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Prof.ª Liliane de Souza Vieira da Silva
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Liliane de Souza Vieira da Silva
S586g
ISBN 978-65-5663-362-6
ISBN Digital 978-65-5663-363-3
CDD 387.1
Impresso por:
Apresentação
Muitos produtos que você possui em casa são fabricados ou montados
em outros países, não é raro encontrar nesses produtos a descrição Made in
China, mas você já parou para pensar como esses produtos chegam até você?
Bons Estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 125
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 178
UNIDADE 1 —
PLANEJAMENTO: CONCEITOS
METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O planejamento é uma temática muito discutida no meio acadêmico e
empresarial, posto que o ato de planejar é vital em nossas vidas e isso replica-se
às organizações. O planejamento tem sido uma das ferramentas mais utilizadas
nas organizações empresariais em todo o mundo, sobretudo nas regiões mais
desenvolvidas. Neste tópico vamos discutir alguns conceitos sobre planejamento,
bem como conhecer algumas das metodologias e ferramentas utilizadas no
planejamento organizacional, iniciando essa discussão sobre a percepção e
atitudes com relação ao planejamento.
Como você pode perceber, a forma como encaramos o futuro revela nossa
mentalidade, nossa visão de mundo e também nossa responsabilidade para com ele.
3
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
4
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS, METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
FIGURA 1 – VUCA
FONTE: <http://www.evolutengenharia.com.br/ckfinder/userfiles/files/image.jpeg>.
Acesso em: 5 fev. 2021.
5
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
3 ABORDAGENS DO PLANEJAMENTO
Mintzberg (2004), em seu livro Ascensão e queda do planejamento
estratégico, expõe cinco abordagens de como o planejamento tem sido elucidado
a partir de obras de diferentes autores, observe no quadro a seguir.
6
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS, METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
7
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
ATENCAO
NOTA
Caro acadêmico, vamos abrir um parêntese para falar sobre um tema muito
importante, sobretudo para quem deseja trabalhar com gestão do conhecimento, que é o
conhecimento explícito e o conhecimento tácito.
NOTA
FONTE: <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/Pesquisas/CAUSA%20
MORTIS_vf.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2021.
10
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS, METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
4 NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
As organizações estabelecem planos visando o alcance de determinados
objetivos. A forma de condução adotada para o alcance desses objetivos considera uma
demanda futura, portanto, há a necessidade de adequação de novos conhecimentos
e também o uso do conhecimento alcançado durante o percurso (trajetória
organizacional), assim, as corporações absorvem padrões de comportamento. Isso
explica o porquê do sucesso de algumas corporações e o fracasso de outras.
FONTE: A autora
12
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS, METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
NOTA
Na fase II, é elaborado a estratégia. Após entender os fatores ambientais que cercam a
empresa, o próximo passo é pensar na estratégia propriamente dita. Por isso, é necessário
descobrir uma vantagem competitiva – se a empresa ainda não sabe – ou reconfirmá-la,
se a empresa já tem uma. Uma vantagem competitiva nada mais é do que um diferencial
percebido pelo cliente, como qualidade, preço, velocidade etc.
Por fim, na fase IV busca-se o envolvimento dos colaboradores a fim de garantir que elas
compreendam, gostem e se comprometam com a estratégia. Contudo, não é fácil gerar
engajamento. É preciso fazer um esforço coletivo, com base em muita comunicação.
13
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
14
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS, METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
NOTA
SMART
(S)pecific/Específico: os requisitos são claros e não dão margem para dupla interpretação.
(M)ensurable/Mensurável: todo requisito tem de ser mensurável, isto é, validado através de
números para garantir que o objetivo esperado foi atingido, dentro dos critérios de qualidade.
(A)ttainable/Atingível: é importante que no escopo do projeto sejam definidos requisitos
possíveis de serem atingidos. Não basta querer chegar à Lua, é preciso conseguir chegar.
(R)elevant/Relevante: é fundamental que se entenda o nível de relevância dos requisitos
para os objetivos que o projeto precisa atender.
(T)ime-bound/Temporal: deve ser possível definir um prazo para o atendimento do requisito.
FONTE: <https://www.euax.com.br/2015/12/gestao-da-qualidade-em-gestao-de-projetos/>.
Acesso em: 17 fev. 2021.
15
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
FONTE: <https://www.siteware.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/07/smart-blog.png>.
Acesso em: 5 fev. 2021.
Análise Interna
S (Strenghs) W (Weakness)
Pontos Fortes Pontos Fracos
WO (mini-maxi)
SO (maxi-maxi)
Desenvolver as estratégias
O (Oportunities) Tirar o máximo partido que minimizem os efeitos
Oportunidades dos pontos fortes para negativos dos pontos fracos e
Análise Externa
aproveitar ao máximo as
que em simultâneo aproveitem
oportunidades detectadas.
as oportunidades emergentes.
ST (maxi-mini) WT (mini-mini)
17
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
18
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS, METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
FIGURA 10 – PDCA
19
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
NOTA
20
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS, METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
FONTE: <http://portal.antaq.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/institucional/a-antaq/>.
Acesso em: 17 fev. 2021.
21
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
22
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O ciclo PDCA é composto pelas palavras: Plan, Do, Check e Action que traduzido
significa planejar, executar, checar e agir.
23
AUTOATIVIDADE
4 Planejar requer uso de uma metodologia adequada para que seja possível
contribuir para o sucesso da organização. Para cada nível organizacional,
temos diferentes tipos de planejamento, porém todos devem estar alinhados
com os objetivos estabelecidos para a organização. Com relação aos diferentes
níveis de planejamento, analise as sentenças a seguir:
24
I- O planejamento estratégico tem um impacto amplo e profundo e seu
horizonte é de longo prazo na organização.
II- O planejamento operacional tem como principal objetivo traduzir as
decisões estratégicas em ações efetivas e seu horizonte é de médio prazo.
III- O planejamento tático é direcionado aos líderes de departamentos da
organização, sendo aplicado nas tarefas da empresa, e o seu horizonte é
de médio prazo.
IV- O nível operacional está ligado aos supervisores dos processos internos
da organização, estes funcionários têm a missão de fazer acontecer.
Novo CEO Jim Hackett quer acelerar meta de torná-la uma empresa de
mobilidade
Em uma das metas de longo prazo, a empresa reforçou sua busca por
uma margem operacional de 8% no mercado automotivo, com base em
profundas mudanças tecnológicas. Em geral, a empresa quer ampliar seu
escopo de atuação, com o desenvolvimento de veículos e serviços com foco
nos usuários. Aqui, a Ford deve se aproveitar da integração de hardwares
e softwares em dispositivos complexos que já possui, adotando uma
produção em escala.
