Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A energia eléctrica pode ser considerada um dos pilares mais importante para o
desenvolvimento técnico, económico, político e social do mundo actual. É por meio dela que
temos acesso à iluminação, transporte colectivo, proteção térmica e higiene, além de permitir
o estabelecimento de infraestrutura e fixação da produção nas indústrias, centros de pesquisa e
meios de comunicação. Por fim, contribui ainda para a disseminação da informação e
aquisição do conhecimento (Naruto, 2017).
Para que esse desenvolvimento seja viável, é necessário que haja uma união entre a
evolução tecnológica e as políticas governamentais para que, assim, o fornecimento de
energia eléctrica seja alcançável ao maior número possível de pessoas. Logo, o sistema
eléctrico necessita ser o mais eficiente, seguro, confiável, estável e previsível a fim de reduzir
os impactos negativos e proliferar as oportunidades para a sociedade e para as gerações
futuras que serão directamente dependentes dessa evolução e do progresso energético vigente.
1
As fontes renováveis representam 20% da produção de electricidade, e no futuro
com investimento e desenvolvimento tecnológico no sector, toda a necessidade de
electricidade ou pelo menos a maior parte dela poderá ser suprida pelo abastecimento de
fontes de energias renováveis, as energias solar e eólica que actualmente são consideradas
alternativas e tem pouca participação na matriz energética mundial serão as principais fontes
de energia para o futuro, podendo a energia solar fotovoltaica ocupar o lugar mais importante
na geração de energia eléctrica (Woruby, 2018).
A metodologia aplicada neste trabalho, será uma Revisão de Literatura, no qual será
realizada, consultas a livros, dissertações, artigos científicos seleccionados através de busca á
livros, sites de pesquisas, relacionados a energia Solar fotovoltaica. Desta forma, requer
através deste estudo ampliar, os conhecimentos sobre o aumento e produção de energia
eléctrica com recursos a energia solar fotovoltaica, sendo esta uma energia proveniente de
recursos renováveis.
2
Problema
Justificativa
A busca por novas fontes alternativas de energia está cada vez mais presente nos dias
actuais, uma vez que as tecnologias convencionais de energia que utilizam os combustíveis
fósseis causam negativos impactos socioambientais ao liberarem quantidades de gases
poluídos no meio ambiente e, por consequência, contribuem para o aquecimento global e para
as mudanças climáticas.
O cenário angolano possui com maior índice hidroeléctricas como fonte principal de
energia alternativa. No entanto, com o crescente aumento populacional, industrial e agrícola,
o consumo de energia vem aumentando no país e, além disso, as frequentes estiagens
acarretam crises hídricas, que prejudicam a oferta de energia no país, bem como o consumidor
final. Um dos principais motivos é que em períodos de seca há diminuição dos reservatórios
nas usinas hidroeléctricas, responsáveis pela maior parte da produção de energia eléctrica no
país.
Angola possui muita disponibilidade de recurso energético solar. Por este motivo,
pensou-se na necessidade de se contribuir com o aumento da participação da fonte solar na
matriz energética angolana, por meio de análises do sector eléctrico angolano.
Neste sentido, fez-se uma reflexão sobre o quanto esses sistemas podem contribuir
com o meio ambiente, a fim de se melhorar a qualidade de vida das pessoas.
3
Objectivo geral
Objectivos específicos
Estrutura do trabalho
4
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo as ideias de Goldemberg e Lucon (2007) citado por Gatti (2018), a energia,
o ar e a água são ingredientes essenciais à vida humana. Nas antigas sociedades o custo desses
ingredientes era praticamente zero e a energia era obtida da lenha das florestas, e utilizada
para aquecimento e atividades domésticas, como cozinhar. Com o passar do tempo, o
consumo de energia foi crescendo, o que fez com que outras fontes fossem necessárias.
Ao longo da Idade Média, as energias provindas dos cursos de água e dos ventos
foram utilizadas, mas em quantidades insuficientes para suprir as necessidades da população
que era crescente, principalmente nas cidades. Após a Revolução Industrial, foi preciso usar
mais carvão, petróleo e gás, que têm um custo elevado para a produção e transporte até os
centros consumidores.
