Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
HELIO MARQUES DE OLIVEIRA
2
RESUMO
O Brasil tem passado nesta última década por escassez de recursos hídricos devido sazonalidade das
chuvas e ao uso intenso dos recursos hídricos para geração de energia elétrica e consumo humano e,
principalmente pelo intenso desmatamento. Como nossa matriz de geração de energia é fortemente
baseada em hidroelétricas, onde se verifica um contra senso face a um descontrole do
desmatamento, onde outros interesses particulares se sobrepõem a interesses nacionais, existe a
necessidade de uso intermitente de geração por outras fontes devido ao cada vez mais insuficiente
regime pluviométrico sendo portanto importante a diversificação das fontes geradoras, além com
certeza de implantar uma ação eficaz de interromper totalmente o desmatamento de matas nativas .
Quando o país apresenta este cenário são acionadas usinas termoelétricas que encarecem o custo da
energia elétrica por operarem com combustíveis fosseis e poluentes na maioria vezes de alto custo.
Esta dissertação pretende fazer um exercício de pesquisa das tecnologias de geração de energia
elétrica renováveis no Brasil e no Mundo para substituir as termoelétricas nacionais, verificando
aquelas mais aplicáveis conforme a região do país onde são mais viáveis. Estão sendo pesquisadas
as tecnologias inovadores de geração de energia elétrica por concentradores solares com geração de
calor, geração heliotermica ou CSP, Concentrating Solar Power e aquelas que já são mais
tradicionais no Brasil como a Eólica, a Fotovoltaica e energia produzida pela biodigestão da
Biomassa, gerando biogás, comparando-as e levantando-se a viabilidade de cada uma para
construção futura de usinas de grande porte por fontes renováveis.
Palavras Chaves: Energia Renovável, Geração de Energia Elétrica, Energia Eólica, Bioenergia,
Biomassa, Energia Fotovoltaica, Energia Heliotermica, Torre Solar, Campo Solar, CSP, Energia
Solar.
3
Abstract
In the last decade, Brazil has experienced a scarcity of water resources due to the seasonality of the
rains and the intense use of water resources to generate electricity and human consumption, and
mainly due to intense deforestation. As our power generation matrix is strongly based on
hydroelectric power plants, where there is a contradiction in the face of uncontrolled deforestation,
where other particular interests overlap with national interests, there is a need for intermittent use of
generation by other sources due to each insufficient rainfall, therefore, it is important to diversify
the generating sources, in addition to the certainty of implementing an effective action to totally
stop the deforestation of native forests. When the country presents this scenario, thermoelectric
power plants are activated, making the cost of electric energy more expensive by operating with
fossil fuels and pollutants, most often at high cost. This dissertation intends to carry out a research
exercise on renewable electric energy generation technologies in Brazil and in the world to replace
national thermoelectric plants, verifying those that are most applicable according to the region of
the country where they are most viable. Innovative technologies for the generation of electric
energy by solar concentrators with heat generation, heli-thermal generation or CSP, Concentrating
Solar Power and those that are already more traditional in Brazil, such as wind, photovoltaic and
energy produced by biomass digestion, are being researched. generating biogas, comparing them
and assessing the feasibility of each one for the future construction of large plants by renewable
sources.
Key Words: Renewable Energy, Heliothermic Energy, Solar Tower, Solar Field, CSP, Solar
Energy.
4
INDICE
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................... 11
1.1 Contextualização.......................................................................................................................................................................... 11
1.2 Problema de Pesquisa.................................................................................................................................................................. 11
1.3 Objetivos....................................................................................................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivo Geral........................................................................................................................................................................... 12
1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................................................................................................. 12
1.4 Objeto de Pesquisa....................................................................................................................................................................... 12
1.5 Delimitação................................................................................................................................................................................... 12
1.6 Limitações da Pesquisa................................................................................................................................................................ 13
1.7 Hipóteses....................................................................................................................................................................................... 13
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA............................................................................................................................................................ 14
2.4 Geração de Energia no Brasil...................................................................................................................................................25, 26
2.4.1 Geração de Energia Eletrica no Brasil.........................................................................................................................................30
3.1 Metodologia de Pesquisa.............................................................................................................................................................. 48
3.2 Metodo de Pesquisa...................................................................................................................................................................... 48
4.1 Resultados..................................................................................................................................................................................... 63
5. Conclusão........................................................................................................................................................................................ 63
Energia Renovavel no Mundo............................................................................................................................................................. 19
Referencias......................................................................................................................................................................................... 64
5
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
No Brasil as hidroelétricas sempre foram carro chefe na geração de energia elétrica de alta
capacidade, mas grandes investimentos são necessários com grandes problemas ambientais devido
as enormes áreas alagadas. As usinas hidroelétricas também primam pelo gigantismo e necessitam
de alto volume de agua disponível. A cada ano estes volumes hídricos ficam mais escassos devido
ao uso do recurso pela cada vez maior população brasileira e a secas que podem provocar crises
graves de fornecimento em todas as regiões do país.
Atualmente o Brasil 64% da capacidade instalada é gerada pelas hidrelétricas, fonte geradora
esta que tende a ser totalmente aproveitada em médio prazo conforme analise estratégica do
governo brasileiro, descrita pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Também o crescimento da
economia brasileira demanda um aumento consumo de energia elétrica em seus vários setores
produtivos. Estudos de demanda de energia elétrica para horizonte de cinco anos da EPE mostram
que no período de 2015 a 2020 o consumo anual de energia elétrica vai cresce por volta de 4,0% o
que pode acentuar o problema de falta de energia a médio prazo.
Esta pesquisa pretende estudar a viabilidade das tecnologias de geração de eletricidade por
usinas com tecnologias renováveis aplicáveis e também escolher aquelas mais interessantes para
substituição de termoelétricas como suporte a produção de energia de fonte hidráulica na matriz
elétrica Brasileira.
6
nesta década o Brasil passou por grave crise na capacidade geração de energia elétrica a pesquisa de
novas tecnologias para geração de energia elétrica pode ser uma solução a curto prazo para o
aumento de consumo esperado.
1.3 Objetivos
Para obtenção do objetivo geral será pesquisado os seguintes objetivos específicos via
pesquisa bibliográfica: Verificar a matriz energética mundial e brasileira e a capacidade de geração
de cada tecnologia atual. Verificar quais são a energia renováveis operando no mundo e no Brasil e
a potência instalada de cada. Pesquisar qual o custo de instalação cada tecnologia no mundo e no
Brasil. Levantar quais as tecnologias de geração de energia elétrica renovável disponíveis no mundo
e no brasil suas capacidades e eficiências das plantas geradoras. Pesquisar o custo de
implementação das usinas de referência. Verificar qual as tecnologias renováveis mais aplicáveis ao
Brasil. Levantar quais e quantas são as usinas no mundo para a tecnologia aplicável. Descrever as
tecnologias escolhidas. Comparar a tecnologias de geração elétrica renováveis com a geração
termoelétrica a combustíveis fosseis. E por fim obter os resultados e conclusões desta dissertação.
