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1. Introdução

O presente trabalho que tem como tema Filo Arthropoda, tem como objectivo desenvolver o
afecto no estudo desses seres e saber como nos comportamos perante os mesmos, e a
metodologia usada foi a consulta bibliográfica, que constituiu na leitura de diversas obras
literárias, que influenciaram a sintetização das informações.
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2. Filo Arthropoda

Os artrópodes  (Arthropoda, do grego arthros = articulado, epodos = pés) são um filo


de animais invertebrados, que possuem exoesqueleto rígido e vários pares de apêndices
articulados, cujo número varia de acordo com a classe.

É o mais diversificado do planeta, com mais de 1 milhão de espécies catalogados, sendo cerca de
900 mil só de insectos. Outros artrópodes conhecidos, além dos insectos (baratas, borboletas,
moscas, etc.) e os aracnídeos (aranha, escorpiões, etc.). O sucesso da estratégia artrópode é
atribuído principalmente ao esqueleto corporal externo o exoesqueleto, protege o corpo do
animal como uma armadura articulada. Além disso, o exoesqueleto fornece pontos de apoio
firmes para acção dos músculos, tornando a movimentação muito eficiente. Por sua vez
apresentam a respiração aérea e a capacidade de voar, que lhes permite explorar e colonizar
praticamente todos os ambientes da terra firme. (AMABIS & MATHOS: 2004: 362)

3. Características gerais

Os artrópodes são animais triblastos, celomados, simetria bilateral, sistema digestivo completo e
corpo segmentado (metameria), esta última característica é considerada um indício dos
parentescos evolutivos com os anelídeos.

Na maioria dos artrópodes para que haja a formação de certas partes do corpo é preciso que
ocorra a fusão de “metâmeros” genericamente denominados tagmas. Nos insectos, por exemplo,
a cabeça resulta da fusão dos seis metâmeros anteriores. Os três metâmeros seguintes fundem –
se para formar o tagma torácico, ou tórax. A maioria dos últimos metâmeros permanece
separada, constituindo o tagma do abdómen, onde a metameria dos insectos é mais visível. Em
alguns crustáceos há fusão de metâmeros anteriores e intermediários, originando um tagma
denominado cefalotórax; em artrópodes mais primitivos, ocorrem fusão de metâmeros
intermediários e posteriores, originando um tagma denominado tronco. (AMABIS & MATHOS:
2004: 363)

Apesar de sua grande diversidade, todos os artrópodes exibem, em comum, as seguintes


características:
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Exoesqueleto: A cutícula de revestimento desses animais é formada por proteína e quitina, que é
um polissacarídeo nitrogenado (C8H18O5N) insolúvel na água, álcool, alcalis, ácidos diluídos, ou
pelos sucos digestivos de outros animais.

Como o esqueleto é bastante rígido, necessariamente limita o tamanho desses animais. São
necessárias mudas ou ecdises periódicas para permitir o aumento de tamanho. A maioria dos
artrópodes passa por 4 a 7 mudas até atingir o estágio adulto. A pele abandonada recebe o nome
de exúvia.

Segmentação: os artrópodes são, além dos anelídeos, os únicos invertebrados segmentados,


diferindo deles por não apresentarem septos intersegmentares internamente. Também não há
repetição dos órgãos internos como nos anelídeos. Durante o desenvolvimento embrionário pode
ocorrer, nos artrópodes, fusão entre os metâmeros, tornando menos evidente sua segmentação. É
possível entretanto identificar a divisão do corpo em três grandes segmentos, distintos ou
fundidos: cabeça, tórax e abdome.

Apêndices articulados: característica que dá nome ao grupo, os apêndices dos artrópodes são
formados por articulações móveis. Os apêndices são de vários tipos, estando sua forma
relacionada à função que realizam. Entre essas funções podemos citar as de locomoção (patas);
captura, sucção e trituração de alimentos (peças bucais variadas, pinças); limpeza do corpo e
percepção de estímulos (patas, antenas).

O sistema circulatório de todos os artrópodes é do tipo aberto. O sangue circula sob baixa
pressão e com fluxo lento, passando por cavidades, as hemoceles. Uma diferença importante
entre o sangue dos artrópodes e os vertebrados é que, nesses últimos, há grande quantidade de
células (glóbulos brancos e vermelhos), enquanto nos artrópodes essa quantidade é muito
reduzida. Esse sangue de baixa celularidade é conhecido pelo nome de hemolinfa.
(www.pucrs.br-22/08/2014-11h:40min)

Digestão: vários artrópodes são carnívoros, mas há também os herbívoros, que se alimentam de
diferentes partes das plantas. O sistema digestivo dos artrópodes é completo, e os resíduos
alimentares, isto é, as fezes são eliminados pelo ânus.
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Respiração: há diversas classes de artrópodes o tipo de respiração varia.

Muitos artrópodes são terrestres, como os insectos, diplópodes e quilópodes, e respiram retirando
o oxigénio do ambiente por estruturas denominadas traqueias.

