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Gestão e Tecnologia

das Construções
GESTÃO E TECNOLOGIA
DAS CONSTRUÇÕES
Expediente
Reitor: Ficha Técnica
Prof. Cláudio Ferreira Bastos Autoria:
Rodrigo Bastos Chaves
Pró-reitor administrativo financeiro:
Prof. Rafael Rabelo Bastos Supervisão de produção NEAD:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
Pró-reitor de relações institucionais:
Prof. Cláudio Rabelo Bastos Design instrucional:
Ana Lúcia do Nascimento /
Pró-reitor acadêmico: Antonio Carlos Vieira
Prof. Valdir Alves de Godoy
Projeto gráfico e capa:
Coordenação pedagógica: Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Profa. Maria Alice Duarte G. Soares
Diagramação e tratamento de imagens:
Coordenação NEAD: Jocivan de Castro Costa
Profa. Luciana R. Ramos Duarte
Revisão Ortográfica:
Ana Lúcia do Nascimento /
Antonio Carlos Vieira

Ficha Catalográfica
Catalogação na Publicação
Biblioteca Centro Universitário Ateneu

CHAVES, Rodrigo Bastos. Gestão e tecnologia das construções. / Rodrigo Bastos Cha-
ves. – Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2019.

80 p.

ISBN:

1. Planejamento. 2. Administração de materiais. 3. Contabilidade na obra. 4. Organização. I.


Centro Universitário Ateneu. II. Título.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou par-
cialmente, por quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotos-
tática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para
tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser
dirigidos à Reitoria.
SEJA BEM-VINDO!

Caro estudante, por meio deste material você terá um breve


conhecimento sobre planejamento e gerenciamento de obras, a função
do gerente de obras, organização e planejamento do canteiro de obras e
acompanhamento da execução dos serviços das obras de engenharia.

Identificará, no decorrer dos estudos, como é feito o controle


administrativo dos principais documentos essenciais para a execução dos
trabalhos nas obras de construção civil, bem como a administração de
materiais e pessoas em obras.

Você ainda compreenderá sobre os principais equipamentos de


transporte verticais utilizados nas edificações e outros trabalhos relacionados
na área da engenharia. Compreenderá também sobre os estudos da
contabilidade e custos financeiros em serviços de engenharia.

Por último, aprenderá sobre a organização do trabalho, hierarquia


de cargos, as tecnologias mais atuais apresentadas na construção civil e
a implementação de tecnologia racionalizada em empreendimentos de
engenharia.

Bons estudos!
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem e significam:

ANOTAÇÕES

CONECTE-SE

REFERÊNCIAS
SUMÁRIO

PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO
CANTEIRO DE OBRAS
1. Otimização de projetos............................................ 8

01
1.1. Gerenciamento de projetos........................... 13
1.2. Gerente de projetos ................................... 16
2. Organização administrativa de um
canteiro de obras.................................................. 17
3. Acompanhamento geral do andamento da obra... 20
Referências................................................................ 24

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E
PESSOAS NA OBRA

02
1. Apropriação e controle na construção................... 26
2. Administração de materiais na obra...................... 29
3. Administração de pessoal na obra........................ 32
Referências................................................................ 38
EQUIPAMENTOS, TRANSPORTE E CONTABILIDADE
NA OBRA
1. Equipamentos na obra.......................................... 40
2. Transporte e movimentação na obra.................... 42

03
2.1. Elevadores .................................................... 43
2.2. Grua .............................................................. 44
2.3. Plataforma de trabalho aéreo........................ 46
3. Contabilidade na obra........................................... 47
Referências................................................................ 54

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E AS NOVAS TEC-


NOLOGIAS USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
1. Organização do trabalho....................................... 56
2. Novas tecnologias utilizadas na
construção civil...................................................... 58
2.1. Aço utilizado como material de

04
construção civil ............................................. 59
2.2. Gesso utilizado como material de
construção civil.............................................. 61
2.3. Mesas voadoras ........................................... 64
2.4. Deck light....................................................... 65
2.5. Concreto pré-moldado .................................. 66
3. Implantação de tecnologias construtivas
racionalizadas em obras....................................... 72
Referências................................................................ 78
Unidade Organização do trabalho e as

04
novas tecnologias usadas na
construção civil

Apresentação
Nesta unidade, estudaremos como devemos organizar um
determinado trabalho na construção civil e como esta organização influencia
no planejamento e na execução dele.

Na sequência, abordaremos sobre as novas tecnologias construtivas


mais atualizadas dentro da indústria da construção civil.

Para finalizar nossos estudos, observaremos sobre a implementação


e a importância do sistema de racionalização do processo produtivo.
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
• Fornecer ao estudante o entendimento sobre a organização do trabalho em
termos de hierarquia e organograma;
• Conhecer as principais novas tecnologias utilizadas na construção civil;
• Entender a implantação de forma racionalizada das tecnologias.

