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Escola Secundária da Ramada. Energias Renováveis.

Energias
Renováveis

2020/2021
Professor: João São Pedro

Trabalho realizado por:

Cristiana Araújo Nº7

1 Leonor Fernandes Nº17

Tiago Costa Nº26


Escola Secundária da Ramada. Energias Renováveis.

Índice
Introdução .................................................................................................................................................................................................. 3
1. Energias renováveis - O que são?............................................................................................................................................. 4
2. Energia eólica – Características ............................................................................................................................................... 5
3. A utilização da energia eólica .................................................................................................................................................... 6
4. Vantagens e os problemas da fonte energética ................................................................................................................... 7
5. Aproveitamente e possibilidades da sua utilização ............................................................................................................ 8
6. Projetos futuros .............................................................................................................................................................................. 9
Conclusão................................................................................................................................................................................................. 10
Bibliografia ............................................................................................................................................................................................... 11

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Escola Secundária da Ramada. Energias Renováveis.

Introdução
O presente trabalho consiste na recolha de dados e informações, bem como a apresentação dos mesmos.
Para este foi utilizado vocabulário esclarecedor e compreensível, imagens e gráficos de forma a que se entendam
as ideias que pretendem ser transmitidas.
Com base nos temas propostos decidimos abordar e investigar a energia eólica uma vez que de todas as
energias renováveis foi a que mais agradou aos três elementos do grupo. Visto que a forma como se aproveita e
produz este tipo de energia é cada vez mais discutida nos dias que correm decidimos, pelo exato motivo,
apresentá-la como tema principal do nosso trabalho.
A estrutura do mesmo está dividida em seis partes. Numa parte inicial, achámos por bem, após a
introdução, iniciarmos com uma breve apresentação ao tema “energias renováveis”, de forma a criar algum
enquadramento. Sendo as cinco restantes partes, correspondentes à energia eólica, mais especificamente, as
suas características, utilização, vantagens e desvantagens do seu uso, as possibilidades na sua utilização no
território português assim como o seu aproveitamento e projetos futuros.
A principal dificuldade que encontrámos baseia-se no facto de haver bastante informação disponível à
cerca do tema tornando-se difícil a seleção de informação fidedigna, tendo sido um processo trabalhoso e
complicado.
A base deste trabalho foi, essencialmente, a pesquisa na internet.

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1. Energias renováveis - O que são?


A energia renovável é uma fonte de energia alternativa que pode ser indefinidamente utilizada. É
proveniente de recursos naturais (rios, vento, biomassa, Sol, ondas do mar e calor da Terra) capazes de se
regenerarem de forma regular e, desse modo, serem aproveitados ao longo do tempo sem a possibilidade de se
esgotarem. Estes recursos naturais permitem produzir energia hídrica, eólica, de biomassa, oceânica e
geotérmica.
A produção de energia de fontes renováveis evita a necessidade de serem importados combustíveis
fósseis, como o carvão e o gás natural que, ao serem substituídos por energias limpas, reduzem a emissão de
gases com efeito de estufa, conservando o ambiente e tornando qualquer país menos dependente do estrangeiro
a níveis energéticos. Estas fontes originam, para além disto, uma redução do preço da energia elétrica no
mercado da eletricidade, contribuindo para uma maior sustentabilidade económica e ambiental do país.

Com o evoluir dos anos e fruto da inovação e desenvolvimento tecnológico, as energias renováveis têm
vindo a alcançar um peso significativo na forma como Portugal produz a sua energia. É de tal forma notório que
começam a surgir notícias como esta:

“Quase 62% da energia consumida em 2020 foi renovável


Emissões de dióxido de carbono na produção de eletricidade em 2020 atingem mínimo de 30 anos, com 61,7% da
energia gerada em Portugal a ter origem em fontes renováveis.
2020 ficou marcado pela crise pandémica, com repercussões no setor elétrico. APREN (Associação Portuguesa
de Energias Renováveis) e associação Zero fizeram um balanço conjunto do setor elétrico português, dando nota
que em 2020, por um lado, houve uma significativa redução no consumo de eletricidade (que teve como
consequência a queda dos preços do mercado grossista) e, por outro lado, observou-se uma utilização inferior
de combustíveis fósseis (que levou à diminuição abrupta das emissões de CO2 do setor e ao phase-out precoce
das centrais a carvão).

