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Instituto de Tecnologia
DISCIPLINA
PORTOS
Autor: Prof. Dr. Hito Braga de Moraes
1 – CONCEITUAÇÃO
2.8 – Áreas contíguas que permitam a instalação de: Armazéns, indústria, estação
de passageiros, comércios e etc;
3.5 – DOLFINS DE AMARRAÇÃO: são colunas que servem para amarração das
embarcações.
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Sob o ponto de vista operacional, o aumento do porte dos navios pode gerar as
seguintes restrições.
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Exemplo 2: porto Barra do Riacho (norte de Vitória). Seu hinterland é definido para
o embarque de celulose. A previsão da carga está ligada a plantação de celulose junto ao
porto.
O hinterland mesmo quando bem definido pode mudar quando muda, por exemplo:
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6.2 – FORELAND
A evolução tecnológica também se verifica para os portos. Porém nem sempre elas
podem ser aplicadas e incorporadas a um porto já existente.
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O local escolhido pode oferecer boas condições de abrigo e proteção à ação do mar
ou exigir obras especiais de defesa.
Caso não possamos dispor destas condições, impõem-se obras adicionais de abrigo,
tais como, molhes e quebra-mares, além de serviços de dragagem que, muitas vezes,
representam investimentos de mesma ordem de grandeza ou mesmo superiores aos
investimentos correspondentes às estruturas acostáveis.
Uma tentativa de classificação das obras acostáveis pode ser formulada mediante
diversos pontos de vista.
Internos
Externos
Off-Shore
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a) Porto de Itajaí
O problema do porto em curva está nos navios de carga geral que possuem
diferentes tamanhos. Outro inconveniente de um porto curvo localizado em estuário é o
raio da curva que pode dificultar ou restringir a manobra do navio.
O arranjo portuário, neste caso, é em função das curvas. Os berços são quebrados,
limitando o tamanho do navio.
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Para conter os problemas de correntes e fortes ondas, são construídos, junto aos
portos, obras de abrigo para proteger os navios contra a agitação produzida pelas ondas e
correntes marítimas, tais como: molhes e quebra-mares. Exemplos de portos externos:
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Estão localizados ao largo da costa (não aderentes à mesma). Podem ser ligados ou
não a terra. Exemplos:
a) Porto de Aracajú
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A ciência geotécnica e a mecânica dos solos têm papel de relevância no projeto das
obras portuárias, uma vez que, pela gênese da formação dos estuários, os terrenos nestas
regiões costumam ser de natureza argilosa e altamente compressíveis, exigindo trabalhos
de consolidação e estabilização. Assim, a Geotécnica e a Mecânica dos Solos emprestam
seus ensinamentos no estudo das fundações das obras portuárias, no estudo da
estabilidade dos terraplenos do retroporto e dos pátios de estocagem, no estudo da
estabilidade geral de estruturas maciças, tais como dolfins, cais de cortina etc.
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No exemplo a seguir, podemos verificar uma outra solução, com terminal constante
de elementos discretos. Trata-se de uma solução em carregador setorial, adotada para
terminais de minérios.
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A céu aberto
Estocagem Verticais
Em Silos
Horizontais
Moegas rodo-ferroviárias
de Pátio Correias transportadoras
Stackers / Reclaimers
São cais contínuos para atender os diversos porões dos navios através de
guindastes que se movimentam ao longo do cais.
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11 – LAYOUT PORTUÁRIO
Navios
Tipos de carga
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a) LARGURA DO FUNDO
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a) BERÇO DE ATRACAÇÃO
Unidades que permitem a atracação dos navios. É uma das unidades mais
importantes do lay-out de um porto.
OBSERVAÇÕES:
O cais sempre deve está alinhado com a direção da corrente d'água (escoamento).
Os berços sempre que possível deverão está localizados o mais próximo possível da
isóbata (curva de mesma profundidades)
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Figura 26 – Molhes
Na figura 27 temos uma solução típica para um terminal tipo externo, constando
de um berço de atracação, protegido por um molhe em L e ligado à zona de retroporto
por uma longa ponte de acesso. A figura 27 mostra ainda uma solução dita "estuarina" ou
entravada no litoral (porto escavado). Esta solução é muitas vezes adotada em zonas de
estuários, em que os trabalhos de dragagem são complementares a um delta ou bacia
fluvial existente.
