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APROVEITAMENTO ENERGÉTICO: ANÁLISE E APLICAÇÃO DE

MICROGERADORES EÓLICOS EM RODOVIAS

1. INTRODUÇÃO
A dependência da matriz enérgica elétrica ao longo do tempo vem crescendo a largos
passos, e junto as sucessivas revoluções no campo da tecnologia vem trazendo grandes impactos
na forma como a sociedade produz e atende suas demandas, ocasionando de forma quase
universal uma crise energética em decorrência de fatores diversos acarretando turbulência e
imprevisibilidade, ameaçando as cadeias produtivas e o fornecimento em todo o mundo (FIORI,
2021).
Com a evolução tecnológica, o aumento da população humana e as questões
ambientais, a busca por novas fontes de energia tornou-se necessária para a geração de
eletricidade, uma vez que os recursos energéticos convencionais do mundo são limitados,
apontadas como aquelas que trazem benefícios ambientais, econômicos, sociais e de saúde as
fontes de energias renováveis, promovendo também a universalização do acesso, com
melhorias na segurança energética, qualidade do ar, desenvolvimento tecnológico, redução de
tarifas e industrial (SILVA, 2019).
O termo renovável refere-se a vários recursos sustentáveis de energia renovável, que
tem se tornado uma das principais tendências em todo o mundo nas duas últimas décadas, e
entre as diversas formas de energia “limpa” a energia eólica tem se destacado em porcentagem
entre todas as energias renováveis modernas (ISMAEEL et al. 2020).
Essa fonte de energia limpa vem se consolidando e originando uma curva crescente
nos últimos anos em direção aos melhores resultados na produção de energia limpa renovável,
segundo dados do Conselho Mundial de Energia Eólica, somente em 2019, sua instalação
alcançou 67 GW, uma quantidade de energia significativa já alcançados globalmente, se
destacando na geração e racionamento de energia, garantindo uma maior segurança para uso do
futuro energético e um desenvolvimento com menor impacto ambiental. Captada por turbinas
dos aerogeradores e convertida em eletricidade, podem variar tanto na direção do seu
deslocamento quanto na velocidade de escoamento(AGUIAR JUNIOR, 2022).
Como explica Santhakumar et al. (2019), a energia eólica é uma das energias
renováveis que têm ganhado significativa atenção na geração de energia quando comparada
com a energia solar, pela eficiência de conversão de energia elétrica, nas turbinas eólicas é
maior, quando comparada aos painéis solares fotovoltaicos, e pela disponibilidade do recurso
de vento ser durante o dia e a noite.
De acordo com Bani-hani et al. (2018), tradicionalmente a energia eólica é uma das
tecnologias mais antigas, que data há milhares de anos, nomeadamente através da utilização de
moinhos de vento pelos persas e outras civilizações antigas. Essa moderna tecnologia de energia
foi estabelecida apenas 200 anos atrás com os parques eólicos pioneiros nos Estados Unidos.
No entanto, a Dinamarca foi o país pioneiro no desenvolvimento de turbinas eólicas comerciais.
A perfeição desta tecnologia cresceu rapidamente no últimas décadas com a crescente demanda
por energia renovável e desafios das mudanças climáticas.
Nas últimas décadas foram criados vários protótipos patenteados, com o intuito de
captar a energia eólica criada pela passagem do veículo nas autoestradas (Santhakumar,2017).A
energia cinética, muitas vezes desperdiçada, está cada vez mais sendo reutilizada para a geração
de energia renovável e esse potencial vem crescendo gradativamente por ser uma forma de
geração que não consome recursos naturais(Zhang,2016)
Segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil
vem se destacando de forma exemplar entre os demais países, no tocante à disponibilidade de
fontes energéticas renováveis e seu potencial uso, tendo em vista, sua dimensão territorial e a
faixa de latitude geográfica favorável, se apresentando como uma nação das poucas do mundo
em que há abundância de recursos hídricos, incidência de radiação solar, ventos e biomassa,
podendo alavancar em direção a uma matriz elétrica praticamente renovável em sua totalidade.
Em 2020, o país encerrou com 17,74 GW de potência operacional por aerogeradores, volume
que já torna a energia eólica a segunda maior fonte na matriz elétrica brasileira (CABRAL,
2021).
O vento é uma fonte auspiciosa de energia renovável, estando o mundo já familiarizado
com as turbinas eólicas para geração de energia elétrica sem liberação de dióxido de carbono,
chuva ácida, poluição atmosférica ou poluentes radioativos como explica Zinat et al. (2020),
sendo assim, possivel se obter em áreas urbanas uma considerável perspectiva de geração de
energia eólica, comumente usada em sistemas de geração distribuída por micro redes e redes
inteligentes, utilizando sistemas autônomos por meio da conversão da energia cinética para a
geração de eletricidade (MARTINS, 2022).
Sabemos que as tecnologias inovadoras estão cada vez mais transformando a
mobilidade urbana e nas rodovias não será diferente. As estradas tendem a ficar cada vez mais
inteligentes e tecnológicas, trazendo melhorias significativas para os problemas diários da
sociedade, estando relacionados não só na degradação do planeta, mas na precaução de
acidentes, congestionamento, poluição, infração e situações anormais, buscando assim, na
captação de energia, utilizando transdutores eletromecânicos (piezoelétricos, geradores
eletrostáticos) a conversão da vibração proveniente da energia mecânica em energia elétrica.
Diante do contexto, e com a intenção de colaborar de forma sustentável, o referido
trabalho tem por objetivo avaliar o deslocamento do ar movido por veículos automotores no
tráfego rodoviário na produção de energia eólica, utilizando micro geradores como fonte
favorável na produção e geração elétrica.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o funcionamento de um sistema de micro geradores, como dispositivo coletor de


