Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

EMIRTON DE QUEIROGA URTIGA FILHO

RELATÓRIO SOBRE CINCO TIPOS DE ENERGIA RENOVÁVEL

FORTALEZA
2023
EMIRTON DE QUEIROGA URTIGA FILHO

RELATÓRIO SOBRE CINCO TIPOS DE ENERGIA RENOVÁVEL

Trabalho de graduação para ser apresentado na


disciplina de Metodologia Científica e
Tecnológica do curso de graduação em
Engenharia de Energias Renováveis da
Universidade Federal do Ceará.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Estevão Rolim


Fernandes

FORTALEZA
2023
RESUMO

O presente relatório aborda cinco fontes de energia renovável: sistemas regenerativos, solar
fotovoltaica, eólica, biogás e geotérmica. Tem como objetivo fornecer informações detalhadas
sobre essas energias, destacando seus benefícios e desafios associados à implementação. Dentro
de cada fonte se discorre sobre contexto histórico, eficiência, potencial de geração, vantagens e
desvantagens e a sua usabilidade no Brasil. O relatório visa fornecer uma base sólida para a
tomada de decisões estratégicas no desenvolvimento de uma matriz energética sustentável e
diversificada. Por fim, o trabalho finaliza trazendo uma visão ampliada sobre os tipos de energia
e o quão úteis podem ser para nossa matriz energética e para o futuro sustentável brasileiro no
quesito energias, formando assim, um país mais limpo, verde, com maior sustentabilidade na
fauna e na flora, e uma preservação maior do meio ambiente, opondo-se ao aquecimento global.

Palavras-chave: energia renovável; potencial de geração; benefícios e desafios; matriz


energética; aquecimento global.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2 ENERGIAS RENOVÁVEIS ................................................................................. 5
2.1 Biogás ...................................................................................................................... 5
2.1.1 Biogás – Parâmetros de potência e eficiência ....................................................... 5
2.1.2 Biogás – Vantagens e desvantagens ....................................................................... 6
2.1.3 Biogás no Brasil ...................................................................................................... 6
2.1.4 Biogás – Conclusões ............................................................................................... 7
2.2 Energia solar fotovoltaica ..................................................................................... 7
2.2.1 Energia solar fotovoltaica - Parâmetros de potência e eficiência ........................ 7
2.2.2 Energia solar fotovoltaica – Vantagens e desvantagens ....................................... 8
2.2.3 Energia solar fotovoltaica no Brasil ...................................................................... 9
2.3 Energia regenerativa ............................................................................................. 9
2.3.1 Energia regenerativa – Parâmetros de potência e eficiência ............................... 10
2.3.2 Energia regenerativa – Vantagens e desvantagens ............................................... 10
2.3.3 Energia regenerativa no Brasil .............................................................................. 10
2.3.4 Energia regenerativa - Conclusões ....................................................................... 11
2.4 Energia eólica ......................................................................................................... 11
2.4.1 Energia eólica – Parâmetros de potência e eficiência ........................................... 12
2.4.2 Energia eólica – Vantagens e desvantagens .......................................................... 12
2.4.3 Energia eólica no Brasil ......................................................................................... 12
2.4.4 Energia eólica – Conclusões ................................................................................... 13
2.5 Energia geotérmica ................................................................................................ 13
2.5.1 Energia geotérmica – Parâmetros de potência e eficiência .................................. 13
2.5.2 Energia geotérmica – Vantagens e desvantagens ................................................. 13
2.5.3 Energia geotérmica no Brasil ................................................................................ 14
2.5.4 Energia geotérmica – Conclusões .......................................................................... 14
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 17
4