Qual foi o desempenho da eletricidade renovável em


2020?
De acordo com os indicadores disponíveis, todos os centros
electroprodutores de Portugal Continental produziram, em
2020, um total de 49 324 GWh de eletricidade, proveniente em
61,7% de fonte renovável. Este total foi maioritariamente
suportado pela tecnologia hídrica, que representou 28%.”

Figura 1 – Produção de energia em Portugal.


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2. Energia eólica – Características


Focando, agora, a nossa atenção para a energia eólica: a energia alvo deste trabalho.
De forma simples e objetiva, esta energia renovável utiliza a força do vento (movimento de massas de ar),
para a produção de energia mecânica, que é posteriormente transformada em energia elétrica, graças aos
aerogeradores e todas as suas componentes.
Amiga do ambiente, esta energia é das
fontes menos poluentes disponíveis no
planeta, devido à não emissão de gases de
efeito de estufa. Está constantemente
disponível e pode ser produzida em
qualquer região do planeta.
Atualmente, existem dois tipos de
energia eólica em função do lugar onde
são instalados os aerogeradores: energia
eólica onshore e energia eólica offshore.

Figura 1 - London Array maior parque eólico offshore do mundo,


localizado no Mar do Norte
ENERGIA EÓLICA ONSHORE
A energia eólica onshore é responsável pela produção de energia
elétrica a partir do aproveitamento do vento dos parques eólicos
localizados em terra. Para esse feito irão ser instalados múltiplos
aerogeradores capazes de transformar a energia cinética do vento em
energia elétrica apta para o consumo e, futuramente, integrados na
rede de distribuição.

Figura 2 – Parque eólico localizado em


ENERGIA EÓLICA OFFSHORE terra.

De forma a aproveitar a força do vento, a energia


eólica offshore é produzida em alto mar. Isto deve-se ao
facto de o vento alcançar uma maior velocidade e ser mais
constante, um fator importantíssimo na utilização eficaz
desta energia. Para explorar ao máximo este recurso, são
desenvolvidas megaestruturas assentadas sobre o leito
marinho e adaptadas às últimas inovações tecnológicas.
O maior parque de energia eólica offshore do mundo
situa-se no Mar Norte.
Figura 3 – Aerogerador localizado no mar.
SABIAS QUE…
O homem sempre usou a força do vento como fonte de energia, porém, diz-se que a energia eólica surgiu na
década de 70, pois foi quando a mesma passou a ser utilizada para a produção de energia elétrica, consequência
da escassez de petróleo que se fez sentir na Europa e levou os países a procurarem outras fontes de energia.

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3. A utilização da energia eólica


Quantas não foram as vezes que nos
deparámos com uma paisagem
semelhante à da figura do lado? A
verdade é que ultimamente paisagens
como esta têm vindo a surgir com mais
frequência. Contudo, a dúvida de saber
como é que estas “coisas gigantes”
funcionam e para que servem sempre se
manteve nas nossas cabeças, até hoje…

Figura 4 – Aerogeradores. Quanto maiores forem


as pás e quanto maior for a intensidade do vento
maior será a energia gerada.
A energia eólica obtém-se a partir da
força do vento que, por sua vez, é obtida através
destas “coisas gigantes” (entre os seus 80 e 120
metros de altura), designadas por
aerogeradores. De forma muito sucinta, os
aerogeradores têm como função transformar a
energia cinética em energia elétrica, passando
tudo isto por várias etapas. O rotor, composto por
3 pás (hélices), é uma das partes principais de
um aerogerador. Este é responsável pela
transformação de energia cinética em energia
mecânica que, mais tarde, se transformará em
energia elétrica, função que será desempenhada
Figura 5 - Esquema geral do
pelo gerador, outro elemento igualmente importante neste procedimento.
funcionamento de um aerogerador.
Por fim, a energia elétrica produzida pelo gerador, será
transportada através de cabos subterrâneos, até uma subestação
de transformação onde, posteriormente, será distribuída por
milhares de famílias, escolas, fábricas, entre outros lugares, com
auxílio das redes de distribuição das diferentes companhias
elétricas (figura 5).
Para que esta produção de energia se torne rentável, os
aerogeradores precisam de se agrupar em parques eólicos, para
alimentar localidades remotas e distantes da rede de
transmissão.
SABIAS QUE…?
Os métodos de utilização da força do vento como fonte de
energia nem sempre foram os mesmos. O homem começou a Figura 6 – Como é que a eletricidade chega até nós?
utilizar o vento para a elevação de água, para moinhos, para mover barcos à vela, entre outros. Hoje em dia a
energia do vento é utilizada, essencialmente para produzir eletricidade através dos aerogeradores.
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4. Vantagens e os problemas da fonte energética


