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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

RODRIGO RODRIGUES DE BARROS, RA:N824CG4


FELIPE DOS SANTOS DE MACENA, RA:C880II5
LUCAS LOIOLA SANTOS, RA: N953HF7
HUDSON MARQUES MATHEUS, RA: N940AG0
MIKAEL TOMIMITSU, RA: B568038

PORTOS DE VIAS NAVEGÁVEIS


Tanques de Lastro

SOROCABA/SP
2020
RODRIGO RODRIGUES DE BARROS, RA:N824CG4
FELIPE DOS SANTOS DE MACENA, RA:C880II5
LUCAS LOIOLA SANTOS, RA: N953HF7
HUDSON MARQUES MATHEUS, RA: N940AG0
MIKAEL TOMIMITSU, RA: B568038

PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS


Tanques de Lastro

Trabalho da matéria Portos e Vias


Navegáveis para obtenção de título de
graduação em Engenharia Civil apresentado
à Universidade Paulista – UNIP

Orientador: Flora, Samuel.

SOROCABA/SP
2020
RESUMO
O conteúdo consiste em mostrar um pouco sobre o tema tanque de lastro, com um
tema mais voltado para o meio ambiente, passando também por alguns tipos de
tanques, suas características e possíveis soluções para um uso mais racional da
água do mar, respeitando sempre o meio ambiente.
SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6

2 TANQUE DE LASTRO ............................................................................................. 7

3 TANQUES DE FUNDO DUPLO ............................................................................... 7

4 TANQUES DE ASA .................................................................................................. 8

5 TANQUES DE TREMONHA..................................................................................... 8

6 INTEGRIDADE DOS TANQUES .............................................................................. 9

7 PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS ........................................................................ 9

8 AVALIAÇÃO DE RISCO DA ÁGUA DE LASTRO .................................................. 11

9 LEVANTAMENTO dA BIOTA PORTUÁRIA ........................................................... 11

10 GESTÃO DA ÁGUA DE LASTRO ........................................................................ 12

11 ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DA ÁGUA DE LASTRO ....................... 12

12 CONCLUSÃO....................................................................................................... 13

13 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 14
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1 INTRODUÇÃO

A expansão das fronteiras do comércio internacional criou a necessidade de


desenvolver o transporte marítimo. Navios são empregados para o transporte dos
mais variados tipos de cargas, respondendo por aproximadamente 80% do
transporte mundial de cargas. Muitos destes navios são utilizados em viagens
oceânicas em diversas rotas, sendo que algumas condições navegam em um
sentido completa ou parcialmente carregados e na viagem de retorno nem sempre
dispõem de cargas de retorno.
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2 TANQUE DE LASTRO

Os navios carregaram lastro sólido, na forma de pedras, areia ou metais, por


séculos. Nos tempos modernos, as embarcações passaram a usar a água como
lastro, o que facilita bastante a tarefa de carregar e descarregar um navio, além de
ser mais econômico e eficiente do que o lastro sólido. Quando um navio está
descarregado, seus tanques recebem água de lastro para manter sua estabilidade,
balanço e integridade estrutural. Para o navio descarregado o lastro é de extrema
importância, pois sem carga pode-se correr um grande risco, o navio pode ficar
descontrolado e até mesmo partir-se ao meio e afundar. Quando o navio estiver
carregado, a água é lançada ao mar.
Os tanques podem ser, tanques de fundo duplo, que se estendem através da largura
do navio, tanques de asa, se estende da popa da quilha até o convés e os tanques
de tremonha, que geralmente ficam numa seção entre o casco e o convés principal
no canto superior.
Estes tanques de lastro estão ligados às bombas, onde sua função é levar essa
água para dentro ou para fora, assim adicionando peso para manter-se a
estabilidade, manter o navio seguro e com uma ótima eficiência operacional.

3 TANQUES DE FUNDO DUPLO

O tanque de fundo duplo consiste em duas camadas completas: camada exterior


formando o casco tradicional do navio, e uma segunda interior, que assim forma
uma barreira para o caso de o casco vir a danificar-se e criar vazamentos.
Fundos duplos são mais seguros que os individuais (fig. 1 e 1.1), pois em casos de
danificação, limita-se a inundar estes compartimentos inferiores, permanecendo o
restante intacto. Logo são amplamente usados em navios de passageiros, conforme
convenção SOLAS. Utilizado também por petroleiros, para maior cuidado com o
meio ambiente já que é uma proteção extra para o caso de vazamento de óleo.
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Figura 1 – Navio petroleiro (Fonte – Lince Next Level)

Figura 2.1 - Tanque de lastro


duplo (Fonte – Lince Next
Level)

4 TANQUES DE ASA

Os tanques de asa são usados nos dias de hoje em conjunto com os de fundo duplo,
sua característica é aumentar a carga que pode ser usada de lastro e usado como
plataforma para manobra de máquinas devido ao seu posicionamento.
O tanque de asa é bastante utilizado em navios petroleiros e cargas, por conta de a
enorme vantagem de poder mover parte de um possível vazamento da carga para
esses tanques evitando assim um desastre maior.