25
Em até dois anos, portanto, até 2019, a previsão da Ford é que 100%
dos seus novos veículos nos Estados Unidos sejam capazes de oferecer
conectividade. Também há planos agressivos para a China e outros
mercados, uma vez que a meta é garantir que 90% dos novos veículos
globais da marca tenham conectividade até 2020.
“Em uma empresa que está há muitos anos no mercado, com várias
décadas de sucesso, a decisão de mudar não é fácil, tanto cultural como
operacionalmente. Em última análise, porém, devemos entender que as
virtudes que nos levaram ao sucesso no século passado não são garantia
de sucesso no futuro”, afirmou Hackett.
26
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
DEMANDA PORTUARIA
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Este tópico discorre sobre um tema de fundamental em
qualquer instituição, a demanda. A previsão de demanda é a base do planejamento
organizacional, trata-se de um dado financeiro estabelecido a partir de uma série
de análises e informações, tais como: segmento, produto, capacidade, região,
mercado atual, projeções futuras.
2 PANORAMA BRASIL
No cenário mundial, o Brasil possui o 9º maior parque industrial do
mundo, com 1,83% do Valor de Transformação Industrial (VTI) total. Em 2019,
o país respondeu por apenas 1,2% das exportações (27ª posição global) e 1% das
importações (28ª posição global) de mercadorias, conforme dados da Organização
Mundial do Comércio (OMC).
27
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
NOTA
Para se ter uma ideia, o Brasil possui um setor portuário que movimenta,
anualmente, cerca de 700 milhões de toneladas das mais diversas mercadorias, e responde,
sozinho, por mais de 90% das exportações. O sistema portuário brasileiro é composto por
37 portos públicos, entre marítimos e fluviais. Desse total, 18 são delegados, concedidos
ou tem sua operação autorizada à administração por parte dos governos estaduais e
municipais. Existem ainda 42 terminais de uso privativo e três complexos portuários que
operam sob concessão à iniciativa privada.
DICAS
Para aprimorar ainda mais seu conhecimento sobre o tema, leia o texto a partir
do link: http://web.antaq.gov.br/Sistemas/WebServiceLeilao/DocumentoUpload/Audiencia%
208/Estudo%20Se%C3%A7%C3%A3o%20A%20-%20Demanda.pdf
3 DEMANDA PORTUÁRIA
Realizar projeções de demanda de movimentação portuária é uma tarefa
complexa. No âmbito do planejamento portuário, a capacidade portuária é um
elemento crucial. Ao ser comparada com a demanda projetada para a movimentação
de uma mercadoria em um porto, o valor encontrado para a capacidade norteia
futuros investimentos a serem realizados nos portos, que podem chegar a centenas de
milhões de reais, num horizonte de tempo de 20 anos aproximadamente. Sabe-se que
uma das principais características da atividade portuária é a demanda por vultosos
investimentos. A operação desses serviços está fortemente vinculada a investimentos
em infraestrutura e maquinários de grande porte (ALVES; SILVA, 2015).
NTE
INTERESSA
Segundo o estudo, o porto de Santos, o maior da América do Sul, ainda não superou sua
capacidade, assim como Itajaí, que inclui o porto de Navegantes. O resultado geral por
complexo, no entanto, esconde a situação de cada terminal. De acordo com a consultoria,
na área de grãos, um dos principais itens da balança comercial brasileira, nove dos 15
terminais avaliados estavam acima da capacidade. Na movimentação de açúcar, todos os
terminais estavam acima ou no limite da capacidade. A carga em contêiner também sofre
das mesmas carências, mas há mais terminais com folga.
NOTA
29
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
FIGURA 12 –CONTÊINER
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/df/Container_01_KMJ.jpg>.
Acesso em: 5 fev. 2021.
FONTE: <https://static.poder360.com.br/2020/06/porto-de-santos-02-jun-2020-1.jpg>.
Acesso em: 5 fev. 2021.
30
TÓPICO 2 — DEMANDA PORTUARIA
NOTA
31
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
No caso dos portos, a base da análise dos relatórios do PNLP (BRASIL, 2015)
indica que a projeção de demanda e alocação de cargas devem estar alinhados aos
Planos Mestres de cada porto. O Plano Mestre é detalhado na Lei nº 12.815/2013,
que determina para cada porto a análise dos condicionantes físicos e operacionais, a
projeção de demanda de cargas, a avaliação da capacidade instalada e de operação.
Esses foram agrupadas em Clusters portuários; definidos como conjunto de portos
e terminais privados geograficamente próximos. Essa projeção de demanda tem a
finalidade de obter uma projeção do fluxo cargas dedicadas por cada região e assim
direcionar os investimentos em infraestrutura adequados (VIEIRA, 2018).
33
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
34
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O conceito de demanda está relacionado ao desejo por determinado bem ou
serviço enquanto a previsão de demanda constitui na estratégia de prever a
ocorrência de acontecimentos antes que esses realmente aconteçam.
35
AUTOATIVIDADE
36
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Toda empresa deve saber qual é a sua capacidade ótima, ou seja, o número
alcançado quando se utiliza todo potencial de maquinários, mão de obra e demais
recursos existentes na empresa. Esse número demonstra o potencial da empresa
quando ela opera com 100% de sua capacidade que pode ser mensurado em
quilos, toneladas, metros ou quantidade de itens produzidos. Tal número é muito
importante, pois é utilizado como referência para previsões e planejamento.
Como você pôde perceber, a capacidade de instalação dos portos pode ser
dimensionada de diferentes maneiras, de acordo com o tipo carga movimentada
(Graneis líquidos, graneis sólidos, contêineres etc.) e ainda considerando a sazonalidade.
Observe na figura a seguir as principais cargas movimentadas nos portos.
NTE
INTERESSA
39
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
NOTA
Um exemplo de sucesso foi a redução dos gastos com motores diesel de locomotivas. O
benchmarking detectou que havia uma diferença nos processos de manutenção nos motores
diesel das locomotivas da Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória a Minas. O processo de
recuperação de conjuntos de força (peças que transmitem a energia da queima do combustível
para o eixo do motor da locomotiva) foi então implantado na EFC, como já ocorria na EFVM,
gerando economia de até 50% em relação aos valores que eram gastos anteriormente. Outro
ganho importante foi a melhoria de 3% na eficiência energética do Terminal Marítimo Ponta
da Madeira entre 2013 e 2015, depois que novas rotinas de controle foram implantadas, além
do projeto Gerenciamento de Energia nos Transportadores de Correia, que desliga motores
automaticamente dependendo da taxa de operação no momento. “Desde que iniciamos este
trabalho, tivemos inúmeros ganhos com aumento de produtividade, de vida útil de materiais e
melhores negociações comerciais”, explica a engenheira Giselle Dazzi, que coordena o projeto.