Já não nos é novidade que as energias renováveis trazem inúmeros benefícios, a diferenciados níveis. No
entanto, não podemos debater as suas vantagens e desvantagens como um todo, mas sim conhecendo e
analisando cada uma das suas ramificações.
Visto que a energia eólica não requer nenhum processo de combustão, intitula-se assim, como
uma energia com baixos teores de emissões de gases de efeito de estufa (GEE), que são, neste
caso, os principais responsáveis pelo aquecimento global.
A nível dos benefícios para os governos a aposta nesta energia reduz a dependência energética
do exterior, nomeadamente, a dependência pelos combustíveis fósseis. Dado que a energia eólica
exige uma menor aquisição de direitos de emissão de CO2 gera também poupança.
Em proveito dos promotores, esta é uma energia não muito dispendiosa, pois tanto o custo por
KW como a sua manutenção são bastante acessíveis. Em conjunto com isto, evidentemente que se
os parques eólicos se encontrarem em áreas onde o vento sopra mais forte o benefício é
consequentemente mais elevado.
Para além disto, no que toca diretamente à população, a energia eólica tem um impacto muito
baixo, uma vez que os parques eólicos são instalados após um rigoroso planeamento e em zonas
despovoadas, para impedir qualquer efeito negativo nos habitantes, podendo ser utilizados em
conjunto com outras atividades como o gado e a agricultura. É igualmente importante dar destaque
ao facto de a referida energia, e segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), na
atualidade, empregar mais de 1,2 milhões de pessoas, número que não pára de aumentar.
Embora esta seja uma fonte de energia não poluente e renovável, tal como tudo, também provoca alguns
impactos e aspetos negativos, ainda para mais quando nos referimos a algo que está em grande parte dependente
da Natureza.
A intermitência dos ventos, isto é, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é
necessária, acaba por tornar difícil a integração da sua produção no programa de exploração.
Relativamente à área de instalação o fator aqui destacado é que para se construírem parques
eólicos é necessária a utilização de uma grande extensão de terra devido ao facto das turbinas
precisarem de resguardar determinadas distâncias de segurança. O ruido emitido pelas turbinas
é extremamente intenso, o som atinge decibéis (43 db) considerados fora do limite causando
também poluição sonora.
Para além destes aspetos, a
energia eólica causa ainda um
impacto visual, pois para muitas
pessoas estas tais “coisas gigantes”
provocam desconforto interferindo na
estética da paisagem, e um impacto na fauna,
devido a muitas aves terem dificuldade em
visualizar o movimento das hélices, causando um
grande número de mortes destes animais.
Figura 7 – Milhares de aves morrem por terem dificuldade a
visualizar o movimento das hélices.
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5. Aproveitamente e possibilidades da sua utilização


Portugal inaugurou, em 1986, o seu primeiro parque eólico, localizado na ilha de Porto Santo, Madeira. Foi a
partir deste momento que se passou a aproveitar a energia eólica para a produção de energia elétrica no
território lusitano.
Só dez anos depois, em 1996, é que foi instalado, no continente português, o seu primeiro parque eólico.
Portugal, apesar de não ser um dos países mais ventosos da Europa, tem condições bastante favoráveis para
o aproveitamento da energia eólica.

Figura 8 - Os aerogeradores são instalados em zonas de Figura 9 – Localização dos parques eólicos
potencial eólico elevado, isto é, em zonas ventosas. 2018 – Portugal Continental.