energia eólica resultante da passagem dos automóveis na rodovia na produção de energia
elétrica.

2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Desenhar um novo método de geração de eletricidade usando a energia eólica gerada por
veículos em movimento nas rodovias;

Desenvolver um sistema autônomo de fácil manutenção, custo benefício e ambiente de


espaço para o fornecimento de energia para as rodovias;

Avaliar o fluxo de veículos, consideravelmente alto para o fornecimento de energia à rede


com uma análise econômica e ambiental para sua implantação como potencial eólico;

Reaproveitar a energia na iluminação do trecho trazendo economia de energia, facilitando


a visibilidade do condutor e a segurança da via.

3. REFERENCIAL TEORICO

3.1 ENERGIAS RENOVAVEIS

A tecnologia tem o poder de transformar os mercados, e o setor elétrico, tal como o


conhecemos hoje, é fruto de uma mudança disruptiva na tecnologia que aconteceu no final do
século XIX como enfatiza Machado (2021).
As energias renováveis, também conhecidas como fontes não convencionais, são
geradas a partir de fontes ou processos naturalmente reabastecidos de forma consistente, sendo
assim, consideradas como alternativa ao modelo energético atual. Essas formas de geração de
energia em que suas fontes garante manter-se disponíveis durante um longo prazo, contam com
recursos que se restabecem ou que se mantêm ativos permanentemente, visto que seu uso causa
menos impactos negativos ao meio ambiente, se comparadas às fontes convencionais de
energia, sendo assim inesgotáveis, consideradas limpas com bom custo-benefício, podendo
restabelece-se em um curto espaço de tempo como explica Veiga (2021).
Ainda seguindo em passos lentos, mas com perspectivas de um futuro promissor, as
energias de fontes renováveis já se apresentam como tendência em várias empresas e nações
que praticam a responsabilidade sustentável por preocupação com as gerações futuras, estando
assim, os polos inovadores pelo mundo engajados em criar alta tecnologia e revoluções, a
energia renovável crescendo entre os países mais tecnológicos (FOCUS, 2021).
De acordo com levantamento divulgado pela Agência Internacional de Energia
Renovável, até o final de 2021, o mundo adicionou quase 257 gigawatts (GW) de energias
renováveis, crescendo o estoque de energia renovável em 9,1%, totalizando uma capacidade
mundial de geração renovável de 3.064 GW em 2020, representando 38% de toda a capacidade
instalada.
Para Cozer (2020), é preciso apressar a mudança global para as energias renováveis,
se aspirarmos alcançar as metas de desenvolvimento e internacionais de clima. Em todo o
mundo muitos países se não se destacam apenas pelo investimento em soluções que diminuem
dos danos das mudanças climáticas.
Responsável por mais da metade das adições renováveis, a energia solar trouxe um
recorde de 133 GW, na sequência a energia eólica com 93 GW, sendo 21 GW de offshore,
juntas, contribuíram com 88% de toda a nova capacidade renovável em 2021. De acordo com
Cesarin (2021), para 2022 são esperados 280 GW em novas usinas renováveis. Desse percentual
60% da nova capacidade foi acrescentada na Ásia, totalizando 1,46 terawatts (TW) de
capacidade renovável até 2021. A China liderando, adicionou 121 GW, puxando o repique da
demanda global por carvão, assim se tornou o maior exportador, produtor e instalador de
turbinas eólicas, painéis solares, veículos elétricos e baterias de todo o mundo, enquanto que a
Índia obteve o quarto maior mercado de energia renovável, obtendo uma taxa crescimento de