Este trabalho propõe pesquisa de novos tipos de usinas a energia renovável para melhoria da
falta de energia elétrica devido saturação do potencial hídrico brasileiro e sendo uma possibilidade
de substituição das usinas termoelétricas a combustíveis fosseis atuais de forma econômica.
1.5 Delimitação
Esta pesquisa se delimita verificar tecnologias renováveis existentes no mundo não foram
pesquisadas tecnologias que ainda estão em fase embrionárias (TRL5) de desenvolvimento.
Também propõe verificar como são os custos de implementação de energias renováveis no Brasil
7
para comprara-las com os custos das termoelétricas existentes Brasil. Custos ao consumidor não
foram levantados.
Este artigo está se limitando a pesquisa bibliográfica com levantamento dos últimos 5 anos
de autores, congressos, jornais, monografias, artigos e teses, atlas, revistas e jornais especializados,
documentos que possam contribuir com o conhecimento das melhores tecnologias disponíveis no
Brasil e mundo.
1.7 Hipóteses
A geração de energia via CSP ou por concentradores solar tem grande possibilidade de ser
implementada no Brasil assim como a geração eólica já foi e a fotovoltaica começa ser. Assim
como as usinas termoelétricas, as CSPs têm perspectiva de serem utilizadas na geração
complementar as hidroelétricas brasileiras desafogando a matriz de geração de energia elétrica
brasileira em substituição das termoelétricas a combustíveis fosseis.
No Brasil não existem usinas CSP geradoras de energia elétrica, das tecnologias CSPs
disponíveis no mundo a que parece mais adequada é a de torre solar com campo de heliostatos para
geração de energia elétrica de grande porte. Pretende se comprovar que a usinas CSP assim como as
usinas Eólicas são viáveis para o Brasil.
1.8 Justificativa
8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
A Figura-1 apresenta estas fases de transição onde os tipos de geração de energia e suas potências
listadas historicamente:
9
A Figura-2 apresenta proporções aproximadas do consumo global de combustível por tipo de
recurso pelo período de 1000 AC a 2000 DC.
A primeira era da energia começou mais de 300 mil anos atrás na evolução da expecie homos
Erectus par homo Sapiens continuando ao longo da pré hitoria até cerca de 10 mil anos atras. Nesta
epoca todos os esforçoes para melhoria da eficiencia na geração de energia foram em vão devido a
limitada potencia do corpo humano e pelo o uso ineficiente do fogo. (SMIL, 2004) Devido a este
senario as sociedades pré-industriais domesticaram animais e aproveitaram do fogo para a
produção de metais e outros materiais duráveis realizando a primeira grande transição energetica
global atraves do aumento de eficiência e potencia. (BITHAS, 2016)
A terceira grande transição de energia foi a substituição esforço muscular humano e animal
por motores e de energia de biomassa por combustíveis fósseis (IHS CERA, 2013), esta fase
começou apenas alguns séculos em alguns países europeus, a chamada revolução industrial
(HARTWELL,2017), onde os motores a vapor começaram a se utilizados na industria com
utilização massiva de carvão a partir de 1698, com de Thomas Newcomen, em Staffordshire, Grã-
Bretanha que instala um motor a vapor para esgotar água em uma mina de carvão (FLORANCE,
10
2016). Esta transição de energia tambem acontesse na geração de enregia eletrica a partir de 1882,
quando a primeira linha de eletricidade do mundo e suas as plantas geradoras foram encomendadas
em Londres e Nova York (ambas as estações a carvão a Edison Indsutries) e em Appleton,
Wisconsin a primeira planta hidrelétrica era constuida (PERKINS, 2016). Desde então, boa parte
das economias globais têm indiretamente consumido partes crescentes de combustivel fósseis seja
como eletricidade ou simplemente calor. E possivel notar o aumento constante no consumo de
carvão e de hidrocarbonetos, primeiro com petróleo bruto e depois atraves do gás natural.
(BP,2016)
A terceira transição energetica esta longe de ser totalmente realizada pela humanidade que
sempre esta a procura fontes alternativas e eficientes de geração de enregia. (SMIL, 2014).
Como o recurso é finito pode-se concluir que os combustíveis fósseis globais ficarão
exauridos em um curto período de tempo. (ARIF SARI, 2016). Porém a matriz energetica mundial
não se compõe somente de combustiveis tradicionais, existem fontes variaveis para geração
11
deenrgia, as principais no mundo segundo o World Energy Council são (WEC- Resources
Summary, 2016) :
São varias as instituições que pesquisam dados e parametros para geração e consumo de
energia, entre elas o Conselho Mundial da Energia (WEC), a Agência Internacional de Energia
(AIE), a administração de Informações Energéticas dos EUA (EIA) e a Agência Européia de Meio
Ambiente (AEMA) registram e publicam ataves de seus relatorios anualmente dados e sumarios
com informação sobre energia mundial.
Nota:
¹ A tonelada de petróleo equivalente (toe) é uma unidade definida como a quantidade de
energia liberada pela queima de uma tonelada de petróleo bruto. São aproximadamente 42
12
gigajoules ou 11.630 quilowatts-hora, embora, como diferentes óleos brutos tenham diferentes
valores caloríficos, o valor exato é definido por convenção.
Mesmo assim, o petróleo, o gás e o carvão continuam a ser as fontes predominantes de energia
no mundo representando mais de três quartos do total estimados em 2035 . O petroleo tem
espetativa de crecimento de 0,7% ao ano, o gás natural com forte crecimento para 1,6% ao ano,
ultrapassando o carvão com acescimo de 0,2% ao ano. Porem o maior crescimento em termos de
energia global é da renovavel com 7,1 % ao ano e expercativa de crecimento de 3% em 2015 para
10% em 2035, tornando-se a geração de energia mais promissora em futuro proximo(BP Energy
Outlook, 2017. Tambem é possivel obervar um decrescimo acentuado do uso de petroleó e carvão
em troca pelas demais fontes de energia que substituem este tipo de combustiveis fosseis. (BP
Energy Outlook, 2017).