Para Roberto Di Biase, responsável pela implantação do processo em 2013, esse traz vários
benefícios: “Um deles é o processo contínuo de comparação das melhores práticas entre as
operações a fim de identificar diferenças, agir sobre elas e alcançar outro patamar ou vantagem
competitiva. Ele desperta o desejo das equipes envolvidas de aprender depressa a corrigir os
problemas ou diferenças apontadas pelo estudo, trazendo senso de urgência e ajudando as
equipes a aprimorarem a disciplina, organização e, ao mesmo tempo, criando um atalho para
a excelência”, comentou o gerente-executivo de Operações do Porto Norte.
FIGURA – BENCHMARKING
40
TÓPICO 3 — CAPACIDADE INSTALADA DOS PORTOS
41
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
3 PROCESSOS PORTUÁRIOS
Um porto pode ser dividido em três grandes pilares: Gate, Pátio e Costado.
O primeiro pilar denominado gate, funciona como “janelas de agendamento”
para que seja possível a entrada terrestre em que os caminhões possuem acesso;
o segundo pilar é o pátio onde é feita a armazenagem e a realização de operações
de carga, descarga e estufagem; o terceiro pilar é o costado que faz a operação
portuária de carga e descarga dentro do navio.
FONTE: <https://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br/wp-content/uploads/2019/09/aaa.jpg>.
Acesso em: 5 fev. 2021.
42
TÓPICO 3 — CAPACIDADE INSTALADA DOS PORTOS
NOTA
Caro acadêmico, todo porto deve dispor de uma Segurança e Saúde no Trabalho
Portuário (SSTP). A norma NR 29, que normatiza o transporte, movimentação, armazenagem
e manuseio de materiais, afirma que os portos organizados e instalações portuárias de
uso privativo devem dispor de um regulamento próprio que discipline a rota de tráfego de
veículos, equipamentos, ciclistas e pedestres, bem como a movimentação de cargas no cais,
plataformas, pátios, estacionamentos, armazéns e demais espaços operacionais.
43
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
44
TÓPICO 3 — CAPACIDADE INSTALADA DOS PORTOS
NOTA
FONTE: <https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transporte-aquaviario/copy_of_
planejamento-portuario>. Acesso em: 5 fev. 2021.
NOTA
Porto de Suape (PE) Tráfego de embarcações com calado máximo de 14,5 metros
FONTE: <https://pluscargo.com.br/calado-costado/>. Acesso em: 5 fev. 2021.
45
UNIDADE 1 — PLANEJAMENTO: CONCEITOS METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Esse foi um momento crítico. Foi percebido que a empresa tinha problemas
maiores do que haviam previsto. A Xerox teve grande sucesso no final doas anos
1960, e desenvolveu um produto de destaque – a copiadora 914 –, detendo 80
% da participação do mercado em meados doas anos 1970. Era exatamente esse
o mercado que agora estavam perdendo. As ações da Xerox desceram ao nível
mais baixo e a participação do mercado caiu para meros 30%. Em resposta, Christ
enviou uma equipe operacional ao Japão para estudar, nos mínimos detalhes o
processo, o produto e o material. As suas palavras de despedida a equipe foram:
46
TÓPICO 3 — CAPACIDADE INSTALADA DOS PORTOS
CHAMADA
47
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
48
AUTOATIVIDADE
49
REFERÊNCIAS
ACKOFF, R. A concept of corporate planning. Long Range Planning, v. 3, n. 1,
p. 2-8, 1970. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/
pii/0024630170900312. Acesso em: 5 fev. 2021.
BETOF, E.; OWENS, L.; TODD, S. Leaders as Teachers Action Guide: Proven
Approaches for Unlocking Success in Your Organization. [S. l.]: ASTD Press, 2014.
51
KOTLER, P.; ARMOSTRONG, G. Principles of Marketing. 13. ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2009.
LIGTERINGEN, H.; VELSINK, H. Ports and Terminals. Delft: VSSD, 2012. 276 p.
52
TOMÉ, P. T. F. Avaliação operacional portuária utilizando simulação: estudo de
caso do berço 401 do Porto de São Francisco do Sul-SC. 2019. TCC (Bacharel em
Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.
Disponível em: https://bit.ly/3rYhrD4. Acesso em: 5 fev. 2021.
53
54
UNIDADE 2 —
ELABORAÇÃO DE PROJETOS
PORTUÁRIOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
55
56
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
ELABORAÇÃO DE PROJETOS
1 INTRODUÇÃO
Na primeira unidade, você estudou sobre planejamento, sua importância,
conheceu algumas das ferramentas e metodologias utilizadas para elaboração do
plano estratégico. Também foram apresentados, na primeira unidade, os níveis e
as fases que compõe o planejamento.
Você aprendeu que toda empresa, seja ela pública ou privada, do primeiro,
segundo ou terceiro setor, com ou sem fins lucrativos, possui metas, planos e objetivos,
e a melhor forma de alcançar os objetivos é por meio de projetos (VARGAS, 2005).
Dado este contexto, nesta unidade você vai conhecer o que é um projeto,
as etapas de elaboração que inclui planejamento, organização, supervisão e
controle. Também vai aprender sobre gerenciamento de projetos que envolve a
aplicação de: conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas.
2 PROJETO
Antes de estudar o que é um projeto, é importante ressaltar o que não pode
ser considerado um projeto. Conforme aponta Xavier (2009), não são exemplos de
projetos procedimento contínuos e repetitivos em uma organização, tais como:
• Fabricação de um carro.
• Venda de produtos.
• Pagamento de fornecedores.
• Gerenciamento de rede de computadores.
• Manutenção da rede de computadores.
• Manutenção no dia a dia da planta industrial.
• Publicação de um livro.
• Realização do paper/ TCC.
• Abertura de um negócio.
• Lançamento de um produto e/ou serviço.
• Construção ou reformar uma casa.
• Realização de uma viagem.
• Implantação de um novo treinamento para os funcionários.
• Organização de um evento (festa; reunião, congresso, torneio etc.).
Desse modo, se você estiver envolvido em algum dos itens listados, certamente
estará envolvido em um projeto ou até mesmo mais de um. Os projetos podem ser
aplicados em praticamente todas as áreas do conhecimento humano, incluindo os
trabalhos administrativos, estratégicos e operacionais, bem como a vida pessoal de
cada um, quando se delimita um plano de carreira, uma viagem, um planejamento
visando liberdade financeira, construção de uma casa etc. (VARGAS, 2005).
58
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
NOTA
A Torre Eiffel, cuja construção durou algo em torno de dois anos ou ainda a Estátua da
Liberdade, um projeto ousado, em que a estátua chegou aos Estados Unidos desmontada,
vindo da França de navio e somente então foi montada no local onde hoje se encontra.
