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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ENERGIA SOLAR - BENEFÍCIOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS


DA TECNOLOGIA HALF-CELL

Danilo Jesus Dias1, Esdras Conceição Costa do Rosário2, Lucas Santos


Souza3, Matheus Galvão Araujo4
Orientadora: Prof.ª MsC. Antônia Ferreira dos Santos Cruz5

Centro Universitário Jorge Amado, Av. Luís Viana Filho, 6775, 41.745-130,
Paralela,Salvador - BA

RESUMO

O artigo tem o objetivo de abordar os benefícios encontrados nos módulos de meia-células


fotovoltaicas, esta tecnologia tem sido muito utilizada no mercado de painéis solares
atualmente. Um dos principais desafios do estudo será compreender como módulos
fotovoltaicos convencionais produzem potências menores em relação as somas totais das
células inteiras. Em módulos meia-célula a potência é ampliada de forma significativa.
Fazendo com que o desempenho dos módulos, sejam aproveitados ao máximo e gerando a
captação solar com maior eficiência. Demonstraremos nesse artigo como as meia-células
são mais eficazes, assim como as problemáticas delas. O artigo também busca avaliar por
meio de estudo de caso, se os módulos de energia utilizando a tecnologia Half-Cell são
capazes de diminuir as perdas da geração de energia fotovoltaica melhorando o rendimento
e custo-benefício, aumentando exponencialmente o uso desse tipo de energia.

Palavras-chave: half-cell, fotovoltaica, benefício.

1 INTRODUÇÃO

O crescimento da população mundial durante os últimos anos gera um grande aumento


no consumo de energia, trazendo à tona o problema da natureza finita dos combustíveis fósseis
e a poluição gerada pelos mesmos. Com esse aumento contínuo do consumo de energia elétrica
em todo o mundo, a busca por fontes de energia alternativas se torna um dos grandes desafios

1
Bacharelando em Engenheira Elétrica pelo Centro Universitário Jorge Amado, E-mail: esdrass@outlook.com
2
Bacharelando em Engenheira Elétrica pelo Centro Universitário Jorge Amado, E-mail: daniloeet@gmail.com
3
Bacharelando em Engenheira Elétrica pelo Centro Universitário Jorge Amado, E-mail: lucassouzalds@gmail.com
4
Bacharelando em Engenheira Elétrica pelo Centro Universitário Jorge Amado, E-mail: matheus-garaujo@hotmail.com
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Orientadora Professora Mestra em Regulação da Industria de Energia, Professora Titular do Centro Universitário Jorge Amado, E-
mail:antonia.cruz@unifacs.br

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da sociedade moderna. Assim, a procura por um modelo mais sustentável aumenta o interesse
em formas de energia limpas e renováveis, que resolvem o problema da demanda energética
minimizando os impactos ambientais gerados pela poluição. A energia solar fotovoltaica tem
um importante papel nesse cenário, com um crescimento exponencial nas matrizes elétricas
nos últimos anos e desempenhando um papel de protagonismo no desenvolvimento
sustentável.
No ano de 2013 uma nova tecnologia foi desenvolvida na indústria dos painéis solares
monocristalinos e policristalinos, tendo potencial de se tornar uma das maiores revoluções no
ramo da energia solar. Denominada de half-cell (meia-célula), consiste na construção de
módulos mais eficientes, reduzindo o tamanho da célula fotovoltaica pela metade para melhor
aproveitamento na transformação dos raios solares em energia elétrica. O maior desafio
atualmente da indústria de energia solar é a diminuição ao máximo das perdas de geração de
energia, através da fabricação de painéis solares mais potentes e eficientes e utilizando novas
tecnologias.
Alguns estudos fazem comparações entre os módulos convencionais e módulos de meia-
célula para avaliar os benefícios, as diferenças estruturais de ambos e as desvantagens
financeiras, sendo um exemplo os resultados apresentados na 31ª Conferência e Exibição
Europeia de Energia Solar Fotovoltaica, que aponta grandes perdas de potência causadas pelas
resistências em série dos conectores dos módulos convencionais, tendo uma redução
significativa quando utilizada a tecnologia half-cell nos módulos fotovoltaicos (Hamed Hanifi,
2015).
Este artigo tem como objetivo apresentar os ganhos de eficiência e redução das perdas de
potência dos módulos construídos utilizando a tecnologia Half-cell, abordando detalhes das
características dos módulos de meia-célula, como seu desempenho térmico, redução de
hotspots e a tolerância a sombreamentos, além das vantagens econômicas e comercias no uso
do Half-cell em relação ao módulo convencional, o qual é o principal produto disponível no
atual mercado de energia solar.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Energia solar fotovoltaica no Brasil

