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Introdução

Todos os dias milhares de litros de combustível saem das refinarias e usinas diretamente
para as estações, permitindo o funcionamento orgânico da sociedade moderna. Com esta
suposição, já parou para pensar como funciona o transporte de combustível (gasolina)? Toda a
operação logística necessária para o abastecimento das estações?

Além de ser um assunto bastante interessante, também traz informações preciosas como
os motivos para o aumento do preço do combustível nas bombas. Este trabalho visa exatamente
isso explicar a dinâmica da logística e transporte de combustíveis (gasolina).

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O transporte de combustíveis é o movimento feito do combustível das refinarias ou
usinas para as zonzonas de abastecimento.

COMO FUNCIONA O TRANSPORTE

O primeiro ponto é entender de onde sai o combustível. Há dois locais específicos: as


refinarias produzem a gasolina e o diesel, enquanto o etanol e as diferentes formas de
biocombustível ocorrem em usinas. Apesar de diferentes na sua produção, todos os combustíveis
possuem um transporte similar para chegar até as distribuidoras e postos de abastecimentos.

A maior parte de toda a logística de combustíveis em Angola é realizada através do


sistema rodoviário. Ou seja: uma alta percentagem da gasolina, e outros combustíveis que
abastecem os veículos dos angolanos é realizada por caminhões que, precisam ter normas e
regulamentações específicas para realizar o transporte dessa carga.

CARACTERÍSTICAS E NORMAIS DE TRANSPORTE

Nas Características de transporte está envolvido várias normais ministradas pelo


Ministério dos Petróleos derivado do Decreto executivo n.º 57/08 de 22 de Abril dentre elas são:

Artigo 2.° (Classificação dos produtos)

Os produtos petrolíferos a que este regulamento diz respeito, classificam-se nas seguintes
categorias:

a) Categoria A — São todos os derivados do petróleo e similares, cujo ponto de inflamação seja
inferior a 23°C, como, gases e éteres de petróleo, gasolinas, certos componentes de misturas
carburantes (benzol, éter sulfúrico, álcool etílico e metálico e produtos semelhantes) e as próprias
misturas carburantes, quando tenham ponto de inflamação inferior a 23°C;

b) Categoria B — São todos os derivados do petróleo e similares cujo ponto de inflamação


esteja compreendido entre 23°C e 55°C, nomeadamente petróleos para iluminação ou outros
“white-spirits”;

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c) Categoria C — São todos os derivados do petróleo similares cujo ponto de inflamação seja
superior a 55 °C, nomeadamente, óleos minerais combustíveis (gasóleos ou diesel-oils, fuel-oils
e análogos), óleos minerais lubrificantes, vaselinas, parafinas, asfaltos, coque de petróleo.

Artigo 3. °

(Classificação dos meios de transporte)

1. Os meios de transporte terrestre para os produtos petrolíferos classificam-se nas


categorias seguintes:

a) Transporte de líquidos a granel:

i) vagões-cisternas

ii) camiões-cisternas.

b) Transporte de mercadorias embaladas:

i) vagões;

ii) veículos automóveis.

Artigo 4.

(Normas de construção de veículos)

1. As diferentes categorias de veículos previstos no n.º 1 do artigo 3. ° devem obedecer as


normas internacionalmente reconhecidas e em particular as seguintes:

a) Os reservatórios ou cisternas devem ser construídos em chapas metálicas (aço e ligas ligeiras
de alumínio ou equivalente), por forma a poderem suportar o trabalho a que são destinados, e ser
absolutamente estanques, para o que serão obrigatoriamente ensaiados a uma pressão nunca
inferior a 1/2 quilograma por centímetro quadrado;

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b) Cada reservatório ou cisterna dos veículos destinados ao transporte de produtos de categoria A
deve possuir uma válvula de respiração convenientemente regulada e provida de dispositivo
contra as chamas, válvula de fundo, válvula de segurança e fio de terra

c) Os reservatórios não devem nunca estar completamente cheios de produto, devendo existir
uma câmara de expansão com, pelo menos, 2% da capacidade total do reservatório;

d) A parede posterior da cabina do condutor dos camiões-cisternas deve ser metálica e


suficientemente afastada da parede do reservatório ou cisterna, 0,74m no mínimo;

e) As tampas de visita dos reservatórios ou cisternas dos veículos abrangidos pelo presente
artigo, devem ser construídas de forma a não poderem produzir faíscas ao fecharem;

f) As varetas de medição ou barras de sonda devem ser construídas em material anticorrosivo e


não contaminante, para se evitar a produção de faíscas.