54% nos últimos anos, ficando apenas atrás da China e Japão. Atualmente, cerca de 35% da
energia produzida no país vem de fontes renováveis, ficando parte direcionado a painéis solares
e usinas eólicas.
Já a Europa e a América do Norte, lideradas pelos EUA, ficaram em segundo e terceiro
lugares, respectivamente, com a primeira somando 39 GW e a segunda 38 GW, já a América
do Sul, apresentou pouco mais de 13,5 GW, puxando o Brasil a expansão com quase 10 GW.
Sabemos que o Brasil é um dos países que tem a maior população com acesso a
eletricidade cita os Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(2019), apresentando em torno de 99,8%, motivo para se preocupar, tendo em vista a crise
energética que o país vem enfrentando. Assim sendo, de extrema importância e fundamental o
avanço para a energia limpa e sustentável buscando proteger a saúde humana e promover
populações mais saudáveis, especialmente em áreas remotas e rurais (OSÓRIO, 2021).
O uso de energia renovável no Brasil tem colocado o país em uma posição de destaque
no cenário regional e global. A matriz brasileira é vista como uma das mais renováveis do
mundo com uma proporção de 48%, sendo indicado por mais de três vezes superior ao mundial,
e quase 50% da energia energética produzida no Brasil vem de fontes renováveis, de acordo
com o Ministério de Minas e Energia, onde o maior número é produzida em usinas hidrelétricas,
com a geração de energia eólica, produzida pelo vento, e a solar que vem ganhando espaço.

3.2 ENERGIA EÓLICA: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Para Bani-hani et al. (2018), a primeira utilização da força dos ventos pelo homem não
tem data precisa, mas, certamente, ocorreram há milhares de anos, no Oriente. Provavelmente
eram máquinas que utilizavam a força aerodinâmica de arrasto, sobre placas ou velas, para
produzir trabalho. Já existiam, na mais remota antiguidade, os moinhos de vento. Muitos
séculos antes de Cristo nas regiões da Egito, Pérsia, Iraque e China dispunham de máquinas.
Rei da Babilônia (1792-1750 ou 1730-1685 a.c.), criador do império babilônico, Hamurabi
utilizou moinhos ativados pelo vento para regar as planícies da Mesopotâmia e para a moenda
de grãos.
As máquinas eólicas primitivas de rotor vertical apresentavam várias pás de cana ou
de madeira, cujo o eixo transmitia diretamente a rotação a pedra do moinho. Na China encontra-
se referências que existia pás a base de telas e moinhos de rotor vertical colocadas sobre uma
armação de madeira, onde eram utilizados para o bombeamento de água e foram pioneiros dos
moinhos Persas. O egípcio Heron (também escrito como Hero e Herão) de Alexandria (10 d.C.
- 70 d.C.) foi um sábio do começo da era cristã. Engenheiro grego e Geômetra, Heron esteve
atuando no ano 62, aproximadamente, e projetou um moinho vertical de quatro pás (NUNES
JUNIOR, 2008).
Os cata-ventos com várias pás foram produzidos industrialmente em grande escala,
centenas de milhares de unidades/ano, por vários fabricantes, o que ocasionou preços acessíveis
a uma grande parte da população. O cata-vento multipás norte-americano expandiu seu uso por
diversos países, inclusive no Brasil. Na década de 1880 existia em torno de uma dezena de
fabricantes, em todo o território americano. O modelo de multipás foi bastante utilizado em
aplicações que existia a necessidade de transformar movimento em energia cinética,
principalmente para bombeamento de água (BANI-HANI et al. 2018), como mostra a Figura 1,
o primeiro cata-vento.
Figura 1 - Primeiro Cata-vento Inventado por Charles Brush.