No Brasil, até meados de 2011, a energia solar ainda era considerada um sonho. A partir
do final de 2012, a energia solar se tornou uma alternativa mais que eficaz para consumidores
que desejam gerar sua própria energia, que teve um impulso significativo graças às resoluções

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normativas da Agência Nacional de Energia elétrica (ANEEL). O uso de energias renováveis


no país já tem um cenário já consolidado em relação ao mundo. Segundo dados do Balanço
Energético Nacional de 2021, as fontes renováveis representaram 78,1% do total da matriz
energética brasileira, apesar da queda na oferta de energia hidráulica e da biomassa da cana-
de-açúcar, associada à escassez hídrica, e ao acionamento das usinas termelétricas.
A participação de fontes renováveis na matriz energética foi marcada pelo avanço
estrutural de outras fontes renováveis, como a solar. O seu uso tem aumentado
significativamente no Brasil, segundo o Balanço Mensal de Energia, o crescimento da Geração
Distribuída por fonte solar no país continua em destaque, com tendência de aumento de mais
de 80% na capacidade instalada em 2022, em relação a 2021. Com o aumento da demanda e
uso de geradores de energia renovável, o mercado solar vem desenvolvendo formas de
aprimorar os equipamentos que compõem os sistemas fotovoltaicos, como inversores e
módulos fotovoltaicos mais eficientes.
Segundo a Agência Nacional de Águas (2019), nos últimos sete anos o Brasil tem passado
por uma crise hídrica devido à grande escassez de chuvas, principalmente na região nordeste,
e devido à ausência de planejamento e ações institucionais organizadas e de investimentos em
infraestrutura hídrica e saneamento, fazendo com que os reservatórios das hidrelétricas do país
atinjam volume de água cada vez mais baixo. Aliado a isto, o consumo de energia elétrica
final teve uma evolução de 1,3% em relação ao ano anterior (EPE, 2020). Assim, o aumento
da demanda por energia elétrica aliado à redução da capacidade de geração hidrelétrica do
país impulsiona a necessidade pela diversificação da matriz elétrica brasileira.
Neste sentido, a energia solar fotovoltaica vem ganhando cada vez mais espaço no cenário
nacional. Em 2019, a microgeração e minigeração distribuída atingiu 2.226 GWh, com uma
potência instalada de 2.162 MW, com grande destaque para a geração solar fotovoltaica com
1.659 GWh de geração e 1.992 MW de potência instalada (EPE, 2020). Os dados mostram
que os números da geração fotovoltaica ficam maiores a cada novo semestre. A instalação da
geração distribuída é facilitada nos grandes centros urbanos, pois existe uma tendência à
utilização da geração fotovoltaica nestes centros, haja visto que esses sistemas podem ser
instalados em áreas já ocupadas, como telhados de casas, cobertura de prédios e
estacionamentos, sem perda de espaço útil, como acontece com outras fontes de geração.
Dentre as diversas aplicações dos sistemas fotovoltaicos, destacam-se aquelas que
atendem a unidades consumidoras com alto consumo de energia elétrica e necessidade de
elevado padrão da qualidade de energia, como é o caso de hospitais e centros de saúde, que
possuem diversos equipamentos médico-hospitalares além de setores críticos como centro

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cirúrgicos e unidades de tratamento intensivo, além de setores administrativos importantes


como financeiro e de licitações, no caso de hospitais públicos.
A normativa nº 482 da ANEEL estabelece critérios para a conexão dos sistemas de
geração distribuída na rede elétrica. Criando um sistema de compensação de energia,
permitindo que o produtor local que não consuma toda energia, injete o excedente de potência
na rede elétrica (ANEL,2012). Essas normativas fizeram com que a energia fotovoltaica se
tornasse mais barata já que possibilitou o uso dessa energia não só Off Grid ou seja sistemas
fotovoltaicos desconectada da rede como possibilitou a instalação e utilização dos chamados
sistemas On-Grid, ou seja, sistemas fotovoltaicos conectados à rede.
É importante salientar que, conforme mostrado no Gráfico 1, a energia fotovoltaica
representou 90,4% da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD) no ano de 2020 com um
crescimento de 137% em relação a 2019, deixando para trás outras fontes de energia. O
Gráfico 2 mostra o crescimento exponencial da energia fotovoltaica frente às outras fontes.

