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MODAL DUTOVIÁRIO

NATUREZA DOS DUTOS.

 É única comparada aos outros


meios de transportes pois:
 Operam 24 horas por dia;
 7 dias por semana;
 São limitados apenas pelas
necessidades de troca e
manutenção de material
transportado.
O que são Dutos?

 Os dutos são tubos subterrâneos


impulsionados por bombeamento
para superação dos obstáculos do
relevo.
 São limitados em relação aos
produtos que podem transportar,
somente gases, líquidos ou
misturas.
 O Transporte Dutoviário refere-se à
modalidade de transporte em que o
veículo utilizado compõe a própria
infra-estrutura construída (dutos), o
qual foram desenvolvidos devido ao
avanço tecnológico, permitindo a
remessa de produtos a longas
distâncias .
Pode ser dividido em:

 1 – Oleodutos: cujos produtos transportados


são, em sua grande maioria: petróleo, óleo
combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP,
querosene e nafta, e outros.
 2 – Minerodutos: cujos produtos
transportados são: Sal-gema, Minério de ferro
e Concentrado Fosfático.
 3 – Gasodutos: cujo produto transportado é o
gás natural. O Gasoduto Brasil-Bolívia (3150
km de extensão) é um dos maiores do mundo.
INÍCIO DO TRANSPORTE
DUTOVIÁRIO
 Os primeiros oleodutos para transporte
de petróleo e derivados foram
construídos nos Estados Unidos entre
1875 e 1880.
 No século XX, ampliaram-se as redes de
dutos em diversas regiões do mundo,
especialmente naquelas que são
grandes produtoras de petróleo, como o
Oriente Médio e a antiga União
Soviética, ou grandes consumidoras
como a Europa.
 O primeiro oleoduto de transporte de
hidrocarbonetos com 2” de diâmetro foi
construído em ferro fundido, em 1865, e
ligava um campo de produção a uma
estação de carregamento de vagões a uma
distância de 8 km na Pensilvânia,
 Em 1930 teve inicio o transporte de
produtos refinados entre a refinaria de
Bayway, próximo à Nova York e a cidade
de Pitsburg. Segundo alguns autores trata-
se de um oleoduto pioneiro no transporte
de derivados a grandes distâncias”.
 No Brasil, os primeiros oleodutos também
estiveram ligados ao escoamento das
fontes de produção.
 A primeira linha que se tem registro foi
construída na Bahia, com diâmetro de 2” e 1
km de extensão, ligando a “Refinaria
Experimental de Aratu” ao porto de Santa
Luzia e que recebia o petróleo dos
“Saveiros-Tanques” vindos dos campos de
Itaparica e Joanes, com inicio de operação
em maio de 1942.
 Estrutura de abastecimento de petróleo
e derivados e o transporte;
 Anos 40: inicio da história dos oleodutos
no Brasil;
 Anos 50: os oleodutos do Recôncavo
Baiano e a Rede Nacional de Oleodutos;
 Anos 60: os primeiros oleodutos de
grande extensão;
 Anos 70: uma década de grandes obras
na área de transporte;
 Anos 80: a década dos gasodutos;
 Anos 90: a década dos grandes
polidutos e do gasoduto Brasil-Bolívia.
CARACTERÍSTICAS

 Petróleo bruto e derivados são os


principais produtos ;

Em experiência:
 Transporte de sólidos em suspensão
num líquido, chamado de “pasta fluída”;
 Sólidos contidos em cilindros, que se
movem dentro do líquido.
 A movimentação via dutos é bastante
lenta, sendo apenas cerca de 3 a 4
milhas horárias ;
 A velocidade efetiva é muito maior
quando comparada com outros modos
pois opera 24 horas por dia / 7 dias por
semana;
 A capacidade é alta, pois um fluxo de 3
milhas horárias num tubo de 12
polegadas movimenta 338.000 litros por
hora;
 Tempo de trânsito, o transporte
dutoviário é o mais confiável ;
 Poucas interrupções para causar
variabilidade nos tempos de entrega ;
 Fatores metereológicos não são
significativos ;
 Bombas são equipamentos altamente
confiáveis;
 Danos e perdas de produto são baixos,
pois líquidos e gases não estão sujeitos
a danos no mesmo grau que produtos
manufaturados
“O sistema de transporte por
dutos contribui ainda para
aumentar a segurança nas
estradas e diminuir a poluição
causada pelo tráfego pesado de
carretas: só o oleoduto de Belo
Horizonte, por exemplo,
possibilitou a retirada das
estradas de aproximadamente
1000 carretas por dia”
DUTOVIAS NO BRASIL
A malha dutoviária brasileira é
formada por 400 dutos que somam
15.571 km de extensão.
Desses, 241 dutos ou
aproximadamente 7.500 km, são
utilizados para transportar petróleo e
derivados. Em sua maioria são
dutos terrestres e subterrâneos,
estendendo-se em profundidades
que variam de 90 cm a 1,5 m.
CUSTOS E TARIFAS
 Os custos de capital dominam a
estrutura de custos de operação deste
sistema de transporte. Para haver uma
utilidade neste meio de transporte, onde
o custo não seja alto é importante ter
uma circulação ampla de combustíveis ;