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As obras externas são utilizadas para dar abrigo às instalações portuárias. Podem
ser de dois tipos básicos:
a) MOLHES: Os molhes de abrigo são obras que têm uma de suas extremidades
ligadas em terra (os molhes podem impedir o transporte de sedimento).
Natural
De paramento inclinado De enrocamento Quebra-ondas
Artificial
Mistas Mistas Mistas
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a) TÉCNICOS
Sob esse ponto de vista, são examinados os seguintes aspectos:
Em locais sujeitos a recalques diferenciais as obras devem ser, necessariamente,
refletivas.
Para a obra ser refletiva, será necessário que esteja situada em locais onde p
>2H, Sendo: p – Profundidade local; 2H – Altura de onda de projeto.
b) ECONÔMICOS
Deverão ser levados em conta os seguintes aspectos:
As obras refletivas, em princípio, poderão ser mais econômicas, em virtude de
ter um perfil transversal menor.
As avarias em obras de abrigo só podem ser reparadas em obras do tipo
quebra-mar; avarias em obras refletivas significam, normalmente, perda total da
obra.
c) CONSTRUTIVOS
Deverão ser avaliados:
Distância das pedreiras, no caso das obras de enrocamento.
Condições de agitação durante a construção.
Para atingir este objetivo, devemos, em obras portuárias em mar aberto ou baías
menos tranqüilas e sujeitas à ação de ondas ou correntes de maré, projetar obras de
molhes ou diques de proteção, de modo a reduzir o grau de agitação a níveis toleráveis.
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O primeiro aspecto do problema deve ser estudado com base na análise dos efeitos
de reflexão, refração e difração das ondas ou no estudo do campo de correntes, quando
se tratar de obras expostas à ação de correntes de maré ou outras.
Os molhes ou diques de proteção contra a ação das ondas são de dois tipos:
Os molhes de proteção contra a ação das correntes são também constituídos, via
de regra, por espigões de elementos rochosos naturais ou artificiais. A Figura 30
apresenta alguns tipos de tetrápodos e enrocamentos de pedras naturais.
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Os diques de proteção contra as ondas são do tipo que provoca sua ruptura
ou do tipo refletor. A Figura 31 apresenta cortes transversais típicos deste tipo de
obras.
A cota do topo do molhe deve ser fixada de modo a evitar a passagem das ondas
sobre a crista, seja pela altura da onda ou pela sua ascensão ao longo do talude (wave
runtip).
Na Figura 31(b), tem-se a seção típica de um dique refletor de ondas. Estes diques
são, em geral, projetados de modo a criar um anteparo vertical, capaz de refletir as ondas
progressivas neles incidentes, gerando ondas estacionárias ou clapolis. A altura do dique
deve ser compatível com a altura do clapoti, que é igual ao dobro da altura da onda
progressiva incidente.
Ambos os tipos de molhe ou dique têm, em geral, uma pista ou via de trânsito em
seu coroamento.
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Estes molhes, cuja seção típica é indicada na Figura 31(a), provocam a ruptura da
onda, quando esta ascende pelo talude de incidência. O fenômeno é semelhante ao da
ruptura da onda num fundo de profundidade decrescente.
Admitiremos aqui que ocorreu a ruptura da onda e vamos apresentar fórmulas que
permitem dimensionar os blocos componentes, em função da altura H da onda do projeto.
Kd . H 3 .dr
P
(Cos Sen ) 3 (dr 1) 3
Onde:
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Na Figura 32, está representada uma onda de altura H, que rompe num talude de
enrocamento, de inclinação α.
A espessura da camada de proteção sujeita ao ataque direto das ondas deve incluir
um mínimo equivalente a três camadas de elementos, cujo peso P é determinado pela
fórmula anterior. Teremos, assim, para a espessura da camada de proteção,
aproximadamente.
e = 3 3√ P/ sendo o peso específico do enrocamento ou blocos.
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e = 2 3√ P/
A espessura e pode ser variável ao longo do talude pelo fato de podermos diminuir
a dimensão dos elementos de enrocamento ou blocos com a profundidade, em relação ao
nível da água.
