Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
12. ANO
SOCIOLOGIA
. RECURSOS MULTIMÉDIA
Atualização periódica
de vídeos em
. CENÁRIOS DE RESPOSTA
Recursos Multimédia
TEMA 1 – O que é a Sociologia? 4. Interação social e papéis sociais
1
7. Família e escola ▪ Teste – Os problemas de integração social dos
imigrantes. Etnicidade. Políticas de integração
▪ Teste – Família
social
(p. 173)
(p. 214)
▪ Teste – Escola
▪ Teste – A construção social do género
(p. 179)
(p. 221)
▪ Teste – Escola/ Família: agentes de mudança?
▪ Teste – Pobreza e exclusão social
(p. 179)
(p. 225)
▪ Animação – Família: agente de reprodução social
▪ Animação – Género: reprodução e mudança social
ou mudança?
nas sociedades atuais
(p. 166)
(p. 215)
▪ Powerpoint – Família em Portugal
▪ Powerpoint – Classes sociais, mobilidade social
(p. 158)
e movimentos sociais
▪ Powerpoint – Escola (p. 186)
(p. 174)
▪ Powerpoint – Migrações, identidades culturais e
8. Desigualdades e identidades sociais etnicidade
(p. 206)
▪ Teste – Movimentos sociais
(p. 194) ▪ Powerpoint – Género e sexualidade
(p. 215)
▪ Teste – Classes sociais e mobilidade social
(p. 205) ▪ Powerpoint – Pobreza e exclusão social
(p. 222)
▪ Teste – Migrações e identidades culturais
(p. 208)
E ainda:
Textos complementares
Links
Imagens
Em www.sociologia12.te.pt aceda ao canal do projeto no YouTube, onde encontra vídeos
de exploração das temáticas do Manual.
Estes recursos serão atualizados ao longo do período de vigência do Manual.
Cenários de resposta
UNIDADE 1 – Sociologia e conhecimento sobre a realidade social
Página 12 – Texto 1.1 exteriores à sua consciência, ou seja, «as manei-
ras coletivas de agir ou de pensar apresentam uma
1. O objeto de estudo das ciências sociais é a reali-
realidade exterior aos indivíduos e (…) esta síntese
dade social (os fenómenos sociais).
tem lugar fora de cada um de nós».
2. A realidade social é una, pois não se encontra
compartimentada, dividida, é sempre a mesma. Página 18 – Texto 1.4
Como o texto refere, a realidade social é a «“con-
1. A ação social diz respeito ao modo como os indi-
dição humana” como a “realidade” estudada por
víduos interagem na sociedade, a partir da estru-
todas as ciências do homem». E mais adiante fina-
tura social.
liza dizendo que a realidade social é «uma unidade
sob a diversidade das disciplinas, unidade que 2. A ação social é o objeto de estudo da Sociologia,
exprime a da própria realidade, que “é uma só”». pois como refere o texto: «A estrutura conceptual
da Sociologia vai buscar o seu material (…) às rea-
3. A atitude metodológica necessária à explicação
lidades da ação [social].»
da realidade social é a interdisciplinaridade que
procura integrar o contributo de todas as ciências
Página 20 – Texto 1.5
sociais (disciplinas) a fim de obter uma explicação
mais profunda dos fenómenos sociais. 1. A Sociologia surgiu em Portugal nos finais do
século xix com o crescimento da industrialização
Página 15 – Texto 1.2 e as mutações sociais que levaram os pensadores
sociais a quererem estudar o movimento operário,
1. A introdução da Sociologia na Grã-Bretanha
dando início às primeiras publicações.
deveu-se a Harriet Martineau que viajou pelos EUA
para conhecer a realidade social de uma sociedade 2. Foi com a Revolução de 25 de Abril de 1974 que
em industrialização (como a da Grã-Bretanha) e em se verificou um grande aprofundamento da Socio-
constante mutação. Foi a primeira tradutora para logia em Portugal provocado pelas transformações
inglês da obra de Auguste Comte intitulada Filoso- sociais da altura, como é mencionado no texto,
fia Positiva. «eclosão de iniciativas sociais, económicas, polí-
ticas e culturais que abriram novas perspetivas às
2. Harriet Martineau é considerada uma pioneira
ciências sociais». As liberdades democráticas, a
na Sociologia porque, além de tradutora da obra
circulação de ideias e os contactos com os meios
de Comte, estudou a realidade dos EUA, publicada
académicos de outros países impulsionaram tam-
sob o título A Sociedade na América, desenvolveu
bém a investigação nesta área.
os métodos e técnicas de pesquisa em Sociologia,
defendeu a necessidade da investigação se «cen-
Página 27 – Texto 1.6
trar em todos os aspetos» da realidade social e de
«incluir a vida das mulheres» nas investigações. 1. O comentário deverá iniciar-se com uma intro-
Também foi a primeira a estudar do ponto de vista dução que conterá uma curta síntese do texto.
da Sociologia «assuntos anteriormente ignorados Segue-se o desenvolvimento em que se relacio-
como o casamento, as crianças, a vida pessoal e nam partes do texto com os obstáculos epistemo-
religiosa e as relações raciais» como refere o texto. lógicos à produção do conhecimento em Sociologia
(senso comum, familiaridade com o social, ilusão
Página 17 – Texto 1.3 da transparência do social, naturalismo, individua-
lismo e etnocentrismo) e com os benefícios, uma
1. Os factos sociais são coercivos porque a socie-
vez que as crenças, ideias e opiniões dos indivíduos
dade constrange os indivíduos a cumprirem as
fazem parte da realidade social. Conclui-se com um
nomas sociais e a agirem de acordo com os mode-
balanço do que foi dito – realçando-se a importân-
los vigentes. Os factos sociais são coisas exteriores
cia dos métodos e das técnicas na complexa análise
aos indivíduos que se lhes impõem de fora, cons-
da realidade social.
trangendo-os. Como refere o texto «a noção de
coerção social é que é essencial. Pois (…) as manei- 2. A Sociologia estuda os fenómenos sociais atra-
ras coletivas de agir ou de pensar apresentam uma vés do recurso a métodos de investigação (como,
realidade exterior aos indivíduos, os quais, a cada por exemplo o de análise extensiva e o de análise
momento de tempo, com elas se conformam. Cons- intensiva) e técnicas (como por exemplo técnicas
tituem coisas que têm existência própria.» documentais e não documentais) a fim de construir
o conhecimento científico.