1 INTRODUÇÃO

A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir a


dependência dos combustíveis fósseis têm impulsionado o interesse e a busca por fontes de
energia renovável em todo o mundo. Nesse contexto, este relatório tem como objetivo fornecer
uma visão abrangente e atualizada das principais fontes de energia renovável disponíveis
atualmente.
Ao longo deste relatório, serão abordados cinco tipos de energia renovável, que
representam soluções promissoras para a diversificação da matriz energética e a mitigação dos
impactos ambientais. Essas fontes incluem energia eólica, energia solar fotovoltaica, energias
regenerativas, biogás e energia geotérmica.
A energia eólica é obtida a partir do aproveitamento do vento por meio de
aerogeradores, enquanto a energia solar fotovoltaica converte diretamente a luz solar em
eletricidade por meio de células fotovoltaicas. As energias regenerativas incluem fontes como
biomassa, energia das ondas e energia das marés, que têm a capacidade de se regenerar
naturalmente. O biogás é gerado a partir da decomposição de matéria orgânica, e a energia
geotérmica é obtida através do calor proveniente do interior da Terra.
Este relatório discutirá os princípios de funcionamento, as vantagens e
desvantagens e as aplicações práticas de cada uma dessas fontes de energia. Além disso, serão
apresentados dados sobre os parâmetros de eficiência e potência de cada tipo de energia, bem
como informações sobre as regiões onde essas fontes são mais utilizadas.
É importante ressaltar que a transição para uma matriz energética mais sustentável
e a adoção em larga escala dessas fontes renováveis enfrentam desafios técnicos, econômicos e
regulatórios. No entanto, a busca por soluções energéticas mais limpas e a conscientização sobre
a importância da preservação ambiental têm impulsionado o desenvolvimento e a
implementação dessas tecnologias em diversos países.
Ao compreender as características, benefícios e limitações de cada tipo de energia
renovável, será possível avaliar o potencial de aplicação e contribuição de cada fonte para a
sustentabilidade ambiental e o suprimento energético. Essa análise permitirá a formulação de
estratégias e políticas adequadas para promover a transição para uma matriz energética mais
sustentável e reduzir os impactos negativos causados pela utilização de fontes de energia não
renováveis.
5

2 ENERGIAS RENOVÁVEIS

O objetivo o trabalho em questão é mostrar os parâmetros de potência e eficiência,


vantagens e desvantagens e as causas de ser ou não difundida no Brasil.

2.1 Biogás

A energia do biogás possui um contexto histórico que remonta há séculos. Desde


tempos antigos, a utilização de materiais orgânicos para a produção de energia tem sido uma
prática comum. A queima de biomassa era amplamente empregada para obter calor e luz.
Segundo Bastos e Keller (2006, p. 38), “A leitura é um processo que envolve algumas
habilidades, entre as quais a interpretação do texto e a sua compreensão.”
No entanto, o desenvolvimento mais significativo da energia do biogás ocorreu
durante o século XIX, quando pesquisas científicas pioneiras foram realizadas para capturar e
armazenar o gás resultante da decomposição anaeróbica de matéria orgânica. Durante o século
XX, houve um crescimento notável no aproveitamento sistemático da energia do biogás,
especialmente na Europa. Essa expansão se deveu às crescentes preocupações com a segurança
energética e à busca por fontes de energia renováveis. Atualmente, a energia do biogás é
amplamente reconhecida como uma fonte de energia renovável e é utilizada em várias
aplicações, como geração de eletricidade, aquecimento residencial e industrial, além de ser
utilizada como combustível veicular. Com avanços contínuos na tecnologia de produção e
aproveitamento do biogás, espera-se que essa forma de energia desempenhe um papel cada vez
mais importante na transição para uma matriz energética mais sustentável.

2.1.1 Biogás – parâmetros de potência e eficiência

A eficiência do biogás está relacionada à quantidade de energia obtida a partir da


decomposição da matéria orgânica. Segundo Silva et al. (2018), a eficiência de um sistema de
produção de biogás varia de acordo com o tipo de resíduo utilizado e as condições de operação.
Em média, sistemas bem projetados podem atingir eficiências entre 50% e 70%.
Quanto à potência, ela depende da quantidade de biogás produzida e do tipo de
conversão energética empregada. O biogás pode ser utilizado diretamente em motores de
combustão interna para geração de eletricidade e calor, ou ser purificado e transformado em
6

biometano para injeção na rede de gás natural. A potência gerada pelo biogás pode variar desde
alguns quilowatts até vários megawatts, dependendo do tamanho e escala do projeto.