De fato, a altura de onda H, que figura na fórmula, pode ser substituída pelo raio
das trajetórias orbitais das partículas fluidas e que diminuem com a profundidade.
Podemos, assim, escalonar decrescentemente estas espessuras, obtendo e1 , e2, e3 etc.
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Para evitar a ruptura da onda, a profundidade mínima do fundo deverá ser H1>
4a, sendo "a" a amplitude da onda. Da mesma forma, a profundidade mínima acima do
nível do enrocamento da base deverá ser H2 > 3a
A elevação H3 da crista do dique, acima do nível máximo da água, deverá ser tal de
modo a impedir a passagem das ondas.
A principal diferença é a de que, nos molhes contra a ação das correntes, não
podemos, em geral, fazer variar as dimensões dos elementos, adotando unidades
menores no núcleo e unidades maiores no manto de proteção, como nos molhes contra a
ação das ondas.
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Uma fórmula, neste sentido, foi deduzida por S. V. lzbash , com o intuito de aplicá-
la aos diques de enrocamento que servem para o fechamento dos rios, na construção de
obras hidráulicas.
Para condições usuais das rochas, pode-se calcular o diâmetro do bloco como:
Dr = Vm2 .
K . 2g( λr – 1 )
λa
3
P= λr . π Dr = λr . Vm6 .
6 6 K3 (2g)3 ( λr - 1 )3
π λa
Onde:
P = peso mínimo dos blocos (tf)
K = coeficiente adimensional
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Com esta fórmula, podemos dimensionar o peso dos blocos de rocha para os
molhes proteção contra as correntes. Verificamos que o peso dos blocos varia com a sexta
potência da velocidade, decorrendo daí a importância de uma fixação correta da
velocidade corrente no projeto.
As obras internas são utilizadas para acostagem dos navios nos portos. Algumas
dessas obras servem, também, para a amarração dos navios, sendo complementares às
obras de acostagem, propriamente ditas. As obras de acostagem mais usuais são:
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Os trapiches são estruturas paralelas ao litoral sem que, no entanto sejam a eles
contíguas. São, normalmente, ligadas ao litoral por passarelas que permitem o acesso à
obra de acostagem.
Os duques d’Alba são obras isoladas que servem à amarração dos cabos dos
navios, sendo usualmente construídas no mesmo alinhamento (ou um pouco mais a ele
recuadas) dos maciços centrais de amarração dos navios. Neste caso, podem ser
consideradas como obras complementares dos berços de atracação.
Cais Litoral
Figura 38 – Cais
Dársena
Molhe
Figura 40 – Trapiche
Figura 41 – Pontes
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As obras de acostagem são construídas no interior dos portos, sendo utilizadas para
a operação de carga e descarga dos navios. Servem, basicamente, para:
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São considerados acessórios para amarração dos navios os elementos para fixação
segura dos mesmos junto às obras de acostagem, durante as operações de carga e
descarga. Os tipos de acessórios mais utilizados são os cabeços de amarração e os
ganchos de desengate rápido.
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13 – LAYOUT TERRESTRE
* VIAS DE ACESSO
* INSTALAÇÕES DE APOIO
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13.4 – TANQUES: Não se deve alocar a área de tancagem junto ao cais, pois os
tanques podem ser abastecidos por oleodutos, sendo assim, deve-se reservar as áreas
próximas ao cais (área nobre) para a instalação de armazéns ou pátios.
13.5 – VIAS DE ACESSO: O acesso para uma instalação portuária pode ser:
Rodoviário
Ferroviário
Hidroviário
a) Porto do Rio Grande – RS: a metade da carga que chega ao porto vem por
meio do transporte hidroviário.
Área de administração
Oficinas
Subestação
Reservatório d'água
Parque de estacionamento
Balança
Portões de entrada
etc.
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É usual que nesta etapa ainda estejam sendo estudadas várias alternativas de
localização portuária. A partir dos dados coligidos nessa fase de Estudos Prévios, em geral,
é possível se restringir esse número para, no máximo, duas ou três alternativas.
Também nessa fase elaboram-se os estudos em modelo físico e/ou matemático que
permitirão uma definição mais precisa das obras de abrigo do porto (se for o caso) e das
obras de proteção costeira (se também for o caso).
