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CENTRO UNIVERSITÁRIO FG – UNIFG

ENGENHARIA ELÉTRICA

MARCOS VINÍCIUS TEIXEIRA VIEIRA


ELTON DE AMORIM OLIVEIRA

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE PARQUE


EÓLICO NA MICRORREGIÃO DA CIDADE DE GUANAMBI-BA

Guanambi - BA
2020
MARCOS VINÍCIUS TEIXEIRA VIEIRA
ELTON DE AMORIM OLIVEIRA

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE PARQUE


EÓLICO NA MICRORREGIÃO DA CIDADE DE GUANAMBI-BA

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de


Engenharia Elétrica do Centro Universitário
FG -UNIFG, como requisito de avaliação da
disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso
I.

Orientador: Bernardo Silveira

Guanambi - BA
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3

2 PROBLEMA..........................................................................................................................4

3 HIPÓTESES...........................................................................................................................4

4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................4

5 OBETIVOS.............................................................................................................................5

5.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................................5

5.2 OBETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................5

6 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................6

6.1 GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA...............................................................................6

6.1.1 Caracterização dos ventos.......................................................................................7

6.1.2 Estimativa do potencial eólico.................................................................................7

6.2 CARACTERÍSTICAS DA LOCALIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO.......9

6.2.1 Potencial eólico da microrregião de Guanambi....................................................9

6.3 IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA...............10

6.3.1 Relatórios necessários para aprovação do projeto.............................................10

6.3.2 Metodologia do para levantamento dos dados de ventos...................................11

6.3.3 Máquinas necessárias para o projeto...................................................................12

6.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA.............................................................14

6.4.1 Valor presente líquido (VPL)................................................................................14

6.4.2 Taxa interna de retorno (TIR)..............................................................................15

7 METODOLOGIA................................................................................................................16

7.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................................16

8 RESULTADOS ESPERADOS...........................................................................................19

9 CRONOGRAMA.................................................................................................................19

REFERÊNCIAS......................................................................................................................21
3

1 INTRODUÇÃO
Com a designação do termo sustentabilidade e a progressão tecnológica, possibilitou o
uso de fontes renováveis de energia, que foram introduzidas na utilização social em
consideração a ganhos ambientais que são constituídos e ainda do acréscimo do mercado que
torna o uso de energias renováveis cada vez mais viável (SGUAREZI FILHO; CARDOSO,
2014).
O sistema elétrico e suas formas de geração tem se mostrado em alta notoriedade no
sistema econômico que rege o país, tendo a eletricidade como um fator de evidência mediante
as necessidade da sociedade que demanda um alto consumo de energia elétrica Dado a isso é
sucedido a uma crescente solicitação, que conduz uma busca de novas soluções viáveis para
produção de energia elétrica associadas a uma forma de geração de energia em que os
impactos ambientais são reduzidos, adquirindo energia limpa e fontes renováveis
(SGUAREZI FILHO; CARDOSO, 2014).
Atendendo a produção de energias renováveis, tem se destacado a energia proveniente
do vento, conhecida como energia eólica. Já foram realizados variados estudos em que
dimensionaram em alta análise a geração de rotores cada vez mais eficaz, relativo ao processo
de alteração da força gerada pelo vento devido ao torque promovido no motor de cada pá em
energia elétrica (ROSSONI, 2013).
Ao que se qualifica como energias alternativas renováveis está a energia eólica, isso se
dá de acordo a forma em que é extraída e gerada. Qualificada como uma energia limpa na
qual não resulta na emissão de gases que provocam efeito estufa, possibilitando a redução
desses gases por meio de 0,8 a 0,9 t (toneladas) de efeitos de gases poluentes, por MWh, que
seriam transmitidas no funcionamento das centrais elétricas térmicas convencionais no país. A
energia eólica representa 8,3% da amplitude de geração nacional, por meio do PROINFA -
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia, (ROSSONI, 2013).
Um dos maiores desafios destacados para execução de energia eólica encontra-se em
âmbito referente as especificações de uma turbina que seja comportável mediante a
necessidade requerida, que tenha eficiência no decorrer da sua vida útil. Tendo como uma das
principais soluções o uso de aerogeradores, que são responsáveis por transformar energia
cinética provinda dos ventos (POMBAL, 2014).
Frente a esse cenário o presente projeto de pesquisa visa verificar a viabilidade técnica
e econômica da implantação de parque eólico para suprir a demanda energética da
microrregião da cidade de Guanambi-BA, apresentando aspectos técnicos e econômicos
4

referente ao local e em conformidade a normativas estabelecidas para o fornecimento de


energia elétrica.

