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Fixismo através dos tempos

Adília Lourenço n.º1


Beatriz Rodrigues n.º5
Bernardo Ferreira n.º6
Catarina Silva n.º8
11.º CT1, Biologia e Geologia
Alice Carvalho
25/01/2021
Índice

1. Introdução................................................................................................................................ 1

2. Desenvolvimento ..................................................................................................................... 1

3. Conclusão ................................................................................................................................ 4

4. Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 5

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1. Introdução

Durante vários séculos, na tentativa de perceber a origem dos seres vivos e se existiu
evolução dos mesmos, foram criadas várias teorias. A mais ancestral é o Princípio Fixista ou
simplesmente Fixismo, defendida por vários filósofos gregos como Platão (427-347 a.C.) e
Aristóteles (384-322 a.C.) (Matias e Martins, 2008).

Posteriormente, outros filósofos orientais, baseando-se na ideia fixista, criaram outras


teorias, que envolvem a Ciência, a Sociedade e a Religião. Neste contexto, formaram-se,
respetivamente, as teorias do Catastrofismo, da Geração Espontânea e do Criacionismo
(wikiciencias.casadasciencias.org, 2015).

2. Desenvolvimento

A teoria Fixista prevaleceu por mais de dois mil anos. Esta perspetiva considerava que as
espécies são permanentes, perfeitas e não sofrem evolução. Como se sabe, os seres vivos de cada
espécie são semelhantes entre si, no entanto, são visíveis algumas características que os diferem.
Estas são resultantes da “natural” variabilidade que existe entre os indivíduos de uma determinada
espécie (Matias e Martins, 2008).

• Catastrofismo

O Catastrofismo é uma corrente de pensamento que defende que as modificações que


aconteceram no nosso planeta são resultado da ocorrência de grandes catástrofes naturais que
provocam a extinção da fauna e da flora existentes e explicam a presença de fósseis marinhos em
zonas continentais. Após estes períodos de extinção dá-se um novo povoamento que leva a um
novo período de estabilidade, originando uma nova era.

Um bom exemplo que suporta este princípio é a teoria associada à extinção dos dinossauros.
Segundo esta hipótese, um impacto causado por um asteroide teria provocado o fim do período
Cretáceo. 70% de todas as espécies, incluindo os dinossauros, teriam sido extintas, levando,
posteriormente, a um novo povoamento (Figura 1).

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Figura 1. Catastrofismo na era dos dinossauros.

O principal defensor do catastrofismo foi Georges Cuvier (1769-1832), mais conhecido


como o “Pai da Paleontologia”. Foi através do estudo dos fósseis que este conseguiu comprovar
esta teoria. Ele refutava a noção de evolucionismo defendendo que cada organismo só poderia
funcionar como um todo.

As suas ideias foram contestadas por Charles Lyell (1797-1875), que era defensor do
uniformitarismo de James Hutton. Embora o Catastrofismo fosse uma teoria fixista, a sua
contestação levou à formação de ideias fundamentais para a base do evolucionismo
(colegiovascodagama.pt).

• Geração Espontânea

A Teoria da Geração Espontânea, também conhecida como Abiogénese, foi


preferencialmente defendida por Aristóteles, René Descartes (1596-1650) e Isaac Newton (1643-
1727), no entanto, atualmente, não é aceite na comunidade científica. Esta hipótese defende que a
vida surge espontaneamente de uma matéria inanimada e que possuía um “princípio ativo” ou
“força vital” (uma espécie de força que transformava a matéria não viva em matéria viva)
(colegiovascodagama.pt).

Na tentativa de provar a veracidade desta teoria, foram realizadas várias experiências, uma
das mais conhecidas foi efetuada por Jan Baptista van Helmont (1579-1644) e resume-se em
colocar grãos de trigo em contacto com uma camisa suada e após aguardar cerca de três semanas,
os grãos de trigo transformavam-se numa determinada espécie de ratos, denominados
camundongos (Figura 2), devido ao cheiro emitido pela camisa suja de suor
(www.coladaweb.com).

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Figura 2. Espécie de rato, Camundongo.