Aplicando-sea mesma analise do relatório da BP para o cosumidor final por setor é possive
verificar o seguinte comportamento no consumo:
13
Figura-4 Consumo de Energia para o Cconsumidor Final por Setor e suas Tendência
Fonte: 2017 Energy Outlook – Customização do Autor
Energias renováveis podem ser definidas como "energia de reuso” que podem se renovar tão
rapidamente ou mais do que a velocidade de consumo das fontes geradoras " (CEYLAN, 2008). As
energias renováveis também podem ser descritas com a energia que é coletada de recursos
renováveis, que são naturalmente reabastecidos em uma escala de tempo humana, como
(ELLABBAN, 2014):
Como a matriz energética mundial na atualidade é fortemente baseada em petróleo, carvão e gás
natural, combustíveis fosseis e finitos conforme apresentado na Figura-2, logo a demanda tende a
continuar em crescimento para este tipo de combustível e conforme Quadro-1 as reservas tendem a
se exaurir com relativo curto espaço de tempo. Logo participação deste tipo de recurso na matriz
energética mundial tende a diminuir fortemente (ENERGY OUTLOOK, 2017).
De acordo com a explicação de especialistas, é estimado que 36% da energia mundial necessita
de ser atendida por fontes renováveis recursos energéticos no ano de 2030 (IRENA, 2017). São:
Figura-4: Taxa de crescimento das energias renováveis no mundo de 2016 ano base 2015
Fonte: IRENA ,2017 – Customização do autor
Quadro-5: Fontes de Geração de Energia Mundiais - Levantamento 2017 ano base 2016
15
Capacidade Geração de Energia Renovável 2015 2016 Unidade
ENERGIA ELETRICA
Total – Excluindo Hidráulica 785 921 GW
Total - Incluindo Hidráulica 1.856 2.017 GW
Hidroelétrica 1.071 1.096 GW
Bioenergia (Biomassa) 106 112 GW
Geotérmica 13 13.5 GW
Fotovoltaica solar (PV) 228 303 GW
Solar térmica Concentrada (CSP) 4,7 4,8 GW
Eólica 433 487 GW
GERAÇÃO DE CALOR
Capacidade de Aquecimento Solar de Água 435 456 GWh
TRANSPORTE
Produção de Etanol (anual) 98,3 98,6 G litros
Produção de Biodiesel (anual) 30,1 30,8 G litros
Fonte: REN21, 2017 –– Customização do Autor
A capacidade de geração de energia elétrica renovável viu seu maior crescimento anual em
2016, com um total estimado de 161 GW de capacidade adicionada, sendo que capacidade global
total aumentou em 9,0% (IRENA, 2017) em comparação até 2015, para quase 2,017 GW ao Final
do ano de 2016 (REN21, 2017). O mundo continuou a adicionar mais capacidade de energia
renovável anualmente do que adicionou capacidade de todos os combustíveis fósseis combinados.
Em 2016, as energias renováveis representaram cerca de 62% do crescimento líquidos à capacidade
global de geração de energia, sendo que o crescimento histórico de 2002 de 2016 foi de 168%
incluindo a capacidade hidroelétrica (REN 21, 2017). Para a mesma situação de 2000 a 2016
considerando-se somente as energias renováveis inovadores este crescimento chega a inacreditáveis
1740%. (IRENA, 2017)
A energia Solar Fotovoltaica (PV) viu crescimentos recordes e pela primeira vez, contabilizou
positivamente capacidade adicional de 47% da capacidade de energia renovável instalada em 2016,
enquanto as Energias Eólica com crescimento de 12,5% e Hidrelétrica com 2,3% representaram a
maior parte da capacidade instalada contribuindo com 34% e 15,5% do total respectivamente. (REN
21, 2017).
16
2.3. Quarta transição de Energetica Global e Energia Renováveis.
O mundo já passou por três grandes transições na geração de energia global conforme
apresentado no item 2.1 devido aos avanços humanos e tecnológicos (SMIL, 2014). Na
atualidade o mundo está passando novamente uma grande transição impulsionada pela
combinação de fatores como aparecimento acelerado de novas tecnologias de geração
renovável, a presente e importante revolução digital já consolidada, desafios ambientais globais
e de crescimento demográficos. (PERKINS J. H,2017)
A realidade é que a demanda per capita de energia global poderá atingir seu ponto máximo
antes de 2030. A substituição de energia primária está aumentando a um ritmo mais rápido do
que o aumento da demanda do consumo de energia pela classe média global também em
crescimento. Portanto grandes implicações nas empresas de energia em termos de aumento da
geração e em sua capacidade de atingir suas expectativas de mercado terão de ser levadas em
conta em estratégias de investimento médio e longos prazos. (MEDEIROS, 2017).
Nós estamos ultrapassando o ponto de inflexão de uma revolução tecnológica no setor de
energia. (PERKINS J. H,2017). As energias solar e eólica continuarão a apresentar
rápido crescimento com a transformação da geração em energia elétrica como uma tendência
inquestionável. (IRENA,2017). Enquanto isso, ainda seguiremos dependendo em mais da
metade da eletricidade global gerada sendo fornecida a partir de combustíveis
fósseis e poluentes, como petróleo carvão e gás natural (2017 Energy Outlook), porem
conforme apresentado no Quadro-1 as reservas de combustivies fosseis tendem a diminuir e
custos de geração tende a aumentar (ARIF, S; 2016).
Logo existe uma correlação entre o desenvolvimento econômico atual ao setor de energia e
não somente ao de energia elétrica. A definição de sustentabilidade energética baseia se em
três objetivos principais que pode ser verificada n o senário global da atualidade (MEDEIROS,
2017):
Segurança Energética,
Equidade Energética
17
Sustentabilidade Ambiental
Conforme analise do governo amricano exite um forde demanda de enrgia eletrica global
que é refletida na geração de enrgia eletrica mundial (EIA, GOV Americano, 2017). As Figuras –
5 e 6 apresentam esta demanda global total e por setor economico.
Figura – 5: OECD and Não OECD - Geração de Figura – 6: Eletricidade Mundial por Setor
Eletricidade Mundial - Fonte : EIA-IEO, 2017 Fonte : EIA-IEO, 2017
18
A sigla OCDE (NUNES, 2017) significa Organização de Cooperação e de Desenvolvimento
Económico. É uma organização internacional, composta por 34 países e com sede em Paris, França.
A OCDE tem por objetivo promover políticas que visem o desenvolvimento econômico e o bem-
estar social de pessoas por todo o mundo. Paises Membros da OCDE são (INTERNATIONAL
ENERGY AGENCY AND NUCLEAR ENERGY AGENCY ORGANIZATION, 2015) Austrália,
Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, República Tcheca, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França,
Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Coréia, Luxemburgo, México,
Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslovaco.República, Eslovênia, Espanha,
Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. A Comissão Europeia participa tambem no
trabalho da OCDE. A geração líquida de eletricidade apresentada na Figura-5 em países não
pertencentes à OCDE aumenta em média 1,9% / ano de 2015 para 2040, em comparação com
1,0% / ano nos países da OCDE. (EIA-IEO,2017). O uso da eletricidade aumenta, conforme
apresentado na Figura-6 mais nos edifícios residenciais e comerciais no período de 2015 a 40, à
medida que os rendimentos pessoais aumentam e à medida que a migração urbana continua em
países não pertencentes à OCDE. A parcela de eletricidade usada no transporte duplica entre 2015
e 2040 à medida que mais veículos elétricos plug-in entram na frota e o uso de eletricidade para o
transporte ferroviário se expande, mas essa participação representa apenas 4% do consumo total de
eletricidade entregues em 2040 (EIA-IEO,2017).
