Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
armazéns e portos
LOGÍSTICA PORTUÁRIA
UNIDADE 01
1
Caro estudante,
As características fundamentais da
sociedade contemporânea que têm impacto
sobre a educação são, pois, maior
complexidade das relações sócio-produtivas,
uso mais intenso de tecnologia,
redimensionamento da compreensão das
relações de espaço e tempo, trabalho mais
responsabilizado, com maior mobilidade,
exigindo um trabalhador multicompetente,
multiqualificado, capaz de gerir situações de
grupo, de se adaptar a situações novas e
sempre pronto a aprender.
2
UNIDADE 01 – Operações de Terminais, Armazéns e Portos
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
INTRODUÇÃO:
3
De acordo com Slack (2008), a produção de bens e serviços acontece através de
um processo de transformação (mudança de estado ou condição de algo) que utiliza
recursos (inputs) e produz resultados (outputs). Os inputs podem ser recursos a serem
transformados (materiais, informações e/ou consumidores) e recursos transformadores
(instalações, equipamentos, recursos humanos, etc.). A transformação de materiais pode
abranger a mudança de propriedade física, de localização ou de posse, além de
estocagem e armazenagem (SLACK, 2008).
A gestão de uma operação abrange desde os projetos de produto e processo até
os sistemas de planejamento, programação e controle do processo produtivo (SLACK,
2008).
Uma operação deve ser acompanhada segundo os seguintes objetivos de
desempenho: qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo.
Para se garantir uma operação eficiente e eficaz, atividades de planejamento e
controle são essenciais. O planejamento é a definição do que deverá ser feito para o
alcance dos objetivos em determinado tempo, podendo ser de longo, médio e curto prazo.
O controle visa verificar o andamento dos processos e os resultados, identificando erros a
serem corrigidos em curto prazo quando necessário (SLACK, 2008).
As atividades de planejamento e controle dependem da conformidade entre o
suprimento e a demanda em termos de tempo, volume e qualidade. Uma
responsabilidade essencial para a administração da produção é o planejamento e controle
da capacidade produtiva necessária para satisfazer a demanda. A capacidade pode ser
definida no seu sentido estático, ou seja, de volume fixo em determinado. O desempenho
de uma operação produtiva é, geralmente, medido com relação à eficiência e eficácia.
Para Martins e Laugeni (2006), a eficácia é a medida de quão próximo se chegou dos
resultados que foram previamente estabelecidos.
Eficiência é a medida obtida pela relação de output (os resultados) com os inputs
(utilizados para a fabricação), para sistemas físicos a medida é sempre menor que 1, para
sistemas econômicos é maior que 1. Eficiência é a quantia de empenho necessário para
alcançar a meta. Quanto menos empenho for utilizado para a meta mais eficiente será a
organização. A eficiência está ligada à operação interna da organização e não está
relacionada diretamente ao atingir a meta. Assim, a organização eficiente é aquela que
realiza suas tarefas com o mínimo de recursos possíveis.
4
TÓPICO 2: VISÃO SISTÊMICA DE TERMINAIS E ARMAZÉNS (conceitos, tipos,
evolução e alcance das operações de terminais logísticos)
2.1.2 ARMAZENAGEM
5
2.1.3 PORTOS
TÓPICO 3: TERMINAIS
Para Bustamente (2013, p. 8) “Um terminal efetua uma ou mais das operações
a seguir definidas, conforme os produtos que manipule”.
6
• recepção da carga, verificação de sua documentação e integridade, autorização
de ingresso ao terminal, conforme a modalidade;
• pesagem de controle, podendo ser automática, manual ou por estimativa;
verificação de merma;
• classificação do produto, podendo ser documental ou experimental;
• pré-tratamento físico, químico ou biológico, com certificação se for o caso,
podendo ser total, parcial por amostragem, ou nulo;
• armazenagem, operada automática, mecânica ou manualmente;
• conservação para evitar a deterioração e perdas, naturais, por negligência, ou
criminosas, podendo ser automática ou por verificação;
• retirada para embarque, automatizada, mecânica ou manual;
• contrapesagem e controle, por estimativa, amostragem ou automática;
• manejo e carregamento, manual, mecânico ou automatizado;
• emissão de conhecimento de embarque e anexos;
• despacho do(s) veículo(s) para a operação de transporte.