2.1.2 Biogás – Vantagens e desvantagens

O biogás apresenta diversas vantagens em relação a outras formas de energia. De


acordo com Ferreira et al. (2020), algumas das principais vantagens incluem:
a) Utilização de resíduos orgânicos: O biogás aproveita resíduos agrícolas, resíduos
alimentares e esgoto, reduzindo o impacto ambiental desses materiais e contribuindo para a
gestão adequada de resíduos sólidos.
b) Fonte de energia renovável: O biogás é uma fonte de energia limpa e renovável,
ajudando a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e mitigar as emissões de gases de
efeito estufa.
c) Geração de energia descentralizada: Os sistemas de produção de biogás podem
ser implementados localmente, permitindo a geração de energia em áreas rurais e contribuindo
para o desenvolvimento local.
No entanto, também existem algumas desvantagens associadas ao biogás, como:
a) Investimento inicial e infraestrutura: A implementação de sistemas de produção
de biogás requer um investimento inicial considerável e infraestrutura adequada, o que pode
representar um desafio para pequenos produtores.
b) Controle de odores e emissões: O processo de decomposição da matéria orgânica
pode gerar odores desagradáveis e emissões poluentes, exigindo medidas de controle ambiental
eficazes.

2.1.3 Biogás no Brasil

No Brasil, o biogás tem sido utilizado principalmente na geração de eletricidade e


calor em diversas aplicações. De acordo com a Associação Brasileira de Biogás e Biometano
(ABiogás), os setores mais expressivos na utilização de biogás são a agroindústria (como usinas
sucroalcooleiras e granjas) e o tratamento de resíduos sólidos urbanos.
Além disso, iniciativas governamentais e incentivos fiscais têm estimulado o
crescimento do setor. O Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia
Elétrica no Campo (Programa Luz para Todos) e o RenovaBio são exemplos de políticas
públicas que têm impulsionado a produção e utilização de biogás no Brasil.
7

2.1.4 Biogás - Conclusões

Em suma, o biogás apresenta parâmetros de eficiência e potência variáveis,


dependendo dos resíduos utilizados e das condições de operação. Suas vantagens incluem a
utilização de resíduos orgânicos, sua característica de energia renovável e a possibilidade de
geração descentralizada. No entanto, é importante considerar desafios como o investimento
inicial e o controle de odores e emissões.

2.2 Energia solar fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica tem uma história que remonta a mais de um século. A
descoberta do efeito fotovoltaico, no qual a luz solar é convertida diretamente em eletricidade,
foi feita pelo físico francês Alexandre-Edmond Becquerel em 1839. No entanto, foram
necessários avanços tecnológicos adicionais ao longo do tempo para tornar a energia solar
fotovoltaica comercialmente viável. Durante a década de 1950, os primeiros painéis solares de
silício foram desenvolvidos e utilizados principalmente em aplicações espaciais. A crise do
petróleo na década de 1970 impulsionou ainda mais o desenvolvimento da energia solar
fotovoltaica, levando a investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento. Nas
décadas seguintes, houve uma diminuição significativa nos custos dos painéis solares e um
aumento constante na eficiência das células fotovoltaicas. Atualmente, a energia solar
fotovoltaica é amplamente utilizada em todo o mundo, tanto em escala residencial quanto
comercial, como uma fonte limpa e renovável de eletricidade.As ilustrações (fotografias,
gráficos, mapas, plantas, quadros) e tabelas devem ser citados e inseridos o mais próximo
possível do trecho a que se referem