2. Os factos sociais são exteriores aos indivíduos
porque se lhes impõem de fora, como coisas
3
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
Páginas 32-33 – Sociologia Aplicada suicídio em vários países no século xix. De seguida,
analisou essas estatísticas. A partir dessa análise
1.1 O objeto da Sociologia é a realidade social, ou
verificou que o fenómeno não era apenas individual.
seja, o conjunto de interações sociais, segundo o
Depois, constatou que havia relações entre a proba-
texto a «dimensão social do ser humano, o nível de
bilidade de suicídio e a religião, bem como entre a
realidade relacionado com a sua própria sociabili-
probabilidade de suicídio e o tipo de vida familiar.
dade inata (…) o ser humano enquanto ser social».
3.2 O suicídio varia com o grau de integração na
1.2 Após a seleção de um fenómeno social deverá
sociedade. Deste modo, os protestantes tinham
será referido como é que a Economia, a História e
maior probabilidade de se suicidar do que os cató-
a Demografia estudarão o fenómeno, devendo con-
licos e do que os judeus (que apresentavam menor
cluir-se que todas as ciências sociais estudam o
probabilidade de se suicidar) e, no que respeita aos
mesmo fenómeno social mas a partir de perspeti-
laços familiares, as pessoas casadas e com filhos
vas diferentes, de acordo com as teorias, concei-
tinham menos probabilidades de se suicidarem do
tos, métodos e técnicas de cada uma delas. Para o
que as solteiras e viúvas.
estudo aprofundado desse fenómeno necessitamos
do contributo de cada uma delas. 4.1 Foi com a «revolução de Abril que funcionou
como um catalisador de vontades, de reivindi-
2.1 A relatividade dos factos sociais demonstrada no
cações e de manifestações» que surgiram novos
texto prende-se com o facto de o casamento variar
fenómenos sociais. Deste modo abriram-se novas
no tempo e no espaço: «Na Europa pré-moderna, o
perspetivas de análise à Sociologia em Portugal.
casamento começou, de uma forma geral, por ser
um arranjo de interesses de terras (…). Pelo con- 4.2 A Sociologia estuda os comportamentos dos
trário, na maioria do Ocidente moderno, o casa- jovens punk e relaciona-os com a «afirmação de
mento acaba por ser algo centrado no amor.» uma mudança de valores mais transversal que
envolvia uma abertura da juventude portuguesa
2.2 Os factos sociais também apresentam a carac-
a novas músicas, novas estéticas, a novas for-
terística da coercitividade, ou seja, os indivíduos
mas de sociabilidade» num universo que «movi-
são constrangidos ao cumprimento das normas
menta um conjunto de atores que desempenham
sociais e a agirem de acordo com os modelos vigen-
vários papéis» como menciona o texto. A Geografia
tes. Como refere o texto, na Europa pré-moderna o
Humana estuda este fenómeno social nas regiões
casamento já foi um mero arranjo de interesses e
e locais em que ocorre, ou seja, nas «zonas urba-
hoje é algo centrado no amor. Em diferentes perío-
nas». A Economia estuda a produção, consumo,
dos, os indivíduos são sujeitos a diferentes mode-
distribuição proporcionado pelas bandas punk, ou
los sociais de comportamento.
seja, toda a atividade económica ligada aos «músi-
3.1 Primeiro, Durkheim recolheu estatísticas sobre o cos, promotores, editores, fãs (…), etc. ».
5
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
Páginas 36-37 – Texto 2.1 o texto, a análise de conteúdo pretende ir além das
palavras, ou seja, «conhecer aquilo que está por
1. O objeto de estudo são jovens do sexo masculino
trás das palavras» para compreender o sentido e
com baixo sucesso escolar, com idades entre os 14
dar-lhe significado. A análise de conteúdo procura
e os 18 anos, com experiência de várias repetências
«outras realidades através das mensagens».
ao longo da escolaridade obrigatória, em escolas
públicas e instituições de solidariedade social na
Página 44 – Texto 2.4
periferia da cidade de Coimbra.
1. A observação participante implica que o inves-
2. Como o «objetivo central do estudo não se prende
tigador se insira intencionalmente no grupo a
com a quantificação (…) mas com uma compreen-
observar para recolher informações. Existem duas
são dos processos que levam ao desinteresse esco-
modalidades: participação-observação e observa-
lar, de acordo com a perspetiva dos participantes»
ção-participação.
como nos diz o texto, optou-se fundamentalmente
por uma investigação intensiva. Ou seja, «Privi- 2. Na observação-participação o investigador só
legiou-se uma linha qualitativa de natureza inter- se integra no grupo a observar após a definição de
pretativa, procurando focar-se na compreensão da «um projeto de pesquisa em relação a esse grupo».
conduta humana a partir do referencial do próprio Quando «um ou vários elementos de um grupo
sujeito e da complexidade de circustâncias que o decidem aproveitar a sua inserção» já existente no
enquadram». grupo para o observar estamos perante a técnica
de participação-observação.
Página 38 – Texto 2.2
Página 46 – Texto 2.5
1. A investigação-ação surgiu na década de 1940 no
campo da investigação em educação, associado à 1. Nas questões abertas a pessoa inquirida tem
necessidade de articular reflexão crítica com prá- toda a possibilidade de exprimir livremente e justi-
ticas que poderão proporcionar o surgimento de ficar a sua opinião; em contrapartida, nas questões
novas teorias. fechadas a pessoa inquirida não pode desenvolver
a sua resposta, apenas mostra a sua opinião relati-
2. Investigação-ação é uma estratégia de investiga-
vamente às opções de resposta que lhe são dadas.