1. Organização do trabalho
O trabalho organizacional não é elaborado ao acaso. A maneira como
as pessoas trabalham nas organizações depende, basicamente, de como seu
trabalho foi planejado, modelado e organizado, ou seja, de como foi feita a
distribuição das atividades. Geralmente, as atividades estão contidas em
cargos. A estrutura de cargos é condicionada pelo desenho organizacional
em que ela está contida. Os cargos fazem parte integrante do formato estrutural
da empresa e ele condiciona e determina a distribuição, configuração e o grau
de especialização dos cargos. A arquitetura da empresa é representada pelo
desenho organizacional: como os seus órgãos e cargos estão estruturados
e distribuídos, quais as relações de comunicação entre eles, como o poder
está definido e como as atividades deverão ser elaboradas.

A estrutura da empresa nada mais é do que a arquitetura de


cargos e atividades dispostas de uma maneira racional e lógica com a
finalidade de proporcionar uma adequação entre a especialização vertical,
níveis hierárquicos (organograma), ver figura a seguir, de um lado e a
especialização horizontal de outro. Cada departamento ou divisão é formado
por um conjunto de cargos. Para se analisar uma empresa, deve-se decompor
cada órgão em seus cargos construtivos. Essa observação tradicional, linear
e cartesiana está sendo substituída por uma visão sistêmica e contingencial,
que procura mais integrar e juntar do que em separar e fragmentar as tarefas
e atividades.

As pessoas trabalham nas empresas desempenhando uma determinada


função. Geralmente, quando se pretende saber o que uma pessoa faz na
empresa, pergunta-se qual é o cargo que desempenha. É dessa forma que
sabemos o que ela faz na empresa e temos uma ideia da sua importância e
do nível hierárquico que ocupa.

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O cargo é uma composição de todas as tarefas desempenhadas por
uma pessoa que podem ser englobadas num todo e que figuram em certa
posição formal do organograma da empresa. Assim, para desempenhar as
suas atividades, a pessoa que ocupa um cargo deve ter uma posição definida
no nível hierárquico do trabalho. A posição do cargo define a subordinação,
os subordinados e o departamento ou divisão onde está localizado.

Descrever um cargo significa relacionar o que o ocupante faz, como


faz, sob quais condições faz e por que faz. A descrição do cargo é um
retrato simplificado do conteúdo e das principais responsabilidades
dele. Essa descrição relaciona de maneira breve as tarefas, deveres e
as responsabilidades.

Analisar um cargo consiste em detalhar o que o cargo exige do seu


ocupante em termos de conhecimentos, habilidades e capacidades para
que possa desempenhá-lo adequadamente. A análise é elaborada a partir
da descrição do cargo. Embora sejam intimamente relacionadas, a diferença
é que enquanto a descrição de cargos focaliza o conteúdo do cargo, a
análise de cargos procura determinar quais os requisitos físicos e mentais
que o ocupante deve possuir, as responsabilidades que o cargo impõe e as
condições em que o trabalho deve ser elaborado.

A obtenção de dados a respeito dos cargos pode ser feita por meio
de entrevistas, determinando, assim, seus deveres e responsabilidades. A
coleta pode ocorrer por meio de questionários que são distribuídos aos seus
ocupantes ou ao seu supervisor. A principal vantagem do questionário é que
ele proporciona um meio eficiente e rápido de coletar informações de um
grande número de funcionários.

Sobre os aspectos motivacionais dos cargos, as dimensões profundas


tendem a criar três estados psicológicos críticos nos seus ocupantes:
• Percepção do significado do trabalho: é o grau em que o ocu-
pante sente que seu trabalho é importante, valioso e que contribui
para a organização;
• Percepção da responsabilidade pelos resultados do trabalho: é
o grau em que o ocupante se sente pessoalmente responsável pelo
trabalho e que os resultados do trabalho dependem dele;
• Conhecimento dos resultados do trabalho: é o grau em que o
ocupante toma conhecimento do seu trabalho e autoavalia o seu
desempenho.

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A íntima relação entre as dimensões profundas do cargo e os estados
psicológicos críticos produz resultados como: elevada motivação para o
trabalho, elevada qualidade no desempenho do trabalho, alta satisfação
com o trabalho e baixo absenteísmo e rotatividade.

Figura 01: Nível hierárquico no trabalho – Organograma de uma obra.

Mestre de obras

Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado Encarregado


Forma Armação Pedreiro Bombeiro Elétrica

Pedreiros
Carpinteiros Armadores Pedreiros Bombeiros Eletricistas
Acabamento

Ajudantes Ajudantes Ajudantes Ajudantes Ajudantes Ajudantes

Fonte: <http://bit.ly/2GfLx0p>.

2. Novas tecnologias utilizadas na


construção civil

A construção civil é de fundamental importância para a economia de


uma nação, pois ela gera emprego e renda em diversos setores, como o do
comércio e da indústria de maneira direta ou indireta.

Este setor, assim como a sociedade num geral, a todo instante, depara-
se com uma tecnologia, sendo ela nova ou não. O fato é que passou a ser
impossível viver sem esses conhecimentos tecnológicos.