2.2.1 Energia solar fotovoltaica - Parâmetros de potência e eficiência

A eficiência da energia solar fotovoltaica refere-se à capacidade das células


fotovoltaicas de converter a radiação solar em eletricidade. De acordo com a Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL), a eficiência média dos sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil
varia entre 15% e 20%. No entanto, é importante ressaltar que avanços tecnológicos recentes
têm permitido o desenvolvimento de células fotovoltaicas mais eficientes, com eficiências
superiores a 25%.
8

Quanto à potência, ela está relacionada à capacidade de geração de eletricidade dos


sistemas solares fotovoltaicos. A potência de um sistema é determinada pela quantidade de
painéis solares instalados e pela irradiação solar incidente. No Brasil, devido às suas condições
climáticas favoráveis, a radiação solar é abundante em diversas regiões, o que contribui para a
obtenção de altas potências em sistemas fotovoltaicos.

2.2.2 Energia solar fotovoltaica – Vantagens e desvantagens

A energia solar fotovoltaica apresenta diversas vantagens em relação a outras


formas de energia. Segundo Silva et al. (2021), algumas das principais vantagens incluem:
a) Fonte de energia limpa e renovável: A energia solar fotovoltaica utiliza uma fonte
inesgotável - a radiação solar - e não emite gases de efeito estufa durante sua operação,
contribuindo para a redução das emissões de carbono e a mitigação das mudanças climáticas.
b) Baixa manutenção e vida útil longa: Os sistemas fotovoltaicos requerem pouca
manutenção e possuem uma vida útil estimada de 25 a 30 anos, o que contribui para sua
sustentabilidade e baixo custo operacional ao longo do tempo.
c) Geração distribuída: A energia solar fotovoltaica pode ser instalada em diversos
locais, desde residências até grandes edifícios comerciais, permitindo a geração distribuída de
eletricidade e reduzindo a dependência de fontes centralizadas.
No entanto, também existem algumas desvantagens a serem consideradas, tais
como:
a) Custo inicial elevado: Os sistemas fotovoltaicos ainda requerem um investimento
inicial considerável. Apesar da redução dos custos nos últimos anos, a aquisição e a instalação
de um sistema solar fotovoltaico podem ser financeiramente desafiadoras para alguns
consumidores.
b) Dependência das condições climáticas: A quantidade de energia solar disponível
varia de acordo com a localização geográfica e as condições climáticas. A geração de
eletricidade pode ser afetada por dias nublados, períodos de baixa irradiação solar e locais com
alta incidência de sombreamento.
No Brasil, a energia solar fotovoltaica tem experimentado um crescimento
significativo nos últimos anos. Segundo a ANEEL, a capacidade instalada de energia solar
fotovoltaica no país ultrapassou 10 gigawatts (GW) em 2022.
A utilização da energia solar fotovoltaica é mais comum em áreas urbanas,
especialmente em residências, comércios e indústrias que buscam reduzir os custos de
9

eletricidade e adotar uma fonte de energia limpa. Além disso, grandes usinas solares estão sendo
construídas em regiões com alta irradiação solar, como o Nordeste do Brasil.
A energia solar fotovoltaica é uma fonte de energia renovável promissora, com
parâmetros de eficiência e potência que variam de acordo com o tipo de célula fotovoltaica e a
irradiação solar disponível. Suas vantagens incluem ser uma fonte de energia limpa e renovável,
de baixa manutenção e com potencial para geração distribuída. No entanto, seu custo inicial
ainda pode representar um desafio para sua adoção em larga escala.

2.2.3 Energia solar fotovoltaica no Brasil

No Brasil, a energia solar fotovoltaica tem sido cada vez mais utilizada,
especialmente em áreas urbanas e em regiões com alta irradiação solar. O país apresenta um
potencial significativo para expansão dessa fonte de energia limpa, contribuindo para a
diversificação da matriz energética e redução das emissões de gases de efeito estufa.

