Você está na página 1de 96

1

Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com


Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

ORTOGRAFIA
OFICIAL
Acento Tônico: ocorre na fala. Nem sempre está sobre uma sílaba originalmente tônica.

Acento Gráfico: ocorre na escrita. Nem sempre se acentua a sílaba tônica.

Monossílabos tônicos: têm autonomia fonética, são pronunciados com mais intensidade, sem se
apoiar em outra palavra: nós, dor, pé, meu, seu, pó.

Monossílabos átonos: não têm autonomia fonética, se apoiam em outra palavra e são
pronunciados com menor intensidade. São palavras sem sentido próprio: de, sem, em, a, com,
de, em, por.

Acento agudo: marca o timbre aberto: Avó (aberto).

Acento circunflexo: marca o timbre fechado: Avô (fechado).

SONS, LETRAS, FONEMAS,


DÍGRAFOS
Vogal, semivogal e consoante: classificações do fonema da língua portuguesa. Elas são
responsáveis pela sonoridade e distinção das palavras.

VOGAL São os sons laríngeos, ou fonemas que são produzidos através da


passagem livre de uma corrente de ar pela boca. Assumem a função de
núcleo da sílaba, que sempre terá 1 (uma) vogal.
SEMIVOGAL São aquelas que aparecem juntas ao núcleo silábico, a vogal. Ao se
juntar com uma vogal forma uma única sílaba. Não são pronunciadas
com tanta intensidade como as vogais.
CONSOANTE Para pronunciá-las, é necessário que a corrente de passagem de ar pelos
pulmões encontre obstáculos até passar pela boca. Consoante quer dizer
consoam, soa com, ou seja, soa com vogais. São incapazes de atuar
como núcleo silábico.

Fonema: menor unidade sonora do sistema fonológico de uma língua.

M-E-S-A > 4 (sons) fonemas unidos formam a palavra


“MESA”

2
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Letra: representação gráfica de um som. Símbolo visual do fonema. Nem sempre um fonema
corresponde exatamente a 1 (uma) letra, pois existem dígrafos e letras que não têm som próprio.

Dígrafo: encontros de 2 letras, vogais ou consoantes, com som de uma só.

CONSONANTAIS CH, LH, NH, SC, SÇ, XC, XS, RR, SS, QU, GU, XC
Exemplos: chalé, milho, linho, nascer, nasça, exceto, exsudar,
carro, passo, quero, guerra e exceção
DÍGRAFOS
VOCÁLICOS AM ou AN, EM ou EM, IM ou IN, OM ou ON, UM ou UN
(vogais nasais) Exemplos: Campo, santo, tempo, vento, limpo, lindo, ombro,
onda, tumba, tunda

OBS.: Ao separar as sílabas de uma palavra, cada sílaba deve ter uma vogal. Entender os
dígrafos ajuda em questões que pedem para contar quantos fonemas e quantas letras a
palavra tem. Pois, quando há um dígrafo, a palavra tem menos fonemas do que letras.

PAÍS > PA – ÍS > duas vogais, uma em cada sílaba, caracterizando um hiato.
PAIS > PAIS > uma vogal (a) e uma semivogal (i), caracterizando um ditongo e
apenas uma sílaba.

Encontros consonantais: sequência de dois fonemas (sons) consonantais numa palavra, mas
cada letra representa um som (diferentemente dos dígrafos). Ex.: bravo, cloro, transformação.
Podem ocorrer na mesma sílaba (CLA-RO) ou em sílabas diferentes (ÉT-NI-CO).

3
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

ENCONTROS VOCÁLICOS
Além dos encontros consonantais, existem encontros de sons vocálicos, que são os ditongos,
tritongos e hiatos.

Ditongo: (semivogal + vogal) OU (vogal + semivogal). Dois sons vocálicos na mesma sílaba.

CRESCENTE Semivogal (mais fraca) + vogal (mais forte). Há um crescimento na


entonação.
gló-riA, má-goA, pin-guIm, pre-cá-riAs, his-tó-riA, In-di-ví-duOs, sé-riE, ho-mo-gê-neA,
mé-diO, á-guA, (ditongos orais), em-quA-nto, cin-quEn-ta (ditongos nasais).
DECRESCENTE Vogal (forte) + semivogal (fraca). A entonação “decresce”.
vAi-da-de, lEi-te, cÉu, i-mó-vEis, ma-nAus, a-zEi-te, pAi-as-gem, mEu, flui-do (ditongos
orais), cÃim-bra, a-mAm, be-bEm, só-tÃo (ditongos nasais).
ABERTO Apenas os ditongos orais (passagem de ar apenas pela boca) podem ser
considerados ditongos abertos.
Pai, céu, véu, i-de-ia, pla-te-ia, a-néis, pa-péis, dói, rói, he-roi-co
FECHADO Tanto os ditongos orais como os ditongos nasais (passagem de ar por boca e
nariz) podem ser considerados ditongos fechados.
Mei-a, loi-ro, rou-bo, noi-te, deu-ses, pão, li-mão, mãe, a-le-mães, põe, co-ra-ções

Tritongo: (semivogal + vogal + semivogal). Numa mesma sílaba.

u-ru-guAi | quÃo| i-guAis | sa-guÃo | á-guAm | de-sá-guEm. Nas duas últimas, o M funciona como
semivogal, pois tem som de U e I.

Hiato: (vogal + vogal). Encontro de duas vogais em silabas diferentes.


sa-ú-de | cu-ri-o-so | pa-í-ses | ra-iz | pre-ju-í-zo | ve-í-cu-lo | ca-ó-ti-co | sa-bí-a-mos | pe-rí-o-do

Dígrafo Nasal X Ditongo Nasal

No dígrafo nasal, existe apenas um som nasal: ã – Amplo. São duas letras que representam som
vocálico nasal.

No ditongo nasal, existem dois sons nasais: ChegAM: chegÃU. Duas letras (am / em) que
representam dois sons, portanto dois fonemas. Ocorrem no final das palavras.

4
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

EXPRESSÕES
Mal x mau
→ Mal: oposto de “bem”. Advérbio. Acompanha verbo ou adjetivo. As questões estavam mal
elaboradas.
→ Mau: oposto de “bom”. Adjetivo. Acompanha um substantivo, dando a qualidade de
“maligno". Não foi promovido porque era um mau profissional.

Há x a
→ Há: Verbo impessoal haver, sentido de existir; tempo passado. Há semanas em que o estudo
não rende. Há 5 dias que não estudo.
→ A: preposição, sentido de limite, distância ou futuro. O local de prova fica a 15km da minha
casa / O professor chegará daqui a 15 minutos.

A fim x afim
→ A fim de: locução prepositiva, sentido de propósito, vontade, “para”. Estou aqui a fim
daquela menina. Não estou a fim de estudar constitucional hoje.
→ Afim: Semelhante, igual, correlato. Militar e policial não são carreiras afins. São exigidas
graduações em Administração, Gestão pública, Arquivologia e afins.

Onde x aonde
→ Onde: Para verbos que pedem a preposição “em”. Onde você trabalha? Trabalho em um
hospital (Quem trabalha, trabalha EM algum lugar).
→ Aonde: Para verbos que pedem a preposição “a”. Aonde você foi essa noite? (quem vai, vai
A algum lugar).

Mas x mais
→ Mas: Conjunção adversativa. Estudo muito, mas não consigo aprender.
→ Mais: Oposto de menos. Quanto mais você estudar, mais perto estará do seu sonho.

Porque x por que x por quê x porquê


→ Porque: Conjunção explicativa ou causal. Utilizado geralmente em respostas. Não vou sair
hoje porque estou sem dinheiro.
→ Por que: Uado em perguntas diretas ou indiretas (com ou sem interrogação). Expressa
dúvida, incerteza ou desconhecimento. Dica: se for possível inserir a palavra “razão” ou
“motivo” após “por que”, use-o dessa maneira. Por que ele não falou comigo? (Por que
(razão) ele não falou comigo?)

Junção de “Por” (preposição) + “Que” (pronome relativo): equivalente a “por qual”, “pelo qual”,
“pelos quais”, “pela qual” e “pelas quais”. O motivo por que chorei é forte! (O motivo pelo qual chorei
é forte!)

5
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

→ Por quê: Mesmo caso acima (por que), porém em final de oração ou antes de pausa.
Assim, a pausa ou pontuação final “atraem” o circunflexo. Estudei tanto e não passei. Por
quê? / Não vai visitar sua mãe por quê?
→ Porquê: Substantivo, equivale a “motivo”, “razão”; vem normalmente com artigo ou outro
determinante. Ninguém sabe o porquê dela ter ido embora (ninguém sabe o motivo). / Deve
haver algum porquê (alguma razão).

A par x ao par
→ A par: Informado. Não estou a par desse novo edital.
→ Ao par: Equivalente em valor. Sonhei que o dólar estava ao par do real.

Acerca x a cerca:
→ Acerca: Sobre, assunto. Ex.: Discutiremos acerca do aumento de seu salário.
→ A cerca: Artigo a + substantivo cerca. Ex.: A cerca não resistiu ao vento e desabou.

“Cerca de” é expressão que indica medida aproximada. Aqui também cabe a combinação
com verbo haver. Ele gastou cerca de 10 mil reais na reforma. / Chegou aqui há cerca de 3 horas.

Tampouco / tão pouco


→ Tampouco: advérbio. equivale a “também não, nem”. Você não foi educado, tampouco
respeitoso.
→ Tão pouco: advérbio de intensidade (tão) + advérbio de intensidade/pronome indefinido,
com sentido de quantidade, intensidade. Estudei tão pouco, por isso não passei. / Não
sabia que você pagou tão pouco nesse material.

Cessão x sessão x seção


→ Cessão: Ato de ceder. A casa não tem escritura, só cessão de direito.
→ Sessão: Período de tempo. A sessão vai acabar mais cedo hoje.
→ Seção: Divisão ou categorização de algo. Procure pelo milho na seção dos enlatados.

Ao invés de x em vez de
→ Ao invés de: fazer o contrário. Usado com antônimos. Ao invés de rir, ele fez foi chorar.
→ Em vez de: uma coisa no lugar da outra. Em vez de comprar besteiras, compre frutas, verduras
e legumes.

Contudo, o “em vez de” serve para qualquer caso.

De mais x demais
→ De mais: oposto a “de menos”. Não vejo nada de mais nessa garota.
→ Demais: muito; o restante. Essa aula é boa demais!

De encontro a x ao encontro de
→ De encontro a: contra; sentido contrário; choque, oposição, discordância. O progressismo
vai de encontro ao conservadorismo. / Na batida, o carro foi de encontro ao caminhão.
→ Ao encontro de: a favor, no mesmo sentido; concordância. Fui ao encontro do advogado. /
Acho que o cargo irá ao encontro de minha expectativa.

6
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

“Senão x se não”
A diferença entre “Senão x Se não”, por comportar diversas situações acaba confundindo.
Portanto, para não errar verifique sempre se o “não” pode ser retirado e confirme que é uma
palavra independente.

→ Se não: Se (Conjunção Condicional) + Não (Adv. Negação). Se não revisar, poderá esquecer
o que aprendeu.
→ Se não: Se (Conjunção Integrante) + Não (Adv. Negação). Minha mãe quer saber se não vai
visita-la hoje.
→ Se não: Se (Pronome Apassivador) + Não (Adv. Negação). Há verdades que se não dizem.
→ Senão: do contrário, mas, mas também, mas sim, a não ser, exceto... Venha, senão vai se
arrepender. / Ela não é metida, senão educada. / Ninguém, senão Deus, poderia salvá-lo.

7
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

ACENTUAÇÃO
GRÁFICA
A sílaba tônica é sempre uma das três últimas sílabas.

OXÍTONA última sílaba tônica me-TRÔ, su-FLÊ, su-POR, a-ba-ca-XI

PAROXÍTONA penúltima sílaba tônica pro-JE-to, bo-NE-ca, ME-sa, se-cre-TÁ-ria

PROPAROXÍTONA Antepenúltima sílaba DÚ-vi-da, SÍ-la-ba, PÚ-bli-co, o-XÍ-to-na


tônica

OXÍTONA Terminação em A, E, O Sofá, gambá, café, chalé, avó,


carijó.
Terminação em ÉU, ÉI, ÓI Chapéu, troféu, fiéis, papéis,
herói, Niterói.
Terminação em EM, ENS (desde que
Parabéns, armazéns, alguém,
mantém, mantêm.
haja duas ou mais sílabas)
PAROXÍTONA* Todas as paroxítonas são acentuadas, Fácil, hífen, álbum, cadáver,
tórax, júri, lápis, vírus, bíceps,
exceto aquelas terminadas em A, E, O, órfão, ímã.
EM, ENS.
Acentuam-se as terminadas em ditongo
Indivíduos, precárias, série,
história, homogênea, médio,
oral bromélia, imóveis, água,
distância, primário.
PROPAROXÍTONA Todas são acentuadas. Matemática, gráfico, música,
médico, proparoxítona,
energético, acústico, árvore.

Polêmica: Algumas paroxítonas terminadas em ditongo crescente podem ser consideradas


como proparoxítonas eventuais ou aparentes.
A palavra “precária” , paroxítona terminada em ditongo crescente, pre-cá-riA, poderia,
alternativamente, ser considerada também uma proparoxítona, caso se considerasse sua
divisão como: pre-cá-ri-a. Contudo, a regra dominante é a da paroxítona terminada em
ditongo.

*Exceção da Paroxítona: As paroxítonas com ditongo aberto não são acentuadas:


herOIco, assemblEIa, idEIa, andrOIde, debilOIde, colmEIa, bOIa, estOIco, asterOIde,
paranOIco...

Os prefixos paroxítonos terminados em r ou i também não são acentuados, como hiper,


super, mini, anti, semi.

2
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

MONOSSÍLABOS TÔNICOS
REGRA 1 São acentuados os que terminam em A, E, O Pá, dá, cá, más
Pé, ré, mês, dê
Dó, pó, só, nós
REGRA 2 São acentuados os ditongos abertos éu, éi, ói Céu, véu
Réis
(seguidos ou não de S) Dói, sóis

ACENTUAÇÃO DO HIATO
O hiato é o encontro de duas VOGAIS em sílabas diferentes.

Regra: São acentuados o i e o u tônicos, em hiato com vogal ou ditongo anterior que
formam sílaba sozinhos ou com s: caí, faísca, Paraíba, egoísta, ruído, saúde, saúva, balaústre.
AQUI NÃO CONSIDERA A CLASSIFICAÇÃO TÔNICA.

Já os I OU U tônicos nos hiatos não são acentuados quando formam sílaba com letra
que não seja s:

CA-IR | SA-IR-MOS | SA-IN-DO | JU-IZ | A-IN-DA | DI-UR-NO

Exceção 1: O Hiato seguido de NH na próxima sílaba não deve ser acentuado: Rainha,
Bainha, Moinho...

Exceção 2: Hiato de letras repetidas não deve ser acentuado: Saara, mooca, semeemos,
xiita, vadiice, creem, deem, leem, enjoo, voo, doo, zoo....

Exceção 3: O “U” OU “I” tônico após um ditongo decrescente numa PAROXÍTONA não é
acentuado: FEi-ura, BAi-u-ca, Bo-cAi-u-va, SAu-i-pe...

Já GuAíra e GuAíba levam acento, pois o “i” e “u” tônicos ocorrem após ditongo
crescente. Se a palavra for uma oxítona, ou seja, quando o “i” e “u” tônico após o
ditongo estiver na última sílaba (Ex:Piauí), HAVERÁ ACENTO!

ACENTOS DIFERENCIAIS
A maioria foi abolida pelo novo acordo ortográfico. Veja os mais cobrados em prova
que ainda possuem o acento.

Pôde (pretérito) Pode (presente)


Pôr (verbo) Por (preposição)
Têm e vêm (plural) Vs. Tem e Vem (singular)
Mantém (e derivados) Verbo 3ª pessoa Mantêm (e derivados) Verbo 3ª pessoa plural
singular do presente do indicativo do presente do indicativo

3
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Intervém (e derivados) Verbo 3ª pessoa Intervêm (e derivados) Verbo 3ª pessoa plural


singular do presente do indicativo do presente do indicativo

OBS.: Facultativo: Fôrma (objeto) Vs. Forma (Verbo Formar)

Palavras que NÃO trazem mais acentos diferenciais MAIS cobradas:

→ pela (do verbo pelar) e pela (a união da preposição com o artigo);


→ polo (o esporte) e polo (a união antiga e popular de por e lo);
→ pelo (do verbo pelar) e pelo (o substantivo);
→ pera (a fruta) e pera (preposição arcaica)

6. (FGV / PREF. DE SALVADOR / 2017)


As palavras do texto acentuadas pela mesma regra de acentuação gráfica são
a) cóclea / células.
b) frequências / destruídas.
c) responsável / média.
d) frágeis / música.
e) ondulatório / daí.

Então, a reposta só poderia estar na letra a) có-cle-a / cé-lu-las. (proparoxítonas).


Rigorosamente, a palavra “cóclea” é uma paroxítona terminada em ditongo crescente, mas a
FGV cobrou de maneira sorrateira a regra da proparoxítona eventual. Então, se não
considerasse essa regra (minoritária), não acharia opção para marcar. Fique ligado, a FGV é
uma das raras bancas que exige essa regra.
Gabarito letra A.

4
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

HÍFEN
NÃO se usa hífen
Para unir vogais autoestrada, agroindustrial, Exceção: *Prefixo “CO”: não tem hífen,
diferentes anteontem, extraoficial, mesmo que a próxima letra seja igual:
videoaulas, autoaprendizagem, Cooperativa, coobrigado...
coautor, infraestrutura,
semianalfabeto
Para unir Hipermercado, superbactéria, intermunicipal
consoantes
diferentes
Para unir Hiperativo; interescolar; Porém, se a consoante após a vogal
consoante com supereconômico; interação que termina o prefixo for S ou R, esta
vogal deve ser
duplicada.
Minissaia; contrarregra; contrarrazões;
contrassenso; ultrassom; antissocial;
antirracismo; antirrugas; corresponsável

Usa-se hífen
Para separar vogais iguais Micro-ondas; contra-ataque; anti-inflamatório; auto-observação
Para separar consoantes Super-romântico; hiper-resistente; sub-bibliotecário
iguais

Essa regra se aplica de forma geral para a união de PREFIXOS. Não é uma regra universal
para qualquer palavra composta.