A indústria da construção civil buscou, nos últimos anos, por


inovações tecnológicas e práticas que tornem os processos construtivos
mais produtivos, com menores índices de retrabalho e geração de resíduos.

Com a evolução tecnológica, surgiram sistemas que fazem funções


importantes como planejar, programar e controlar os processos produtivos.
Com a evolução industrial, incluindo aqui a indústria da construção civil, e

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a necessidade de produzir mais e melhor, a tecnologia se tornou uma
grande aliada, junto ao aprimoramento de filosofias e ao desenvolvimento de
processos, produtos e pessoas.

As novas tecnologias, somadas à concorrência internacional, têm


obrigado as empresas brasileiras a desenvolverem produtos baratos, com
qualidade cada vez melhor e custo final competitivo.

As novas tecnologias construtivas estão sendo bastante utilizadas


nas grandes potências econômicas como EUA, Canadá, Japão, em vários
outros países do continente europeu e também da América Latina. Portanto,
no mercado brasileiro da construção civil, os novos métodos construtivos vêm
crescendo cada vez mais. Essas novas tecnologias construtivas estão sempre
aparecendo no mercado e essas novas ideias vêm inovando o método de
construir. Criar, inovar e transformar são palavras que devem estar sempre
na mente de profissionais de tecnologia.

Vamos estudar, agora, as principais e inovadoras tecnologias usadas


na construção civil, que são: steel framing, drywall, mesas voadoras, deck
light e concreto pré-moldado.

2.1. Aço utilizado como material de construção civil


O aço é a liga metálica de ferro-carbono em que o teor de carbono varia
desde 0,008% até 2,11%. O carbono aumenta a resistência do aço, porém o
torna mais frágil. Os aços com baixo teor de carbono têm menor resistência
à tração, porém são mais dúcteis. A perda da ductilidade prejudica o seu uso
como material estrutural, devido à fragilidade de sua ruptura. O aço doce é o
aço com um baixo teor de carbono. Os aços são divididos em duas classes:
barra de aço classe A e barras e fios de aço classe B. Os aços também são
classificados por categorias: CA-25, CA-32, CA-40, CA-50, CA-60.

O aço é um material que pode ser reaproveitado integralmente quando


se desmonta uma estrutura ou quando na forma de sucata, reprocessado,
participa da produção do próprio aço. É, portanto, um material reciclável,
podendo ser reutilizado indefinidas vezes.

Para ser aplicado nas estruturas, o aço é fornecido sob a forma de


chapas e de barras, com secções padronizadas ou não.

O aço é um material fácil de ser encontrado e rápido de ser aplicado,


necessitando de mão de obra especializada para a sua manipulação.

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Figura 02: No Brasil, cabos de aço para uso geral são regulados pela
NBR-ISO 2408 e Resoluções Inmetro.

Fonte: <http://bit.ly/2RPjsyc>.

2.1.1. Steel framing

...O steel framing é a conformação do


esqueleto estrutural composto por
painéis em perfis leves, com
espessuras nominais...

A construção do tipo steel framing ainda é pouco usada no Brasil.


Diferentemente de uma estrutura de aço, ela utiliza perfis metálicos mais
leves, de aço galvanizado, e destina-se a construções de menor porte.
O sistema steel framing é indicado para projetos com muita repetição de
elementos, como no caso de conjuntos habitacionais, ou com muitas
divisões internas, como hospitais, alojamentos e escritórios. O steel framing
é a conformação do esqueleto estrutural composto por painéis em perfis
leves, com espessuras nominais, usualmente variando entre 0,80 mm e
2,30 mm, e revestimento de 180 g/m² para áreas não marinhas e 275 g/m²
para áreas marinhas, em aço galvanizado, projetados para suportar todas
as cargas da edificação. É um sistema construtivo aberto, que permite a
utilização de diversos materiais. Por ser flexível, não apresenta grandes
restrições aos projetos, racionalizando e otimizando a utilização dos recursos
e o gerenciamento de perdas. A etapa de montagem do steel framing exige
muita atenção, pois o alinhamento e o prumo da estrutura devem ser
perfeitos, o que exige capacitação técnica do instalador. O steel framing não
aceita desvios maiores do que 0,5 cm, sob risco de haver falhas estruturais.

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Figura 03: O framing é o processo pelo qual se unem e se
vinculam os elementos.

Fonte: <http://bit.ly/2I2jWSl>.

2.2. Gesso utilizado como material de construção civil


Definimos gesso como sendo o aglomerante, constituído basicamente
de sulfato mais ou menos hidratado e anidro de cálcio, obtido pela
britagem e desidratação parcial ou total da gipsita. A gipsita é constituída
predominantemente de sulfato de cálcio cuja fórmula química é CaSO4.
Depois da desidratação, o gesso é triturado, peneirado e embalado. O
processo de desidratação da gipsita (sulfato de cálcio) consiste na queima
a uma temperatura que varia em função do tipo de gesso a ser obtido. O
gesso é um dos materiais de acabamento mais utilizados, principalmente
pela sua versatilidade.