Operação Manutenção
19
2012 12,49 4,38 6,71 2,46 7,32 4,48 4,63 2,76
Combustível Total
21
Fonte: BEN, 2017
A Oferta Interna de Energia – OIE, em 2016, ficou em 288,3 milhões de tep (Toneladas
equivalentes de petróleo), ou Mtep, mostrando retração de 3,8% em relação a 2015, e equivalente a
2 ,07 % da energia mundial. (BEN, 2017)
A principais conclusões para levantadas pela Resenha energética Brasileira de 2017 (BEN,
2017) mostra que a expressiva queda da OIE em 2016 é aderente ao recuo de 3,6 % na economia
e teve como principais indutores a redução de quase 20% nas perdas devidas à menor geração
termelétrica, e a redução de 5,3% no consumo do setor energético (queda de 7% na produção de
etanol) e ainda alguns setores industriais apresentaram taxas negativas superiores a 9,0%, como:
Cimento, Aço e Politização e ainda, a demanda total de derivados de petróleo teve uma
redução de 5,6% (-7,2% em 2015). No fim deste processo é verificado que a retração na demanda
de energia foi maior que a retração do PIB em 2016 como publicado na Figura-3.
22
No Brasil o Operador Nacional do Sistema (ONS) é o responsável por gerir todo sistema
elétrico nacional (LEI 9.648, 1998) sendo uma a entidade, sem fins lucrativos, atua sob a
fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para coordenar e controlar as
instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Geração energia elétrica no Brasil é assunto vasto que está sendo levantado no item próprio e
desta dissertação para cada tecnologia.
A Transmissão de energia elétrica é feita via sistema é interligado, com predominância de usinas
hidrelétricas (BEN, 2017), é formado por empresas de diversas regiões do país. O SIN responde por
quase toda a capacidade de produção de eletricidade do Brasil com somente 3,4% dos sistemas
existentes não pertencentes a dele, principalmente na região amazônica atendendo a 98% da
população brasileira. A Figura – XX apresenta com esta distribuída a rede de transmissão elétrica
Brasileira em todo território nacional.
24
Figura-XX: Consumo Nacional de Energia Elétrica a Rede Por Classe: 1995 – 2016
Fonte: EPE, 2016 – Customização do Autor
Com o avanço tecnológico o consumo da energia elétrica passa a ser um dos principais
parâmetros de indicação do crescimento da economia (SMIL, 2014). O consumo de energia possui
uma relação com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), (FINKLER, A). A Figura –XX
apresenta o PIB histórico Brasileiro.
25
2.9. Matriz Eletrica Brasileira - Geração e Consumo
A matriz energética Brasileira é formada por 05 fontes diferentes onde a geração hidráulica é
predominante (TOLMASQUIM, 2017). A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do ministério de
Minas e Energia apresenta as tecnologias envolvidas na geração de energia elétrica e a capacidade
instalada em 2017 ano base 2016 através do relatório síntese do Balanço energético Nacional BEN
(BEN-2017). Segundo este levantamento oficial as fontes e respectivas participações na geração de
energia elétrica bem como e suas capacidades são apresentadas na Figura-XX e YY
respectivamente.
Oferta Hidráulica em 2016: 421,7 TWh Oferta Hidráulica em 2015: 394,2 TWh
Oferta Total em 2016: 619,7 TWh Oferta Total em 2015: 615,7 TWh
Em 2016, a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) ficou em 619,7 TWh sendo 0,7% maior
que 2015 (615,7 TWh). Por fonte são destaques os aumentos de 54,9% na oferta Eólica, de 44,7%
no solar, e de 7,7% na nuclear. As ofertas por óleo fóssil, gás natural e carvão mineral recuaram
52,8%, 28,9% e 9,8%, respectivamente.
A supremacia da geração hidráulica ficou importante em 2016, ficando com 67,1% na estrutura
da OIEE (incluindo a importação de Itaipu), contra os 64% verificados em 2015 (65,2% em 2014 e
70,6% em 2013).
26
Quadro- 4 Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) entre 2015 e 2016
Solar 44 24 0 4
27
Urânio 2 1.990 1 0
Desconhecidas 30 150 0 -5
Eólica 47 5 6,2 5
Hidro 24 5 6,5 5
Térmica 146 12 14,4 10
Notas:
¹ UHE Usina Hidrelétrica de Energia, com mais de 30 MW de potência instalada, onde
os reservatórios maiores que 3km² (Paranapanema Energia, 2017)
² PCH Pequenas Centrais Hidrelétricas entre 1,1 MW e 30 MW de potência instalada, com
reservatórios de no máximo 3km² (Paranapanema Energia, 2017)
³ CGH Centrais Geradoras Hidrelétricas com até 1 MW de potência instalada não tem
reservatório. Em geral, conta com uma barragem para desvio do curso d`água.
(Paranapanema Energia, 2017)
*Geração Distribuída (RN ANEEL nº 482, 2012): Trata-se da micro e mini geração
distribuídas de energia elétrica, onde o consumidor brasileiro pode gerar sua própria
energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive
fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.
28
Com a entrada em operação de novas usinas em 2016 somou-se 9.591 MW de potência elétrica
instalada no Brasil, sendo 5.002 MW de UHE, 2.569 MW de eólica, 1.759 MW de UTE, 208 MW
de pequenas hidrelétricas (PCH e CGH) e 52 MW de solar. (ANEEL, 2017). No total, a potência de
geração instalada brao Brasil passou para 150,4 GW em 2016, mostrando acréscimo de 6,8% sobre
2015. Incluindo os 5,9 GW da importação contratada, a oferta total de potência passa a 156,3 GW
em 2016 (BEN,2017). Também foi verificado a supremacia da potência hidráulica, com 65,7% de
participação, incluindo a importação e participação das fontes renováveis com 81,4%, indicador
muito superior ao mundial, de 20% (BEN,2017).
Para a projeção do consumo futuro de energia elétrica na rede a EPE gerou o documento
Projeção da demanda de energia Elétrica para os próximos 10 anos (2017-2026) (DEA 001/17,
2017), com os estudos na tentativa de obter valores próximo ao real para período de 10 anos ou
decênio. Estes estudos para projeções levam em consideração:
Projeção
Figura- XX: Consumo Nacional de Energia Elétrica a Rede Por Classe: 1995 – 2016
Customização do Autor - Fonte: EPE, 2017
29
No Brasil os principais consumidores de energia elétrica são os setores de indústria,
comercio e residências, A Figura XX - mostra a evolução porcentual entre os consumos das
classes Industrial, Residencial, Comercial no Brasil no período de 2000 a 2020, sendo 2026
projetada.