A energia que move o mundo pode vir dos recursos naturais como o vento, água, sol,
resíduos sólidos e combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural. Essas são as fontes
primárias de energia. De acordo com o Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf),
elaborado em 2011, as fontes secundárias de energia são transformadas a partir das fontes de
energia primárias; por exemplo, energia elétrica, gasolina, gás, óleo, alcatrão, carvão mineral,
vapor, entre outros.
5
De acordo com dados EIA (2017), o petróleo é a fonte de energia mais consumida no
mundo e pode ser encontrado na natureza impregnado em rochas sedimentares. Nos diferentes
pontos de ebulição das substâncias que estão no petróleo, ocorre a separação para converter
em outros produtos. Entre os produtos obtidos estão o gás, a gasolina, o querosene e as ceras.
Todos eles têm influência no desenvolvimento da vida humana e no progresso tecnológico e
económico.
Segundo Geller (2003) citado por Gatti (2018), o avanço tecnológico é o principal
factor que pode contribuir para o aumento da oferta de energias renováveis, para assim reduzir
os custos de produção, que ainda são, na maioria das fontes, superiores aos custos das fontes
de energia de origem fóssil. Nesse sentido, esforços em pesquisa e desenvolvimento (P&D)
tecnológico por parte dos sectores público e privado, em diversos países e por empresas
líderes na área, têm reduzido substancialmente os custos de todas as energias renováveis.
Porém, dentre as várias fontes de energia destacamos as seguintes:
A biomassa energética apresenta uma grande variedade de fontes, que variam desde
os resíduos agrícolas, industriais e urbanos até as culturas dedicadas. Para sua produção é
necessária uma grande quantidade de tecnologias para os processos de conversão, que
englobam desde combustão para obtenção da energia térmica até processos físico-químicos e
6
bioquímicos complexos para a obtenção de combustíveis líquidos e gasosos e outros produtos,
e que variam em escala partindo da micro até a larga escala, segundo o (Relatório da Matriz
Energética Nacional de 2030, 2007 citado por Gatti, 2018).
No centro do Sol ocorre uma intensa actividade nuclear a qual gera uma grande
quantidade de radiação. Esta radiação emite uma energia em forma de luz chamada de fótons
os quais não possuem massa física, porém carregam uma enorme energia e impulso. Os fótons
podem conter energia ultra ou infravioleta, enquanto alguns podem conter luz visível. Em sua
trajetória em direção à Terra, colidem-se, são desviados e até destruídos quando em contato a
qualquer coisa que absorva radiação (Boxwell, 2016).
Basicamente todas as energias aproveitadas pelos seres humanos têm suas origens
vindas do Sol, sendo nossa principal fonte de energia, emitindo-as em formas de luz e calor.
7
Essas energias são suficientes para suprir milhares de vezes as necessidades energéticas
mundiais, porém apenas uma parte é aproveitada (Robert Foster et al, 2009 citado por
Almeida, 2019).
8
A produção de energia elétrica pelo método convencional é centralizada e longe do
ponto de consumo, resultando em perdas ao longo do sistema de distribuição, o que leva a
uma elevação do preço de custo da distribuição e causa danos ao meio ambiente a as
empresas. Quando falamos em energia fotovoltaica, pensamos em energia sendo gerada
próxima ao ponto de consumo, permitindo ainda uma melhor diversificação das tecnologias
utilizadas para a produção de energia elétrica.
No início, esses sistemas que conexão à rede elétrica foi concebida apenas para
centrais fotovoltaicas, sistemas de grande porte, pois havia a crença de que esses sistemas
resolveriam problemas específicos da rede tradicional. No entanto, de acordo com o avanço
da eletrônica, foram concebidos sistemas de pequeno e médio porte, objetivando atender
sistemas domésticos, que hoje correspondem a mais da metade do mercado fotovoltaico
(Athanasia, 2000 citado por Almeida, 2019).