Gráfico 1: Mini e Micro geração de energia no Brasil

FONTE: EPE Empresa de Pesquisa Energética.

Gráfico 2: Evolução da MMGD

FONTE: EPE Empresa de Pesquisa Energética

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Desde então, a tecnologia fotovoltaica não parou de crescer no país, se tornando a


melhor forma dos brasileiros economizarem na conta de luz, sejam em casas residenciais ou em
empresas de pequeno e grande porte. Nos anos mais recentes, ofertas de incentivos e linha de
financiamento, assim como a diminuição nos preços dos sistemas solares, tem contribuído para
o crescimento de instalações, fazendo com que o Brasil venha se destacando no cenário
internacional.

2.2 Energia solar fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é definida basicamente como a conversão direta da luz em


eletricidade. Foi verificado pela primeira vez por Edmond Becquerel, em 1839 o qual
constatou em seu experimento uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de
material semicondutor quando exposto a luz (CRESESB, 2006). Os semicondutores são
materiais que se caracterizam pela presença de bandas de energia, uma onde é permitida a
presença de elétrons (Banda de valência) e de outra totalmente “vazia” (Banda de condução).
Uma das possíveis formas de geração de energia solar é obtida através do efeito
fotovoltaico que ocorre em dispositivos conhecidos como células fotovoltaicas. Essas
células são componentes optoelectrónicos que convertem diretamente a radiação solar em
eletricidade (SERGIO DE S.BRITO, 2004). A estrutura dessas células é constituída por uma
camada de silício do tipo N e de outra do tipo P, além da junção P-N entre as camadas e os
contatos metálicos conforme mostra a Figura 1.

Figura 1: Corte transversal de uma célula folovoltaica

FONTE: http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_solar_2006

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O efeito fotovoltaico irá ocorrer quando fótons de luz solar incidirem sobre a junção P-
N acelerando as cargas do campo elétrico dessa região, gerando assim uma diferença de
potencial (CRESESB, 2006).

2.3 Tipos de sistemas fotovoltaicos

Existem basicamente dois tipos de sistemas fotovoltaicos o sistema ON GRID e OFF


GRID, o sistema OFF GRID ilustrado na Figura 2, é independente da rede de transmissão
elétrica da concessionaria, esse sistema armazena energia através de bancos de baterias para
utilizar essa carga nos momentos em que não há geração de energia suficiente para demanda
no local instalado que acontece normalmente a noite já que não a incidência de luz nos
módulos fotovoltaicos.
Já os sistemas ON GRID, ilustrado na Figura 3, são interligados em paralelo com a rede
elétrica de transmissão o mesmo não tem bancos de baterias para armazenamento de carga
porém após o consumidor utilizar a energia gerada pelo seu sistema o excedente é injetado
na rede elétrica de transmissão da concessionaria que através do relógio bidirecional
contabiliza a energia em KWh , gerando um credito que pode ser abatido no valor da conta
de energia, como esse sistema está ligado em paralelo com a rede de transmissão elétrica
nos momentos em que não há geração de energia o consumidor utiliza a energia elétrica
fornecida pela concessionária e ao final do mês é abatido o valor do credito de energia que
foi injetado na rede com o valor a ser pago pela utilização de energia da concessionária ,
nesse tipo de sistema o consumidor passa a ser também um produtor de energia elétrica.

Figura 2: Sistema OFF Grid

FONTE: NeoSolar

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Figura 3: Sistema ON Grid

FONTE: SEBRAE

2.4 Inversores de frequência

A energia elétrica gerada pelos módulos fotovoltaicos é em corrente continua (CC)


impossibilitando o uso da mesma diretamente na grande maioria dos equipamentos que são
projetados e construídos para trabalharem apenas em corrente alternada (CA). Diante desse
cenário problemático foi implementado o uso dos inversores. Um inversor é um dispositivo
eletrônico que fornece energia elétrica em corrente alternada (C.A) a partir de uma fonte de
energia elétrica em corrente (C.C). A tensão C.A de saída deve ter amplitude, frequência, e
conteúdo harmônico adequado as cargas a serem alimentadas. Adicionalmente, no caso de
sistemas conectados à rede elétrica a tensão de saída do inversor deve ser sincronizada com
a tensão da rede (Pinho & Galdino,2014). Para selecionar o inversor adequado a ser utilizado
em um sistema fotovoltaico, os requisitos a serem analisados são, a forma de onda da carga
e a eficiência do inversor (Messenger & Ventre, 2010).
Forma de onda e distorção: a forma de onda da tensão C.A produzida deve ser a senoidal
pura. A distorção harmônica total (THD) deve ser inferior a 5% em qualquer potência
nominal de operação (Pinho & Galdino,2014).
Eficiência na conversão de potência: a eficiência é a relação entre a potência de saída e a
potência de entrada do inversor (Pinho & Galdino,2014).