No pós-guerra
Seria mesmo por volta da Segunda Guerra Mundial que o gerenciamento de projetos começaria
a se tornar como hoje o conhecemos, ou seja, como uma disciplina. A construção da bomba
atômica foi resultado do Projeto Manhattan, que envolveu mais de 100 mil pessoas – um
projeto de pesquisa e desenvolvimento distribuído em 13 locais diferentes e que em três anos
apenas traria ao mundo um resultado que deixaria assustados até mesmo os envolvidos.
NOTA
O PMI incentiva a criação de sedes regionais (local chapters) como fontes locais de disseminação
do assunto e como formação de uma massa crítica de profissionais (WRONA, 2008).
As corporações buscam cada vez mais atuar por meio de projetos, não só
pela cientificidade encontrada nas metodologias, técnicas e ferramentais atuais, mas,
sobretudo, pelas vantagens inerentes dessa abordagem, pois o projeto tem objetivos
claros, são finitos em termos de prazo e tem orçamentos predefinidos (TERRIBILI
FILHO, 2011).
Assim como demais estudos, essa unidade tomou como base as etapas
propostas no guia do Project Management Body of Knowledge (PMBOK) que apresenta
nove áreas que descrevem os conhecimentos e práticas do gerenciamento de
projetos, vejamos seguir cada uma dessas áreas:
61
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
62
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
• estratégia militar;
• política;
• administração de empresas;
• marketing e publicidade;
• pesquisa e desenvolvimento;
• manutenção de planta e equipamentos.
Você já pensou quando e por quais motivos uma organização deve fazer
uso de projetos? Segundo Cleand (1999, apud VARGAS, 2005), tal análise pode ser
realizada por meio de sete fatores. Os sete fatores são evidenciados na figura a seguir:
63
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
• competição;
• padrões de qualidade;
• redução nas margens de lucro;
• fatores tecnológicos;
• aspectos legais;
• aspectos sociais;
• fatores políticos;
• pressões econômicas.
DICAS
Se você pesquisar na internet e em outras fontes, perceberá que existem várias versões
desse guia, pois ele é atualizado a cada quatro anos.
65
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
Desse modo, percebeu-se que havia uma janela de apenas quatro meses
por ano para se trabalhar sem chuva, a partir dessa constatação, a decisão tomada
para conclusão do projeto, foi de aumentar a produção de materiais (brita, areia
etc.) e durante o inverno distribuir esses materiais nas frentes de trabalho, a fim
de não haver interrupção tendo em vista o curto período de tempo sem chuva.
66
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
FIGURA 5 – PRINCE2
FONTE: <https://www.lecom.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/01/prince2.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
68
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
Este subtópico tem como intuito ampliar sua visão quanto aos modelos
e guias existentes para gestão de projetos, bem como apresentar os conceitos e
definições de cada um deles. A seguir serão apresentadas as etapas que podem
compor um projeto.
69
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
3 PLANO DE INTEGRAÇÃO
Vimos que em todos os casos o projeto é:
• Projetos social.
• Projeto cultura.
• Projeto empresarial.
• Projeto de pesquisa ou projeto acadêmico.
• Projeto de capacitação.
• Projeto de sistema.
• Projeto de infraestrutura.
70
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
4 PLANO DE CUSTO
Neste subtópico, será abordado o plano de custo, você já deve imaginar
que essa etapa diz respeito aos valores monetários. É exatamente isso, essa área
engloba os processos requeridos para assegurar que um projeto seja concluído de
acordo com o orçamento previsto (VARGAS, 2005).
71
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-dos-custos.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
72
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
5 PLANO DE ESCOPO
No dicionário, a palavra escopo significa “ponto em que se mira” ou ainda
“alvo” (DICIO, 2020). No gerenciamento de projetos, o escopo diz respeito à
magnitude do trabalho a ser desenvolvido e a somatória dos produtos e serviços
a serem fornecidos em um projeto (GONÇALVES, 2009).
NOTA
Por fim, um bom gerenciamento do escopo passa pela definição clara do que
deve ser feito durante o projeto e como isso será realizado. Essa definição deve ser
feita com base nos resultados esperados para o projeto e nas restrições que se terá
para sua realização.
74
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
6 CRONOGRAMA
Uma das maiores causas de falhas em projetos é o atraso, por isso o
gerenciamento do cronograma é sem dúvidas uma das etapas que se deve seguir
criteriosamente e com empenho. “Até a quinta edição do PMBOK, o gerenciamento
do cronograma era chamado de gerenciamento do tempo. A mudança vem enfatizar
a importância do cronograma na gestão do tempo do projeto”, que inclui os processos
necessários para gerenciar o término pontual do projeto (PMI, 2017, p. 173).
NOTA
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-do-tempo.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
75
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
7 PLANO DE QUALIDADE
Hodiernamente, muito se fala em qualidade, o conceito tornou-se uma
filosofia almejada por toda organização que deseja se manter no mercado, o que
transformou a qualidade em matéria aplicada. Para Balsanelli e Jericó (2005, p. 398):
A busca pela excelência nas ações aparece como condição essencial nos
dias atuais. Atender aos anseios dos clientes superando suas expectativas
torna-se prioridade para as organizações. Logo qualidade consiste
em alcançar os resultados desejados pela empresa e simultaneamente
encantar aqueles que consomem nossos produtos e/ou serviços.
76
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
• Defeito zero: não existe tolerância a erros dentro do sistema. A meta é que, em
todos os processos, não existam falhas e exista dentro do projeto um ambiente
isento de defeitos.
• O cliente é o próximo elemento do processo: conceito baseado na necessidade
de desenvolvimento de um sistema que seja capaz de garantir que o produto
ou serviço seja transferido para o cliente de maneira correta.
• Faça correto da primeira vez: é meta de o gerenciamento da qualidade garantir
que cada ação do projeto seja desenvolvida corretamente na primeira vez,
porque seus custos são muito mais baratos assim. O processo de correção é
várias vezes mais caro que o processo de planejamento.
• Melhoria contínua: conceito que reconhece que o mundo está em constante
mutação e que o processo satisfatório, hoje, pode não o ser amanhã, fazendo
com que os mecanismos de controle do projeto necessitem de aprimoramentos
constantes para garantir a qualidade do produto ou serviço. Outro aspecto
importante a ser discutido é o custo da qualidade. O custo da qualidade é
definido como o investimento total para atingir a qualidade desejada do produto
ou serviço. Isso inclui todo o trabalho necessário para construir um produto ou
serviço, que está em conformidade, bem como todo o custo resultante da não
conformidade.
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-da-qualidade.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
• Fluxograma.
• Filha de verificação.
• Histograma.
• Diagrama de pareto.
• Gráfico de controle.
• Diagrama de dispersão.
• Benchmarking.
• Projetos de experimentos.
• Amostragem estatística.
• Ferramentas adicionais de planejamento da qualidade.
• Auditorias de qualidade.
