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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO
CAMPUS SÃO LUÍS - MONTE CASTELO
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ANDRESSA RACKELL MENEZES DOS REIS


RODRIGO FRAZÃO DE OLIVEIRA
THAMYRES DA SILVA BRANDÃO PEREIRA

ESTUDO DAS ÁREAS DE MANOBRA NOS PORTOS

SÃO LUÍS
2023
ANDRESSA RACKELL MENEZES DOS REIS
RODRIGO FRAZÃO DE OLIVEIRA
THAMYRES DA SILVA BRANDÃO PEREIRA

ESTUDO DAS ÁREAS DE MANOBRA NOS PORTOS


Trabalho apresentado à disciplina de
Infraestrutura de Aeroportos, Portos e Vias
Navegáveis, ministrada pelo Prof.º Dr.
Rodrigo de Azevedo Neto, como requisito
para obtenção da segunda nota da disciplina.

Orientador: Prof.º Dr. Rodrigo de Azevedo


Neto

SÃO LUÍS
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3

2 COMPONENTES AQUÁTICAS ......................................................................... 4

3 BACIA DE EVOLUÇÃO .................................................................................... 6

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 8
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1 INTRODUÇÃO

Manobrar navios é uma habilidade que, no caso de navios mercantes, é mais


frequentemente requerida quando estes se movem a velocidades relativamente
baixas em ou próximos a um porto. No mar, a velocidades altas, o navio estará
normalmente sob o controle de um Piloto Automático ao passo que, no porto, estará
sob controle humano, sendo o condutor do navio geralmente um prático ou alguém a
quem, por cujo conhecimento local do porto e do navio (por meio da prática frequente),
tenha sido conferida isenção de praticagem.

No porto, o calado é normalmente limitado, existirá mais tráfego próximo à


embarcação do que em mar aberto e haverá outros navios atracados, margens e
obstruções pelos quais se deverá passar. O navio terá que diminuir a velocidade,
parar, girar e atracar, possivelmente sozinho ou com o auxílio de rebocadores. A
atracação deve ser feita com precisão e com a velocidade do navio tão baixa quanto
possível quando tocar as defensas.

O serviço de praticagem envolve tipos de ações distintas relacionadas às


manobras náuticas: a praticagem de singradura ou de atracar, desatracar e fundear
os navios e outras manobras marinheiras. O prático é o profissional que, uma vez
habilitado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) – Organização Militar da Marinha
do Brasil, está em plenas condições de exercer os serviços de praticagem, somente
na respectiva Zona de Praticagem (ZP) para qual está habilitado, para qualquer
embarcação que venha a trafegar nessa ZP. A presença do prático a bordo das
embarcações por ocasião das manobras em águas interiores é imprescindível à
segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana, à preservação do meio
ambiente e à proteção do patrimônio público e privado.
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2 COMPONENTES AQUÁTICAS

As componentes aquáticas dos portos, normalmente podem ser divididas em


três partes: o canal de acesso, o ante-porto e o porto propriamente dito, com sua bacia
de evolução e instalações de acostagem.

O canal de acesso liga as profundidades existentes em alto mar às instalações


aquaviárias internas do porto, permitindo a entrada dos navios nas instalações
portuárias. Os canais de acesso são caracterizados por sua profundidade, largura,
inclinação dos taludes laterais e curvas, quando existirem. Devem ser o mais retilíneos
possíveis e alinhados na direção dos ventos. Normalmente são balizados e suas
profundidades podem ser mantidas naturalmente ou artificialmente. Normalmente,
são dimensionados de modo a permitir o cruzamento de dois navios trafegando em
sentidos contrários.

Figura 1: Canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes


Fonte: Internet

O ante-porto (ou área de fundeio) é área marítima onde os navios fundeiam


quando entram no porto, aguardando a visita das autoridades policiais, aduaneiras e
da saúde, a fim de desembaraçar o navio, permitindo a atracação. O ante-porto, ou
área de fundeio, deve ser dimensionado de forma que os navios aí fundeados possam
girar em torno do ponto de atracação.
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Figura 2: Pontos de fundeio na Enseada de Porto Belo


Fonte: Internet

Finalmente, o porto é onde se encontram as instalações de acostagem dos


navios em frente às quais se estende à bacia de evolução das embarcações que
atracam o porto. A bacia de evolução serve para as manobras de giro dos navios. Em
geral, esta operação é realizada com o auxílio de rebocadores. Quando não, poderão
ocorrer acidentes como: a embarcação sair fora da área de evolução, pelos efeitos de
corrente ou pela inércia do navio, indo de encontro ao porto ou até mesmo encalhar.
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Figura 3: Porto de Pecém - CE


Fonte: Internet

3 BACIA DE EVOLUÇÃO

As bacias de evolução são as áreas de manobras onde as embarcações


realizam os giros necessários para a atracação ou desatracação. A localização de
uma bacia de evolução para as manobras de atracação e desatracação deve estar
protegida de ondas, fortes correntes e ventos, bem como livre de passagem de dutos
e cabos submarinos, e outras obstruções.

A dimensão da bacia de evolução é função do comprimento e da


manobrabilidade da embarcação-tipo, bem como do tempo disponível para efetuar a
manobra (se o tempo permitido for reduzido, o diâmetro da bacia de evolução
aumenta). A profundidade é calculada de forma semelhante aos canais de acesso,
desconsiderando os itens ligados ao movimento da embarcação, sendo a folga sob a
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quilha de no mínimo 1 m, valor adotado também para os berços de atracação, para


evitar que a embarcação assente no fundo.

A dimensão ótima de uma bacia de evolução consiste numa área circular cujo
diâmetro é 4 vezes o comprimento da embarcação-tipo. Uma dimensão intermediária,
que oferece maior dificuldade de giro, corresponde a 2 vezes o comprimento da
embarcação-tipo, tomando mais tempo de manobra e utilizando, além dos recursos
de máquina e leme da embarcação, a assistência de rebocadores.

Figura 4: Bacia de Evolução do Complexo Portuário do Rio Itajaí


Fonte: Internet
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REFERÊNCIAS

ALFREDINI, P. Obras e Gestão de Portos e Costas. São Paulo, Edgard Blucher,


2015.
AZEVEDO NETO. J, M et al. Manual de Hidráulica. São Paulo, Edgard Blucher,
2014.
BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia hidráulica. Belo Horizonte:
UFMG, 2014.

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