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16 – OPERAÇÃO PORTUÁRIA
A operação portuária, de um modo geral, pode ser dividida em três fases distintas:
1. PLANEJAMENTO
2. EXECUÇÃO
3. CONTROLE
Deve, nesta fase procurar garantir ao porto as melhores condições para que as
operações que possam ser realizadas o façam, idealmente, de maneira produtiva e
racional.
Para isso o setor operacional do porto deve contar com uma estrutura de recursos
humanos tecnicamente qualificados e capacitados a exercer as seguintes atividades.
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Para o correto planejamento das operações, o porto deve ainda, conhecer o calado
máximo dos navios, os tipos e quantidades de cargas a serem movimentadas, o tipo de
navegação (Longo Curso, Cabotagem ou Interior) e o ETA (Estimated Time of Arrival) das
embarcações. Com o conjunto dessas informações o porto poderá definir, para cada
navio, os seguintes elementos:
Local de atração;
Áreas de armazenagem;
Tipos de operações envolvidas.
Ainda nessa mesma reunião, o porto transmite aos agentes os locais para
atracação, atendendo a escala de prioridade definida na Portaria n 4496 de 26.10.1964 do
Ministério de viação e Obras Públicas, como também ao peso ponderado da carga, de
maneira que o navio com maior quantidade de carga armazenada em uma determinada
área fique próximo a está área, diminuindo desse modo o momento de transporte. Além
disso, com tal procedimento, procura-se evitar que o navio movimente sua maior
quantidade de carga para um armazém distante do local de atração, gerando
conseqüentemente transportes longitudinais intensos ao local do cais.
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Como parte de suas atividades prestadoras de serviços, o porto deve atender aos
navios, evidentemente, e também a outros usuários nas operações de carga e descarga,
prevendo-os de condições para que o seu tempo de permanência no porto seja mínimo e
o trabalho se realize com segurança e eficiência, apresentando faltas e avarias de
mercadorias em níveis aceitáveis.
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O carregador do navio deve se deslocar ao longo do cais ou, então, possuir lança
telescópica de modo a poder alcançar os porões do navio tanto no sentido longitudinal
como no transversal ao seu comprimento, evitando assim que a embarcação se desloque
para ser carregada.
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As bocas dos navios deveram ser compatíveis com o alcance do ship-loader para
que o carregamento seja efetuado sem a necessidade do navio mudar de posição,
devendo ainda este equipamento apresentar um tirante de ar (air draft) compatível com
as dimensões dos navios evitando que se perca tempo em colocação de lastro a bordo
para aumentar o calado da embarcação e permitir o acesso e livre deslocamento do
carregado.
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Figura 47 – Grabs lançando a carga em uma moega Figura 48 – Guindaste com Grab acoplado
A descarga de granéis sólidos com caçambas pode ser observada, por exemplo, nos
portos de Praia Mole (ES), que opera com carvão, e no Terminal de Conceiçãozinha em
Santos (SP), com fertilizantes. Deve-se observar que, no caso deste último, o cais não é
contínuo obrigando que os guindastes trabalhem cativos sem poderem se movimentar ao
longo do cais. Tal situação é indesejável, porém, pode ser explicada pela conveniência se
aproveitar instalações de acostagem existentes e que seriam inicialmente destinadas ao
desembarque de granéis líquidos que, como já visto anteriormente, não necessita de cais
contínuo para sua operação.
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a) ESTROPO: consta de um cabo sem fim, ou seja, uma volta de cabo com as
extremidades costuradas que permite a colocação da carga, normalmente sacos sobre ele,
quando esticado na horizontal, mantendo uma distância de aproximadamente 40 cm entre
os cabos, e abraçando a mercadoria quando da ocasião do içamento.
b) FUNDA: consiste em um estropo com uma lona costurada entre os dois lados
do cabo de modo que, quando esticada, fique com a distância de abertura correta,
fazendo com que as pressões se distribuam mais uniformemente sobre a carga.
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dificuldade de retirada e colocação da carga nos porões das embarcações por parte da
estiva;
navios que apresentam pequenas aberturas de escotilhas e porões com arranjos que
dificultam a arrumação da carga;
experiência da estiva na operação dos equipamentos de bordo e na arrumação das cargas;
características ambientais dos porões (temperatura, toxicidade, etc);
outros.