2 PROBLEMA
O Brasil possui uma matriz energética diversificada, sendo a produção de energia
elétrica advinda das hidrelétricas representando 60,9%. (POMBAL, 2014). O consumo de
energia caracteriza-se por uma ascendente que tende a demandar cada vez mais a produção de
energética.
E essa demanda crescente por energia levanta questões sobre novos modelos de geração de
energia, que envolvam em um único modelo de empreendimento a preservação da natureza e
ecossistema, a viabilidade construtiva, e de manutenção e claro, a rentabilidade do negócio.

3 HIPÓTESES
A execução de um parque eólico na microrregião de Guanambi-BA, pode ofertar a
geração de investimentos em zonas desfavorecidas, agregando benefícios financeiros aos
proprietários dos terrenos onde serão instalados os aerogeradores e de razões fundiárias além
de contribuir com energia limpa para matriz energética nacional.

4 JUSTIFICATIVA
É compreendido que a energia elétrica é aplicada como unidade essencial a vida, tendo
isso, torna-se integrado a aspectos ambientais como alvo da preservação para geração limpa e
com impactos reduzidos. No entanto, esse meio possui diversas formas de produção e
disseminação, em algumas circunstâncias são causadores de danos além do previsto, sendo até
mesmo incomensurável (SILVA; VIEIRA, 2016).
Em tempos passados, nos países mais desenvolvidos, houve um crescimento
populacional exacerbado, assim tanto em desenvolvimento em tecnologias, acarretando em
um acréscimo no consumo de energia global. Tendo isso em questão, diversos países com
finalidade de adquirir autossuficiência energética, buscam fontes confiáveis de obter energia
por meios renováveis e limpos, tal como a energia gerada pelo vento (VILLAMARIM
JÚNIOR, 2016).
O Brasil possui um grande potencial no que se refere a geração de energia eólica, isso
ocorre porque dispõe o dobro do volume de ventos da média mundial, além de pouca
alternância da velocidade permitindo uma maior garantia da geração de eletricidade. Em
5

concordância ao potencial energético brasileiro, as usinas eólicas estão cada vez mais se
agregando a matriz energética brasileira (VILLAMARIM JÚNIOR, 2016).
O posicionamento e os aspectos climáticos do Brasil propiciam o uso da energia eólica
para geração de energia elétrica, apresentando climas quentes e úmidos o que o torna
favorável a geração de ventos com alta potencialidade aumentando ainda mais o investimento
no setor eólico (SILVA et al., 2015). De acordo a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), o Brasil dispõe de regiões que se destacam com grande potencial energético.
Dentre elas está o Nordeste, possuindo um potencial de 144,29 TWh/ano (Terawatt-hora ao
ano) (BRASIL, 2005).

5 OBETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL


Analisar a viabilidade técnica e econômica da implantação de um parque eólico na
microrregião da cidade de Guanambi-BA a partir de dados a serem considerados devido a
aspectos da localidade.

