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Instituto de Educação Superior de

Brasília
Departamento de Engenharia Civil
Construção Civil I

Aula 7 – Formas

Prof. Vamberto Machado


1. OBJETIVO DAS FÔRMAS

Modelar, dar forma a qualquer peça de concreto que


se deseja construir.

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2. Aspectos Gerais das Fôrmas
• As fôrmas devem ser dimensionadas para resistir às seguintes
solicitações:
– Peso das fôrmas e elementos auxiliares;
– Peso próprio do concreto e empuxo;
– Impacto no lançamento (altura e velocidade);
– Vibração;
– Variação de temperatura;
– Máquinas e operários.

• O formato, a função, a aparência e a durabilidade de uma


estrutura de concreto não devem ser prejudicados devido a
qualquer problema com as fôrmas, escoramentos e sua
remoção.
• Elementos
constituintes:
3.Funções das Fôrmas para
Concreto Armado
– Garantir a geometria;
– Garantir o posicionamento das peças;
– Manter a conformação do concreto fresco;
– Permitir a obtenção de superfícies especificadas (concreto
aparente, a ser revestido, texturizado);
– Possibilitar o posicionamento de outros elementos (furos,
inserts, instalações, armadura);
– Proteger o concreto novo (impacto e variação de
temperatura);
– Evitar fuga de finos (estanqueidade);
– Limitar a perda de água do concreto fresco (hidratação do
cimento).
4. Materiais Utilizados para
Fabricação das Fôrmas

Madeira
• Madeira serrada;
• Chapas de compensado (resinado);

Metal (Aço, Alumínio);


Papelão e
Plástico (PVC).
Madeira
– Madeira serrada  tábuas, barrotes, sarrafos; mais usada para
estruturação e travamento dos painéis.

Barrote
Madeira
– Chapa de madeira revestida  usadas para
confecção dos painéis; alto índice de
reaproveitamento:
• Acabamento resinado:
– aspecto de concreto rugoso, ≈ 8
reutilizações
– dimensões: 2,20x1,10m, espessuras:
6,10,12,15mm;

• Acabamento plastificado:
– superfície lisa (filme fenólico), ≈ 18
reutilizações;
– dimensões: 2,20x1,10m, espessuras:
10,15mm;
Fôrma de
Madeira

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/
artigo286531-2.aspx
– Metal  o aço é usado em
escoras, travamentos,
torres e para formas que
demandam alto índice de
reaproveitamento, como
no caso de pré-moldados;

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/
artigo286531-2.aspx
– Papelão  usado
basicamente para
pilares circulares;
não reutilizáveis,
são danificados na
desforma.

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– Plástico 
• leve, resistente e reciclável;
bastante utilizado
em lajes nervuradas;
• Fornecido em diversas
dimensões, o tubo de PVC é
produzido pela extrusão de
um perfil plano e reforçado
com pequenas saliências em
forma de "T", que são
posteriormente enrolados
segundo o diâmetro
desejado.
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5. Critérios para escolha dos Materiais
utilizados para
Fabricação das Fôrmas

Qualidade do produto;
Menor custo associado ao tempo de
execução;
Projeto arquitetônico;
Projeto estrutural.
5.1 Variáveis que motivam
a escolha correta
$ aluguel de fôrmas metálicas, ou de outro material;
$ fabricação de fôrmas de madeira (considerando no máx. 5 vezes sua
reutilização);
$ custo de mão-de-obra: madeira 1 m2/homem hora
metálica 5 m2/homem hora
$ equipamentos de transporte;
Dimensões dos elementos;
Acabamento da superfície do concreto;
Formas de lançamento e adensamento;
Espaço no canteiro;
Perdas no processo;
Disponibilidade no mercado;
Segurança.
5.2 Aspectos a serem considerados

• Reaproveitamento das fôrmas;