9
1.5.1. Módulos fotovoltaicos
Existem pelo menos três abordagens quanto ao circuito elétrico equivalente das
células solares: o modelo empírico (ideal), o modelo de um diodo, e o de dois diodos. Entre
eles, o mais aceito, é o de um diodo, também conhecido como modelo real.
10
1.5.4. Diodos de Protecção
Outro diodo utilizado para proteção é o diodo de bloqueio. Esses são utilizados nas
fileiras de módulos em série para evitar que um módulo sombreado transforme a fileira inteira
em uma carga. Em alguns sistemas autorregulados, os diodos são utilizados para evitar que a
bateria se descarregue sobre o painel fotovoltaico. Nos sistemas que utilizam controladores
não é necessário, sendo até desencorajado o seu uso, pois o diodo provoca uma queda de
tensão, que em sistemas menores pode ser significativa (Almeida, 2019).
Como foi visto até o momento, os painéis fotovoltaicos são capazes de fornecer
corrente apenas na forma de corrente contínua. Em algumas aplicações é possível aproveitar
esta corrente mas em muitos casos é necessário converter esta corrente em uma fonte de
corrente alternada (Dazcal, 2008 citado por Almeida, 2019).
11
Esta conversão, no entanto, acarreta perdas elétricas da ordem dos 25 aos 9%, ou
seja, os inversores possuem eficiências que variam entre 75 e 91%. Isto se deve ao facto de
que o consumo do circuito inversor aumenta proporcionalmente com o aumento da potência
que está controlando. A forma de onda na saída dos inversores eram, inicialmente, quadradas,
mas actualmente encontram-se inversores que produzem formas de ondas aproximadamente
senoidais (Dazcal, 2008 citado por Almeida, 2019).
Nesse tipo de inversor são utilizados dispositivos semicondutores que podem ser
ligados e desligados, em um circuito em ponte. De acordo com o nível de tensão e
desempenho do sistema, os componentes eletrônicos utilizados são o MOSFET, transistor
bipolar, GTO e IGBT (Goetze, 2017).
12
1.6.3. Factor de dimensionamento do inversor
O valor FDI, por exemplo, de 0,8 indica que a capacidade do inversor equivale a
80% da potência nominal ou de pico do gerador fotovoltaico.
14
contínua e/ou de corrente alternada, dependendo da aplicação desejada. Neste tipo de
operação, pode ser necessário o uso de baterias, e os elementos que irão compor o sistema
podem variar de acordo com as necessidades exigidas.
Esse cenário, portanto, torna o investimento na geração distribuída cada vez mais
atrativo e inúmeras vantagens para o setor elétrico são obtidas com esse método de geração de
energia. A seguir são listadas as principais delas segundo Goetze (2017):
15
e) agilização no atendimento ao crescimento da demanda, inserindo menor prazo
e menor complexidade no licenciamento e na liberação para implantação dos projectos;
f) aumento da estabilidade do sistema elétrico, pela existência de reservas de
geração distribuída;
g) redução das perdas na transmissão e dos respectivos custos, e adiamento no
investimento para reforçar o sistema de transmissão;
h) o uso de unidades de menor capacidade propicia o equilíbrio na busca de
melhores taxas variáveis de crescimento de demanda, contribuindo na redução de risco
associados a erros de planejamento e oscilações de preços ao sistema elétrico;
i) contribuição para a abertura do mercado energético, com a criação de
regulamentação jurídica própria, que podem representar uma grande oportunidade comercial.
No entanto, o sistema também apresenta alguns pontos que geram bastante discussão
no setor elétricos, a seguir são citadas as principais:
16
De acordo com a relação de geração e consumo do sistema fotovoltaico, constatou-
se que a energia solar gerada irá suprir 70% do consumo da residência. Dessa forma, o custo
mensal de energia da residência será referente à tarifa de disponibilidade cobrada pela
distribuidora de acordo com o tipo de conexão.
17
CAPÍTULO II – MÉTODOS E TÉCNICAS
Indutivo: usou-se este método, por ser responsável pela generalização, isto é,
partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral (Freitas e Prodanov,
2013). Assim sendo o método indutivo permitirá por meio da análise do Município de
Saurimo sobre o aumento da produção de energia eléctrica, os resultados obtidos se considere
para os demais Municípios da Província bem como do País.