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Equipamentos portuários
Equipamentos dos navios
Características físicas do cais e áreas de armazenagem.
Mão-de-obra portuária
Características das mercadorias.
Características dos navios.
Condições climáticas.
Logística da movimentação interna
Figura 52 – Autoguindaste
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A faixa do cais muito estreita (concepção antiga onde a carga era colocada
diretamente no armazém). Sendo melhor quando à distância entre o navio e o porto era
menor. A maioria dos portos brasileiros possuem cais com 5 tf/m de sobre carga.
Para carga com fator de estiva baixo exemplo dos produtos siderúrgicos o cais deve
possuir sobre carga de 10 tf/m.
TIPOS DE MERCADORIAS
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Mercadorias frigorificadas
Mercadorias perecíveis (frutas)
Mercadorias valiosas (dinheiro)
Mercadorias pesadas (turbinas)
Mercadorias especiais (animais vivos)
É importante que o navio esteja adequado a carga, para que o embarque seja
agilizado.
ROLL- ON - ROLL-OFF
NAVIOS ESPECIALIZADOS CONTAINERES
GRANELEIROS
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18 – EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS
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18.1.4 – SUGADORES
Cabe ressaltar que, seja no modelo de descarga por descarregador de navios com
caçamba acoplada, seja com a utilização de sugadores de carga, o sistema de transporte
horizontal do produto deverá ser dimensionado de acordo a atender a capacidade de
alimentação desses equipamentos de operação na faixa do cais.
Figura 59 – Sugador
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18.3.1 – EMPILHADEIRAS
Figura 61 – Empilhadeira
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18.3.2 – STACKERS
São equipamentos específicos para trabalho com granéis sólidos (minérios, carvão,
fertilizantes etc), normalmente localizados nos pátios de estocagem e interligados às
instalações de descarga por transportadores contínuos.
Figura 62 – Stackers
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18.3.6 – AUTO-GUINDASTES
18.4 – CONTAINERES
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18.4.1 – DEFINIÇÃO
18.4.2 – HISTÓRICO
A opção pelo transporte com carga containerizada decorre das inúmeras vantagens
que o sistema oferece, entre as quais se destacam: a redução significativa do índice de
avarias; redução do risco de contaminação de cargas; rapidez nos trabalhos de estiva e
desestiva; redução de mão-de-obra; padronização e maior segurança na movimentação de
mercadorias perigosas.
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Há que se dividir este item, que aborda os diversos tipos de containeres, em dois
subitens: quanto à natureza da carga a que se destinam a transportar e quanto aos
padrões de peso e dimensões.
A luz desse critério, os containeres podem agrupar-se em, pelo menos, cinco
formas distintas, a saber: unidades de carga geral; unidades térmicas; unidades tanque;
unidades de granel e unidades de plataforma.
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b) UNIDADES TÉRMICAS
Já os containeres ditos
refrigerados possuem sistemas
próprios de refrigeração, podendo ser
de dois tipos: refrigeração mecânica e
refrigeração criogênica, sendo que,
neste último caso, estão os
containeres cuja refrigeração é feita
com uso de bióxido de carbono (CO2),
líquido ou sólido, e nitrogênio líquido.
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e) CONTAINER DE PLATAFORMA
As alturas padrão ISO são de 8 pés e 8 pés e 6 polegadas, que foram introduzidas
a partir da década de 70 e hoje representam quase 80% dos containeres em operação ro
mundo. Há ainda containeres com 9 pés e 9 pés e 6 polegadas de altura, bem como
existem os containeres de meia altura (half), com 4 pés, embora em pequeno número e
utilizados para fins específicos.
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18.5.1 – SPREADERES
Figura 73 – Spreader
Existem spreaderes fixos, mais simples, com capacidade para acoplar containeres
de um único padrão (20 pés, 40 pés etc) e existem os spreaderes telescópicos, que
permitem variações de comprimento, apresentando flexibilidade para operar containeres
de diversos padrões.
18.5.2 – TRANSTAINERES
18.5.3 – PORTAINERES
18.5.4 – EMPILHADEIRAS
Figura 76 – Operação utilizando o portainer Figura 77 – Operação utilizando o portainer
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18.5.5 – CHASSIS
Este item trata de expor a forma mais racional para arrumação das cargas no
interior dos containeres. Entretanto, observa-se que, para cada tipo de mercadoria, há
recomendações específicas para o acondicionamento. A seguir, será feita uma breve
exposição dos procedimentos para arrumação de alguns tipos de carga.