• Padronização;
• Evitar dentes nos encontros das vigas com pilares;
• Identificação das peças para facilitar a montagem e
desmontagem.
5.3. Cargas que devem ser consideradas
(ABNT NBR 15696:2009):
Cargas que devem ser consideradas:
a) peso próprio dos elementos da estrutura de escoramento e
das fôrmas;
b) peso de todos os elementos da estrutura de concreto a
serem suportados pela estrutura do escoramento, tais como
lajes, vigas, paredes, capitéis etc.;
c) cargas provenientes do método de lançamento do concreto
sobre as fôrmas e o escoramento;
d) carregamentos assimétricos sobre as fôrmas e escoramento;
5.3. Cargas que devem ser consideradas:
e) sobrecarga de trabalho na execução dos serviços de
lançamento, adensamento e acabamento do concreto. A
sobrecarga de trabalho deve ser de no mínimo 2,0 kN/m²,
sendo que a carga estática total a ser considerada, além
daquela em a) do item 4.2,não pode ser inferior a 4,0 kN/m²;
f) impacto do lançamento do concreto: As cargas variáveis, em
alguns casos, já incluem os efeitos normais de impacto.
Entretanto, devem ser considerados no projeto, além dos
valores estáticos das cargas, também os efeitos dinâmicos ou
de impactos causados por máquinas, equipamentos utilizados
no lançamento do concreto etc.;
g) o impacto máximo a ser considerado no lançamento do
concreto sobre a face horizontal da fôrma está limitado ao
esforço resultante do lançamento de uma altura de 0,20 m
acima do nível acabado;
5.3. Cargas que devem ser consideradas:
h) no caso de alturas maiores que 0,20 m, o cálculo deve
prever sobrecargas adicionais;
vibrações do concreto e as decorrentes de equipamentos de
adensamento do concreto;
j) pressões de vento conforme determinações da ABNT NBR
6123, sendo que não deve ser inferiores a 0,6 kN/m²;
k) quando utilizadas plataformas de trabalho, deve ser
considerada a sobrecarga mínima de 1,5 kN/m².
l) esforços horizontais aplicados nas laterais das fôrmas da laje,
para efeito de cálculo de contraventamento e/ou ancoragem
em pontos fixos externos, devem ser adotados iguais a 5 % da
carga vertical aplicada neste mesmo nível nos dois sentidos
principais da laje, se não considerados os efeitos dinâmicos
devidos a bombas de concreto. Neste caso, deve-se considerar
este efeito somado ao primeiro esforço horizontal;
5.3. Cargas que devem ser consideradas:
m) cargas provenientes da pressão horizontal do concreto,
conforme Anexo D.
5.3. Cargas que devem ser consideradas:
6. Fabricação de Fôrmas

• Equipamentos e ferramentas empregadas:


– Para fabricação dos painéis:
• Serra circular de bancada  para cortes longitudinais e
desdobramento1;
• Serra esquadrejadeira  cortes transversais e destopamento2;
• Desengrossadeira  para bitolamento3 da madeira;
• Serra de fita  para cortes curvos.

Traduzindo...
1. Desdobramento: divisões feitas na largura da peça;
2. Destopamento: corte pelo comprimento das peças de
madeira;
3. Bitolamento: ajustes na espessura da peça;
6. Fabricação de Fôrmas

ATENÇÃO
O disco de serra “come” cerca de
5mm em cada corte.
Ou seja, ao dividirmos uma peça
de 30cm em peças menores de,
por exemplo, 5cm de largura,
teremos: 5 peças de 5cm e uma
sobra de aproximadamente
2,5cm.