EX:

Artiga 5.°

(Normas operativas e de Segurança )

1. O pessoal empregue nos Serviços de Transporte de produtos petrolíferos deve possuir os


necessários conhecimentos sobre a sua actividade, devendo regularmente ser submetido a exames
medicos trimestrais e a treinos especializados sobre transportação de substâncias perigosas, prevenção e
luta contra incêndios.

2. Constitui obrigação da empresa transportadora registar as acções de formação do pessoal e


observação das normas intencionalmente reconhecidas, com particular realce para as seguintes:

a) Para os líquidos de categorias A e B transportados em camiões-cisternas:

cada veiculo deve possuir obrigatoriamente um letreiro bem visível com a palavra «inflamável» e
pictogramas indicando as proibições de fumar ou foguear, os limites da velocidade permitida bem como o
código do produto transportado;

o motorista e o ajudante do veiculo devem apresentar-se correctamente uniformizados, respeitando as


normas em vigor relativas a Segurança, ambientes, Saude e ergonomia;

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O PROCESSO COMPLETO

Das refinarias às distribuidora

As refinarias são o ponto de partida dos combustíveis que futuramente chegarão aos tanques dos
diversos automóveis das cidades. As refinarias são as responsáveis por transportar por meio das rodovias
os derivados do petróleo para as diversas distribuidoras de combustível do país.
Esse processo, além de ser o mais demorado dessa linha, é também o que sofre mais risco de roubos,
tendo em vista que os combustíveis são uma mercadoria de alto valor e bem visadas por ladrões.

OS TANQUES E OS PRINCIPAIS CUIDADOS  T

Tanques

O transporte de combustíveis é feito através de tanques, que por sua vez são conduzidos
por caminhões até seus locais de destino. Essa parte do processo também é cuidadosamente
regulamentada, para que não haja problemas e os riscos sejam minimizados.

Os tanques devem possuir seções elípticas, e devem ser revestidos com aço. Suas
dimensões variam de acordo com o caminhão, definidas de acordo com os entre-eixos do
veículo, entretanto os compartimentos possuem, em média, 5.000 litros de capacidade.S

RISCOS

Os cuidados com o transporte são numerosos, pois os diversos combustíveis são


considerados e fiscalizada pelo Instituto Regularizador de derivados de petróleo (IRDP) como
produtos perigosos, isto é, podem oferecer riscos ao meio ambiente e à saúde humana.

Por esse motivo, a logística do transporte deve ser feita com cautela por parte das
distribuidoras, buscando preservar tanto o meio ambiente quanto a saúde humana.

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PROTEÇÃO

Todos os caminhões que transportam combustíveis, além de possuírem tanques devidamente


estruturados, devem estar devidamente sinalizados com placas que indiquem o tipo de produto
transportado. Além disso, os veículos devem conter EPI’s (Equipamentos de Proteção
Individual) para a proteção do motorista em qualquer eventual situação com a carga.(figura 1)

Figura 1. Camião devidamente identificado.

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Conclusão

Conclui que os combustíveis antes de entrar nos tanques dos diversos carros, motos e
caminhões nos postos, cada combustível percorre um longo caminho, partindo das refinarias,
indo até as distribuidoras e só então rumo aos postos de combustível. O transporte de
combustível está longe de ser uma tarefa fácil, segura e simples, pelo contrário, o transporte de
combustíveis além de ser uma tarefa extremamente árdua, também é duramente regulamentada,
principalmente por se tratar do transporte de líquidos inflamáveis (geralmente em grande
quantidade), prezando pela segurança do motorista transportador e das pessoas ao seu redor.

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BIBLOGRAFIA

COMO E FEITO O TRANSPOSTE DE PETROLEO


WEBPOSTO
Decreto executivo n.º 57/08 de 22 de Abril
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