Fonte: EDF. Disponível em: goo.gl/uc2gTu. Acesso em:11 maio. 2022.

“O uso do vento para fins elétricos é relativamente recente, data de finais do século XIX
na Dinamarca e nos EUA, com a utilização de máquinas que geravam eletricidade a partir do
vento, ou aerogeradores” (TESTER et al., 2005 apud TOLMASQUIM et al., 2016, p. 237).
“Vale lembrar que a eletricidade com fins comerciais, nos moldes similares ao que conhecemos
hoje, data também dos finais do século XIX”, como mostra a Figura 2, do cata vento ainda em
funcionamento nos Estados Unidos da América.

Figura 2 - Cata-vento Multipás para Bombeamento de Água.

Fonte: Straatkaart. Disponível em: goo.gl/y93THa. Acesso em: 11 maio. 2022.


Como enfatiza Amarante et al., (2001, p. 13) o precursor das atuais turbinas eólicas
surgiu na Alemanha “já com pás fabricadas em materiais compostos, controle de passo e torre
tubular esbelta", tendo assim, a aplicação de máquinas eólicas para produzir energia elétrica até
1960, tendo uma diminuição entre este período e a década de 70, voltando a ascensão em 1980
devido a primeira crise do petróleo. Desde esse período, diversos países vêm investindo nas
pesquisas de energia eólica com interesse de diversificar a matriz energética e aproveitar o
recurso renovável (AMARANTE et al., 2001).
Logo após 1990 o mercado se concentrou na Europa, tanto em fabricantes, quanto em
termos de instalações, efeito de incentivos provindos de preocupações antigas, como a
dependência energética, e problemas as emissões de gases de efeito estufa. No final dos anos
1990 e inícios dos anos 2000 o mercado se diferenciou mais pelo mundo, saindo do binômio
EUA-Europa, surgindo fabricantes e instalações na Ásia (principalmente Índia e China) e de
forma primária na América Latina e África (TOLMASQUIM et al., 2016, p. 238).
Atualmente, no século XXI a energia eólica já apresenta um grande desenvolvimento
contribuindo consideravelmente para os sistemas energéticos existentes, captando uma tecnologia
avançada e desenvolvida, envolvendo com eficiência os problemas ambientais pertinentes a sua
utilização

3.2.1 Energia Eólica: Panorama Mundial

O vento é um recurso energético renovável e, portanto, inesgotável, utilizados em


