TÓPICO 02
Características do concreto
Test Slump
Abatimento do tronco de cone
NBR 7223:1998
CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DO
CONCRETO FRESCO
CONCRETO FRESCO
Quando temos um concreto com slump alto, fácil de ser lançado e adensado e,
portanto, considerado de boa “ trabalhabilidade”.
CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DO
CONCRETO FRESCO
CONCRETO FRESCO
Resistência à Compressão
- Idade do concreto.
Propriedades do concreto endurecido
ேೝೠ
݂ =
onde:
fck = resistência característica do material (f = resistência, k = valor característico);
fcm = resistência média do material;
s = desvio padrão;
1,65 * s corresponde ao quantil de 5 % da distribuição normal.
Resistência do concreto
Resistência à tração
Os conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta, fct, são análogos aos para a
resistência à compressão.
Portanto, tem-se a resistência média do concreto à tração, fctm, valor obtido da média
aritmética dos resultados, e a resistência característica do concreto à tração, fctk ou
simplesmente ftk, valor da resistência que tem 5% de probabilidade de não ser alcançado
pelos resultados de um lote de concreto.
A diferença no estudo da tração encontra-se nos tipos de ensaio. Há três normalizados:
tração direta, compressão diametral e tração na flexão.
O valor da resistência à tração por compressão diametral, fct,sp, encontrado neste ensaio, é
um pouco maior que o obtido no ensaio de tração direta. O ensaio de compressão diametral
é simples de ser executado e fornece resultados mais uniformes do que os da tração direta.
Resistência do concreto
MÓDULO DE ELASTICIDADE
Outro aspecto fundamental no projeto de estruturas de concreto consiste na relação entre
as tensões e as deformações.
Sabe-se da Resistência dos Materiais que a relação entre tensão e deformação, para
determinados intervalos, pode ser considerada linear (Lei de Hooke), ou seja, σ = E . ε ,
sendo:
• σ, a tensão;
• ε, a deformação específica;
• E, o Módulo de Elasticidade ou Módulo de Deformação Longitudinal
Resistência do concreto
Quando não forem feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o concreto, para
a idade de referência de 28 dias, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial
usando a expressão:
O Módulo de Elasticidade Secante, Ecs, a ser utilizado nas análises elásticas do projeto,
especialmente para determinação de esforços solicitantes e verificação de limites de serviço,
deve ser calculado pela expressão:
Retração
Denomina-se retração à redução de volume que ocorre no concreto, mesmo na ausência de
tensões mecânicas e de variações de temperatura.
As causas da retração são:
• Retração química: contração da água não evaporável, durante o endurecimento do
concreto.
• Retração capilar: ocorre por evaporação parcial da água capilar e perda da água adsorvida.
O tensão superficial e o fluxo de água nos capilares provocam retração.
• Retração por carbonatação: Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O (ocorre com diminuição de
volume).
Resistência do concreto
Expansão
Expansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre em peças submersas. Nessas
peças, no início tem-se retração química. Porém, o fluxo de água é de fora para dentro. As
decorrentes tensões capilares anulam a retração química e, em seguida, provocam a
expansão da peça.
Deformação imediata
A deformação imediata se observa por ocasião do carregamento. Corresponde ao
comportamento do concreto como sólido verdadeiro, e é causada por uma acomodação dos
cristais que formam o material.
Fluência
Fluência é uma deformação diferida, causada por uma força aplicada. Corresponde a um
acréscimo de deformação com o tempo, se a carga permanecer. Ao ser aplicada uma força no
concreto, ocorre deformação imediata, com uma acomodação dos cristais.
Essa acomodação diminui o diâmetro dos capilares e aumenta a pressão na água capilar,
favorecendo o fluxo em direção à superfície. Tanto a diminuição do diâmetro dos capilares
quanto o acréscimo do fluxo aumentam a tensão superficial nos capilares, provocando a
fluência.
Resistência do concreto
Deformações térmicas
Define-se coeficiente de variação térmica αte como sendo a deformação correspondente a
uma variação de temperatura de 1°C.
Para o concreto armado, para variações normais de temperatura, a NBR 6118/2014 permite
adotar αconc = 1,0 x 10-5 /°C. Para o aço, coeficiente é de αaço = 1,2 x 10-5 /°C.
BARRAS E FIOS
A NBR 7480/2007 fixa as condições exigíveis na encomenda, fabricação e fornecimento de
barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado.
Essa Norma classifica barras os produtos de diâmetro nominal 5 ou superior, obtidos
exclusivamente por laminação a quente, e como fios aqueles de diâmetro nominal 10 ou
inferior, obtidos por trefilação ou processo equivalente, como por exemplo estiramento.
O comprimento normal de fabricação de barras e fios é de 11m, com tolerância de 9%, mas
nunca inferior a 6m. Porém, comercialmente são encontradas barras de 12m, levando-se em
consideração possíveis perdas que ocorrem no processo de corte.
AÇOS PARA ARMADURAS
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
As características mecânicas mais importantes para a definição de um aço são o limite
elástico, a resistência e o alongamento na ruptura. Essas características são determinadas
através de ensaios de tração.
