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INTRODUÇÃO
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OBJETIVOS
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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As células fotovoltaicas que são produzidas a partir de silício cristalizado (mono ou
policristalino), que absorvem a radiação solar em uma faixa extremamente estreita no espectro da
radiação, quando a luz na frequência correta é absorvida pelas células fotovoltaicas, os elétrons se
desprendem do semicondutor, causando assim, a geração de eletricidade (PORTAL SOLAR,
2021).
Em 1976, os engenheiros David Carlson e Christopher Wronski, dos laboratórios RCA,
deram origem à primeira célula de silício amorfo, que conta com uma eficiência de 1,1%. Já no
ano de 1992, na Universidade da Flórida do Sul, foi desenvolvida uma célula de filme fino, que
contém 15,89% de eficácia, e por fim no ano de 1994, O National Renewable Energy Laboratory
(NREL), criou a primeira célula que concentra 180 sóis de GaInP/GaAs, ou gálio fosforeto de
índio/arsenieto de gálio, tornando-se a primeira célula solar que superou em 30% a eficiência de
conversão. (PORTAL SOLAR, 2021).
As variadas tecnologias de células disponíveis no mercado têm custos e eficiências
diferentes. No mercado brasileiro, estão homologadas pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (INMETRO) três tipos de tecnologia: silício monocristalino, silício
policristalino e filmes finos. Segundo a nota técnica do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos,
o Brasil tem excelentes reservas de silício e lítio, principais matérias-primas das células
fotovoltaicas e de baterias, respectivamente (CGEE, 2009).
Figura 2: Células Fotovoltaicas de silício cristalizado
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Na década de 1950, os painéis solares convertiam em média apenas 4,5% da energia
solar em energia elétrica, o que correspondia a 13 Wp/m2, a um custo de US $1.785/Wp. Hoje
em dia, a eficiência média mundial triplicou para 15% (143 Wp/m²), a um custo 1.370 vezes
mais barato, de US $1,30/Wp (WOODHOUSE et al., 2019). De acordo com o Center for
Sustainable Systems (CSS), hoje existem no mercado módulos capazes de apresentar uma
eficiência acima de 20%. Mesmo com o aumento considerável em sua capacidade de produção,
os módulos ainda são pouco eficientes, sendo um dos fatores que mais agregam custo nas usinas
de geração fotovoltaicas, pois aumentam consideravelmente o número de módulos necessários,
gerando um custo maior e necessitando de uma grande área para a instalação do sistema.
Fonte: AGROALIMENTANDO,2019
O sistema de geração é a junção dos componentes, os módulos fotovoltaicos que
captam os raios solares e convertem a luz solar em eletricidade, e os inversores, que convertem
a energia produzida em corrente contínua para corrente alternada.
Atualmente, a maioria dos sistemas de geração são ligados a rede elétrica da
concessionária local, esse tipo de sistema é chamado de on-grid, mais utilizados pelo fato de
reduzir custos em relação ao sistema off-grid, onde o sistema é totalmente independente da rede
e a energia produzida é armazenada em baterias de lítio.
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Figura 4: Usina em Solo
CONCLUSÃO
A luz do Sol é um bem livre, ilimitado e não excludente. Isso significa que além de
estar disponível para todos, o seu uso por uns não impede o acesso ou a disponibilidade para
outros. Diferentemente da água doce, e também dos combustíveis fósseis, a luz solar é uma
fonte inesgotável, tendo-se como base a escala geológica de tempo de nosso planeta. Sequelas
ambientais recentes provocaram furos na camada de ozônio que filtra os raios ultravioleta e
isso causa danos à nossa saúde. Mas a radiação solar, vital ao ciclo das plantas, não está
comprometida. Recentes mudanças antropogênicas na dinâmica do clima têm acarretado
variações na regularidade dos períodos de chuvas e estiagem, além de apontarem para uma
tendência preocupante de aquecimento global (IPCC, 2014).
De acordo com as observações feitas através da leitura das bibliografias citadas acima,
conclui-se que o Brasil é um país com uma grande necessidade de alteração em sua principal
fonte geradora de energia elétrica, as hidrelétricas, principal fonte atual, que causa danos
socioeconômicos praticamente irreversíveis as comunidades que vivem próximas às
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instalações das usinas, e, com um grande potencial para a geração de energia a partir de fontes
renováveis, em foco, a energia fotovoltaica.
Mostrando dados atuais, que revelam que os módulos existentes não ultrapassam de
20% de sua capacidade de produção, e sugerindo que para que seja eficaz e com eficiência
energética é necessário que a capacidade de produção seja superior a esses 20%. Nesse caso
concreto, o valor do custo e a área destinada para implantação do sistema serão menores, uma
vez que haverá uma grande redução no custo, tornando assim, muito mais viável a implantação
do sistema.
Nessa lógica, o modo de produção de energia proveniente de fontes renováveis, desde
a concepção do projeto, será sustentável, trazendo equilíbrio entre as demandas de energia em
larga escala e os modos de produção, diminuindo os impactos sociais, econômicos e
ambientais.
Mesmo produzindo energia aquém do ideal, os painéis fotovoltaicos ainda são
alternativas bastante atraentes, tanto no quesito sustentabilidade quanto no quesito financeiro
(após o tempo mínimo destinado ao pagamento do investimento inicial).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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