Dentre suas características, devemos levar em conta a resistência ao


fogo, por ser um material com grande capacidade de absorver calor. Ele tem
apenas uma grande desvantagem – sua solubilidade em água. É utilizado
em revestimentos internos, fabricação de pré-moldado, isolante térmico
e acabamentos diversos. Duas particularidades devem ser consideradas
quando da utilização desse material: o gesso não pode ser utilizado em
exteriores, por ser solúvel em água, e somente pode ser armado com
armaduras galvanizadas, uma vez que provoca a corrosão do aço.

No Brasil, o gesso é um produto escasso, caro e, consequentemente,


pouco empregado como aglomerante. Existem, no Nordeste, algumas jazidas
situadas a uma distância que torna impossível o seu uso em escala apreciável
nos trabalhos de construção, o que restringe o gesso, então, a aplicações de
menor volume, especialmente em ornamentações.

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Em nosso mercado, é encontrado em sacos de 50 a 60 kg com os
nomes de gesso, estuque ou gesso molde.

Figura 04: A gipsita ocorre principalmente no Maranhão, no Ceará, no Rio


Grande do Norte, no Piauí e em Pernambuco.

Fonte: Elaborada pelo autor.

2.2.1. Drywall (gesso acartonado)


O drywall ou gesso acartonado é um material obtido, basicamente, pela
prensagem de gesso e papel reciclado, sendo produzidas industrialmente
placas que vêm sendo utilizadas como paredes, forros e revestimento,
proporcionando uma nova possibilidade construtiva.

O gesso acartonado é uma folha pré-fabricada de gesso que é fabricada


com 1200 mm de largura e comprimentos que variam bastante, sendo os
mais comuns os de 2500 mm e 3000 mm.

O drywall é o material mais barato de todos os acabamentos de


interiores, tanto para paredes quanto para forros. Ele retém características
de resistência ao fogo do estuque de gesso, mas é instalado com menos
mão de obra por trabalhadores menos habilidosos que os gesseiros.

O drywall permite a passagem de tubos internamente, facilitando


todas as instalações. A fixação de peças mais pesadas é feita por intermédio
de reforços com quadros metálicos.

Devido à facilidade, rapidez de execução e economia de mão de obra,


está sendo muito utilizado em grandes obras, por empreiteiras multinacionais
que já trazem seu conceito. Devido também a seu peso reduzido, as
paredes confeccionadas com esse material permitem o alívio de fundações
e estruturas.

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Faz-se necessário alguns cuidados com relação ao armazenamento:
os sacos de gesso devem ser armazenados em locais secos e protegidos,
de fácil acesso à inspeção e identificação de cada lote. As pilhas de sacos
devem ser colocadas sobre estrados e não devem conter mais de 20
sacos superpostos.

Para melhorar o desempenho térmico e acústico de paredes de drywall,


é necessário utilizar isolantes (materiais capazes de resistir à transferência
de calor). Dentre os materiais disponíveis estão aqueles fibrosos (lã de vidro,
lã de rocha, lã cerâmica, painéis etc.); os sintéticos (espumas rígidas, placas
de isopor com células abertas ou fechadas); e granulados ou composições.
Como o drywall exige, além do isolamento térmico, melhoria da isolação
sonora, o mais recomendável é o uso de materiais fibrosos. Eles podem ser
inseridos entre os montantes da parede, ficando confinados entre as placas
de vedação.

Figura 05: Gesseiro atuando com o gesso acantonado.

Fonte: <http://bit.ly/2RPLlqb>.

Figura 06: O drywall ainda é visto como subutilizado quando comparadas


todas as possibilidades do material.

Fonte: http://bit.ly/2teVuTk

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2.3. Mesas voadoras
O cimbramento é denominado de mesas voadoras, devido seu sistema
de forma de madeirite e treliças de madeira, ou popularmente chamadas
de longarinas, associadas com as escoras metálicas, o que faz o conjunto
parecer com uma mesa, e também devido seu transporte vertical realizado
com o auxílio da grua içando a estrutura monolítica, literalmente voando de
um pavimento para outro e por isso chamadas de mesas voadoras.

Outra forma de fazer o transporte vertical dessas mesas é por meio de


plataformas elevatórias. Já o transporte horizontal é realizado através dos
carros, que facilitam no deslocamento das mesas que são bastante pesadas.

As mesas voadoras, geralmente, são utilizadas para edificações de


multipavimentos, residenciais ou comerciais, com grandes panos de lajes
repetidos, acelerando a montagem da forma das lajes e vigas, o que torna
ideal para obras com cronograma curto.

A montagem das mesas pode ser realizada na própria obra sob


orientações iniciais do próprio fornecedor ou elas já serem montadas pelo
próprio fornecedor, ficando somente a encargo da obra acoplar as escoras
metálicas, posicionar e nivelar as mesas voadoras no local descrito nos
projetos de escoramentos e formas das lajes.