A traqueia está ligada a fibras musculares que se contraem e estimulam o ar a entrar pelos
espiráculos da traqueia.

Os artrópodes aquáticos, como os crustáceos podem ter respiração branquial. As brânquias são
estruturas que retiram oxigénio dissolvido na água para a respiração animal e estão presentes em
grande parte dos invertebrados e nos peixes. Os microcrustaceos fazem respiração cutânea.

Reprodução: a maioria dos artrópodes tem sexos separados e a fecundação é interna, isto é, o
macho lança os gâmetas dentro do corpo da fêmea, o desenvolvimento pode ser directo ou
indirecto.

No desenvolvimento directo, os filhotes já nascem semelhantes aos progenitores, como é o caso


de alguns insectos e por tanto esses animais não passam por metamorfose.

No desenvolvimento indirecto, o animal que sai do ovo passa por uma metamorfose antes de
atingir a vida adulta. A metamorfose pode ser completa ou incompleta, isto é na completa o
animal passa pelas fases de larva, pupa e adulto, isto ocorre nas borboletas e moscas. Na
incompleta, não há fase de larva ou a pupa, é oque ocorre com as baratas e gafanhotos.
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4. Ecologia, comportamento e importância

Artrópodes como um grupo, eles têm uma enorme abundancia, vasta distribuição ecológica o que
faz com que a sua diversidade não seja ultrapassada por nenhum outro grupo de animais. São
encontrados em todos os tipos de ambientes (oceanos, rios e lagos, terra e ar). Outros vivem
sobre o interior de plantas ou de outros animais (carraças, pulgas).

Apesar dos artrópodes competirem com o homem por alimento e provocarem doenças, são
essenciais para polinização de muitas plantas e são também utilizados como alimento e para
produção de produtos como a seda, o mel e a cera. Outros são até medicinais. Na sua maioria,
estes animais são herbívoros, mais existem também artrópodes carnívoros e omnívoros e uma
grande parte de parasitas (facultativos, obrigatórios, ectoparasitas e endoparasitas) de plantas e
animais e do homem. Eles, contribuem para reciclagem de nutrientes uma vez que alguns se
alimentam de animais e plantas mortas. Certas espécies de joaninhas comem pulgões de plantas
sendo actualmente utilizadas como uma forma biológica de controlo de certas pragas da lavoura.

5. Classificação do Filo Arthopoda

O Filo Arthopoda foi assim designado em 1848 pelo zoólogo alemão Carl Theodor Ernest Vom
Sibold (1804 – 1885) incluía 3 classes: Crustacea, Arachnida e insecta. Segundo (Amabis &
Martho: 2004: 637) em algumas classificações modernas, os artrópodes são divididos em três
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subfilos: Crustacea (Remipedia, Cephalocarida, Branchiopoda, Maxillopoda, Malacostraca),


Chelicerata (Arachnida, Merostomata, Pycnogonida), e Uniramia (Chilopoda, Diplopoda,
Insecta, Collembola, Protura, Diplutura).

Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do
corpo e o número de apêndices apresentados (por exemplo: número de patas, antenas).

5.1. Classe Malacostraca

Corpo dividido em cabeça (5 ou 6 segmentos), tórax (8 segmentos) e abdómen (6 ou 7


segmentos) dependendo do grupo. A maioria vive no mar, há espécie de água doce e de terra
firme (ex. Armadillium, o tatuzinho-de-jardim). São os crustáceos mais conhecidos com mais de
25 mil espécies. A ordem mais expressiva e conhecida é Decopada, a qual pertencem camarões,
siri, caranguejos e lagostas.

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioartropodes.php-22.08.2014-17h.03min

5.2. Classe Arachnida (subfilo Chelicerata)

A classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões, e carrapatos. Algumas espécies peçonhentas
de aranhas e escorpiões podem causar a morte principalmente de crianças. O corpo dos
aracnídeos e dividido em cefalotorax e abdómen. Esses animais tem 4 pares de patas e não
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possuem antenas. Apresentam um par de pedipalpos que são apêndices sensoriais, e também um
par de queliceras, apêndices em forma de pinça.

A maioria dos aracnídeos e carnívora. Alguns desses animais são parasitas do sangue dos
vertebrados como os carrapatos. A sarna ou escabiose é causada por um aracnídeo, um acaro.

A aranha apresenta no abdómen as suas glândulas fiandeiras, que produzem os fios utilizado para
construir ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos onde esses animais vivem.

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioartropodes.php-22.08.2014-17h.03min
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5.3. Classe Chilopoda (subfilo Uniramia)

Quilópode é uma palavra de origem grega que significa (quilo = mil, podos = patas) esse grupo
é representado pela lacraia e pela centopeia. O corpo dos quilópodes é formado por uma cabeça e
muitos segmentos. Em cada um desses segmentos, existe um par de pernas e um par de antenas
longas na cabeça. Esses seres terrestres vivem na sombra, em regiões quentes e em locais
bastante húmidos, são ovíparos, carnívoros e predadores, e possuem veneno que é inoculado no
inimigo ou na presa.