Figura- XX: Estrutura do consumo de eletricidade na rede, por classe (%) de 2000 a 2026
Fonte: EPE- DEA 001/17, 2017
30
A Figura XX apresenta comparação de autoprodução e consumo da rede para grandes
consumidores industriais.
31
Figura - XX: Projeção da demanda total de eletricidade (TWh)
Fonte: EPE- DEA 001/17, 2017
O Brasil tradicionalmente tem geração de eletricidade por fonte renovável no mundo devido as
abundantes fontes hidráulicas do país (LIMA, L.C.A, 2016). Atualmente se observa avanço da
participação de renováveis na matriz elétrica como podemos verificar na matriz elétrica Brasileira,
apresentada na Figura –XX, devido à queda da geração térmica a base de combustíveis fósseis e ao
incremento das gerações eólica e hidráulica.
Figura XX: Participação de energias renováveis na Matriz elétrica Brasileira
32
Empreendimentos em Empreendimentos em
Operação Construção
Potência Potência
Tipo Qde % Qde %
(kW) (kW)
Central Geradora 609 534.999 0,35 3 4.048 0,04
Hidrelétrica
Central Geradora 425 10.405.242 6,84 161 3.748.700 32,84
Eólica
Pequena Central 436 4.978.243 3,27 29 374.791 3,28
Hidrelétrica
Central Geradora 44 23.761 0,02 37 1.063.400 9,32
Solar Fotovoltaica
Usina Hidrelétrica 219 93.216.340 61,27 6 1.922.100 16,84
Para estas fontes renováveis o Brasil registra 4.659 empreendimentos em operação, totalizando
152.159.030 kW de potência instalada (ANEEL,2017). O Quadro-1 apresenta as usinas em
operação e construção no Brasil, sendo que renováveis sem considerar as Usinas Hidroelétricas, se
apresentam 1514 empreendimentos em um total de 15.942.245 kW ou 10,5 % do total. É
interessante notar forte crescimento de novos empreendimentos para Centrais Geradora Eólicas,
Central geradoras Fotovoltaicas e Pequenas Centrais Hidroelétricas. (ANEEL,2017)
Os custos de referência (Capital) para implementação das energias renováveis no Brasil podem ser
observados na Figura-2, baseados na revista de Energias Renováveis Brasileira (RANGEL,
M.S.,2016) que apresenta o custo de capital para cada tipo de fonte em função da potência gerada.
33
Figura-xx: Custo de Capital (Instalação) de Energias Renováveis no Brasil
Fonte: RANGEL,2016
Observa-se que quanto menor a potência menor o investimento total sendo que foi observado
maiores investimentos a fotovoltaica e a menor a eólica. Com relação a PCHs, pode-se verificar que
quanto maior a queda d´água, menor o custo de capital (RANGEL, M.S. ,2016).
Para verificação de tarifa de referência pode ser utilizado o cálculo de custo estimado a Revista
de Energias renováveis publicou estudo onde foi levantado os valores de tarifa através deste
método.
Figura: Média do Custo Unitário em função da tarifa de energia para cada fonte
Fonte: RANGEL, 2016
Existe tendência de que quanto maior o custo unitário maior a tarifa de energia sendo as tarifas e os
custos unitários mais baixos são verificados na energia Eólica e PCHs devido a necessidade de
34
maior o investimento e portanto encarecendo a venda de energia elétrica ao consumidor final
(RANGEL, 2016). Também, observar que as Figuras XX e YY tem uma aderência devido maior
tarifa de energia está associada com o maior valor de custo unitário e de investimento total sendo
que apesar da energia eólica apresentar um menor custo unitário e, consequentemente, um menor
custo total, sua tarifa é maior do que a de PCH, isso deve-se ao fato de que o Brasil ainda
fortemente dependente da energia hidráulica (RANGEL,2016).
35
2.13. Recurso de Ventos no Brasil
Para o Brasil o Atlas Brasileiro publica anualemnte o potelcial eolico Brasileiro. A figura-
XX apresenta a dsitribuiçãode velocidades media Brasileiras.
36
Abaixo de 3 m/s Usualmente não viável
Pode ser uma opção para bombas eólicas,
3-4 m/s
Improvável para geradores eólicos
Bombas eólicas podem ser competitivas
4-5 m/s com bombas à Diesel. Pode ser viável
para geradores eólicos isolados
Viável tanto para bombas eólicas quanto
Mais que 5 m/s
para geradores eólicos isolados.
Viável para bombas eólicas, geradores
Mais que 7 m/s
eólicos isolados e conectados à rede.
As tecnologias são comuns na geração eolica a com tubina de eixo vetical de tipo Hélice e
horizontal dos tipos Savonius e Darrieus, conforme Figura-XX
Os aeroeradores com rotor de eixo vertical são geralmente mais caros que os de eixo horizontal,
pois o gerador não é solidario girando seguindo a direção do vento, apenas o rotor gira enquanto o
gerador fica fixo em sua base (MACHADO,2014) Rotores do tipo Savonius funcionam por arrasto
aerodinamico e Darrius por sustentação sendo que desempenho de ambos os verticias é inferior aos
horizontais.
Para geração de energia eletrica o aerogerador de eixo horizontal (JUNIOR, S.S.S) tem a
capacidade de desenvolver altas velocidades com eficiência na conversão de potência que é
próxima ao limite teórico sendo que tração é gerada por força de sustentação, sendo este sistema o
mais empregada em parques eolicos Brasileiros.
O funcionamento das pás do gerador eolico baseia-se na conversão da energia cinética dos ventos
em energia mecânica resultante do movimento de rotação causada pela incidência do vento
resultante ou vento relativo e atuação da força de sutentação. A Figura –XX apresenta as forças
37
atuantes na pá
38
Tambem é comum intalar os Aerogeradores com altura suficiente para atingir uma velocidade
media mais alta devido ao efeito do diagrama de velocidades, onde quanto mais perto do solo, mais
rugosidade devido irregularidades no terreno.. A Figura-XX mostra um diagramd e velocidades
caracteristico para Aerogeradores, onde z é a altura de medição e zo é a rugosidade do terreno.