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2.5 Controlador de carga

Os controladores de carga ou também conhecidos como regulador de carga são


essenciais no funcionamento dos sistemas OFF GRID, que utilizam banco de baterias para
armazenamento de energia. Os sistemas fotovoltaicos com baterias devem obrigatoriamente
empregar um controlador ou regulador de carga. O controlador de carga é o dispositivo que
faz a correta conexão entre o painel fotovoltaico e a bateria, evitando que a bateria seja
sobrecarregada ou descarregada excessivamente.
O princípio de funcionamento, da proteção da bateria através dos controladores de carga,
consiste em impedir que ela sofra sobrecarga de tensão e prevenir que ela seja completamente
descarregada. Ambas as situações acarretam desgaste e, consequentemente, diminuição da
vida útil da bateria, por isso devem ser controladas (PINHO & GALDINO, 2014).

3 TECNOLOGIA HALF-CELL

A tecnologia Half-Cell é uma alternativa mais eficiente na construção de módulos


fotovoltaicos, consiste em utilizar células cortadas ao meio, obtendo um módulo fotovoltaico
com células retangulares, ao invés de células quadradas como mostra a Figura 4.

Figura 4: Módulo fotovoltaico com células cortadas ao meio (half-cell)

FONTE: Vikram Solar

A separação das células solares e a subsequente interconexão de células divididas pela


metade foi apresentada anteriormente e muitas aplicações comerciais são conhecidas. O

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conceito apresenta muitas vantagens em relação aos custos do módulo, potência,


confiabilidade, eficiência e desempenho em usinas de energia em comparação com a
abordagem tradicional.
O aumento da eficiência da tecnologia Half-Cell se deve a redução das perdas ôhmicas,
pois a corrente elétrica produzida pelas células cortadas ao meio (Half-Cell) é igual a metade
da corrente convencional, partindo do príncipio que a potência elétrica depende do quadrado
da corrente, logo a potência dissipada nos contatos, terminais e nas células cortadas ao meio
são reduzidas a um quarto como mostra a Equação 1.
𝑖 2 R.i2
P = R. i2 → P = R. (2) → P = (1)
4

A aplicação da tecnologia half-cell causa alterações na estrutura dos módulos


fotovoltaicos, devido ao número de células dispostas dobrarem, pois são cortadas ao meio,
há uma redução da área de atuação dos raios solares, exigindo uma dimuição no espaçamento
entre as células para contornar esse problema, como mostra a Figura 5.

Figura 5: Espaçamento das células nos módulos fotovoltaicos

FONTE: https://www.ise.fraunhofer.de/content/dam/ise/de/documents/publications/conference-paper/36-eupvsec-
2019/Mittag_4AV120

3.1 Desempenho térmico

As mudanças na estrutura dos módulos fotovoltaicos com Half-cell afetam não somente
a disposição das células no módulo como também o desempenho térmico do sistema. Os
módulos com células inteiras possuem uma única caixa de junção, a qual aloja três diodos by-
pass, diferente dos módulos de meia-células que possuem mais de uma caixa de junção na sua
estrutura, podendo adotar diferentes topologias na distribuição dos diodos by-pass e dos
interconectores como mostra a Figura 6. Em azul temos a célula solar, em cinza os
interconectores e laranja os diodos by-pass. Da esquerda pra direita, temos as células em série

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(A), células em paralelo (B) e por fim, os blocos em paralelo com seis string em série cada
(C). interconectores como mostra a Figura 6.

Figura 6: Diferentes topologias dos módulos de meia-célula. Azul = célula solar, cinza = interconectores, laranja = diodo
by-pass.

