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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU (UNINASSAU)


CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL

LUCIANO DE SOUZA CAMÊLO

A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA SOLAR PARA O


DESESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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ARCOVERDE
2021
LUCIANO DE SOUZA CAMÊLO

A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA SOLAR PARA O


DESESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU (UNINASSAU)

Relatório apresentado ao Curso de


Graduação de Engenharia Civil do
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
(UNINASSAU) do estado de Pernambuco,
como requisito para obtenção de nota da
disciplina Estágio Supervisionado II, sob
orientação do Professor André Marques
Cavalcanti Filho.
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ARCOVERDE
2022

RESUMO

Aponta-se que no Brasil de toda matriz energética gerada, a solar representa


apenas 1,7% de toda matriz energética, aqui produzida, e apesar de um
crescimento na procura por este tipo de energia, percebe-se que em sua
grande parte a procura ainda se dá em âmbito residencial, com o intuito de
diminuir o valor da conta de luz, seja para aquecimento de água, energia
térmica, ou para geração de eletricidade, energia fotovoltaica. Observa-se que
o país tem um grande potencial para geração de energia solar, considerando
os altos níveis de incidência solar, enquanto que em outros países, que não
possuem essa condição de forma tão privilegiada, tem um percentual bem
superior ao nosso de projetos para geração, principalmente da energia
fotovoltaica. Destaca-se que esse setor, obteve um crescimento considerável,
nos últimos anos, pois a estimativa a alguns anos, era que até 2024, o território
brasileiro, tivesse aproximadamente 887 mil sistemas de energia solar
conectados à rede, números que atualmente já chegam a 828 mil sistemas,
elevando essa perspectiva. Levando-se em conta esse baixo percentual, este
relatório tem como objetivo, apresentar as vantagens e desvantagens desse
tipo de fonte de energia, levando em consideração a sua importância dentro do
conceito de desenvolvimento sustentável, e o grande impacto que tem no
orçamento familiar com a utilização desse tipo de energia. Conclui-se, portanto
que há um grande potencial para o crescimento desse setor no Brasil, e que é
possível que ele atenda o conceito de desenvolvimento sustentável, alinhando
os seus três pilares, o ambiental, o social e o econômico.

Palavras Chave: Desenvolvimento Sustentável, Fontes de Energias


Renováveis, Sistemas Fotovoltaicos, Radiação Solar, Desafios.
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ................................................................................... 05
2. OBJETIVOS ...................................................................................... 07
3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................. 08
4- METODOLOGIA ................................................................................. 13
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 14
6. CONCLUSÃO ..................................................................................... 18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 19
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1. INTRODUÇÃO

