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SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO
APNT (EDIÇÃO 2019/ Turma 01)
NAVIOS PETROLEIROS
Belém – PA
2019
BRAZIL
HELBERT
LUCIENE
ROGÉRIO
NAVIOS PETROLEIROS
Belém – PA
2019
RESUMO
This paper briefly describes the structure of an oil tanker, explaining its main characteristics by
classifying them according to the gross size of each vessel. Describes the main phases of loading
and unloading operations of these ships and main equipment used.
This work was based on manuals such as the ISGOTT and the Management System of Petrobras
Transporte S.A. (Transpetro), on board experience of the components of the work group and
websites. Its purpose is to explain what are the oil tankers, their classification and briefly describe
the operations of loading and unloading of these ships.
Cerca de dois terços do petróleo produzido e comercializado no mundo chegam aos países
importadores pelo mar. São mais de 2,4 bilhões de toneladas de óleo atravessando os oceanos
em cerca de 3.500 petroleiros. Sem a fonte de energia que eles carregam, o mundo sofreria um
apagão global.
A tripulação é composta de apenas 25 pessoas, em média. Com a superestrutura, situada
na parte de trás do navio, deixando o máximo de espaço para a carga.
Fonte: https://gigantesdomundo.blogspot.com/2012/12/o-maior-navio-petroleiro-do-mundo.html
Handysize: - Esse navio petroleiro transporta produtos derivados de petróleo, como diesel,
nafta, gasolina, óleo combustível e querosene de aviação. A capacidade de carregamento está na
faixa de 10 mil a 60 mil toneladas de porte bruto (TPB). É destinado, prioritariamente, à
navegação de cabotagem.
Figura 2 – NT Celso Furtado. Handysize
Foto: http://www.transpetro.com.br/pt_br/promef/homenageados/celso-furtado.html
Fonte:: https://www.marinetraffic.com/pt/ais/details/ships/shipid:156876/mmsi:219332000/vessel:DAN%20CISNE
Aframax: Também é um petroleiro para transporte de óleo cru, e sua capacidade de
carregamento está na faixa de 80 mil a 120 mil TPB. O nome é baseado na terminologia Average
Freight Rate Assessment (AFRA), ou, em português, Valor Médio de Frete.
Fonte: http://shipssantos.blogspot.com/2011_06_14_archive.html
Fonte: https://www.vesselfinder.com/vessels/ATAULFO-ALVES-IMO-9183271-MMSI-311067800
Very Large Crude Carrier (VLCC): Designa os navios petroleiros com capacidade de
carga entre 200.000 e 320.000 TPB.
Figura 5 – VLCC NT Felipe Camarão
Fonte: http://www.navioseportos.com.br/site/index.php/uteis/biblioteca-digital/navios/486-felipe-camarao-1980
Ultra Large Crude Carrier (ULCC): é um termo que designa os navios petroleiros com
capacidade de carga acima de 320.000 TPB.
Os petroleiros, em comparação com outros navios, são mais largos e menos fundos. Isso
para carregar volumes maiores e conseguir navegar em águas mais rasas. Para não perder a
estabilidade, ele precisa estar sempre cheio e para reforço e segurança contra vazamentos, o
casco é duplo. O interior do petroleiro é formado por 8 a 12 tanques enormes, separados por
placas vazadas, cuja função é evitar a formação de ondas dentro da embarcação, pois uma onda
formada por mais de 300 milhões de litros de petróleo poderia até fazer o navio emboarcar. O
casco é duplo, para aumentar a segurança contra vazamentos, regulamentado pela MARPOL
747.
4 OPERAÇÃO DE CARGA DO NAVIO
Como norma geral, um navio que se destina a um porto de carregamento, já foi avisado via
rádio pelo setor de programação, dos produtos que deverão ser carregados, e também, das
diversas cláusulas que envolvem o contrato.
Teremos diversos problemas a considerar, tais como:
1º Problema: A preparação dos tanques para o recebimento da carga, tem a finalidade de
torná-los capazes de recebê-la sem que seja contaminada.
Dois casos podem ocorrer:
a) Transporte de carga idêntica à do transporte anterior; e
b) Transporte de carga diferente da do transporte anterior.
Após o descarregamento, os tanques são limpos com jatos de água que arrancam o óleo
das suas paredes. Esse sistema é chamado de Butterworth. Sobre esse sistema é interessante
saber que foi Fundada por Arthur Butterworth em 1925, Butterworth é o nome mais reconhecido e
líder mundial no fornecimento de limpeza automatizada para tanques marítimos e industriais e
equipamentos e soluções para lavagem.
Fonte: https://www.butterworth.com/intro_port/
5 EQUIPAMENTO DE CARGA
Nesta sessão serão abordados alguns dos principais equipamentos usados nas operações
de carga e descarga de navios petroleiros.