Serra circular de
bancada
6. Fabricação de Fôrmas

• Equipamentos e ferramentas empregadas:


– Para montagem das formas:
• Martelo comum;
• Trena de 5 metros (mínimo);  Desmoldante;
• Cunhas de madeira;  Broxa, pincel, rolo;
• Linha de nylon;  Espaçadores plásticos;
• Prumo de centro;  Barras e porcas de
• Prumo de face; ancoragem;
• Mangueira de nível;  Tubo de PVC ¾”;
• Esquadro metálico;  Fita de PVC;
• Nível a laser/ teodolito;  Isopor (juntas e nichos);
• Cordas;
 Lavajato (limpeza após
desforma).
6. Fabricação de Fôrmas

• Ferramentas:
TRENA ESQUADRO LINHA Prumo de face

Prumo de centro Nível de bolha Régua Nível de bolha

Torquês Machadinha Formão Lima

Serrote de ponta Serrote Arco de serra Martelo de unha

Travadeira Plaina Marreta Furadeira


6. Fabricação de Fôrmas
• Equipamentos e ferramentas empregadas:
– Para ajustes e reformas das formas:
www.taqi.com.br
• Serrote;
• Serra circular manual;
• Disco de vídea (para serra circular);
• Serra tico-tico;
• Furadeira;
• Broca para furar madeira.

Serra tico-tico

Veja como
serra a madeira
corretamente!
7. Projetos de Fôrmas

• Projetos para fabricação (vigas):


7. Projetos de Fôrmas

• Projetos para fabricação (pilares):


• Projetos para
montagem:

Numeração
do tipo de
painel
Faixa de
reescoramento
1) Painel lateral externo
2) Gravata
3) Painel lateral interno
4) Gravata
5) Painel de fundo
6) Gravata
7) Costela
8) Escora
9) Travessa
10)Mão-francesa
11)Cunha
12)Mão-francesa
13)Tala
Elementos:
8 – escora;
9 – travessa;
10 – mão francesa;
13 – tala.
9. Fabricação de Fôrmas na Obra
9.1 Condições para início da Produção das Fôrmas
a) A central de fôrma deve estar montada e com os
equipamentos necessários instalados (bancada, serra circular,
etc.);
b) O projeto de fôrma deve estar disponível, incluindo:
• Planta de locação e eixos de gastalhos;
• Planta de verificação;
• Desenhos de fabricação das fôrmas;
• Planta de escoramento;
• Detalhes de confecção e montagem;
• Normas de procedimento e especificação técnicas;
(cont.)

• Galgar todas as peças, cortar e estruturar os painéis


de acordo com o projeto;
• As superfícies devem ser planas e lisas, sem apresentar
serrilhas;
• Identificação dos painéis com (gabaritos de letras e
tinta óleo);
• Marcar as posições do cimbramento;
• Os topos de chapas devem ser impermeabilizados com
selante à base de borracha;
(cont.)

• Corte das peças conforme dimensões do projeto


(± 3mm);
• Estocar painéis em áreas limpas, arejadas e protegidas
da ação da intempérie, com espaço compatível,
fora da área de montagem;
• Deve-se ter no mínimo 02 jogos de fôrmas de fundo de
viga e tiras de reescoramento das lajes
respeitando o tempo correto de desforma.
10. Recebimento de Fôrmas prontas
• Receber sempre com o mestre de obra e conferir pelo
número de ordem da nota fiscal;
• Conferir cada peça (chapas inteiras, longarinas, escoras
de laje, garfos de fundo de viga, topos dos
painéis, espaçamento dos sarrafos, espessura
dos painéis);
• A estocagem deve ser feita empilhando-se o material
na posição horizontal, sobre teças de madeira, a
uma altura de 15 cm do solo.
11. Montagem de Fôrmas

• O local deve estar limpo e desimpedido;


• Os eixos principais da edificação devem ser
transferido para a laje em execução (precisos);
• Havendo interferências, criar eixos secundários.

Obs.: Os eixos devem ser transferidos pelo mestre e


liberados somente pelo engenheiro da obra.
11.1 Processo de Montagem
de Fôrmas de Pilares
• Os eixos e gastalhos devem ser marcados no dia seguinte
à concretagem da laje por encarregados e carpinteiros;
• Durante a marcação dos gastalhos, deve-se evitar
trânsitos de pessoas estranhas aos serviços em
questão;
• O gastalho deve estar bem fixo, solidarizado
diretamente sobre a laje ou encunhado (Fig. 2 );
• Apicoar o concreto da base dos pilares, removendo a
nata de cimento;
• Verificar se o desmoldante foi aplicado;
(cont.)