5.2 OBETIVOS ESPECÍFICOS

 Descrição do território ideal para implantação do parque eólico, além de demais


aspectos a serem levados em consideração no momento da seleção.
 Mensurar um sistema de aerogeradores eólicos que abasteça a demanda energética do
local de estudo;
 Contribuir para o acréscimo de geração de energia através de fontes renováveis com
intuito de suprir o aumento expresso da demanda.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

6.1 GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA


A energia eólica é designada como uma energia cinética presente nas massas de ar em
movimento, na qual é aplicada de acordo a conversão de energia cinética de translação em
energia cinética de rotação, empregando turbinas eólicas para geração de energia elétrica. O
meio eólico de geração de energia atua de acordo a especificidades como vento com
6

velocidade considerável, geração limpa, e disposta em diversos locais (VILLAMARIM


JÚNIOR, 2016).
A energia é produzida com o auxílio de aerogeradores (figura 01), quando a força das
massa de ar são captadas pelas hélices ativas por meio de uma turbina que aciona um gerador
elétrico. A captação de energia que é transferida é atribuída em concordância a densidade do
ar, a área que a rotação das pás alcançam e da velocidade do vento (VILLAMARIM JÚNIOR,
2016).
Figura 01 – Parque Eólico.

Fonte: CENTRO BRASILEIRO DE ENERGIA EÓLICA – CBEE / UFPE, 2000.


Aspectos como melhoras em sistemas de transmissão, aerodinâmica, melhores
estratégias de controle e operação dos aerogeradores, tem influenciado diretamente no
aumento da execução de usinas de energia eólica, uma vez que, de acordo aos
desenvolvimentos tecnológicos cada vez mais o desempenho e confiabilidade dos
equipamentos são melhorados e custeados de forma reduzida. Como grande empecilho ao
aproveitamento comercial de energia eólica, estava o alto custo dos equipamentos, tendo
como referência a redução significativa do valor monetário desses instrumentos na duas
últimas décadas, os projetos eólicos se condicionaram a circunstâncias mais favoráveis de
execução (VILLAMARIM JÚNIOR, 2016).
7

6.1.1 Caracterização dos ventos

Para a análise do potencial eólico é necessário uma compreensão referente ao


comportamento dos ventos, obtendo dados relativos a procedência do vento que auxiliam no
potencial eólico em uma dada região, como intensidade da velocidade e a direção do vento.
Para alcançar esses dados é incumbido a análise de fatores que induzem o regime dos ventos
no local do empreendimento, dentre esses podem ser postos o relevo, rugosidade do solo e
demais aspectos distribuídos ao longo da região (FADIGAS, 2011).
Para que a energia eólica seja viável tecnicamente é preciso que a densidade seja
maior ou equivalente a 500W/m², elevando a uma altura de 50 metros, empregando uma
velocidade média do vento de 7 a 8 m/s (BRASIL, 2008). A potência presente no vento é
variável da densidade do ar que é agregado ao entorno da temperatura e pressão, sendo esses
aspectos oscilantes com a altura em relação ao solo (FADIGAS, 2011).

6.1.2 Estimativa do potencial eólico


Um dos métodos de identificação do potencial eólico antecedente de áreas de interesse
que envolve o alcance e utilização de dados de estações de medições atuais, de um ou
variados locais, frequentemente as estações meteorológicas e estações próximas onde a
velocidade do vento atua com maior potencial, tendo mais energia para ser captada. Provindo
de dados através de interpolações, tendo como consideração as distinções do lugar onde está
sendo avaliado e os devidos locais cujos dados estão acessíveis (ROSSETO; SILVA, 2015
A potência presente no vento é designada em relação ao motivo pela qual a energia é
utilizada ou convertida de acordo a uma unidade de tempo. O trajeto do vento ao perpassar a
área varrida pelo rotor do aerogerador gera uma elétrica por meio de uma mudança da energia
cinética. A potência elétrica pode ser dada por meio da seguinte equação (VILLAMARIM
JÚNIOR, 2016):
1 3
P ( W )= ∗ρ∗Ar∗V ∗C p∗η
2
Em que:
P (W): Potência Elétrica;
Ƿ: Densidade do ar kg/m³;
Ar: π*D²/4, onde D refere-se ao diâmetro do rotor;
V: Velocidade do vento;
8

Cp: Coeficiente aerodinâmico de potência do rotor;