Em 1668, Francesco Redi (1626-1697) tentou refutar este princípio realizando uma
experiência com moscas e corpos em decomposição. Redi observou que as moscas eram atraídas
por corpos em decomposição e neles colocavam os seus ovos, de onde, dias depois, surgiriam
larvas que mais tarde se tornariam moscas adultas (www.sobiologia.com.br).

Finalmente, nos meados do século XIX, Louis Pasteur (1822-1895) contrapôs


definitivamente a teoria inicial da Geração Espontânea graças a experiências controladas. A sua
experiência consistiu em preparar um caldo de carne e colocá-lo em dois frascos de vidro com
gargalo em forma de S. Posteriormente, os caldos foram fervidos e após arrefecerem Pasteur partiu
o gargalo de um dos frascos, dessa forma os microrganismos entravam em contacto com o caldo
e desenvolviam-se. No segundo frasco manteve-se o gargalo, não permitindo a entrada de
microrganismos, fazendo com que não se verificasse um surgimento de novos organismos no caldo
(Figura 3). Com esta experiência, Pasteur concluiu que os microrganismos se encontram presentes
no ar, no entanto, se estes forem isolados, não surgiriam, espontaneamente, novos organismos no
caldo (sobiologia.com.br).

Figura 3. Experiência de Pasteur.

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• Criacionismo

O Criacionismo baseia-se na fé e é referido na Bíblia, no livro de Génesis, por essa razão


esta teoria não pode ser um objeto de tratamento por parte da ciência, nem alvo de experiências
que a contrariem. Este princípio defende que os seres vivos foram alvo de um ato de Criação
Divina (Figura 4), por essa razão são caracterizados como obra-prima perfeita e estável, livre de
mudança e evolução. As exceções à perfeição devem-se às imperfeições e corrupção do Mundo.
O desenvolvimento da ciência a partir do século XVIII e XIX contribuiu para uma polémica
discussão entre as teorias criacionistas e evolucionistas quanto à origem do universo (Matias e
Martins, 2008).

Nos dias que correm, o Criacionismo ainda é aceite por algumas sociedades / culturas, na
América, por exemplo, há correntes que não querem ouvir falar do Evolucionismo: é o
Criacionismo que explica tudo! Três das mais importantes religiões monoteístas que possuem
versões criacionistas e são aceites pela população são: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo
(todamateria.com.br).

Figura 4. Criacionismo.
Figura 4. Criacionismo.

3. Conclusão

Após esta pesquisa podemos concluir que, a partir da Teoria Fixista, foram desenvolvidas
outras teorias que tentam explicar a Evolução Biológica, no entanto, estas não foram comprovadas
e atualmente não são aceites pela comunidade científica. Contudo, estas hipóteses tornaram-se as
bases para o desenvolvimento do Evolucionismo.

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4. Referências Bibliográficas

Abiogénese e Biogénese. Disponível em:


https://www.coladaweb.com/biologia/evolucao/abiogenese-x-biogenese, acedido em 17 de
janeiro de 2021.

A teoria da abiogênese e o experimento de Pasteur. Disponível em:


https://www.preparaenem.com/biologia/a-teoria-abiogenese-experimento-pasteur.htm,
acedido em 17 de janeiro de 2021.

Criacionismo. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/criacionismo/, acedido em 25 de


janeiro de 2021.

Escola Virtual. Disponível em: https://app.escolavirtual.pt/lms/playerstudent/resource/5969359/E,


acedido em 16 de janeiro 2021.

Geração espontânea. Disponível em: https://www.coladaweb.com/biologia/evolucao/geracao-


espontanea, acedido em 17 de janeiro de 2021.

Geração espontânea ou abiogénese. Disponível em:


https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao2.php, acedido em 17 de
janeiro de 2021.

Matias, O., Martins, P. (2008). Biologia 11. Porto: Areal Editores

Mecanismo de Evolução. Disponível em:


https://colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade7.2.html, acedido em 17 de
janeiro de 2021.

Moreira, C., Fixismo. Disponível em:


https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Fixismo, acedido em 17 de janeiro
de 2021.

Teoria da abiogénese. Disponível em: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/teoria-da-


abiogenese.htm, acedido em 17 de janeiro de 2021.

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