• O limite elástico é a máxima tensão que o material pode suportar sem que se produzam
deformações plásticas ou remanescentes, além de certos limites.
• A Resistência é a máxima força de tração que a barra suporta, dividida pela área de
seção transversal inicial do corpo-de-prova.
• O Alongamento na ruptura é o aumento do comprimento do corpo-de-prova
correspondente à ruptura, expresso em porcentagem.
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
A DUCTILIDADE é a capacidade do material de se deformar plasticamente sem romper. Pode
ser medida por meio do alongamento (ε) ou da estricção.
Quanto mais dúctil o aço, maior é a redução de área ou o alongamento antes da ruptura.
Um material não dúctil, como por exemplo o ferro fundido, não se deforma plasticamente
antes da ruptura. Diz-se, então, que o material possui comportamento frágil.
O aço para armadura passiva tem massa específica de 7850 kg/m3, coeficiente de dilatação
térmica α = 10-5 /°C para -20°C < T < 150°C e módulo de elasticidade de 210 GPa.
ADERÊNCIA
A própria existência do material concreto armado decorre da solidariedade existente entre o
concreto simples e as barras de aço.
Qualitativamente, a aderência pode ser dividida em: aderência por adesão, aderência por
atrito e aderência mecânica.
A adesão resulta das ligações físico-químicas que se estabelecem na interface dos dois
materiais, durante as reações de pega do cimento.
AÇOS PARA ARMADURAS
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
O atrito é notado ao se processar o arrancamento da barra de aço do bloco de concreto que
a envolve. As forças de atrito dependem do coeficiente de atrito entre aço e o concreto, o
qual é função da rugosidade superficial da barra, e decorrem da existência de uma pressão
transversal, exercida pelo concreto sobre a barra.
São considerados edifícios de pequeno porte aqueles com estruturas regulares muito
simples, que apresentem:
• até quatro pavimentos;
• ausência de protensão;
• cargas de uso nunca superiores a 3kN/m²;
• altura de pilares até 4m e vãos não excedendo 6m;
• vão máximo de lajes até 4m (menor vão) ou 2m, no caso de balanços.
O efeito do vento poderá ser omitido, desde que haja contraventamento em duas direções.
Concepção estrutural
Pilares alinhados ligados por vigas formam os pórticos, que devem resistir às
ações do vento e às outras ações que atuam no edifício, sendo o mais
utilizado elemento de contraventamento.
Em edifícios esbeltos, o travamento também pode ser feito por pórticos
treliçados, paredes estruturais ou núcleos. Os dois primeiros situam-
se, em geral, nas extremidades do edifício. Os núcleos costumam
envolver a escada ou da caixa de elevadores.
Nos andares constituídos por
lajes e vigas, a união desses
elementos pode ser
denominada tabuleiro.
- Sequência de cálculo:
lajes, vigas, pilares (superestrutura)
fundações (infra-estrutura)
Discretização da estrutura
(Modelo estrutural)
Peso do telhado
POSIÇÃO DOS PILARES
Os pilares serão posicionados para receber cargas de vigas, com os seguintes critérios:
- nos cantos da edificação;
- no cruzamento de vigas principais,
- nas áreas que geralmente são comuns a todos os pavimentos (área de elevadores e de
escadas) e onde se localizam, na cobertura, a casa de máquinas e o reservatório superior.
Deve-se, sempre que possível, dispor os pilares alinhados, a fim de formar pórticos com as
vigas que os unem. Os pórticos, assim formados, contribuem significativamente na
estabilidade global.
Usualmente os pilares são dispostos de forma que resultem distâncias entre seus eixos da
ordem de 4m a 6m.
Distâncias muito grande entre pilares produzem vigas com dimensões incompatíveis e
acarretam maiores custos à construção. Por outro lado, pilares muito próximos acarretam
interferência nos elementos de fundação e aumento do consumo de materiais e mão-de-obra.
POSIÇÃO DAS VIGAS E LAJES
Além das vigas que ligam os pilares, outras podem ser necessárias, seja para dividir um painel
de laje com grandes dimensões, seja para suportar uma parede divisória e evitar que ela se
apóie diretamente sobre a laje.
As alturas das vigas ficam limitadas pela necessidade de prever espaços livres para aberturas
de portas e janelas.
Como as vigas delimitam os painéis de laje, suas disposições devem levar em consideração o
valor econômico do menor vão das lajes, que, para lajes maciças, é da ordem de 3,5m a 5m. O
posicionamento das lajes fica, então, praticamente definido pelo arranjo das vigas.
CRÉDITOS:
• Concreto Armado – Prof. Márcio Dario da Silva - Univ. Fed. De Minas Gerais;
• Concreto Armado I – Prof. Dra. Maria Cecília Amorim Teixeira da Silva – Univ. Estadual
de Campinas;
• Concreto Armado I – Prof. Ney Amorim Silva – Univ. Fed. De Minas Gerais;
• Elementos Estruturais – Prof. MSc. Luiz carlos de Almeida - Univ. Estadual de Campinas;
• www.google.com.br.