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COLÉGIO ESTADUAL SÃO PATRICIO

ANGÉLICA TEREZA MEUS DE MORALES

ENERGIA EÓLICA

ITAQUI-RS

2015

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ANGÉLICA TEREZA MEUS DE MORALES

ENERGIA EÓLICA

Projeto apresentado ao seminário


integrado do Ensino Médio Politécnico
do Colégio Estadual São Patrício,
como requisito para obtenção do
diploma de Ensino Médio.

Orientadora: Profª Inajara Osório

Co- Orientadoras: Roneti Finamor

ITAQUI-RS

2015

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ANGÉLICA TEREZA MEUS DE MORALES

ENERGIA EÓLICA

Projeto apresentado ao seminário integrado do Ensino Médio Politécnico do Colégio


Estadual São Patrício, como requisito para obtenção do diploma de Ensino Médio.

Aprovada em 16 de outubro de 2015

BANCA EXAMINADORA

______________________________

Profª Inajara Osório

Orientadora

______________________________

Profª Juliana Veppo

Diretora do Colégio

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Objetivo Geral

A energia eólica com a finalidade de conversão em energia elétrica pode ser obtida de
várias formas. A mais comum é por meio de aero geradores. Um aero gerador é um
gerador elétrico integrado ao eixo de um cata-vento e que converte energia eólica em
energia elétrica. Pode ser implantado em terra ou mar(offshores), onde a presença do
vento é mais regular. É um equipamento que tem se popularizado rapidamente por ser
uma fonte de energia renovável e não poluente.

E com base neste projeto, abordaremos a importância da energia eólica, analisando as


vantagens e desvantagens, as áreas o qual mais são utilizadas, o custo beneficio ao obter
e identificar o local mais explorado no Brasil.

Objetivos específicos

 Identificar o que é de fato, Energia eólica,


 Explorar o funcionamento,
 Analisar a região em que o Brasil possui a maior utilização da fonte de energia,
 Pesquisar o custo da Energia eólica no Brasil

Revisão Literária

Viana, Silva e Diniz (2001) afirmam que a modernidade e o meio ambiente


derivam de uma dinâmica: o ser humano como protagonista crescente em sinergia às
superestruturas e com uma centralização progressiva que absorve o fato de que é preciso
repensar as relações entre o homem e a natureza. Isto, porém, não é oposto ao fato de
que, quando se preocupa com o meio ambiente, há a obrigação de impor um
questionamento profundo perante a modernidade, o que culmina por inserir
efetivamente os fundamentos dentro de uma nova realidade de desenvolvimento.

De acordo com Leff (1998), este princípio de sustentabilidade entra no âmbito


da globalização como um ponto limite, dando um sinal para nortear o processo
civilizatório da humanidade. A presente crise ambiental vem pôr em questão toda a
teoria desenvolvimentista que impulsionou e efetivou o crescimento econômico
indiferente à natureza. A ordem econômica passa a ser reconstruída pela
sustentabilidade ecológica que surge como um critério normativo.

Segundo Martins et al (2008 apud, GASCH E J. TWELE, 2002), a evolução da


tecnologia da energia eólica é analisada em detalhes a partir de 1700 a.C. até os atuais

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mega aero geradores que geram energia elétrica, foi na Dinamarca que houve o grande
boom de desenvolvimento da energia eólica para a geração de eletricidade em larga
escala, a partir de pequenas empresas de equipamentos agrícolas que fabricavam as
primeiras turbinas, que tinham capacidade de geração em torno de 30-55 KW bem
reduzidas se comparadas com as turbinas atuais.

Duarte (2004) observa que em meados dos anos oitenta, vários países através de
políticas de incentivo, desencadearam investimentos com diversos estímulos em P&D.
Com isto, a tecnologia eólica teve grandioso desenvolvimento o que levou ao
surgimento de um número expressivo de fabricantes de aero geradores, melhorando as
performances e reduzindo os custos de fabricação, apesar da baixa eficiência conforme
as características próprias dos cata-ventos havia vantagens evidentes para a evolução
das necessidades prementes para o bombeamento d’água e também da moagem de grãos
que davam nova dinâmica na substituição da força humana braçal ou então animal.

De acordo com Marcondes (2006), a energia eólica vem aumentando


significativamente sua participação nos países da Europa e EUA, em virtude das
grandes vantagens, como fonte renovável de energia e impacto ambiental mínimo que
leva também à notável redução do uso de combustíveis fósseis com fonte de geração de
energia elétrica.