Ressalta-se no Brasil o que o uso da energia solar fotovoltaica, está


passando por avanços, principalmente nos critérios legais e que servem de
base tanto na sua implementação, quanto nas diretrizes do mercado, bem
como suas definições comerciais. Destaca-se nesse aspecto, primeiramente a
NBR 10899:2013, especifica os termos técnicos para a conversão dos raios
solares em energia elétrica, essa norma é atrelada a outros documentes como
referência, dentre as quais se destaca a NBR 5456, que trata da Eletricidade
de forma geral. Registra-se que na Norma de Energia solar fotovoltaica,
especifica ângulos de instalação, equipamentos a serem utilizados, conversão
da energia captada, tipos de irradiação solares recebidas pelas placas
fotovoltaicas, potencial gerada, entre outras especificações, e diretrizes,
específicas para instalação. Outro avanço importante a ser descrito, é a Lei
14.300, de 06 de janeiro de 2022, a qual traz em seu bojo, prevê subsídios
para energia solar, até o ano de 2045, assegurando para quem optar por esse
tipo de geração elétrica de energia até o corrente ano, o não pagamento de
taxas referente a utilização das chamadas tarifas pelo custo da distribuição e
utilização da rede, já que a energia gerada nesse sistema fotovoltaico, é
lançado na rede das concessionárias. A Lei especifica um escalonamento para
quem fizer adesão a partir de 07 de janeiro de 2023. Acredita-se que a energia
solar tenha um grande crescimento no Brasil, relacionando alguns fatores que
contribuem para isso, pode-se destacar um impacto ambiental menor, pois
além, de na maioria dos casos não necessitar de uma grande área de
instalação, pelo material utilizado para geração de energia, o qual tem boa
durabilidade, e é praticamente todo reciclado, algo em torno de 95%. Seu baixo
custo benefício, principalmente após alguns anos de uso, ao serem levados em
consideração os investimentos iniciais, com equipamentos e instalação.
Justifica-se o uso da energia solar em detrimento da energia elétrica, ao
analisarmos as vantagens e desvantagens que as duas matrizes energéticas
possuem. Um dos aspectos mais relevantes da energia hidrelétrica, é o grande
impacto ambiental gerado na construção das barragens, que além de acabar
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com a fauna e a flora local, causa uma grande perda de área, já que a área
utilizada, para sua construção, passa a ser toda alagada. Outro aspecto
relevante é a mudança do fluxo natural dos rios, além, de liberar uma grande
quantidade de gás metano, proveniente da vegetação que fica submersa com o
acúmulo da água da hidrelétrica, o que contribui significante para o efeito
estufa, ocasionando mudanças climáticas. Pontua-se outro fator de extrema
importância, relacionado a energia hidrelétrica, a escassez hídrica, onde
observa-se que no nosso país, estamos enfrentando a maior seca dos últimos
91 anos, segundo dados do Ministério de Minas e Energias, e como há uma
necessidade de uma grande quantidade de água armazenada para produção
desse tipo de energia, nos traz além do risco iminente de apagão, um valor
maior a ser pago pelo consumidor, já que dispomos de alguns tipos de
bandeiras que incidem na cobrança tarifária, sendo elas, bandeira verde,
amarela, vermelha e de escassez hídrica, pela qual passamos recentemente
até o mês de abril do corrente ano.
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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Expansão da utilização da energia solar na Cidade de Arcoverde e em


projetos futuros realizados pelo aluno em curso, alinhando ao conceito de
desenvolvimento sustentável.

2.2. Objetivos Específicos

● Apresentar a necessidade de crescimento da utilização de fontes

renováveis que causes menos impactos ambientais

● Discutir a implementação de um número maior de projetos de geração

de energia solar no município

● Contribuir para a preservação ambiental e alinhamento dos pilares da

sustentabilidade

● Apresentar cópia do relatório de estágio as autoridades locais e na

faculdade de Engenharia Civil da cidade.


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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. Desenvolvimento Sustentável

“Segundo Almeida (2002), durante a Conferência da ONU em


Estocolmo, em 1972, a crescente discussão foi buscar conciliar a atividade
econômica com a preservação do meio ambiente”.

“Scharf também defende que o desenvolvimento sustentável estaria


apoiado no tripé formado pelas dimensões ambientais, econômicas e sociais,
ou seja, a sustentabilidade estaria condicionada ao desenvolvimento
simultâneo dos três pilares”.

3.2. Fontes de Energia Solar

Lopes (2011) diz que as fontes de energias renováveis, dentre elas a


energia solar, serviram de base energética para diversas gerações,
sendo assim, destaca-se os benefícios ambientais e de saúde
pública; benefícios de segurança energética e no desenvolvimento e
benefícios econômicos, os quais as mesmas proporcionam.

Segundo Bandeira (2012) o aproveitamento da energia solar na


iluminação e no aquecimento de ambientes decorre da penetração ou
absorção da radiação solar nas edificações, reduzindo-se, com isso,
as necessidades de iluminação e aquecimento empregando energia
elétrica, gás natural, etc.

Flórez (2010) afirma que a energia solar, absorvida pela Terra em um


ano, é equivalente a 20 vezes a energia armazenada em todas as
reservas de combustíveis fósseis no mundo e dez mil vezes superior
ao consumo atual. Segundo ANEEL (2002) a área de aproveitamento
da energia solar para aquecimento de água tem adquirido importância
nas regiões Sul e Sudeste do País, onde uma parcela expressiva do
consumo de energia elétrica é destinada a esse fim, principalmente
no setor residencial, devido ao clima da região.