2.3 Energia regenerativa

"A frenagem regenerativa em veículos elétricos pode alcançar uma eficiência de até
70%, dependendo do sistema de armazenamento de energia" (Silva et al., 2021, p. 126).
A energia proveniente de sistemas regenerativos é uma abordagem promissora e
inovadora no campo da sustentabilidade energética. Esses sistemas têm como objetivo
recuperar e reutilizar a energia que seria normalmente dissipada ou descartada em diversos
processos. Por meio da captura e redirecionamento dessa energia, é possível aumentar a
eficiência energética, reduzir o consumo de recursos naturais e mitigar os impactos ambientais.
A utilização de sistemas regenerativos oferece benefícios econômicos e ambientais
significativos, contribuindo para a transição para uma matriz energética mais limpa e
sustentável.
Os sistemas regenerativos englobam diferentes formas de energia que visam
recuperar e reutilizar a energia que seria normalmente perdida. Um exemplo é a frenagem
regenerativa, utilizada em veículos elétricos e híbridos, que permite a recuperação da energia
cinética durante a desaceleração. Essa energia é convertida em eletricidade e armazenada,
aumentando a eficiência energética do veículo.
Outra forma de energia regenerativa é o efeito pisoelétrico, no qual a energia é
gerada a partir da deformação ou pressão em determinados materiais. Essa tecnologia tem sido
10

aplicada em pisos e calçadas para capturar a energia cinética de pessoas em movimento,


convertendo-a em eletricidade utilizável.

2.3.1 Energia regenerativa – Parâmetros de potência e eficiência

Os sistemas regenerativos apresentam diferentes parâmetros de eficiência e


potência, que variam de acordo com a tecnologia e a aplicação específica. No caso da frenagem
regenerativa em veículos elétricos, estudos mostram que a eficiência pode atingir até 70%,
dependendo do sistema de armazenamento de energia utilizado (Silva et al., 2021). Já o efeito
piezoelétrico pode ter eficiências variadas, dependendo do material e do projeto do sistema.
Quanto à potência, essa é diretamente influenciada pela quantidade de energia
recuperada e pela capacidade de armazenamento do sistema. No caso da frenagem regenerativa
em veículos, a potência pode variar de acordo com a potência do motor elétrico e da capacidade
das baterias utilizadas.

2.3.2 Energia regenerativa – Vantagens e desvantagens

As energias provenientes de sistemas regenerativos apresentam diversas vantagens.


Entre elas, destacam-se a redução do consumo de energia, a diminuição das emissões de gases
de efeito estufa, a maior eficiência energética e a redução da dependência de fontes
convencionais. Além disso, essas tecnologias contribuem para a gestão mais eficiente dos
recursos naturais e promovem a economia circular.
No entanto, também é importante considerar as desvantagens. Alguns sistemas
regenerativos requerem investimentos iniciais significativos e podem apresentar limitações em
termos de aplicabilidade em determinados setores ou ambientes. Além disso, a eficiência desses
sistemas pode variar de acordo com as condições operacionais e a capacidade de
armazenamento de energia.

2.3.3 Energia regenerativa no Brasil

No Brasil, os sistemas regenerativos encontram aplicação em diferentes setores.


Um exemplo é o uso da frenagem regenerativa em veículos de transporte público elétrico,
contribuindo para a redução do consumo de energia e das emissões de poluentes. Além disso, a
energia proveniente do efeito piezoelétrico tem sido explorada em projetos de infraestrutura
11

urbana, como calçadas e ciclovias, visando aproveitar a energia gerada pelo movimento das
pessoas.

2.3.4 Energia regenerativa – Conclusões

Os sistemas regenerativos representam uma abordagem inovadora e promissora


para a utilização eficiente de energia. Através da recuperação e reutilização da energia que seria
normalmente desperdiçada, é possível promover a sustentabilidade energética e reduzir o
impacto ambiental. Apesar de algumas limitações e desafios, as vantagens dessas tecnologias
destacam sua importância na transição para um futuro mais sustentável.