algumas regiões do planeta com uma frequência e intensidade suficientes para gerar eletricidade
utilizando de equipamentos específicos fazendo com que se converta energia mecânica
produzida em energia elétrica.
Como afirma Jones (2022), as fontes renováveis são de extrema importância, precisam
ser aplicados à velocidade da luz para diminuir as emissões globais e combater as alterações
climáticas, trazendo soluções para a geração de energia mais sustentável ao meio ambiente e
melhor a eficiência energética dos vários equipamentos transformadores de energia e combate
ao desperdício energético.
É sabido que o “sistema energético mundial” atravessa um período de enorme turbulência
e imprevisibilidade, desde que se generalizou a pandemia do coronavírus nos primeiros meses
de 2020, tendo como consequência a regressão na economia mundial, trazendo como geração
híbrida e transição energética global a fonte eólica, se mostrando limpa, confiável e
financeiramente competitiva com refinados sistemas de gerenciamento de rede e tecnologias de
armazenamento cada vez mais acessíveis, garantem tornar a fonte cada vez mais viável nos
próximos anos (SILVA, 2019).
Podemos enfatizar sobre o atual conflito vivenciado na Ucrânia, ocasionando impulso
pela busca de fontes produtoras de eletricidade independam das importações russas de petróleo
e gás. Registrou-se em 2021, um aumento significativo por combustíveis fósseis, cerca de 9%,
algo nunca visto a muitos anos, relacionando tudo essa situação aos sistemas de eletricidade.
Segundo o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), o mundo acrescentou
quase 257 gigawatts (GW) de energias renováveis, crescendo o estoque de energia renovável
em 9,1%, respondendo por quase 95% do aumento da capacidade de energia no mundo até
2025. A capacidade global de geração renovável totalizou 3.064 GW, o desenvolvimento de
geração de energia tem sido bem significativo nos diferentes locais de produção perfazendo
uma aprovação de 159,67 MW, onde a maioria, 135,99 MW ou 85% do total tem sido de
empreendimentos eólicos, enquanto que a menor parte surge de pequenas centrais hidrelétricas
(11%) e de termelétricas (4%), como explica Rodrigues (2022).
Conforme a Global Wind Energy Council (2022), a indústria eólica teve um grande
avanço em 2021, com quase 94 GW de capacidade adicionada globalmente, sendo portanto, um
claro sinal da trajetória e resiliência ascendente da indústria eólica global, no entanto, será
necessário quadruplicar esse crescimento até o final da década se o mundo almejar permanecer
na rota dos 1,5°C e zerar as emissões líquidas de gases estufa até 2050 aumentando a capacidade
global em 93,6 GW e a total capacidade acumulada de energia eólica em 837 GW,
representando um crescimento ano a ano de 12%.
Como mostra a Tabela 1, os dois maiores mercados eólico do mundo em 2021, a China e
EUA, embora tenham alojado menos capacidade eólica terrestre, a China permaneceu sendo o
responsável por 80% do crescimento em instalações eólica offshore, ultrapassando o Reino
Unido como o maior mercado em instalações cumulativas. Também nas instalações onshore
representando 78% ficaram os países China (343,8 GW), Estados Unidos (134,8 GW),
Alemanha (63,9 GW), Índia (40,1 GW) e Espanha (28,1 GW).
Na capacidade global dos sistemas de armazenamento de energia, um estudo realizado
pela consultoria Wood Mackenzie aponta que poderá ocorrer um crescimento com taxa anual
composta de 31%, atingindo 741 gigawatts-hora (GWh) em 2030, demonstrando assim, que as
aplicações à frente do medidor, destinadas às distribuidoras, transmissoras e geradores de
energia, continuarão a dominar o setor, respondendo por 70% da capacidade adicional instalada
por ano até o final da década. Na liderança está os EUA respondendo por 49% ou 365 GWh da
capacidade global acumulada até 2030, a China vem em segundo lugar com a expectativa de
crescimento exponencial, representando 21% ou 153 GWh da capacidade global acumulada ao
final da década, e a Europa, tem apresentado um crescimento mais lento, com o Reino Unido e
a Alemanha dominando o mercado até 2025.
Tabela 1. Capacidade Eólica no mundo.

Fonte:http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/o-sistema-em-numeros.

Embora a indústria eólica continue avançando, o crescimento para o nível necessário


buscando se alcançar emissões líquidas zero e segurança energética, demandará uma nova
abordagem e muito mais proativa para uma formulação de políticas em todo o mundo
(MACHADO 2022).
3.2.2 Energia Eólica no Brasil