Monteiro (2004) afirma que um grandioso desenvolvimento tecnológico


permeou o crescimento da energia eólica em alguns países, o que fez surgir uma
quantidade notável de indústrias voltadas para o fabrico dos aero geradores, o que
melhorou o desempenho e vem reduzindo os custos das turbinas.

Dados não menos recentes do World Wind Energy (2006) sinalizam para um
aumento da capacidade instalada em energia eólica dando enfoque a cinco países que
tiveram suas capacidades instaladas aumentadas em mais de 1.000 MW: EUA
(2.454MW), Alemanha (2.194 MW), Índia (1.840 MW) e Espanha (1.587 MW).

Costa (2006) bem observa que, atualmente, uma das regiões onde estão sendo
implantados inúmeros parques eólicos na Europa e no mundo em geral, é no mar.
Dentro da nova filosofia de se construir aero geradores cada vez maiores, consegue-se a
eficácia da potência unitária onde, em escala de MW consegue-se mais potência com

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menos aero geradores. Através do aprofundamento nos conhecimentos das fundações
para instalação off-shore com a tecnologia sempre em desenvolvimento, os resultados
serão cada vez mais promissores. A Dinamarca lidera as instalações off-shore: em 1991
foi instalado o primeiro parque eólico de Vinderby tendo locação no mar Báltico
distante 2 Km da costa montado com 11 turbinas de 450KW; já em 2002, entra em
operação com 160 MW de potência dotado de 80 turbinas de 2 MW. No fim de 2006, a
Dinamarca já possuía 400 MW de capacidade instalada eólica off-shore.

Terciote (2001) demonstra que, com o mercado apresentando notável


crescimento em níveis eólicos no decorrer das últimas décadas, é evidente a queda
constante de preços nos custos para a produção de aero geradores fazendo com que a
energia eólica tornese altamente competitiva frente às outras fontes de geração inclusive
as renováveis, tanto em consequência da evolução tecnológica como das próprias
configurações operacionais inseridas à energia eólica e não apenas a problemática dos
fatores de produção. Com a estabilidade econômica a partir do Real forte, houve
crescimento do país, o que fez com que a demanda nacional por energia elétrica em
2001 aumentasse a ponto de os indicadores já apontarem um colapso iminente, que
levou o Governo Federal, através da Lei nº 10438/2 criasse o PROINFA (Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia), que tem como característica central o
objetivo claro de, através da participação privada com empreendimentos em energia
elétrica de Produtores Independentes Autônomos (PIA), partindo das fontes PCH’s,
biomassa e eólica inseridas no sistema interligado nacional.

Gaya e Furtado (2004) afirmam que o PROINFA, inserido dentro de um


contexto da política Nacional de Energia Elétrica, projeta em sua primeira etapa
atingindo até final de 2006, a aquisição de 3.300MW negociados através da Eletrobrás,
com distribuição equânime: 1.100 MW de energia elétrica pela biomassa; 1.100MW de
energia elétrica via eólica e 1.100 MW por PCH’s – Pequenas Centrais Hidrelétricas. A
compra dessa energia é assegurada pela União por 15 anos dentro de um valor
econômico relativo à tecnologia correspondente a cada fonte, criteriosamente calculado
pela União, através do Poder Executivo, sendo que há um piso de 80% da tarifa média
nacional que é fornecida ao consumidor na outra ponta. Os custos em sua totalidade
serão rateados pelos consumidores que fazem parte do sistema interligado, considerando
suas proporcionalidades de consumo individual observado. Alcançada a meta de 3.300
MW de capacidade instalada, é iniciada a segunda etapa do PROINFA que determina

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que as fontes contratadas devam atender, num prazo de 20 anos, um total de 10% de
energia elétrica nacional consumida em um ano.