• Análise de processo.
• Inspeção.
DICAS
Caro acadêmico, há diversos sites e programas que você pode acessar e criar
gratuitamente um histograma ou fluxograma. Seguem alguns sites que você pode explorar:
• https://www.goconqr.com/pt-BR/.
• https://www.mindmeister.com/pt/.
• https://www.lucidchart.com/pages/pt.
8 RECURSOS HUMANOS
As pessoas são quem criam, desenvolvem e mantêm as empresas; são elas
que executam a tarefa empresarial e delas depende uma parte significativa do
sucesso desses empreendimentos empresariais (ARANTES, 1998). No que diz
respeito à gestão de projetos, o assunto ganha maior notoriedade em função da
característica peculiar da área.
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-dos-recursos-humanos.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
79
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
DICAS
Dica de filmes: MoneyBall – O homem que mudou o jogo. Billy Beane (Brad
Pitt) é o gerente do time de baseball Oakland Athletics. Com pouco dinheiro em caixa e com
a ajuda de Peter Brand (Jonah Hill), ele desenvolveu um sofisticado programa de estatísticas
para o clube, que fez com que ficasse entre as principais equipes do esporte nos anos 1980.
Jobs. O filme que conta a história do líder de uma das maiores empresas do mundo tem
muito a inspirar gerentes de projetos. Jobs era um homem que sabia como ninguém vender
as coisas. Um gerente de projetos muitas vezes precisa “vender” seu projeto, seja para um
cliente ou para a alta administração.
FONTE: <https://www.projectbuilder.com.br/blog/5-filmes-para-inspirar-gerentes-de-projetos/>.
Acesso em: 11 ago. 2020.
9 PLANO DE COMUNICAÇÃO
Neste sutópico, serão discutidos conteúdos pertinentes ao plano de
comunicação, também chamado de planejamento da comunicação, serão
apresentados os métodos que seguem a abordagem de gestão ágil como novo
paradigma da gestão de projetos.
FIGURA 11 – COMUNICAÇÃO
80
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
81
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
FONTE: <https://www.auctus.com.br/wp-content/uploads/2016/09/tirinha-projetos1.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-das-comunicacoes.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
83
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
O Guia PMBOK reforça essa tese, ao afirmar que muitos projetos, mesmo
concluídos dentro do prazo e orçamento esperados, não conquistaram totalmente
a confiança dos stakeholders pela falta de uma boa comunicação.
84
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
FONTE: <https://leonardomatsumota.files.wordpress.com/2019/07/agil-tradicional-01.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
Como uma resposta a esse cenário surge a gestão ágil de projetos que,
conforme Highsmith (2004), trata-se de um conjunto de valores, princípios e
práticas que auxiliam a equipe a entregar produtos ou serviços de valor em um
ambiente desafiador. Essa abordagem tem como objetivo alcançar o sucesso em
projetos de forma simples, flexível e interativa (colaborativa).
85
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
86
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
10 PLANO DE AQUISIÇÃO
O gerenciamento de aquisições do projeto é a área do conhecimento que
trata dos processos relacionados às compras ou à contratação de serviços externos
para a equipe de projeto e necessários à conclusão do projeto. Constituem processos
de gerenciamento de aquisições, o planejamento das compras e aquisições,
planejamento das contratações, solicitação de respostas de fornecedores, seleção de
fornecedores e administração de contrato. Seus principais envolvidos são:
87
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-das-aquisicoes.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
11 STAKEHOLDERS
Neste subtópico, você aprenderá sobre o gerenciamento das partes
interessadas, também chamado de gestão de Stakeholders. Stakeholder é um termo
em inglês amplamente utilizado para designar cada parte interessada, ou seja,
qualquer grupo ou indivíduo que possa afetar ou ser afetado pelos objetivos da
organização, incluindo tanto aqueles que investem financeiramente na organização
como aqueles que influenciam, de outras formas ou sofrem as consequências das
ações da organização (GONZÁLEZ, 2012).
88
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-das-partes-interessadas.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
89
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
Após análise minuciosa da Tabela 1, fica claro que cada parte interessada
possui um foco específico e que quanto maior um projeto, maior será o número
de envolvidos, o que aumenta a possibilidade de conflitos.
90
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
FONTE: <https://artia.com/wp-content/uploads/2016/03/matriz-de-responsabilidades-raci.png>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
12 PLANO DE RISCO
A palavra risco denota a ocorrência de perigo ou insucesso de um
empreendimento em função de alguma incerteza, o risco é inerente a qualquer negócio
e nenhuma organização por melhor estruturada que esteja não está livre dele.
92
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS
FONTE: <https://escritoriodeprojetos.com.br/images/gerenciamento-dos-riscos.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
Desse modo, entende-se que o plano de risco inclui os processos que tratam
da realização de identificação, análise, respostas, monitoramento e controle, e
planejamento do gerenciamento de riscos é responsável por identificar, analisar,
planejar e responder a eventos futuros que podem ter impactos positivos ou
negativos de graus variados e com diferentes probabilidades (PMI, 2017).
93
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
NOTA
94
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
96
AUTOATIVIDADE
1 A comunicação é a arte de se fazer entendido e, por ser uma arte, vai além do
domínio do código, língua e veículo utilizado para conduzir a mensagem.
Os gerentes de projetos (GP) que alcançam êxito no plano de comunicação,
certamente terão êxito em seus projetos. Sobre a comunicação, associe os
itens, utilizando o código a seguir:
I- Interna.
II- Formal.
III- Vertical.
IV- Oficial.
V- Escrita, oral e verbal.
2 É notório que nos últimos 20 anos a gestão de projetos obteve uma forte
expansão, tornando-se reconhecidamente multidisciplinar e valorizada pelas
empresas e força de trabalho. Disserte sobre os motivos que conduziram ao
crescimento da área.
97
II- O conceito de projetos tem sido aprimorado nos últimos anos, visando
estabelecer um entendimento comum nas organizações que trabalham
com esse tipo de empreendimento.
III- Houve uma crescente demanda por cursos de pós-graduação em
gerenciamento de projetos o que impulsionou instituições de ensino de todo
o país a ofertar a disciplina de gerenciamento de projetos e também promover
a profissão do gerente de projetos.
IV- O gerenciamento de projetos pode trazer muitas vantagens para a
organização, porém sua aplicação é restrita e deve seguir criteriosamente o
PMBOK guia referencial de apoio.
PORQUE
98
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
VIABILIDADE DE PROJETOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, apresenta-se o conteúdo pertinente à viabilidade de projetos,
desde questões financeiras, técnicas e também algumas das metodologias
utilizadas para análise de viabilidade de projetos.