A locação e o nivelamento são realizados com o auxílio do carro


de transporte horizontal, que além de facilitar o deslocamento há nele um
sistema mecânico com uma catraca que eleva as mesas até o nível desejado
de acordo com as especificações do projeto.

As mesas, geralmente, são retangulares


e necessitam de acabamentos ...

As mesas, geralmente, são retangulares e necessitam de acabamentos


entre si e entre outros elementos como pilares e vigas. Esses acabamentos
também auxiliam no travamento das mesas.

Quanto à desforma, as mesas são bastantes práticas, pois, as escoras


das mesas são afrouxadas aos poucos e a mesa vai descendo, na ocasião, o
próprio peso da estrutura da mesa auxilia na sua retirada.

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Figura 07: As formas deixam o concreto recém-aplicado seguro de
mudanças climáticas.

Fonte: <http://bit.ly/2Gm98Nh>.

2.4. Deck light


O cimbramento é uma estrutura provisória feita com elementos que
dão apoio às formas de vigas e lajes, sustentando as cargas atuantes e
transferindo ao piso ou pavimento inferior.
O sistema de cimbramento de deck light é utilizado para formas de
lajes planas e são formados por pequenas placas ou módulos, geralmente
de 0,90 m x 2,00 m, variando conforme o fabricante. São leves, constituídos
por plásticos, alumínios e na parte superior, onde fica em contato com o
concreto e o compensado de madeira, facilitando a montagem e aumentando
a produtividade.
Os módulos ficam apoiados sobre escoras metálicas com o
drophead, do inglês e que significa cabeças descendentes. Estas são
abaixadas e permitem a desforma da laje sem a retirada do escoramento,
podendo desformar a laje no dia seguinte após a concretagem, pois não há
necessidade de esperar que o resultado do rompimento do corpo de prova do
concreto atinja o fck (resistência do concreto à compressão) solicitado no
projeto devido às escoras permanecerem no local aguentando os esforços de
compressão atuantes sobre elas.
Sua montagem é bem simples, necessitando de apenas dois ou três
funcionários e é relativamente rápida devido à peça ser leve e não depender
de grua ou plataforma de elevação. Pode-se utilizar um tripé para auxílio no
posicionamento e montagem, necessitando de apenas dois colaboradores
ou então três funcionários sem usar o tripé. A colocação dos módulos se
inicia após a concretagem e desformas dos pilares, daí monta-se os decks
light e ajusta-se por meio das escoras o nivelamento da laje.

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Obras em locais com frequência de ventos fortes ou que não se tenha
nenhuma forma de transporte vertical como grua ou plataforma de elevação
é uma boa opção se utilizar os decks light. E ainda se economiza na locação
de equipamentos de transporte.

Existem várias vantagens do sistema deck light para a forma


de concreto:

• Traz maior agilidade aos ciclos de concretagem, além de economia


de custos, de tempo e de mão de obra em suas construções;

• É composto por painéis modulares em alumínio, revestidos com uma


chapa compensada plastificada e sustentados por escoras com ca-
beças drophead, que permitem a realização da desforma mantendo
a laje escorada. Uma pequena equipe pode fazer a desmontagem
rapidamente, disponibilizando em até três dias toda a forma para ser
utilizada na etapa seguinte;

• Sua flexibilidade permite adaptação à qualquer geometria de


obra, além da conjugação com os sistemas convencionais;

• Alta produtividade de montagem (média de 0,30 Hh/m²), devido


ao número reduzido de peças;

• Passivo ambiental: a madeira já vem acoplada, eliminando a neces-


sidade de novas compras de madeira e possíveis desperdícios;

• Sistema ideal para utilização em empreendimentos residenciais ou


comerciais, com repetição da estrutura.

2.5. Concreto pré-moldado


Os elementos estruturais de concreto pré-moldados (lajes, vigas, pilares
e painéis de parede) são moldados e curados nas fábricas, transportados
para o canteiro de obras e montados já prontos.

A pré-moldagem oferece muitas vantagens em relação ao concreto


moldado no local:
• A produção de elementos pré-moldados é realizada de maneira ade-
quada no nível do solo;

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• As operações de mistura e lançamento são, normalmente, meca-
nizadas e, com frequência, realizadas em ambientes abrigados,
especialmente em casos de condições climáticas adversas;
• O controle da qualidade dos materiais e mão de obra é, geralmente,
melhor que o realizado no canteiro de obras.

A maioria dos elementos de concreto pré-moldado com alto grau de


padronização é usada para a produção de lajes de pisos e de cobertura.

Já são bastante usadas as lajes pré-moldadas, sob suas mais diversas


formas: vigotas com tijolos, com isopor, pré-lajes, lajes treliçadas e outras.
Também já são fabricados vigas e pilares, mais para construções industriais
e comerciais. A utilização de toda a estrutura pré-moldada com vigas e
pilares, além de lajes, ainda está longe de atingir um estágio avançado, talvez
por ser ainda muito caro o transporte de grandes peças pré-moldadas. Mas
este problema pode ser resolvido, principalmente, com a fabricação, no
próprio local da obra, de pré-moldados.