 Para não haver altos custos no


transporte dutoviário é necessário que o
mercado brasileiro e o consumo de
derivados de petróleo estejam
estabilizados;
 Economia de transmissão em larga
escala. Quanto maior o mercado e maior
o diâmetro do oleoduto menores serão
os custos no transporte;

 Os custos de transmissão dependerão


da viscosidade do produto. Quanto mais
viscoso for o produto, tanto maior será o
custo por tonelada - quilômetro para
movimenta-lo;
 Para complementarmos o raciocínio
sobre custos é valido salientarmos sobre
as condições do relevo, pois, o custo
também varia de acordo com as
condições físicas do trajeto;

 No Estado de São Paulo, onde se


localiza com maior freqüência o
transporte dutoviário é na região
Metropolitana.
Nesta região há o predomínio do
Planalto .
TRANSPETRO

 A Petrobras Transporte S.A. - Transpetro


é uma subsidiária integral da Petróleo
Brasileiro S.A. - Petrobras e foi
constituída em 12 de junho de 1998 em
atendimento ao Art. 65 da Lei n.º
9.478/97 que reestruturou o setor, para
atuar no transporte e armazenagem de
granéis, petróleo e seus derivados e de
gás natural, por meio de dutos e navios,
e na operação de terminais.
 Até dezembro de 2001, a estrutura
permitia à Transpetro cumprir seu
principal objetivo: garantir o
abastecimento de todas as regiões do
Brasil.
O gerenciamento regional das
instalações era eficaz e adequado para
atender a seu único cliente, a Petrobras.
 No entanto, o novo cenário do mercado
de transporte dutoviário passou a exigir
mais agilidade nas negociações com
clientes e parceiros. A gestão por
unidades regionais deu lugar à gestão
por processos de negócios.

 Hoje, a unidade de negócio Dutos e


Terminais está dividida em três
processos de Negócio: Oleodutos,
Gasodutos e Terminais Aquaviários.
Com esse novo formato
organizacional, a Transpetro
aprimora a segurança operacional
de suas instalações e a gestão
ambiental, focos prioritários da
empresa.
GASODUTOS - GASPETRO
 Gás Natural:

 Gás associado: é aquele que, no


reservatório, está dissolvido no óleo ou
sob a forma de capa de gás. Neste caso,
a produção de gás é determinada
diretamente pela produção de óleo;
 Gás não-associado: é aquele que, no
reservatório, está livre ou em presença
de quantidades muito pequenas de óleo.
Neste caso, só se justifica
comercialmente produzir o gás.
TRANSPORTE DE GÁS NATURAL PODE
SER FEITO DESSAS MANEIRAS:

 Gasodutos ;
 sob a forma liqüefeita ( Gás liqüefeito
-GNL);
 em navios criogênicos;
 sob a forma de compostos derivados
de líquidos ou sólidos
MINERODUTO

Espírito Santo é maior exportador de


minério de ferro do mundo.

A grande maioria do minério de ferro


exportado no Espírito Santo vem do
interior de Minas Gerais, através de
ferrovias e Mineroduto .
 O MINERODUTO trata-se de uma alternativa
de transporte que tem custo entre três a cinco
vezes menor que o ferroviário. Possui duas
estações de bombas (Mariana e Matipó, em
Minas Gerais) que são responsáveis em
bombear minério de ferro até chegar a sua
elevação máxima, na Serra do Caparaó, onde
está o Pico da Bandeira, um dos mais altos do
país depois daí desce de forma gradativa
impulsionado pela gravidade, e tem duas
estações de válvulas nos municípios de
Guaçuí e Alegre no Espírito Santo,
responsáveis em estar reduzindo a velocidade
do concentrado de minério de ferro, para que
chegue na velocidade normal de 1,8 m/s na
Unidade de Pelotização em Ubú no Espírito
Santo.
 DESCRIÇÃO TÉCNICA:
 A tubulação do mineroduto, construída com
chapas de aço API 5 LX-60, possui 396 km de
extensão, sendo 346 km de diâmetro 20" e 50
km de diâmetro 18". A espessura varia de 8
mm até 19 mm.
 A velocidade de transporte pode variar de
1,5 m/s até 1,8 m/s, com vazões aproximadas
variando de 1.000 m³/h até 1.200 m³/h. O
ponto de maior elevação está localizado na
Serra do Caparaó, com 1.180m.
 O tempo de transporte entre as duas
Unidades é de cerca de 61 horas, com
velocidade média de 1,8 m/s.
 A tubulação é praticamente toda
enterrada a cerca de 1,5m de
profundidade e protegida contra
corrosão, através de revestimento de fita
de PVC e um sistema de proteção
catódica por corrente impressa.

 Sua vida útil projetada era de 20


anos, mas, devido a um melhor controle
operacional e menores taxas de corrosão
e abrasão, estima-se que ela possa ser
estendida para o dobro.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
 O transporte dutoviário define a
mobilidade dos combustíveis. A
organização territorial dos dutos
está fixa em um lugar, o que se
move é o combustível.
 “Art.58 - Facultar-se-á a qualquer
interessado o uso dos dutos de
transporte e dos terminais marítimos
existentes ou serem construídos,
mediante remuneração adequada ao
titular das instalações. Parágrafo 1.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo)
fixará o valor e a forma de pagamento da
remuneração adequada, caso não haja
acordo entre as partes, cabendo-lhe
também verificar se o valor é compatível
com o mercado.” (AEPET, 1997:41)

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