99
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
100
TÓPICO 2 — VIABILIDADE DE PROJETOS
Corrobora Frezatti (2008), ao afirmar que diversas são as técnicas que podem
ser usadas para determinar a viabilidade econômica de um projeto de investimento,
desde os mais simples até alguns demasiadamente sofisticados. O objetivo de todos
eles é um só: auxiliar na tomada de decisão de investir ou não no projeto.
101
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
• Valor presente líquido (VPL): Também chamado de Valor Atual Líquido (VAL), é
o indicador que afere o verdadeiro valor ou riqueza em termos monetários que o
projeto irá gerar para os investidores, considerando o custo de oportunidade do
capital, pois calcula o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma
taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial. Basicamente, é
o cálculo de quanto os futuros pagamentos somados a um custo inicial estariam
valendo atualmente. Segundo Abecassis e Cabral (2000) perante este critério,
aceitam-se os projetos com um VAL positivo. No caso de alternativa entre vários
projetos de investimento será de preferir o que tiver maior VAL e devem rejeitar-
se os que possuam um VAL negativo. O VAL superior a zero significa que os
fluxos de caixa criados cobrem o investimento inicial, os custos de exploração,
a rendibilidade exigida e ainda contribuem para criar autofinanciamento para a
empresa. (XIRIMBIMBI, 2018)
102
TÓPICO 2 — VIABILIDADE DE PROJETOS
• Taxa Interna de Retorno (TIR): é a taxa de atualização que torna o valor atual
líquido igual a zero, isto é, a remuneração máxima que o projeto pode conceder
aos investidores sem pôr em causa a cobertura do investimento inicial. Sendo
usada em análise de investimentos, significa a taxa de retorno de um projeto. É
calculada sendo a taxa que zera o valor de um fluxo de caixa (BARROS, 2002).
103
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
LEITURA COMPLEMENTAR
104
TÓPICO 2 — VIABILIDADE DE PROJETOS
105
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
4 Payback simples
Exemplo:
106
TÓPICO 2 — VIABILIDADE DE PROJETOS
Exemplo:
Conclusão: como o Payback do projeto A foi 3,3 anos e do projeto B foi 3,5
anos, o projeto A é considerado mais viável que o B. É importante ressaltar que alguns
projetos na área de construção civil, marketing e TI, por exemplo, geram entregas (que
são produtos e/ou serviços) ao longo do projeto e que já podem e muitas vezes são
comercializados antes mesmo da data final do projeto como um todo. Neste caso, o
período de payback, obviamente, será menor do que de um projeto que comercialize
o produto/serviço somente no final do projeto como um todo.
107
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
Exemplo:
108
TÓPICO 2 — VIABILIDADE DE PROJETOS
i = 3,59% = TIR
A TIR tem que ser maior do que a taxa de remuneração recebida pela
aplicação do valor do orçamento do projeto em outra aplicação. Logo, Se,
hipoteticamente, a taxa de remuneração de mercado for 2%, como a TIR do
projeto foi 3,59%, ele é considerado viável. Se a TIR for maior do que a taxa de
remuneração de mercado, o projeto é viável. Se a TIR for igual a taxa de juros de
mercado, o projeto é indiferente, pois a rentabilidade é nula. Se a TIR for menor
do que a taxa de juros de mercado, o projeto é inviável.
109
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
110
AUTOATIVIDADE
111
Na área comercial tem-se:
Setor Descrição Nº Funcionários
Compras e Responsável pelas compras de matérias-
3
suprimentos primas e insumos da empresa
Coordenador de vendas – responsável
2
pela coordenação de representantes
Vendas
Faturamento 3
Atendimento e vendas diretas 2
TOTAL 10
112
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Este tópico discorre sobre as transformações provocadas pelas novas
tecnologias da Informação e comunicação (TICs). Você vai conhecer as principais
tecnologias utilizadas nos processos portuários e seus impactos.
113
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
FONTE: <https://netscandigital.com/wp-content/uploads/2019/02/industria4.0-1024x768.jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
114
TÓPICO 3 — PROCESSOS PORTUÁRIOS E O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS
De acordo com Santos et al. (2016), a internet das coisas nada mais é que
uma extensão da Internet atual, que proporciona aos objetos do dia a dia (quaisquer
que sejam), mas com capacidade computacional e de comunicação, conectarem-se
à Internet. A conexão com a rede mundial de computadores viabilizará, primeiro,
controlar remotamente os objetos e, segundo permitir que os próprios objetos sejam
acessados como provedores de serviços.
NTE
INTERESSA
FONTE: <https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/duv-jpg>.
Acesso em: 11 fev. 2021.
NOTA
DICAS
Caro acadêmico, você pode se aprofundar ainda mais neste assunto lendo o
artigo intitulado “SISTEMA COMUNITÁRIO PORTUÁRIO (SCP) E DESEMPENHO DO PORTO",
disponível no link: http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/EeN/article/view/9309.
118
TÓPICO 3 — PROCESSOS PORTUÁRIOS E O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS
3 B2B
O B2B (BUSINESS-TO-BUSINESS), em português “de empresa para
empresa”, representa o comercio realizado entre empresas. Atualmente, essas
parcerias têm se tornado cada vez mais comum, posto que:
119
UNIDADE 2 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
Por esses e outros motivos, uma empresa pode firmar parcerias que
proporcionem vantagens competitivas e que melhorem o seu desempenho. Neste
aspecto, as Startups são muito requisitadas, já que possuem uma estrutura enxuta
e altamente tecnológica.
120
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Devido à globalização e o uso das TICs, o porto saiu de uma posição tradicional
de prestadores de serviços de transbordo para distribuidor de produtos em
toda a cadeia de abastecimento e prestadores de serviços logísticos integrados.
• A internet das coisas nada mais é que uma extensão da Internet atual, que
proporciona aos objetos do dia a dia (quaisquer que sejam), mas com capacidade
computacional e de comunicação, se conectarem à Internet.
CHAMADA
121
AUTOATIVIDADE
Ter o melhor porto brasileiro, com baixo custo e muita tecnologia. Esse
é o desejo do presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp), Casemiro Tércio Carvalho, para o Porto de Santos. Para isso,
segundo ele, é preciso também pensar no futuro da mão de obra, essencial
para movimentar os grandes terminais.
"Aquilo que era feito através de papel está sendo feito totalmente digital.
Os profissionais têm que estar preparados para trabalhar com sistema de
automação. Nos últimos anos, começou a substituição dos profissionais
que tinham 20 anos de empresa por profissionais mais jovens que possuem
experiência na área de logística e muito conhecimento em tecnologia",
explica Vander Serra de Abreu, mestre em Ciências Tecnológicas pela USP
e com experiência em sistemas de automação e controle logístico portuário.
122
Carolina Pula, advogada e professora universitária especialista em Direito
Marítimo e Portuário, diz que o processo de automação no setor portuário
acabou, naturalmente, por substituir muitos profissionais pelas máquinas.