Com base na Figura 7, verificamos que grande parte dos parques eólicos instalados em Portugal se encontram
na metade norte do país. A situação geográfica e geomorfológica de Portugal são a resposta a esta constatação.
Como o melhor aproveitamento dos aerogeradores depende da força do vento é mais que certo que devem ser
instalados em lugares onde a presença deste seja predominante. Os locais mais ventosos encontram-se
essencialmente nas zonas montanhosas e na faixa
litoral pois são estas as zonas que apresentam
velocidade e regularidade do vento suscetível de
aproveitamento energético. É, então, por isto, que aqui
existem maiores concentrações de parques eólicos.
Todavia, também existem e foram instalados embora
em quantidades muito menores, parques, por
exemplo, na costa alentejana. A zona da grande
planície alentejana representa um local com potencial
eólico muito baixo, dado que não cumpre com todos os
requisitos já mencionados anteriormente. Figura 10 – Parque eólico Alto Douro.
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6. Projetos futuros
Novos projetos de energia eólica atingiram e
continuam a atingir recordes em 2020 e 2021.
Portugal é um dos países que está a contribuir para
este recorde, nomeadamente com o projeto
Windfoalt Atlantic, um dos projetos mais
interessantes do país. Trata-se do primeiro parque
eólico marítimo em Portugal e encontra-se a
aproximadamente 20 km do largo de Viana do
Castelo.
A implantação deste parque eólico permite o
acesso a áreas marinhas sem precedentes e
representa um avanço tecnológico significativo para
a descarbonização da economia portuguesa.
As plataformas do WindFloat Atlantic estão
ancoradas no fundo do mar por correntes, a mais de
100 metros de profundidade e são desenvolvidas
tendo em vista a redução de riscos, tanto na fase de
construção, como na fase de instalação e operação.
A sua estabilidade é conseguida através de um
sistema de comportas que se enchem de água na
base dos três pilares, associadas a um sistema de
lastro estático e dinâmico.
A primeira das três plataformas do projeto
WindFloat Atlantic foi conectada com sucesso no dia
31 de dezembro de 2019 e a terceira no dia 27 de maio
de 2020.

Figura 11 – Projeto WindFloat Atlantic


Hoje em dia, o WindFloat Atlantic já se encontra em funcionamento, tem uma capacidade total de 25 MW e é
capaz de gerar energia suficiente para fornecer o equivalente a 60 mil habitantes por ano, poupando quase 1,1M
de toneladas de dióxido de carbono.

O seu objetivo está centrado na


exploração do recurso eólico em águas
profundas.

9 Figura 11 - António Vidigal, Presidente do Conselho de


Administração da EDP Inovação, afirma que as aplicações
offshore já são uma realidade.
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Conclusão
Após a realização deste trabalho, ficámos a conhecer e a compreender melhor a matéria e tudo o que está
por trás da utilização desta fonte de energia renovável cada vez mais importante e impactante no nosso
quotidiano.
Do nosso ponto de vista a utilização destas fontes de energia deveriam continuar em ascensão pois são, em
muito maior quantidade, os benefícios que estas nos trazem, que problemas.
A energia eólica em particular, vem ajudar em muito tanto o ambiente, como o governo e os promotores das
mesmas e em nada prejudica a população, daí a escolha da mesma ser tão significante.

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Bibliografia

→ APREN – Energias Renováveis, acedido a 15 de março de 2021. Disponível em https://www.apren.pt/pt/energias-


renovaveis/destaques ;

→ EDP - WindFloat, acedido a 15 de março de 2021. Disponível em https://www.edp.com/pt-pt/inovacao/windfloat ;

→ e2p - Energias endógenas de Portugal, acedido a 15 de março de 2021. Disponível em


https://e2p.inegi.up.pt/?Lang=PT#Tec3 ;

→ Iberdrola - O que é a energia eólica, como ela se transforma em eletricidade e quais são suas vantagens?, acedido
a 15 de março de 2021. Disponível em https://www.iberdrola.com/meio-ambiente/energia-eolica ;

→ Instalador – A energia eólica em Portugal, acedido a 15 de março de 2021. Disponível em


https://www.oinstalador.com/Artigos/266454-A-energia-eolica-em-Portugal.html ;

→ Noctula - Projeto Windfloat Atlantic: O primeiro Parque Eólico Marítimo em Portugal, acedido a 15 de março de
2021. Disponível em https://noctula.pt/projeto-windfloat-atlantic-primeiro-parque-eolico-maritimo-em-portugal/
;

→ NASCIMENTO, Marina - Ano de 2020 movido a Energia Renovável em Portugal, acedido a 16 de março de 2021.
Disponível em https://www.uve.pt/page/2020-movido-a-energia-renovavel/ ;

→ REIS, Pedro - Fontes de energia – Tudo sobre energias renováveis, acedido a 15 de março de 2021. Disponível em
https://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/ ;

→ REIS, Pedro - Vantagens e desvantagens da energia eólica, acedido a 16 de março de 2021. Disponível em
https://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-da-energia-eolica/ ;

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