Apesar de ainda apresentar pequena participação no mercado eólico mundial, o Brasil


apresentou um considerável crescimento em sua capacidade instalada na última década. Com o
surgimento de incentivos governamentais designados ao setor lograram êxito em crescer a
participação eólica na matriz elétrica brasileira representando atualmente 11,8%, ficando na 3º
posição nas instalações em 2022, oferecendo 3,8 GW de capacidade, trazendo uma expectativa
de se chegar a 13,6% ao fim de 2025, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
De forma eficiente, a atuação, tem atingindo resultados cada vez mais significativos
com um crescimento não só no mercado regulado, mas com forte ampliação, segundo a
Abeeolica (2022), trazendo um potencial de 21,5 GW de capacidades instaladas suficiente para
atender a cinco vezes a demanda média de energia elétrica na indústria eólica onshore ocupando
o sexto lugar no Ranking Global de Capacidade Instalada tendo como papel crucial ajudar a
enfrentar a emergência climática, superando a Espanha (28,3 GW); Índia (40 GW); Alemanha
(56,8 GW); EUA (134,3 GW) e China (310,6 GW).
A energia eólica é uma fonte renovável e tem baixo impacto ambiental e baixos teores
de emissões de gases de efeito estufa. Essa fonte de energia vem crescendo acentuadamente nos
últimos três anos, com ventos constantes, variando pouco de direção, sendo assim, considerasse
um dos melhores ventos da terra para instalação de usinas eólicas e assim, produção de energia
limpa (JUNIOR AGUIAR, 2022).
De acordo com o Operador Nacional do sistema Elétrico, o Brasil em 2022 apresentou
uma evolução da capacidade instalada de 175.274 MW, com previsão de 195.839 MW para
2023. As usinas eólicas já respondem por 11% da matriz energética brasileira e constituem
cerca de 20 gigawatts de potência instalada.
A produção de energia eólica no Brasil tem grande concentração na região Nordeste,
onde mais de 80% dos parques estão instalados, trazendo como espaço e paisagem geográfica
favorável para o desenvolvimento dessa fonte de energia, ocasionando ventos mais intensos e
constantes (CORSINI, 2022). De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
a geração dos ventos no mês de julho de 2021 atingiu 11.680 MW, sendo quatro recordes de
geração eólica média e quatro de geração instantânea (pico), em um único dia, chegando a uma
média inédita de 11.399 MW, suficiente para abastecer a 102% da região Nordeste durante 24
horas, já para o mês de novembro detectou-se 104,4% da demanda da região.
Rodrigues (2022), afirma que na região Nordeste as unidades parques eólicos
autorizados com as melhores performances estão localizados nos estados do Piauí, Maranhão,
Rio Grande do Norte e Ceará. Atualmente, são 795 parques eólicos brasileiros e mais de 9 mil
aerogeradores em operação. Para o ano de 2026, a previsão é de pelo menos 36 mil MW.
Enquanto os dois maiores mercados do mundo, China e Estados Unidos, instalaram menor
capacidade eólica onshore no ano passado - 30,7 mil MW e 12,7 mil MW, respectivamente -
outras regiões tiveram anos recordes.
Ainda conforme o autor, o investimento em renovável e fontes de energia limpa será visto
como vantagem para a retomada econômica. Afinal, o aquecimento global está sendo
combatido por essas fontes por contribuírem não emitir gases do efeito estufa e apresentar
benefícios ambientais e econômicos.
3.2.3 Geradores eólicos
A captação de energia pode ser definida como a transformação de energia ambiente em
energia elétrica utilizando um determinado mecanismo de transformação ou material,
utilizando de vários materiais de captação de energia, entre eles os transdutores eletromecânicos
(geradores eletrostáticos) que converte a vibração proveniente da energia mecânica em energia
elétrica.
Visando a ampliação da produção de energia eólica, o desenvolvimento de tecnologias e
produção mais eficientes de rotores, hélices e outros componentes presentes em suínas eólicas
se torna imprescindível. Dessa forma, a quantidade de energia gerada irá provir da intensidade
e constância dos ventos, o tamanho da turbina eólica também é uma determinante como também
a área coberta pela rotação das suas hélices (pás).
Os ventos são produzidos quando as massas de ar perto do solo ou em regiões ensolaradas
se aquecem e, devido à diferença na temperatura e pressão atmosférica, trocam de lugar com as
massas de ar frio próximas, causando o deslocamento do ar. De acordo com Lima (2020), uma
torre de energia eólica, também chamada de aerogerador, turbina eólica ou gerador eólico, conta
com modernas tecnologias para transformar os ventos em eletricidade, utilizando um processo
indireto para converter a energia eólica em eletricidade.
Existem diferentes tipos de geradores eólicos, mas todos utilizam a mesma estrutura
básica e componentes para funcionar, entretanto, existem dois tipos de geradores: as turbinas
eólicas de eixo vertical (VAWTs) apresentam vantagens consideráveis em relação às turbinas
eólicas de eixo horizontal (HAWTs) devido à sua direcionalidade, melhor estabilidade
estrutural e do sistema (ZHAO et al. 2022).
De acordo com Wang et al (2018), os HAWTs são globalmente adotados para geração de
eletricidade em unidades de energia eólica comercial de grande escala tanto onshore quanto
offshore, enquanto que os VAWTs são classificados em turbinas do tipo drag (Savonius) e do
tipo elevador (Darrieus), raramente usados na geração de eletricidade devido à sua baixa
eficiência. As turbinas eólicas de eixos horizontais são utilizadas nos projetos de grande
potencial por serem mais eficientes que a de eixo vertical (Sundaram,2021).
As turbinas eólicas de eixo vertical foram selecionadas para aproveitar a energia do vento
através das forças de arrasto promovendo a transformação da energia cinética dos ventos em
energia mecânica e, consequentemente, em energia elétrica (corrente contínua), induzindo aos
movimentos veiculares (WANG; WANG; ZHUANG, 2018). Para Borg e Collu (2015), existe
uma diferença simples no princípio de funcionamento em que a turbina eólica de eixo horizontal
gira com base na força de sustentação e as turbinas eólicas de eixo vertical giram das forças de
arrasto que ocorrem no movimento do vento. Estes arrastam as máquinas eólicas baseadas são
mais adequadas para aproveitar a energia eólica do tráfego de veículos nas rodovias devido à
sua melhor geração de torque em baixas velocidades do vento.