FONTE: https://www.ise.fraunhofer.de/content/dam/ise/de/documents/publications/conference-paper/36-eupvsec-
2019/Mittag_4AV120

Embora as topologias A e B não introduzem elementos no design do módulo, o módulo


final terá uma mudança na saída elétrica em relação às características de tensão e corrente
atual comparadas com um módulo convencional full cell. Já o design C tem características
similares ao módulo convencional, mas apresenta fitas e espaçamentos de interconector
adicionais. Observe também que a implementação de diodos de bypass é diferente para cada
topologia, o que requer mudanças adicionais em design e posicionamento da caixa de junção.
Uma mudança na topologia pode resultar em diferenças entre os projetos em operação ao
ar livre especialmente considerando sombreamento parcial, irradiância não homogênea devido
a situações de montagem (veja a consideração do fator em módulos inclinados para montagem
“retrato” ou “paisagem” de módulos).
Para avaliar os efeitos de tais mudanças na sistemas fotovoltaicos, uma abordagem
holística é necessária, ou seja, analisar e entender esses mesmos efeitos de uma forma global
como um todo. Além das mudanças nas características do IV e da introdução de elementos
adicionais, um terceiro impacto importante de meias células são mudanças na fabricação do
módulo e processos.
A distribuição de múltiplas caixas de junção nos módulos Half-cell é uma vantagem que
corrobora na redução dos pontos quentes (Hotspots) que venham a ocorrer nos módulos. O
surgimento de hotspots se dá quando uma ou mais células são sombreadas, gerando um
aumento de temperatura em um ponto específico do módulo fotovoltaico, com risco de
danificação permanente do painel ou até mesmo um incêndio generalizado em todo gerador
(ADRIAN, 2021).

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Diante de uma situação de sombreamento, a célula fotovoltaica perde sua fonte de tensão,
ocasionando a passagem da corrente elétrica pelo diodo, gerando uma polarização reversa na
junção P-N presente nas células devido a sua característica semicondutora.

3.2 Componentes utilizados nos módulos

Para uma melhor análise e entendimento da tecnologia, suas vantagens, desvantagens e


benefícios, o primeiro passo é compreender a interação dos componentes com os raios solares.
Tradicionalmente, o número de células nos módulos é de 60 ou 72 células, entretanto esse
número é opcional. Nos dias de hoje, existem uma gama de módulos com diferentes
quantidades de células em sua composição, encontrando-se módulos com 120, 144, 156, e até
252 células.
Porém, os painéis half cell possuem o dobro de células solares, visto que foram cortadas
ao meio (tradicionalmente 120 ou 144 half cells). Essas células podem ser desde policristalinas
até PERC monocristalinas, que geralmente são as mais utilizadas para a obtenção de melhores
resultados. São os módulos mais eficientes hoje encontrados comercialmente, com células
half-cell bifaciais, chegando a ultrapassar os 20%.

Figura 7: Tipos de células solares

FONTE: Naps factory

Figura 8 ilustra as camadas de um módulo Glass/Backsheet, que possui as células


englobadas pelo encapsulamento, vidro e backsheet. Uma das finalidades de cada componente
é a proteção das células, em especial as bordas (frame), que é a parte com a função de bloquear
os ventos e outros elementos que causam possíveis danos aos painéis.

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Figura 8: Módulo Glass / Backsheet

FONTE: Naps factory

Encapsuladas entre o vidro na frente e atrás, as células solares são protegidas de forma
ideal contra fatores ambientais, como a intrusão de água. As células também são menos
suscetíveis ao estresse de cisalhamento, reduzindo assim a quebra celular. Seu desempenho
pode chegar a 80% de sua capacidade nominal após 30 anos de operação, garantindo uma boa
durabilidade.
A disposição dos componentes também permite uma maior tolerância a sombras, por
conta da divisão das células em números de grupos maiores. Isso permite o sistema um
desacoplamento do efeito das sombras quando incidem em algumas partes dos módulos, a
formação das chamadas sombras parciais, que são menos impactantes nos módulos que
utilizam a tecnologia.

3.3 Perdas na geração dos módulos

O encapsulamento de células solares em um módulo fotovoltaico apresenta alguns


mecanismos de perda óptica, conforme mostrado esquematicamente na Figura 9. As principais
perdas de potência dos componentes estão nas duas primeiras camadas - Glass e encapsulant
da Figura 8 - e ocorrem devido à reflexão dos raios solares e normalmente a potência de saída
do módulo é menor que a soma total das células individuais.
Essa diferença é conhecida como perda de célula para módulo (CTM - Cell to module),
que são perdas referentes aos componentes que englobam os módulos fotovoltaicos e por
interconexão das células. Essas perdas ocorrem tipicamente devido à reflexão nas interfaces
subsequentes, ou seja, ar-vidro, vidro-encapsulante e células solares encapsulantes
(respectivamente 1, 2 e 3 na Figura 9) e absorção parasita pelo vidro frontal e material

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encapsulante (4 e 5) na Figura, e podem ser reduzidas selecionando cuidadosamente os


materiais do módulo e levando em consideração a óptica ao projetar o módulo.

