todo o ano. Os raios solares, ao atingirem os
espelhos são concentrados em uma torre situada no centro do conjunto. Essa
incidência de toda essa energia em um único ponto faz com que o fluido
térmico armazenado na torre atinja temperaturas entre 1500 oC e 2000 oC.
Essa temperaturas fazem que o fluido seja transformada em vapor que é
enviado sob pressão para uma turbina onde se expandia gerando energia
elétrica. Esse funcionamento é similar ao funcionamento de uma usina
termelétrica convencional, que utiliza carvão ou gás natural.
pastilhas com espessura entre 0,4 e 0,5 mm. Essas pastilhas são montadas em
painéis que possuem uma eficiência superior a 12%.
Silício Policristalino- é produzido a partir de blocos de silício fundidos de silício
puro em moldes especiais. Após ser fundido o silício é deixado nos moldes
para esfriar lentamente e solidificar. Durante esse processo os átomos não se
organizam em um só cristal e são formadas estruturas policristalinas com
superfícies de separação entre os cristais o que fornece uma aparência de
material trincado. A eficiência desses materiais é ligeiramente menor do que
os painéis de silício monocristalino.
Filme Fino ou Silício Amorfo – Esse material é obtido por meio da deposição de
camadas muito finas de silício ou de outros materiais semicondutores sobre
superfícies de vidro ou metal. Sua eficiência fica entre 5% e 7%.
Tensão nominal do sistema que é a tensão com que operam as cargas que
serão ligadas no sistema. Alem do valor da tensão, devemos especificar se
essa alimentação será em corrente contínua ou alternada.
Potencia exigida pela carga o valor dessa potência deve ser aquela exigida
por cada equipamento que ser colocado no sistema. Em comunidades
remotas, onde a comunicação é feita por rádio, é importante lembrar que
sistemas de rádio, quando fazem transmissão, consomem mais energia para
alguns minutos de transmissão por dia. Durante o resto do tempo os
transmissores gastam baixíssima potência. Esse comportamento deve ser
considerado no dimensionamento do sistema.
7. BIOMASSA
7.1 INTRODUÇÃO
8.2 BIOGÁS
América do Sul, como a costa norte do Brasil ou o Chile, por exemplo, onde
neste último estima-se um potencial extraível de pelo menos 500 MW (Marine
Power-Global Resource, disponível em:
www.atlantisresourcescorporation.com).
Existem, atualmente, cinco formas de energias oceânicas
(SOERENSEN; WEINSTEIN, 2008; KHAN e BHUYAN, 2009): Energia de
ondas, de maré, de correntes, do gradiente de temperatura e do gradiente de
salinidade. Estas energias poderiam ser usadas não só para geração de
eletricidade, como também para geração direta de água potável ou para suprir
necessidades térmicas, como resfriamento. As pesquisas em energias
oceânicas se intensificaram a partir dos anos 1990 e estão distribuídas em
diversos países (KHAN; BHUYAN, 2009). O Reino Unido lidera em número de
dispositivos, apenas com dispositivos de correntes e barragens de maré e de
ondas. O Brasil aparece com apenas um dispositivo de energia de ondas.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEN – Balanço Energético Nacional 2007, Sumário Executivo Ano Base 2006,
EPE – Empresa de Pesquisa Energética,
http://www.ben.epe.gov.br/dowloads/sum_executivo_BEN_2007.pdf, acesso
em 11/06/2008.
DAVIS, J. e DAVIS, J. Noise pollution from wind turbines. Industrial Wind Action
Group. Publicado em 20 Set 2007. Disponível em: http://www.windaction.org/
documents/13040. Acesso em: Mai 2015
PEREIRA, Enio Bueno, et al. 2006. Atlas Brasileiro de Energia Solar. São
José dos Campos : INPE, 2006.
WALD, M.L.. Wind Farms May Not Lower Air Pollution, Study Suggests. New
York Times, publicado em 4 Mai 2007. Disponível em
http://www.nytimes.com/2007/ 05/04/science/earth/04wind.html. Acesso em:
Jun 2015