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18.6.3 – TAMBORES
Além disso, os pallets devem ser calçados, para evitar movimentos dentro do
container. As mercadorias devem também estar satisfatoriamente presas aos pallets, sob
pena de comprometimento da unitização.
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18.7.1 – CONCEITO
O Roll-on roll off pode ser definido como sendo o sistema de transporte no qual a
carga, sobre rodas (carretas, tratores, caminhões, reboques, semi-reboques e outros
veículos), é embarcada e desembarcada no navio, normalmente na forma de unidades
padronizadas de unitização de carga.
18.7.2 – HISTÓRICO
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19 – DEFENSAS
A fórmula da energia de impacto (Ei) pode então ser escrita da seguinte forma:
1
Ei M .Vp 2 .c
2
onde,
1
c
1 16 2
L
Sendo, c = coeficiente de redução
= distância horizontal do centro do navio ao ponto de contato com o cais
L = Comprimento do navio
M = massa do navio
Vp = Velocidade normal ao cais de acostagem
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O mínimo de "c" corresponde ao máximo de " ", que é 1/2L, isto é, metade do
comprimento do navio, para o qual c = 0,20. Este pode ser considerado o limite inferior do
coeficiente de redução.
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1
E F
2
onde, E = Energia
F = Força
δ = Distância
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Muito empregada também é a defensa celular tipo BRIDGESTONE, que nada mais é
do que um grande cilindro de borracha, comprimido axialmente e sofrendo flambagem,
quando solicitado além de certos limites (figura 96).
O seu diagrama força - distância é do tipo 1 da figura 70, o mesmo ocorrendo com
as defensas tipo "V", produzidas por diversos fabricantes (figura 97).
Estas defensas são fabricadas em comprimento "L" diversos e podem ser dispostas
ao longo do cais vertical ou horizontalmente.
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Nas obras constantes de elementos discretos, como por exemplo, nos terminais de
petroleiros, os elementos de defensa são concentrados nos dolfins de acostamento (Figura
100).
Este tipo (figura 101) consta de uma estaca ou um conjunto de estacas de aço que
recebem o impacto em seu topo, absorvendo a energia transmitida pelo choque em forma
de energia elástica.
Pode acontecer que o dolfim elástico tenha seu topo contraventado, de modo a
alterar o diagrama de momentos do conjunto, como vemos na figura 102.
Os dolfins elásticos podem ter aplicações que vão desde os terminais de ferry-boats
até os grandes terminais de petroleiros. Um inconveniente sério destes dolfins é que
poderão adquirir deformações permanentes, quando fortemente solicitados.
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O esquema das defensas que operam na vertical está indicado na figura 103.
Ed = P x Λh
As defensas que operam horizontalmente (figura 104) podem ser indicadas nas
obras de infra-estrutura vazada e constam de peso articulado, suspenso abaixo da
plataforma da obra.
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Dentre os tipos de defensas citados, cabe-nos optar por alguns deles no projeto
que tenhamos em vista. A escolha do tipo de defensa a empregar depende de
considerações várias, segundo a natureza da obra, além das considerações de ordem
econômica.
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a) QUANTO À OPERAÇÃO:
facilidade de embarque e desembarque de passageiros
possibilitar a transferência de um modo ou serviço de transporte para outro
prover estacionamentos ou pátios para garageamento de veículos
oferecer os serviços necessários ao atendimento do usuário
administrar e operar o sistema de transporte no terminal
proporcionar conforto e segurança ao usuário
possibilitar uma circulação adequada de passageiros e veículos
b) QUANTO À LOCALIZAÇÃO:
servir como ponto de referência ao usuário
dar maior eficiência ao sistema de transporte
possibilitar uma maior acessibilidade ao transporte
aumentar a mobilidade dos indivíduos
atrair maior número de usuários para o transporte
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Estas funções, por sua vez, variarão segundo o tipo de serviço de transporte e
classificação do terminal, que no caso hidroviário o mesmo deve ter características
eminentemente multimodais, pois ele serve de ligação entre o transporte por água e o
transporte terrestre.