As vagas continuam existindo, mas em menor oferta.
"A questão do trabalho braçal, trabalho mais físico, era muito demandada.
Hoje em dia, principalmente nos portos estrangeiros, não se vê mais. Vemos
a tecnologia fazendo o trabalho mais pesado. A questão da necessidade
do trabalhador sempre vai continuar existindo. Mas, a tecnologia vai
substituir boa parte dessa situação", diz Carolina.
Qualificação
Mercado
123
A exigência na contratação reflete no quadro de funcionários. No setor
administrativo, cerca de 57,59% dos funcionários possuem ensino
superior completo, 25,32% possuem pós-graduação ou especialização e
10,76% possuem ensino médico completo. Dos trabalhadores do quadro
operacional composto por operadores de equipamentos de bordo, de
costado conferentes, entre outros, 78% têm ensino médio completo e 14,69%
têm superior completo e 1,49% pós-graduação.
2 Geralmente, um mapa mental inicia com uma ideia central, em que todos
os ramos que se originam do mapa significam uma decomposição da ideia
principal, esses frameworks são muito utilizados na gestão de projetos.
Tendo em vista as etapas do gerenciamento de projetos descritos nesta
unidade, faça um mapa mental detalhando cada fase e suas especificidades.
124
REFERÊNCIAS
ARANTES, N. Sistemas de gestão empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
CLELAND, D. et al. Field Guide to Project Management. 2. ed. Nova York: John
Wiley& Sons, 2004.
125
CHAVES, E. C. J. et al. Avaliação da gestão de stakeholders em implantações
de projetos de sistemas em serviços. 2013. Disponível em: http://www.pos.cps.
sp.gov.br/files/artigo/file/613/396af91753763c91dd4a9a08e625ffd6.pdf. Acesso
em: 18 fev. 2021.
126
HAMMER, M.; CHAMPY, J.; KORYTOWSKI, I. Reengenharia: revolucionando
a empresa em função dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças da
gerência. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
KEELLING, R. Gestão de projetos: uma abordagem geral. São Paulo: Saraiva, 2009.
127
MONTES, E.; PATZ, F. Gerenciamento das partes interessadas: como engajar as
pessoas em seus projetos. 2017. Disponível em: https://escritoriodeprojetos.com.
br/livro-gerenciamento-das-partes-interessadas. Acesso em: 11 fev. 2021.
NETO, A. A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2009.
OMDN. Porto Sem Papel: nova ferramenta facilita o pagamento de taxas. 2020.
Disponível em: https://www.omdn.com.br/porto-sem-papel-nova-ferramenta-
facilita-o-pagamento-de-taxas/. Acesso em: 7 mar. 2021.
128
REYNOLDS, G. W.; STAIR, R. M. Princípios de sistemas de informação. 9. ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2011.
SALLES JÚNIOR, C. A. C. et al. Gerenciamento de riscos em projetos. 2. ed. Rio
de Janeiro: Editora FGV, 2009.
SANTOS, B. P. et al. Internet das coisas: da teoria à prática. 2016. Disponível em:
https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-das-coisas.pdf.
Acesso em: 11 fev. 2021.
WRONA, V. The value of Getting PMP Certified. 2008. Disponível em: https://
www.globalknowledge.com/us-en/training/certification-prep/topics/project-
management/section/pmi-certifications/pmp/ . Acesso em: 22 fev. 2021.
129
YANG, Y. et al. Internet of Things for Smart Ports: Technologies and Challenges.
IEEE Instrumentation & Measurement Magazine, February, 2018.
130
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
131
132
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Em um cenário de economia globalizada e altamente competitiva, as
práticas de gestão de projetos são fundamentais para o alcance de vantagens
competitivas. As organizações que focam na gestão de projetos, com o uso
adequado de metodologias, melhoraram significativamente seus resultados.
2 GESTÃO DE PROJETOS
O sistema de gestão de projetos é formado por processos associados a
nove áreas de conhecimento que foram apresentadas na unidade anterior deste
livro, a saber: gestão da integração, gestão do escopo, gestão do tempo, gestão dos
recursos humanos, gestão de custos, gestão das aquisições, gestão da qualidade,
gestão do risco, gestão da comunicação. Os grupos de processos associado as nove
áreas são: iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento, conforme
exposto na figura a seguir:
133
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
134
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
Como é possível observar no mapa mental, em cada uma das fases dos
grupos de processos é possível adotar cronogramas, metodologias, ferramentas
da qualidade, softwares e controles diversos que possibilite o êxito do projeto.
135
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
Kerzner (2002) sintetiza que projetos são os meios pelos quais as estratégias
da empresa são implementadas. Também reforça que há um aumento do número
de empresas que estão adotando a metodologia de gerenciamento de projeto, seja
com a contratação de uma consultoria especializada ou por meio da implantação
de um escritório de projetos.
• Área da organização
o A área de Tecnologia da Informação (TI) geralmente possui muitos
projetos, justamente por isso necessita de uma gestão mais aprimorada de
seu portfólio de projetos.
• Corporativo
o Muitas vezes, o time da direção decide criar um PMO para gerenciar ou
coordenar o portfólio de projetos da organização.
o Um PMO corporativo poderá padronizar a metodologia de gerenciamento
de projetos de toda organização e atuar de várias formas conforme os tipos
de estrutura definidos abaixo.
136
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
137
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
138
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
DICAS
139
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
NOTA
140
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
3 BASELINE DE PROJETOS
A linha de base – também chamada de baseline ou plano de base – é a
referência do plano de projeto aprovado, é a partir dessa linha de base que será possível
comparar aquilo que está sendo executado com o que foi aprovado. Portanto, deve-
se considerar a linha de base como um planejamento acordado e aprovado entre as
partes interessadas, com a meta de progresso (evolução) do projeto.
Por que fazer uma baseline? Basicamente, a linha de base é o mecanismo pelo
qual é possível armazenar as informações referentes ao planejamento de um projeto.
Esse plano de base representa um caminho pelo qual o projeto deverá seguir, assim
será possível acompanhar aquilo que foi previsto como que foi realizado.
Quando fazer uma baseline? Todas as linhas de base devem ser estabelecidas
dentro da fase de planejamento, ou seja, antes de se iniciar a execução do projeto.
141
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
3.1 TEMPO
A Linha de Base de tempo é a informação que gera um calendário para o
projeto. Nela, especifica-se datas e distribuição de atividades de maneira que gere um
fluxo com todos os acontecimentos em ordem cronológica.
3.2 CUSTO
A linha de base de custo é um orçamento de quanto se pode investir no
projeto. Esse orçamento é realizado através de técnicas como: Estimativas de 3 pontos,
análogas e paramétricas.