Figura 9: Reflexão dos raios solares (1, 2 e 3) e absorção parasita (4 e 5) na célula

FONTE: PV-Manufacturing

Por outro lado, o encapsulamento também introduz alguns ganhos ópticos. O fato de os
índices de refração dos encapsulantes serem maiores que os do ar leva a uma redução
significativa na reflexão da superfície frontal. Isso fornece ganho de acoplamento óptico direto
e além disso, pode haver um ganho célula-a-módulo adicional por dispersão de luz que cai
dentro dos espaços entre as células (atinge a folha traseira).
Quando o ângulo da luz espalhada excede o ângulo de reflexão interno total para a
interface vidro-ar, ela é redirecionada de volta para as células onde pode ser absorvida. Por
conta disso, as perdas CTM são reduzidas pela melhoria na qualidade do material e inclusão
de novas tecnologias como a half-cell.

3.4 Análise Cell-to-Module (CTM) da tecnologia

Um estudo científico publicado em 2019 por Max Mittag faz uma análise cell-to-module
completa de quatro modelos dos módulos full cell e half cell, apresentando resultados que
demonstram a maior eficiência dos módulos de meia célula, feitos através do software
SmartCalc.CTM.
Para os cálculos, foram escolhidas duas rotas diferentes para considerar essas possíveis
perdas do processo de separação celular. Em primeiro lugar, assumiu-se uma célula solar que
apresenta perdas significativas de recombinação de borda na simulação. Os resultados são
mostrados na Tabela 1, as células que sofreram as perdas de borda diminuíram o rendimento

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e, portanto, exibiram uma potência de saída menor que a metade da célula cheia. Os fatores
CTM e a potência do módulo serão afetados pela mudança, o que complica a discussão dos
resultados.
Tabela 1: Parâmetros das células

Parâmetros Full cell Half cell


Perdas de borda Condições perfeitas
Comprimento (mm) 161.75 80.88 80.875
Largura (mm) 161.75 161.75 161.75
Eficiência (%) 22.34 22.04 22.34

𝐼𝑆𝐶 (𝐴) 10.46 5.23 5.23

𝑉𝑂𝐶 (𝑉) 0.683 0.681 0.683

𝑃𝑀𝑃𝑃 (𝑊𝑃) 5.84 2.88 2.92

𝐼𝑀𝑃𝑃 (𝐴) 10.00 4.97 5.00

𝑉𝑀𝑃𝑃 (𝐴) 0.585 0.580 0.585

Fator de preenchimento
81.78 80.94 81.78
(%)
Área (mm²) 888 444 444

FONTE: Mittag (2019)

Primeiramente, as análises CTM usando as células com perdas de borda avaliam se as


perdas na divisão de células se traduzem diretamente em perdas de energia do módulo, para
depois analisar com meias células perfeitas e comparar as diferentes opções de design do
módulo.
Foram adotadas algumas medidas hipotéticas para os quatro modelos, a fim de chegar a
uma conclusão do benefício desta tecnologia, os testes foram feitos numa faixa de irradiância
entre 100 e 1200 W/m². A irradiação é direta normal com um espectro AM1.5g e apenas do
módulo frontal. Analisou-se quatro conceitos diferentes, mostrados na Tabela 2, sendo que
existe uma diferença na quantidade de células, comprimento do módulo, e espaçamento em
série.

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Tabela 2: Especificações dos módulos

Medidas a b c d
Células (quantidade) 6x10 6x19 6x20
Comprimento (mm) 1713.5 1753.5
Largura (mm) 1030.5
Espaçamento da célula (mm) 4 1.89 4
Espaçamento em série (mm) 4
Frame de cima/baixo (mm) 30 52.4 30
Frame da esquerda/direita (mm) 20
Área do módulo (m²) 1.766 1.807
Área da célula (m²) 1.57 1.49 1.57
Área de ativação (%) 88.9 84.5 88.9 86.9

FONTE: Mittag (2019)