“Segundo Copetti & Macagnan (2007, p.8), “a bateria para aplicações FV


deve apresentar como principais características: capacidade de ciclagem, alta
eficiência energética, longa vida útil, pouca manutenção e baixo custo. ”

3.3. Energia Solar e Impactos Ambientais

Segundo Ottinger (1991), o impacto ambiental mais significativo


associado com a operação de instalações descentralizada de fotovoltaicos é o
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perigo associado à instalação, manutenção e remoção de sistemas


fotovoltaicos de telhados. Outros possíveis impactos incluem riscos de
incêndio e considerações estéticas.

Segundo Tolmasquim (2004), de uma forma geral o sistema


fotovoltaico apresenta os seguintes impactos ambientais negativos:

 Emissões e outros impactos associados à produção de energia necessária para


os processos de fabricação, transporte, instalação, operação, manutenção e
descomissionamento dos sistemas;
 Emissões de produtos tóxicos durante o processo da matéria-prima para a
produção dos módulos e componentes periféricos, tais como ácidos e
produtos cancerígenos, além de CO2, SO2, NOx e particulados;
 Ocupação de área para implementação do projeto e possível perda de habitat
(crítico apenas em áreas especiais) – no entanto, sistemas fotovoltaicos
podem utilizar-se de áreas e estruturas já existentes como telhados, fachadas,
etc.;
 Impactos visuais, que podem ser minimizados em função da escolha de áreas
não-sensíveis;
 Riscos associados aos materiais tóxicos utilizados nos módulos fotovoltaicos
(arsênico, gálio e cádmio) e outros componentes, ácido sulfúrico das baterias
(incêndio, derramamento de ácido, contato com partes sensíveis do corpo);
 Necessidade de se dispor e reciclar corretamente as baterias (geralmente do
tipo chumboácido, e com vida média de quatro a cinco anos) e outros
materiais tóxicos contidos nos módulos fotovoltaicos e demais componentes
elétricos e eletrônicos, sendo a vida útil média dos componentes estimada
entre 20 e 30 anos.

Para conhecermos os impactos ambientais do uso de energia solar, ou


de qualquer outra tecnologia, precisamos aplicar a técnica de Avaliação do
Ciclo de Vida (ACV).
Dentre as fontes energéticas, a solar é a que apresenta o menor impacto
ambiental, o material utilizado em maior quantidade para a geração, é a placa
solar, que gera energia sem a emissão de gases de efeito estufa, no entanto
existe um ponto a ser discutido tanto para sua produção, quanto para seu
descarte. E para isso, é importante dividir por etapas, para que possamos
compreender e analisar alguns desses impactos:
 A manufatura, é a que causam mais impactos, pois as placas
fotovoltaicas, consome muita energia em sua fabricação e tecnologia;
 Extração do Cilício, causam impactos à flora e a fauna, degradam
visualmente a paisagem e podem poluir a água na sua mineração;
 Construção das Usinas, relacionas, apenas aos projetos de grande
porte, já que muitos desses projetos, utilizam centenas de milhares e até
milhões de placas, sendo descartando assim, os de uso residências, e alguns
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de uso comercial, por exemplo.


 Impacto ao bioma, podendo provocar impacto em ecossistemas locais,
por utilizar grandes áreas, podendo afetar diretamente os ciclos de
desenvolvimento da fauna e da flora.
 Impactos ao meio físico. Alteração visual da paisagem natural, possíveis
resíduos do canteiro de obras, vindo a contaminar o solo, com resíduos sólidos
e químicos. Geração de gases ou poeira, alterando a qualidade do ar, entre
outros.

3.4 Energia Solar no Brasil

Desde 2012, o Brasil vem discutindo algumas formas de incentivo a


inserção da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica nacional através de um
conjunto de elementos como novas regulamentações e abertura de leilões
(MAIA, 2018).