OBSERVAÇÕES

Não se usa hífen após “não” e “quase”:

Ex: não agressão; não beligerante; não fumante; não violência; não participação; não
periódico; quase delito; quase equilíbrio; quase morte

Não se usa hífen entre palavras compostas com elemento de ligação:

Mão de obra; dia a dia; café com leite; cão de guarda; pai dos burros; ponto e vírgula; camisa
de força; bicho de 7 cabeças; pé de moleque; cara de pau

Exceções: arco-da-velha; mais-que-perfeito; cor-de-rosa; água-de-colônia; pé-de-meia;


gota-d’água, ao deus-dará, à queima-roupa.

Já se não houver elemento de ligação, há hífen: boa-fé; arco-íris; guarda-chuva; vaga-


lume; porta-malas; bate-boca; pega-pega; pingue-pongue; corre-corre...
5
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Não há hífen em locuções com palavras repetidas:

dia a dia; corpo a corpo; face a face; porta em porta.

Porém, se elas não tiverem elemento de ligação, separa com hífen: Corre-corre; pega-
pega; cri-cri; glu-glu...

Usa-se hífen em espécies botânicas e zoológicas:

bem-te-vi, erva-doce, pimenta-do-reino, cravo-da-índia; bico-de-papagaio...

Encadeamentos: Apesar de não ser um substantivo composto propriamente dito, temos


neste caso a regra geral das palavras formadas por composição (radical1+radical), pois
são duas palavras independentes, encadeadas com hífen.

Ex.: Ponte Rio-Niterói; Eixo Rio-São Paulo; Percurso casa-trabalho...

Antes de palavra com H, HÁ HÍFEN:

anti-higiênico, circum-hospitalar, contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sobrehumano,


sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico, geo-história, neo-helênico, panhelenismo, semi-
hospitalar

Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in-
e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil,
inumano, etc.

REGRAS ESPECIAIS

Com os prefixos Bem e Com o prefixo Bem, HÁ HÍFEN, Bem-vindo; Benquerer... Mal-
Mal + Palavra iniciada por exceto em palavras derivadas educado; Mal-humorado;
vogal (ou H): HÁ HÍFEN de querer ou fazer. Malfeito; bem-aventurado, bem-
“O bem não gosta de ninguém!” estar, bem-humorado; mal-estar;
bem-criado (malcriado), bem-
Com o prefixo Mal, HÁ HÍFEN,
ditoso (malditoso), bem-nascido
exceto se palavra seguinte iniciar (malnascido), bem-visto
com consoante. (malvisto), benfazejo, benfeito,
“O mal não gosta de vogal!” benfeitor, benquerença.
Com os prefixos Recém, Recém-nascido, recém-casado, além-túmulo, vice-presidente, ex-
além, aquém, sem, ex, presidente, sem-terra...
vice, HÁ HÍFEN!
Com os prefixos tônicos Pré-escolar, pró-americano, pós-graduação.
“pré”, “pró” e “pós”: HÁ Exceto se for átono, já aglutinado na palavra seguinte, que não é
HÍFEN! vista como “independente”.
Ex.: Preestabelecer, preexistente, promover, pospor...
Com os prefixos: “Sub” e Sub-região, Sub-raça, Sub-reitor, sub-reptício
“sob” + R/B: HÁ HÍFEN! Seguem a mesma regra os prefixos “AD/AB/OB”.
Com os prefixos: “Circum” Pan-americano; Pan-europeu; Circum-adjacente; circum-navegação
e “pan” + Vogal/”m”/”n”:
HÁ HÍFEN!

6
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

MORFOLOGIA
CLASSES DE PALAVRAS
Para iniciar, vamos diferenciar morfologia e sintaxe.

A morfologia classifica as palavras de acordo com as suas características, em tese, ela analisa as
palavras isoladamente. São 10 as classes gramaticais. Já a sintaxe define a função dessas
palavras e expressões em um período/oração/frase. Portanto não é possível dizer a função
sintática de uma palavra fora de uma frase, uma mesma palavra pode ter diversas funções
sintáticas a depender de onde ela está inserida no período.

Classes morfológicas (gramaticais) Funções sintáticas


1) Substantivo → Sujeito
2) Adjetivo * → VTD, VTI, VTDI, VI, VL
3) Advérbio * → Objeto direito
4) Preposição * → Objeto indireto
5) Artigo → Predicativo (do sujeito e do objeto)
6) Numeral → Adjunto adverbial
7) Interjeição → Adjunto adnominal
8) Pronome → Complemento nominal
9) Conjunção * → Agente da passiva
10) Verbo * → Aposto
→ Vocativo
→ Núcleos

* Funcionam também em formato de locução: locução adjetiva, locução adverbial, locução


prepositiva, locução conjuntiva e locução verbal.

1. SUBSTANTIVOS
Classe variável que dá nome às coisas. Funciona como núcleo das funções nominais e recebe
determinantes.

As minhas cinco apostilas de concurso fazem a diferença nos meus estudos.


Sujeito

CLASSIFICAÇÃO
PRIMITIVO Não se origina de outra palavra. Não traz afixos pedra, mulher, felicidade
(prefixo ou sufixo).
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

DERIVADO Deriva de uma palavra primitiva, traz afixos. pedreiro, mulherão, infelicidade
SIMPLES Uma única palavra, apenas um radical. homem, pombo, arco
COMPOSTO Mais de uma palavra, mais de um radical. homem-bomba, pombo-
correio, arco-íris
COMUM Designa uma espécie ou um ser qualquer. mulher, cidade, cigarro
PRÓPRIO Designa um indivíduo específico da espécie. Maria, Paris, Brasília, Beatriz.
CONCRETO Designa um ser que existe por si só, de existência pedra, menino, carro, Deus,
autônoma e concreta, seja material, espiritual, fada
real ou imaginário.
ABSTRATO Designa ação, estado, sentimento, qualidade, criação, coragem, liberalismo,
conceito. conservadorismo
COLETIVOS Designa uma pluralidade de seres da mesma tropa (soldados), cardume
espécie. (peixes), alcateia (lobos), frota
(veículos).

BIFORMES mudam a forma para indicar gêneros diferentes (masculino e feminino).


UNIFORMES possuem uma mesma forma para indicar ambos os gêneros.

Os substantivos uniformes ainda se subdividem em:

EPICENOS Referem-se a animais que só têm um A águia, A cobra, O gavião.


gênero para designar tanto o masculino
quanto o feminino.
SOBRECOMUNS Referem-se a pessoas de ambos os sexos. A criança, O cônjuge, O
carrasco, A pessoa, O monstro, O
algoz, A vítima.
COMUNS DE Forma única para masculino e feminino. A O chefe, A chefe, O cliente, A
DOIS GÊNEROS distinção é feita pelo “artigo” (ou outro cliente, O suicida, A suicida.
determinante).

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS


a) Substantivo + substantivo que → caneta-tinteiro (canetas-tinteiro ou canetas-
especifica o primeiro tinteiro)
O primeiro elemento OU os dois vão para → salário-família (salários-família ou salários-famílias)
o plural. → banana-prata (bananas-prata ou banana-
pratas)
→ pombo-correio (pombos-correio ou pombos-
correios)
b) Palavras unidas por preposição → estrela-do-mar (estrelas-do-mar)
Apenas o primeiro elemento vai para o → mula-sem-cabeça (mulas-sem-cabeça)
plural. → peroba-do-campo (perobas-do-campo)

c) Verbo ou advérbio + substantivo ou → abaixo-assinado (abaixo-assinados)


adjetivo → beija-flor (beija-flores)
Apenas o segundo elemento vai para o → sempre-viva (sempre-vivas)
plural.
d) Palavras repetidas ou onomatopeias → pingue-pongue (pingue-pongues)
Apenas o segundo elemento passa para → teco-teco (teco-tecos)
o plural. → tique-taque (tique-taques)
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

e) Palavra variável + palavra variável → cota-parte (cotas-partes)


Os dois elementos vão para o plural. → mão-boba (mãos-bobas)
→ segunda-feira (segundas-feiras)

2. ADJETIVOS
O adjetivo é a classe variável que se refere ao substantivo ou termo de valor substantivo (como
pronomes), para atribuir a ele alguma qualificação, condição ou estado, restringindo ou
especificando seu sentido.

ADJETIVO DE Deriva de um nome, e estabelece relações de posse, origem, propriedade,


RELAÇÃO nacionalidade etc. Relacional = “relacionado com”.
(RELACIONAL)
Tinha um ar juvenil. (relacionado a juventude)
Adoro comida indiana. (relacionada ao país, Índia)
Por que as bonecas russas são tão caras? (relacionada ao país, Rússia)
Meu cartão é internacional. (relacionado à internacionalização, além das fronteiras)
Todo bulbo capilar precisa de hidratação. (relacionada a cabelo).
ADJETIVO Dá qualidade não própria, que pode ser acrescentada. O adjetivo
RESTRITIVO adicionado colocará o ser em destaque, restringindo, tornando-o único num
grupo. Podem ser adicionados e retirados.

A policial amorosa pediu exoneração. (Exclui do grupo de policiais e a destaca).


O líder dedicado foi homenageado. (Nem todas os líderes foram, exceto o
dedicado).
A polícia prendeu o homem baixo. (Nem todos os homens são baixos).
O fim de tarde deixa o céu alaranjado. (O céu não é naturalmente alaranjado,
certo?)
O fogo alto queimou a panela. (Pense: todo fogo é alto? Não).
ADJETIVO Dá qualidade própria. Fornece características do substantivo. São inerentes,
EXPLICATIVO pertencentes ao ser/objeto mencionado. São óbvios e justificados, pois não
mudam.

A neve é fria. (Isso não muda; a qualidade da neve é ser gelada).


Cuidado com o fogo quente! (O fogo sempre queimará, pois é sempre quente).
É preciso cautela para usar uma faca afiada. (Subentende-se que todas são afiadas).
Os homens agem como se não fossem mortais. (Todo homem é mortal, concorda?)
Eu adoro café preto. (Será que existe café branco?)

Classificam-se ainda em:

SIMPLES Possui apenas um radical. Estilo literário.


COMPOSTO Possui mais de um radical. Estilo lítero-musical.
PRIMITIVO Forma original, não derivado de outra Homem bom.
palavra.
DERIVADO É formado a partir de outra palavra. Ele é bondoso.
GENTÍLICO Relativos a povos e raças. israelita
PÁTRIO Relativos a cidades, estados, países e israelense
(CEP) continentes.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

VALOR OBJETIVO (FATO) X VALOR SUBJETIVO (OPINIÃO)


Os adjetivos podem ter valor subjetivo, quando expressam opinião (opinativos); ou podem ter
valor objetivo, quando atestam qualidade que é fato e não depende de interpretação
(objetivos).

Os adjetivos opinativos, por serem marca de expressão de uma opinião, são acessórios, podem
ser retirados, sem prejuízo gramatical.

Os adjetivos de relação são objetivos e, por isso, não aceitam variação de grau e não podem
ser deslocados livremente, posicionando-se normalmente após o substantivo.

OPINATIVOS OBJETIVOS
Mulher bonita. Padre espanhol.
Policial entusiasmado. Celular novo.
Juiz desmotivado. Cabelo cacheado.

GRAU DOS ADJETIVOS

Normal Forte

Superioridade Mais forte

Comparativo Inferioridade Menos forte

GRAU DOS
ADJETIVOS Igualdade Tão forte quanto/como

Superioridade: O mais forte


Relativo
Inferioridade:O menos forte
Superlativo
Sintético: Fortíssimo
Absoluto
Analítico: Muito forte

3. ADVÉRBIOS
termo invariável que se refere a verbo, adjetivo e advérbio. Quando se refere a verbo, traz a
“circunstância” daquela ação (tempo, lugar, modo). Quando ligado a adjetivo (você é muito
linda) e advérbio (você dança extremamente mal), funciona como intensificador.
Eu gosto de estudar em casa. (refere-se ao verbo)
Eu fico muito aborrecido. (refere-se ao adjetivo)
Você dança extremamente bem. (refere-se ao
advérbio)
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

PALAVRAS DENOTATIVAS
São palavras que não possuem nenhuma classificação morfológica específica, contudo
costumam ser tratadas como advérbios. A retirada das denotativas expletivas (de realce) não
causa nenhum prejuízo sintático.

Classificação das palavras denotativas

Retificação, aliás, ou seja; isto é, A namorada, isto é, a esposa...


explicação Não fui, ou seja, perdi...
ou melhor, digo, a
saber
Inclusão Até, inclusive, Ninguém passou, inclusive eu.
Até você está chateado?
também
Exclusão Só, somente, exceto, Todos foram, exceto a Liz.
Só você não vai.
menos, salvo
Designação eis Eis me aqui senhor.
Eis que ele me aparece.
Expletivas, de realce é que(m); é porque; Eu é que vou dirigir hoje.
O que que você está fazendo?
que
É porque eu quero saber.

4. PREPOSIÇÕES
Termo invariável cuja função é conectar palavras e iniciar orações reduzidas. Normalmente, as
preposições vão compor locuções. Quando ligada a adjetivos, formará uma locução adjetiva;
quando ligada a um advérbio, formará uma locução adverbial; e assim por diante. Principais
preposições: a, com, de, em, para, ante, até, após, contra, sem, sob, sobre, per, por, desde, trás,
perante.

PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS E ACIDENTAIS


Essenciais: São puras, só atuam como preposição: a, ante, com, contra, de, desde, em, para,
por, sob, sobre, sem...

Acidentais: Pertencem a outra classe, mas, em determinados contextos, passam a ser


preposição: consoante, conforme, segundo (quando não introduzem oração), como, que,
mesmo, durante, mediante...

Usamos eu e tu após preposições acidentais ou palavras denotativas.

Fora tu, todos faltaram. (fora é preposição acidental)

Até tu, Bianca! (até, nesse contexto, é palavra denotativa de inclusão)

Com preposições essenciais, usamos as formas pronominais oblíquas.

Venha até mim e haverá bênçãos para ti.


Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

PREPOSIÇÕES RELACIONAIS E NOCIONAIS


Relacionais: são exigidas por verbos e nomes, têm “valor relacional”. Introduzem funções
sintáticas de complemento, como objetos diretos, indiretos e complementos nominais. São
obrigatórias, pedidas pela regência.

Desconfio de gente que se faz de santa. (relacional: introduz complemento verbal)

Nocionais: não são exigidas obrigatoriamente, mas trazem “sentido”, têm valor “nocional”, pois
trazem noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo etc. Geralmente introduzem adjuntos
adnominais e adverbiais.

Este é o carro de Ricardo. (nocional: introduz locução indicativa de posse)

A preposição “de” é expletiva, de realce, e pode ser retirada sem prejuízo sintático e sem
alteração de sentido em:
→ Estruturas comparativas: Como mais (do) que você.
→ Alguns apostos especificativos: O bairro (das) Laranjeiras satisfeito sorri.
→ Orações subordinadas predicativas: A sensação foi (de) que não mudou.
→ Predicativo do objeto do verbo chamar ou denominar: Jonny me chamou (de)
estúpido.
→ Algumas estruturas do tipo artigo + adjetivo substantivado + de + substantivo: O maldito
(do) gato foi atropelado 7 vezes!

5. ARTIGO
Classe variável em gênero e número que acompanha substantivos, indicando se o substantivo é
masculino ou feminino, singular ou plural, definido ou indefinido. Por modificar o substantivo,
sempre exerce a função de adjunto adnominal. Pode ocorrer aglutinado com preposições (em
e de): “no”, “na”, “dos”, “das”.

A vizinha da minha mãe é viúva.


Art. Sub. Art. Sub.
Adj.

6. NUMERAL
Termo variável que se refere ao substantivo dando-lhe quantidade, ordem, sequência e posição.

7. INTERJEIÇÃO
Termo invariável que expressa emoções e estados de espírito.
Poxa! Eita! Vish! Oxente! Oxe! Putz! Tomara! Nossa! Credo! Ave! Oba! Eba! Cuidado! Ah!
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

MORFOLOGIA
CLASSES DE PALAVRAS
CONJUNÇÕES

Classe invariável cuja função é ligar termos, elementos ou orações. Essa ligação pode
estabelecer relação de dependência (conjunções coordenativas) ou dependência (conjunções
subordinativas).

COORDENATIVAS

CONJUNÇÕES INTEGRANTES

SUBORDINATIVAS

ADVERBIAIS

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Ligam e introduzem orações coordenadas, isto é, sintaticamente independentes uma da outra.
Expressam:

1) ADIÇÃO;
2) OPOSIÇÃO;
3) ALTERNÂNCIA;
4) EXPLICAÇÃO; ou
5) CONCLUSÃO.

1. Conjunções Coordenativas Aditivas


Sentido de adição: e, nem (e não), bem como, não só...como também/mas também/mas ainda...

→ quando liga fatos no tempo, pode indicar sequência cronológica: Vim e vi e venci;
→ “senão” pode ter sentido aditivo;
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

→ “tampouco” é advérbio, mas pode substituir uma conjunção aditiva, quando for
equivalente a “nem”: Não malho, tampouco faço dieta!
→ “ainda” também pode ter sentido aditivo: Ex: Eu trabalho, estudo e ainda (além disso)
cuido de sete crianças.

2. Conjunções Coordenativas Adversativas


Sentido de contraste, oposição, compensação, ressalva, quebra de expectativa, retificação:
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, SENÃO (sentido de “mas”).

→ a conjunção “não obstante” também poderá ser concessiva, quando equivaler a


“embora”.
→ o “e” pode vir com valor adversativo: Estava querendo ler, e o sono não deixava. (sentido
de adversidade). Uma pista que indica o valor adversativo do “e” é estar antecedido por
vírgula. É recomendado o uso de vírgula antes do “e” adversativo.

3. Conjunções Coordenativas Alternativas


Sentido de alternância ou escolha (exclusão): ou, ou...ou, quer...quer, ora...ora, já...já, seja...seja.

4. Conjunções Coordenativas Conclusivas


Sentido de conclusão ou consequência: logo, portanto, então, por isso, assim, por conseguinte,
destarte, pois (quando vem deslocado).

→ O “pois” no início da oração, isto é, não deslocado entre vírgulas, será explicativo(C) ou
causal(S).

5. Conjunções Coordenativas Explicativas


Sentido de justificativa, explicação: que, porque, pois (se vier no início da oração), porquanto. Elas
são fortemente sinalizadas pela presença de um verbo no imperativo anterior.

Pois explicativo: inicia uma oração e justifica a outra: Volte, pois tenho saudade.
Pois conclusivo: após o verbo, deslocado entre vírgulas. Há instabilidade; o dólar voltará,
pois, a subir.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
Ligam uma oração a outra, pois uma delas é a principal, e a outra é subordinada, ou seja,
dependente da primeira para a construção completa de seu sentido. Podem ser:

1) INTEGRANTES
2) ADVERBIAIS

1. CONJUNÇÕES INTEGRANTES
Indicam que a oração subordinada que elas iniciam integra ou completa o sentido da oração
principal.