2.4 Energia eólica

Sobre a energia eólica, Dias afirmou que:

O aproveitamento da energia eólica ocorre por meio da conversão da energia cinética


dos ventos em energia elétrica, utilizando-se de aerogeradores que captam a força dos
ventos por meio de suas pás e as convertem em energia mecânica. Essa energia
mecânica é então transformada em energia elétrica através de um gerador acoplado ao
sistema. A utilização da energia eólica apresenta diversas vantagens, como a sua
abundância e disponibilidade em diversas regiões do mundo, a redução das emissões
de gases de efeito estufa em comparação com fontes de energia convencionais, a
independência em relação a combustíveis fósseis e a contribuição para a
diversificação da matriz energética (Dias et al., 2022, p. 50).

A energia eólica é uma forma de energia renovável que se baseia na conversão da


energia cinética do vento em energia elétrica. A utilização desse recurso natural abundante tem
se mostrado uma alternativa viável e sustentável para suprir a crescente demanda energética
global. Os aerogeradores, que são equipamentos utilizados na geração de energia eólica, captam
a força dos ventos por meio de suas pás e as convertem em energia mecânica. Em seguida, essa
energia mecânica é convertida em energia elétrica por meio de um gerador. A energia eólica
apresenta diversas vantagens, tais como sua capacidade de reduzir a emissão de gases de efeito
estufa, a independência em relação a fontes não renováveis e a contribuição para a
diversificação da matriz energética (Dias et al., 2022). Além disso, o Brasil possui um grande
potencial para a geração de energia eólica, principalmente em regiões costeiras e de altitude
12

elevada, o que tem impulsionado investimentos e a implementação de parques eólicos em todo


o país (EPE, 2021).

2.4.1 Energia eólica – Parâmetros de potência e eficiência

A energia eólica é obtida através da utilização dos ventos para gerar eletricidade.
Os aerogeradores, equipamentos responsáveis pela captura do vento, possuem uma relação
direta com a eficiência e potência da energia eólica. A eficiência é medida pela capacidade de
um aerogerador converter a energia cinética do vento em energia elétrica, enquanto a potência
está relacionada à quantidade de energia elétrica que o aerogerador é capaz de gerar em
determinado período de tempo.

2.4.2 Energia eólica – Vantagens e desvantagens

A energia eólica apresenta diversas vantagens, sendo uma fonte de energia


renovável e limpa, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além
disso, é uma fonte abundante e amplamente disponível em diversas regiões do Brasil, o que
possibilita a diversificação da matriz energética e a redução da dependência de fontes não
renováveis. Por outro lado, a energia eólica também possui desvantagens, como a variação da
intensidade e direção dos ventos, o que afeta a sua disponibilidade e torna necessária a
complementação com outras fontes de energia.

2.4.3 Energia eólica no Brasil

No Brasil, a energia eólica tem se consolidado como uma importante fonte de


energia renovável. O país possui um vasto potencial eólico, especialmente em regiões costeiras
e de serra. Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, desenvolvido pela Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), os estados do Nordeste e do Sul do Brasil são os mais promissores
para a instalação de parques eólicos, devido às suas características geográficas e aos ventos
favoráveis.
13

2.4.4 Energia eólica – Conclusões

A energia eólica desempenha um papel relevante na busca por fontes de energia


mais sustentáveis e na diversificação da matriz energética brasileira. Sua eficiência e potência,
aliadas às vantagens ambientais, contribuem para o desenvolvimento de um setor energético
mais limpo e resiliente. No entanto, é importante considerar as desvantagens e buscar soluções
para melhorar a previsibilidade e a estabilidade da geração eólica.

2.5 Energia Geotérmica

A energia geotérmica é uma forma de energia renovável que utiliza o calor


proveniente do interior da Terra para gerar eletricidade ou para o aquecimento de água. Essa
fonte de energia aproveita o calor natural presente nas camadas mais profundas do solo, que é
resultado do calor residual do processo de formação da Terra e da decaída radioativa de
elementos químicos. A utilização da energia geotérmica oferece diversas vantagens, como a
disponibilidade contínua e estável do recurso, a redução das emissões de gases de efeito estufa
e a independência em relação a fontes não renováveis. No Brasil, embora o potencial
geotérmico seja relativamente limitado, existem algumas áreas com condições favoráveis para
o desenvolvimento de projetos geotérmicos, como a região do Vale do Paraíba, no estado de
São Paulo (SILVA et al., 2020).