TÓPICO 4: CARGAS
1. carga geral: conhecida também por carga seca, é formada de modo geral pelas
mercadorias embaladas, como sacaria, engradados, caixotes e caixas, fardos, tambores e
amarrados (Bustamente, 2013, p.10) .
2. graneis: mercadorias transportadas sem embalagem individual, constituindo o veículo
o elemento de contenção. Podem ser graneis sólidos, minerais ou agrícolas, como grãos
e minérios, graneis líquidos, minerais ou vegetais, como derivados claros e escuros de
petróleo e óleos vegetais, e graneis gasosos, que podem ser de alta ou baixa pressão,
como o GLP e o cloro. (Bustamente, 2013, p.10)
3. cargas unitizadas: que por meio de equipamentos contentores, diferentes das
embalagens individualizadas, as mantém como uma unidade para manuseio de
transferência. Os mais comuns são: contêineres, padrões ou específicos, estrados ou
“pallets”, pré-lingadas e sistemas especiais em que o veículo sem tração constitui o
elemento unificador, como piggyback, TOFC (trailer on flat car), LASH ( lighter aboard
ship), etc. (Bustamente, 2013, p.10)
7
4. cargas frigoríficas, que embora pudessem ser classificadas em uma das categorias
acima, formam uma classe a parte pelo manejo diferenciado que exigem, com
manutenção permanente de temperaturas baixas e controladas. (Bustamente, 2013, p.10)
5. "break bulk", termo que vem se tornando usual em transporte marítimo para designar
produtos que são transportados a granel, mas cujos elementos apresentam
individualmente volume expressivo, como bobinas de papel e de aço, produtos
siderúrgicos em barras longas, tubos metálicos, toras de madeira, etc. (Bustamente, 2013,
p.10)
interfaces externas, com o acesso às vias dos modais que nele operam;
interfaces internas, intra e intermodais, permitindo operações de
transferência, carga/descarga e armazenagem;
·elementos de apoio operacional, como abastecimento, manutenção,
reparação e estacionamento de veículos; ·
elementos de apoio administrativo, profissional e social, como
gerência, tesouraria, restaurante/lanchonete, banheiros, lojas de
conveniência, etc.;
elementos de vedação, controle e segurança pessoal, operacional e
patrimonial, como cercas, portarias, ambulatório, policiamento,
bombeiros, etc.:
sistemas viários internos, para acessibilidade às diferentes áreas do
terminal e estacionamento de veículos de transporte e de serviço;
conexões a serviços de utilidade pública, como energia,
telecomunicações, água potável e industrial, esgotos pluviais e sanitários e
remoção de lixo;
elementos de proteção ambiental interna e externa, como dispositivos
anti - ruídos, deposição de poeiras, retenção e/ou filtragem de poluentes,
etc.
elementos de paisagismo, de forma a integrar o terminal ao ambiente
urbano ou rural exterior, sem choques estéticos.
TÓPICO 5: ARMAZÉNS
9
– Armazém tradicional
Local para armazenar e manter estoques.
Produção empurrada
Armazém contemporâneo
Combinar sortimento de estoques para atender às necessidades do cliente.
TÓPICO 6: PORTOS
Extraído do material: Gueiros/ comexblog, 2013,p.1
12
• Prevenir, controlar e minimizar a poluição, designadamente os resíduos gerados pelas
suas atividades, promovendo o recurso ao investimento em novas tecnologias e
processos menos poluentes.
• Identificar e minimizar os riscos existentes, procedendo à implementação de ações
corretivas e preventivas, de modo a eliminar qualquer fator de risco nas suas
instalações.
13
Dada a premência de tornar os portos brasileiros no cenário mundial mais
competitivos, mais eficientes e aumentar sua produtividade em relação às operações
logístico/portuárias, surgiu o que se pode chamar de uma nova ordem: A Lei de
Modernização dos Portos – Lei 8.630/93 – que veio não só no sentido de fazer valer uma
nova regulamentação para o setor portuário, mas, principalmente para que através dos
programas de arrendamentos para a iniciativa privada fossem incrementadas as
concorrências internas entre os portos nacionais e também as externas, objetivando como
consequência, alavancar o crescimento do comércio exterior do nosso país.