•Fixar 2 pontaletes-guia bitolados nos gastalhos, sendo


estes aprumados e travados com mão francesa;

•Este conjunto de gastalho e mão francesa deve estar


em perfeita imobilidade;

• Nivelar as faces montadas, verificando-se a abertura


da base do pilar;

• Posicionar a armadura, conferindo os espaçadores,


para garantir o cobrimento das armaduras.
• Montagem da forma em obras de edifícios

Fixação do gastalho
• Montagem da forma em obras de edifícios
– Montagem da fôrma dos pilares:
• Passar desmoldante na face interna das formas;
• Posicionar 3 painéis sobre o gastalho;
• Posicionar a armação com os espaçadores;
• Colocar os distanciadores que impedirão o estrangulamento do pilar e
permitirão a passagem das barras de travamento;
• Fechar a forma, colocando o último painel;
• Travar a forma utilizando barras de ancoragem e porcas;
• Ajustar o escoramento do conjunto;
• Ajustar e verificar o prumo.
• Verificar dimensões e aspecto geral da forma.
• Montagem da forma em obras de edifícios

Forma do pilar
 Conferir o prumo das
fôrmas dos pilares;

 Conferir a imobilidade do
conjunto mão francesa e
gastalho.
 Posicionamento das armaduras, conferindo os espaçadores, para
garantir o seu recobrimento.
Processo de montagem de fôrmas de pilares
(cont.)

• Pilares com mais de 2,50m de altura, prever janela de


inspeção para limpeza antes da concretagem;

• Nas laterais (bordas dos painéis), podem ser usados


sargentos, ou sanduíches de madeiras travados por
tensores ou agulhas.
Posicionar as mangueiras e os arames, e fechar a outra face, travando
todas as laterais com tensores e castanhas, ou por meio de agulhas (barras
roscadas).
11.2 Processo de Montagem
de Fôrmas de Vigas

• Passar desmoldantes nas fôrmas de viga


(reaproveitamento);

• Lançar os fundos da viga a partir das cabeças dos pilares,


apoiando diretamente em alguns garfos dos vãos;

• O encaixe entre o fundo da viga e os pilares deve ser


perfeito. A presença de folgas indicam que os
pilares não estão no prumo, sendo necessário
corrigi-los antes da continuação dos trabalhos;
Processo de montagem das fôrmas das vigas
(cont.)

• Verificar o nivelamento dos fundos das vigas, passando


uma linha de nylon a 1m do fundo da viga entre 2
pilares;

• Nivelar os fundos das vigas de madeira com cunhas de


madeira, aplicadas nas bases dos garfos;

• Verificar a locação dos topos das fôrmas dos pilares


com uma tolerância de ± 2mm, bem com as dimensões
internas das fôrmas.
• Montagem da forma em obras de edifícios
– Montagem da fôrma das vigas e lajes:
• Posicionar o fundo da viga, apoiando entre os pilares e com garfos,
onde necessário;
• Pregar o fundo da viga nos pilares e garfos. O encaixe da viga nos
pilares deve estar bem ajustado, evitando dentes;
• Posicionar os demais garfos (ou escoras ou torres)
• Nivelar o fundo das vigas (o nivelamento com escoras metálicas é mais
fácil e preciso);
• Lançar os painéis laterais encostando-os nas bordas do painel de fundo;
• Posicionar as demais escoras ou torres, obedecendo espaçamento,
prumo e alinhamento;
• Lançar as longarinas e transversinas (suporte para o assoalho);
• Montagem da forma em obras de edifícios
– Montagem da fôrma das vigas e lajes: (cont.)
• Lançar o assoalho da laje;
• Pregar as chapas compensadas nos sarrafos laterais das formas de viga
e nas transversinas;
• Nivelar os panos de laje e verificar a contra-flecha (quando for o caso);
• Travar as laterais das vigas;
• Para vigas isoladas (sem laje), pregar sarrafos de travamento na parte
superior da viga;
• Marcar os furos de elétrica e hidráulica na forma da laje;
• Passar desmoldante em toda a superfície do assoalho;
• Posicionar a armação
• Montagem da forma em obras de edifício

