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DEPARTAMENTO DE RADIO
ENGENHARIA ELECTRÓNICA E DE TELECOMUNICAÇÃO
Electrónica de Potência
Tema: Energias Renováveis de Fontes Geotérmicas
Discente:
Milton Hélder Malate
Docente:
PhD. Hélio Amone Gove
2. Objectivos..................................................................................................................2
2.1. Geral....................................................................................................................2
2.2. Específicos..........................................................................................................2
3. Metodologia...............................................................................................................3
4.1. Conceitos............................................................................................................4
5. Conclusão................................................................................................................13
6. Bibliografia..............................................................................................................13
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2. Objectivos
2.1. Geral
Apresentar uma fonte de energia sustentável e segura, que possa atender às necessidades
energéticas da sociedade, ao mesmo tempo em que reduz os impactos ambientais
negativos causados pela geração de energia a partir de combustíveis fósseis e nucleares.
2.2. Específicos
Falar dos tipos de energias renováveis existentes em Moçambique
Mostrar das vantagens e desvantagens das energias renováveis e termos de
produção energética e socioeconómica;
Desafios enfrentados na sua implementação até os dias de hoje.
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3. Metodologia
Para a realização deste trabalho fora usado artigos e livros relacionados com o tema a
ser discutido e foi usado um repositório inteligente para apoiar na organização dos
subtemas a seguir apresentados.
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4. Energias Renováveis de fontes Geotérmicas
4.1. Conceitos
Segundo Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (2016, Brasil)
Energia é a capacidade de causar uma ação. Por exemplo, o calor do sol aquece a água,
porque é uma fonte de energia térmica. Já os combustíveis dos carros são uma fonte de
energia mecânica, pois são capazes de gerar movimento.
As fontes de energia podem ser divididas em dois grupos principais: renováveis e não
renováveis.
Energia renovável é aquela que vem de recursos que são naturalmente
reabastecidos, como sol, vento, chuva, rios e resíduos orgânicos resultantes de
atividades domésticas e industriais.
Energia não renovável é obtida de combustíveis retirados da natureza, que
existem em quantidade limitada e/ou que precisam de milhares de anos para ser
formados. Alguns exemplos são o urânio, usado na energia nuclear; o carvão,
nas termoelétricas; e o petróleo, na produção de combustíveis fósseis, como
gasolina, diesel e querosene.
As energias renováveis são consideradas mais sustentáveis tanto pela sua
disponibilidade garantida (presente e futura) como pelo seu menor impacto ambiental.
Isso porque sua geração evita a emissão de gases poluentes que provocam o efeito
estufa e contribui, portanto, para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas e
do aquecimento global.
O termo "renovável" incorpora a essência desse tipo de energia: a capacidade de estar
disponível na natureza e se regenerar continuamente, sem intervenção humana,
espontaneamente e em uma quantidade inesgotável
4.2. Tipos de Energias Renováveis
As energias renováveis são fontes de energia que se regeneram naturalmente e podem
ser utilizadas sem esgotar a fonte primária. Abaixo, seguem alguns exemplos dos tipos
de energias renováveis:
1. Energia Solar: é a energia proveniente do sol, captada por painéis solares
fotovoltaicos ou por sistemas de aquecimento solar. Segundo Garcia et al.
(2020), a energia solar é uma das fontes de energia renovável mais promissoras,
com potencial para suprir grande parte da demanda energética global.
2. Energia Eólica: é a energia proveniente do vento, captada por turbinas eólicas
que transformam a força do vento em energia elétrica. Segundo Morales et al.
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(2020), a energia eólica é uma das fontes de energia renovável mais maduras e
competitivas, com potencial para atender a uma parcela significativa da
demanda energética global.
3. Energia Hidrelétrica: é a energia proveniente da água em movimento, captada
por usinas hidrelétricas que transformam a força da água em energia elétrica.
Segundo Asadi et al. (2021), a energia hidrelétrica é uma das fontes de energia
renovável mais utilizadas em todo o mundo, com potencial para fornecer uma
grande parte da energia elétrica global.
4. Energia Geotérmica: é a energia proveniente do calor interno da Terra, captada
por meio de poços geotérmicos que transformam o calor em energia elétrica.
Segundo Tester et al. (2015), a energia geotérmica é uma fonte de energia
renovável com grande potencial de expansão, especialmente em países com
atividade vulcânica, como a Islândia.
5. Energia das Ondas: é a energia proveniente das ondas do mar, captada por meio
de dispositivos flutuantes que transformam o movimento das ondas em energia
elétrica. Segundo Duarte et al. (2018), a energia das ondas é uma fonte de
energia renovável em desenvolvimento, com potencial para fornecer uma
contribuição significativa para a matriz energética global.