Segundo Augusto Fleury (2007), a região Centro-Oeste tem capacidade de


instalar 3 milhões de kilowattes em energia eólica e dispor de 618,7 megawatts médios
de energia firme de fonte primária eólica, considerando-se ventos com velocidade média
superior a 7 m/s, a 50 metros de altura do solo. O crescimento no consumo de energia
na região Centro Oeste do país, tende a ser maior que o próprio crescimento econômico,
tendo como principais fontes primárias não renováveis carvão, petróleo e lenha, sendo o
potencial hidráulico, a energia eólica, a energia solar, a biomassa, dentre outros, as
principais fontes de energia renovável. Goiás, no entanto, utiliza somente parte do seu
potencial hidráulico e da biomassa que produz e importa muitos recursos energéticos, o
que diminui sua competitividade. Como principais vantagens apresentadas pela região
que favoreceriam a expansão da utilização de energias renováveis estão a geografia
favorável e a proximidade dos corredores de fluxo viário e da malha do sistema elétrico
nacional.

Resumo

A expansão das fonte renováveis

Acredita-se que um dos grandes problemas do Mundo Moderno é a questão


energética, a maior parte da energia utilizada no planeta é de origem não renovável, ou
seja,  tem origem em recursos que, quando utilizados, não podem ser repostos pela ação
humana ou pela natureza em um prazo útil. Além disso, soma-se o fato de que muitos
deles tem um grande potencial destruidor do meio ambiente, fazendo com que a energia
gerada seja altamente poluente.

Apesar desses fatores devido aos custos de instalação, à inexistência de


tecnologias e redes de distribuição experimentadas e, em geral, ao desconhecimento e
falta de sensibilização para o assunto por parte dos consumidores e dos municípios. Não
há que se discutir a importância de diversificar as fontes de energia para que se atinja

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um montante tranquilizador também tendo em vista a energia eólica contribui para a
obtenção de um acúmulo tecnológico, pois exige inovação e pesquisa constantes,
beneficiando toda a cadeia produtiva.

Portanto na atualidade, em que a tecnologia avança cada vez mais e o


desenvolvimento econômico encontra-se acima de qualquer coisa, a demanda por
energia elétrica é cada vez maior, então necessário que o ser humano busque novas
fontes de energia, que sejam renováveis e não poluentes, para que haja a combinação
entre proteção do meio ambiente e crescimento econômico.

Abstract

The expansion of renewable sources

It is believed that one of the great Modern World problems is the energy issue, most of
the energy used on the planet is non-renewable source, that is, comes from what
resources, when used, can not be replaced by human action or by nature in a useful
term. Moreover, it adds to the fact that many of them have a large destructive potential
of the environment, causing the generated power is highly polluting.

Despite these factors due to installation costs, the lack of experienced technologies and
distribution networks and, in general, ignorance and lack of awareness of the issue
among consumers and municipalities. There is no need to discuss the importance of
diversifying the sources of energy to bring it to a reassuring amount also considering
wind power contributes to obtaining a technological accumulation, since it requires
constant innovation and research, benefiting the entire production chain.

So today, when technology advances more and economic development is above all else,
the demand for electricity is increasing, so necessary for human beings seek new energy
sources that are renewable and non-polluting, so there is a combination of
environmental protection and economic growth.

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SUMÁRIO

1. Introdução.................................................................................................................. 10
2. Desenvolvimento.........................................................................................................10
2.1. Importância...............................................................................................................10
2.2. História.....................................................................................................................11
2.3. Funcionamento.........................................................................................................12
2.4. Energia eólica no Brasil.......................................................................................... 13
2.5. Utilização................................................................................................................ 13
2.6 Vantagens.................................................................................................................14
2.7. Desvantagens...........................................................................................................15
2.8. Custo........................................................................................................................15
3.Conclusão.....................................................................................................................16
4. Referência Bibliográfica..............................................................................................16

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1. Introdução

Um dos grandes tormentos do mundo de hoje é a questão relativa à energia: o


aproveitamento desta ainda não atingiu um nível satisfatório, visto que a imensa maioria
da energia utilizada no planeta é de origem não renovável, seja de fonte mineral ou
atômica.
Atualmente, quando se fala em geração de energia, em qualquer parte do
mundo a primeira visão que se tem é a de maior distribuição possível juntamente com a
maior economia envolvida. E, através desse conhecimento aponta-se a energia eólica
como um tipo de energia bem diferenciado dos demais e que vem indicando resultados
significativos de crescimento tanto em países desenvolvidos como em países
emergentes. Esta última vantagem pode ser explorada por pessoas que queiram montar
um módulo de energia próprio ao redor de suas casas e não precisar mais se filiar às
empresas.