ção em que o investigador também integra o objeto
de estudo e o seu conhecimento e resultados da
Página 51 – Texto 2.6
investigação possibilitam uma reflexão crítica que
poderá originar práticas transformadoras. As meto- 1. Fenómeno social total é tudo o que decorre da
dologias em causa proporcionam uma «ação mais vida social. É uno, indivisível, pluridimensional e
profícua e consequente na medida em que se cen- complexo, abrangendo diferentes níveis do real
tram na reflexão crítica, por um lado, e na atitude social. Como é mencionado no texto, «estes fenó-
operacional de práticas que acabam por ser ponto menos são simultaneamente jurídicos, econó-
de partida para a emergência de possíveis teorias» micos, religiosos e até estéticos, morfológicos»
como é dito no texto. e têm implicações na totalidade da sociedade ou
em parte das suas instituições. Ou seja, os factos
Página 43 – Texto 2.3 sociais «abalam, em certos casos, a totalidade da
sociedade e das suas instituições (...) e, noutros
1. A análise de conteúdo constitui um conjunto de téc-
casos, só um grande número de instituições».
nicas de análise de comunicações para identificar as
ideias comuns em relação a diferentes tópicos a fim 2. O desemprego é um fenómeno social total por-
de lhes dar significado, para poder compreender o que tem implicações em vários níveis do real social:
sentido das informações que estão a ser analisadas. económico, político, jurídico, demográfico, histó-
rico, geográfico e psicológico, ou seja, é uno, pluri-
2. Enquanto a linguística descreve o funciona-
dimensional e complexo.
mento da língua, «é o estudo da língua» como diz
7
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
que o investigador iria recolher informações atra- lógica mais ampla de transformação das estrutu-
vés da comunicação verbal. ras do casamento e da família», com implicações
1.2 Duas sociologias especializadas para o estudo na totalidade da sociedade ou em grande parte das
sobre a ocupação dos tempos livres das crianças e suas instituições. O divórcio é um fenómeno social
adolescentes seriam, entre outras, a Sociologia da pluridimensional e complexo, que abrange diferen-
Família e a Sociologia da Educação. tes níveis do real social. Exige o recurso a diferentes
disciplinas científicas e diferentes «olhares», sob
2.1 O inquérito por questionário aplica-se a um ele-
pena de «perdermos» contributos importantes para
vado número de indivíduos. É uma das técnicas de
a explicação e compreensão do fenómeno, o qual,
pesquisa que apresenta um conjunto predetermi-
apesar dessa divisão de olhares, é uno e indivisível.
nado de perguntas à população (universo) a inquirir
ou a uma amostra representativa dessa população. 3.2 Como refere o texto, o estudo do divórcio exige
«a análise tanto extensiva como intensiva da evolu-
2.2 Esta técnica utiliza-se em estudos que inquiram
ção e das mudanças deste fenómeno social em Por-
populações numerosas porque seria impossível
tugal» porque, como fenómeno social total, abala a
realizar entrevistas a todos os indivíduos a inquirir.
sociedade e as instituições e transforma as «estru-
3.1 O texto refere que o «divórcio é um fenómeno turas do casamento e da família» como é mencio-
social que tem vindo a assumir um peso crescente nado no texto.
nas sociedades ocidentais» e que se inscreve «numa
9
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
4.4 As sociologias especializadas estudam, com integrando os diferentes contributos das ciências
maior profundidade, aspetos particulares da reali- sociais, é que se pode realizar investigações mais
dade social. Duas sociologias especializadas relati- profundas e completas.
vas a esta investigação poderiam ser, entre outras, a 6.1 O trabalho infantil é um fenómeno social total
Sociologia da Educação e a Sociologia da Exclusão. porque tem implicações em todos os níveis da rea-
No âmbito da Sociologia da Educação poder-se-ia lidade social. É uno, complexo e pluridimensional
estudar a integração das raparigas de etnia cigana com incidência na totalidade da realidade ou em
na escola, o seu sucesso e o abandono escolar, por parte das suas instituições.
exemplo. A Sociologia da Exclusão poderia estudar
6.2 A interdisciplinaridade é a atitude metodológica
as categorias sociais mais vulneráveis à exclusão
que procura integrar o contributo de várias ciências
social, causas da exclusão e políticas de integração
(ou disciplinas) no sentido de encontrar uma expli-
e coesão social.
cação mais profunda desse fenómeno social total –
5. Boaventura Sousa Santos considera que a elevada o trabalho infantil. Cada ciência social estuda este
divisão e «parcelização» do conhecimento cien- fenómeno social total de acordo com a sua pers-
tífico, a elevada especialização sem ter em conta petiva, objeto de estudo, teorias, conceitos, méto-
os contextos e o todo, tem efeitos negativos, uma dos e técnicas de pesquisa, sendo por isso, entre si,
vez que a realidade social é una, complexa e plu- complementares.
ridimensional. Só através da interdisciplinaridade,
11
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
2. Na cultura ocidental, o branco está associado medo que os europeus sentiram, ao contactarem
ao conceito de pureza, de bem, e o preto ao mal. com os povos do continente africano, poderá ter na
É uma construção cultural pois, noutras culturas, a origem o simbolismo referido. Quando o medo do
associação é exatamente contrária. desconhecido necessita de mecanismos de defesa,
a construção de ideias sobre os «outros» pode ser
3. Dado que a distinção branco/preto se encontra
uma via. O racismo é um exemplo dessas constru-
simbolicamente associada ao bem/mal na cultura
ções mentais, embora esclarecidas e combatidas
ocidental, é natural que esta perceção simplista da
nos nossos dias.
realidade se alargue a outros contextos. Assim, o
15
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
Páginas 84 e 85 – Sociologia Aplicada 2.4. A cultura é uma aquisição feita, desde cedo,
1.1. Padrão de cultura é um conjunto integrado de em que valores, modelos de comportamento e nor-
elementos culturais materiais e imateriais que tipi- mas, isto é, maneiras de pensar, sentir e agir são
ficam e tornam exclusiva uma comunidade. Cada transmitidas aos membros de uma comunidade.
comunidade tem o seu padrão de cultura. Ora, de acordo com Ruth Benedict, a socialização
irá moldar o nosso comportamento, dado que na
1.2. Alguns exemplos da tipicidade do padrão de
cultura transmitida poderão circular ideias discri-
cultura dos Tchambuli podem retirar-se das expres-
minatórias relativamente a outros grupos étnicos.
sões seguintes: «os homens enfeitavam-se, faziam
Assim, todos os preconceitos recebidos por uma
intrigas, deixavam-se escolher pelas mulheres (…)
socialização acrítica constituem maneiras distorci-
as mulheres mostravam-se dominadoras e agressi-
das de analisar a realidade.
vas».