6. Energia de Biomassa: é aquela produzida a partir de resíduos orgânicos, tais
como restos de madeira, palha, bagaço de cana-de-açúcar, resíduos agrícolas e
urbanos, entre outros. Segundo Oliveira et al. (2020), Esses materiais são
transformados em combustível por meio de processos físicos e/ou químicos,
como a combustão, a gaseificação e a pirólise, e utilizados para gerar calor,
eletricidade ou biocombustíveis.
4.3. Vantagens e Desvantagens
Assim podemos enumerar algumas vantagens dos usos de energias renováveis, como as
seguintes.
Podem ser consideradas inesgotáveis na escala humana comparadas aos
combustíveis fósseis;
O seu impacto ambiental é menor do que os provocados pelas fontes de energia
com origem nos combustíveis fósseis, uma vez que não produzem CO2 ou
outros gases relacionados ao “efeito estufa”;
Permitem a criação de novos empregos em áreas específicas de cada tipo de
aproveitamento energético;
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Reduzem a dependência de combustíveis fósseis;
Confere autonomia energética a um país, uma vez que a sua utilização não
depende de importação de combustíveis fósseis;
Incentivam a investigação de novas tecnologias que permitam melhor eficiência
energética.
Assim podemos enumerar algumas vantagens dos usos de energias renováveis, como as
seguintes.
Podem ser consideradas inesgotáveis na escala humana comparadas aos
combustíveis fósseis;
O seu impacto ambiental é menor do que os provocados pelas fontes de energia
com origem nos combustíveis fósseis, uma vez que não produzem CO2 ou
outros gases relacionados ao “efeito estufa”;
Permitem a criação de novos empregos em áreas específicas de cada tipo de
aproveitamento energético;
Reduzem a dependência de combustíveis fósseis;
Confere autonomia energética a um país, uma vez que a sua utilização não
depende de importação de combustíveis fósseis;
Incentivam a investigação de novas tecnologias que permitam melhor eficiência
energética.
4.4. Tecnologias para geração de eletricidade
Há diferentes tipos de tecnologias utilizadas para a produção de energia elétrica através
de fontes geotérmicas, sendo que cada uma é mais recomendada a um sistema de faixa
de temperaturas diferentes. Baseiam-se elas nos ciclos Binário, Rankine e Flash (de um,
dois ou três estágios) e têm aplicação conforme a qualidade do recurso (tabela 1).
Tabela 1 - Classificação dos recursos geotérmicos (SANYAL, 2005)
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O Ciclo Binário é um ciclo mais recomendado para sistemas de classe 2, isto é, com
temperaturas variando entre 100°C e 150°C (SANYAL, 2005). No entanto, esse também
pode se adequar para faixas de temperaturas um pouco acima, onde um ciclo Binário é
utilizado para reaproveitar o calor do líquido a, aproximadamente, 180°C, que sai do
separador de um ciclo Flash do mesmo sítio (PARADA, 2013). O Ciclo Binário,
representado na figura 1, consiste, basicamente, em fazer a salmoura (líquido extraído
da fonte) passar por um trocador de calor e aquecer um fluido de ponto de ebulição mais
baixo, como o n-pentano, para que este, ao vaporizar- se, passe por uma turbina a vapor
conectada a um gerador, produzindo eletricidade. Esse é um dos ciclos analisados neste
trabalho.
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O vapor é levado até uma turbina de vapor que, ao se expandir, faz girar um
gerador que produz energia elétrica;
Após expandir pela turbina, o vapor de baixa pressão é conduzido a um
condensador, que o transforma em salmoura;
Essa salmoura também é devolvida ao reservatório através do mesmo poço de
injeção.
Há outros tipos: o Flash de dois estágios (figura 3) e três estágios (figura 4). A
diferença entre eles está em que, basicamente, no primeiro tipo o líquido é separado do
vapor apenas uma vez, enquanto nos outros tipos ele é separado duas ou três vezes. Ao
separar mais vezes, é possível aproveitar mais o fluido, conseguindo uma potência de
saída maior. No entanto, os custos de capital e operação deste segundo sistema superam
o primeiro, já que serão necessários mais equipamentos.
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A extração do fluido no reservatório pode ser feita com auxílio de uma bomba ou não.
Tal decisão dependerá da pressão e temperatura no interior do reservatório, já que, nos
casos em que as condições de temperatura e pressão são moderadas (classe 3), eles
ainda se encontram dentro dos limites operacionais da bomba (SANYAL, 2005). A
partir disso, o fluido do reservatório deve poder escoar sem auxílio de bomba.
A eficiência do ciclo também depende do condensador, já que quanto menor a pressão
no condensador, maior a geração de eletricidade (WORLD ENERGY COUNCIL,
2016). Logo, é importante que haja um condensador que se adeque bem ao sistema, para
que a eficiência do ciclo atinja níveis maiores.