2.5.1 Energia geotérmica – Parâmetros de potência e eficiência

A energia geotérmica é obtida a partir do calor natural proveniente do interior da


Terra. A eficiência da energia geotérmica é determinada pela capacidade de aproveitamento do
calor geotérmico para a geração de eletricidade ou aquecimento. A potência está relacionada à
quantidade de energia geotérmica que pode ser extraída e convertida em energia útil. A
eficiência e potência variam de acordo com a tecnologia utilizada e a temperatura do
reservatório geotérmico.

2.5.2 Energia geotérmica – Vantagens e desvantagens

A energia geotérmica apresenta diversas vantagens, sendo uma fonte de energia


renovável e limpa, com baixa emissão de gases de efeito estufa durante a operação. Além disso,
14

é uma fonte estável e disponível o tempo todo, independentemente das condições climáticas. A
energia geotérmica também pode ser aproveitada para aquecimento residencial e industrial. No
entanto, algumas desvantagens incluem a necessidade de reservatórios geotérmicos com
temperaturas adequadas e a possibilidade de esgotamento dos recursos em longo prazo.

2.5.3 Energia geotérmica no Brasil

Embora o Brasil não possua um potencial geotérmico tão expressivo quanto outras
fontes de energia renovável, existem algumas áreas com condições favoráveis para a utilização
da energia geotérmica. A região do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, é uma das áreas
identificadas com potencial geotérmico para o desenvolvimento de projetos. Além disso, a
energia geotérmica também pode ser aplicada em sistemas de aquecimento de água e processos
industriais.

2.5.4 Energia geotérmica – Conclusões

A energia geotérmica apresenta-se como uma opção viável e sustentável para


diversificar a matriz energética do Brasil. Seus parâmetros de eficiência e potência, juntamente
com suas vantagens ambientais e disponibilidade constante, destacam seu potencial como fonte
de energia renovável. Embora seja necessário considerar as limitações geográficas e
tecnológicas, o desenvolvimento de projetos geotérmicos em áreas adequadas pode contribuir
para a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.
15

3 CONCLUSÃO

O trabalho realizado sobre as energias do biogás, solar fotovoltaica, geotérmica,


eólica e sistemas regenerativos proporcionou uma análise abrangente e comparativa dessas
fontes de energia sustentável. Através da avaliação dos parâmetros de potência e eficiência,
vantagens e desvantagens, bem como as aplicações no Brasil, foram obtidas conclusões
relevantes.
No que diz respeito ao biogás, verificou-se que possui um potencial significativo
como fonte de energia renovável, especialmente no setor agrícola, devido à produção de
resíduos orgânicos. Sua eficiência energética varia de acordo com o processo de produção e a
composição do material orgânico utilizado. Entre as suas vantagens, destaca-se a redução de
resíduos e emissões de gases de efeito estufa. No entanto, limitações tecnológicas e a
necessidade de fontes contínuas de biomassa podem representar desafios.
A energia solar fotovoltaica mostrou-se uma opção promissora no Brasil,
aproveitando a abundância de radiação solar no país. Sua eficiência e potência dependem da
qualidade dos painéis solares e das condições de irradiação. As vantagens incluem a fonte
inesgotável de energia solar, baixas emissões e longa vida útil dos sistemas fotovoltaicos. Por
outro lado, a dependência das condições climáticas e os custos iniciais podem ser desafios a
serem enfrentados.
A energia geotérmica, embora tenha um potencial limitado no Brasil, apresenta uma
fonte de energia renovável e estável. Sua eficiência e potência estão relacionadas às
características geotérmicas do local de extração. As vantagens incluem a disponibilidade
contínua e a baixa emissão de gases de efeito estufa. No entanto, a viabilidade depende da
existência de reservatórios geotérmicos adequados e da tecnologia disponível.
A energia eólica demonstrou ser uma das fontes renováveis mais maduras e
amplamente aplicadas no Brasil. Sua eficiência e potência dependem da localização dos
aerogeradores e das características dos ventos. Entre as vantagens, destacam-se a abundância
de ventos em algumas regiões brasileiras e a redução de emissões de gases poluentes. No
entanto, a variabilidade dos ventos e a necessidade de áreas adequadas para a instalação de
parques eólicos são considerações importantes.
Os sistemas regenerativos apresentaram uma abordagem inovadora para o
aproveitamento da energia em diferentes setores. Através da recuperação de energia em
processos como frenagem em veículos ou aproveitamento do efeito pisoelétrico, é possível
aumentar a eficiência energética e reduzir o desperdício. Esses sistemas oferecem vantagens
16