3. Texto extraordinariamente rico que exige cui-
1.3. A tipicidade da cultura Tchambuli, cujos com-
dada reflexão. Descodificá-lo é, de certo modo,
portamentos são bem diferentes daqueles do
entender: a dificuldade que nos é ainda inerente de
mundo ocidental, tinha as suas raízes no facto de
ultrapassar a oposição nós/eles; o etnocentrismo
o papel masculino se ter tornado subalterno pela
subjacente às nossas análises culturais; o facto
alteração ocorrida na divisão do trabalho entre
de ainda hoje se aceitar que a cultura branca pos-
homens e mulheres. A caça de cabeças praticada
sui instituições religiosas, políticas, económicas,
pelos homens tinha sido abolida e estes perderam
etc., únicas, infinitamente superiores às institui-
importância social, tornando-se menos valoriza-
dos. ções similares de outros povos; a circunstância de
os europeus só reconhecerem outros povos depois
2.1. Cultura é um conjunto articulado de elementos de europeizados; a desarticulação a que foram
materiais e imateriais, de maneiras de pensar, sen- sujeitos padrões culturais próprios dos povos ditos
tir e agir que caracterizam uma comunidade. «inferiores» em virtude do seu contacto com os
2.2. A cultura não é um dado biológico, como o brancos e a sua cultura; a necessidade de reflexão
texto de Ruth Benedict demonstra. De facto, como sobre estas questões, no sentido de nos realizar-
afirma a autora, uma criança oriental adotada por mos, de facto, como indivíduos.
uma família inglesa interiorizará a cultura do seu
4. As imagens ilustram as preocupações que hoje em
grupo de acolhimento, falando inglês, brincando
dia os indivíduos têm com a sua imagem. Os símbolos
como as crianças inglesas e encaminhando-se
de belo de que a gordura não faz parte são transmi-
para iguais escolhas profissionais das dos seus
tidos pelas mais diversas vias, sendo a comunicação
pares.
social a mais insistente. As imagens demonstram
Se fosse um dado biológico, uma criança oriental o exagero e o absurdo das preocupações estéticas
manteria o padrão de cultura da sua família de ori- impostas culturalmente. Representações sociais (as
gem. imagens que temos do corpo); o estigma da rejeição
2.3. O indivíduo quando nasce é um ser culturalmente (por não termos um corpo magro) e os símbolos da
em branco. É, através do processo de socialização, elegância (de que a gordura é excluída) constituem o
que este irá interiorizar o padrão de cultura do seu conjunto que pode levar aos comportamentos cari-
grupo. Assim, a cultura é sempre um «adquirido». caturados nas imagens analisadas.
19
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
21
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
a comportarem-se como «homens» e que ensinam 2.5 Grupo de pertença é o grupo a que o indivíduo
as meninas a comportarem-se como «mulheres». se encontra ligado independentemente da sua von-
1.2 Conforme o texto, os meninos são fortes, gran- tade. Assim acontece com a família, o grupo escola,
des, com personalidade enquanto as meninas são etc. Por seu turno, o grupo de referência é o grupo
frágeis, adoráveis, bonitas. De acordo com o texto, a que um indivíduo não pertence mas a que aspira
desta socialização de género resulta que os meni- pertencer, realizando uma socialização por anteci-
nos têm de aprender a ser «fortes», capazes de pação, isto é, assumindo os comportamentos do
ajudar e resolver problemas, enquanto as meninas grupo a que espera um dia vir a pertencer.
devem embelezar-se, mostrar-se frágeis, necessi- 2.6 O pequeno texto do psicólogo Daniel Sampaio
tar de ajuda… dos homens! refere uma situação em que jovens adolescen-
1.3 A experiência relatada mostra-nos a dife- tes procuram afirmar-se de maneiras nem sempre
rente reação dos indivíduos face a comportamen- conformes à socialização desejada. Os modelos
tos semelhantes por parte de bébés meninos e de de comportamento relativos aos seus grupos de
bébés meninas, ainda que, na experiência em causa pertença são postos em causa, ou mesmo rejeita-
se trate sempre do mesmo bébé. Assim, perante um dos, sendo adotados comportamentos dos grupos
bébé vestido de azul, as pessoas olham-no como de referência – grupos a que desejam pertencer –
um menino e comentam a sua atitude, por exemplo por apresentarem padrões de cultura alternativos.
o choro, de forma positiva e associada a força e tem- Assim, o papel de estudante cumpridor, esperado
peramento; o mesmo bébé, vestido de cor-de-rosa é pela sociedade, é substituído, e associado, a um
de imediato considerado como uma menina e o que novo estatuto – adolescente rebelde – esperado
os indivíduos registam e salientam é a sua beleza. pelo jovem como prova da sua afirmação social.
Quer dizer, o simples facto de vestir uma criança de 3.1 O conflito entre trabalho e família, o con-
uma ou outra cor «transforma-a» no seu género e flito decorrente de um emprego exigente de onde
atribui-lhe diferentes capacidades e expectativas. sai «tarde» e a necessidade de apoiar a família,
2.1 Grupo é um conjunto de indivíduos com rela- nomeadamente a necessidade de «chegar cedo a
ções recíprocas, indivíduos que apresentam em casa» para deitar a filha.