Posicionamento da forma da viga


• Montagem da forma em obras de edifício

Visão final
da fôrma
pronta
11.3 Processo de Montagem
de Fôrmas de Laje

• Pregar sarrafos-guia na lateral dos garfos a uma distância à


altura da longarina;

• Posicionar as longarinas devidamente escoradas, de


acordo com o previsto no projeto;

• O uso de escoras telescópicas facilitam posteriormente o


nivelamento da laje;
Processo de montagem da fôrma da laje
(cont.)

• Lançar o assoalho da laje do andar superior sobre as


longarinas, conforme o projeto e fazer a
verificação do nível;

• Pode-se pintar a posição das paredes no assoalho da


laje afim de facilitar o trabalho e evitar erros na
locação de tubulações e gabaritos de furação;

• Para facilitar a desforma deve-se pregar uma alça de


corda na primeira chapa do assoalho a ser
desformada.
Processo de montagem da fôrma da laje
(cont.)
• Transferir o eixo da obra para o andar superior para
realização de conferências;

• Conferir a posição dos topos dos pilares. Em seguida


passar 2 linhas de náilon unindo as cabeças dos
dois pilares, faceando-as com a parte superior das
laterais da fôrma da viga. Verificar o alinhamento
das laterais;

• Pregar o assoalho nas laterais das fôrmas das vigas;


Obs.: Este encontro deve ser perfeito, sem folga;

• Pregar o restante do assoalho nas longarinas.


Processo de montagem da fôrma da laje
(cont.)

• Nivelar “os panos de laje” e verificar a contraflecha;

• Travar as laterais das vigas com cunhas;

• É preciso assegurar a largura das vigas pregando-se


sarrafos nas bordas superiores;

• Verificar sempre o esquadro da laje, através de medidas


diagonais;

• Usar desmoldante (reutilização);

• Fixar na fôrma da laje os gabaritos de furação das instalações


elétrica, hidro-sanitária etc.
Utilização de escoras telescópios, propicia facilidade durante o nivelamento da
laje
12. Recomendações Importantes

• Aspectos importantes a observar:


– Antes da concretagem:
• As fôrmas devem ser limpas internamente. Prever "janelas" próximas
ao fundo das fôrmas estreitas e profundas.
• Aplicar desmoldante nas faces das fôrmas de chapa compensada em
contato com o concreto  não absorver água necessária à hidratação
do cimento e facilitar a desforma.
• Fôrmas com tábuas  saturar a madeira antes da concretagem e
escoar o excesso de água.
• Estruturas abaixo do nível do solo ou contíguas a um paramento de
terra  fôrmas verticais podem ser dispensadas quando o terreno for
consistente e não houver perigo de desmoronamento. Caso contrário,
devem ser feitos revestimentos de tijolos ou concreto magro.
• Aspectos importantes a observar:

– As fôrmas usadas nas peças de grandes vãos devem ter a


sobrelevação (contra-flecha) necessária para compensar a
deformação sob a ação das cargas (conforme projeto);

– As fôrmas devem ser estanques. No caso de aparecerem


fendas, estas devem ser vedadas cuidadosamente.

– Devem ser planejadas e executadas de forma a facilitar a


desfôrma e permitir o maior número possível de reutilizações.
13. Desfôrma

•Verificar o tempo adequado de cura do concreto para


desforma das peças;

•A desforma começa pelos pilares, soltando os


tensores;

• Observar se os painéis estão sendo desformados


com auxílio de desformador;

• Manusear as peças com cuidado para não danificar


as fôrmas, nem a estrutura de concreto.
(cont.)