2. Desenvolvimento

2.1. Importância

A experiência dos países líderes do setor de geração eólica mostra que o rápido
desenvolvimento da tecnologia e do mercado têm grandes implicações
socioeconômicas. A formação de recursos humanos e a pesquisa científica receberam
incentivos com a finalidade de dar o suporte necessário para a indústria de energia
eólica em formação. Na atualidade, diversos estudos apontam a geração de emprego e o
domínio da tecnologia como fatores tão importantes quanto à preservação ambiental e a
segurança energética dos países da comunidade europeia para a continuidade dos
investimentos no aproveitamento da energia eólica.

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2.2. História

O primeiro registro histórico da utilização da energia eólica para bombeamento


de água e moagem de grãos através de cata-ventos é proveniente da Pérsia, por volta de
200 a.C. Esse tipo de moinho de eixo vertical veio a se espalhar pelo mundo islâmico
sendo utilizado por vários séculos. Acredita-se, todavia, que antes da invenção dos cata-
ventos na Pérsia, a China (por volta de 2000 a.C.) e o Império Babilônico (por volta
1700 A.C) já se utilizavam de cata-ventos rústicos para irrigação.

A introdução dos cata-ventos na Europa deu-se, principalmente, no retorno das


Cruzadas há 900 anos. Os cata-ventos foram largamente utilizados e seu
desenvolvimento bem documentado. As máquinas primitivas persistiram até o século
XII quando começaram a ser utilizados moinhos de eixo horizontal na Inglaterra, França
e Holanda, entre outros países. Os moinhos de vento de eixo horizontal do tipo
“holandês” foram rapidamente disseminados em vários países da Europa.

Além do bombeamento de água, os moinhos de vento na Holanda tiveram uma


grande variedade de aplicações. O primeiro moinho de vento utilizado para a produção
de óleos vegetais foi construído em 1582. Com o surgimento da imprensa e o rápido
crescimento da demanda por papel, foi construído, em 1586, o primeiro moinho de
vento para fabricação de papel. Ao fim do século XVI, surgiram moinhos de vento para
acionar serrarias para processar madeiras provenientes do Mar Báltico. Em meados do
século XIX, aproximadamente 9000 moinhos de vento existiam em pleno
funcionamento na Holanda, cerca de 3.000 na Bélgica, 10.000 na Inglaterra e cerca de
650 na França.

A utilização de cata-ventos de múltiplas pás destinados ao bombeamento d’água


desenvolveu-se de forma efetiva, em diversos países, principalmente nas suas áreas
rurais. Acredita-se que desde a segunda metade do século XIX mais de 6 milhões de
cata-ventos já teriam sido fabricados e instalados somente nos Estados Unidos da
América.

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2.3. Funcionamento

Um sistema eólico é constituído por vários componentes que devem trabalhar


em harmonia de forma a propiciar um maior rendimento final. Para efeito de estudo
global da conversão eólica devem ser considerados os seguintes componentes:

• Vento: Disponibilidade energética do local destinado à instalação do sistema eólico.

• Rotor: Responsável por transformar a energia cinética do vento em energia mecânica de rotação.

• Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável por transmitir a energia mecânica entregue pelo eixo
do rotor até a carga. Alguns geradores não utilizam este componente; neste caso, o eixo do rotor é
acoplado diretamente à carga.

• Gerador Elétrico: Responsável pela conversão da energia mecânica em energia elétrica.

• Mecanismo de Controle: Responsável pela orientação do rotor, controle de velocidade, controle da


carga, etc.

• Torre: Responsável por sustentar e posicionar o rotor na altura conveniente.

• Sistema de Armazenamento: Responsável por armazenar a energia para produção de energia firme a
partir de uma fonte intermitente.

• Transformador: Responsável pelo acoplamento elétrico entre o aero gerador e a rede elétrica.