Atualmente a busca por aerogeradores cada vez maiores é impulsionado pelo menor custo de
energia, as turbinas maiores custam menos por megawatt gerado graças a economias de escala e
menores custos de planta sendo seu desempenho otimizado devido a torres mais altas e lâminas
mais longas. (NREL, 2017)
Figura- XX Crescimento do tamanho e potencia dos aerogeradores desde 1980 e projeção futura
Fonte: IEA,2013
39
Aerogeradores terrestres dos EUA já aumentaram vinte vezes em tamanho, de 0,1
megawatts e 18 metros na década de 1980 para 2 megawatts e 82 metros em 2015, endência
observada pelos especialistas devido ao tamanho crescente dos rotores
(GREENTECHMEDIA,2017). Para o mesmo tamanho do motor, um aumento na área varrida pelo
do rotor aumenta a quantidade de energia capturada pela máquina com relativamente pouco custo
adicional. A tendência para lâminas mais longas já ajudou a fornecer fatores de capacidade eólica
acima de 40%, "um nível inédito até alguns anos atrás "(GREENTECHMEDIA,2016).
Albert Betz foi um físico alemão que em 1919 concluiu que nenhuma turbina eólica pode
converter mais do que 59,3% da energia cinética do vento em energia mecânica no rotor. Até aos
dias de hoje isto é conhecido pelo limite de Betz ou a lei de Betz. Este limite nada tem a ver com
ineficiências no gerador mas sim na própria natureza das turbinas eólica, principamente os conus
aerogeradores tripa.
Para avaliar o impacto global dos fatores operacionais na geração de energia eólica,
serão utilizados dados reais fornecidos pela Companhia Elétrica de Minas Gerais (CEMIG)
relativos à sua estação piloto de energia eólica, localizada em Camelinho - Minas Gerais.
A Usina Eólio-Elétrica Experimental (UEEE) do Morro do Camelinho, localizada sobre a
Serra do Espinhaço, no Município de Gouveia-MG, constituiu a primeira experiência
brasileira de geração de eletricidade, a partir da energia eólica, alimentando o sistema
interligado. A principal finalidade do projeto foi a de ser um laboratório e não uma usina
comercial. A UEEE do Morro do Camelinho é composta de quatro aerogeradores (TW250),
fabricados pela empresa alemã Tacke Windtechnick. Cada um deles possui capacidade
nominal de geração de 250 kW, rotor de eixo horizontal, 3 pás com 26 metros de diâmetro
rotórico e sistema de controle de potência por stall. Quantificação da eficiência
operacional dos aerogeradores utilizando o conceito OEE (Overall Equipment Efficiency),
OEE = Fator de Disponibilidade x Fator de Velocidade x Fator de Qualidade.
40
Figura XX: Balanço global das Perdas nos Geradores Eolicos do Parque de Camelinho
Fonte : xxxx
Este trabalho mostrou que em um parque eólico existem três grandes tipos de perdas:
as perdas por fatores aerodinâmicos, que reduzem a energia disponível nas massas de ar em um
fator que pode superar 60%, dependendo da característica aerodinâmica das pás, das
dimensões do rotor e do número de pás do rotor, e também as perdas existentes no fluxo de ar
que circula pelo rotor. Desta forma, no rotor de um gerador eólico somente pode
ser aproveitada entre 40 e 55% da energia disponível nas massas de ar. Existe um segundo tipo
de perda, que é originada no processo de transformação da energia mecânica, que chega ao
rotor, em energia elétrica. Neste processo, existe o envolvimento de componentes eletromecânicos
que continuam absorvendo a energia disponível e transformando em diversas perdas por
fricção, térmicas, indutivas, etc. Estas perdas são também muito significativas e podem superar
50% da energia disponível no rotor. Assim, a energia que chega à rede não supera 25% da energia
disponível nas massas de ar. Adicionalmente, este trabalho mostrou que ainda existe uma
terceira fonte de perdas no processo de geração de energia eólica, que é originado em fatores
operacionais, ou seja, paradas imprevistas de máquina, perdas de velocidade, etc. que podem ainda
reduzir a energia gerada pelo parque eólico em fatores superiores a 50%. A figura abaixo mostra o
balanço global das perdas observadas nos geradores eólicos do Parque do Camelinho,
considerando todos os ti pos de perdas mencionados anteriormente.
41
2.16. Recurso Solar no Brasil
Para instalação de uma usina solar é necessário analise das maiores insolações médias do
Brasil para se obter a melhor eficiência do processo de geração de enrgia eletrica, devido a maior
quantidade de radiação solar absorvida ao nível do solo (CARVALHO, 2016). Através da radiação
apresentada no Atlas Solarimetrico do Brasil na Figura-xx é possível verificar a insolação anual
média vertical para todo país (OLIVEIRA, 2016), Temos destaque para o semiárido nordestino
com 982,563,3 km² segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE, 2016) com
insolação de 20 MJ/m² (5,7 kWh) (MARANHÃO, 2015).
42
2.17. Funcionamento Básico de Geração Fotovoltaica
A geração de enrgia eletrica se incia pelo modulo fotovoltaica que é comconto por celula
fotovoltaica e
Célula
formar módulos e arranjos para entregar níveis desejáveis de energia DC para uma
carga externa. Uma das maiores vantagens dos dispositivos fotovoltaicos é sua
modularidade, permitindo
a fabricação de fontes d
são os principais fenômenos físicos que controlam a eficiência das células solares Tabela
Silício cristalino
Monocristalino 17 a 21,5% 22,9%
Policristalino 14 a 17% 18,5%
Filmes finos
Silício amorfo (a-Si) 4 a 8% 10,9%
Telureto de Cádmio (CdTe) 10 a 16,3% 18,2%
Disseleneto de cobre-índio-gálio (CIGS) 12 a 14,7% 17,5%
Concentrador fotovoltaico (CPV) 27 a 33% 38,9%
Fonte: EPE - TOLMASQUIM ,2016
44
3. DESENVOLVIMENTO
Esta pesquisa é de natureza básica pois descreve processos que contribuem para aumento do
conhecimento sobre os assuntos do tema do artigo, com abordagem qualitativa, pois a forma de
abordagem e questionamentos tem intuído de estimular o leitor a interpretar os conceitos,
fenômenos apresentados no mundo real, Objetivo desta pesquisa é exploratória, (CERVO,
2016)
45
4. Estudo de Casos
O autor procurou levantar casos reais no Brasileiros afim de que este capitulo apresente
discuta como as tecnologias de geração de energia elétrica de grande porte começaram no Brasil,
verificarificando qual potencial de cada, capacidade instalada, comparando quais as vantagens e
desvantagens com dificuldades de implementação e por fim seus custos asssociados.
Adicionalmente são apresentados os custos de implementação da hidroeletica e termoeletrica como
ponto de comparação. A intenção e conseguir informação comparativa entre tecnologias renovaveis e
as tradicionais.