como a possibilidade de economia de energia e a redução do impacto ambiental. No entanto,


sua implementação requer tecnologias específicas e adaptações nos equipamentos existentes.
Em suma, as energias do biogás, solar fotovoltaica, geotérmica, eólica e sistemas
regenerativos têm potencial para contribuir significativamente para a matriz energética
brasileira, promovendo a sustentabilidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Cada fonte possui suas próprias características, vantagens e desafios, e a escolha adequada
dependerá das condições locais, recursos disponíveis e objetivos de sustentabilidade.
Parte final do texto na qual se apresentam as conclusões apoiadas no
desenvolvimento do assunto. É a recapitulação sintética dos resultados obtidos. Pode apresentar
recomendações e sugestões para pesquisas futuras.
17

REFERÊNCIAS

BASTOS, C. L; KELLER, V. Aprendendo a aprender. Petrópolis: Vozes, 1995.

DIAS, G. A., Silva, A. F., & Rocha, P. A. (2022). Energia Eólica: Princípios e Aplicações.
Revista Brasileira de Energias Renováveis, 5(1), 50-68.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Plano Decenal de Expansão de Energia


2030. Brasília, 2021.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Atlas do Potencial Eólico Brasileiro.


Brasília, 2019.

FERREIRA, T. M. et al. (2020). Biogás como fonte de energia renovável: uma revisão.
Revista Brasileira de Energias Renováveis, 9(1), 60-82.

HOGLUND, C. (2019). Produção de biogás - uma perspectiva histórica e desafio futuro.


Sustainability, 11(3), 629.

MALYACKO, J. (2016). Uma revisão histórica da importância e usos do biogás em diversas


civilizações. Journal of Sustainable Development of Energy, Water and Environment
Systems, 4(2), 114-128.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA (MME). Plano Decenal de Expansão de Energia


2030. Brasília, 2020.

NELSON, R. J. (2003). A física das células solares. Imperial College Press.

RUGH, E. T. (2005). História da energia solar. Enciclopédia de Energia, 3, 463-471.

SILVA, A. F., Santos, L. R., & Rocha, P. A. (2021). Energias Regenerativas: Conceitos e
Aplicações. Revista Brasileira de Energias Renováveis, 4(2), 120-136.

SILVA, A. F., et al. (2021). Energia regenerativa: conceitos e aplicações. Revista Brasileira
de Energia Regenerativa, 3(1), 45-62.

SILVA, J. M. A. et al. (2020). Energia Geotérmica: Potencial e Aplicações no Contexto


Brasileiro. Revista Brasileira de Energias Renováveis, 3(2), 99-116.

SILVA, A. F., et al. (2021). Energia solar fotovoltaica no Brasil: panorama atual e perspectivas
futuras. Revista Brasileira de Energia Solar, 2(1), 27-41.

SILVA, C. M. et al. (2018). Biogás como fonte de energia renovável. Scientia Plena, 14(7),
1-9.

Você também pode gostar