Introduzem orações substantivas, aquelas que podem ser trocadas por “isto/disto” e
desempenham funções sintáticas típicas dos substantivos, como sujeito, objeto direto, objeto
indireto, complemento nominal, aposto, predicativo. Não possuem valor semântico próprio e são
apenas duas: “que” e “se”.

Só quero que você me explique isso. (só quero ISTO; introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta)

Não quero saber se ela me deve. (não quero saber ISTO; introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta)

É importante que você estude para a prova. (é importante ISTO, ISTO é importante; introduz uma
oração subordinada substantiva subjetiva).

A estrutura haver/ter + que/de + infinitivo é uma locução verbal, com uma preposição
acidental no meio: Ex: Tenho que estudar; Hei de passar. Repito: que/de, nesse caso, é uma
preposição acidental, não é conjunção integrante.

1.CONJUNÇÕES ADVERBIAIS
Introduzem orações subordinadas adverbiais, trazendo relação semântica de circunstância,
como um advérbio, com função sintática de adjunto adverbial da oração principal. Podem ser:

1) TEMPORAIS;
2) CAUSAIS;
3) CONCESSIVAS;
4) CONDICIONAIS;
5) CONFORMATIVAS;
6) FINAIS;
7) PROPORCIONAIS;
8) COMPARATIVAS;
9) CONSECUTIVAS.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

1.1 Conjunções subordinativas adverbiais condicionais


Indicam a hipótese ou a condição para a ocorrência da oração principal. Geralmente trazem
verbo conjugado no modo subjuntivo. São elas: se, caso, desde que, contanto que, quando, salvo se,
a menos que, a não ser que, sem que.

→ Vamos à feira de bicicleta, desde que não chova.


→ Caso o professor não apareça, podemos ir embora.

Cuidado, ao trocar “SE” por “CASO”, é preciso fazer um ajuste no verbo, como no exemplo:
Se eu puder, viajarei. (verbo no futuro do subjuntivo)
Caso eu possa, viajarei. (verbo no presente do subjuntivo)

1.2 Conjunções subordinativas adverbiais conformativas


Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro na oração principal: como,
conforme, consoante, segundo.

Conforme às regras estabelecidas, ele conduziu o processo.

• OBS: Quando não introduzem orações (em expressões sem verbo), conforme, consoante,
segundo, não são consideradas conjunções, mas preposições acidentais: Conforme o
livro, isso nunca aconteceu.

1.3 Conjunções subordinativas adverbiais finais


Indicam propósito, objetivo, finalidade da oração principal: para que, a fim de que, do modo que,
de sorte que, porque (quando igual a para que), que.

→ Estamos aqui para estudar.


→ Ela está me ajudando, a fim de que eu aprenda com mais facilidade.

1.4 Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais


Indicam relação de proporcionalidade com a oração principal: à medida que, à proporção que,
ao passo que, e também as correlações quanto mais/menos...mais/menos...

→ À medida que eu estudo, aumento meu percentual de acertos.

1.5 Conjunções subordinativas adverbiais temporais


Indicam noção de tempo para o fato ocorrido na oração principal: quando, enquanto, desde que,
sempre que, toda vez que, assim que, logo que, mal (com sentido de assim que).

→ Enquanto houver razão, eu não vou desistir.


→ Assim que ele chegou, a chuva começou.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

1.6 Conjunções subordinativas adverbiais comparativas


Indicam comparação ou contraste em relação à oração principal: como, assim como, tal qual, tal
como, mais que, menos, tanto quanto.

→ Eu faço atividade física tanto quanto um atleta.


→ O Lucas ficou chateado como eu.

1.7 Conjunções subordinativas adverbiais causais


Indica a causa da ocorrência da oração principal: porque, que, como (com sentido de porque), pois
que, já que, uma vez que, visto que, na medida em que, porquanto, se (com sentido de já que).

→ Não fomos à praia, pois estava chovendo.

CUIDADO! Não confunda a conjunção causal “na medida em que” com a proporcional “à
medida que”. Expressões como “na medida que” e “à medida em que” estão erradas!

Não confunda (Causa) x (Consequência) x (Explicação):


Choveu porque o dia foi muito quente. (Causa)
Choveu tanto que o chão está molhado. (Consequência).
Choveu, porque o chão está molhado. (Explicação)

1.8 Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas


Indica a consequência da ocorrência da principal. Normalmente vem acompanhada de uma
expressão “intensificadora” (como um advérbio de modo), que indica a causa. As principais são:
De modo que, de sorte que, de forma que, de maneira que, sem que (com sentido de que não), que
(quando aparece ligada a tal, tão, cada, tanto, tamanho).

→ Eu estudei tão pouco, de forma que mal consegui responder as questões.

1.9 Conjunções subordinativas adverbiais concessivas


Iniciam uma oração contrária à principal, mas sem impedir sua realização. A concessão também
é uma adversidade, tem um sentido de quebra de expectativa. Gera a expectativa de que o
fato que ocorre na principal não devia se realizar, mas ocorre mesmo assim. As principais
conjunções são: mesmo que, ainda que, embora, apesar de que, conquanto, por mais que, posto que,
se bem que, não obstante.

→ Ela gosta muito de dirigir, embora não tenha CNH.

• Nessas orações concessivas, o verbo VEM NO SUBJUNTIVO. Ex.: estivessem, falasse, tivesse,
fosse... Quando a banca pedir a substituição por outro termo, serão necessários ajustes
nessa conjugação;
• “Posto que” equivale a “embora”! Tem valor concessivo! Não pode ser usado com sentido
de causa, embora isso seja comum no discurso jurídico;
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

• CUIDADO! A locução prepositiva “apesar de” tem valor concessivo e a banca pode pedir
sua substituição por uma conjunção concessiva equivalente.

PRONOMES

Termo variável que acompanha o substantivo, podendo substituí-lo (direta ou indiretamente),


retomá-lo ou se referir a ele. Quando acompanham um substantivo, são pronomes adjetivos.
Quando substituem um substantivo, são classificados como pronomes substantivos.

Pronomes Pessoais
PRONOMES PESSOAIS
PESSOA RETOS OBLÍQUOS
1ª pessoa do singular Eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular Ele/Ela se, si, o, a, lhe, consigo
1ª pessoa do plural Nós nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós vos, convosco
3ª pessoa do plural Eles/Elas se, si, os, as, lhes, consigo

✓ Pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam substituir sujeito;
✓ Pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) substituem
complementos verbais;
✓ o, a, os, as substituem somente objetos diretos (complemento sem preposição);
✓ me, te, se, nos, vos podem ser objetos diretos ou indiretos (complemento com
preposição);
✓ lhe (s) tem função somente de objeto indireto;
✓ Os pronomes oblíquos tônicos (mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco, vós,
convosco, eles, elas) são pronunciados com força e precedidos de preposição.
Costumam ter função de complemento.

Após a preposição “entre” em estrutura de reciprocidade, usa-se pronomes oblíquos tônicos,


não retos.
Houve um afastamento entre mim e ele.
Não vou mais intervir entre ti e ela.

Pronomes interrogativos
São eles: “Que, Quem, Qual(is), Quantos”.

Pronomes indefinidos
Referem-se à 3ª pessoa do discurso e indicam quantidade de maneira vaga.
→ ninguém - nenhum - alguém - algum - algo - todo - outro tanto - quanto - muito - bastante - certo -
cada - vários qualquer - tudo - qual - outrem - nada - menos - que - quem um (quando em par com
"outro")
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

→ qualquer um - cada um/ qual - quem quer que seja quem/ qual for - tudo o mais - todo (o) mundo
um ou outro - nem um nem outro.

CUIDADO!
Tenho bastante dedicação. (modifica substantivo, é pronome indefinido).
Temos bastantes concorrentes. (modifica substantivo, é pronome indefinido).
________________________________________________________________________________

Já temos aliados bastantes. (modifica substantivo, é adjetivo: “suficientes”).


________________________________________________________________________________

Sou bastante cuidadoso. (modifica adjetivo, é advérbio).


Dancei bastante. (modifica verbo, é advérbio).

Pronomes Possessivos
Primeira pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s) nossa(s); segunda: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s); ou
terceira: seu(s), sua(s).

→ Delimitam o substantivo a que se referem.


→ Concordam com o substantivo que vem depois dele e não concorda com o referente.
→ Vem junto ao substantivo e tem função de adjunto adnominal.

Pronomes Demonstrativos
Demonstram a posição dos seres a que se referem em relação às pessoas do discurso, no tempo,
no espaço e no texto.

Função anafórica Quando um pronome retoma algo que já foi mencionado


antes.
Função catafórica Quando anuncia ou se refere a algo que ainda está para ser
dito.

Função endofórica Quando essa referência é feita dentro do texto. Endo=dentro.


Função exofórica ou Quando a referência é feita fora do texto, como tempo e
dêitica espaço.

TEMPO indicam tempo presente: este(s), esta(s), isto


indicam passado recente ou futuro próximo: esse(s), essa (s), isso
indicam passado ou futuro distante: aquele(s), aquela (s), aquilo
ESPAÇO apontam para referente perto do falante: este(s), esta (s), isto
apontam para perto do ouvinte: esse(s), essa (s), isso
apontam para longe do falante/ouvinte: aquele(s), aquela (s), aquilo
TEXTO apontam para o que será mencionado (anuncia): este(s), esta (s), isto
apontam para o que já foi mencionado: esse(s), essa (s), isso
apontam para um antecedente mais distante: aquele(s), aquela (s), aquilo
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Em caso de dois referentes enumerados, usa-se “aquele(a)(s)" para o que foi


mencionado primeiro (o mais distante) e “este” para o mencionado por último (o
mais próximo).

As palavras o, a, os, as também podem ser pronomes demonstrativos, geralmente quando


antecedem um pronome relativo ou a preposição “DE”.

Pronomes relativos
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
MASCULINOS FEMININOS Quem
o qual (os quais) a qual (as quais) que
cujo (cujos) cuja (cujas) onde
quanto (quantos) quanta (quantas)

→ Introduzem orações subordinadas adjetivas (com conjunção integrante), que muitas vezes
podem ser trocadas por um adjetivo equivalente. A mulher persistente vence. = a mulher
que persiste vence.
→ O “que”, por fazer referência a um termo anterior, tem função anafórica.
→ “que”, “o qual”, “os quais”, “a qual”, “as quais” são utilizados quando o antecedente for
coisa ou pessoa.
→ Antes do relativo “que”, devemos usar preposição monossilábica “a, com, de, em, por;
exceto sem e sob”. Com preposições maiores (ou locuções prepositivas), usaremos os
variáveis “o qual, os quais, a qual, as quais”.
→ Se um nome ou verbo pedir preposição, esta deve vir obrigatoriamente antes do pronome
relativo. (gostamos de; falamos sobre). Então, a supressão dessa preposição causa erro.
→ O pronome “quem” se refere a pessoa ou ente personificado (visto como pessoa) e é
precedido por preposição (monossilábica ou não).
→ O pronome relativo “onde” deve ser usado quando o antecedente indicar lugar físico
(ainda que virtual, figurativo), com sentido de “posicionamento em”. Como preposição
“em” também indica uma referência locativa, podemos substituir “onde” por “em que” e
por “no qual” e variações.

ATENÇÃO! O pronome “cujo” tem algumas peculiaridades.

✓ Indica posse e sempre vem entre dois substantivos, possuidor e possuído;


✓ Não pode ser seguido nem precedido de artigo, mas pode ser antecedido por
preposição; (nada de cujo o, cuja a, cujo os, cuja as...)
✓ Não pode ser diretamente substituído por outro pronome relativo.

Pronomes de tratamento
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (pessoa com quem se fala: vós), a
concordância é feita com a terceira pessoa (ele). Por essa razão, não usamos pronome
possessivo “vossa” com Vossa Excelência, usamos apenas o possessivo “seu” ou “sua”, por
exemplo.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

10

Vossa senhoria nomeará seu substituto. (E não Vosso ou Vossa. Concordância com senhoria, o
núcleo da expressão.)

Os Adjetivos e Locuções de voz passiva concordam com o sexo da pessoa a que se refere, não
com a o substantivo que compõe a locução (Excelência, Senhoria). Ou seja, “os adjetivos
referidos aos pronomes de tratamento concordam com o gênero do interlocutor”.

Maria, Vossa Excelência está muito cansada.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Pronome antes do
verbo PRÓCLISE Hoje me orgulho dos
estudos.
Pronome depois do
verbo ÊNCLISE Orgulho-me dos
estudos.
Pronome no meio dos
verbos MESÓCLISE Orgulhar-me-ei dos
estudos.

REGRA GERAL
Palavra invariável antes do verbo atrai pronome proclítico.

CNA Prii atrai próclise


Conjunções subordinativas
Palavras Negativas
Advérbios
Pronomes Relativos, Indefinidos e Interrogativos
Proibições
 Iniciar oração com pronome oblíquo átono. Te amo. Me desculpe. Me matriculei ontem.
 Inserir pronome oblíquo átono após futuros (do presente e do pretérito) e particípio. Darei-
te felicitações. Daria-te um carro. Tinha emprestado-lhe um caderno.

Regras Especiais
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

11

É livre a posição do pronome para verbo no infinitivo e verbos separados por conjunções
coordenativas.

→ Prefiro não te convencer/convencer-te.


→ Cheguei ao local e me sentei e preparei-me para a prova.

Em frases optativas (que expressam desejo, apelo, sentimento), a próclise é obrigatória:

→ Deus lhe pague.

Entre a preposição “em” e o verbo no gerúndio, usa-se próclise:

→ Em se plantando tudo dá.

Nas orações subordinadas, se houver um sujeito entre a palavra atrativa e o pronome, a força
atrativa se mantém e deve haver próclise:

→ Enquanto jovens estudantes se perdem para as drogas, eu sigo estudando.

A verdade é que, em orações subordinadas, usa-se próclise.

Por outro lado, se houver pausa, uma intercalação, esse distanciamento torna possível também
a ênclise:

→ Jamais, segundo pensam os economistas, se fizeram tantas despesas desnecessárias.


(também caberia ênclise: fizeram-se.)

Colocação pronominal na locução verbal


Todas as regras e proibições continuam válidas. Sem desrespeitar nenhuma das proibições
anteriores, o pronome pode vir antes, depois ou no meio da locução.

Porém,
se houver palavra atrativa, o pronome não pode estar no meio com hífen, pois isso indicaria que
estaria em ênclise com o verbo auxiliar, quando, na verdade, ele só pode estar no meio por estar
em próclise ao verbo principal.
✓ Eu lhe estou dando um livro.
✓ Eu estou lhe dando um livro.
✓ Eu estou-lhe dando um livro.
✓ Eu estou dando-lhe um livro.
✓ Eu não lhe estou dando um livro. (pronome proclítico ao verbo auxiliar “estou”)
✓ Eu não estou lhe dando um livro. (pronome proclítico ao verbo principal “emprestando”)
 Eu não estou-lhe dando um livro. (Errado porque o pronome, com hífen, estaria em ênclise
mesmo com palavra atrativa obrigando próclise)
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
2
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

TEMPOS E MODOS
VERBAIS
1° CONJUGAÇÃO 2° CONJUGAÇÃO 3° CONJUGAÇÃO
Amar Beber Sorrir
Falar Escrever Dormir
Estudar Correr Imprimir

MODO INDICATIVO
Modo verbal que expressa certeza, fatos vistos como certos, consumados, concretos.

Tempo Conjugação Exemplo Explicação


PRESENTE eu estudo Hoje eu ______. Indica fato habitual, fato
tu estudas permanente, futuro próximo,
ele estuda verdade atemporal, universal
nós estudamos etc.
vós estudais
eles estudam
PRETÉRITO eu estudava Antigamente eu ____. Indica fatos repetidos,
IMPERFEITO tu estudavas frequentes, habituais no
ele estudava passado; uma ação que
nós estudávamos estava ocorrendo quando
vós estudáveis
outra (instantânea) aconteceu;
eles estudavam
ação planejada, esperada,
que não se realizou.
PRETÉRITO eu estudei Ontem eu ______. Indica um fato perfeitamente
PERFEITO tu estudaste acabado no passado
ele estudou
nós estudamos
vós estudastes
eles estudaram
Composto Indica ação repetida que tem
TENHO+PARTICÍPIO ocorrido no passado,
(eu) tenho estudado prolongando-se até ao
(tu) tens estudado presente.
(ele) tem estudado Nos tempos compostos, o
(nós) temos estudado tempo do verbo auxiliar dá o
(vós) tendes estudado nome do tempo composto.
(eles) têm estudado
Porém, isso não acontece no
pretérito perfeito composto,
3
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

pois o verbo auxiliar, apesar do


nome, fica no presente.
PRETÉRITO eu estudara Quando cheguei a Indica evento perfeitamente
MAIS QUE tu estudaras sala, ele já _______. acabado antes de outro no
ele estudara passado, ou seja, uma ação
PERFEITO nós estudáramos passada antes de outra
vós estudáreis
passada.
eles estudaram

É possível a substituição do
Composto simples pelo composto sem
Tinha/Havia + Particípio alteração semântica ou
Quando cheguei a sala, ele já tinha/havia prejuízo à coesão, à coerência
estudado. ou à correção gramatical.
FUTURO DO eu estudarei Amanhã eu ______. Indica fato futuro em relação
PRESENTE tu estudarás ao momento da fala; futuro
ele estudará certo por quem fala; pode
nós estudaremos também indicar incerteza ou
vós estudareis
dúvida (geralmente em
eles estudarão
perguntas).
Composto Indica que um fato é concluído
(eu) terei estudado antes de outro no futuro.
(tu) terás estudado TEREI+PARTICÍPIO
(ele) terá estudado Quando ele chegar, já terei
(nós) teremos estudado estudado.
(vós) tereis estudado
(eles) terão estudado
FUTURO DO eu estudaria Se eu pudesse, eu Indica incerteza sobre fatos
PRETÉRITO tu estudarias _______. passados; Em contextos
ele estudaria condicionais, indica fatos que
nós estudaríamos não ocorreram e
vós estudaríeis
provavelmente não ocorrerão;
eles estudariam
Pode ser usado para expressar
Composto polidez em pedidos e
(eu) teria estudado
conselhos.
(tu) terias estudado
(ele) teria estudado
(nós) teríamos estudado
(vós) teríeis estudado
(eles) teriam estudado
4
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

MODO SUBJUNTIVO
Expressa possibilidade, hipótese, fato incerto, duvidoso ou irreal.