ŋ: Eficiência do conjunto gerador/transmissão
Mesmo havendo energia no vento, nem sempre é possível o aproveitamento da energia
que é disponibilizada para ser convertida em eletricidade, levando em consideração as perdas
de conversão de energia que as turbinas eólicas geram e demais limitações técnicas como
velocidade mínimas e máximas que está apto de realizar trabalho (STAUT, 2011).
Para atingir a produtividade energética de um aerogerador por meio de tratamento de
análise de grande capacidade de dados apurados em um dado tempo, é possível realizar a
divisão em intervalos ou séries de velocidades. Destarte a análise graduada dos dados, é
possível que esses sejam compactados e associados à frequência em que é sucedido nas
velocidades das massas de ar que apresentam referência e estabelecendo um histograma com a
periodicidade equivalente a quantidade de vezes que tem os valores registrados da velocidade
incluso no intervalo. A potência elétrica gerada dentro de uma turbina eólica pode ser prevista
utilizando o sistema de classes de velocidade por meio da seguinte relação (VILLAMARIM
JÚNIOR, 2016):
I
1
Pe = ∗∑ P (m )f
N j=1 e j j

Em que:
N: número de observações de velocidade do vento;
Mj: ponto médio das velocidades ocorridas no intervalo j;
Pe: potência elétrica gerada na ocorrência de velocidade mj;
J: intervalo, varia de 1 a I, sendo I o número total de intervalos de ocorrências de velocidade
do vento.

6.2 CARACTERÍSTICAS DA LOCALIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

6.2.1 Potencial eólico da microrregião de Guanambi


Sobre as cidades que envolvem a microrregião de Guanambi-BA, apresentam
alternância referente a cobertura vegetal natural do cerrado, caatinga e floresta estacional com
áreas antropizadas (figura 02). Nos locais de mais referências os ventos médios superior a 100
m de altura podem alcançar uma velocidade superior a 7,0 m/s e comportar uma potência
instalada de 5,6 GW (gigawatts) e em locais de maior altitude o potencial das massas de ar
chegam a uma velocidade até 9,5 m/s. Há tempos, são realizadas estatísticas referente as
massas de ar na região (figura 03) para apresentar um determinado potencial eólico para essa
9

território do estado da Bahia, mesmo em eleveção reduzida os resultados apresentam


velocidade média considerável para o aproveitamento do vento como fonte de energia
(SCHUBERT, 2013).
Figura 02 – Mapa de Serra do Espinhaço para demonstração do potencial eólico.

Fonte: SCHUBERT, 2013.


Figura 03 – Estimativa da massa de ar na cidade de Caetité.
10

Fonte: SCHUBERT, 2013.

6.3 IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

6.3.1 Relatórios necessários para aprovação do projeto


Em seguida o processo de medição e coleta de dados além de especificidades de
medidas de vento alcançarem as perspectivas, e se o local de estudo corresponder as
imposições, dá-se seguimento ao projeto, logo deve-se atingir as autorizações e licenças, que
atuam como fator determinante para que o projeto tenha possibilidade de obter recursos para
implantação. Ao que cabe ao licenciamento ambiental a sequência de processos é dada de
acordo aos órgão competentes de acordo é demonstrado no diagrama da figura seguinte:
Figura 04 - Diagrama de sequência para aprovação de relatórios (ROSSONI, 2013).
11

Fonte: ROSSONI, 2013.


Para a liberação e operação do parque eólico são necessários relatórios e licenças, tal
como expresso no esquema a seguir (figura 03):
10

Figura 05 – Diagrama de sucessão para efetivação do projeto.

Fonte: ROSSONI, 2013 (modificado).


11

6.3.2 Metodologia do para levantamento dos dados de ventos


Os dados dos ventos são obtidos por meio de uma torre de medição, designada como
anemômetro (figura 04), contando com auxílio de sensores de direção, termo higrômetro e de
barômetros. Os anemômetros são responsáveis por conceder medições numerosas das
representativas do lugar de instalação, e as enviar para um banco de dado para a entidade
responsável que está realizando a o levantamento dos dado para inserção do parque eólico
(EPE, 2015).
Figura 06 – Itens que compõem uma estação anemométrica em torre treliçada e estaiada.