Análise síntese: uma vez que para a construção do Iº capítulo, bem como para a
estruturação do presente trabalho houve toda uma necessidade de se recorrer a consulta de
livros, artigos científicos, trabalhos já realizados e outros materiais bibliográficos e que o seu
conteúdo não precisa ser lançado na totalidade para este estudo, seleccionou-se e sintetizou-se
apenas aqueles que pareceu ser mais valioso para a pesquisa e este processo é típico da análise
síntese, justificando-se assim o recurso a este método.
Etapas da Pesquisa
18
Feito isso foi elaborado uma revisão de literatura através da busca na internet por
artigos, livros e projectos conceituados artigos a fim de se inteirar do que se tem a respeito do
aumento de energia eléctrica. Para isso procurou-se palavras chaves como energia eléctrica,
fontes de energia, energia solar, energia solar térmica, produção de energia e outras.
19
CAPÍTULO III – PROPOSTA PARA O AUMENTO DE PRODUÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA NO MUNICÍPIO DE SAURIMO (ENERGIA
SOLAR)
A central do Nhama a tecnologia é Wart Sil, conta com 4 grupos geradores e tem a
capacidade de produção de 20mw e disponibiliza os 20mw.
20
3.3 - Implementação do sistema fotovoltaico em Saurimo e o Princípio de funcionamento
Nesta senda, vai ser apresentado um diagrama que será utilizadas para a
implementação de um sistema fotovoltaico.
21
Fonte: eleboração própria
O sistema capta a luz solar a partir das placas fotovoltaicas, produz energia elétrica a
partir de corrente contínua, essa energia passa por um controlador de carga responsável pela
proteção das baterias contra descargas profundas e excesso de carga, toda esta energia será
armazenada em um banco de baterias e só então, passa por inversor de frequência que a
converte de corrente contínua para corrente alternada e passa pelo transformador só então é
utilizada para consumo.
A análise técnica deve ser feita pela empresa responsável e encarregada a executar
o projecto bem acompanhado com a equipa técnica do Ministério da Energia e Água
representado pela empresa pública de produção de electricidade – PRODEL E.P.
22
CONCLUSÃO
23
RECOMENDAÇÕES
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEEL - Agência nacional de energia elétrica. (2013). Atlas de energia elétrica do Brasil:
Brasília. Atlas.
Birnfeld, A. (2014). Estudo sobre as opções tecnológicas em energia renovável para aplicação
na região oeste de santa catarina. Monografia (Especialização) - Curso de Gestão
Estratégica de Negócios, Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc,
Videira.
Boxwell, m. (2016). Solar electricity handbook. A simple, practical guide to solar energy –
Designing and installing solar pv systems. 10ª edição, greenstream publishing.
Coventry.
Cresesb, C. P., João, A. G & António. (2014). manual de engenharia para sistemas
fotovoltaicos. cepel. Rio de Janeiro.
25
Energy Information Administration - EIA. (2017). (Estados Unidos). Department Of Energy
Organization. Annual Energy Outlook. Disponível em:
<https://www.eia.gov/outlooks/aeo/pdf/0383.pdf>.
Júnior, A.C & Souza, I.M. (2018). Células fotovoltaicas: O futuro da energia alternativa.
Goianésia/go: FEG
Solar Power Europe. (2015). "Renewable Self-Consumption - Cheap and clean power at your
doorstep."http://www.solarpowereurope.org/fileadmin/user_upload/documents/
Policy_Papers/Position_Paper_self-consumption.
Villalva, Marcelo. (2015). Energia solar fotovoltaica: conceitos e aplicações. 2ª edição. Érica.
São paulo.
Villalva, Marcelo. (2015). Energia solar fotovoltaica: conceitos e aplicações. 2ª Edição. Érica.
São Paulo.
Woruby, M.S. (2018). Sistema de energia solar residencial. Ponta Grossa: Unopar.
26
27