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Ti = temperatura inicial do fluido geotérmico (em °C)
q = taxa de fluxo de massa do fluido geotérmico (em kg/s)
H = entalpia específica do fluido geotérmico (em J/kg)
Cp = capacidade térmica do fluido geotérmico (em J/kg·K)
m = taxa de fluxo de massa de água de refrigeração (em kg/s)
2. Fórmula para cálculo da produção de energia elétrica:
P=q*H*e*h
Onde:
P = produção de energia elétrica (em kW)
q = taxa de fluxo de massa do fluido geotérmico (em kg/s)
H = entalpia específica do fluido geotérmico (em J/kg)
e = eficiência do ciclo de geração de energia
h = densidade da água (em kg/m³)
3. Fórmula para cálculo das perdas de energia:
Qloss = (Tw - Tf) * m * Cp
Onde:
Qloss = perdas de energia (em W)
Tw = temperatura da água de refrigeração (em °C)
Tf = temperatura do fluido geotérmico (em °C)
m = taxa de fluxo de massa de água de refrigeração (em kg/s)
Cp = capacidade térmica da água de refrigeração (em J/kg·K)
É importante ressaltar que essas fórmulas são apenas exemplos e que o cálculo da
temperatura, produção e perdas durante a produção de energia elétrica em uma usina
geotérmica pode envolver outras variáveis e considerações, dependendo das
características específicas da usina.
4.7. Zonas com Potencial Eléctrico
Durante a elaboração do Altas foram recolhidas várias amostras geotérmicas em seis
províncias do país, tendo quatro dos locais apresentado condições geotérmicas
adequadas para produção de electricidade (FUNAE-ATLAS, 2013).
Estima-se que o país possua um potencial geotérmico de 147 MW, dos quais 20 MW
são prioritários. As Províncias com maior potencial geotérmico são Tete, Manica,
Sofala, Zambézia, Nampula e Niassa, conforme pode ser visualizado na (FUNAE-
ATLAS 2013).
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figura 5 - Potencial geotérmico em Moçambique / Fonte: FUNAE-ATLAS, 2013
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5. Conclusão
De maneira geral, o cenário de desenvolvimento da fonte de energias renováveis é
relativamente promissor, uma vez que o potencial é elevado e a utilização de fontes de
energia limpa e renovável é desejável. Contudo, ainda existe uma barreira tecnológica a
ser transposta, com principal objetivo de tornar o preço da energia viável
economicamente. Neste sentido, as iniciativas atuais estão ligadas a políticas nacionais
de governo e incentivos, dada a ausência de maturidade desta fonte energética e a falta
de infraestruturas.
As tecnologias de conversão da energia das ondas em energia elétrica ainda estão em
fase de maturação, e a maioria dos equipamentos atualmente utilizados é de protótipos
ainda não são consolidados ou comercializados. Isso significa que ainda não surgiu uma
tecnologia “vencedora”, que sirva como referência para a indústria e que concentre os
esforços.
Outro importante ponto a destacar é especificamente no caso do aproveitamento das
características geotérmicas das zonas mencionadas durante o desenvolvimento do
trabalho, que possui um grande potencial energético, existe uma possibilidade de
exploração economicamente viável está situado em regiões pouco estudada e com
grande relevância ambiental ou turística, sendo este um importante limitador ao
desenvolvimento da fonte.
Apesar da relativa aceitação da sociedade devido ao fato desta ser uma energia limpa,
sem emissão de CO2, e renovável, é importante mencionar o pouco conhecimento dos
impactos desta fonte e dos fatores condicionante ao desenvolvimento da fonte é que,
apesar do elevado potencial, a implementação exige grande esforço em termos de
estudos geotérmico e valores avultados.
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6. Bibliografia
DiPippo, R. (2012). Geothermal power plants: principles, applications, case studies and
environmental impact. Elsevier.
Muffler, P. (2013). Geothermal energy: sustainable heating and cooling using the
ground. Wiley.
Bertani, R. (2010). Geothermal power generation: status, challenges and perspectives.
Renewable and Sustainable Energy Reviews, 14(2), 557-562.
Tester, J. W., Anderson, B. J., Batchelor, A. S., Blackwell, D. D., DiPippo, R., Drake, E.
M., ... & Walsh, P. M. (2006). The future of geothermal energy: impact of enhanced
geothermal systems (EGS) on the United States in the 21st century. Massachusetts
Institute of Technology.
sadi, M., Ahmadi, M. H., & Rosen, M. A. (2021). A review of hydropower plants and
energy recovery from water pipelines. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 138,
110557.
Duarte, L. A., Guerra, T. M. S., Lavor, J. A., & Lima, C. J. C. (2018). Overview of wave
energy in Brazil. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 81, 1059-1069.
Garcia, C. A., Arancibia-Bulnes, C. A., & Jara-Rojas, R. (2020). The potential of
photovoltaic solar energy in the world. Renewable and Sustainable Energy Reviews,
119, 109584.
Oliveira, L. G. de, Bazzo, E., Baratieri, M., & de Oliveira, F. J. (2020). Energy
generation from biomass: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 133,
110208.
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