• Checar a instalação de cordas, redes ou cavaletes, para evitar


eventuais impactos;

• Posicionar as reescoras das vigas. Caso não seja possível, retirar


as escoras do 1/3 central do vão. Posicionar as reescoras, e
só então proceder à retirada das mesmas e ao
reescoramento 1/3 das extremidades;

• Posicionar o reescoramento nas tiras do assoalho da laje,


retirando as escoras e logarinas. Em vigas e lajes em balanço,
efetuar a desfôrma da borda livre em direção ao apoio;

• Assegurar a limpeza dos painéis logo após a desfôrma.


Tempo mínimo para retirada da forma
Exercício

Foi solicitado a quantificação de materiais para a concretagem de


um pavimento e uma obra. Essa pavimento possui 10 pilares com
dimensões de 20 cm x 40 cm e altura de 270 cm, 50 metros
lineares de vigas com dimensão de 12 cm x 40 cm e 100 m² de laje
com espessura de 10 cm. Calcula a metragem de forma e concreto
que serão utilizados para a execução desse pavimento.
Exercício
Cálculo da metragem de forma do pilar:

• Calcula o perímetro: 0,2 + 0,4+ 0,2 + 0,4 = 1,2 m.


• Multiplica o perímetro pela altura: 1,2. 2,7 = 3,24 m² por pilar

• A obra tem 10 pilares, então temos : 3,24*10 = 32,4 m² de forma de pilar

Cálculo da metragem de forma das vigas:

• Calcula o perímetro (lembrando que a face superior da viga não leva forma):
0,4 m (face lateral) + 0,12 m (fundo da viga) + 0,4 m (face lateral) = 0,92 m
• Multiplica o perímetro pela metragem linear de vigas: 0,92 * 50 = 46 m² de
forma de viga

Cálculo da metragem de forma de laje:

A forma de laje é constituída somente pela forma de fundo (assoalho), ou seja,


a metragem quadrada da forma de laje é igual a metragem quadrada da laje =
100 m²
Exercício
Cálculo da metragem total de forma:

• M² total = m² forma de pilar + m² de forma de viga + m² de forma de laje

Então temos:

M² total = 32,4 + 46 + 100 = 178,4 m²

Resposta: 178,4 m² de forma


Exercício
Cálculo da metragem de concreto do pilar:

• Calcula a área da seção do pilar: 0,2 * 0,4= 0,08 m².


• Multiplica a área pela altura: 0,08. 2,7 = 0,216 m³ por pilar

• A obra tem 10 pilares, então temos : 0,216*10 = 2,16 m³ de concreto

Cálculo da metragem de forma das vigas:

• Calcula área da seção da viga: 0,12 * 0,4 = 0,048 m²


• Multiplica a área pela metragem linear de vigas: 0,048 * 50 = 2,4 m³ de
concreto

Cálculo da metragem de forma de laje:

O volume de concreto da leja é dado pela multiplicação da área da laje pela


altura da mesma: 100 * 0,1= 10 m³ de concreto
Exercício
Cálculo da metragem total de concreto:

• M³ total = m³ concreto do pilar + m³ de concreto da viga + m³ de concreto da


laje

Então temos:

M³ total = 2,16 + 2,4 + 10 = 14,56 m³

Resposta: 14,56 m³ de concreto


14. Cimbramento

• Escoramento:

Escora metálica e de Escora metálica


madeira
14. Cimbramento

• ABNT NBR 14931:2004 - Execução de estruturas de


concreto - Procedimento

• ABNT NBR 15696:2009 - Fôrmas e escoramentos


para estruturas de concreto — Projeto,
dimensionamento e procedimentos executivos
14. Cimbramento

• O escoramento deve ser projetado de modo a não


sofrer, sob a ação de seu próprio peso, do peso da
estrutura e das cargas acidentais que possam atuar
durante a execução da estrutura de concreto,
deformações prejudiciais ao formato da estrutura
ou que possam causar esforços não previstos no
concreto. (ABNT NBR 14931:2004)
14. Cimbramento