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas
barragens do país, causando uma grave escassez de energia hidoreletrica que gerou racionamentos
de energia eletrica principalmente na região nordeste. (BARDELIN, C.E.A, 2004) conforme
evolução apresentada na figura XX é possível se verificar as condições onde ocorreram o
racionamento de agua deste período o que também provocou a falta de energia elétrica
A primeira gerador de energia Eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992,
cujo projeto foi realizado pelo Grupo de Energia Eólica da Universidade Federal de Pernambuco -
UFPE, com financiamento do Folkecenter (um instituto de pesquisas dinamarquês), em parceria
com a Companhia Energética de Pernambuco- CELPE (ANEEL , Atlas de Energia Elétrica do
Brasil, 2004). Passados 10 dez anos o governo Brasileiro criou o Programa de Incentivo às
46
Fontes alternativas de Energia Elétrica (PROINFA,2004) para incentivar a geração de energia
eletrica por fontes renováveis, como Eólica, Biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
O Brasil realizou o seu primeiro leilão de energia eólica em 2009, em um esforço para diversificar
a sua matriz de energia.
∆16/15= 54,9%
Usinas de geração eletrica fotovoltaica são recentes no Brasil. Em agosto de 2011 foi inaugurada
no município de Tauá , no sertão do Ceará a primeira usina solar fotovoltaica a gerar eletricidade
em escala comercial no Brasil (SOLAR TAUÁ, 212). A usina de Tauá tem capacidade inicial de
geração de 1 MW, o suficiente para suprir 1.500 residências, gerando um total 1,56 GWh por
ano. Para isto estão instalados 4.680 painéis fotovoltaicos com de 280 Wp, em uma área de 12
mil metros quadrados investimento inicial de R$ 10 milhões, contando com apoio de U$ 700 mil do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIN). (BEIGELMAN, B.B)
48
Figura -XX- Vista geral da Usina Solar Tractebel Energia (3 MW)
Fonte: Tractebel Energia- Divulgação, 2017
Duas Usinas de grande porte estão em construção atuaçmente no Brasil a Usina de Ituverava na
Bahia que será a segunda usina e a de Nova Olinda no Piaui ambas da ENEL energia. O Projeto
Ituverava está em contrução na cidade de Tabocas do Brejo Velho com capacidade de 254 MW e
produção anual de energia estimada em 500 GWh e 1,2 bilhão de reais de investimentos. Eo
projeto Nova Olinda com 292 MW e um bilhão de reais de investimnetos.
Uma das novidades no setor é a microgeração distribuída, regulamentada pela Aneel em 2012,
atravez da Norma Resolutiva 482 (ANEEL NR 482, 2012), que estabeleceu regras para a micro até
100 kW e a mini geração entre 100 kW e 1.000 kW ambas do tipo sistema Grid Tie
(OLIVEIRA,D.M, 2015) permitindo co-geração onde consumidores finais gerão sua própria energia
e troquem o excedente por descontos ou créditos na contas de energia eletrica. No tipo sistema
49
Grid Tie com relogio eletrico que gira em ambos os sentidos confome consumo da rede eletrica ou
geração propria.
No Brasil existe uma baixa utilização da energia solar fotovoltaica centralizada atraves de usinas
solares, chamando bastante a atenção quando verificamos as condições favoráveis ao
desenvolvimento da fonte no país. O Brasil (EPE 2017), possui altos níveis de insolação e grandes
reservas de quartzo de qualidade, que podem gerar importante vantagem competitiva para a
produção de silício com alto grau de pureza, células e módulos solares, produtos esses de alto valor
agregado ( CONSULTORIA LEGISLATIVA, 2017).
Os ventos no Brasil são mais intensos de junho a dezembro epoca de inverno, coincidindo com
os meses de menor intensidade de chuvas. Isso coloca a energia Eolica como uma grande fonte
suplementar à energia gerada por hidrelétricas, assim como já fornecem as termoeletricas
(MARQUES, C.P.M). Durante esta estação do ano é psssivel se regular o uso bacias hidrográficas
reduzindo-se o uso das hidrelétricas e em peridos de baixa de volume nos reservatórios, esse tipo de
energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica dos recursos hídricos
existentes no país (MARQUES, C.P.M). O consumo de deneria eolica no brasil crece ano após ano
devido aos investimentos. A Figura – XX apresenta o consumo de energia Eolica no Brasil
50
A maior parte dos parques eólicos se concentram nas regiões nordeste e sul do Brasil
(ABEEOLICA, 2015). No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse
tipo de energia , Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de
Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar até
143,5 GW. Abaixo segue uma mapa com o potencial eólico brasileiro por região:
51
Figura- XX Capacidade Eolica Instalada por estado - Fonte:ABEEolica, 2017
Figura XX: Velocidades medias do Vento no Brasil a 50m de altura Fonte: Atlas do Potencial
Eolico Brasileiro, 2017
Vantagens Dificuldades
Durabilidade do equipamento
4.3.2. Fotovoltaica
53
minimizador minimizado com maior espaçamento entre as fileiras a utilização de ângulos de
inclinação dos módulos fotovoltaicos. Nessa situação, a corrente elétrica total dependerá da célula
mais sombreada, fazendo a corrente elétrica do conjunto tender a zero. Outro fato é que a célula
solar sombreada terá uma carga para as demais que estão em série resultando em uma tensão
inversa, a soma das tensões das outras células provocando um aquecimento denominado de ponto
quente (hot spot). O sombreamento em uma usina fotovoltaica é melhor estimado com a topografia,
mapas e no próprio local com suporte de softwares específicos para simulação de sombras na
localidade (ex: ECOTect, PVSyst. PV‐SOL, etc).
A disponibilidade em instalações fotovoltaicas próximos a 95% de disponibilidade sendo
que em instalações mais recentes, 90% dos sistemas tiveram disponibilidade maior que 90% e 55%
desses, obtiveram disponibilidade igual a 99%, (JAHN E NASSE, 2004), para tanto Nasse realizou
um estudo sobre a disponibilidade anual de 116 sistemas fotovoltaicos em fucionamneto na
Alemanha, Itália e Suíça.
As manutenções emergênciai foram da ordem de 150 com falhas no sistema de aquisição
de dados, inversores, caixas de junções, arranjo fotovoltaico e desconexão CA ocasionadas por
descargas atmosféricas, alta resistência de contato na desconexão CA, falhas no diodo de by-pass,
falta de auto-reset dos inversores e roedores levantados em usina fotovoltaica de 3,51 MWp sendo
que mesmo com com essas falhas a disponibilidade geral foi de 99,4% durante um período de
medição de 5 anos em campo (JAHN E NASSE, 2004). Este estudo foi realizado em 21 intslaçoes
fotovoltaicas durante 10 anos de operação e revelou que os inversores correspondem a 63% das
falhas, os módulos fotovoltaicos 15% e outros componentes 23% obtendo-se em média que as
falhas ocorreraiam a cada 4,5 anos (JAHN E NASSE, 2004).