Tempo Conjugação Exemplo Explicação


PRESENTE que eu estude Bia quer que eu Suas terminações são A/E.
que tu estudes _______. CUIDADO! A conjunção
que ele estude subordinativa geralmente
que nós estudemos leva o verbo para o
que vós estudeis
subjuntivo.
que eles estudem
Ocorre a mudança de
sentido se trocarmos um
tempo indicativo por um
subjuntivo.
PRETÉRITO se eu estudasse COMPOSTO -
IMPERFEITO se tu estudasses Pretérito perfeito
se ele estudasse Tenha/haja+ particípio
se nós estudássemos
Que eu tenha/haja
se vós estudásseis
se eles estudassem
estudado.
Pretérito mais que
perfeito
Tivesse/houvesse+
particípio
Se eu tivesse
estudado.
FUTURO quando eu estudar Quando eu______. -
quando tu estudares
quando ele estudar
quando nós estudarmos
quando vós estudardes
quando eles estudarem

Futuro do Subjuntivo X Modo Infinitivo


Cuidado para não confundir o futuro do subjuntivo com o infinitivo, pois, em muitos verbos, a
terminação é idêntica. A dica para fazer essa diferenciação é trocar por um verbo que tenha
infinitivo diferente do futuro do subjuntivo. Troque pelo verbo fazer:
→ Quando eu entregar (fizer) o trabalho, ficarei tranquilo. (futuro do subjuntivo)
→ Para entregar (fazer) o trabalho, faço horas extras. (infinitivo)

✓ Propor (Infinitivo) x propuser (futuro do subjuntivo)


✓ Entreter (Infinitivo) x entretiver (futuro do subjuntivo)
✓ Ver (Infinitivo) x vir (futuro do subjuntivo)
✓ Vir (Infinitivo) x vier (futuro do subjuntivo)

Essa diferença vale para os verbos derivados de por, ter, ver e vir!
5
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

MODO IMPERATIVO
Expressa ordem, conselho, pedido, convite, súplica. Divide-se em afirmativo e negativo.

Não há imperativo na primeira pessoa, pois não é possível dar uma ordem a si mesmo.

AFIRMATIVO estuda tu
estude você
estudemos nós
estudai vós
estudem vocês
NEGATIVO Não estudes tu
Não estude você
Não estudemos nós
Não estudeis vós
Não estudem vocês

FORMAS NOMINAIS DO VERBO


Gerúndio, Particípio e Infinitivo. São chamadas de nominais, pois podem funcionar como nomes
(substantivos, adjetivos, advérbios). Geralmente o Infinitivo funciona como substantivo, o
particípio como adjetivo e o gerúndio como advérbio. As orações construídas pelas formas
nominais são chamadas de orações reduzidas (de infinitivo, gerúndio ou particípio).

Infinitivo expressa a ação em si: estudar, treinar, agradecer, correr, trabalhar.


Gerúndio expressa o processo da ação: estudando, agradecendo, correndo,
trabalhando.
Particípio expressa o resultado da ação: estudado, agradecido, corrido, trabalhado.

Infinitivo pessoal x impessoal


O infinitivo é uma forma neutra, que dá nome ao verbo. O infinitivo pode ser pessoal, quando
tem sujeito; ou impessoal, quando não tem. O infinitivo impessoal, não flexionado, não concorda
com nenhum termo, pois enuncia uma ação vaga, sem agente determinado. Então, é um
recurso de indeterminação do sujeito.

Infinitivo pessoal do verbo “estudar”, em todas as pessoas:

o por estudar eu
o por estudares tu
o por estudar ele
o por estudarmos nós
o por estudardes vós
o por estudarem eles

O fato de estar no singular não quer dizer que seja impessoal, pois pode estar flexionado no
singular porque seu sujeito é singular.
6
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Carga semântica do gerúndio


O gerúndio geralmente indica uma ação continuada ou ações que ocorrem simultaneamente.
Mas, em questões de concurso, geralmente também são cobrados outros sentidos: Tempo,
Condição, Modo e Causa.

Chegando ao banco, ele se assustou com a fila. (Tempo: ele se assustou quando chegou ao
banco.)

Lavando a louça, deixo você sair. (Condição: se lavar a louça, poderá sair.)

Desenvolveu a memória fazendo exercícios (Modo: exercícios foram a maneira que usou para
desenvolver a memória.)

Estudando com dedicação por anos, foi aprovada em primeiro lugar. (Causa: foi aprovada em
primeiro lugar porque estudou por anos.)

Particípios Abundantes
Há verbos que trazem mais de um particípio, um regular, terminado em –do, e um não regular,
que pode ter diversas terminações.

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Aceitar Aceitado Aceito
Afligir Afligido Aflito
Corrigir Corrigido Correto
Encher Enchido Cheio
Extinguir Extinguido Extinto
Fixar Fixado Fixo
Limpar Limpado Limpo
Submeter Submetido Submisso
Tingir Tingido Tinto

Regra do uso do particípio


Particípios REGULARES (–DO) serão usados na voz ativa, com os verbos TER/HAVER.

→ Tenho trabalhado todos os dias


→ Eu nunca havia estudado tanto.

Particípios IRREGULARES serão usados na voz passiva, com os verbos SER/ESTAR.

→ O boleto foi pago em dinheiro vivo. (em vez de pagado)


→ Estive suspenso da escola. (em vez de suspendido)
7
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

TRANSITIVIDADE VERBAL
Verbo Transitivo Pede um complemento, mas “transita” até ele diretamente, sem
preposição.
Direto
Comprei rifas. Comi batata. Vendi sapatos.
Verbo Transitivo Pede complemento, mas transita até o complemento indiretamente,
pois esse complemento vem obrigatoriamente introduzido com
Indireto preposição.

Gosto de fritura. Depende de você. Desconfio da Mariana. Vou à cidade dela.


Verbo Transitivo Pede dois complementos, um preposicionado e outro não.
Direto e Indireto Eu dei roupas¹ à mamãe².
Verbo Não pede um complemento sintático, normalmente porque traz
sentido completo em si mesmo.
Intransitivo A empresa faliu. O avião partiu. Acidentes acontecem.

VERBOS IMPESSOAIS
Não possuem um sujeito. Portanto não vão ao plural. Principais casos:

→ Verbos que indicam fenômenos da natureza: chover, nevar, amanhecer, anoitecer, trovejar;
→ formas indicativas de tempo e aspectos climáticos: faz sol, está frio, está tarde, ainda é cedo;
→ Verbo “haver” com sentido de:
1. “existir”: Há (existem) pessoas que não gostam de estudar.
2. “ocorrer”: Houve (ocorreram) grandes revelações na novela de ontem.
3. “tempo decorrido”: Há (faz) 2 meses não fumo. Aqui o verbo “fazer” também é
impessoal e não se flexiona.

VERBOS AUXILIARES
Unem-se ao verbo principal em locuções verbais, formando uma oração única. Eles se flexionam
para concordar com o sujeito, enquanto o verbo principal permanece invariável, numa de suas
formas nominais: infinitivo, particípio ou gerúndio.

O sentido principal está no verbo principal, ao passo que o auxiliar traz especificações
semânticas da ação, como duração, aspecto, modo, possibilidade.
Ele deve pensar muito em qual carreira seguir. (auxiliar “dever” + infinitivo, indicando possibilidade,
especulação)

Ele parece ser resiliente. (aparência, incerteza, possibilidade).


8
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

VERBOS DE LIGAÇÃO

Nomenclatura
Verbos que indicam ação NOCIONAIS
Verbos de ligação COPULATIVOS OU
RELACIONAIS

Os verbos de ligação ligam o sujeito a um termo que indica um estado ou característica (esse
termo é o “predicativo do sujeito”).

Estado permanente Meu pai é rancoroso.


Minha avó é muito teimosa.
Eu sou ansioso.
Estado continuado Meu pai continua rancoroso.
Minha avó permanece teimosa.
Eu permaneço ansioso.
Estado transitório ou Meu pai está rancoroso.
circunstancial Minha avó está teimosa.
Eu estou ansioso.
Mudança de Meu pai ficou rancoroso.
estado Minha avó ficou teimosa.
Eu fiquei ansioso.
Estado aparente Meu pai parece rancoroso.
Minha avó parece teimosa.
Eu pareço ansioso.

CUIDADO!
O verbo só é de ligação quando “liga” sujeito a predicativo.

Minha mãe anda chateada. (“anda” é de ligação, indica estado transitório e liga o sujeito ao
predicativo “deprimida”)

Minha mãe anda na esteira. (“anda” é um verbo nocional intransitivo, indica uma ação)

Portanto, o mesmo verbo pode ser nocional ou de ligação, tudo vai depender do contexto!

VERBOS PRONOMINAIS
São aqueles que trazem um pronome “integrante” do verbo e que não podem ser conjugados
sem ele.

Candidatar-se, queixar-se, arrepender-se, refugiar-se, atrever-se, assemelhar-se, dignar-se,


esforçar-se, suicidar-se, estreitar-se...

O “se” é parte integrante, não pode ser retirado e não exerce função sintática.

Há verbos que podem ser usados como pronominais, mesmo que naturalmente não sejam:
Lembrar-se; esquecer-se. Nesses casos, a regência exige obrigatoriamente a preposição “DE”.

→ Lembrei/esqueci a chave
→ Lembrei-me/esqueci-me da chave.
9
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Portanto, com verbos que não são essencialmente pronominais, como lembrar e esquecer, a
retirada do pronome DEVE ser acompanhada também da retirada da preposição.

VOZES VERBAIS
Indicam a relação do sujeito com o verbo, definindo o papel do sujeito como agente ou
paciente.

VOZ ATIVA O sujeito é agente, pratica a [O policial] deteve os criminosos.


ação.
VOZ PASSIVA O sujeito é paciente, sofre a [Os criminosos] foram detidos pelo policial.
ação, recebe o efeito da ação. Detiveram-se [os criminosos].
VOZ REFLEXIVA O sujeito pratica a ação em si [Os criminosos] se entregaram à polícia.
mesmo, é agente e paciente ao [O menino] se feriu com a faca.
mesmo tempo. Eles deram-se uma segunda chance.
VOZ REFLEXIVA Os sujeitos praticam uma ação [Os criminosos] se abraçaram na prisão.
RECÍPROCA uns nos outros, mutuamente.

Há casos em que o verbo tem sentido passivo (levei um soco), mas ainda assim, sintaticamente,
a voz é ativa, porque o sujeito sintático pratica a ação.

A voz passiva só ocorre em VTD ou VTDI e se divide em analítica e sintética ou pronominal.

Voz passiva Verbo auxiliar SER + verbo principal no O celular foi comprado por mim.
analítica particípio. O sistema foi comprado pelo
Obs.: pode apresentar agente da passiva. diretor.
O shopping será reinaugurado.
O agente da passiva é o responsável pela
Carlos foi repreendido pelo pai.
execução da ação de um verbo na voz
passiva.
Voz passiva Partícula SE + verbo na 3ª pessoa. Consertam-se roupas.
sintética ou A Partícula Apassivadora é a forma de Compram-se móveis usados.
utilizar o pronome “se” com o verbo na voz Não se vê um idoso no posto.
pronominal Abriu-se vaga para técnico.
passiva, ou seja, recebendo a ação em vez
Aumentou-se o preço das
de praticá-la.
inscrições.

Forma e conversão
Voz passiva analítica (SER + Particípio)
Na conversão da voz ativa para a passiva, o sujeito da voz ativa vira o agente da passiva. O
objeto direto da ativa vira sujeito paciente na passiva.

A Maria acompanhou a Sarah no hospital. (voz ativa)


Sujeito Objeto direto

Sarah foi acompanhada por Maria no hospital. (voz passiva


analítica)
10
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Suj. paciente Ser + particípio Agente da passiva

Voz passiva sintética ou pronominal (VTD + SE)

Acompanhou – se Sarah.
Pron. Apassivador Suj. paciente

A transposição para a voz passiva depende de um objeto direto na voz ativa.

Na transposição da voz passiva analítica para a sintética ocorre:

1) A locução passiva vira um pronome apassivador


2) O agente da passiva fica implícito.
3) O tempo e modo do verbo é mantido ao longo da transposição

CUIDADO!
Por não revelar quem pratica ação, a voz passiva sintética é um recurso que omite o agente da
ação focar somente no sujeito paciente. Contudo, não é hipótese de sujeito indeterminado.

Pelo fato de o agente da passiva não aparecer mais na voz passiva sintética, é possível transpor
para esta voz uma sentença em voz ativa com sujeito indeterminado, já que, em ambas as
estruturas, o sujeito ficará “escondido”:

→ A chefia comprou um carro. (Voz ativa)


→ Um carro foi comprado pela chefia. (Voz passiva analítica com agente definido)
→ Compraram um carro. (Voz ativa com sujeito indeterminado, na terceira pessoa do
plural)
→ Comprou-se um carro. (Voz passiva sintética)

Impossibilidade de conversão para voz passiva


Tive um AVC. Permaneceríamos motivados. Gosto de cachorro. Choveu muito hoje. Tenho 24
anos.

Essas frases não aceitam transposição por trazerem sentido passivo, de posse ou existência ou
por trazerem verbos transitivos indiretos ou intransitivos.

OBS: O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “por”, “pelo(a)(s)” e “de”.

A quadrilha foi cercada por/pelos/de policiais.

Voz passiva x índice de indeterminação do sujeito


Voz passiva Somente VTD ou VTDI podem ter voz passiva, Deseja-se uma nova
isso porque o objeto direto da voz ativa vira profissão.
sujeito paciente na voz passiva e o sujeito não
pode ser preposicionado.
11
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Índice de Já o sujeito indeterminado leva a estrutura de Visa-se a uma nova


indeterminação VTI+SE. Verifique se o verbo pede preposição. profissão. Precisa-se de
Verbos intransitivos (VI) e de ligação (VL) não médicos. (Não há OD, não
do sujeito há sujeito paciente)
pedem complemento, não têm objeto, por
Vive-se bem aqui.
isso também não aceitam voz passiva. Se VIs
vierem acompanhados de SE, é um sujeito
indeterminado.

CUIDADO!
Cuidado com para não confundir a voz reflexiva. Na dúvida, troque o “se” por a si mesmo e veja
se a coerência se mantém.

Locução verbal x tempo composto


Na voz passiva, o particípio concorda em gênero e número com o sujeito paciente:

Eu fui injuriado > Elas foram injuriadas.

O particípio formador de tempo composto na voz ativa não se flexiona.

Eles têm estudado muito.

VOZ PASSIVA Analítica: SER +


PARTICÍPIO
Sintética: VDT/VTDI +
SE
LOCUÇÃO VERBAL TEMPO TER/HAVER +
COMPOSTO PARTICÍPIO

→ Minha mãe havia comprado uma tijela. (voz ativa com tempo composto)
→ Um tijela havia sido comprada pela minha mãe. (voz passiva com tempo composto)

Na voz passiva analítica, o particípio varia em gênero e número para concordar com seu
referente.

Para concurso, voz passiva sintética e voz passiva analítica são equivalentes, constituindo
alternativas sintáticas para o mesmo enunciado.
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
2
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

SINTAXE
A ordem normal de uma oração é SuVeCA:
Eu comprei uma bicicleta semana passada
Suj. + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)
Para fazer a análise sintática de um período.

1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele, eles(a)) e o número do verbo
(singular/plural)
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em
pessoa e número).

FUNÇÕES SINTÁTICAS
SUJEITO

TIPOS DE SUJEITO

1) Sujeito Determinado:
É identificado, visível no texto, sabe-se exatamente quem está praticando (ou
recebendo) a ação verbal.
Carlos será o novo diretor-geral da Polícia Federal.

Pode vir em forma de oração, sujeito oracional: oração subordinada subjetiva


substantiva, quando o verbo deve estar OBRIGATORIAMENTE no singular.

É preciso estudar muito para ser Auditor Fiscal. É preciso ISTO; ISTO é preciso.

Com os verbos Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir, o pronome oblíquo pode ser
sujeito.

Deixe-me estudar /Não se deixe entristecer / Ela o fez desistir / Mandei a ir embora.
3
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Como temos duas orações e, em uma delas, o sujeito é o pronome, as formas deixe
aborrecer, fez desistir, mandei ir etc... NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS
ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.

2) Sujeito Oculto/Elíptico/Desinencial:
É determinado, pois podemos identificá-lo pelo contexto ou pela terminação do verbo
(desinência).
A Polícia Civil do Distrito Federal é referência em investigação. Necessita de profissionais de
altíssimo nível.

Na segunda oração, o sujeito de “necessita”, apesar de não estar na oração, é identificável


pelo contexto.

3) Sujeito Indeterminado:
Não se pode identificar no período. Não conseguimos inferir do contexto.
Estão cantando na rua desde ontem.

FORMAS DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO

a) Verbo na 3° pessoal do plural + omissão de quem pratica a ação (verbo


do fofoqueiro)
Disseram que talvez desse certo. (Quem disse?)

b) PIS – Partícula de indeterminação do sujeito VTI/VI/VL + SE


→ Desconfia-se de que ele esteja mentindo.
Verbo Trans. Indireto + SE (Quem desconfia? Não se sabe...)
→ Respira-se melhor na fazenda.
Verbo Intransitivo + SE (Em geral, todos respiram melhor na fazenda.)
→ Sempre se fica exalto após o trabalho.
Verbo de Ligação + SE (sujeito indeterminado, um agente universal, genérico, não
específico).

Dentro dessa regra, a expressão “tratar-se de” (VTI+SE) simplesmente DESPENCA em


prova!

Trata-se de quatro gatinhos na garagem.


Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.

c) Uso do infinitivo impessoal


Por não haver concordância com nenhuma pessoa, a ação verbal é vaga, sem revelar
o agente que pratica.

Praticar esportes é muito importante.


(o agente é genérico; não sabemos quem vai “praticar esportes”. O sujeito do verbo
“praticar” é, portanto, indeterminado. Já o sujeito do verbo “ser” vai ser a oração
sublinhada.)
4
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

SUJEITO X REFERENTE

Na maior parte dos casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo ter um
“sujeito” diferente do seu “referente”.

Os alunos fazem exercícios. Fazem exercício todos os dias.


(Na primeira oração, “os alunos” é o sujeito e o referente de jogar).
(Na segunda oração, “os alunos” é apenas o referente de “jogam”; sintaticamente, o
sujeito está oculto, omitido, elíptico, mas o referente é ainda “os meninos”).
[Os alunos] fazem exercício. (Eles = Os alunos) fazem exercícios todos os dias.

Vi os alunos que fazem exercícios.