• Execução de contraflecha
14.1 Etapas do Cimbramento

• Escoramento:

Dia da semana Atividades


1 – quarta Monta viga
Concreta pilar
2 – quinta Monta forma de laje
3 – sexta Armação de viga e laje
Concreta laje
4 – sábado Desforma pilar
Cura laje
5 – domingo Cura laje
6 – segunda Desforma viga e laje
Monta pilar
7 – terça Monta e Arma pilar

Exemplo do ciclo de um
pavimento tipo para 1 Sistema de reescoramento
semana
14.2 Materiais de Cimbramento

Madeira bruta;

Madeira serrada;

Metálicos.
14.3 Tipos de Cimbramento

Escoras Metálica Torres Mesa


(pontuais) (contraventa- Voadora
mentos)
Metálica/
Madeira
14.4 Variáveis que motivam a
escolha do Cimbramento
Projetos de fôrmas e estrutural;
Planejamento;
Custo;
Durabilidade;
Transporte/Movimentação;
Produtividade;
Segurança;
Flexibilidade;
Facilidade de ajustes;
Estabilidade;
Pé-direito;
Quantidade de elementos.
14.6 Reescoramento do Cimbramento

Características do projeto de fôrmas;


Características do projeto de escoramento;
Projeto estrutural;
Planejamento;
Movimentação do cimbramento;
Tipo de lançamento.
14.7 Custos do Cimbramento
14.8 Observações importantes sobre
Cimbramento
• Componentes embutidos e redução de seção:
– Concentração de componentes e furos numa região da
estrutura deve ser verificado pelo projetista.
– Componentes embutidos devem ser fixados para evitar seu
deslocamento durante a concretagem e não podem alterar as
características estruturais e de uso da peça;
• Fôrmas perdidas devem ser evitadas.
– Em caso de madeira, imunizar contra cupins, fungos e insetos;
FÔRMAS PLÁSTICAS

*Redução do consumo de concreto e das armações.


*Produzidos em polipropileno (PP), utilizados na
Europa há mais de 40 anos. No Brasil há 25 anos.
FÔRMAS PLÁSTICAS
FÔRMAS TREPANTES
Sistemas rápidos.
Os conjuntos trepantes são ideais para execução de estruturas altas de
concreto, nas quais o único suporte é a camada inferior já concretada.
FÔRMAS TREPANTES E DESLIZANTES
16. Sistemas de Fôrmas de Alumínio para
Paredes de Concreto Moldadas in loco
Produtividade

Peso dos painéis


270 x 75 (2,025m2) = 60,0 kg

270 x 45 (1,215m2) = 46,4 kg

30 kg/m2

Peças adicionais - componentes do sistema


Barras de ancoragens e Porcas

Grampos – (alinhamento e junção)

Aprumadores duplos

Consoles de trabalho – (opcional) painéis

grampos

ancoragens

aprumadores

console
Produtividade

Acessórios por m2 de “fôrma”

Barras de ancoragens 0,6

Porcas 1,2

Grampos – (alinhamento e junção) 1,2

Aprumadores duplos 0,1

Consoles de trabalho – (opcional) -

Produtividade média (MANUAL) 0,30 HH/m2


Produtividade

MADEIRA MISTO PAINÉIS

2,0 HH/m² 1,5 HH/m² 0,3 HH/m²


Ex: casas térreas

PAREDE DE CONCRETO
Ex: casas térreas

radier
gastalho
Ex: casas térreas

Telas - armação
Ex: casas térreas

Telas - Instalações
Ex: casas térreas

Montagem fôrma interna


Ex: casas térreas

Montagem fôrma interna


Ex: casas térreas

Abertura de portas
Ex: casas térreas

Oitões

Montagem final
Ex: casas térreas

PRODUTO FINAL - CONCRETO


Ex: casas térreas

TELHADO
Ex: casas térreas

Produto finalizado
Ex: Sobrados
Ex: Edifícios
Ex: Edifício MRV em Cotia/SP
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