Fonte: EPE, 2015.


Esses dados são recolhidos nos instrumentos da torre anemométrica, registrada a cada
segundo, em assessoria ao datalogger que registra uma média e o desvio padrão dessas
informações a cada 10 minutos. Desta periodicidade, são adquiridos valores máximos e
mínimos medidos através do anemômetro, esses registros são realizados devido ao fato de
12

ocorrer falhas sensoriais nas tecnologias, assim que vistos os erros, os dados são apagados e é
feita a correção das séries potenciais (EPE, 2015).

6.3.3 Máquinas necessárias para o projeto


Os equipamentos fundamentais em uma unidade geradora eólica são: torre, pás do
rotor, eixo, nacele, caixa de engrenagem, gerador, controlador, freios, unidade de controle
eletrônicos e demais equipamentos elétricos. De uma maneira geral, para a implantação de um
parque eólico faz-se uma conjuntura de partes essenciais como um conjunto de aerogeradores,
suporte de uma estrutura associada a uma subestação elevadora, instalações elétricas e acessos
as turbinas eólicas (STAUT, 2011).
A estrutura de um aerogerador (figura 05) possui altura superior a 70 metros e é
composta por três grandes partes, sendo elas a torre, as hélices e a nacele. As torres em grande
percentual são feitas em estrutura metálica e acomoda em sua parte interna escadas de acesso
a nacele, iluminação, acessórios de segurança, estruturas sustentada por uma sapata de
concreto armado, a quantidade de pás e o modelo do aerogerador, é um fator de definição em
que será empregado (STAUT, 2011).
Figura 07– Modelo esquemático de um aerogerador.
13

Fonte: CENTRO BRASILEIRO DE ENERGIA EÓLICA – CBEE / UFPE, 2000.


O rotor eólico é integrado por um conjunto de pás ligadas a um eixo que transfere a
rotação das pás para o gerador, a captação da energia cinética do vento através de um
multiplicador e que transforma um percentual da energia cinética das massas de ar em energia
mecânica de rotação é tarefa das hélices, por meio do gerador elétrico a energia mecânica é
convertida em energia elétrica. A nacele é responsável por abrigar o gerador elétrico, a caixa
de transmissão de velocidade e o rotor. Em turbinas de grande potência a orientação do rotor
na direção do vento são realizadas de maneira eletrônica, por meio de sinal advindo de um
anemômetro presenta na parte superior da nacele (STAUT, 2011).
Figura 08– Componentes de um parque eólico e função.
14

Fonte: ANEEL, 2007


A interligação dos aerogeradores ocorre por meio de uma rede elétrica subterrânea
com profundeza característica de eletrodutos de 50 cm a 180 cm. Esses eletrodutos são
responsáveis por conduzir a energia gerada nas torres eólicas até a subestação elevatória. Na
subestação é possibilitado a elevação de tenção de geração até a tensão de deslocamento para
a linha de transmissão (ROSSONI, 2013).
Em dias atuais, os sistemas mais regulares de abastecimento de energia são os sistemas
eólicos. São os sistemas de grandes dimensões ligados à rede pública de distribuição, muito
utilizado por dispensar o uso de métodos de armazenamentos. Dado a isso o procedimento de
geração de energia eólica tem contribuído abundantemente no fornecimento total de energia
elétrica (VILLAMARIM JÚNIOR, 2016).

6.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA

6.4.1 Valor presente líquido (VPL)


O valor presente líquido (VPL) é conceituado como uma equação matemática com
possibilidade de determinar o valor presente de pagamentos que ocorrerão no futuro, abatido a
uma taxa de juros apropriada, subtraída do valor do investimento inicial. Resume-se ao
cálculo referente de quanto os pagamento a serem realizados no futuro associado ao custo de
15