O veneno das lacraias não costumam sem mortais para o ser humano mas causam muita dor.

5.4. Classe Diplopoda (subfilo Uniramia)

Um representante desse grupo é o miriápode mais conhecido por maria-café. O corpo dos
diplópodes possui uma cabeça com um par de antenas curtas e tem também vários segmentos.

Em cada segmento do seu corpo, há dois pares de pernas, dai o nome diplópodes, que vem do
grego (diplo = duplo e podos = patas).

Os diplópodes gostam de lugares escuros e terra húmida, vivem debaixo de pedras e folhas
mortas ou dentro troncos de árvores apodrecidos.
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Quando atacados enrolam – se e libertam uma secreção que afugenta os inimigos. Os diplópodes
são ovíparos, isto é, poem ovos.

5.5. Classe Insecta (subfilo Uniramia)

Os principais representantes desta classe são os artrópodes que se encontram com mais facilidade
no dia-a-dia; por exemplo: formiga, barata, mosquito, borboleta, mosca, besouro, joaninha,
abelha, gafanhoto, entre outros.

É a classe dos artrópodes com maior variedade e o número de espécies é a dos insectos. Com
grande capacidade reprodutiva, os insectos formam a única classe de invertebrados com
representantes dotados de asas, o que contribui para o sucesso na ocupação de todos os
ambientes do planeta excepto as águas oceânicas mais profundas.

Na cabeça há um par de antenas e um par de olhos além do aparelho bucal. O tipo de aparelho
bucal relaciona-se ao tipo de alimentação do insecto e é utilizado pelos cientistas como um dos
principais critérios de classificação.
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6. Evolução Filogenética dos Artrópodes

Os Artrópodes surgiram no registo fóssil durante o período Câmbrico juntamente com


muitos outros grupos de Invertebrados. É um grupo claramente relacionado com os
Anelídeos que, ou evoluiu dele, ou pelo menos de um antepassado comum. Esta
semelhança reflete – se sobretudo na segmentação, no plano geral do sistema nervoso e no
tipo de desenvolvimento embrionário. Na evolução dos Artrópodes o desenvolvimento de
um exoesqueleto quitinoso, que é substituído por um maior quando adulto (mudas),
constituiu um acontecimento central, com o qual muitas outras modificações se
relacionaram. O esqueleto, é constituído por peças, placas e cilindros, que se articulam
entre si tornando o movimento possível. Os Artrópodes movimentam-se não por
deformações do corpo, como os Anelídeos, mas utilizando apêndices locomotores
específicos. Assim, o amplo celoma dos Anelídeos, importantíssimo para o movimento
destes animais, é vestigial nos Artrópodes adultos. Também a musculatura, que nos
Anelídeos se organiza segundo cilindros que envolvem e dão forma ao corpo, se modifica,
constituindo nos Artrópodes, vários feixes que se fixam internamente ao esqueleto e
actuam, tal como os apêndices, para elevar o corpo e permitir o movimento. Os apêndices
especializaram-se não só no movimento mas também no desempenho de muitas outras
funções tais como alimentação (captura e trituração de alimento), reprodução e captação
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de estímulos, acentuando a diferenciação das regiões do corpo originada pela


diferenciação ou fusão dos segmentos. O grande sucesso dos Artrópodes está em certa
medida correlacionado com a evolução dos seus apêndices. Alguma investigação recente,
parece indicar que pelo menos os Uniramia e provavelmente também os outros 3 grupos
de Artrópodes poderão ter tido uma origem separada de diferentes antepassados
anelídeanos e a evolução das características dos Artrópodes (artropodização) deverá ter
surgido, independentemente, pelo menos 2 ou mesmo 4 vezes. Aguns cientistas defendem
que o Filo Arthropoda é monofilitico, outros com base em estudos de ribossomas e de
DNA mitocondrial afirmam que os artrópodes formam um grupo polifilético.

7. Conclusão
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Após a realização do presente trabalho baseado nas colheitas bibliográficas e aos diversos órgãos
de comunicação concluímos que os artrópodes evoluíram de um ancestral comum com os
anelídeos (hipótese monofilética). E estes animais foram incluídos no mesmo filo basicamente
por possuírem patas articuladas, constatamos também que eles usufruem de diversificados meios,
o que faz com que este filo seja o mais numeroso do reino Animália. O seu revestimento
constituído por quitina, que também é o seu esqueleto precisa de ser substituído por um outro na
fase de crescimento.

8. Bibliografia
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AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos 2. São Paulo. Editora Moderna 2004

MATEUS Amílcar. Fundamentos da Zoologia Sistemática. Lisboa. 1989

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioartropodes.php - 22.08.2014-17h.03min

www.pucrs.br-22/08/2014 - 11h:40min

http://pt.wikipedia.org/wiki/Artr%C3%B3pode - Acessado aos 22.08.2014+17h.00

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