Figura 3 - Tanque de Asa (Fonte – Lince Next Level)

5 TANQUES DE TREMONHA

Os tanques de tremonha são tanques de carga, utilizado para inundação ou como


alguns chamam, porão alagável. No geral, grande parte dos navios já possuíram,
sendo muito utilizado para abaixar o centro de gravidade do navio e possibilitar que
esses navios passem por pontes mais baixas.
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Os tanques de tremonha vêm caindo em desuso devido ao risco de inundação


interna do navio, mas hoje utilizam esses tanques para outros fins, como por
exemplo armazenamento de água limpa.

Figura 4 - Tanque de Tremonha (Fonte – Lince Next Level)

6 INTEGRIDADE DOS TANQUES

Os tanques de lastro muitas vezes constituem uma grande quantia de aço do navio,
logo deve-se ter um grande cuidado com a integridade estrutural dos tanques para
que o navio tenha uma segurança operacional ainda melhor. Por conta das diversas
trocas de água que são feitas para que o navio continue a navegar, há chances de
que o navio sofra com corrosões.
Um método eficiente para o cuidado com os tanques de lastro é a tinta. Há
empresas que são qualificadas a fazer o serviço no navio, pois deve-se ter um
cuidado especial para que seja feito da melhor forma possível, tudo isso para que o
tanque de lastro tenha sua vida útil maior. Esse processo deve ser feito durante a
construção do navio, ser revisado durante as paradas em docas secas e durante a
manutenção realizada pela tripulação.

7 PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS

A água de lastro levado no tanque de um corpo de água e descarregado num outro


corpo de água pode introduzir espécies invasivas de vida aquática. A tomada de
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água a partir de tanques de lastro tem sido responsável pela introdução de espécies
que causam danos ambientais e econômicos, assim podendo causar problemas
ecológicos.
Pelo fato de trazer espécies exóticas dentro dos tanques dos navios, os organismos
que são introduzidos pela água do lastro variam contendo até peixes de 30
centímetros, afinal os organismos que em seu estágio larval ou planctônico, se
localizam na superfície, podem ser captados pelo navio, quando se estabelecem no
novo habitat, desenvolvem-se para seu estágio adulto. Entre as espécies que tem o
potencial de serem transportadas estão às anêmonas, cracas, caranguejos,
caracóis, mexilhões, ouriços do mar, entre outras. Agentes patogênicos também já
foram encontrados na água de lastro.
A maioria das espécies marinhas possuem ciclo de vida planctônico, ou seja, são
organismos que têm pouco poder de locomoção e vivem livremente na coluna
d’agua. Por conta do navio encher seu lastro no porto onde fazem o
descarregamento, essas espécies, ovos, cistos e larvas de organismos maiores,
bactérias e alguns invertebrados são dispostas dentro do navio, logo seguem
viagem direção a outro porto, mas nem todas as espécies sobrevivem a essa
viagem, e as que sobrevivem, ao serem despejadas em outro ambiente, muitas
vezes não se adaptam e acabam morrendo posteriormente, com tudo, outras
espécies mais exóticas por sua vez adaptam-se ao novo ambiente podendo manter
sua reprodução e até mesmo ter dominância de sua espécie naquele novo local.
Um exemplo de espécie marinha introduzida em outro ambiente por meio da água
de lastro é o mexilhão zebra Dreissena polymorpha, uma espécie nativa da Europa
que invadiu grandes lagos ao norte dos Estados Unidos, provocando gastos de
milhões de dólares por ano para seu controle.
Outro problema agravante sobre o tema de água de lastro é que não há um controle
efetivo internacional, pois também existe o perigo de se transportar doenças
epidêmicas ou produtos tóxicos.
O Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério do meio ambiente estão
realizando estudos sobre o tema e a Organização Marítima Internacional (IMO) junto
com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estão coordenando estudos sobre a
temática.
A última epidemia de cólera na América do Sul é um exemplo clássico. O vibrião que
transmite a doença, originário da Ásia, voltou para cá em 1991 por causa de um
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navio chinês que trouxe água de lastro contaminada e aportou no Peru. Naquele
ano, só no Brasil, a doença fez 33 mortos, número que subiu nos dois anos
seguintes para, respectivamente, 462 e 650 casos.