investimento estariam valendo, essa estimativa é realizada pela seguinte fórmula


(VILLAMARIM JÚNIOR, 2016).
n
FC
VPL=−I O +∑ T

t=1 (1+r )t
Sendo:
I0: investimento inicial;
t: período do projeto;
n: horizonte de análise do fluxo de caixa;
Fct: fluxo de caixa do projeto no período t;
r: representa a taxa de desconto.
Para o cálculo do valor presente de entrada e saída de caixa é empregada a Taxa
Mínima de Atratividade (TMA), no lugar da taxa de desconto, essa equação correspondem a
parâmetros seguintes que explanam que se o Se o VPL > 0 significa que o projeto é viável
economicamente. Circunstâncias em o VPL equivale a 0 é determinado que há um ponto de
isenção concernente ao retorno do investimento, em situações assim existem uma associação
incerta quanto o fluxo de caixa que sustenta a análise de projeto ponderando uma grande
probabilidade de ser revelado como inviável, mas caso o valor de VPL seja inferior a 0 consta
que existem uma decisão contrária a sua realização, demonstrando a inviabilidade do projeto.

6.4.2 Taxa interna de retorno (TIR)


A taxa interna de retorno (TIR), refere-se a uma taxa de redução hipotética, que
quando superposta a um fluxo de caixa, faz equivaler o valor das despesas tratados ao valor
presente aos valores de retorno dos investimentos. A TIR é o custo de progressão do projeto
que concede ao VPL o valor nulo e pode ser descrita da seguinte maneira (VILLAMARIM
JÚNIOR, 2016):
n
FC
VPL=0=−I O + ∑ T

t =1 (1+TIR)t
Sendo:
I0: investimento inicial;
t: período do projeto;
n: horizonte de análise do fluxo de caixa;
Fct: fluxo de caixa do projeto no período t.
16

A taxa interna de retorno é o acréscimo de desconto que faz com que o VPL do projeto
se iguale a 0. Por isso um projeto torna-se viável quando a sua TIR for maior que o custo de
capital do projeto (VILLAMARIM JÚNIOR, 2016)

7 METODOLOGIA

7.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


Este projeto concerne de um estudo com natureza aplicada na microrregião de
Guanambi – BA, gerando conhecimentos uteis e práticos ao tentar solucionar uma questão
específica. Fazendo-se uma pesquisa teórica, junto a conhecimentos científicos para criar
condições de intervenção e, de objetivo exploratório, fazendo uso de dados já existentes com
utilização de recursos estatísticos, manifestando um problema e induz hipóteses sobre o
sucedido.
Imposto como um projeto de atributos misto, formado por procedimentos com
desígnios específicos, mas ainda destacando conceitos subjetivos. Com natureza prática
integrando conhecimentos já estabelecidos mediante a soluções de problemáticas próprias e
especificidades locais e de relevância local. Finalmente, o projeto de pesquisa inclui uma
pesquisa bibliográfica, sendo necessário a efetivação de um levantamento de referências
teóricas consistentes.

7.2 ÁREA DE ESTUDO

Este estudo tem como foco de realização situado a microrregião da cidade de


Guanambi- BA a 675 km da capital Salvador, a qual conta com uma população estimada em
86.808 habitante, atualmente o polo de atração regional. A microrregião que essa cidade
compõe são inclusas mais 17 cidades responsáveis por uma área de 22 563 km², residindo em
média 371 352 habitantes, com densidade de 16,5 hab./km², apresentando uma altitude de 620
m (IBGE, 2017).
Figura 09- Localização da microrregião da cidade de Guanambi - BA.
17

7.3 MAPEAMENTO DE PROCEDIMENTOS


O procedimento técnico que envolve esse trabalho é um estudo de caso, definido como
uma pesquisa exploratória, esse estudo de caso que inclui a viabilidade técnica é dividido em
diversas etapas, inicialmente colocou-se como etapa a definir o local de pesquisa para um
levantamento documental na qual demonstra a necessidade energética do campo de estudo,
em seguida busca-se uma verificação de acordo a localização geográfica e potencial eólico na
unidade de consumo e ao grande potencial da região com base em uma consulta realizada a
demais empresas que já alocaram parques nas imediações. Em seguida, inclui a pesquisa
bibliográfica e uma pesquisa de campo para o desenvolvimento do projeto envolvendo a
caracterização para o levantamento dos dados de vento as quais são medidas por um
anemômetro, aspectos da localidade, relatórios necessários para aprovação do projeto,
instalação do sistema, estimativas de projeto e demais registros de dados do sistema eólico. A
análise de dados como conclusão do projeto, realiza-se após as etapas citadas acima, se dá por
meio de um estudo comparativo da previsão de geração eólica anual do sistema.
Figura 10 – Fluxograma da implantação de uma usina eólica.
18