(Aqui, “os alunos” continuam sendo o referente. Porém, o sujeito sintático é o pronome
“que”. Nesse caso, referente e sujeito não coincidem).

Uma dezena de médicos avaliou o candidato.


(O verbo “avaliou” concorda no singular com o núcleo do sujeito “dezena”; porém,
semanticamente, o referente da ação é “médicos”).

ORAÇÃO SEM SUJEITO

a) Fenômenos da natureza
Choveu ontem.
Anoiteceu.

b) Ser/estar/fazer/haver/parecer impessoais com sentido de fenômenos naturais, tempo


ou estado.

Faz 2 anos que não fumo nem bebo.


Faz calor em Teresina.
Há tempos que não chove.
Parecia tarde demais.
São 11 horas da manhã!

O mais cobrado de é o verbo “haver” impessoal (com sentido de “existir”, “ocorrer” ou


“tempo decorrido”)
Há gatos dóceis na rua.
Houve acidentes graves na avenida.
Há dois anos não bebo.

→ Na oração “Há gatos dóceis na rua.”, o termo “gatos dóceis na rua” é “objeto
direto” de “haver” (verbo impessoal), por isso não há flexão. O OD não faz o verbo
se flexionar (ir ao plural), isso é papel do sujeito.
→ Por outro lado, na oração “Existem gatos dóceis na rua.”, o termo “gatos dóceis na
rua” é sujeito do verbo “existir” (verbo pessoal, com sujeito), por isso há flexão.

O verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o substitua) vem sempre no singular e
“contamina” os verbos auxiliares que formam locução com ele:
5
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Há mais de 100 pessoas aqui.


Deve haver mil folhas aqui.
Deve fazer 3 anos que não bebo.
Deve ir para 2 meses que não bebo.

Se o verbo for pessoal, como “existir”, aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:

Existem mil pessoas aqui.


Devem existir mil pessoas aqui.

OBJETO DIRETO
É o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo se liga
ao seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o complemento sem “passar” por uma
preposição.

Comprei vestidos novos. (Comprou o quê? Comprou vestidos novos).

O OD também pode ter forma de uma oração, oração subordinada substantiva objetiva
direta, ou, simplesmente, objeto direto oracional.

Pedi que me ajudassem logo no início.


(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])

Objeto Direto Pleonástico


“Pleonástico” = “repetido”. É representado por um pronome que retoma um objeto
direto já existente na oração, com finalidade de ênfase.
Esta moto comprei-a na promoção.

Objeto Direto Interno, Intrínseco, cognato


Compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo. O núcleo do objeto vem
acompanhado de um determinante.
Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.
Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.
Depois da prova, dormi um sono tranquilo.

Obs.: “viver”, “sangrar” e “chover” são verbos intransitivos, não pedem nenhum objeto.

OBJETO INDIRETO
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto
indiretamente, pois vem uma preposição antes.

Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém).


Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
6
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

O OI também pode ter forma de uma oração (oração subordinada substantiva objetiva
indireta):

Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. Nenhum gato gosta DISSO. (oração
desenvolvida)
Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)

O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)


Às violetas, não lhes poupei água.

Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas repetem o


objeto indireto que
já estava na sentença.

Objeto direto preposicionado

Acontece quando o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento
direto por clareza, eufonia ou ênfase. Principais casos:

✓ Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou “quem”.


Vendemos a nós mesmos. (“vender” é VTD, mas o complemento “nós” é um pronome
oblíquo
tônico; então a preposição “a” é obrigatória)

✓ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”.
Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é objeto direto
de “ensinar”; “nadar” é o OD de “aprendi” e, por estar no infinitivo, a preposição “a” é
obrigatória)

✓ Quando houver dupla possibilidade de referente (ambiguidade):


A onça ao caçador surpreendeu. / À onça o caçador surpreendeu. (se retirarmos a
preposição, teríamos “a onça o caçador surpreendeu” e você poderia se perguntar
quem surpreendeu quem.)

✓ Quando o objeto indicar reciprocidade:


O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros.

✓ Com alguns pronomes indefinidos:


Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros? / A quantos a vida ilude!

✓ Quando o OD for um nome próprio.


Busquei a Fábio na rodoviária.

✓ Quando o objeto direto for a palavra “ambos”


Convidei a ambos para minha festa. (“convidar” é VTD)

✓ Quando houver reforço ou exaltação de um sentimento:


Ele ama a Deus e não teme a Maomé.
7
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

COMPLEMENTO NOMINAL
É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou
advérbio), com preposição.

Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um substantivo com


transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém).

Também pode ter forma de uma oração:

O cão sentia falta de que brincassem com ele.


O cão sentia falta de brincar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo)

ADJUNTO ADNOMINAL
Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes
características, qualidade ou estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva, ou
seja, modificam termo substantivo.

Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.

Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e
atribuem a ele características como quantidade, qualidade, posse. Esses termos não
foram exigidos pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por quem fala ou escreve.

ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL


Substituível por adjetivo perfeitamente Não substituível por um adjetivo
equivalente equivalente
Substantivo Concreto. Também pode ser Só complementa Substantivo Abstrato
abstrato com sentido ativo, de posse, ou (Sentimento; ação; qualidade; estado e
pertinência. Se for concreto, só pode ser conceito). Possui sentido passivo.
adjunto.
Só modifica substantivo: Então, termo Refere-se a advérbio, adjetivos e
preposicionado ligado a adjetivo e substantivo abstratos. Então, termo
advérbio nunca será adjunto adnominal. preposicionado ligado a adjetivo e
advérbio só pode ser CN.
Nem sempre preposicionado. Sempre preposicionado.
8
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

PREDICATIVO DO SUJEITO
É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito por meio de um verbo
de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar.

Ele continuava orgulhoso, mesmo perdendo. (Predicativo na forma de adjetivo)


Todos estão sem dinheiro. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional)
O problema foi considerado como insolúvel. (Predicativo com preposição acidental)
João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome demonstrativo)

Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma
qualidade do sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.

O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo o
tempo”
é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não é verbo
de ligação!)
A professora saiu atrasada. (O verbo “sair” é intransitivo)

PREDICATIVO DO OBJETO
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por meio de verbos transobjetivos, aqueles
que pedem um objeto + predicativo.
Julgaram o réu culpado.
O povo elegeu-o senador.
Achei o filme chato.
Quero Cecília para madrinha.
Vi-a forte, mesmo na doença.

PREDICATIVO DO OBJETO/SUJEITO X ADJUNTO ADNOMINAL

Semanticamente, o predicativo é uma característica atribuída ao ser, transitória, não é


permanente, inerente. Já o adjunto adnominal é uma característica própria do ser, vista
como inerente e definitiva.

Eu vi o rapaz muito entusiasmado com sua aprovação. (predicativo do objeto: o sujeito


atribuiu o
estado de “entusiasmo” ao rapaz, uma característica transitória)

A rapaz entusiasmado foi o primeiro a chegar. (adjunto adnominal: ele é entusiasmado


sempre, a
característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por um sujeito)
9
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

PREDICADO

PREDICADO Tem como núcleo um verbo Karina comprou um curso. (predicado


VERBAL nocional (transitivo ou verbal, verbo de ação “comprar”,
intransitivo), que indica transitivo direto)
“ação”, “movimento”: correr, Karina chorou. (predicado verbal
falar, pular, beber, sair, morrer, “chorar”, verbo de ação, intransitivo)
pedir.
PREDICADO Tem como núcleo um Fabiano parece triste.
NOMINAL predicativo do sujeito, termo Kamila está animada.
que atribuiu uma
característica, qualidade,
estado, condição ao sujeito,
ligado ao sujeito SEMPRE por
um verbo de ligação.
PREDICADO É uma mistura dos dois acima: Possibilidade 1: VI de ação + Predicativo
VERBO- tem verbo de ação e tem do sujeito
também Bia saiu triste.
NOMINAL
predicativo.
Possibilidade 2: VT de ação + Predicativo
do objeto
Bia achou a menina melancólica.
João julgou o réu culpado.

VOCATIVO
É um chamamento, pois se remete ao ouvinte ou leitor. É isolado na oração, sempre
marcado por vírgulas ou pausas equivalentes. O vocativo não é considerado um termo
interno “da oração”, pois se refere ao interlocutor.

Gatinha, passei no concurso!


Seja bem-vinda, Mariana.

APOSTO
Palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da
oração,
normalmente com uma relação de “equivalência” semântica. O aposto não tem valor
adjetivo.
10
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Pela sua identidade semântica, pode até substituir o termo a que se refere, assumindo
sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar sujeito; quando se
refere ao OD, pode virar OD...

APOSTO EXPLICATIVO: amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior, vem na


forma de expressões intercaladas, geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.

Jurandir, o muquirana, ainda é jovem.

APOSTO ESPECIFICATIVO: especifica o referente dentro de um universo. Não vem


separado por pontuação e individualiza o seu referente. Sua forma mais comum se
configura em um nome próprio especificando um substantivo comum. É O ÚNICO QUE
NÃO VEM PONTUADO.

O artilheiro Messi é o melhor da história. (existem muitos artilheiros, o aposto especifica


que se trata do Messi)
A praia da Pipa é linda. (dentre muitas praias, trata-se da de Pipa)

Aposto Planejamento, disciplina, estudo, tudo é importante!


resumitivo
Aposto de Reprovei 4 vezes, o que abalou minha confiança.
oração
Aposto Chitãozinho e Xororó são cantores, este tem voz aguda e aquele
distributivo ou tem voz grave.
Também pode vir iniciado por dois-pontos (:)
enumerativo Chitãozinho e Xororó são cantores: este tem voz aguda e aquele
tem voz grave.
Comprei duas canetas: uma azul e uma vermelha.

ADJUNTO ADVERBIAL
É a função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de
circunstância, como tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição.

Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)


Ele morreu ontem. (adjunto adverbial de tempo)
Ele morreu de fome. (adjunto adverbial de causa)

O adjunto adverbial também pode ser referir a um adjetivo, um advérbio e até a uma
oração inteira.

Ela é muito bonita.


(“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo “bonita”; sua função é de
adjunto adverbial)

Infelizmente, não vou poder sair.


11
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

(“infelizmente” é um advérbio que se refere à oração como um todo e expressa uma


forma de “julgamento/opinião” sobre seu conteúdo; sua função é de adjunto adverbial)

O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial, com
circunstância de
condição, causa, tempo, condição, finalidade, etc...

Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)


Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração adverbial causal)

AGENTE DA PASSIVA
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a pratica
é justamente o “agente da passiva”. Ele é o agente do verbo na voz passiva. Quando
transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da passiva e o
objeto direto vira sujeito paciente.

Eu comprei um carro. Um carro foi comprado por mim.


Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva

O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser


introduzido pela
preposição “de”.
O mocinho foi cercado de cobras.
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
2

SINTAXE
Frase enunciado de sentido completo, que exprime ideias, emoções,
ordens, apelos, ou qualquer sentido compreensível. Pode ter verbo
(frase verbal) ou não (frase nominal).
Oração frase verbal. Portanto, nem toda frase é oração.

Período frase como um todo, com uma ou mais orações dentro. Com uma
oração é um período simples, pois tem uma frase com sentido
completo, verbo e não é ligada a nenhuma outra; com mais de uma
oração é um período composto, do qual as orações poderão estar
ligadas por coordenação ou subordinação.

COORDENAÇÃO x SUBORDINAÇÃO
O período composto pode conter orações coordenadas, subordinadas ou ambos os
tipos (período misto).

1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da mesa e
5nem lembrei...

Termos “coordenados” são termos listados, organizados, que têm a mesma função
sintática.

Comprei 1roupas, 2calçados, 3acessórios.


“roupas”, “calçados” e “acessórios” são objetos diretos coordenados.

Então, é possível haver orações subordinadas que estejam “coordenadas num período”:

1Quero 2que você goste do hotel e 3que volte.


As orações 2 e 3 são subordinadas, pois são OD na oração principal, “quero”. Porém,
elas estão sendo “organizadas” por uma conjunção coordenativa, o “e”. A oração não
deixou de ser subordinada, ela apenas está sendo coordenada por um elemento
coordenativo. Então, duas orações subordinadas estão “coordenadas” no período.

OBS: Para contar orações, é só contar os verbos. Casos em que teremos mais de um
verbo em uma oração:

1) Quando houver locução verbal: “Podemos ser empresários.”


2) Quando houver verbo expletivo, como ‘ser+que’: “Ele é que lava a louça.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
3

ORAÇÕES COORDENADAS
São independentes, não exercem função sintática em outra oração. São ligadas por
conjunções coordenativas. Quando têm conector (conjunção), são chamadas de
sindéticas. Quando não têm são chamadas de assindéticas.

As sindéticas podem ser Conclusivas, Explicativas, Aditivas, Adversativas e Alternativas.


(Mnemônico C&A).

ORAÇÕES COORDENADAS CONCLUSIVAS


Introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado, depois do verbo), portanto, por
conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo, destarte (este), dessarte (esse).
Estudei pouco, por conseguinte não passei.

ORAÇÕES COORDENADAS EXPLICATIVAS


Introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.

ORAÇÕES COORDENADAS ADITIVAS


Introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como
também, bem como, não só... mas ainda, outrossim.
Comprei não só frutas, como legumes.

ORAÇÕES COORDENADAS ADVERSATIVAS


Introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
não obstante.
Estudei pouco, não obstante passei no concurso.

ORAÇÕES COORDENADAS ALTERNATIVAS


Introduzidas pelas conjunções ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja,
talvez... talvez.
Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
4

ORAÇÃES SUBORDINADAS
São orações dependentes, quando isoladas, não possuem um sentido completo e uma
está subordinada à outra. Assim, possuem uma relação sintática.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


São introduzidas por uma CONJUNÇÃO INTEGRANTE (que/se) e são dependentes
sintaticamente da oração principal. São classificadas como substantivas, porque
exercem uma função sintática típica de substantivo, como sujeito, aposto, objeto direto,
objeto indireto, complemento nominal, predicativo e agente da passiva.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA


É o famoso sujeito oracional!

É importante que se estude sempre. (desenvolvida).


É importante estudar sempre. (reduzida de infinitivo).

O verbo fica no singular obrigatoriamente.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA


É um objeto direto oracional.
Disse que ele deveria procurar ajuda. (desenvolvida)
Mandei-o procurar ajuda. (reduzida de infinitivo)

A oração introduzida por conjunção integrante “SE” é normalmente objetiva direta:


Não sei se ele vem.
Em “Fazer com que ele desista”, o “com” é uma preposição enfática/expletiva e a
oração sublinhada é objetiva direta.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA


É um objeto indireto oracional.
Desconfio de que ela conversa com a tartaruga. (desenvolvida)
Insisti em falar com o médico. (reduzida de infinitivo)

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL


Complementa nomes que têm transitividade.
Tenho desconfiança de que ela me traiu. (desenvolvida)
Tenho receio de correr durante a noite. (reduzida de infinitivo)

OBS: é possível suprimir a preposição que iniciaria uma oração completiva nominal ou
objetiva indireta:
Estava desejoso (de) que ele viesse.
Duvidei (de) que ele fosse passar tão rápido.
Na prova, dê sempre preferência ao uso da preposição, mas saiba que é possível a
banca considerar correta a supressão.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
5

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA


É um aposto oracional.
Tenho um sonho: que eu passe logo no concurso. (desenvolvida)
Tenho um sonho: passar logo no concurso. (reduzida de infinitivo)

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA


Funciona como um predicativo, qualidade que se atribui ao sujeito, por via de um verbo
de ligação: Fulana é bonita. “Fulana” é sujeito e “bonita” é seu predicativo.
A intenção é que eu gabarite a prova. (desenvolvida)
A intenção é gabaritar a prova. (reduzida de infinitivo)

Se houver artigo ou pronome na oração principal, a oração substantiva será


“PREDICATIVA”.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA DE AGENTE DA PASSIVA


Funciona como um agente da passiva em forma de oração.
As vagas foram conquistadas por quem se preparou.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS JUSTAPOSTAS


Ocorrem, em geral, nas interrogativas indiretas e são iniciadas por pronomes
interrogativos (que, quanto, que, qual) ou advérbios interrogativos (como, onde,
quando, por que). São chamadas de ‘justapostas’ porque não são introduzidas por
conjunção, mas por pronomes ou advérbios. São apenas orações “postas uma ao lado
da outra”, sem uma conjunção que as conecte.

Ignoro [quem/quanto/como/onde/quando/por que economizou]


Ignoro [ISTO]
Também podem ser introduzidas por pronome indefinido ou advérbio. Veja outros
exemplos:
Falava a quem quisesse ouvir.
Vejo quão felizes são vocês.
Descobri quando ele começou a desconfiar.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
6

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


Equivalem a um adjetivo e exercem função sintática de adjunto adnominal. Referem-se
a um substantivo antecedente e são introduzidas por um pronome relativo.

O aluno ganhador foi homenageado. (“aluno” é modificado por um adjetivo)


O aluno que ganhou foi homenageado. (“aluno” é modificado por uma oração
adjetiva)

ORAÇÕES ADJETIVAS: EXPLICATIVAS x RESTRITIVAS

As orações adjetivas explicativas acrescentam uma informação sobre o antecedente


ampliando os dados e detalhes sobre ele. São informações acessórias, mas importantes
para a construção de sentido. Devem ser marcadas com vírgulas.

As orações adjetivas restritivas particularizam, individualizam um ser em relação a um


grupo de possibilidades. Não são marcadas por pontuação.

Vamos comparar:
Minha prima, que mora no interior, faz teletrabalho.
É uma informação acessória, uma explicação, uma ampliação de sentido. Minha prima
faz teletrabalho (e ela mora no interior). Trata-se de uma oração adjetiva explicativa. Se
retirarmos a vírgula, teremos uma oração adjetiva restritiva e o sentido vai mudar:
Minha prima que mora no interior faz teletrabalho.
Agora temos várias primas e somente uma delas faz teletrabalho, aquela específica que
mora no interior.

Meu gato, que é castrado, dá muito trabalho. (explicativa, COM VÍRGULA).


Meu filho que é castrado dá muito trabalho. (restritiva, SEM VÍRGULA).
A retirada das vírgulas na segunda oração muda completamente o sentido, pois fica
claro que há mais de um gato e especificamente o que é castrado dá trabalho. Na
primeira oração, dá ideia de um único gato.

O mesmo raciocínio vale para um adjetivo que venha entre vírgulas.


O menino, cansado, foi dormir. (valor explicativo, de mero acréscimo).
O menino cansado foi dormir. (restringe, delimita qual “menino”)

OBS: RESTRIÇÃO IMPOSSÍVEL.