Na primeira simulação, a célula e a temperatura da célula são ajustadas para 25 °C. Para
o segundo cálculo, definiu-se temperatura ambiente e temperatura do solo até 25 °C, para
calcular as temperaturas da célula em cada nível de irradiância, assumindo uma inclinação de
45° na montagem e uma velocidade do vento de 1 m/s (Mittag, 2019).
As perdas CTM da célula inteira são superiores aos outros modelos, dado que o modelo
full cell tem uma potência CTM inferior a 1, logo, conclui-se que a potência total do módulo
é menor que a potência total gerada pelas células. As tabelas 3 e 4 mostram os resultados das
simulações para células com combinação de borda e sem combinação de borda,
respectivamente.
Tabela 3: Configuração dos quatro modelos com recombinação de borda

Setup a b c d
Potência das células (Wp) 350.6 328.6 346
Potência das células (Wp) 341.6 332.3 346.4 349.2
Potência CTM 0.97 1.01 1 1.01
Eficiência da célula (%) 22.3 22.04
Eficiência do módulo (%) 19.35 18.82 19.61 19.32
Eficiência CTM 0.87 0.85 0.89 0.88
FONTE: Mittag (2019)

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Tabela 4: Configuração dos quatro modelos sem recombinação de borda

Setup a b c d
Potência das células (Wp) 350.6 333 350.6
Potência do módulo (Wp) 341.6 336.9 351.1 354
Potência CTM 0.97 1.01 1 1.01
Eficiência da célula (%) 22.33
Eficiência do módulo (%) 19.35 19.08 19.88 19.59
Eficiência CTM 0.87 0.85 0.89 0.88
FONTE: Mittag (2019)

3.5 Resultados
Neste experimento, calculou-se a potência do módulo em diferentes irradiâncias
(temperatura da célula = 25°C) para encontrar a potência que aumenta com a irradiância.
Também foi calculada a eficiência de módulo normalizada para cada configuração e
irradiância para comparar os diferentes projetos de módulos, mostrada na Figura 10 e
descobriu-se que um aumento na irradiância não se traduz linearmente em um ganho de
potência.
Figura 10: Eficiência normalizada dos módulos por faixa de irradiância

FONTE: Mittag (2019)

O módulo de célula completa executa relativamente melhor do que o módulo de meia


célula em baixas irradiâncias. A área de atuação dos raios solares não influencia diretamente
nas perdas CTM, mas sim no ganho CTM das células. Com isso, percebe-se que o modelo de
célula inteira (a) tem uma potência total das células maior do que o modelo de meia-célula (b)

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devido à área de atuação dos raios solares do modelo half cell ser menor em relação ao modelo
full cell.
Foi feita a comparação da saída de cada configuração de meia célula com o módulo de
célula completa e encontrada a proporção para ser claramente dependente da irradiância,
conforme mostrado na Figura 11, que relaciona a potência de ambas as células, evidenciando
que a tecnologia half cell, representada por (d), gera mais energia em comparação ao da célula
inteira em qualquer nível de irradiância.
É possível perceber a vantagem do módulo half cell com um módulo superior de potência
STC (c, d no gráfico), que aumenta com a irradiância. A desvantagem do módulo half cell é
que com uma menor potência nominal (b) decresce com a irradiância. Também é válido citar
como desvantagem que, como o número de células é duplicado, o mesmo acontece com o
número de soldas durante o processo de fabricação, e isso reforça a importância de recorrer a
painéis fotovoltaicos de qualidade.
As perdas no módulo full cell são comparativamente altas devido às correntes mais altas
e à resistência em série mais alta da interligação. Isso leva a um aumento das perdas resistivas
de energia CTM. Este aumento limita a produção de energia do módulo full cell em
irradiâncias mais altas e leva a uma vantagem clara do half cell em níveis mais altos de
irradiância.
Figura 11: Relação entre a potência por faixa de irradiância

FONTE: Mittag (2019)

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

3.6 Aspectos econômicos dos módulos

O estudo apresentado na 36ª EU PV Solar Energy Conference and Exhibition em 2019,


também fez um levantamento dos valores de todos os componentes que compõem os módulos
half cell e full cell, realizando um comparativo entre as tecnologias para análise de viabilidade
econômica.
Vale ressaltar que a tecnologia half cell é bastante nova no mercado, se tornando mais popular
a partir de 2019, e normalmente esse tipo de tecnologia é inserida no mercado a um custo mais
elevado, que tende a ser reduzido ao longo dos anos com a popularização e maior aceitação do
produto.
Conforme exposto no presente trabalho, a tecnologia possui um custo benefício bastante
elevado, e a Tabela mostra um comparativo dos preços aproximados de módulos half cell e full
cell. Percebe-se que o preço dos módulos é um pouco mais caro (por volta de 1 €), em
contrapartida o custo por Wp é menor devido às perdas dos módulos half cell serem inferiores.