comum interesses, objetivos, organização, valores, 3.2 Nos últimos tempos, pressionadas pela com-
normas e um código comunicacional. petitividade e pelo mercado, operaram-se enor-
2.2 Um conjunto de indivíduos constitui um grupo mes mudanças nas organizações decorrentes do
se esses indivíduos, os membros do grupo, apre- elevado nível de exigência em termos de prazos e
sentarem: de intensidade do trabalho, que leva ao estabe-
lecimento de enormes jornadas de trabalho que,
- um objetivo comum a atingir;
em geral, ultrapassam em muito o horário previsto
- um conjunto de papéis a desempenhar que são de saída e geram dificuldades quando se trata de
distribuídos pelos seus elementos; gerir ausências ou reduções do horário de traba-
- uma partilha de elementos culturais (valores, nor- lho causadas por situações excecionais ou de crise,
mas, linguagem, etc.). nomeadamente gravidez, amamentação, apoio à
2.3 Os grupos juvenis são grupos sociais porque, família, doença, etc.
entre outras características e critérios, possuem 3.3 Das entrevistas realizadas podemos perceber
uma «linguagem» própria, uma forma específica as dificuldades que se colocam atualmente aos tra-
de «estar na vida», um conjunto de regras, um balhadores, divididos entre níveis de exigência da
conjunto de papéis a desempenhar, um objetivo empresa cada vez mais elevados e as necessidades
comum aos respetivos membros. desses trabalhadores responderem ao que deles
2.4 Os grupos de amigos são grupos primários espera o ambiente familiar. Em consequência, os
devido à proximidade e elevado grau de afetividade trabalhadores ou se adaptam, em prejuízo da famí-
entre os seus membros, o que conduz a relaciona- lia, ou procuram outro local de trabalho cujas exi-
mentos informais e íntimos entre os membros. gências não perturbem tanto a unidade familiar.
Página 112- Texto 5.1 de interesses) não são, de acordo com Parsons,
suficientes para garantir a ordem social, sendo
1. As soluções destinadas a assegurar a ordem necessário que os agentes sociais integrem as nor-
social, apresentadas pela filosofia social (a submis- mas e os valores da sociedade e atuem de acordo
são às leis criadas pelo Estado e a compatibilização com eles.
23
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
25
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
como «poluição cultural» e veículos de promoção o isolamento social pois o tempo de convívio e de
dos valores dos consumidores ocidentais. contacto com a família e os amigos diminui, preju-
A resistência tem-se manifestado de formas diver- dicando os relacionamentos pessoais e a participa-
sas: crítica, impedimento ou fecho de satélites oci- ção na vida social.
dentais, corte do acesso por satélite à televisão
ocidental, entre outras. Páginas 134-135 – Sociologia Aplicada
Nos países islâmicos menos tradicionais, a resis- 1.1 O aumento de pessoas a viver na rua pela Europa,
tência não se tem feito sentir com a mesma inten- em resultado da crise económica, do desemprego
sidade, havendo, pelo contrário, o reconhecimento e da maior pobreza, tem sido acompanhado pela
da necessidade de introduzir algumas mudanças adoção de medidas e regulamentos que visam difi-
a nível cultural, no sentido da sua modernização, cultar a vida na rua (proibição de dormir, comer,
mantendo, ao mesmo tempo, os traços essenciais mendigar, e recolher lixo nos contentores). Tais
da identidade cultural. medidas visam contrariar um comportamento con-
Pode concluir-se, assim, que quanto mais tradicio- siderado desviante, na medida em que «viver na
nal, em termos de valores, normas e tradições for rua» não é visto como um comportamento social-
uma comunidade, maior será a resistência às ino- mente aceite. A tendência seguida pelas autorida-
vações e mudanças, uma vez que estas são enten- des, no seguimento das práticas seguidas nos EUA,
didas como uma ameaça à identidade cultural. vai no que sentido de criminalizar as ações dos
sem-abrigo na rua, aplicando-lhes sanções penais,
Páginas 132-133 – Verificação de aprendizagem de forma a defender «a lei e ordem».
UNIDADE 6 – Globalização
Página 139 – Texto 6.1 global prendem-se com o enredo simples (uma his-
tória de amor no ambiente de uma previsível tragé-
1. A mundialização das trocas está retratada nas pra-
dia), com a ligação da história à realidade e a um
teleiras dos supermercados: a existência de uma
facto famoso (naufrágio do Titanic) e com a iden-
enorme quantidade e variedade de bens, diversidade
tificação dos espetadores aos valores transmitidos
geográfica relativamente à origem dos produtos,
(o amor vence barreiras culturais e sociais).
possibilidade de comprar produtos característi-
cos de outras culturas, rotulagem dos produtos em
Página 147 – Texto 6.6
várias línguas e distribuição simultânea de produtos
idênticos pelos supermercados de países diversos. 1. O Kuduro pode ser considerado um estilo de vida,
pois mais que uma dança ou entretenimento, o
Página 141- Texto 6.2 Kuduro representa um modo de vida de jovens (par-
ticularmente de origem africana), pois envolve códi-
1. As comunicações eletrónicas possibilitam a reali-
gos de conduta (modo de dançar, de falar, de vestir e
zação de transações financeiras em qualquer parte
de estar com os amigos) que integram os elementos
do mundo, em tempo real. Desta forma elevados
no grupo, fornecendo-lhes uma identidade especí-
montantes de dinheiro circulam livremente no
fica, marcando, ao mesmo tempo, a diferença face a
mundo, facilitando o financiamento das empresas
outros grupos de jovens e respetivos estilos de vida.
e as atividades financeiras.
Página 149 – Texto 6.7
Página 142- Texto 6.3
1. Para o autor o mundo moderno é muito mar-
1. Por homogeneização cultural planetária entende-se cado pela dimensão económica em que a procura
a difusão dos mesmos produtos culturais pelo mundo, de ganhos de competitividade entre as econo-
como filmes, música, arte, entre outros. Estes produ- mias, os países e as empresas à escala mundial se
tos são consumidos por milhões de pessoas. faz sentir cada vez mais, arrastando nessa urgên-
2. Os mesmos programas de televisão, os mesmos cia a utilização excessiva dos recursos naturais, ao
filmes, o futebol e as músicas são exemplos de cul- mesmo tempo que se fazem sentir as ameaças glo-
tura popular global. bais, como as alterações climáticas, as emissões
de CO2, as catástrofes naturais ou as guerras que
Página 145 – Texto 6.4 põem em risco a sustentabilidade do mundo.