O pré-moldado pode ser feito em qualquer tamanho facilitando, assim,


a sua execução em pequenos elementos, que podem ser transportados para
montagem no local. É o caso, por exemplo, dos blocos de concreto e das
vigotas de lajes pré-moldadas, que são mais tradicionais.

As armações dos elementos pré-moldados podem ser os tradicionais


vergalhões de aço, fornecidos pelas indústrias siderúrgicas. Estas mesmas
indústrias já estão fornecendo produtos mais fáceis de confeccionar
estruturas pré-moldadas, como telas soldadas para lajes, muros de arrimo,
além de ferros prontos, tipo estribos prontos, conforme pode-se observar
em catálogo de indústria siderúrgica.

O processo de construção de estruturas em concreto pré-moldado é


muito similar ao usado em estrutura de aço. Os projetos estruturais para o
edifício são enviados para a empresa de pré-moldados, onde engenheiros e
projetistas preparam projetos executivos, que mostram todas as dimensões e
detalhes de cada elemento separadamente, bem como as formas de ligações.

Um excelente material para execução de pré-moldados é denominado


de CAD (concreto de autodesempenho), uma vez que se pode obter
peças estruturais de razoáveis dimensões com peso e forma compatíveis
para o transporte.

GESTÃO E TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES | 67


Pode ser feito em termos de pré-moldados de concreto: as sapatas e
blocos de fundações, pilares, pilares com consoles, vigas I, vigas I do tipo
calha, vigas Y, telhas W, escadas, blocos estruturais, blocos especiais, vigotas
para lajes, vigotas protendidas, pré-moldados hiperestáticos, dentre outros.

Iremos comentar brevemente sobre cada um desses modelos para


conhecermos sua forma e estrutura.

Sapatas e os blocos de fundações: podem ser feitos como elementos


pré-moldados, o mais importante é que a resistência do solo seja verificada
para evitar recalque. A vantagem com as sapatas pré-moldadas é que gastam
menos concreto do que as moldadas no local, podem ser feitas com reforços
nos quatro lados, de modo a formar peças indeformáveis.

Figura 08: Uma característica das sapatas pré-fabricadas é a


facilidade de instalação.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2E07kH0>.

Pilares pré-moldados: poderão ter uma beleza e forma definidas.


Existem pilares pré-moldados com arestas arredondadas ou chanfradas.

Pilares com consoles: são utilizados em obras industriais com ponte


rolante que prevê que o pilar seja calculado e executado, prevendo a carga
da ponte.

Viga I: o melhor tipo de viga com forma I é utilizado em estrutura


metálica. Este tipo de viga pode ser feito em concreto, com dimensões de
alma e aba ligeiramente superiores às obtidas com os perfis I fornecidos
pelo mercado.

68 | GESTÃO E TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES


Figura 09: As partes superiores horizontais das vigas I são
chamadas de flanges para força.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2MXCxgW>.

Vigas Y: utilizadas para telhados para escoamento das águas pluviais


com largura de 2,50 m e altura definida pelo construtor.

Figura 10: Viga Y.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2E4y09F>.

Telhas W: é usado também para telhados com função de escoamento


de águas pluviais e possui 3,70 m de altura.

Figura 11: As telhas W em concreto protendido dispensam


impermeabilização.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2th9hcf>.

Escadas: o concreto pré-moldado além de ser utilizado em escadas retas,


também pode ser utilizado em escadas caracol ou de qualquer outro modelo. O
arquiteto projeta qualquer forma que o concreto estará pronto para concretizar.

GESTÃO E TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES | 69


Figura 12: Escadas de concreto pré-moldado são instaladas sem
comprometer outras etapas da construção.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2GyOZTk>.

Blocos estruturais: esses elementos são os mais tradicionais na


utilização de pré-moldados de concreto. Podem ser feitos com os blocos
estruturais: muros de arrimo, piscinas, cisternas etc.

Figura 13: Como os blocos não devem ser recortados, foram desenvolvidas
peças complementares para atender à ABNT NBR 15.873:2010.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2Du2SPo>.

Bloco especial: é um bloco que permite colocar armação vertical e


horizontal. Pode ser usado para qualquer tipo de estrutura com esforços
verticais e horizontais.

Vigotas para laje: as vigotas para laje são elementos pré-moldados


que já são tradicionais. Geram grande economia na execução de lajes, já que
prescindem de forma. As lajes, por serem peças estruturais com duas direções
(lajes armadas em cruz) predominantes e se configurarem de acordo com
um plano horizontal, necessitam de muita madeira para a forma. Já existem
indústrias acessórias para moldar ou posicionar os ferros das vigotas.

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Figura 14: Atualmente, existem no mercado dois tipos: a vigota em
"T" e a vigota treliçada.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2Bu3mVF>, <http://bit.ly/2N3ibTG>.