Apesar de representar apenas 1,7% de toda matriz energética do país,


nos últimos anos vem crescendo a passos largos, principalmente nas regiões
sul e sudeste, principalmente em projetos para uso residencial. Vale salientar o
grande potencial que o país tem pela grande incidência de raios solares
durante todo ano. Estima-se que, em 2024, o Brasil contará com
aproximadamente, 887 mil sistemas de energia solar conectados à rede. Entre
as vantagens que se pode citar para o uso da energia solar no país, e a
redução na conta de luz de quem opta por ela, além da redução da sobrecarga
de redes de distribuidora e redução dos impactos ambientais, ao qual podemos
citar as áreas inundadas da Floresta Amazônica, como foi o caso para
construção da hidrelétrica de Belo Monte.
O grande desafio que o país enfrenta na expansão da energia solar, é o
pequeno incentivo por parte dos governantes e seu alto custo, que apesar de
estar bem menor que em anos atrás, ainda apresenta um custo inacessível
para muitas famílias e empresas.

3.5 Energia Solar no Mundo


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Flórez (2010) afirma que a energia solar, absorvida pela Terra em um


ano, é equivalente a 20 vezes a energia armazenada em todas as reservas de
combustíveis fósseis no mundo e dez mil vezes superior ao consumo atual.

A utilização da energia solar vem em uma, crescente considerável, em


outros países, até em países do norte do globo, que tem uma incidência baixa
de raios solares em regiões próximas ao trópico, como a Alemanha, superam o
Brasil, entre os países que utilizam muito esse tipo de energia, podemos citar
China, EUA, Japão, a própria Alemanha, Índia, Itália, Austrália, Vietnã, Coreia
do Sul, e Reino Unido, sendo esses os 10 principais países produtores de
energia solar. O que difere esses países do Brasil, é o alto investimento, que
segundo Bloomberg new Energy Finance (BNEF), foram de 303,5 bilhões de
dólares, no ano de 2020.

3.6 Leis e Normas no Brasil

Segundo Berger e Iniewski (2015), por conta dos atrasos das


atualizações das normas e resoluções das agências que regulam o
sistema de geração distribuída, as empresas distribuidoras não
conseguiram acompanhar a expansão devido à falta de infraestrutura
e orçamento para conciliar o sistema de distribuição aos requisitos de
qualidade, controle e proteção.

Segundo Rosa (2016), por muito tempo, gestores do sistema elétrico


brasileiro persistiram na tese da fonte solar ser cara e economicamente inviável
quando se compara com a geração hidroelétrica.

Ainda Segundo Rosa (2016) a realização de leilões para a contratação


de usina solares bem como outras fontes de geração elétrica não são
suficiente, sendo necessários preços mais competitivos para atraírem
investidores que possam garantir a viabilidade das instalações.

A LEI 14.300, de 06 de janeiro de 2022, sancionada pelo atual


Presidente do país, prevê subsídios para energia solar até 2045, e também
prevê regras de transição para quem optar pela utilização da energia solar a
partir do próximo ano. Esse subsídio seria dado a quem faz uso da energia
solar, já que atualmente o consumidor paga pela própria energia que consome,
por utilizar a rede, a qual essa energia solar gerada, é jogada nela, bem como,
pelos investimentos que a distribuidora faz pela montagem de toda essa
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infraestrutura. As entidades rejeitaram essa proposta, já que alegam perdas


significativas, e o marco legal, é justamente para garantir uma segurança
jurídica para esse consumidor. Dentro desse impasse, foi criada uma tabela,
que começa a ser implementada a partir do próximo ano, não retroagindo e
alcançando os contratos firmados até o ano corrente. Para os consumidores
que aderirem até meados de julho de 2023, haverá um "desconto" de 4,1% na
energia que foi injetada na rede para custear a infraestrutura elétrica. Esse
percentual de desconto será calculado em quilowatt-hora (kWh). Ou seja, no
início, de cada 100 quilowatts-hora injetados na rede, quatro vão ficar para
bancar a infraestrutura. O consumidor que estiver nesse grupo terá uma regra
de transição mais longa, até 2030.A partir de 2031, o consumidor cai numa
nova regra que ainda será estabelecida com base em novos cálculos da Aneel
em 2023 - 4,1% do injetado ficará na rede; em 2024 - 8,1%; em 2025 - 12,2%;
2026 - 16,2%; em 2027 - 20,3%; 2028 - 24,3%; em 2029 - 27%; em 2030 - 27%
e em 2031 - a regra ainda será definida