O rendimento global do sistema eólico relaciona a potência disponível do vento


com a potência final que é entregue pelo sistema. Os rotores eólicos ao extraírem a
energia do vento reduzem a sua velocidade; ou seja, a velocidade do vento frontal ao
rotor (velocidade não perturbada) é maior do que a velocidade do vento atrás do rotor
(na esteira do rotor). Uma redução muito grande da velocidade do vento faz com que o
ar circule em volta do rotor, ao invés de passar através dele, 59,3% da energia contida
no fluxo de ar pode ser teoricamente extraída por uma turbina eólica. Na prática,
entretanto, o rendimento aerodinâmico das pás reduz ainda mais este valor. Para um
sistema eólico, existem ainda outras perdas, relacionadas com cada componente (rotor,
transmissão, caixa multiplicadora e gerador). Além disso, o fato do rotor eólico
funcionar em uma faixa limitada de velocidade de vento também irá contribuir para
reduzir a energia por ele captada. Todo sistema eólico somente começa a funcionar a
partir de certa velocidade, chamada de velocidade de entrada, que é necessária para
vencer algumas perdas. Quando o sistema atinge a chamada velocidade de corte um
mecanismo de proteção é acionado com a finalidade de não causar riscos ao rotor e à
estrutura. Para os sistemas eólicos, a velocidade de rotação ótima do rotor varia com a

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velocidade do vento. Um sistema eólico tem o seu rendimento máximo a uma dada
velocidade do vento (chamada de velocidade de projeto ou velocidade nominal) e
diminui para velocidades diferentes desta.
Projetar um sistema eólico, para um determinado tamanho de rotor e para uma
carga pré-fixada, supõe trabalhar no intervalo ótimo de rendimento do sistema com
relação a curva de potência disponível do vento local. Isto requer encontrar uma relação
de multiplicação, de maneira que se tenha um bom acoplamento rotor/carga. É
necessário também, ter mecanismos de controle apropriados para melhorar o
rendimento em outras velocidades de vento e aumentar o intervalo de funcionamento do
sistema eólico. Um exemplo de mecanismo de controle é a utilização de rotores com
ângulo de passo variável. Com este controle, a medida que a velocidade do vento varia,
as pás mudam de posição, variando o rendimento do rotor. Com isto, pode-se aumentar
o intervalo de funcionamento do sistema eólico e ainda manter uma determinada
velocidade de rotação, que corresponde a eficiência máxima do gerador. Como uma
primeira aproximação, o rendimento global de um sistema eólico simples pode ser
estimado em 20%.

2.4. Energia eólica no Brasil

Atualmente, na grande maioria dos casos, a utilização da energia eólica


ocorre com a finalidade de gerar energia elétrica para, possivelmente, bombear água,
aquecer ambientes, ligar máquinas diversas, moer grãos, usos domésticos ou de
pequenas empresas, entre outros. Isso ocorre pelo fato da eletricidade ser uma forma
muito cômoda e usual de distribuição de energia. O Brasil é hoje o 12º maior
consumidor de energia do mundo, com um nível de consumo equiparado ao da Itália e
da Espanha.

2.5. Utilização da fonte de energia

No País, embora o aproveitamento dos recursos eólicos tenha sido


feito tradicionalmente com a utilização de cata-ventos multipás para bombeamento de
água, algumas medidas precisas de vento, realizadas recentemente em diversos pontos

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do território nacional, indicam a existência de um imenso potencial de energia eólica
ainda não explorado. Grande atenção tem sido dirigida para o estado do Ceará, por ter
sido um dos primeiros locais a realizar um programa de levantamento do potencial de
energia eólica através de medidas de vento com modernos sensores especiais e também
no Rio Grande do Norte está o terceiro parque Eólico de Rio de Fogo, no município de
mesmo nome, neste mesmo estado desde 2004, a Petrobras opera uma usina para o
fornecimento de energia a seus campos de produção de Petróleo de Macau (RN).
Entretanto, não foi apenas na costa do Nordeste que áreas de grande potencial eólico
foram identificadas. Em Minas Gerais, por exemplo, uma central de energia eólica está
em funcionamento, desde 1994, em um local (afastado mais de 1000 km da costa), com
excelentes condições de vento, juntamente o Rio Grande do Sul, os parques eólicos de
Osório compõem o maior complexo gerador de energia eólica da América Latina e têm
uma capacidade instalada de 150 MW, com 75 torres de aero geradora, distribuída entre
três parques.

2.6. Vantagens

 Não emite gases poluentes nem geram resíduos;


 Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE).

 Os parques eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a agricultura
e a criação de gado;

 Geração de investimento em zonas desfavorecidas;


 Benefícios financeiros (proprietários e zonas camarárias).
 Reduz a elevada dependência energética do exterior, nomeadamente a dependência em
combustíveis fósseis;
 Poupança devido à menor aquisição de direitos de emissão de CO2 por cumprir o protocolo de
Quioto e diretivas comunitárias e menores penalizações por não cumprir;
 Possível contribuição de cota de GEE para outros sectores da atividade económica;
 É uma das fontes mais baratas de energia podendo competir em termos de rentabilidade com as
fontes de energia tradicionais.