4. METODOLOGIA
Entre as diversas formas de aproveitamento da energia gerada pelo movimento, trata-
se neste estudo o aproveitamento da energia cinética do movimento gerado pelo tráfego de
veículos. Como método de pesquisa utilizou-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa
e qualitativa, com revisão de literatura, seguindo os preceitos do estudo exploratório, utilizando
de estudos bibliográficos, que como explica Gil (2008), é “desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído de livros e artigos científicos” seguida, de uma apreciação de dados
coletados.
A pesquisa experimental dará suporte para o estudo e desenvolvimento de um
protótipo proposto para geração de energia, como demostra a Figura 2.
Figura 2. Foto do protótipo.

Fonte: Autoria própria.

Empregando um mini gerador eólico de baixo custo, utilizou-se um dínamo de


bicicletas, com um dispositivo que transforma a energia mecânica em elétrica, com capacidade
de acender uma lâmpada de 12v adequada ao sistema (Figura 3).
Figura 3. Foto dínamo de bicicletas

Fonte: Autoria própria.

Foram elaborados duas bases experimentais de madeira (Figura 4), fixados com o
dínamo e uma lâmpada cada.
Figura 4. Bases madeira

Fonte: Autoria própria.

Para medir a velocidade do vento com a passagem dos carros no contorno da rodovia,
será utilizado um anemômetro para medir a velocidade de um fluido, sendo posto em duas bases
de madeiras, fixando os dínamos juntamente com as lâmpadas, onde uma base receberá a
turbina, adaptado uma hélice de ventilador com um eixo horizontal(HAWTs), e outra turbina
de eixo vertical (VAWTs), utilizando uma hélice da máquina externo do ar condicionado. Para
o armazenamento será utilizada uma bateria e um sensor de presença de luz para ascender as
lâmpadas a um certo distanciamento, realizando a iluminação da via e o trajeto do condutor a
sua frente.
Será também realizada a medição de corrente elétrica, tensão, e rotação do gerador
conectado ao ventilador de teto das rajadas de vento durante o carregamento.

5. REFERÊNCIAS
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2001.
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Falar sobre a escolha da KAPLAN e FRANCIS (turbinas) utilizadas no prototipo

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