Urbanos
Interurbanos
Interestaduais
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Filas
Estoque
Seqüenciação e Coordenação (PERT / CPM)
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ANÁLISE DE SITUAÇÕES:
Ociosidade Portuária
Congestionamento Portuário
Situação ideal (porto operando dentro de limites operacionais
adequados)
marketing
Ociosidade Portuária: estudos de logística para atrair cargas
atuação comercial
no mar
Congestionamento Portuário: inadequação à capacidade portuária
em terra
Político – Sociais
Econômicas
Identificação das causas: Ambientais
Físicas
Operacionais
Para a correta definição dessas medidas Avaliação Financeira – Custos & Benefícios
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Cliente
Fila
Disciplina da Fila Modelos Homogêneos
Ponto de Atendimento
Canais de Atendimento
Tempo de Serviço (ou de Operação)
Tempo de Permanência no Sistema
Para a aplicação geral da Teoria das Filas necessitamos das seguintes distribuições
estatísticas:
chegada de clientes
atendimento de clientes
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Modelo M / M / n:
Tw ( n ) n
Ts n 1
( n ) i
n (1 ) ( n ) n n n! (1 ) 2
i 0 i!
onde:
Tw tempo médio de espera por navio –normalmente (dias/navio);
Ts tempo médio de serviço por navio –normalmente (dias/navio);
N no de berços, – (unidades);
taxa de ocupação do(s) berço(s) – (%).
onde:
taxa média de chegadas de navios, (navios/dia);
N no de navios ao longo do período T, – normalmente (navios/ano);
T intervalo de tempo (normalmente um ano) – (365 dias);
taxa média de serviço (atendimento) por navio; (navios/dia/berço);
Ts tempo médio de serviço (atendimento) por navio, (dias/navio).
Por sua vez, o número de navios e o tempo de serviço podem ser calculados
do seguinte modo:
Q q
N ; Ts To (Ta Td ) ; To
q p
onde:
N no de navios ao longo do período T, (navios/ano);
Q quantidade de carga movimentada no período T, – (toneladas/ano);
Q consignação média por navio, – (toneladas/navio);
Ts tempo médio de serviço por navio, (dias/navio);
To tempo médio de operação (efetiva) por navio, – (dias/navio);
Ta tempo médio de atracação por navio, em horas, – (dia/navio);
Td tempo médio de desatracação por navio, em horas, – (dia/navio);
P produtividade média por navio, – (toneladas/navio/dia).
98
PORTOS
Tw
Ts 1
1 2
Tw ; Tts ; N w Tw ; N ts Tts
( ) ( )
onde:
Tw tempo médio de espera por navio, (dias/navio);
Tts tempo médio no sistema (serviço + espera) por navio, (dias/navio);
Nw número médio de navios na fila; (unidades);
Nts número médio de navios no sistema (serviço + espera), (unidades).
99
PORTOS
(t ) n e t
Pn ; n 0, 1, 2, ... ,
n!
onde:
taxa média de chegadas dos navios (navios/dia);
t intervalo de tempo considerado (1 dia);
n no de navios chegando no intervalo de tempo considerado (t);
Pn probabilidade de chegarem n navios no período t.
40
2 17
3 23 30
4 . observado
. 20
. .
12 3 10
13 1
. 0
= 365 0 1 2 3 4 ...
o
N de navios
100
PORTOS
Distribuição do Atendimento:
k
f (t ) t k 1 e t ; t0
( k 1)!
k 1
( t ) i
F ( t ) 1 e t
i 0 i!
onde:
taxa média de serviço (navios/dia);
t intervalo de tempo considerado (1 dia);
k parâmetro da distribuição de Erlang:
(quando k = 1 distribuição exponencial)
(quando k = distribuição constante – caso determinístico)
f(t) F(t)
1,0
1,0 K=1
K=1
K=2
K=2
0,5
K =3
=3
valores observados
t t
tempo de serviço (dias) tempo de serviço (dias)
101
PORTOS
OTIMIZAÇÃO PORTUÁRIA
Número de Berços
102
PORTOS
Número de Berços
Pede-se:
Movimentação: Q (t/período T)
Solução:
Twadm/Ts
Calcular: N Q
Número de Berços:
Dados:
Movimentação: Q (t/ano)
Consignação média: q (t/navio)
Ano operacional: T (dias/ano)
Tempo de Serviço: Ts (dias/navio)
Tempo de Espera Admissível:Twadm (dias/navio)
Pede-se:
Número de Berços de Atracação: n
Solução:
N
Calcular: Tw/Ts Tw
Arbitrar n
se Twadm Tw (n) berços;
Comparar: Twadm e Tw
se Twadm < Tw (n+1) berços até que Twadm Tw.