Vantagens Dificuldades
54
Geração Intermitente
Degradação (Envelhecimento)
Corrosão
Sombreamento, inclinação e
orientação
55
4.4. Custos
4.4.1. Geração Eolica
56
Projeto 5 107,35
Infraestrutura 15 322,05
Equipamentos 60 1.288,20
Financeiro 10 214,70
Ambientais 5 107,35
Transmissão 5 107,35
Para decomposição dos custos de implantação das usinas termoelétricas, verifica-se o grau de
importância que se deve considerar neste tipo de projeto. Os custos dos equipamentos são mais da
metade (60%) do custo total do empreendimento. Em termos de custo de equipamentos, prevalecem
os da caldeira, turbina e geradores. (CPFL, 2015).
Diferente das usinas hidroelétricas, nas usinas térmicas os custos com obras civis são menos
expressivos (15%), visto as características bastante distintas desse tipo de planta geradora, que não
tem reservatório e, portanto não exige a construção de barragens, implicando que usualmente, para
portes semelhantes, o tempo de construção de uma termelétrica será menor. (CPFL, 2015).
Viabilidade e
instalação da 2,0 52,96
infraestrutura
Financeiros (juros
durante a 8,0 211,84
construção)
Esta divisão de custos pode apresentar algumas alterações decorrentes de características próprias de
construção da usina hidroelétrica, tais como: logística de materiais (localidade da usina),
disponibilidade de mão-de-obra, trâmites legais, geologia, entre outras.
58
4.5. Impactos Socio Ambientais
59
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6. CONCLUSÕES
60
Referencias
IEA-International Energy Agency, “World Energy Outlook “, Relatorio , 2016
BP - “Statistical Review of World Energy” , Relatório , Londres, Reino Unido, Junho, 2016
MIT - Joint Program on the Science and Policy of Global Change, 2016 Food, Water, Energy
Climate Outlook , Cambridge , MA, United States, 2016
BRASIL, Balanço Energético Nacional 2017: Ano base 2016 / Empresa de Pesquisa Energética
- Ministério das Minas e Energia. – Rio de Janeiro : EPE, 2017
BRASIL M,T, Tolmasquim, “Demanda de Energia 2050”, Estudos de Demanda, Nota Técnica
DEA 13/15 , Empresa de Pesquisa Energética EPE, Ministério das Minas e Energia: Rio de
Janeiro, 2015,
BRASIL, Oliveira E,B,, “Atlas Brasileiro de Energia Solar”, São Jose dos Campos, CPTEC,
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do INPE”, Instituto de pesquisas
Espaciais e UFSC, Universidade Federal de Santa Catariana, 2016,
BRASIL, EPE- A Empresa de Pesquisa Energética, Consumo anual de energia elétrica por
classe (nacional) – 1995-2016 , Arquivo de dados , 2016
BRASIL, Consultoria Legislativa, Rodrigo Limp Nascimento “Energia Solar No Brasil: Situação
E Perspectivas”, Camara dos Deputados , 2017
BRASIL, Portal Brasil, “Aneel registra mais de 7,6 mil conexões de geração distribuída”,
Ministério da minas e Energia, MME, 23/01/2017 as 19h39
MACHADO, C.F.F “Projeto De Uma Turbina Eólica De Eixo Horizontal”, Monografia , Escola
Politecnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2014
DEIGN, J.” How Big Can Wind Turbines Get?”, Article, Greentechmedia, 2016
62
LIMA, L.C.A, “Desafios Do Desenvolvimento Sustentável: Estudo Sobre As Mudanças Na
Matriz Energética Brasileira”, Escola de Engenharia Química, Universidade Federal
Fluminense, 2016
IEA PVPS Task 7, 2002. Reliability Study of Grid Connected PV systems –Field
Experience and Recommended Design Practice. Report IEA‐PVPST7‐08: 2002.
CHEN, G, Q, Energy Overview for Globalized World Economy: Source, supply chain and
sink Peking University, Beijing ,China, 2017
BITHAS, K,“Revisiting the Energy-Development Link Evidence from the 20th Century for
Knowledge-based and Developing Economies”, Book, 2016
ELLABBAN, O; "Renewable energy resources: Current status, future prospects and their
enabling technology", Renewable and Sustainable Energy Reviews”, 2014
World Economic Forum, “Energy transitions: Past and Future”, IHS Cambridge Energy
Research Associates (IHS CERA), 2013
SMIL, V, “World History and Energy”, University of Manitoba Winnipeg, Manitoba, Canada,
2004,
63
MEDEIROS, N, F, “Grande transição energética”, Agência Canal Energia, Rio de
Janeiro, 2 de agosto de 2017,
Federal Energy Regulatory Commission, , "Annual Report of Major Electric Utilities” FERC
Form 1,2017
International Energy Agency and Nuclear Energy Agency Organization for economic co-
operation and development , “ Projected Costs of Generating Electricity” , 2015.
FRAUNHOFER ISE. “urrent and future cost of photovoltaics: long-term scenarios for
market development, system prices and LCOE of utility-scale pv systems”. Study on behalf
of Agora Energiewende, 2015a
64
GILJUM, S,” Global Patterns of Material Flows and their Socio-Economic and
Environmental Implications: A MFA Study on All Countries World-Wide from 1980 to
2009”, Vienna University of Economics and Business (WU), Vienna, Austria, 2014 ,
IRENA, Internationa Renewblaes Energy Agency, “REthinking Energy 2017 Accelerating the
global energy transformation”, Abu Dhabi, 2017,
REN21” Renewables 2017 Global Status Report “United Nations and BID, Paris, 2017,
SUBERU, M,Y “Energy storage systems for renewable energy power sector integration and
mitigation of intermittency”, Universiti Teknologi Malaysia, 2014,
MING, L, “Review on concentrating solar power plants and new developments in high
temperature thermal energy storage technologies” , University of Sought Australia, Mawson
Kakes and Queensland University of Technology, Brisbane , Australia, 2015,
2017.
Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – “Áreas Especiais IBGE Mapa do Semi
Árido”, 2017,
NREL, National Renewable Energy Laboratory - U,S Departament of Energy , “Power Tower
Projects” ,2017
BEZERRA P, H,, AGRENER GD 2015, 10º “Congresso sobre Geração Distribuída e Energia
no Meio Rural”, USP, São Paulo, 2015,
SCIENTIC AMERICAN MAGAZINE, “New Concentrating Solar Tower is Worth its Salt
with 24/7 Power”, 2017,
66
Solar Energy History Article<http://www,zero-point4energy,com/solar-energy-history,html>
Acesso 07/ 04/ 2017,
67