Vigotas protendidas: com as vigotas protendidas não existe limite


para a imaginação de como podem ser feitas as lajes pré-moldadas. O
concreto protendido serve para obter peças estruturais esbeltas e vãos bem
maiores que o concreto convencional. As lajes pré-moldadas protendidas têm
grande utilidade em obras especiais.

Figura 15: Lajes pré-moldadas protendidas.

Fonte: <http://bit.ly/2DvhRse>.

Pré-moldados hiperestáticos: uma empresa do Rio de Janeiro, a


construtora Pinto de Almeida Engenharia, construiu no bairro de Itaipu um
shopping center usando o sistema pré-moldado hiperestático. As vigas contínuas
de grandes vãos estão calculadas como hiperestáticas, obtendo, com isso,
sensível redução da armadura de tração positiva. Estas vigas são executadas
como pré-moldadas, em um canteiro in loco, mas a concretagem é elaborada a
pouco mais de meia altura, deixando os estribos como espera. Em seguida, são
transportados para a obra, quando será colocada a armação negativa sobre os
apoios e eventuais armaduras de compressão ou de amarração.

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Figura 16: Pré-moldados hiperestáticos.

Fonte: Divulgação <http://bit.ly/2WYJP8G>.

Figura 17: Fachada de painel de concreto pré-moldado.

Fonte: <http://bit.ly/2Dvad13>.

3. Implantação de tecnologias construtivas


racionalizadas em obras

Segundo o Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, racionalizar é


tornar mais eficiente as atividades ou trabalho, com planejamento ou pelo
emprego de métodos científicos ou técnicas mais adequadas.

A racionalização construtiva uma forte tendência da indústria da


construção de edifícios para fazer frente à crise que atingiu o setor desde o
início da década de 80, permanecendo, de certa maneira, até os dias atuais.

Existe um estudo de caso envolvendo a implantação de um programa


de racionalização parcial do processo construtivo em uma empresa de
Juazeiro do Norte no estado do Ceará. Esse programa envolveu diversos

72 | GESTÃO E TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES


aspectos do processo de produção, dentre eles: a implantação dos projetos
do edifício, inclusive com a elaboração do projeto de montagem das formas;
a elaboração do planejamento, considerando as reais necessidades da
produção e o planejamento do canteiro de obras, considerando-se os
conhecimentos de engenharia de métodos, ergonomia, arranjo físico e
segurança do trabalho.

Por meio do processo de racionalização, as empresas procuram obter


ganhos de produtividade e minimizar custos e prazos, sem uma ruptura da
base produtiva que caracteriza o setor. Procura reduzir os desperdícios de
tempo e materiais, com finalidade de atacar alguns dos principais pontos de
estrangulamento da construção convencional, tais como: desarticulação
entre os variados projetos e entre o projeto e a obra, ausência de controle de
qualidade, más condições de trabalho como fator de baixa produtividade,
desorganização do canteiro de obras e outros.

As empresas de construção de edifícios têm buscado novas


estratégias de ação, objetivando ganhar espaço num mercado cada vez
mais competitivo.

A implantação de programas de qualidade, assim como as técnicas


e métodos racionalizados aplicados diretamente na produção, tem sido uma
das estratégias adotadas pelas empresas.

As ações de racionalização são de escopo restrito, sendo difícil a


sua fixação à cultura da empresa. Os ganhos localizados, advindos dessas
ações, perdem-se rapidamente, não sendo possível repetir o seu efeito nos
empreendimentos subsequentes.

O processo de evolução tecnológica do processo construtivo tradicional,


iniciado pela introdução de TCR (tecnologia construtiva racionalizada)
diretamente no processo de produção, na maioria das vezes, traz resultados
rápidos, ainda que inicialmente localizados. Estes resultados motivam a
continuidade das ações, principalmente as gerenciais e organizacionais,
abrindo caminho inclusive para implantação dos programas de gestão.

A implantação de TCR não se faz de uma hora para outra. Para


que apresente resultados positivos, exige uma alteração do atual
sistema de organização e de gestão do processo construtivo tradicional,
caracterizado por:

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• Descontinuidade e ausência de definições do processo de produção;

• Inúmeros agentes interferindo no processo de produção e, na


maioria das vezes, trabalhando de maneira descoordenada e des-
vinculados de um objetivo comum;

• Despreparo técnico-organizacional;

• Pulverização do poder de decisões, com grande número de


níveis hierárquicos;

• Ausência ou ineficiência de canais formalizados de comuni-


cação que conduzam adequadamente o sistema de decisões e
de informações.

Para fazer evoluir esse processo de organização será fundamental um


firme propósito da construtora e também dos demais agentes que interferem
na produção.

A implantação de TCR exige que a empresa esteja comprometida com


a mudança, proporcionando os recursos para que a evolução se estabeleça
no sistema produtivo da empresa e, além disso, todas as ações empreendidas
deverão ser devidamente coordenadas para que a evolução seja gradual e
continua no processo de produção.

As empresas precisarão estar orientadas por uma adequada


metodologia de ação, sem a qual acredita que as ações que visam a
racionalização do processo de produção não terão condições de se
fixarem à cultura da empresa, recaindo nos programas de racionalização
atualmente desenvolvidos.