Org.: Autor.
19

O método utilizado para a análise da viabilidade econômica da implantação do eólico


leva em conta um fluxo de caixa calculando o Valor Presente Líquido (VPL) e a taxa interna
de retorno (TIR), no fluxograma seguinte, encontra-se o fluxo de sua execução.
Figura 11 - Fluxograma do método de trabalho.

Org.: Autor.

8 RESULTADOS ESPERADOS
Assim, espera-se com este trabalho fornecer subsídios para informações de
propriedades referente a uma exposição do território que seja identificada como local ideal
para implantação e um parque eólico em cidades da microrregião de Guanambi-BA, e por
meio de análises ambientais como caracterização dos ventos e do seu potencial eólico, para
então avaliar o sistema de aerogerador para seja suprida a demanda energética do local em
estudo.

9 CRONOGRAMA
20

2020.1 2020.2
ATIVIDADES
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Pesquisa
Bibliográfica
Qualificação
do Projeto de
Pesquisa
Coleta
de Dados
Análise
de dados
Discursão dos
Resultados
Conclusão
Redação do
Artigo
Entrega
Defesa
21

REFERÊNCIAS

BRASIL. AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Atlas de Energia


Elétrica no Brasil: Energia Eólica. 2. ed. Brasília, 2005. 243 p. Disponível em:
<http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/06-energia_eolica(3).pdf>. Acesso em: 15 fev.
2020.

BRASIL. AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Atlas de energia


elétrica do Brasil. 3. Ed. Brasília: ANEEL, 2008. 236 p. ISBN: 978-85-87491-10-7. Disponível
em: <http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas3ed.pdf>. Acesso em: 14 de abr. 2020.

CENTRO BRASILEIRO DE ENERGIA EÓLICA – CBEE. Energia eólica. 2000.


Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=atlas_eolico>. Acesso em:
16 de abr. de 2020

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE. Instalações de Estações


Anemométricas. 1º ed., Rio de Janeiro, 2015. Disponívem em<
https://www.ambienteenergia.com.br/wp-content/uploads/2016/10/Guia-Boas-Pra%CC
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abr.2020.

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<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/guanambi/panorama> Acesso em 8 mar. 2020.

FADIGAS, E. A. F. A. Energia eólica. Barueri, SP: Manole, 2011.

POMBAL, Ivo Emanuel Morais. Determinação da Potência a Instalar num Parque Eólico
com Limites de Injeção. 2014. 93 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia
Eletrotécnica e de Computadores, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto,
2014. Disponível em: <http://paginas.fe.up.pt/~ee05083/dissertacao/wpcontent/
uploads/2014/03/ivopombal_mieec_dissertacao_final.pdf>. Acesso em: 09 de fev. de 2020.

ROSSONI, Fabio. Estudo da Viabilidade Técnica para Implantação de Parque Eólico


na microrregião Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina. 2013. 57 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) - Universidade Tecnológica Federal
do Paraná. Pato Branco, 2013. Disponível em:
<https://repositorio.roca.utfpr.edu.brjspui/handle/1/5641>. Acesso em: 09 de fev. de 2020.

SCHUBERT, C. Atlas Eólico Bahia. 96 p. 2013. Disponível em: <


http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/atlas_eolico/atlaseolicobahia2013.pdf>.
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SGUAREZI FILHO, Alfeu; CARDOSO, Jaqueline Gomes. Energia eólica: tipos de


geradores e conversores usados atualmente. Ieee: Espaço IEEE, São Paulo, p.160-161.
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