Assim, tomando por base que inovações frequentemente promovem
modernidade nos ambientes organizacionais, que por sua vez propiciam que aconteça
maior produtividade e aumento de competitividade, o trabalho tem como escopo principal
demonstrar que as operações logístico-portuárias adotadas em nosso país. Em face da
implantação da nova lei, essas operações foram fortemente afetadas pela modernização,
fazendo com que o novo modelo agilizasse os embarques dos produtos brasileiros para o
exterior, exibindo índices expressivos de eficiência nos mesmos e assim, colaborando
decisivamente para que o Brasil consolide sua vocação de exportador e torne-se cada vez
mais competitivo no mercado internacional.
As medidas adotadas só foram possíveis após a promulgação da chamada Lei
de Modernização dos Portos (Lei 8.630/93), que entre outras coisas, permitiu que áreas
portuárias públicas fossem arrendadas para a iniciativa privada. (...)
14
operação dos terminais, compatíveis com os novos modelos existentes. A logística de
controlar as operações dos terminais pode ser significativamente ampliada pela
implementação de tecnologia disponível, e de novos métodos e procedimentos que visam
facilitar a integração e a conectividade entre as várias tarefas existentes com a seleção
adequada dos equipamentos para a operação.
No caso brasileiro, a obsolescência que tomava conta dos portos ao final dos
anos 80 e início dos anos 90 era fator negativo e crucial para que o país dentro do cenário
do comércio exterior estivesse numa posição desfavorável, principalmente em relação aos
elevados custos portuários, fruto direto de equipamentos e métodos de manuseio de
cargas ultrapassados, aliado a uma excessiva utilização de mão-de-obra. Dessa forma, e
acompanhando uma tendência mundial, em fevereiro de 1993 surgiu a chamada Nova Lei
dos Portos Brasileiros, Lei 8.630/93, que entre outras coisas benéficas, propiciou que
terminais portuários públicos e que se encontravam em péssimas condições de uso e
conservação fossem arrendados pela iniciativa privada, inaugurando assim uma nova era
em relação ao comércio internacional dentro do país.
No Brasil como um todo e especificamente no caso do Porto de Santos, várias
foram as áreas arrendadas pela iniciativa privada, que implantou equipamentos de ultima
geração que propiciaram automatizar várias operações, garantido assim maior segurança,
qualidade e rapidez nos embarques efetuados, e além disso colaborando para reduzir os
custos portuários e logísticos, propiciaram que expressivos índices de produtividade
fossem obtidos, contribuindo dessa maneira para que o chamado ´Custo Brasil´ fosse
reduzido.
No início dos anos 90, praticamente os portos de todos os países passaram por
profundas reformas, a fim de compatibilizá-los com a nova ordem econômica e política
internacional.
Isto também ocorreu nos portos brasileiros, por estarem diretamente
correlacionados ao desempenho portuário mundial, ao acelerado incremento do comércio
internacional e à demanda por ganhos contínuos e exponenciais na eficiência produtiva.
O problema portuário brasileiro vinha se constituindo em importante obstáculo
à redução do chamado Custo Brasil. Portos desaparelhados, sucateados, infraestrutura
defasada, corporativismo e outros graves problemas afetavam o desempenho do
comércio exterior do país. Diante desse quadro o Governo Federal decidiu modernizar os
15
portos, através do desenvolvimento de ações de "descentralização", "desburocratização"
e "desregulamentação" de todos os aspectos da vida portuária nacional. Assim, no início
da década de 90, após um período de amadurecimento, algumas ações deram início a
reformulação do setor portuário brasileiro, começando pelo processo de “enxugamento”
administrativo. Essa ação teve por base a extinção abrupta da Portobrás, sem deixar, em
seu lugar, uma organização para regular o setor portuário. Surge então uma nova
legislação, a chamada “Lei de Modernização dos Portos”.
Com isto os portos brasileiros aderiram ao processo de amplas reformas que,
certamente, caracterizarão mais um ponto de inflexão na história portuária brasileira De
início, essas reformas foram balizadas apenas por algumas alterações pontuais,
destinadas a romper antigas tradições julgadas “obstaculizantes à modernização” mas,
estas demandas hoje estão contidas numa nova ordem: seus marcos regulatórios, que
requer o exame do porto sob, pelo menos, três dimensões:
BIBLIOGRAFIA
BARBIERI, José & MACHLINE, Claude. Logística Hospitalar: Teoria e Prática. Ed.2ª.
São Paulo: Saraiva, 2009.
KOZLOWSKI, M., SHOLES, T., Survey of Opportunities for Crane Modernization and
Productivity Enhancements GE Toshiba Automation Systems, Salem, VA, USA, 2000.
17
www.UniATENEU.edu.br