1. As pessoas em contacto com padrões culturais 2. O mundo moderno, muito baseado no consumo,
de povos considerados «dominantes» absorvem os origina inovações e transformações de forma a
seus valores e adotam os seus modelos de com- satisfazer melhor as necessidades infinitas das pes-
portamento, embora possam manter alguns aspe- soas mas, como os recursos necessários para a sua
tos da sua cultura de origem. O autor do texto cita satisfação são finitos, particularmente os recur-
as comunidades de imigrantes que assimilam os sos naturais, a sociedade terá de fixar prioridades,
modelos culturais do Ocidente. de forma a satisfazer as necessidades sem pôr em
2. O grau de assimilação não é idêntico nas várias risco a sustentabilidade do mundo.
gerações de imigrantes. A 1.ª geração apresenta
um grau de assimilação relativamente baixo, man- Página 151 – Texto 6.8
tendo muitas ligações à sua cultura de origem. 1. Por sociedade de risco entende-se o conjunto de
Na 2.ª geração, os filhos dos imigrantes apresen- riscos que fazem parte da vida na atualidade: finan-
tam um grau de assimilação elevado, adotando os ceiros, nucleares, ecológicos, bioquímicos, etc.
padrões culturais da sociedade onde estão inseri- 2. Os riscos e as incertezas inerentes à chamada
dos, mantendo pouca ligação às práticas culturais «sociedade de risco», na sua maioria resultantes
de origem. Na 3.ª geração, embora a maioria dos das escolhas realizadas e das decisões tomadas,
membros da comunidade apresente um grau de são, não só inevitáveis em termos individuais, como
assimilação elevado, existe uma camada de jovens afetam a globalidade da sociedade, pois as suas
que assumem a cultura originária, numa procura de causas e consequências não se restringem a deter-
identidade e de regresso às raízes. minados países, ultrapassando as fronteiras nacio-
nais. A ameaça de um conflito nuclear ou de um ato
Página 146 – Texto 6.5 de terrorismo bioquímico, entre outros exemplos,
1. O filme Titanic é, pelo autor, considerado um representa um conjunto de riscos e incertezas para
produto global na medida em que foi visionado em toda a humanidade pois as consequências de tais
todo o mundo, sendo um dos filmes mais populares atos atingirá todos os países e, não apenas, os paí-
nos últimos anos. As razões para esta popularidade ses diretamente envolvidos.
29
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
Páginas 154 e 155 – Verificação de aprendizagem 4.2 Os autores consideram que a reação à acultura-
ção, protagonizada pela 3.ª geração das comunidades
Grupo I de imigrantes, resulta numa combinação de elemen-
1. C 2. D 3. C 4. B 5. A tos da cultura global com elementos das culturas
locais, que se vai desenvolvendo, não em contraponto
Grupo II à globalização cultural, mas integrando-se nela.
1.1 A mundialização das trocas de bens e serviços e 5.1 A sociedade sabe que as decisões que toma e as
a as empresas transnacionais. escolhas que faz em termos de modos de vida têm
consequências em termos de riscos e incertezas
1.2. A globalização cultural significa a difusão à que não pode controlar (como as alterações climá-
escala mundial de informação, de produtos cultu-
ticas). Para preservar o ambiente, o modo de vida
rais (filmes, séries de TV, músicas, etc.), de valores,
no presente e das gerações futuras, a sociedade
modelos de comportamento e símbolos culturais.
tem que apostar na inovação (por exemplo mate-
1.3. Os «média» associados às novas tecnologias de riais não poluentes), mudar atitudes e comporta-
informação e comunicação e à transmissão de dados mentos que diminuam os fatores de risco.
via satélite, difundem informação pelo mundo, mui-
5.2 Catástrofes naturais, risco nuclear, terrorismo,
tas vezes em tempo real, ultrapassando as fronteiras
contaminação química dos alimentos, entre outros.
entre os países e quebrando o isolamento das socie-
dades. Um dos «média» que mais impacto tem na
Páginas 156 e 157 – Sociologia Aplicada
globalização cultural é a televisão que, utilizando os
canais com visibilidade mundial difunde informação, 1.1 «Os indignados – novos atores coletivos» surgi-
valores e modelos de comportamento através dos ram em Espanha, no contexto da crise económica
programas, das séries e dos filmes. Esses valores e europeia, caracterizada por um elevado desemprego
comportamentos são, por um processo de acultu- e pela aplicação de medidas económicas de conten-
ração, adotados por povos com culturas diferentes. ção de despesas, chamadas de medidas de austeri-
dade, que se traduziram na queda dos rendimentos
2.1 Os novos meios de comunicação e as novas tec- e num menor apoio do Estado social. Esta situação
nologias de informação e comunicação permitem, traduziu-se em forte descontentamento, expresso
não só pôr em contacto povos geograficamente dis- em manifestações participadas por milhares de
tantes, como promovem a circulação pelo mundo pessoas: em Portugal, num protesto conhecido por
de informação e de produtos culturais que são par- «Geração à Rasca» e em Espanha, através do movi-
tilhados por milhões de pessoas em todo o mundo. mento dos indignados.
As distâncias geográficas, físicas e culturais entre
os povos reduzem-se. 1.2 O movimento dos indignados organizou-se
numa vasta rede de ativistas e simpatizantes em
2.2 O conceito de «aldeia global» significa a redu- várias cidades espanholas, utilizando para o efeito
ção das distâncias geográficas, físicas e culturais as novas tecnologias de informação e comunica-
entre os povos, fruto da globalização da informa- ção (telemóveis, internet e redes sociais), dissemi-
ção, decorrente das novas tecnologias de infor- nando por toda a Espanha a indignação e a revolta.
mação e comunicação. Assim, os acontecimentos Estas novas formas de comunicação permitiram
ocorridos num qualquer país podem ser partilha- mobilizar rapidamente as pessoas para os protes-
dos por milhões de pessoas em todo o mundo. tos, revelando uma eficácia assinalável.
3.1 A globalização da informação, os movimentos 1.3. O movimento dos indignados é composto pre-
migratórios, os fluxos de turismo e a circulação de dominantemente por jovens das «classes médias»,
produtos culturais globais, permite o contacto entre altamente qualificados, mas em situação de
povos, dando a conhecer hábitos, tradições, padrões desemprego ou em trabalho precário, com baixas
de comportamento e modos de vida diversos. expectativas relativamente ao futuro.