142
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
3.3 ESCOPO
O processo de definição do escopo tem como objetivo elaborar e documentar
a estratégia para o desenvolvimento do trabalho, detalhando o que se pretende
“produzir” de forma clara e objetiva e seus critérios de aceite para o projeto que está
sendo gerenciado.
FONTE: <https://i0.wp.com/beware.com.br/wp-content/uploads/2015/02/artigo.png>.
Acesso em: 18 fev. 2021.
143
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
3.4 QUALIDADE
Segundo o PMI, um projeto com qualidade é aquele concluído em
conformidade com os requisitos, especificações e adequação ao uso. Para Mulcahy
(2011), a qualidade é definida como o grau em que o projeto cumpre os requisitos,
deve, portanto, estar em conformidade com os requisitos solicitados para o produto/
serviço.
144
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
LEITURA COMPLEMENTAR
TRIÂNGULO DE RESTRIÇÕES
145
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
146
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
148
TÓPICO 1 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUARIOS
149
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
150
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
151
AUTOATIVIDADE
152
3 A estrutura organizacional da empresa é um fator ambiental que pode afetar
a disponibilidade dos recursos e influenciar a metodologia para se conduzir
os projetos dentro da empresa. Dado este contexto, assinale a alternativa
CORRETA:
153
154
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Este tópico discorre sobre indicadores de monitoramento e controle. Serão
abordadas as principais metodologias e indicadores utilizados para o gerenciamento
do desempenho dos projetos e seus impactos nos resultados dos projetos.
2 INDICADORES DE DESEMPENHO
Os indicadores de desempenho fazem parte da nossa vida. Você, por
exemplo, é avaliado por meio de um indicador que é a sua nota, e também avalia
a instituição por meio da Comissão Própria de Avaliação (CPA) que responde ao
término de cada disciplina. A faculdade, por sua vez, também é avaliada com
um indicador do ministério da educação (MEC). Em nosso cotidiano, estamos
o tempo todo avaliando e sendo avaliados, não tem como fugir dessas métricas.
155
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
156
TÓPICO 2 — INDICADORES DE MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS
157
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
158
TÓPICO 2 — INDICADORES DE MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS
CV = EV - AC
O Custo Real Atual (AC) é a soma dos custos reais incorridos no projeto
para a execução de cada atividade. É o custo do trabalho até uma determinada
data, incluindo os custos diretos e indiretos, sendo portando o custo efetivo até a
data em questão, em que um valor positivo indica um bom desempenho.
CV = BCWP – ACWP
160
TÓPICO 2 — INDICADORES DE MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS
VC = VA − CR (1)
VC > 0 projeto abaixo do orçamento
Uma variação de custo positiva representa que o custo real está abaixo
do previsto. Isso pode ocorrer devido a uma negociação de preços, controle de
gastos e desperdícios ou a economia pode ter se dado a partir do uso de materiais
ou serviços de baixa qualidade, por exemplo. Nesse caso, é necessário identificar
a fonte de ganho para detectar o que ocorreu, e caso seja algo que traga prejuízo
à qualidade e andamento da obra, deve ser corrigido, caso contrário, mantem-se
o ritmo da obra.
Vejamos, na prática, como o Valor Planejado (PV), Custo Real (AC) e Valor
Agregado (EV) são calculados em um projeto, conforme exemplo proposto por
Oliveira e Coutinho (2012):
161
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
O Valor Planejado (PV) ainda descreve onde o projeto deveria estar num
dado momento de análise ou atualização dele, refletindo a porção do orçamento
que deveria ter sido gasta considerando-se a informação que consta na linha de
base de custo do projeto.
162
TÓPICO 2 — INDICADORES DE MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS
FIGURA 14 – VALOR AGREGADO (EV), VALOR PLANEJADO (PV) E DO CUSTO REAL (AC) EM UM
PROJETO
163
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
164
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O valor planejado ou Planned Value (PV) é o valor total orçado para ser gasto
em uma determinada atividade, pacote ou projete em um determinado ponto
de verificação do projeto.
165
AUTOATIVIDADE
I- PV – Planned Value.
II- AC – Actual Cost.
III- EV – Earned Value.
IV- CV – Cost Variance.
166
Tendo em vista os prejuízos causados durante o período de pandemia, esse
projeto é de suma importância para empresa aumentar sua participação em
20% no mercado.
Para desenvolver esse projeto, você conta com a seguinte equipe alocada ao projeto:
• José, engenheiro experiente, 59 anos, atua na empresa há 15 anos – R$ 150,00
a hora.
• Laura, estilista, 32 anos – R$ 100,00 a hora.
• Thiago de 24 anos, recém-formado em gestão de processos – R$ 50,00 a hora.
• Lucas, jovem aprendiz, 17 anos – R$ 18,00 a hora.
167
168
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
GESTÃO DE PORTIFOLIO
1 INTRODUÇÃO
Vimos que toda organização desenvolve produtos e/ou serviços com
intuito de atender determinado público ou, ainda, melhorar sua posição no
mercado, tendo em vista o seu planejamento estratégico onde são delineados a
missão, visão, os valores metas e objetivos organizacionais.
169
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
2 PORTFÓLIO DE PROJETOS
As organizações direcionam para diversos mercados trabalhos, projetos,
programas e outros esforços para os quais define-se um conjunto de produtos, que
se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento. Observe um exemplo na
figura a seguir.
170
TÓPICO 3 — GESTÃO DE PORTIFOLIO
NOTA
171
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
172
TÓPICO 3 — GESTÃO DE PORTIFOLIO
Assim, o AHP produz um valor percentual global para cada uma das
ações potenciais (alternativas), priorizando-as ou classificando-as. A ponderação
aditiva − no qual os desempenhos das alternativas, com relação a cada critério, são
173
UNIDADE 3 — GESTÃO DE PROJETOS PORTUÁRIOS
174
TÓPICO 3 — GESTÃO DE PORTIFOLIO
175
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
176
AUTOATIVIDADE
177
REFERÊNCIAS
ANBARI, F. T. Earned Value Project Management Method and Extensions.
Project Management Journal, p. 12-23, 2003. Disponível em: https://www.pmi.
org/learning/library/earned-value-gauge-components-method-extensions-2512.
Acesso em: 18 fev. 2021.
178
MARQUES JÚNIOR, L. J.; PLONSKI, G. A. Gestão de projetos em empresas no
Brasil: abordagem" tamanho único"? Gestão & Produção, São Carlos, v. 18, n. 1,
p. 1-12, 2011.
NARBAEV, T.; MARCO, A. de. Combination of Growth Model and Earned Schedule
to Forecast Project Cost at Completion. Journal of Construction Engineering and
Management, v. 140, n. 1, 2014.
179
SHENHAR, A. J. Strategic Project Leadership® Toward a strategic approach to
project management. R&d Management, v. 34, n. 5, p. 569-578, 2004.
180