Tabela 5: Custo de produção dos módulos

Custos Half cell Full Cell


Custo por módulo (em €) 84.03 85.05
€ / Wp 24.27 24.02
FONTE: Mittag (2019)

4 CONCLUSÕES

Neste trabalho foi mostrado um panorama geral da tecnologia half cell, análise célula-a-
módulo (CTM) comparando com os módulos convencionais full cell, além de ganhos e perdas
em diferentes cenários. O aumento no tamanho do módulo pode ser favorável em termos de
potência, e os módulos half cell possuem uma ligeira vantagem em termos de eficiência e perdas,
bem como na variação na irradiância. É uma tecnologia com um futuro promissor no mercado e
deve se expandir cada vez mais nos próximos anos.
Apesar dos módulos de meia célula ainda possuírem um maior custo absoluto maior em
comparação com os equivalentes, a tecnologia se mostrou muito mais vantajosa em termos de
custos específicos po Wp, sendo um investimento bastante viável, principalmente para os
pequenos consumidores finais, que poderão ter uma maior economia devido à eficiência dos
módulos, além da durabilidade, visto que o desempenho das meia células pode chegar a 80% da
capacidade nominal após 30 anos de operação, garantindo a economia por períodos mais longos
sem a necessidade de outros investimentos.
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Além das vantagens já citadas, é importante finalizar reforçando que a tecnologia pode
funcionar com uma menor quantidade de painéis instalados para uma mesma potência, maior
desenvolvimento térmico e maior tolerância às sombras, dado que quando temos esse efeito em
cima dos painéis fotovoltaicos, afeta apenas a metade do módulo que está exposta à sombra,
gerando assim uma maior eficiência energética.

5 REFERÊNCIAS

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Estatístico de Energia Elétrica 2020: Ano base 2019. 2020. Disponível em:
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%C3%A9trica%202020.pdf.Acessoem: 19 out. 2020

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http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_2004.pdf.
Acessado em: 10 out. 2022

DOS SANTOS, ADRIAN LUCAS OLIVEIRA. Demonstração Dos Benefícios Técnicos E


Econômicos Da Tecnologia Half-Cell Através Da Análise Cell-To-Module . 2021

ELETROBRAS. PROCEL. PPH- Pesquisa de Posse e Hábitos de Uso de Equipamentos


Elétricos na Classe Residencial: Brasil 2019. 2019. Disponível em:
https://eletrobras.com/pt/AreasdeAtuacao/BRASIL.pdf.Acessoem:19 out. 2020

HANIFI, HAMED; SCHNEIDER, JENS; BAGDAHN, JÖRG. ReducedShadingEffect On


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http://publica.fraunhofer.de/dokumente/N-585429.html. Acesso em: 11 out. 2022

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Relatório Síntese do Balanço Energético


Nacional 2022, com informações consolidadas do setor energético no Brasil no ano de
2021. Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt/imprensa/noticias/epe-lanca-relatorio-sintese-do-
balanco-energeticonacional- 2022-com-informacoes-consolidadas-do-setor-energetico-no-brasil-
no-ano-de-2021. Acesso em: 18 out. 2022

MITTAG, M.; PFREUNDT, A.; SHAHID, J.; WÖHRLE, N.; NEUHAUS, D.H.
“Techno-Economic Analysis of Half-Cell Modules - the Impact of Half-Cells on Module
Power andCosts”, Marseille, 2019. Disponível em:
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VILLALVA, MARCELO. Módulos fotovoltaicos half-cell. Brasil, 2019. Disponível em:


https://canalsolar.com.br/modulos-fotovoltaicos-half-cell/. Acesso em: 03 out. 2022

VINTURINI, MATEUS. Diodos de bypass e hot spots dos módulos fotovoltaicos. Brasil,
2019. Disponível em: https://canalsolar.com.br/diodos-de-bypass-e-hot-spots-dos-modulos-
fotovoltaicos/. Acesso em: 10 out. 2022

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https://napsfactory.com/solar-modules/design-options/. Acesso em: 12 nov 2022
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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

“Cell to module (CTM) losses”, 2019. Disponível em:


https://pv-manufacturing.org/solar-cell-manufacturing/cell-to-module-ctm-losses/ Acesso em; 19
nov 2022

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