O grande Machado de Assis, que escreveu Quincas Borba, era um gênio.


Posso suprimir as vírgulas? Não! Só existe um grande Machado de Assis.
O romance “O Guarani”, de José de Alencar, narra as aventuras do índio Peri.
Se retirarmos essas vírgulas, teremos um sentido restritivo de que há vários romances
chamados “O Guarani”.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
7

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


Exercem a função de advérbio e trazem uma circunstância adverbial.

Vou à festa hoje à noite. (advérbio de tempo)


Vou à festa quando ela chegar. (oração adverbial de tempo)

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL


Tem função de um advérbio de causa e é introduzida por uma conjunção ou locução
causal: porque, visto
que, uma vez que, já que, que, como, porquanto...A causa é a origem de um evento,
que necessariamente ocorre antes dele.
Visto que fui aprovado, fiz uma comemoração.
Como estava sem dinheiro, tive que pedir somente uma água.
Já que eles foram embora (causa), vou me deitar (consequência).

Cuidado! A causa também explica, por isso algumas bancas confundem esses dois
eventos.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA


Tem sentido de consequência do fato que ocorre na oração principal. São introduzidas
pelas conjunções
consecutivas: de sorte que, de modo que, de forma que, de jeito que, que (tendo como
antecedente na
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho)...
Treinei tão pesado ontem que fiquei com os músculos doloridos.
A prova foi tão difícil que esqueci o caminho de casa.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL


Expressam condição, hipótese, e são introduzidas pelas conjunções condicionais “SE” e
outras conjunções
que possam assumir sentido de hipótese, como caso, contanto que, desde que, salvo se,
exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no
subjuntivo).
Se quiser passar, tenha constância nos estudos.
Uma vez que treine, descanse. (se treinar...)
Caso treine, descanse. (se treinar...)
Sem que estude, não há como passar. (se não estudar...)

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL


Equivale a um advérbio de tempo. São introduzidas pelas conjunções temporais:
quando, enquanto, antes
que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que,
agora que, mal (= assim que)...
Mal (Assim que) ele saiu, a comida chegou.
Assim que ela chegar, desligue o fogo da panela.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA


Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
8

Sentido de concessão (expectativa de que algo não deve se realizar, mas se realiza
mesmo assim). São introduzidas pelas conjunções concessivas: mesmo que, ainda que,
embora, apesar de que, conquanto, por mais que, posto que, se bem que, não obstante,
malgrado. O verbo normalmente vem no subjuntivo.

Embora eu tenha ficado sem treinar, consegui fazer o TAF.


Ainda que ela tenha dito que não, foi à festa mesmo assim.
Tenho que ser aprovado, conquanto não estude.
Não obstante coma pouco, consegue manter o peso.

CUIDADO! “Não obstante” também é uma conjunção coordenada adversativa, usada


com verbo no indicativo (Ex: Estudei pouco, não obstante fui aprovado). Quando
conjunção concessiva, virá com verbo
no subjuntivo (Ex: Não obstante tenha medo, nunca deixo de tentar.)

É possível iniciar essas orações com locuções prepositivas de sentido concessivo: apesar
de, a despeito de... Contudo, a presença da preposição vai levar o verbo para o
infinitivo, numa oração reduzida:

Por mais que fosse cantor, esquecia as letras das músicas.


Apesar de ser cantor, esquecia as letras das músicas.

Portanto, a substituição só é possível com adaptação do verbo!

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL


Traz uma circunstância adverbial de finalidade. Indica propósito, motivo, finalidade: para
que, a fim de que, do modo que, de sorte que, porque (quando igual a para que), que.
Trouxe a carne para que você tempere.
Estude todo dia a fim de que seja aprovado.
Fiz o que pude porque você passasse logo. (para que você passasse...)

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL


Traz uma relação de proporcionalidade com a oração principal: à medida que, à
proporção que, ao passo que e também as correlações quanto
mais/menos...mais/menos...
Quanto mais eu estudo mais acho que não sei de nada.
Quanto mais estudo mais sorte tenho nas provas.
À medida que faço a prova, as ideias vão aparecendo na minha cabeça.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA


Traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal: como, assim como,
tal qual, tal como,
mais que, menos, tanto quanto. Nesses pares, as palavras tanto e quanto são correlatas.
Por isso, podemos chamar esses pares de correlações.
Esse vestido é mais bonito do que o que compramos ontem.
Comia como um bicho.
Ele corre tanto quanto um maratonista (corre).

No último exemplo o verbo da oração subordinada costuma vir implícito, porque é o


mesmo da principal.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
9

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CONFORMATIVAS


Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro. São introduzidas
pelas conjunções
conformativas: como, conforme, consoante, segundo.
O projeto saiu como tínhamos planejado!
Tudo correu conforme o que foi falado.

ORAÇÕES REDUZIDAS X ORAÇÕES


DESENVOLVIDAS
As desenvolvidas terão conjunção integrante, pronome relativo ou conjunções
adverbiais, além do verbo conjugado.

As reduzidas não terão esses “conectivos” e os verbos não estarão conjugados,


aparecerão em suas formas nominais: infinitivo, particípio e gerúndio. Podem vir com
preposição, mas não vêm com conjunção nem pronome relativo. São menores, pois têm
menos elementos.

Para desenvolver uma oração reduzida é só (1) inserir nela uma conjunção (ou pronome
relativo) e (2) conjugar seu verbo.
→ Ao me ver, finja que não me conhece! (oração reduzida de infinitivo: sem
conjunção; com verbo no infinitivo e com preposição)
→ Quando me vir, finja que não me conhece! (oração desenvolvida, com
conjunção temporal “quando”, verbo conjugado no futuro do subjuntivo)

→ Vi alguém furtando! (oração reduzida de gerúndio: verbo no gerúndio, sem


conjunção)
→ Vi alguém que furtava. (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
imperfeito; pronome relativo “que”)

→ Terminado a prova, foi embora. (oração reduzida de particípio: verbo no


particípio; sem conjunção)
→ Assim que terminou a prova, foi embora (oração desenvolvida: verbo conjugado,
no pretérito perfeito; conjunção temporal “assim que”)

Cuidado! Na conversão, temos que manter o tempo correlato da oração principal e a


voz verbal. Ao inserir a conjunção “que”, o verbo tende a ir para o subjuntivo.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
10

PARALELISMO SINTÁTICO
É o uso de estruturas paralelas, simétricas, com estrutura gramatical idêntica ou
semelhante. Só se devem coordenar frases que tenham constituintes do mesmo tipo
(adjetivo com adjetivo, substantivo com substantivo, oração desenvolvida com oração
desenvolvida...). Fere o paralelismo sintático o uso de estruturas estruturalmente
diferentes em uma coordenação/enumeração de termos de mesmo valor sintático.

 Tenho um irmão inteligente e que estuda.

Não há paralelismo nessa oração, pois coordena dois termos com mesma função
sintática (adjunto adnominal de “primo”), mas que não têm a mesma forma. Temos
adjetivo (inteligente) na primeira oração, mas uma oração adjetiva no segundo (que
tem muito dinheiro). Ajustando o paralelismo, teríamos uma oração com ambos os
termos em forma de adjetivo simples.
Tenho um primo inteligente e estudante.

Haveria paralelismo também se os dois termos viessem com forma de oração adjetiva.
Tenho um primo que é inteligente e que é estudante.

Veja outro exemplo:


Chora por estar desmotivada e porque quer um emprego melhor.

Não houve paralelismo, as estruturas são diferentes: o primeiro adjunto adverbial de


causa veio em forma
de oração reduzida, e o segundo veio em forma de oração desenvolvida.
Reescrevendo com estruturas
paralelas, teríamos:
Chora por estar desmotivada e por querer um emprego melhor. (simétricas: duas
orações reduzidas de infinitivo)
Chora porque está desmotivada e porque quer em emprego melhor.(simétricas: duas
orações desenvolvidas)

OBS: Por serem estruturas equivalentes, podemos coordenar sem paralelismo adjetivos e
locuções adjetivas e também advérbios e locuções adverbiais.
Camila é rude e sem paciência. Anda sempre rapidamente e com pressa.

Bruno enriqueceu com investimentos arriscados, isto é, negociando ações na bolsa de


valores.

Uma forma de ajustar seria:


Ricardo enriqueceu com investimentos arriscados, isto é, com negociação de ações na
bolsa de valores. (ambas com forma nominal)

Os policiais planejam nova manifestação pública e interditar o presídio.


Uma forma de ajustar seria:
Os policiais planejam nova manifestação pública e interdição do presídio.

Esse é o contrato que assinei e concordei.


Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
11

“Concordar” pede preposição “com”, então seu complemento é um objeto indireto. Já


“assinar” pede um
objeto “direto”. Para corrigir, teríamos que ajustar com a preposição que foi suprimida:
Esse é contrato que assinei e com que concordei.
Por essa mesma lógica, seria incorreto dizer:
Eu gosto e respeito meu professor. (quem gosta, gosta DE, quem respeita, respeita
ALGO.)

PARALELISMO SEMÂNTICO
Refere-se à coerência de sentido entre os termos coordenados.

O policial fez duas operações: uma na favela e outra no pulmão.

Foi garantido o paralelismo sintático, mas não o semântico, pois se coordenam ideias
sem relação: uma referência geográfica e um órgão objeto de cirurgia. A frase fica
incoerente porque a lógica seria ligar dois lugares geográficos ou dois órgãos operados.

Carlos tem um carro a diesel e um carro nacional.


Não há coerência nessa correlação entre o combustível do carro e sua origem. A lógica
linguística seria
relacionar, por exemplo, um carro nacional e um importado, ou um carro a diesel e um a
álcool.

Bianca é bonita e técnica de enfermagem.


Aqui também não é coerente correlacionar uma qualidade pessoal com uma profissão.

FUNÇÕES SINTÁTICAS DO “QUE” PRONOME RELATIVO


O “que” relativo introduz orações adjetivas e retoma o termo antecedente, pois tem
função anafórica e remissiva. Podemos identificá-lo com os seguintes passos:

1) Isolar a oração adjetiva, iniciada pelo “QUE” pronome relativo.


2) Dentro dela, substituir o “QUE” por seu antecedente.
3) Organizar a oração e analisar a função do antecedente que substituiu o pronome. A
função que
esse termo assumir é a função do “QUE”.

A policial [que prendeu o ladrão] foi homenageada.


[que prendeu o ladrão]
[A policial prendeu o ladrão]
“que” retoma “a policial” > “que” prendeu o ladrão = a policial prendeu o ladrão >
policial seria sujeito, então “que” é sujeito.
O filme a [que me referi] é muito longo.
a [que me referi]
a [o filme me referi]
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
12

[me referi ao filme]


“que” retoma filme > Me referi a “que” = Me referi a “o filme”. O filme seria objeto
indireto, então “que” é objeto indireto.

FUNÇÕES DA PALAVRA “SE”

1) PRONOME APASSIVADOR (PA): Consertam-se roupas. (Alguém está


Acompanha um VTD na voz passiva. consertando).
Há um agente “externo” praticando Liz se vacinou/se batizou/se curou. (Alguém faz
a ação e o sujeito tem que estar essas coisas em Liz)
sofrendo a ação.
2) PARTÍCULA DE INDETERMINAÇÃO Vive-se bem aqui.
DO SUJEITO (PIS): Acompanha os VT, Trata-se de uma chacina.
VTI e VL. Sempre se está sujeito a intempéries.
3) CONJUNÇÃO INTEGRANTE: Ocorre Não quero saber se ele nasceu pobre. (não
nas orações subordinadas quero saber isso; introduz uma oração
substantivas. substantiva objetiva direta)
4) PRONOME REFLEXIVO: O agente Minha tia se barbeia.
pratica a ação em si mesmo, é O menino feriu-se com o garfo.
agente e paciente da ação. O “se”
tem função sintática de objeto direto,
pois o sujeito e o objeto são a mesma
pessoa.
5) PRONOME RECÍPROCO Irmão e irmã se abraçaram. (equivale a
“abraçaram um ao outro” e o “SE” tem função
sintática de OD.)
6) PARTE INTEGRANTE DE VERBO Candidatou-se ao senado e se esforçou para
PRONOMINAL (PIV): É o que ser eleito.
acompanha o verbo pronominal. Certifique-se das malas.
Ela sempre se queixa do peso.
7) CONJUNÇÃO CONDICIONAL Se eu estudar sempre, serei aprovado.
8) CONJUNÇÃO CAUSAL: Equivale a Se você gosta dela, por que não a procura?
“já que” e expressa um fato “real”, (Procuro porque gosto).
visto como causa. Se não vale a pena desistir, eu devo concluir a
missão. (Concluo porque não vale a pena
desistir).

9) PARTÍCULA EXPLETIVA DE REALCE: Vão-se minhas últimas economias.


Pode ser retirada, sem prejuízo Passaram-se anos e ela não voltou.
sintático ou semântico.
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

PONTUAÇÃO
ORDEM DIRETA

Sujeito, ________, Verbo, ________, Complemento, ________, Adjuntos, ________.

Na ordem direta, a vírgula não pode separar nenhum dos termos acima. Qualquer alteração
entre eles deve estar isolada entre vírgulas, parênteses ou travessões, para não mudar a ordem.

Gustavo vendeu uma mesa de madeira.

Gustavo, com pressa, vendeu, pelo aplicativo, uma mesa, que ninguém usava,
de madeira, para um desconhecido.

PRINCÍPIOS

Circunstância Princípio
ADJUNTOS As circunstâncias adverbiais, na ordem Se estiverem deslocados,
direta, devem vir no final da oração. devem ser pontuados.
ESCLARECIMENTO Expressões que esclarecem termos anteriores Devem estar separadas por
ou que acrescentem informações. pontuação.

Vírgula ,
→ Separar adjuntos adverbiais, orações subordinadas adverbiais e
termos adverbiais deslocados
REGRA: se a circunstância estiver após a Vou comer bolo na casa da minha mãe. (vírgula
oração principal, na ordem direta, a facultativa)
Na casa da minha mãe, vou comer bolo. (vírgula
vírgula é facultativa. obrigatória)
Se estiver anteposta, tem vírgula. Vou comprar, no shopping sul, alguns vestidos. (vírgula
obrigatória)
Quando cheguei, ele foi embora.
Se eu pudesse, largaria o emprego para estudar.
Mariana estava triste, porque João foi embora.
Embora seja gentil, costuma elevar a voz.
EXCEÇÃO: se a circunstância adverbial Hoje (,) eu vou estudar até tarde. (Vírgula facultativa)
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

vier fora da ordem direta, mas for uma Amanhã (,) vou deixar meu filho na creche. (Vírgula
expressão curta, a vírgula é facultativa. facultativa)
De tarde (,) quero aproveitar... (Vírgula facultativa)
Se for uma expressão longa, a vírgula é Depois de muito esforço, ele foi aprovado. (Vírgula
obrigatória. obrigatória)
Um adjunto de até duas palavras é Se tudo der certo, o casamento sai este ano. (Vírgula
considerado curto. obrigatória)
→ Enumerar termos repetidos e/ou de mesma função sintática
Elementos coordenados de uma série "Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
enumerativa. alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
OBS.: Antes do último elemento da maternidade e à infância, a assistência aos
enumeração o “e” indica que a desamparados, na forma desta Constituição."
enumeração acabou. Já a vírgula antes (enumeração de itens, os termos separados pelas
do último item, indica que há outros itens vírgulas são sujeitos de "são".)
não mencionados.
→ Isolar conjunção coordenativa na ordem indireta
As conjunções coordenativas Seu lugar, portanto, não é aqui.
deslocadas devem vir isoladas por Tinha algumas qualidades; tinha, porém, muitos
defeitos.
vírgulas, para “marcar” esse
deslocamento da posição original.
EXCEÇÃO: O “mas” não aceita deslocamento, devendo vir iniciando a oração
adversativa. A vírgula vem antes do “mas”, não após.

→ Separar orações coordenadas com ou sem conjunção


A separação de orações coordenadas é Cheguei, tomei banho, me arrumei e saí de novo.
semelhante a uma enumeração de Ela amava intensamente, mas por pouco tempo.
Vou embora, pois estou cansado.
termos coordenados. Por isso, também
deve ser usada a vírgula.
OBS
• Em regra, não se separam as coordenadas
unidas por “e” ou “nem”.
• Pode-se inserir vírgula após conjunção
conclusiva iniciando período (Quero passar.
Logo(,) evito perder tempo.)
A vírgula antes do “E”

• É obrigatória antes do “E” no polissíndeto (repetição de conjunção). Ela só


reclama, e reclama, e reclama...
• É obrigatória o antes do “E” para desfazer ambiguidade. Ela comprou o gato, e o
cachorro ficou com ciúme (sem vírgula, parece que ela comprou o gato e o
cachorro.)

o É facultativa para separar orações aditivas com sujeitos diferentes. Porém, é


recomendável usá-la. Eu estudava (,) e meu namorado só trabalhava.
o É facultativa para separar orações adversativas. Estudou por muitos anos (,) e não
passou. Chovia muito (,) e foi nadar na piscina.
o É facultativa o uso da vírgula antes de etc.

Não é recomendável usar a vírgula separar orações com sujeitos iguais. Estudei na
biblioteca e em casa.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

→ Separar expressões explicativas, retificativas e palavras de situação


As expressões explicativas são como Alguns chegaram atrasados, por exemplo, Bernardo.
orações explicativas sem verbo e sem Gosto muito de livros, isto é, de ler.
Então, você vai mesmo desistir de estudar?
pronome relativo. Afinal, quem será o novo diretor?
Palavras denotativas de situação, Em expressões de natureza explicativa, podem ser
retificação ou continuidade: afinal, usadas vírgulas, parênteses ou travessões.
enfim, ora, agora, por exemplo, ou Messi, entre outros ilustres, nunca venceu a copa do
melhor, isto é, ou seja, aliás, do mesmo mundo.
Messi (entre outros ilustres) nunca venceu a copa do
modo. mundo.
Messi — entre outros ilustres — nunca venceu a copa
do mundo.
→ Separar orações interferentes
São aquelas que interrompem a ordem A Beatriz, fiquei sabendo ontem, está grávida.
direta, com um adendo, Meu pai, acabaram de me dizer, está organizando
uma festa!
explicação ou comentário. Também
marcadas por parêntese ou travessão.
→ Separar orações adjetivas explicativas
São explicações que aparecem em Minha mãe, que era uma mulher sábia, nunca fez
forma de oração, por terem verbo. faculdade.
O livro, cuja capa era metálica, caiu no chão.
Acrescentam um comentário acessório Chamei um policial, que me negou ajuda.
(suprimível) ao substantivo. Orações adjetivas restritivas não são separadas por
vírgulas.