Essa metodologia deverá conter os elementos fundamentais para


que a empresa, ao adotar a implantação da TCR como uma estratégia para a
racionalização da produção, possa evoluir continuamente.

Espera-se que com o uso da metodologia proposta, as empresas


consigam efetivamente evoluir o seu processo de produção, alcançando sua
competência tecnológica e empresarial.

A racionalização do trabalho na construção civil é favorável, pois atua


na redução dos desperdícios de mão de obra.

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A construção de edificações no Brasil caracteriza-se pela utilização
de processos construtivos tradicionais de execução (concreto armado,
alvenaria de blocos cerâmicos), sem muito investimento em tecnologias
mais avançadas como o concreto pré-moldado e as divisórias leves de
gesso acartonado, conforme estudamos anteriormente, com ênfase na
racionalização e não na inovação.

Figura 18: Alvenaria de vedação racionalizada.

Fonte: <http://bit.ly/2DolNuQ>.

MATERIAL
COMPLEMENTAR
TECNOLOGIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A todo momento tomamos conhecimento de tecnologias, sejam elas no-
vas ou não. É impossível viver sem esses conhecimentos. Atualmente, não se
pode enxergar o homem sem a tecnologia e a tecnologia sem o homem, um
depende do outro.
A experiência de introdução de inovações tecnológicas acabou por se ca-
racterizar como um evento pontual e localizado, pois à medida que as condições
favoráveis à utilização das inovações proporcionadas pelo governo, deixaram de
existir, houve uma retração em seu uso por parte das empresas. Permaneceram
apenas os processos construtivos em alvenaria estrutural que, por não implica-
rem em grandes investimentos de capital, acabaram se difundindo pelo mercado.
Com a retração do mercado, existe uma tendência atual do setor em bus-
car a racionalização da produção de edifícios. Permite ganhos de produtividade
e minimização de custos e prazos, sem implicar em romper a base produtiva que
caracteriza o setor.

GESTÃO E TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES | 75


A introdução de sistemas construtivos inovadores, ou ainda, sistemas in-
dustrializados baseados principalmente na pré-fabricação, na sua maioria tra-
zidos de outros países, foi a resposta dada pelas construtoras de edifícios à
demanda estabelecida.
Fonte: <http://bit.ly/2N6jEIF>.

Figura 19: Construção elaborada com a implementação de novas tecnologias e


mostrando algumas ferramentas e materiais de construção civil.

Fonte: <http://bit.ly/2N10vI4>.

PRATIQUE
1. Explique por que é necessário analisar os conhecimentos, as habilidades e as
capacidades de cada funcionário para o trabalho.

2. Qual a importância das novas tecnologias construtivas para a construção civil?

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3. Quais as vantagens do sistema deck light para a forma de concreto?

4. Quais as vantagens oferecidas pela pré-moldagem em relação ao concreto


moldado no local?

5. Qual a importância da racionalização construtiva em obras de engenharia?

RELEMBRE
Para as atividades a serem desenvolvidas pelos trabalhadores, é essen-
cial termos uma organização de cargos distribuídos em níveis hierárquicos, de
acordo com os conhecimentos, as habilidades, as experiências e as capacida-
des de cada trabalhador.
As novas tecnologias na construção civil surgiram com o uso de novas
técnicas que permitiram a criação de sofisticados novos produtos. Com a imple-
mentação dessas novas tecnologias, foi possível a racionalização de projetos
com ganhos na produtividade, minimização dos custos e prazos, redução de
desperdícios de tempo e material e com o objetivo de ganhar espaços neste
mercado competitivo que é o da construção civil.

GESTÃO E TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES | 77


Referências
ADÃO, Francisco Xavier. Concreto armado: novo milênio - cálculo prático e
econômico. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2010.
ALLEN, Edward. Fundamentos da engenharia de edificações: materiais e
métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
BARROS, Mercia Maria Semensato Bottura de. Tecnologias construtivas
para produção de edifícios no Brasil: perspectivas e desafios.
Disponível em: <http://sites.usp.br/construinova/wp-content/uploads/
sites/97/2017/12/Tecnologias-construtivas-vADAPTADA-PARA-POS-
GRADUA%C3%87%C3%83O-COMPACT.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2019
DOKA. Equipamento para movimentação de mesa. Disponível em: <http://
www.doka.com/br/system-groups/doka-floor-systems/tableforms/shifting-
devices-for-tables/index>. Acesso: 02 jan. 2019.
LOTURCO, Bruno. Veja os critérios para escolha do sistema de formas
para estruturas de concreto armado. Disponível em: <https://techne.pini.
com.br/2016/03/veja-os-criterios-para-escolha-do-sistema-de-formas-para-
estruturas-de-concreto-armado/>. Acesso em: 05 jan. 2019.
REGO, Nádia Vilela de Almeida. Tecnologia das construções. Rio de
Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2010.

ANOTAÇÕES

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