2.7. Desvantagens

 A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária, tornando
difícil a integração da sua produção no programa de exploração;

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 Pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível (H2) ou com a técnica da bombagem
hidroelétrica.
 Provoca um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor,
a instalação dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem;
 Impacto sobre as aves do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos
desconhecidos sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração;
 Impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante (43dB(A)).
As habitações mais próximas deverão estar no mínimo a 200 metros de distância.

2.8. Custo para se obter no Brasil

No Brasil, os empreendedores alegam que a tarifa viabilizadora da energia eólica


seria de R$ 0,21 por KWh, equivalendo a uma tarifa de US$ 0,10, com base na taxa de
câmbio média de R$ 2,03 verificada nos últimos 48 meses. Esta tarifa é superior a tarifa
de R$ 0,15 exigida pelas usinas de biomassa, por exemplo. Porém, o relevante a ser
analisado é que em muitos países a energia eólica já é viável com uma tarifa de US$
0,04. Neste sentido, um dos grandes benefícios do leilão de energia eólica será indicar
qual é o real custo da geração eólica no Brasil porque será o primeiro instrumento de
contratação competitivo de grande porte a ser realizado no Brasil. Entretanto, embora
seja discutível o custo da energia eólica no Brasil, é bastante plausível a hipótese que a
mesma possui um custo superior aquele verificado em outros países. Especificamente, o
maior custo da energia eólica no Brasil pode ser atribuído aos maiores custos logístico
de implementação dos projetos, como por exemplo, à precariedade das estradas
nordestinas, região onde se encontra o maior potencial eólico no país, e ao número
restrito de ofertantes nacionais de aero geradores associado às restrições de importação
destes equipamentos. Os custos relacionados à logística do país fogem do escopo
analítico deste texto por estarem relacionados a questões estruturais do país e devem ser
encarados como uma condição de base. Porém, se faz necessária uma análise mais
detalhada dos custos dos bens de capital. A indústria de aero geradores mundial está
organizada sob a forma de oligopólio com os 4 maiores fabricantes (Vestas, GE Wind,
Gamesa e Enercon) possuindo um market share de aproximadamente 70%. Embora
concentração de mercado não signifique necessariamente poder de mercado porque
existem mercados que são contestáveis, no caso da indústria de aero geradores estas
firmas, de fato, possuem poder de mercado porque não existe contestabilidade devido a
existências de barreiras à entrada referentes a escala de produção e ao caráter de
constante inovações tecnológicas da indústria que resultam em vantagens absolutas de
custo e diferenciação de produto das firmas estabelecidas. Neste sentido, é vital que haja
incentivos à concorrência para que as firmas estabelecidas não cobrem preços acima dos

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preços competitivos. No Brasil, a oferta de turbinas eólicas se restringe a duas firmas
que possuem vantagens competitivas adicionais: imposto de 14% sobre a importação de
aero geradores, apenas aero geradores com potência superior a 1,5 MW podem ser
importados e o fato do BNDES só conceder financiamento a fabricantes nacionais.

3. Conclusão

A Energia eólica ao decorrer do tempo vem crescendo devido o fato de ter uma
condição mais favorável no mercado, podendo contribuir com o desenvolvimento
socioeconômico além da instalação de parques eólicos pode movimentar a economia
local trazendo grandes melhorias juntamente com a tecnologia que irão suprir as
necessidades de cada ser humano. Com esse trabalho concluído podemos perceber o
quão importante conhecer este e outros recursos, a energia eólica deve ser melhor
aproveitada pois irá beneficiar à qualidade de vida quanto financeiramente

As melhorias do conhecimento nessa área são importantes para Mundo trazendo


medidas capazes de promover o crescimento, mas sem agressões à Natureza. É o que se
pode chamar de desenvolvimento sustentável.

4. Referencia Bibliográficas

http://cursos.unisanta.br/mecanica/polari/energiaeolica-tcc.pdf

http://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-da-energia-eolica/

http://pedesenvolvimento.com/2009/07/15/historia-da-energia-eolica-e-suas-utilizacoes/

www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/301304.pdf

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