→ Separar o objeto direto pleonástico (repetido)


É o complemento verbal que, por Os passarinhos¹, já os² soltei na mata.
recurso estilístico ou de ênfase, aparece Homenagem dos diretores¹, não ganhei nenhum
delas².
duas vezes.
→ Separar o aposto
É um termo explicativo de valor Ares, o deus da guerra, inspirava os troianos (aposto
substantivo que desenvolve ou esclarece explicativo).
O Governador, Ibaneis Rocha, foi reeleito. (aposto
termo anterior. Por ter natureza explicativo).
explicativa e acessória, normalmente Destino inevitável, a morte ainda intriga a filosofia (a
vem marcado por vírgulas. morte é o destino...).
EXCEÇÃO O estado de Minas Gerais possui grande área.
O aposto especificativo, aquele que Ele cometeu crime de latrocínio.
O Poeta Fernando Pessoa era português.
especifica, distingue e individualiza, é o
único que não vem pontuado.
→ Separar o vocativo
É um chamamento, uma invocação do Bom dia, Concurseiros!
ouvinte. Deixe a bebê comigo, Joyce.

→ Marcar a omissão de palavra


Indicar que a palavra foi suprimida, mas Ela gosta de instagram; eu, de estudar. (Zeugma).
que pode ser facilmente subentendida O meu pai foi peão, minha mãe, solidão.
Elipse: omissão de um termo que não foi
pelo contexto. expressamente mencionado, mas que pode ser
facilmente identificado ou presumido no contexto.
Zeugma é uma elipse específica: a omissão de um
termo que expressamente já foi mencionado.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Ponto e vírgula ;
Uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final, é uma pontuação intermediária entre
os dois. Usos mais comuns...

→ Antes de conectivos adversativos e conclusivos


Ocorre especialmente antes de Eu sempre tive medo do mar; mas sempre amei
conjunções adversativas ou conclusivas. praia.
Ele foi condenado; portanto perdeu o emprego.
→ Enumerar e agrupar elementos em enumerações
Separar estruturas coordenadas que já tenham Viajei com dois casais e um amigo solteiro:
vírgulas internas. É usado para separar partes Carol, Gustavo; Thays, Tiares; Lucas. (o ponto e
independentes, então não é aconselhável para vírgula indica quem eram os casais).
separar orações subordinadas.

Dois pontos :
Ligar orações ou termos que tenham natureza de “explicação”
Indica relação entre o que vem O dólar estava muito alto: não viajei.
antes dele com o que vem Ele era difícil de conviver: nunca se casou.
depois. Como são duas orações coordenadas, também poderia vírgula.

Isolar oração subordinada sub. apositiva (introduzida por conjunção


integrante)
- Ela queria só uma coisa: que a prova viesse logo (oração
desenvolvida).
Ela queria apenas uma coisa: passar logo (oração reduzida).
Introduzir citação
O uso mais clássico é para Dizia ele: “Estou indo pra Brasília, neste país lugar melhor não há”.
marcar o discurso direto e inserir Luiz falou: “Voltem ao trabalho!”
uma reprodução fiel, literal, da
fala alheia.
Introduzir enumeração
Introduzir apostos distributivos e Eu aceito você de volta sob três condições: você vai pedir
enumerativos, ou seja, desculpas, devolver o dinheiro e nunca mais repetir esse
enumerações. comportamento.

Reticências ...
Interrupção de algo que ia continuar, ou seja, expressam interrupções no texto. Sinaliza também
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

uma ideia não concluída, algo que ficou no ar. Entre parênteses indicam a supressão de parte
do texto (...).

Nós fizemos tudo para salvar seu filho, mas...


O que eu ia dizer é... bem... deixa pra lá.

Aspas “”
Servem para citações e para indicar o uso “especial” de uma palavra, fora do contexto
habitual.

Indicar citações
Reprodução literal do texto no discurso Luiz falou: “Voltem ao trabalho!”
direto.
Indicar estrangeirismo, neologismo, arcaísmo, expressão popular ou gíria
Atualmente tem sido tolerado o uso de Pressione “backspace” ou “delete”.
itálico como forma de dispensar o uso Você é um “esquerdopata” crônico!
de aspas, exceto na hipótese de Impetrei um “habeas corpus” com a “patroa” para poder
citação textual. sair...

Indicar ironia e sentido figurado


- Quem foi o “gênio” que tirou zero naquela prova fácil?
Você, calado, é um “poeta”...
O policial e o ladrão chegaram a um “entendimento”.

Travessão —
Indicar a mudança de interlocutor e muitas vezes funciona como a vírgula, nos casos em que ela
é usada para isolar ou destacar palavras ou orações.

Mudança de interlocutor no diálogo


— Pai, tirei 7.5 no exame!
— Parabéns, filho! Qual exame?
— O exame do bafômetro. Eles ficaram com seu carro...
Isolar termos ou orações intercaladas de caráter explicativo ou para dar
ênfase
Esse seu carro — se é que pode ser chamado assim — é uma “carroça”.
Meus amigos — todos casados — não querem mais saber de carnaval.

Parênteses ()
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Essencialmente, os parênteses servem para isolar esclarecimentos acessórios.

A faculdade em que estudei (UFRJ) era longe do centro.


Os políticos estão sendo investigados (pela Polícia Federal) na “lava-jato”.
Em vários casos, o uso dos parênteses vai ser justificado pelas mesmas regras do travessão duplo
e das vírgulas que isolam termos ou orações acessórias.
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
2
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

CONCORDÂNCIA
VERBAL
Sujeito simples
Coletivos ou partitivos especificados
Substantivo partitivo coletivo Especificador/determinante
função de núcleo do SUJEITO função de ADJUNTO ADNOMINAL

TERMOS PARTITIVOS
a maioria de, a minoria de, uma
Concordância
porção de, um bando de, um
grande número de... + ... de pessoas, de crianças, de ilhas,
de peixes, de representantes.
facultativa
TERMOS COLETIVOS
Alcateia, arquipélago, grupo,
conjunto, cardume, bando,
congresso, manada...

A matilha de lobos atravessou/atravessaram a montanha.


A metade dos servidores públicos entrou/entraram em greve.

Numerais determinados
Núcleo do sujeito Especificador/Determinante (adjunto
adnominal)
Percentuais 4,2% do grupo de mulheres
50%, 4,8%, 1%, concordaram/concordou.
100%... 1,4% das pessoas é/são de classe média.
80% da população é alfabetizada / são
alfabetizados.
2,4% das pessoas são de classe média.
Concordância
Decimais
1,4; 2,8; 5,9; 0,3... + 1,5 milhão foi gasto.
1,5 milhão de dólares foi/foram gasto(s).
Seu 1,99m de altura intimida; os 2,20m dele
facultativa
intimidam mais.
Fracionários Um terço dos furtos no acontecem/acontece no
1/4; 2/5; 3/9; 9/10... Pará.
Um quinto dos homens era/eram de cor escura.
Milhão, Bilhão, 1,4 milhão de brasileiros foi/foram às ruas protestar.
Trilhão... 1 milhão de torcedores assistiu/assistiram à Copa.
1,9 milhão / 2,1 milhões.

OBS.: Se o termo numérico vier depois de um determinante (artigo ou pronome) o verbo


concordará com esse determinante.
3
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

→ Os 90% mais votados são homens.


→ Esses 40% menos votados são da base.

Outros casos
Verbos ter, vir Trazem um acento diferencial de número Ela mantém um shape. Elas mantêm
na 3ª pessoa do plural: têm/ vêm/ um shape.
e derivados
mantêm /provêm. ONGs são mantidas por doações.
Cuidado com a mudança da voz passiva ONGs mantêm-se por doações.
analítica para a passiva sintética.
Haver, Existir O verbo haver (sentido de existir) é Há dias que faz chuva, dias que faz
impessoal e fica na 3° pessoa do singular, sol e há dias que tanto faz.
e equivalentes
assim como outros impessoais que Existem pessoas que só dizem não.
indiquem fenômenos da natureza e Houve vários incidentes estranhos no
evento.
passagem do tempo.
Já o verbo existir é pessoal e se flexiona.
Expressões com CONCORDÂNCIA FACULTATIVA. O verbo Seremos nós¹ aqueles² que farão a
pronome que + pode concordar com qualquer um dos diferença. (aqueles farão)
núcleos (do sujeito¹ ou do adjunto²). Seremos nós¹ aqueles² que faremos
núcleo do
a diferença. (nós herdaremos)
sujeito singular
e núcleo do
adjunto plural
“Que” e CONCORDÂNCIA OBRIGATÓRIA. Em A menina que convidou você para
sujeitos modificados por pronome relativo a festa é tímida.
“quem”
“que”, o verbo deve concordar com o Todos aqueles que estudaram lá
antecedente do “que”. foram aprovados.

Predicativos CONCORDÂNCIA FACULTATIVA. A Fui eu¹ o último que consegui a


concordância do verbo depois do “que” vaga.
pode ser feita com o sujeito da oração¹ Fui eu o último² que conseguiu a
ou com o predicativo². vaga.

Sujeito Pode ser substituído por ISTO, e, por essa É preciso fechar a janela. (Isto é
razão, leva a concordância para o preciso)
oracional
singular. Espera-se que ela chegue cedo.
(isto é esperado).
Parece que ela se atrasou. (isto
parece).
Voz passiva Deve-se localizar o sujeito paciente e Carros são vendidas na Vila =
fazer a concordância do verbo com ele. Vendem-se carros na Vila.
Carro é vendida no entorno =
Vende-se carro no entorno
Locução O verbo haver, com sentido de existir, e Deve haver 3 anos que não a vejo.
os outros verbos impessoais (impessoal)
verbal
“contaminam” o verbo auxiliar, fazendo- Devem existir várias soluções.
o ficar impessoal também. (pessoal)

Nomes A concordância do verbo segue o artigo. Minas Gerais produz soja. / As Minas
Gerais são um grande produdor.
Próprios no
Os Estados Unidos fecharam a
plural fronteira. / Estados Unidos é um
sonho.
Mais de um, A concordância segue o numeral. Mais de um cliente se queixou.
menos de dois, Mais de dois clientes se queixaram.
Menos de dois clientes se
cerca de,
queixaram.
menos de...
4
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Pronomes de Concordam com a 3ª pessoa, seguindo o Vossa Excelência perdeu sua


padrão de “você”. Os adjetivos carteira? (não é vossa carteira!)
tratamento
concordam com o sexo da pessoa a que Senador, Vossa Senhoria está
se refere o tratamento. cansado! (não é cansada!)
OBS.: Ao falar com a autoridade, usamos
“Vossa Excelência”; já falando da
autoridade, em 3ª pessoa, usamos “Sua
excelência”.
Infinitivos Se o sujeito for claro e único, a Faço isso para ela não me julgar um
concordância deve ser feita com ele. fracassado.
Já nas locuções verbais, o infinitivo deve Faço isso para eles não me
ficar invariável, pois a flexão vai estar no julgarem um fracassado.
outro verbo.
Devo continuar estudando para o
concurso.
Vocês poderiam ter dito antes.

Sujeito composto
O sujeito, sintaticamente, é um só. Porém, há dois núcleos.

Regra geral
Sujeito antes do verbo: A laranja e a goiaba apodreceram. CONCORDÂNCIA
concordância com os dois OBRIGATÓRIA
núcleos, no plural.
Sujeito depois do verbo: Apodreceu a laranja e a goiaba. CONCORDÂNCIA
concordância pode ser com o (Concordância atrativa) FACULTATIVA
núcleo mais próximo (atrativa) Apodreceram a laranja e a goiaba.
ou com o total (plural). (concordância gramatical ou total)
Apodreceram a laranja e as goiabas.
(concordância gramatical ou total)
Apodreceram as laranjas e a goiaba.
(concordância atrativa)

Núcleos unidos por coordenação


Se os núcleos estiverem coordenados, o verbo fica no plural.

Lucas, Gustavo e Tiares vão de carro.

Especificação do sujeito composto


Palavras sinônimas Concordância atrativa ou Carinho e afeto é essencial ao
total casamento. Carinho e afeto são
essenciais ao casamento.
5
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Infinitivos antônimos O verbo concordará na 3° Viver e morrer devem ser uma realidade
formando sujeito pessoa do plural. conhecida.
oracional composto Gastar ou poupar se alternam em
minhas prioridades.
Infinitivos modificados Segue a regra básica de O viver e o morrer devem ser uma
por um artigo, significa concordância no plural, com realidade conhecida.
que são substantivados ambos os núcleos.
Infinitivos que formam Regra do sujeito oracional, Comer, rezar e amar se tornou meu
um sujeito oracional e concordância no singular. lema.
não forem antônimos

Outros casos
Verbos que Os núcleos praticam e sofrem a Pablo e Bia se amam.
indicam ações ação, o que leva o verbo para o Abraçaram-se o leão e o cordeiro.
recíprocas plural para concordar com eles. Os estagiários se digladiavam.
Palavras em São núcleos coordenados, por isso, Um minuto, um ano, um século ainda
gradação concorda no singular ou no plural. parece/parecem pouco.
Sujeito composto no caso de Tu + Ele, a concordância Tu e ele serão sorteados. (vocês serão
formado por pode ser com a segunda pessoa do sorteados)
pessoas diferentes plural (vós) ou com a terceira (eles). Tu e ele sereis sorteados. (vós sereis
sorteados)
Termos coesivos O verbo concorda com o termo O trabalho, os filhos, o ônibus, tudo
resumidores resumitivo, no singular. me estressa...
Núcleos unidos por Em um sujeito composto com Eu com meu amigo instalamos o
conectivos núcleos unidos pela preposição roteador.
aditivos “com”, a concordância é no plural. Ela com os primos formavam uma
Contudo, se a preposição “com” banda completa.
Ela, com os primos, formava uma
estiver isolada a concordância será
banda completa.
no singular. Elaborou o presidente, com seus
ministros, um plano de emergência.
Com séries aditivas enfáticas o verbo
concorda com o mais próximo ou
vai ao plural.
O Lucas, assim como o Gustavo,
foi/foram de carro.
Tanto o Lucas como o Gustavo
foi/foram de carro.
Núcleos unidos Quando “ou” indicar uma situação Ou o conservador ou o radical será
pela conjunção excludente, uma retificação ou um eleito presidente. (Só um será)
“ou” caso de sinonímia, o verbo vai ficar O homem ou homo sapiens
no singular. descobriu o fogo cedo demais.
(Retificação)
A inteligência ou a dedicação
predomina no sucesso. (Só uma
pode predominar)
6
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

CONCORDÂNCIA
NOMINAL
Um adjetivo Concordarão com o mais próximo Tenho amigos e amigas dedicadas.
se referindo (concordância atrativa) ou com todos os (concordância atrativa)
substantivos (concordância total ou Tenho amigos e amigas dedicados.
a dois ou (concordância total ou gramatical)
mais gramatical).
Dedicadas amigas e amigos.
Contudo, se o adjetivo estiver antes dos
substantivos (concordância atrativa)
substantivos, caso em que a
concordância é com o termo mais
próximo.
Adjetivo Em regra, somente o segundo termo da As condições econômico-financeiras
composto composição varia. não são favoráveis.
Os cidadãos afro-brasileiros foram
recebidos na embaixada.
Substantivos São substantivos que funcionam como Estou com umas dores de cabeça
com valor adjetivos impróprios. Não são flexionados monstro.
como adjetivos, permanecem A Alemanha realizava ataques
contextual surpresa contra os soviéticos.
de adjetivo invariáveis.
Comprei várias camisas laranja.
É bom, é São invariáveis, mas, se vierem com Cafeína é bom para os nervos.
necessário, artigo, o adjetivo concordará com ele. A cafeína é boa para os nervos.
É proibida a presença de animais.
é proibido...
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
2

REGÊNCIA
Verbos com regências diferentes não devem dividir o mesmo complemento.
 Entrei e saí de casa (Entrei em casa e dela saí)
 Gostei, aprovei e concordei com sua atitude. (Gostei de sua atitude, aprovei-a e com ela
concordei).

Regência verbal
VTI - Verbos Transitivos pedem complemento com preposição: gostar de, obedecer a,
Indiretos acreditar em, visar a, depender de.
VTD - Verbos Pedem complemento sem preposição: comprar, ter, fazer.
Transitivos Diretos
VI - Verbos Não pedem complemento, são completos de sentido: morrer, nascer, viver,
Intransitivos sair.

Os pronomes relativos retomam um termo antecedente, substituindo-o sintaticamente.

[O aluno que estuda muito] passará no concurso. (aluno estuda)

[As alunas que estudam muito] passarão no concurso. (alunas estudam)

✓ O sujeito de passar é a expressão entre colchetes.


✓ A expressão sublinhada é a oração adjetiva = estudioso(as).
✓ O pronome relativo “que” relaciona-se ao seu termo anterior e funciona como sujeito do
verbo dessa oração adjetiva interna ("estuda/estudam").

Principais regências

AGRADAR VTD (acariciar, fazer carinho) Eu agradei o gatinho


VTI: “a” (satisfazer, contentar) Eu agradei aos patrões

ASPIRAR VTD (sugar, cheirar, inspirar, sorver, inalar) Ele não aspirou a poeira do carro.
Aspirei esse cheiro de gasolina.
VTI: “a” (desejar, almejar) Estudo porque aspiro ao cargo de Auditor.
Não aspiro mais àquele cargo.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
3

IMPLICAR VTD (gerar, resultar, acarretar, ter efeito) Estudar implica sacrifícios.
VTI ”em” (se envolver, se comprometer, se Léo foi implicado em esquema.
associar)
VTI “com” (provocar, hostilizar, zombar) Ele está implicando comigo!

PREFERIR VTDI: “a”: Preferir uma coisa A outra. Prefiro forró à funk.
Prefiro o pagode ao rock.
VTD Entre baladas e estudo, prefiro estudo.

OBS.: a estrutura “prefiro X a Y” exige paralelismo quando X ou Y forem determinados por artigo.
Ou seja, tem que haver artigo antes dos dois ou de nenhum.

ASSISTIR VTD “a” (auxiliar; apoiar; ajudar; dar O médico assiste o paciente. preferência
assistência) O médico assiste ao paciente.

VTI “a” (ver, ouvir, presenciar) Assisti ao novo documentário da Netflix.


VTI “a” (caber; pertencer um direito; ser Assiste razão ao réu.
da competência de)

RESPONDER VTD (falar, declarar como resposta) Ele respondeu que não sabia.
Ela respondeu que iria à festa.