103
PORTOS
ESCOLHA
11 12
DA ALTERNATIVA IDEAL
13 14
15
Roteiro de Cálculo
16
Ano i CNavio CTw (R$/ano) Benefícios Custo Berço (R$/ano) Valor Atual (R$)
(%) (R$/dia (R$/ano (R$/ano Capital Manu/Ope Total Custo Benefício
) ) ) r
1b 2b 3b 2b 3b 1b 2b 3b
1
2
3
4
5
6
.
. 17 18 19
Legenda:
i taxa de desconto anual;
18 17
CNavio custo médio diário do navio de projeto;
CTw custo médio anual dos tempos de espera dos navios.
19 17
VLA (2o berço o) = -
104
PORTOS
Adiamento Valor Atual Redução Custos Redução Adiar (>0) / Não adiar
Benefícios (<0)
(anos)
1 20 20 - 17 = 20 22 21 - 22
2 23 23 - 20 = 24 25 24 - 28
25
3 26 26 - 23 = 27 28 27 - 28
4 29 29 - 26 = 30 31 30 - 31
5 32 32 - 29 = 33 34 33 - 34
6 35 35 - 32 = 36 37 36 - 37
105
PORTOS
Equação de cálculo:
C = Nb x TO x PD x DD
PD = Ph x Np x Hd
onde:
106
PORTOS
TO = (Tb/Nb) . λ . 100
onde:
Tb = Tempo médio de ocupação das vagas ou berços por uma embarcação;
Nb = Número de vagas ou berços ofertados;
N = Número de embarcações que acostam nas vagas ou berços por ano ou no
período de tempo considerado;
λ = Média de chegadas das embarcações.
λ = N / 365
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
RESOLUÇÃO
TO = (Tb/Nb ) . λ . 100
107
PORTOS
ANEXO I
PORTOS BRASILEIROS
108
PORTOS
109
PORTOS
110
PORTOS
111
PORTOS
112
PORTOS
113
PORTOS
Porto de Santos – SP
114
PORTOS
Referências Bibliográficas
OBRAS PORTUÁRIAS
LIVROS:
UNCTAD - United Nations, Port Development, 1978
Mason, Jaime - Obras Portuárias, Editora Campus Ltda., 1981.
Bruun, Per - Port Engineering, Gulf Publishing, 1976
Agerschou, Hans et alii - Planning and Design of Ports and Marine
Terminals, John Wiley and Sons, 1983
Adler, Hans A. - Avaliação Econômica dos Projetos de Transportes, Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1978.
ANAIS:
PIANC - Permanent International Association of Navigation Congresses,
Seção II, Navegação Marítima.
PERIÓDICOS:
Terra et Acqua
Journal of the Waterway, Port, Coastal and Ocean Division, publicação da
ASCE - American Society of Civil Engineers
ENGENHARIA COSTEIRA
LIVROS:
U.S. Army, Coastal Engineering Research Center - Shore Protection Manual,
1984
Sorensen, Robert - Basic Coastal Engineering, John Wiley & Sons, 1978
Silvester, Richard - Coastal Engineering, vols.1 e 2, Elsevier Scientific
Publishing Co., 1974
Faria, Sergio Fraga Santos – Introdução ao estudo da atividade portuária,
EDUFBA, 1995.
ANAIS:
International Conference on Coastal Engineering - ICCE, publicados pela
ASCE - American Society of Civil Engineers
Conference on Coastal and Port Engineering in Developing Countries, -
COPEDEC.
PERIÓDICOS:
Journal of the Waterway, Port, Coastal and Ocean Division, publicação da
ASCE - American Society of Civil Engineers
NOTAS DE AULA
Prof. Gilberto O. Mota Fialho.
APOSTILAS
115