Fonte: http://sinaval.org.br/2017/07/ship-to-ship-ganha-forca/
Os mangotes são classificados pela sua pressão nominal, e essa pressão não deve ser
excedida durante o serviço. O fabricante também aplica um teste de vácuo nos mangotes tanto
para os utilizados na sucçao como para os usados na descarga. Os mangotes padrões são
geralmente fabricados para operar com produtos com temperatura entre -20ºC e 82ºC e, no
máximo, 25% de hidrocarbonetos aromáticos. Tais mangotes suportam também a luz solar e
temperaturas ambientais variando de -29ºC e 52ºC.
Os mangotes devem ser retirados de serviço de acordo com o critério definido. Essa
orientação também se aplica a qualquer mangote de carga dos navios utilizados para as
conexões navio/terminal e qualquer outro mangote flexível conectado a um sistema de
carregamento do navio ou de terra. O navio deve atestar que quaisquer mangotes que forem
fornecidos sejam certificados, adaptados ao seu propósito, e em boas condições físicas e que
tenham sido testadas as pressões.
Para a maioria dos acopladores mecânicos, é exigido que a face do flange das tomadas de
carga do navio seja lisa e livre de ferrugem para que seja obtida uma vedação hermética. Durante
a conexão, deve haver cuidado para que um acoplador mecânico fique centrado em relação ao
flange da tomada de carga e para que todas as cunhas ou garras sejam atracadas ao flange. O-
rings são utilizados no lugar de juntas, estes devem ser substituídos em cada ocasião.
Devido ao risco de movimentos inesperados de ambos (navio e braço), braços com e sem
acionamento durante a conexão e a desconexão, os operadores devem garantir que o pessoal se
posicione bem distante dos braços em movimento e não devem, jamais, permanecer entre o
braço em movimento e a estrutura do navio. Ao conectar braços operados manualmente, deve se
considerar a utilização de dois fiéis para controlar o movimento do bordo a ser conectado.
Fonte: http://www.fluxosolutions.com.br/newsletter-4/bracos-de-carga-promovem-agilidade-e-seguranca-na-
braskem
Em busca de segurança e economia para suas operações, a Braskem instalou dois braços
de carregamento marítimo (Marine Loading Arm-MLA) da FMC Technologies de 16″ x 60′ no
terminal de matérias primas da Braskem (antiga Copene), no Porto de Aratu, Salvador-Bahia.
Cinco navios aportam por mês no terminal da Braskem, cada um com capacidade média
para 40 mil toneladas de produtos entre nafta, condensado ou gasolina. Cada braço descarrega
produtos dos navios com vazão de até 3.600 m³ por hora, alcançando uma média de tempo de 30
horas para cada manobra de descarregamento. A diária de permanência de um navio no porto
custa em torno de US$ 15 mil por dia, chegando-se a um gasto médio de 18 mil por
carga/descarga. Se o mesmo processo fosse realizado por mangotes, que operam com uma
vazão de 200 m³ por hora, seriam necessários 12 dias e meio para a conclusão, com um gasto de
quase US$ 180 mil para a execução.
Os braços da FMC estão equipados com juntas giratórias que permitem que eles
acompanhem o movi- mento do navio, que pode ser horizontal, vertical ou de afastamento do
Píer. Se a movimentação do navio for além da mobilidade dos braços, um mecanismo de
segurança dispara um alarme e, automaticamente, a passagem da carga é interrompida. Se o
afastamento do navio persistir, o sistema desconecta os braços do manifold no navio.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo abordou sobre os navios petroleiros, mostrando um breve histórico, a
estrutura, classificação e como isso impacta na escolha da carga e das operações em que tais
navios estarão engajados.
Com auxílio de publicações atuais e os procedimentos descritos no SMS da Transpetro,
foram descritos os passos a serem seguidos durante carga e descarga. Todos os aspectos de
segurança foram explicados, correlacionando com o uso dos equipamentos envolvidos na
operação.
Com base no que foi apresentado expande-se o conhecimento sobre um componente
chave do transporte e distribuição de energia pelo país e pelo mundo, já consolidado pela sua
importância estratégica na geração de emprego e renda no setor de exploração dos recursos
naturais terrestres.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AÇU Petróleo realiza 1ª operação ship to ship com VLCC. Portos e Navios, 2018. Disponível em:
https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/acu-petroleo-realiza-1-operacao-ship-
to-ship-com-vlcc. Acesso em 5 de maio de 2019.
EXPLORAÇÃO Produção de Petróleo e Gás. Petrobras, 2019. Petrobras, 2013, Disponível em:
http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-atuacao/exploracao-e-producao-de-
petroleo-e-gas/. Acesso em: 12 maio de 2019.
INTERNATIONAL CHAMBER OF SHIPPING. International Safety Guide for Oil Tankers and
Terminals – ISGOTT. 6ª ed. Londres. Witherby, 2006.
PRODUÇÃO Total de Petróleo e Gás da Petrobras Atinge Meta para 2018. Portal EBC, 2018.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-01/producao-total-de-
petroleo-e-gas-da-petrobras-atinge-meta-para-2018 . Acesso em 12 maio 2019.
TUDO sobre navios petroleiros. Royal FIC, 2017. Disponível em: https://www.royalfic.com.br/tudo-
sobre-os-navios-petroleiros. Acesso em: 12 de maio de 2019.