VTI ou VTDI (dar resposta A algo/A Responderei a muitas dúvidas na aula de hoje.
Responderei a muitos alunos na aula de hoje
alguém)
Interrogado pelo juiz, respondi-lhe que não era
culpado.

ATENDER VTD ou VTI (acolher ou receber alguém O candidato atendeu os eleitores.


com atenção, responder a alguém; ouvir, A médica sempre os atende bem.
A tenista não atendeu o repórter. Ela não quis
conceder, deferir um pedido, levar em atendê-lo.
consideração; considerar, satisfazer
VTI (atentar, prestar atenção a) Atenda bem ao [ou para o] que lhe digo.

CHAMAR VTD (convocar, convidar) Ele chamou as sobrinhas para o jantar.


VTD (atrair) Energia negativa só chama pessoas tristes.
VTI “por” (invocar ajuda) Não chame por mim quando precisar.

CHEGAR VI O Natal chegou cedo!


VTI “a” Sua paciência chegou ao extremo.
Ele chegou a limites improváveis.
Chegou a Brasília.

CABER VTI “a” (competir, ser de direito) Cabe a nós aproveitar nosso tempo.
VI (convir, ter admissibilidade, cabimento) No seu caso, não cabe recurso.

CONSTAR VTI “de” (conter, consistir em; ser O Código Civil consta de mais de 2045 artigos.
constituído de)
VTI “de” ou “em” (estar incluído; estar Consta nos autos, consta no mundo.
contido em)
VTI “a” (saber, ter ciência, ser do Não constava a ele que tinha outro filho.
conhecimento de) Consta a mim que a Bia não gostou do bolo.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
4

Outros verbos
Visar
→ Rubricar: VTD
→ Almejar: VTI (a)

Precisar
→ Precisão: VTD
→ Necessidade: VTI (de)

Informar /avisar /comunicar


→ São VTDI pedem um OD e um OI
→ Preposição: a/de/sobre

Esquecer /lembrar
→ VTD sem pronome: lembrar /esquecer o tema
→ VTI com pronome: lembrar/esquecer ME DO tema
→ Ou vem com PRONOME + DE, ou sem nada

Referir-se / Aludir
→ VTI (a)
→ Seu sinônimo "mencionar" é VTD
→ Presenciar: VTI (a)
→ Caber: VTI (a)

Ir, chegar, voltar, comparecer


→ Regra: VI (+ADJ ADV Lugar)
→ Preposição "a". Não admitem "em"
→ Já foram cobrados como VTI

Regência com pronomes relativos


Comparecemos A + a confraternização > A confraternização A QUE comparecemos foi ótima.

Na segunda lacuna, quem chega chega “a” algum lugar, então, o pronome relativo que
retoma esse lugar deve vir acompanhado da preposição “a”.

Chegamos A + o lugar> O lugar A QUE chegamos era lindo.

A confraternização À QUAL comparecemos foi ótima.

O lugar AO QUAL/AONDE chegamos era lindo. (“a qual” já tem um “a” embutido, por isso há
crase)
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
5

CRASE
Crase é o fenômeno de fusão sonora, marcado pelo acento grave.
→ Aludi (a) + (a) crianças
→ Aludi às crianças.
Trata-se da contração da preposição “a” com artigos femininos ou com o “a” em alguns
pronomes demonstrativos e relativos:
→ Assisti ao futebol. (assistir “a” + “o” futebol = ao)
→ Assisti à série. (assistir “a” + “a” série = à)
→ Estou visando a este emprego. (visar “a” + Este)
→ Estou visando àquele emprego. (visar “a” + aquele = àquele)
→ Estou visando à promoção. (visar “a” + “a” promoção = à)
→ Esse é o livro ao qual me referi. (se referir “a” + “o” qual – livro)
→ Essa é a série à qual me referi. (se referir “a” + “a” qual – série)

Principais locuções femininas


à medida que, à proporção que, à toa, à noite, à tarde, às vezes, às pressas, à vista, à primeira vista, àquela hora, à
direita, à vontade, às avessas, às escuras, às escondidas, à míngua, à venda, à mão armada, à beça, à tinta, à
máquina, à caneta, à foice, à chave, à revelia, à deriva, à uma hora, à altura de, à custa de, à espera de, à beira de,
à espreita de, à base de, à moda de, à procura de, à roda de, à mercê de, à semelhança de... (obs.: “a máquina” já
foi dado como certo)

CRASE OBRIGATÓRIA

Locuções Femininas (à
•Fiquei a noite inteira te esperando à toa.
toa; à deriva; à • Hoje vamos pedir pizza à moda da casa
espera)

Preposição a+a
• Estava assistindo à novela.
do artigo • Ela foi à casa da mãe dela.
feminino

Preposição a+ a
de/que ("a" •Estou visando àquele
pron.demonst.); emprego.
aquele; a qual(s)
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
6

CRASE PROIBIDA

Antes de Masculino, • Era um sentimento muito semelhante a amor.


verbo, "uma" e • Meu primo começou a cumprir pena socioeducativa.
Pronome de • Não se deve dar crédito a uma pessoa que mente.
Tratamento • Refiro-me à Vossa Excelência.

•Nãos sei como resistiu a tanta provação


Palavra em sentido •Embarcarei daqui a poucas semanas.
genérico, indefinido •Não cheguei a conclusão alguma.

Entre palavras
•O manual explica passo
repetidas após a passo.
preposição

CRASE FACULTATIVA

antes de nome • Fizemos referência a Joana ou


próprio Fizemos referência à Joana.

• Chegaram até a praia e desistiram de


Até a nadar ou Chegaram até à praia e
desistiram de nadar.

antes de
•Não dão valor à nossa opinião ou
Possessivos Não dão valor a nossa opinião.
adjetivos
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

COERÊNCIA
Trata-se das relações de sentido e lógica de um texto. Você não tem que
necessariamente concordar com aquele sentido, mas deve ser capaz de ver a relação
de lógica.
A coerência se constrói pela manutenção da expectativa que o uso de certas palavras
traz ao leitor. A contradição gera incoerência.

COESÃO
COESÃO Uso de diferentes recursos
linguísticos se para evitar
REFERENCIAL repetições.

COESÃO
“continuidade” lógica e
COESÃO estrutural de um texto,
SEQUENCIAL principalmente através de
conectivos.

Anáfora Catáfora
Informação vem Informação vem
antes depois

A coesão faz relação entre partes do texto. Quando o mecanismo de coesão retoma
um termo ou informação que veio antes dele, há coesão anafórica.

Referências Fora do Texto (Exofórica ou Dêitica)


Quando os elementos coesivos se referem a elementos fora do texto, como tempo e
espaço, têm função dêitica, ou exofórica (fora).
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Esse texto foi escrito aqui. (aqui onde? Esse sentido dependerá de onde foi escrito. Essa localização é
elemento externo ao texto, fora dele.)

Recursos de Coesão na estruturação do texto


Pronomes Pronomes demonstrativos

Pronomes Possessivos

Pronomes Pessoais (caso reto e oblíquo)

Numerais Dois, primeiro, ambos etc...


Advérbios Aqui, lá etc...
Termos resumitivos Tudo, nada, outros etc..
e sintéticos
Sinônimos, Cão > Animal
Diesel > Combustível
Hiperônimos e
Hipônimos

Simbolização Rei => Coroa


Nominalização Recolher => Recolhimento
Difícil => Dificuldade
Redução e Paul McCartney ↔ Paul ↔ Ex-Beatle
Ampliação
Sigla Agência Nacional da Aviação Civil
(ANAC)
Organização das Nações Unidas (ONU)

SEMÂNTICA
Sinônimos São palavras que se aproximam semanticamente por uma relação de
equivalência ou semelhança.
Antônimos São palavras que se aproximam semanticamente por uma relação de
antagonismo ou oposição.

Hiperônimos Hiperônimos são palavras de sentido amplo que indicam, em termo


e Hipônimos semânticos, um conjunto abrangente de elementos, um “gênero”.
Esse “gênero” tem unidades menores, “espécies” (hipônimos), que
fazem parte daquele conjunto maior.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Homônimos Homônimos homógrafos: palavras que têm a mesma grafia, mas


trazem sentidos diferentes.

Homônimos homófonos: palavras que têm a mesma pronúncia,


mesmo som, mas trazem sentidos diferentes.

Homônimos perfeitos: São palavras que têm som e grafia idênticos,


diferenciando-se somente pelo sentido. Quase sempre, são palavras
de classes diferentes.
Parônimos São pares de palavras parecidas na pronúncia ou na grafia.
Cavaleiro x Cavalheiro / Comprimento x Cumprimento / Descriminar x Discriminar

Sentido Denotativo - é o sentido denotativo, o sentido direto, primário,


principal do dicionário.
Denotativo x O leão é o animal mais visitado do zoológico.
Conotativo Conotativo - é um sentido figurado, metafórico, conotativo.
Esse lutador batendo é um leão; apanhando, é um gatinho.

Polissemia Refere-se a vários sentidos de uma única palavra. A palavra


polissêmica é uma só, mas se reveste de novos sentidos, muitas vezes
por associações figuradas:
Quero um suco de laranja natural (feito da fruta)
Sou natural da Argentina (originário)
Ambiguidade Possibilidade de dupla leitura Ambiguidade estrutural: A estrutura, a
de um enunciado. É o velho organização e a construção da frase
duplo sentido. dão margem a mais de uma
Nem sempre é um problema, possibilidade de sentido.
pois pode ser proposital e está Peguei o ônibus correndo.
Sentido 1: Eu estava correndo quando
presente na literatura, nas peguei o ônibus.
piadas, nas propagandas. Sentido 2: O ônibus estava correndo quando
Porém, deve ser evitada, o peguei.
porque é considerada vício
Ambiguidade polissêmica: é inerente
de linguagem, porque
ao próprio vocábulo ou à expressão
prejudica a clareza.
que traz múltiplos sentidos.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

TIPOLOGIA TEXTUAL
Tipos x Gêneros Textuais

Narração ações, personagens, Verbos no pretérito, charges, piadas,


tempo, espaço, narrador, verbos de contos, novelas,
enredo, relação de antes crônicas
ação
e depois, climax
Dissertação Discutir um tema, Apresentar informação linguagem
sem defesa de tese: nova ao leitor impessoal,
Expositiva traz postulados, universal
(informativo)
abstrações
Dissertação Defesa de tese, Verbos no presente do Linguagem
convencer o leitor; indicativo, com tom de impessoal, universal,
Argumentativa debate; argumentação 3ª pessoa; forma
"fato" estrurada
direcionada
Injunção Instruções, regras; Ensina Verbos no imperativo, Manuais, lei,
procedimento infinitivos impessoais, regulamento,
tutoriais, receita,
modais de dever, bula
obrigação
Descrição Caracterização, Verbos de ligação, predicativos,
pormenorização estática adjetivação, quase sempre ocorrem
Pausa no tempo para dentro de uma narração ou em uma
apresentação da cena injunção

Estrutura do parágrafo argumentativo

Ampliação
Tópico Frasal Conclusão da ideia-
(exemplo,
(pequena tese ou núcleo ou anúncio
estatística, citação,
tese do parágrafo) do próximo tópico
dado, analogia...)

Finalidade dos Textos


✓ Argumentativo/Opinativo: Convencer, defender uma opinião.
✓ Polêmico: Contrabalancear opiniões.
✓ Expositivo/Explicativo/Informativo: Veicular informação nova.
✓ Instrucional: Normatizar, prescrever, ensinar.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Discursos direto, indireto e indireto livre


As principais características do discurso indireto livre são:
→ As falas das personagens (feitas na 1ª pessoa) surgem espontaneamente dentro
discurso do narrado (na 3ª pessoa);
→ Não há marcas que indiquem a separação das falas do narrador e da
personagem;
→ Não é introduzido por verbos de elocução, nem por sinais de pontuação ou
conjunções;
→ O discurso do narrador transmite o sentido do discurso da personagem;
→ O narrador é onisciente de todas as falas, sentimentos, reações e pensamentos da
personagem.
É possível a conversão entre eles. Nesse processo, há algumas regras gerais normalmente
observadas na passagem de uma fala literal para uma fala reportada.

Discursos

Discursos
Discurso direto: 1ª pessoa Discurso indireto: 3ª pessoa

Alteração na pontuação
Frases interrogativas, exclamativas e
Frases declarativas
imperativas ( "" ! ? -)

Conversão dos pronomes


Eu, me, mim, comigo ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe
nós, nos, conosco eles, elas, os, as, lhes
meu, meus, minha, minhas, nosso, nossa, nossas seu, seus, sua e suas

Advérbios e adjuntos adverbiais


Hoje e agora Naquele dia e naquele momento
Amanhã No dia seguinte
Aqui, aí, cá Ali, Lá
Este, Isto Aquele, Aquilo
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

Conversão dos tempos verbais


→ Presente do indicativo > Pretérito imperfeito do indicativo
→ Pretérito perfeito do indicativo > Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
→ Futuro do presente do indicativo > futuro do pretérito do indicativo
→ Presente e futuro do subjuntivo > Pretérito imperfeito do subjuntivo
→ Imperativo > pretérito imperfeito do subjuntivo

Funções de Linguagem
Elemento em finalidade características textos
evidencia
REFERENCIAL Referente Informar Denotação, Textos
objetividade científicos,
informativos
EMOTIVA Emissor Emocionar Conotação, Textos pessoais
subjetividade
APELATIVA Receptor Influenciar, Imperativos 2ª Propaganda
instruir pessoa
FÁTICA Canal Estabelecer Frases feitas Linguagem
comunicação coloquial
METALINGUÍSTICA Código Manter Denotação Textos didáticos
comunicação
POÉTICA Forma da Prazer estético Figuras de literatura
mensagem linguagem,
conotação
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

COMPREENSÃO E
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Compreensão de texto
Recorrência: o leitor deve buscar no texto aquela informação, sabendo que a resposta
estará escrita com outras palavras, em forma de paráfrase, de reescritura.
Inferência: o leitor deve fazer deduções a partir do texto. O fundamento da dedução
será um pressuposto, ou seja, uma pista, vestígios que o texto traz. Deduzir além das
pistas do texto é extrapolar. Geralmente questões de inferência trazem o seguinte
enunciado: “depreende-se das ideias do texto”.

Leia o texto todo. A ideia central na Questões de


.

.
Leia outra vez, introdução e na recorrência são
marcando as conclusão é a resolvidas
ideias centrais de tese. No encontrando uma
cada parágrafo, desenvolvimento paráfrase.
que é o tópico frasal. Questões de
frequentemente inferência exigem
vêm no seu início. uma dedução
baseada em
pressupostos.

Principais erros

Extrapolar
O texto vai até um limite e o examinador oferece uma assertiva que “vai além” desse
limite.

Limitar e Restringir
É o contrário da extrapolação. Supressão de informação essencial para o texto.

Acrescentar opinião:
O examinador parafraseia parte do texto, mas acrescenta um pouco da sua própria
opinião, opinião esta que não foi externada pelo autor. A armadilha dessas afirmativas
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

está em embutir uma opinião que não está no texto, mas está na consciência coletiva,
por ser um clichê ou senso comum que o candidato possa compartilhar.

Contradizer o texto.
O texto original diz “A” e o texto parafraseado da assertiva errada diz “Não A” ou “B”.
Para disfarçar essa contradição, a banca usará muitas palavras do texto, fará uma
paráfrase muito semelhante, mas com um vocábulo crucial que fará o sentido ficar
inverso ao do texto.

Tangenciar o tema.
O examinador cria uma assertiva que aparentemente se relaciona ao tema, mas fala de
outro assunto, remotamente correlato. No mundo dos fatos, aqueles dois temas podem
até ser afins, mas no texto não se falou do segundo, só do primeiro; então houve fuga ou
tangenciamento ao tema.
1
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
Radical Parte da palavra que traz seu sentido principal, original e primitivo.

Afixos Acréscimos ao radical. Prefixos - colocados antes do radical.


Sufixos - colocados após o radical.

Desinências Partículas nominais ou verbais Verbais - indicam o tempo, o modo e a


no final das palavras para pessoa.
indicar suas flexões. Nominais - indicam gênero e número.

PROCESSO CONCEITO EXEMPLO


COMPOSIÇÃO AGLUTINAÇÃO União de radicais com Planalto (plano + alto)
alteração fonética. Pernilongo (perna + longa)
Petróleo (pedra + oléo)
JUSTAPOSIÇÃO União de radicais sem Paraquedas (para + quedas)
alteração fonética. Aguardente (água + ardente)
Pernalta (perna + alta)
DERIVAÇÃO PREFIXAL Prefixo + Radical ou Infeliz
palavra. Atípico
Deselegância
SUFIXAL Palavra nova pelo Felicidade
acréscimo de sufixos Congelamento
Facilmente
após o radical
PREFIXAL E União de prefixo e sufixo Infelizmente
SUFIXAL independentemente, Reconsideração
Atipicidade
de forma não
simultânea.
PARASSINTÉTICA Acréscimo simultâneo Desbocado
de prefixos e sufixos. A Emagrecer
retirada dos afixos
resulta em palavra
inexistente.
IMPRÓPRIA Mudança de classe Ana é a cabeça da sala.
gramatical de acordo (adjetivo)
Minha cabeça dói.
com o uso da palavra (substantivo)
na oração. Nosso jantar estava ótimo.
(substantivo)
Vamos jantar onde? (verbo)
REGRESSIVA Formação de Atrasar (atraso)
substantivos abstratos Mergulhar (mergulho)
Combater (combate)
derivados de verbos.
Licenciado para - Pedro Sanches - 42395026832 - Protegido por Eduzz.com

OUTROS ABREVIAÇÃO Palavra nova a partir da Metrô (metropolitano)


retirada de parte da Fone (telefone)
Foto (fotografia)
palavra primitiva.
SIGLAS Nome derivado das STF (Supremo Tribunal Federal)
partes iniciais das UnB (Universidade de Brasília)
RR (Roraima)
palavras de uma
expressão.
HIBRIDISMO Formação a partir de Bicicleta – Bi (latim) + ciclo
radicais de línguas (grego) + eta (-ette, francês)
Sociologia – Socio (latim) + -
diferentes. logia (grego)
ESTRANGEIRISMO Palavras emprestadas Ateliê (francês)
de outras línguas. Batom (francês)
Deletar (inglês)
ONOMAROPEIA Reprodução tique-taque
aproximada de um zás-trás
zum-zum
som.
NEOLOGISMO Invenção de uma Internetês (internet + sufixo –ês,
palavra nova. indicativo de idioma)
Mimimi (onomatopeia para
“choro”, “drama”,
“reclamação”)

Você também pode gostar