A ABNT NBR 10899 de 2013, que faz referência a energia solar


fotovoltaica, especificando os termos técnicos sobre a conversão fotovoltaica
de energia de radiação solar em energia elétrica, definindo ângulos de
azimutes para instalação, ângulos horários e zenital, área ativa das células,
equipamentos como caixa de junção, célula fotovoltaica. Eficiência de
conversão, entre outros aspectos.

A ABNT NBR 6150 também de 2013, que faz referência as


Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição —
e procedimentos de ensaio de conformidade, avaliação de conformidade,
segundo o INMETRO, trata sobre os equipamentos de micro e mini geração
distribuída, normas técnicas-particulares, que exigem uma atenção do agente
regulador, da distribuidora e do consumido. Fala dos requisitos de avaliação,
tanto de equipamentos, quanto de sistemas, trata dos inversores que são
conectados à rede, entre outras especificações.
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4. METODOLOGIA

A natureza deste projeto baseia-se na literatura bibliográfica de vários


autores, tendo por base suas fundamentações teóricas por meio das leituras de
livros e artigos, sendo utilizado os que possuem base acadêmica.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Imagem 01 – Energia Solar Fotovoltaica

Fonte: https://confortec.com.br/

“Segundo Júnior; Goya (2012). É necessário encontrar alternativas de


geração de energia que não tenham impactos negativos nem restrições ao
meio ambiente”.

“Ainda Segundo Júnior; Goya (2012) há necessidade da procura de


fontes alternativas para a geração de energia elétrica que não sejam negativas
para o Meio Ambiente e nem limitadas. O que leva a considerar a energia solar,
não ser poluente e ser inesgotável”.

Revelou-se que na produção de Energia Solar existem benefícios a


sustentabilidade do planeta, como uma agressão menor ao meio ambiente, por
ser uma energia limpa e inesgotável, com os materiais utilizados para sua
geração na grande totalidade reciclável, ajudando o não exaurindo os recursos
naturais, restando poucos resíduos, entre outras.
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Imagem 02 – Hidrelétrica

Fonte: https://meioambiente.culturamix.com/

Segundo Fearnside, (2019), o valor do tempo é crucial para comparar


o impacto sobre o aquecimento global de hidroeletricidade e
combustíveis fósseis ou outras fontes de energia. Energia hidrelétrica
tem uma enorme emissão nos primeiros anos devido à morte de
árvores, à decomposição subaquática do carbono do solo e das
folhas de vegetação original e a explosão de plantas aquáticas
(macrófitas) devido à maior fertilidade de água.

Impossível trazer a pauta do tema sustentabilidade sem a presença da


eletricidade ou algum tipo de combustível, os quais são utilizados de uma
forma como fossem ilimitados, ou não causassem dano ambiental. Um dos
pontos mais discutidos nesse dano ao ambiente, são as hidroelétricas na
Amazônia, pelo fato da sua importância para a humanidade, e pelo seu grande
quantitativo de água, fator propulsor para geração de energia elétrica. Por esse
motivo, torna-se alvo de projetos grandiosos das hidrelétricas, que causam
profundo e irreversível impacto ambiental, como analisados a seguir:
Transferência da população da área inundada; Perda da área de solo, pois a
região inundada , impossibilita seu uso; Morte de plantas e animais, as quais
são varridas pela água, ainda em relação aos animais, causam o deslocamento
dos mesmos de forma forçada de uma área para outra; Destruição da floresta,
fator ocasionado de forma direta ou indireta pela construção das represas;
Perda de monumentos naturais, como ocorreu nas sete quedas após a
construção da Usina de Itaipu.