8 AVALIAÇÃO DE RISCO DA ÁGUA DE LASTRO

Membros da organização Marítima internacional tem significativa flexibilidade no


controle de água de lastro. Países podem escolher aplicar um regime uniforme a
todos os navios para esse controle ou então avaliar de forma seletiva de acordo com
cada navio levando em conta o nível de risco.
A principal vantagem em ter um sistema de controle uniforme para todos os navios é
a simplificação de administração, pois dessa forma as autoridades do porto não
terão “julgamentos” para decidirem qual navio deve ou não ser vistoriado. E a
principal desvantagem desse sistema é que o custo iria aumentar para efetuarem a
inspeção dos navios.
Alguns países estão adotando um sistema com uma medida mais seletiva que é
baseado no risco da viagem, pois desta forma diminuiria o número de navios que
seriam vistoriados, visando sempre evitar algum organismo em específico como por
exemplo, dinoflagelados tóxicos.

9 LEVANTAMENTO DA BIOTA PORTUÁRIA

Estes membros são encorajados por diretrizes da Organização Marítima


Internacional a realizarem pesquisas biológicas em seus portos com o objetivo de
minimizarem a chance de transferência de espécies. Uma vez que as informações
sobre a real procedência dos navios são limitadas esse levantamento biológico do
porto torna-se vital.
Esse levantamento de dados bióticos deve incluir diversas áreas como:
microrganismos, plâncton, bentos e nécton. Esses dados levantados devem receber
atenção especial de um especialista para que possa minimizar ainda mais a chance
de transferência de espécies.
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10 GESTÃO DA ÁGUA DE LASTRO

Algumas medidas para a gestão da água de lastro de navios são:

Adestramento e formação da tripulação dos navios;


Procedimentos para navios e Estados do Porto (Port States);
Procedimentos para registro e informação;
Procedimentos operacionais dos navios;
Considerações relativas ao Estado do Porto;
Imposição e monitoramento pelos Estados do Porto;
Considerações futuras com relação à troca da água de lastro;
Orientação sobre os aspectos de segurança da troca da água de lastro no mar.

11 ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DA ÁGUA DE LASTRO

O tratamento da água de lastro para livrá-la de um potencial espécie invasora


constitui um grande desafio que precisa ainda ser equacionado. Muitas espécies
contidas nos tanques de lastro podem ser potencialmente invasoras;
consequentemente um único tratamento preventivo pode não ser eficaz. Por isso,
em muitos casos, está sendo sugerido o uso de dois ou mais métodos em conjunto
para tentar aniquilar o maior número de organismos de uma só vez. A dificuldade de
conjugar a eliminação das espécies com um tratamento 100% efetivo recomendado
pela IMO tem aberto uma grande fronteira para pesquisas e desenvolvimento
tecnológicos. Contudo, recomenda-se aos armadores e comandantes das
embarcações utilizarem os procedimentos a bordo dos navios para remediar o
problema. Para isso, é necessário conseguir o comprometimento da tripulação para
execução de tais procedimentos é outro desafio que precisa ser encarado.
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12 CONCLUSÃO

A humanidade vem evoluindo a cada ano mais, sempre estamos buscando novos
métodos para aprimorar um material ou serviço. Os produtos são o que movem a
economia do mundo, por isso vimos a necessidade de outros meios de transporte
para que aquele determinado produto possa chegar até o seu destino de forma
segura e com qualidade. Por isso os navios foram de suma importância para a
humanidade, pois apesar de ser um meio de transporte lento é bem eficaz em
questões de cargas, diferentes de aviões. Mas devemos sempre levar em
consideração todos os pontos ao qual essa evolução partirá, porque sempre haverá
consequências, temos exemplo do meio ambiente.
Ou seja, estamos em constante evolução, mas sabendo avaliar as situações de
formas claras, podemos melhorar não somente o foco da necessidade e sim tudo
que aquela melhoria englobará.
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13 REFERÊNCIAS

HTTPS://OVISTO.UFSC.BR/2019/04/12/A-TRANSFERENCIA-DE-AGUA-DE-
LASTRO-POR-NAVIOS-COMO-UMA-AMEACA-AO-ECOSSISTEMA-MARINHO-E-
A-CONVENCAO-INTERNACIONAL-CRIADA-PARA-MITIGAR-ESSE-PROBLEMA/

HTTPS://WWW.MMA.GOV.BR/QUEM-%C3%A9-
QUEM/ITEMLIST/CATEGORY/111-AGUA-DE-LASTRO.HTML

HTTPS://INSTRUMENTOS-LINCE.COM.BR/APLICACAO/TANQUE-DE-AGUA-DE-
LASTRO/

https://portogente.com.br/portopedia/74057-lastro-de-
navios#:~:text=O%20lastro%20consiste%20em%20qualquer,o%20navio%20n%C3
%A3o%20est%C3%A1%20carregado

https://www.hempel.com.br/pt-BR/marine/ballast-tanks

http://salvador-nautico.blogspot.com/2010/10/duplo-fundo.html?m=1

https://www.fau.usp.br/depprojeto/labnav/indexjsp.htm

https://instrumentos-lince.com.br/aplicacao/tanque-de-agua-de-lastro/

http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/pergamum/biblioteca/index.php

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