3.2 O conceito de aculturação significa a adoção 2.1 O artigo retrata um modo de vida seguido por
de elementos culturais de uma cultura por outra, jovens de várias nacionalidades, assente num con-
podendo haver perda total ou parcial de elementos junto de valores, comportamentos e ideais partilha-
da cultura originária. dos entre todos, que os integra no grupo de pertença
4.1 O processo de aculturação, em particular, nas – uma tribo nómada –, ao mesmo tempo que marca
comunidades imigrantes, desenrola-se ao longo a diferença face a outros estilos de vida. Neste
das gerações. Quando se chega à 3.ª geração, e de estilo de vida, as novas tecnologias de informação e
acordo com o autor do texto, a reação à perda da comunicação constituem uma ferramenta essencial,
cultura originária, em resultado da aculturação, nomeadamente a internet e as redes sociais: estimu-
traduz-se numa procura da identidade através da lam o contacto, a partilha de informação e a hospita-
adoção de elementos da cultura de origem. lidade, desenvolvendo a confiança e a ajuda mútua.
31
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
2.2 A liberdade, a humildade ou o desprendimento pela maioria das pessoas nas sociedades contem-
face aos bens materiais, nomeadamente ao dinheiro, porâneas, urbanas e ocidentais: ter um emprego,
a partilha e a ajuda mútua, a defesa do ambiente, ganhar dinheiro, assegurar o sustento da famí-
entre outros. lia, consumir, etc. Neste «estilo de vida normal», o
trabalho, o consumo, a família, a segurança, entre
2.3 Anja, um dos elementos da «nova tribo nómada»,
outros, são valores fundamentais à organização e
ao utilizar na entrevista a expressão «estilo de vida
estabilidade da vida social.
normal» quer referir-se ao modo de vida partilhado
37
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
os relacionados com a cultura, por exemplo. Neste 3.3. O texto refere claramente o papel da escola
tipo de sociedade, o conhecimento é a condição na transmissão de uma cultura que se deseja ade-
para o saber, a competitividade e o progresso social. quada à contemporaneidade. A sociedade do
3.2. Segundo António Nóvoa, na sociedade do conhecimento, ao exigir novas competências,
conhecimento, a escola será uma instituição fun- implica a escola e outras instituições na qualifica-
damental. No entanto, o autor refere outras insti- ção dos recursos humanos de uma sociedade. Esta
tuições que deverão, em parceria e articulação, adaptação aos novos tempos, ajustando o «velho»
prover o conhecimento. Poderemos incluir neste e procurando o «novo» ilustra bem a socialização
«espaço público de educação» as universidades, os como um processo dinâmico que transmite a cul-
centros de investigação, as bibliotecas, por exem- tura dominante mas também produtor de uma nova
plo, para além da família, naturalmente. cultura.
39
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
41
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
Página 211 – Texto 8.12 minoria e impedem que esta adote os valores da
maioria dominante.
1. As três fases da migração internacional, a seguir
à II Guerra Mundial foram, tendo em conta o texto
Página 215 – Texto 8.16
«emigração, imigração dos países de expressão
portuguesa e imigração da Europa de Leste», não 1. Margaret Mead concluiu que os comportamentos
tendo sido compartimentos estanques, uma vez que das mulheres e dos homens são construídos social-
«um deles não substituiu totalmente a anterior». mente, variando no espaço (e no tempo).
Isto é, quando se passou da fase da emigração para 2. As investigações de Margaret Mead e de Simone
a imigração dos países de expressão portuguesa, de Beauvoir vieram possibilitar a construção do
continuou a haver emigração e, quando se passou conceito de género ao evidenciarem que os com-
para a fase de imigração da Europa do Leste, conti- portamentos dos homens e das mulheres variam de
nuou a haver emigração para o exterior e imigração cultura para cultura, não sendo deste modo apenas
dos países de expressão portuguesa. Nenhum dos biológicos.
ciclos migratórios substitui totalmente o anterior.
Página 216 – Texto 8.17
Página 211 – Texto 8.13
1. Feminino e masculino são valorados assimetri-
1. As maiores comunidades de imigrantes em Portu- camente, ou seja, existe uma subalternização do
gal são: a brasileira, a ucraniana e a cabo-verdiana, feminino e uma dominação masculina. Tendo em
pois como é dito no texto «o Brasil era o país com conta o texto, o masculino é o «referente universal»
maior comunidade residente em Portugal com mais independentemente dos contextos e o feminino só
de 111.000 indivíduos, seguido pela Ucrânia com- é «referente exclusivo das próprias mulheres, como
perto de 48.000 pessoas e por Cabo Verde com um ideal coletivo dessa categoria, e só tem sentido
valor próximo dos 43.500 cidadãos». dentro das fronteiras contextuais em que é defi-
2. Em 2010 e 2011 verificou-se uma redução do nida».
número de imigrantes devido à crise financeira e
económica, iniciada em 2008, e às políticas eco- Página 216 – Figuras representativas de este-
nómicas adotadas que provocaram uma descida reótipos de género
e estagnação da atividade económica. Por outro
1. Estereótipo de género consiste na definição cole-
lado, verificou-se a aquisição de nacionalidade por-
tiva do que é ser homem ou ser mulher, definição
tuguesa por estrangeiros imigrados e o regresso de
apropriada pela sociedade em geral e que legitima
muitos imigrantes aos países de origem, quando
as discriminações de género. Deste modo, as meni-
nestes se tem verificado crescimento económico e
nas devem ter brinquedos associados às tarefas
aumento de oportunidades de trabalho.
domésticas e do cuidar para reproduzir uma socie-
dade em que é às mulheres que competem essas
Página 212 – Texto 8.14
tarefas e os meninos devem brincar com constru-
1. Três objetivos da associação Solidariedade Imi- ções, por exemplo, para virem a ser futuros enge-
grante (SOLIM) são, entre outros, prestar infor- nheiros (como compete a um homem e não a uma
mações e apoio jurídico sobre: regularização, mulher) nas sociedades que discriminam as mulhe-
reagrupamento familiar; asilo político, por exem- res e os homens. Meninos e meninas devem poder
plo. Apoio e acompanhamento aos trabalhadores brincar com todos os brinquedos e representar
na resolução dos conflitos laborais. Apoio em situa- todos os papéis sociais (masculinos e femininos)
ções relacionadas com a justiça. para que tenham, com mais liberdade, possibi-
2. Pesquisa a realizar pelos alunos. lidades de escolha; para que os homens possam
3. Pesquisa e organização a realizar pelos alunos. também exercer as suas capacidades de afetos e
cuidados e para que as mulheres exerçam também
as suas capacidades na esfera pública em todas as
Páginas 212 e 213 – Texto 8.15
profissões.