Imagem 3 – Painel Fotovoltaico


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https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

Segundo Tommasi et al.(2017), por meio da busca de


diferentes métodos para a captação de energia através de uma fonte
limpa e renovável, e a constante preocupação com questões
ambientais, a partir deste ponto é criado o primeiro documento
destinado aos painéis fotovoltaicos, classificados como um material
especial de resíduos eletroeletrônicos.

Apesar de consumir muita energia em sua produção, o que corresponde


a quase 85% de todo material que é utilizada nessa tecnologia, acaba valendo
a pena a utilização de placas solares, já que a mesma dura em média 25 anos,
e, segundo estimativas, em até 2,5 (dois anos e meio), uma placa, já teria
gerado toda sua energia consumida. O grande problema ainda continua sendo
o que fazer com essa placa após esse uso. Muitos consideram a possibilidade
de reutilização de alguns de seus componentes, outra alternativa, seria a
reciclagem, já que a maior parte da placa, cerca de 90%, é de material
composto por vidro, polímero e alumínio, que são altamente recicláveis,
reaproveitando assim ao máximo seus materiais. Estima-se que serão
acumulados em todo o mundo, cerca de 78 milhões de toneladas de
equipamentos fotovoltaicos.

Imagem 4 – Energia Solar no Brasil

https://blog.bluesol.com.br/energia-solar-no-brasil-panorama/

“Segundo Rosa (2016), por muito tempo, gestores do sistema elétrico


brasileiro persistiram na tese da fonte solar ser cara e economicamente inviável
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quando se compara com a geração hidroelétrica”.

Imagem 5 – Energia Solar no Mundo

https://www.portalsolar.com.br/top-7-paises-que-mais-usam-energia-solar?q=/
blog-solar/energia-solar/top-7-paises-que-mais-usam-energia-solar.html&

Segundo Bandeira (2012) o aproveitamento da energia


solar na iluminação e no aquecimento de ambientes
decorre da penetração ou absorção da radiação solar nas
edificações, reduzindo-se, com isso, as necessidades de
iluminação e aquecimento empregando energia elétrica,
gás natural, etc

Neste ano, espera-se um crescimento recorde de 8% na comparação


com 2021, ultrapassando a marca de 300 GW pela primeira vez em um único
ano, segundo estimativa da IEA (International Energy Agency).Deste montante,
a energia solar será responsável por cerca de 60% do aumento, atingindo seu
melhor resultado em toda história, com o comissionamento de 190 GW e um
ganho de 25% na comparação com 2021. Segundo a Agência, além da
expansão natural das renováveis, outros motivos explicam o crescimento
recorde das fontes limpas, são as políticas aceleradas de transição energética
adotadas pela União Europeia, China e Estados Unidos.
Na China, o governo local tem investido em subsídios para projetos de
energia limpa, visando zerar as emissões de carbono de seus municípios. A
União Europeia foi o segundo maior mercado em termos de aumento de
capacidade, com a região superando pela primeira vez o recorde histórico em
2011, destaca a IEA.

Imagem 6 – Nova Proposta Do Marco Legal Da Geração Distribuída


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https://www.portalsolar.com.br/noticias/politica/legislativo/marco-legal-da-gd-
sera-votado-na-proxima-semana-na-camara-veja-as-mudancas

6. CONCLUSÃO

Conclui-se que nos dias atuais, uma geração que pensa nas futuras,
deve buscar de imediato alternativas para as atualmente mais recorrentes, e
em específico no que se refere a produção de energia solar fotovoltaica,
compreende-se ser uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente do que
a produzida nas hidrelétricas.
Destaca-se a luta pelo equilíbrio ambiental em todo mundo, assegurando
não só o crescimento econômico, mas a sustentabilidade ambiental, e que
além de promover alternativas que evite ou diminua o exaurimento das fontes
naturais, inclua nessa luta pela preservação a sociedade como um todo, poder
público, empresas privadas e a população consumidora desses recursos.
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