1. As diferentes atitudes dizem respeito às políti-
2. Poderão ser estabelecidas comparações com
cas de integração social: integração, assimilação,
base em características que, após debate, tanto
segregação e individualização. As políticas de inte-
são dos homens como das mulheres, uma vez que
gração pretendem articular os valores das mino-
são em grande medida socialmente construídas.
rias com os países de acolhimento. As políticas
de assimilação conduzem à «absorção» da cultura
maioritária pela minoria. As políticas de segrega- Página 217 – Texto 8.18
ção impedem a articulação dos valores da minoria 1. As raparigas são socializadas de forma diferente da
e da maioria, mas toleram os valores da minoria. dos rapazes. Elas aprendem a ser mais dóceis, pres-
As políticas de exclusão não aceitam a cultura da táveis, perseverantes no desempenho das tarefas e a
43
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
usar o espaço de uma maneira mais restrita. Os rapa- Página 224 – Texto 8.21
zes são ensinados a ser mais competitivos e ativos,
1. O IPM (Índice de Pobreza Multidimensional) veio
autoafirmativos, a se sobrestimar e a usar o espaço
superar as limitações do IPH (Índice de Pobreza
sem limites. Deste modo, a masculinidade domi-
Humana), ao procurar computar tanto o número e
nante impõe que reprimam, como se diz no texto,
pessoas que são pobres multidimensionalmente,
«Sentimentos de emoção ou afeição (…) exigem-se
como a intensidade da sua pobreza. Integra três
sinais de bravura, audácia e mesmo agressividade».
dimensões: saúde, educação e padrão de vida e é
2. A masculinidade dominante leva os rapazes e «definido segundo dez indicadores, concorrendo
os homens a ter comportamentos agressivos, de cada um deles de forma idêntica para a sua respe-
bravura, sem revelar emoções e sentimentos o que tiva dimensão» como o texto indica.
potencia que muitos rapazes tenham comporta-
mentos de risco. Página 224 – Texto 8.22
1. No que respeita ao PIB per capita, Portugal
Página 218 – Texto 8.19
encontra-se abaixo da média dos países da UE,
1. As distorções sexistas mais frequentes nos como explicita o texto «o PIB per capita em Portu-
manuais são: a invisibilidade das mulheres na his- gal (em PPC) situa-se entre três quartos e quatro
tória, na produção do conhecimento, nas artes e quintos da média da UE.»
na literatura; a estereotipia, isto é, a reprodução
2. Portugal apresenta níveis de grandes desigualda-
dos estereótipos de género transmitindo visões
des de rendimentos. Na Europa, juntamente com
não neutras e assimétricas do género feminino e
países como a Letónia e a Lituânia, é dos que evi-
do género masculino e a desintegração em que as
dencia maior desigualdade. Os menos desiguais são
questões relativas às mulheres são relegadas «para
os «países nórdicos como a Suécia e a Dinamarca, ou
setores absolutamente separados do corpo global
países do Centro e Leste Europeus como a Hungria, a
da obra, poder-se-ia mesmo dizer, «para o campo
República Checa, a Eslováquia» como refere o texto.
dos Anexos» como salienta o texto.
Podemos concluir que em todos os países da UE exis-
2. Pesquisa a realizar pelos alunos. tem desigualdades na repartição dos rendimentos,
havendo, porém, diferentes níveis de desigualdade.
Página 219 – Mapa das disparidades salariais
entre mulheres na UE-28 Páginas 228 e 229 – Verificação de aprendizagem
1. As disparidades salariais entre mulheres e
Grupo I
homens evidenciam uma acentuada discriminação
salarial das mulheres em todos os países da União 1. A 2. D 3. B 4. C 5. C 6. C
Europeia. Há, no entanto, diferenças a assinalar:
Grupo II
verificando-se menores desigualdades na Eslové-
nia, Malta, Polónia, Itália, Luxemburgo, Bélgica, 1.1 Género é um conceito relacional. Diz respeito
Roménia, Lituânia, Letónia e Bulgária. Portugal à construção social e cultural que leva as pessoas
apresenta uma desigualdade salarial mais elevada a desempenharem diferentes papéis sociais, de
do que os países anteriormente mencionados, mas acordo com o facto de serem homens ou mulheres
abaixo de alguns países da Europa Ocidental. em determinada sociedade.
1.2 Exemplos de estereótipos femininos, entre
Página 220 – Texto 8.20 outros: afetuosa, carinhosa, dependente e sen-
1. As mulheres constituem a maior percentagem de timental. Exemplos de estereótipos masculinos,
pessoas com contratos de trabalho a tempo parcial. entre outros: ambicioso, dominador, rígido e viril.
Este facto é um dos efeitos dos estereótipos de género 1.3 Enquanto sexo diz respeito às características
que atribuem maioritariamente às mulheres as tare- biológicas das mulheres e dos homens, o con-
fas domésticas e do cuidar. Por isso, as profissões ceito de género é uma construção social, é o que
ditas femininas são aquelas onde «o trabalho a tempo se espera de uma pessoa pelo facto de ser do sexo
parcial é mais comum». feminino ou masculino.
2. O trabalho a tempo parcial implica o acentuar 1.4 Ainda persistem muitas desigualdades entre
das desigualdades entre mulheres e homens porque mulheres e homens, como, por exemplo, o facto de
aquelas enfrentam maiores entraves à progressão as mulheres ganharem menores salários do que os
na carreira profissional e à formação profissional, homens; se encontrarem em minoria nos órgãos do
recebem menores salários e menores subsídios de poder político e económico ou serem alvo de violência
desemprego (em caso de desemprego) e também irão de género o que conduz a tragédia de mulheres assas-
receber reformas mais reduzidas, potenciando os ris- sinadas pelos seus ex-maridos, maridos, namorados,
cos de pobreza no grupo etário com mais de 65 anos. ex-namorados, companheiros ou ex-companheiros.
45
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf
Cenários de resposta
47
jstfhfdhfhfdshgdfhfdhf